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‘‘Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência’’ Página formatada no mesmo modelo da prova aplicada pela FGV Simulado OAB Aplicação 14/07/2108/ simulado.darlanbarroso.com.br Além deste caderno de prova do tipo 1, contendo oitenta questões e um questionário de percepção sobre a prova com dez questões objetivas, você receberá do fiscal de sala: uma folha destinada às respostas das questões objetivas formuladas na prova de tipo 1 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, já incluindo o tempo para a marcação da folha de respostas da prova objetiva. 2 horas após o início da prova será possível retirar-se da sala, sem levar o caderno de prova. 1 hora antes do término do período de prova será possível retirar-se da sala levando o caderno de prova. Qualquer tipo de comunicação entre os examinandos. Levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala. Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, walkman, agenda eletrônica, notebook, netbook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica, protetor auricular, MP3, MP4, controle de alarme de carro, pendrive, fones de ouvido, Ipad, Ipod, Iphone etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie. Usar o sanitário ao término da prova, após deixar a sala. SUA PROVA TEMPO NÃO SERÁ PERMITIDO Verifique se o número deste caderno de provas coincide com o registrado no rodapé de cada página. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam tomadas as devidas providências. Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número de inscrição e documento de identidade e leia atentamente as instruções para preencher a folha de respostas. Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta. Confira se seu tipo/cor de prova corresponde ao registrado em sua folha de respostas. Caso receba prova de tipo/cor diverso do pré-determinado, informe obrigatoriamente a situação ao fiscal, para o devido registro na ata de aplicação. A ausência de registro deste fato acarretará na correção da prova conforme o tipo/ cor constante na folha de respostas, não cabendo reclamações posteriores neste sentido. Em hipótese alguma haverá substituição da folha de respostas por erro do examinando. Reserve tempo suficiente para o preenchimento de sua folha de respostas. Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na folha de respostas. A FGV realizará identificação datiloscópica de todos os examinandos. A identificação datiloscópica compreenderá a coleta das impressões digitais dos examinandos em formulário próprio. Ao terminar a prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, entregar a folha de respostas devidamente preenchida e assinada ao fiscal da sala. O examinando que descumprir a regra de entrega de tal documento será ELIMINADO. Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos que serão utilizados na correção das provas. Esses examinandos poderão acompanhar, caso queiram, o procedimento de conferência da documentação da sala de aplicação, que será realizada pelo Coordenador da unidade, na Coordenação do local de provas. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de autorizado pelo fiscal de aplicação, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. INFORMAÇÕES GERAIS GABARITO DEFINITIVO COMENTADO 2º SIMULADO - XXVI EXAME DE ORDEM Tipo 1 - BRANCA

2º SIMULADO - XXVI EXAME DE ORDEMsimulado.darlanbarroso.com.br/docs/gabarito_2_comentado.pdf · presentante da OAB, para acompanhar a lavratura do auto de prisão em fl agrante,

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‘‘Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência’’Página formatada no mesmo modelo da prova aplicada pela FGVSimulado OAB Aplicação 14/07/2108/ simulado.darlanbarroso.com.br

Além deste caderno de prova do tipo 1, contendo oitenta questões e um questionário de percepção sobre a prova com dez questões objetivas, você receberá do fiscal de sala:• uma folha destinada às respostas das questões

objetivas formuladas na prova de tipo 1

• 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, já incluindo o tempo para a marcação da folha de respostas da prova objetiva.

• 2 horas após o início da prova será possível retirar-se da sala, sem levar o caderno de prova.

• 1 hora antes do término do período de prova será possível retirar-se da sala levando o caderno de prova.

• Qualquer tipo de comunicação entre os examinandos.

• Levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala.

• Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, walkman, agenda eletrônica, notebook, netbook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica, protetor auricular, MP3, MP4, controle de alarme de carro, pendrive, fones de ouvido, Ipad, Ipod, Iphone etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie.

• Usar o sanitário ao término da prova, após deixar a sala.

SUA PROVA

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NÃO SERÁ PERMITIDO

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TEMPO

NÃO SERÁ PERMITIDO

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SUA PROVA

TEMPO

NÃO SERÁ PERMITIDO

INFORMAÇÕES GERAIS

• Verifique se o número deste caderno de provas coincide com o registrado no rodapé de cada página. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam tomadas as devidas providências.

• Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número de inscrição e documento de identidade e leia atentamente as instruções para preencher a folha de respostas.

• Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta.

• Confira se seu tipo/cor de prova corresponde ao registrado em sua folha de respostas. Caso receba prova de tipo/cor diverso do pré-determinado, informe obrigatoriamente a situação ao fiscal, para o devido registro na ata de aplicação. A ausência de registro deste fato acarretará na correção da prova conforme o tipo/cor constante na folha de respostas, não cabendo reclamações posteriores neste sentido.

• Em hipótese alguma haverá substituição da folha de respostas por erro do examinando.

• Reserve tempo suficiente para o preenchimento de sua folha de respostas. Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as marcações realizadas na folha de respostas.

• A FGV realizará identificação datiloscópica de todos os examinandos. A identificação datiloscópica compreenderá a coleta das impressões digitais dos examinandos em formulário próprio.

• Ao terminar a prova, você deverá, OBRIGATORIAMENTE, entregar a folha de respostas devidamente preenchida e assinada ao fiscal da sala. O examinando que descumprir a regra de entrega de tal documento será ELIMINADO.

• Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos que serão utilizados na correção das provas. Esses examinandos poderão acompanhar, caso queiram, o procedimento de conferência da documentação da sala de aplicação, que será realizada pelo Coordenador da unidade, na Coordenação do local de provas. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de autorizado pelo fiscal de aplicação, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas.

SUA PROVA

TEMPO

NÃO SERÁ PERMITIDO

INFORMAÇÕES GERAIS

GABARITO DEFINITIVO COMENTADO2º SIMULADO - XXVI EXAME DE ORDEM

Tipo 1 - BRANCA

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Questão 1

Onofre, advogado com inscrição na OAB/AL há mais de dez anos, atua na área de Direito do Trabalho, especialmente como patrono de empresas. Parti cipou de processo junto ao Conselho Federal da OAB e integrou a lista sêxtupla de candidatos ao quinto consti tucional de determinado tribunal interestadual. Foi classifi cado na lista tríplice e escolhido, ao cabo, pelo Chefe do Poder Executi vo. Considerando a situação hipotéti ca, assinale a alternati va correta:

(A) como passou a integrar o Poder Judiciário por indicação e não por concurso público, Onofre sofrerá impedimento para o exercício da advocacia, devendo sua inscrição ser cancelada.

(B) Onofre terá incompati bilidade para exercício da advocacia e sua inscrição deverá ser licenciada.

(C) Onofre poderá manter o regular exercício da advocacia, exceto junto ao Tribunal onde passar a atuar.

(D) Onofre terá proibição total para o exercício da advocacia.

Resposta DEstá correta, nos termos do art. 28, I, do Estatuto da OAB, que prevê: “Art. 28. A advocacia é incompatí vel, mesmo em causa própria, com as seguintes ati vidades: I – chefe do Poder Executi vo e membros da Mesa do Poder Legislati vo e seus substi tutos legais [...]”.

Questão 2

Cinti a Bassi, Daniele Corazza e Adriana Cotrim, advogadas inscri-tas na OAB/SC são colegas desde a época da graduação, ocasião em que juntas se formaram. Após regular processo de inscrição na OAB, optaram por formar sociedades de advogados. Cinti a atua na área trabalhista, Daniele tem especialização em Direito Tributário e Adriana atua somente em consulti vo contratual. A sociedade foi devidamente registrada na OAB/SP, onde passaram a atender empresas do ramo têxti l. A sociedade, denominada Bassi & Cotrim Sociedade de Advogados, teve fi lial aberta na OAB/GO e OAB/DF. Para aumentar a carteira de clientes, optaram por fazer publicidade da sociedade em canal de tv fechado, anunciando as áreas de atuação do escritório. Considerando a situação hipotéti ca narrada, assinale a alternati va que se mostra de acordo com as regras estatutárias vigentes:

(A) Cinti a, Daniele e Adriana, independente da atuação de cada qual, deverão ter inscrições suplementares na OAB/SP, OAB/GO e OAB/DF.

(B) O nome da sociedade deveria contemplar o sobrenome de cada uma das sócias e não poderia ter a expressão “&”, dada a fi nalidade comercial da expressão.

(C) é vedada a publicidade de advocacia referente a sociedade de advogados.

(D) considerando que Adriana atua somente na área consulti va, a ela é permiti da a parti cipação em outra sociedade de ad-vogados, no mesmo Conselho Seccional, desde que não haja concorrência direta e com a expressa autorização das demais sócias.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 10, § 2º, do Estatuto da OAB, que prevê: “Art. 10. [...] § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Sec-cionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profi ssão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano”.

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Questão 3

“Advogado e mais duas pessoas foram presas em Campinas, na tarde desta sexta-feira, suspeitos de integrarem uma quadrilha responsável por roubos a caixas eletrônicos. Na casa onde estava o trio a Polícia Civil encontrou R$ 1.700 em notas de R$ 10 e R$ 100, queimadas escondidas no forro de um capacete, além de um Astra preto estacionado na garagem. Este modelo de veículo foi fl agrado por câmaras de segurança de estabelecimentos que foram alvo de bandidos na região. Além do Astra e do dinheiro, foram apreendidos outros dois carros e 10 celulares, além de porções de maconha. Segundo vizinhos, a casa foi ocupada pelos moradores há uma semana. O imóvel foi alugado pelo advogado preso na operação, segundo a polícia. A polícia foi acionada após uma denúncia. Os três suspeitos foram presos em fl agrante por receptação e formação de quadrilha e foram levados para o 3º Distrito Policial de Campinas. Ao ser levado para a cadeia o ad-vogado disse ser víti ma de uma injusti ça.” (notí cia divulgada no site htt p://oglobo.globo.com). Considerando o caso real divulgado pela imprensa, assinale a alternati va que se apresenta correta, considerando as prerrogati vas profi ssionais previstas no Estatuto da Advocacia:

(A) o advogado não poderia ser preso em fl agrante, em razão do crime ter sido cometi do com culpa consciente e não com dolo eventual.

(B) é direito do advogado em questão ter a presença de um re-presentante da OAB, para acompanhar a lavratura do auto de prisão em fl agrante, sob pena de futuramente ser declarado nulo o respecti vo auto.

(C) é direito do advogado ser manti do preso em Sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, antes de transitada em julgado eventual sentença condenatória, sendo que na ausência da referida sala, deverá cumprir a ordem em prisão domiciliar.

(D) considerando que a prisão se deu por crime estranho à ati -vidade da advocacia, nenhum direito do advogado deve ser concedido ao causídico, que deverá responder aos processos criminais como cidadão comum.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 7º, V, do Estatuto da OAB, que prevê: “Art. 7º São direitos do advogado: [...] V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, se-não em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar”.

Questão 4

Luís Alberto é advogado inscrito na OAB/SP, atua na área de Direito Penal há mais de 25 anos. Atualmente, dentre outras causas, defende os interesses de Mendes, condenado judicial-mente a pena de 29 anos, pela práti ca de duplo homicídio. Mendes foi recolhido preso, em razão de sentença com trânsito em julgado, no Centro de Detenção Provisória da cidade de Gonzales. Em visita profi ssional, Mendes revelou a Luís Alberto que a autoridade penitenciária havia solicitado a quanti a de R$ 4.800,00 para facilitar a entrada de dois aparelhos celulares no presídio. Mendes concordou com o valor a ser pago e pediu que Luís Alberto, seu advogado, intermediasse a tratati va e levasse os valores solicitados. Luís Alberto recebeu os valores das mãos de Mendes, com o compromisso de entrega-los à autoridade penitenciária, embora não os ti vesse repassado. Diante das circunstâncias hipotéti cas apresentadas, assinale a alternati va que se mostra correta diante do imperati vo éti co que deve existi r no exercício da advocacia.

(A) mesmo não tendo entregue os valores recebidos de seu clien-te à autoridade penitenciária, a conduta de Luís Alberto é considerada infração disciplinar, devendo ser processado e punido com suspensão do exercício da advocacia.

(B) se posteriormente devolver os valores ao cliente, não há que se falar em infração disciplinar na conduta de Luís Alberto, em razão da ati picidade do fato.

(C) Luís Alberto deve ser processado disciplinarmente e punido com sanção de exclusão, dado o fato de que corrupção ati va é crime, seja quando prati cada por interesses próprios ou por interesses de terceiros.

(D) só seria possível punir disciplinarmente Luís Alberto se ele efeti vasse a entrega dos valores à autoridade penitenciária.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 34, XVIII, do Estatuto da OAB, que prevê: “Art. 34. Consti tui infração disciplinar [...] XVIII – solicitar ou receber de consti tuinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta”.

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Questão 5

Mônica contratou Aloísio como advogado para propor Ação de Divórcio Liti gioso contra seu ex-cônjuge Eduardo. A medida ju-dicial fora proposta e no curso da ação as partes resolveram converter o lití gio em consenso e, por intermédio de seus cau-sídicos, protocolaram peti ção com os termos do acordo. Houve homologação do pedido por parte do magistrado, com renúncia ao direito de recurso, conforme requerido pelas partes. Aloísio, diante do exposto:

(A) terá direito a honorários advocatí cios convencionados, que deverão ser pagos na proporção de metade dos valores com-binados, em razão do acordo realizado nos autos.

(B) terá direito somente aos honorários sucumbenciais, que de-verão ser executados por ele em medida judicial promovida em face de Eduardo.

(C) deverá propor medida judicial em face de Mônica, para rece-ber seus honorários advocatí cios, que serão fi xados pelo juiz, de acordo com a tabela de honorários do Conselho Federal da OAB.

(D) poderá cobrar os honorários advocatí cios no prazo de cinco anos após a efeti va homologação do acordo.

Resposta DEstá correta, nos termos do art. 25, IV, do Estatuto da OAB, que prevê: “Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: [...] IV – da de-sistência ou transação”.

Questão 6

O Conselho Federal é o órgão supremo da OAB, com sede no Distrito Federal. Tem como competência privati va, dentre outras, representar, em juízo ou fora dele, os interesses coleti vos ou indi-viduais dos advogados e cassar ou modifi car, de ofí cio ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta Lei, ao Regulamento Geral, ao Código de Éti ca e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa. O Conselho Federal, segundo Estatuto da Advocacia, atua mediante os seguintes órgãos: Conselho Pleno; Órgão Especial do Conselho Pleno; Primeira, Segunda e Terceira Câmaras; Diretoria e Presidente. Com relação às Câmaras, é correto afi rmar que:

(A) A Primeira Câmara é presidida pelo Presidente do Conselho Federal.

(B) A Segunda Câmara é presidida pelo Vice-Presidente do Con-selho Federal.

(C) A Terceira Câmara é presidida pelo Tesoureiro.(D) O Presidente de cada Câmara não vota por sua delegação.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 104, I, do Regulamento Geral da OAB, que prevê: “Art. 104. Compete ao Tesoureiro: I – presidir a Terceira Câmara e executar suas decisões;”.

Questão 7

Celso Paquito é estagiário de advocacia regularmente inscrito nos quadros da OAB/SC. Recentemente fora contratado para atuar na Mendes, Dourado e Sonso Sociedade de Advogados, desenvol-vendo suas ati vidades junto à área do contencioso trabalhista. Nos termos do Estatuto da Advocacia e de seu Regulamento Geral, a respeito da ati vidade do estagiário, revela-se incorreto afi rmar que:

(A) O estagiário inscrito na OAB pode, isoladamente, sob a res-ponsabilidade do advogado, assinar peti ções de juntada de documentos a processos judiciais ou administrati vos.

(B) Os atos de advocacia podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.

(C) A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.

(D) Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode com-parecer isoladamente, independentemente de autorização ou substabelecimento do advogado.

Resposta DEstá correta, nos termos do art. 29, § 1º, do Regulamento Geral da OAB e do art. 1º do Estatuto.

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Questão 8

Everaldo Mensalão, funcionário público, foi indiciado em pro-cesso criminal em razão da suspeita de ter prati cado o delito de corrupção passiva em licitação que envolvia a compra de macas hospitalares para a Secretaria de Saúde da cidade de Canoas. Contratou Sueli Certeira, advogada criminalista, com larga experiência na defesa de crimes prati cados por funcioná-rios públicos, para defender seus interesses. Sueli compareceu à Polícia Federal para ter acesso aos autos da investi gação, ocasião na qual a autoridade policial concedeu vista parcial dos autos, sob o argumento de que algumas provas documentais já encartadas no caderno investi gati vo estavam sob sigilo e, caso a advogada ti vesse acesso, poderia atrapalhar a efi ciência e efi cácia da investi gação criminal. Considerando a situação hipotéti ca apresentada:

(A) A decisão da autoridade policial, se devidamente fundamen-tada, se mostra correta, posto que permiti r o acesso irrestrito da advogada às provas documentais já produzidas nos autos de investi gação criminal coloca em risco a efeti vidade da investi gação.

(B) A advogada tem direito de ter acesso irrestrito aos autos de investi gação criminal, especialmente às provas documentais já produzidas e encartadas no caderno investi gati vo, salvo se decretado sigilo.

(C) Na hipótese da autoridade policial reti rar peças já incluídas no caderno investi gati vo antes de conceder o direito de vistas à advogada, com intuito de prejudicar o exercício de defesa, poderá responder criminal e funcionalmente por abuso de autoridade.

(D) A autoridade policial pode limitar o acesso da advogada aos elementos de prova relacionados às diligências e aos docu-mentados nos autos, quando houver risco de comprometi -mento da efi cácia ou das fi nalidades das diligências, desde que devidamente fundamentado.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 7º, XIV, do Estatuto da OAB, que assim determina: “XIV – examinar, em qualquer insti tuição responsável por conduzir investi gação, mesmo sem procuração, autos de fl agrante e de investi gações de qualquer natureza, fi ndos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio fí sico ou digital”.

Questão 9

A Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen, não considerava ele-mentos políti cos, naturais, ou metafí sicos, na interpretação da norma.

Assinale a alternati va que indica a escola de pensamento jurídico em que se enquadra-se a Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen.

(A) Jusnaturalista.(B) Contratualista.(C) Positi vista.(D) Escola da Exegese.

Resposta CEstá correta, pois a Escola Positi vista considera apenas a norma jurídica, não considerando interpretações com base em precei-tos políti cos, morais, dentre outros.

Questão 10

Com relação à interpretação sistemáti ca, é correto afi rmar

(A) Está restrita à interpretação literal do dispositi vo.(B) Leva em consideração o momento histórico de sua elaboração.(C) Deve ser interpretada por meio de um outro dispositi vo.(D) Leva em consideração todo o ordenamento jurídico.

Resposta DEstá correta, pois a interpretação sistemáti ca considera todo o sistema jurídico.

Questão 11

Determinada Lei X foi revogada pela Lei Y, portanto, não mais vigente aquela. Entretanto, por conseguinte, a Lei revogadora foi declarada inconsti tucional por ferir princípios consti tucionais, tais como: dignidade da pessoa humana, da igualdade e o da ampla defesa. Portanto, a lei Y é nula, inexistente, bem como nenhum de seus efeitos serão considerados. No caso hipotéti co, acerca do direito intertemporal, qual fenômeno consti tuinte se fez presente:

(A) Recepção.(B) Desconsti tucionalização.(C) Revogação.(D) Repristi nação.

Resposta DCorreta. No caso em tela, ocorreu o fenômeno da Repristi nação, ou seja, é o fenômeno pelo qual certa legislação infraconsti tu-cional que perdeu sua efi cácia diante de um texto consti tucio-nal posterior, por não ter sido recepcionada, se restaura pelo surgimento de uma nova consti tuição, conforme entendimento doutrinário. Entretanto, em regra, o Brasil não adotou a pos-sibilidade desse fenômeno, salvo se a nova ordem jurídica, expressamente, assim se pronunciar.

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Questão 12

Determinada empresa, denominada “Tudo limpo”, prestadora de serviços de limpeza, pretende obter vista de um processo digital que tramita perante o Tribunal de Contas do Estado X, pois a referida empresa precisava extrair cópias de alguns documentos, referentes à um contrato no qual fi gurou como parte junto à um órgão da Administração Pública Direta, para uti lizar em sua defesa em outro processo. Ocorre que seu pedido fora indeferido pelo Presidente. Tendo em vista que seu pedido fora negado pela via administrati va, assinale a alternati va correta:

(A) A medida judicial cabível seria impetrar mandado de segu-rança, perante o STJ.

(B) A medida judicial cabível seria impetrar mandado de segu-rança perante o Tribunal de Justi ça do Estado.

(C) A medida judicial cabível seria habeas data perante o Tribunal de Justi ça do Estado.

(D) A medida judicial cabível seria impetrar mandado de segu-rança perante o STF.

Resposta BCorreta. A asserti va está em conformidade com o art. 5º, LXIX da CF/88 e art. 1º da Lei 12.016/2009, ou seja, conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa fí sica ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Ademais, trata-se de um pedido no qual é necessário o deferimento uma vez que tais documentos irão instruir outro processo para a defesa da empresa em ques-tão, amparado no art. 5º, LV, da CF/88, vejamos: Aos liti gantes, em processo judicial ou administrati vo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Questão 13

Maria Lúcia, mulher humilde, analfabeta, evangélica, matriculou seu fi lho Igor, de 12 anos de idade, em uma escola pública esta-dual. Todavia, Maria Lúcia não ti nha conhecimento de todas as disciplinas que seriam ministradas, pois não era de praxe os pais se interessarem por tal assunto. De repente, ao tomar conheci-mento, através de seu fi lho que havia uma matéria, obrigatória e específi ca sobre religião espírita, ela procura a Defensoria Pública, para que a oriente sobre tal assunto, uma vez tal disciplina vai em desencontro com a crença de sua família. À luz da Consti tuição Federal, bem como entendimento jurisprudencial do STF, assinale a opção correta:

(A) O ensino religioso ministrado em escolas públicas de ensino fundamental é obrigatório, portanto, consti tucional.

(B) O ensino religioso ministrado em escolas públicas é incons-ti tucional, seja facultati vo ou obrigatório.

(C) O ensino religioso ministrado em escolas públicas de ensino fundamental, desde que seja uma disciplina opcional, será consti tucional.

(D) O ensino religioso ministrado em escolas públicas de ensino infanti l é inconsti tucional.

Resposta CCorreta. A asserti va está de acordo com o art. 210, §1º, da CF/88, vejamos: O ensino religioso, de matrícula facultati va, consti tuirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. Nessa linha de raciocínio, o STF não aceitou a Ação Direta de Inconsti tucionalidade (ADI) 4439, movida pela Procuradoria-Geral da União, que afi rma que o ensino religioso em escolas públicas só pode ser de natureza não-confessional, ou seja, sem vinculação a uma religião espe-cífi ca, com proibição de admissão de professores na qualidade de representantes das confi ssões religiosas. Entretanto, por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as escolas públicas podem ter aulas de religiões específi cas. Mas que a matéria seja uma opção do aluno, como a Consti tuição já determina.

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Questão 14

Leandro, mecânico, casado, em março de 2012, cometeu o cri-me de roubo (art. 157 do CP – Pena reclusão, de 4 a 10 anos, e multa) e aguarda julgamento, em regime fechado, desde maio de 2013. Em janeiro de 2015, o Congresso Nacional aprovou uma lei, majorando a pena para os crimes de roubo em 8 a 12 anos de reclusão e multa. A lei foi aprovada, promulgada e publicada em 20.12.2015. No ano seguinte, foi marcado o julgamento de Leandro para o dia 16 de fevereiro, às 14:00 horas. À luz da Cons-ti tuição Federal, assinale a alternati va correta.

(A) Leandro poderá ser julgado com base na nova legislação penal, em virtude da gravidade do delito.

(B) Leandro deverá ser julgado com base na nova legislação penal, em virtude do princípio da irretroati vidade.

(C) Leandro não poderá ser julgado com base na nova legislação penal, em virtude do princípio da irretroati vidade.

(D) Leandro será julgado com base na nova legislação penal, tendo em vista que seu julgamento foi marcado na vigência da lei nova.

Resposta CA asserti va está de acordo com o art. 5º, LX, da CF/88, ou seja, a lei penal não retroagirá, salvo para benefi ciar o réu.

Questão 15

Para atender aos anseios da sociedade, o Estado Y, no exercício de suas ati vidades, bem como nos limites de sua competência, ao perceber que não existe lei ordinária sobre custas dos serviços forenses (art. 24, IV, da CF/88), resolve elaborar um projeto, o qual é encaminhado ao Congresso Nacional para deliberação, sanção do Presidente da República e publicação. Diante do caso hipotéti co, podemos afi rmar que, em caso de superveniência de lei federal sobre normas gerais:

(A) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a efi cácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

(B) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga, em totalidade, a efi cácia da lei estadual.

(C) A superveniência de lei federal sobre normas gerais não sus-pende a efi cácia da lei estadual.

(D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a efi cácia da lei estadual em sua totalidade.

Resposta AA asserti va está em consonância com o art. 24, §4º, da CF/88.

Questão 16

Suponhamos que a União intervenha no Estado X, em virtude de emergência, ao tomar conhecimento de que estava havendo uma invasão migratória de cidadãos israelenses. Comprovadamente, já haviam 2.600 estrangeiros ilegais acampados em terreno privado, esperando a concessão de visto. Ademais, a corrente migratória de Israel começou desde o início da guerra contra os palesti nos. Com base na CF/88, assinale a opção correta:

(A) A União pode intervir nos Estados.(B) A União não pode intervir nos Estados(C) A União poderia intervir nos Estados, somente para manter

a integridade nacional.(D) a União não poderia intervir nos Estados, somente no Distrito

Federal.

Resposta AEm regra, nenhum ente federati vo pode interferir no outro, em virtude do princípio consti tucional da autonomia políti ca dos entes federados. Entretanto, no caso em tela, a CF/88 traz um rol, em que, excepcionalmente, a União poderia intervir nos Estados, conforme estabelece o art. 34, II, da CF/88, ou seja, para repelir a invasão estrangeira.

Questão 17

Suponhamos que o Presidente da República edite, promulgue e publique um ato normati vo federal que exorbite os limites de sua competência, bem como fi ra diversos princípios consti tucionais. O Procurador-Geral da República, ao tomar conhecimento, entende que é necessário tomar uma medida repressiva de urgência, para não lesar ainda mais o cidadão. Nesse senti do, o Procurador-Geral da República pode:

(A) Nada pode fazer, pois não é parte legiti ma para propor Ação Direta de Inconsti tucionalidade.

(B) Lançar mão do remédio jurídico consti tucional Mandado de Segurança, perante o STF.

(C) Lançar mão do controle repressivo concentrado mediante Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

(D) Lançar mão do controle repressivo concentrado mediante Ação direta de Inconsti tucionalidade (ADI).

Resposta DA asserti va está em conformidade com o 102, I, da CF/88. Ve-jamos: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Consti tuição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconsti tucionalidade de lei ou ato normati vo federal ou estadual e a ação declaratória de consti tucionalidade de lei ou ato normati vo federal. Assim como, o art. 103, VI, da CF/88, ou seja, podem propor a ação direta de inconsti tucionalidade e a ação declaratória de cons-ti tucionalidade: (...) VI – o Procurador-Geral da República; (...).

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Questão 18

Uma tribo indígena denominada “Guarani” vive há anos dentro de uma mata localizada em um Estado do Brasil. Nessa tribo, os índios moram em ocas e não têm acesso à tecnologia. Com base na Lei 6.001/1973, assinale a opção INCORRETA:

(A) Os grupos tribais ou comunidades indígenas são partes legí-ti mas para a defesa dos seus direitos em juízo, cabendo-lhes, no caso, a assistência do Ministério Público Federal ou do órgão de proteção ao índio.

(B) O órgão federal de assistência ao índio poderá solicitar a cola-boração das Forças Armadas e Auxiliares e da Polícia Federal, para assegurar a proteção das terras ocupadas pelos índios e pelas comunidades indígenas.

(C) As terras indígenas são usucapíveis e sobre elas poderá recair desapropriação, salvo o previsto no arti go 20.

(D) Cabe ao órgão federal de assistência ao índio a defesa judicial ou extrajudicial dos direitos dos silvícolas e das comunidades indígenas.

Resposta CCorreta. Na verdade, a informação está em desacordo com o art. 38 da Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio), vejamos: As terras indígenas são inusucapíveis e sobre elas não poderá recair desapropriação, salvo o previsto no arti go 20. Todavia, exigia-se do candidato a opção incorreta.

Questão 19

A Corte Internacional de Justi ça faz parte do Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos, e é o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Referente ao respecti vo órgão, assinale a alternati va correta.

(A) Estado que não for Membro das Nações Unidas não poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte Internacional de Justi ça.

(B) Se uma das partes num caso deixar de cumprir as obrigações que lhe incumbem em virtude de sentença proferida pela Cor-te, a outra terá direito de recorrer ao Conselho de Segurança que poderá, se julgar necessário, fazer recomendações ou decidir sobre medidas a serem tomadas para o cumprimento da sentença.

(C) Não basta apenas ser Membro das Nações Unidas para fazer parte do Estatuto da Corte Internacional de Justi ça.

(D) Os Membros das Nações Unidas fi carão impedidos de con-fi arem a solução de suas divergências a outros tribunais, em virtude de acordos já vigentes ou que possam ser concluídos no futuro.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 94, 2, da Carta da ONU.

Questão 20

Mariana, é brasileira, advogada, casada por 10 (dez) anos com Pedro, cidadão francês. Em janeiro de 2010, o casal começou a se desentender e perceberam que um não mais nutria pelo outro aquele amor de antes e, em virtude disso, resolveram se divorciar em março do mesmo ano. Mariana voltou para o Brasil, alugou uma casa na Cidade de São Paulo e retomou à sua profi ssão. Meses depois, se apaixona por um colega de trabalho e ambos decidem se casar. Com base na LINDB, assinale a opção correta:

(A) O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os côn-juges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 2 (dois) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a efi cácia das sentenças es-trangeiras no país. O Superior Tribunal de Justi ça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homo-logação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fi m de que passem a produzir todos os efeitos legais.

(B) O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônju-ges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, desde que tenha antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homo-logação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a efi cácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justi ça, na forma de seu regi-mento interno, poderá reexaminar, a requerimento do inte-ressado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fi m de que passem a produzir todos os efeitos legais.

(C) O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os côn-juges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a efi cácia das sentenças es-trangeiras no país. O Supremo Tribunal Federal, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homo-logação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fi m de que passem a produzir todos os efeitos legais.

(D) O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os côn-juges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a efi cácia das sentenças es-trangeiras no país. O Superior Tribunal de Justi ça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homo-logação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fi m de que passem a produzir todos os efeitos legais.

ANULADAAs alternati vas C e D estão corretas, em consonância com o art. 7º, § 6º, da LINDB.

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Questão 21

Marcos, brasileiro, produtor de café, resolve expandir seus ne-gócios e fi rma um contrato internacional de exportação com um comprador na China. No contrato, havia uma cláusula que, em caso de lití gio, eles solucionariam através da Câmara de Arbi-tragem de Comércio Internacional. Ocorre, porém, que Marcos não conseguiu adimplir com sua obrigação dentro do prazo, e o comprador chinês contratou um advogado e ingressou com uma ação no Brasil, desconsiderando os termos estabelecidos em contrato. À luz do NCPC/2015, assinale a opção correta:

(A) No caso em tela, o juiz tem a opção de julgar com ou sem a resolução do mérito.

(B) No caso em tela, o juiz do Brasil tem competência para re-solver o mérito.

(C) No caso em tela, o juiz deve exti nguir o feito sem julgar o mérito.

(D) O juiz deve indeferir o pedido de plano, uma vez que compete à justi ça da China dizer o direito ao caso em tela.

Resposta CCorreta. A asserti va está em consonância com o art. 485 do CPC/2015, vejamos: O juiz não resolverá o mérito quando: (...) VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitra-gem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência.

Questão 22

Devido ao não cumprimento de uma obrigação acessória, Tomaz foi noti fi cado pelo Fisco a pagar uma determinada penalidade pecuniária. No que diz respeito à penalidade pecuniária a ser paga por Tomaz, é correto afi rmar:

(A) A penalidade pecuniária também trata-se de obrigação aces-sória, uma vez que surgiu do descumprimento de uma obri-gação da mesma natureza.

(B) A obrigação acessória pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relati vamente à penali-dade pecuniária.

(C) A respecti va penalidade pecuniária não tem natureza de obrigação principal ou acessória.

(D) A respecti va penalidade pecuniária, possui natureza apenas de multa.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 113, § 3º, do CTN.

Questão 23

Além de trabalhar como empregado em uma empresa, Fred ven-dia informalmente produtos pela internet, sendo que obteve uma receita de R$ 50.000,00, decorrente desta ati vidade. Ocorre que que esses valores não foram informados em sua declaração de imposto de renda de pessoa fí sica. Diante do exposto, é correto afi rmar.

(A) Fred tem a obrigação de declarar esta receita em sua de-claração de imposto de renda, pode ser inscrito em dívida ati va e, após consti tuição de certi dão de dívida ati va, ser executado.

(B) Fred tem a obrigação de declarar esta receita em sua declara-ção de imposto de renda, sob pena de responder pelo crime de falsidade ideológica.

(C) Uma vez que esta receita foi obti da informalmente, Fred não tem a obrigação de declará-la ao fi sco.

(D) Fred somente terá a obrigação de declarar tal receita, quando regularizar a ati vidade que vem exercendo informalmente.

Resposta AEstá correta, nos termos dos arts. 3º da Lei 7.713/1988 e 2º, caput e § 1º, da Lei 6.830/1980.

Questão 24

Jason foi noti fi cado pelo órgão arrecadador, porém, não quitou a dívida referente ao crédito tributário, dentro do prazo esti pulado pelo referido órgão. Diante do ocorrido é correto afi rmar:

(A) Jason poderá requerer novo prazo para pagamento.(B) O prazo para pagamento será suspenso, até que Jason se

manifeste acerca do inadimplemento.(C) Jason poderá requerer redução do valor da dívida.(D) O referido crédito poderá ser inscrito em dívida ati va.

Resposta DEstá correta, nos termos dos arts. 3º da Lei 7.713/1988 e 2º, caput e § 1º, da Lei 6.830/1980.

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Questão 25

Os contribuintes do Município X haviam recebido isenção de IPTU, por tempo indeterminado e sem a imposição de nenhuma condição para tal benefí cio. Ocorre que o referido Município noti fi cou seus contribuintes, informando-lhes que, devido ao advento de uma nova Lei, a referida isenção seria revogada, a parti r do primeiro dia do exercício seguinte à publicação da Lei. No que diz respeito ao caso em tela, assinale a alternati va correta.

(A) Uma vez concedida, a isenção não pode ser revogada.(B) A isenção pode ser revogada de forma imediata, indepen-

dentemente de publicação de Lei.(C) Salvo se concedida por prazo certo e em função de determi-

nadas condições, a isenção pode ser revogada ou modifi cada por lei, a qualquer tempo, e quanto à vigência, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, entram em vigor no exercício fi nanceiro seguinte.

(D) A isenção pode ser somente modifi cada, porém, não pode ser revogada.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 178 c/c art. 104, III, ambos do CTN.

Questão 26

Fabrício pretende abrir um quiosque no litoral e, ao consultar a administração pública, dentre algumas exigências, lhe foi re-querida uma taxa de licença de funcionamento. Com relação a este tributo, assinale a alternati va que defi ne qual o ti po de taxa cobrada pela administração pública, nesta hipótese.

(A) A respecti va licença trata-se de taxa pela uti lização, efeti va ou potencial, de serviços públicos específi cos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

(B) A respecti va taxa é exigida em razão do exercício do poder de polícia da administração pública.

(C) A respecti va taxa é exigida como pedágio, para uti lização de espaço público.

(D) A respecti va taxa é exigida devido à realização de obras em espaço público.

Resposta BEstá correta, com fundamento no art. 145, II, 1ª parte, da CF.

Questão 27

Roberto contratou advogado para ingressar com processo admi-nistrati vo perante o INSS, a fi m de regularizar sua situação contri-buti va com a autarquia. Ocorre que a autarquia informou-lhe que não há previsão de prazo para resposta do respecti vo processo. Com relação ao prazo para decisão do processo narrado neste presente enunciado, selecione a alternati va correta.

(A) A Autarquia não tem a obrigação de emiti r decisão do res-pecti vo processo, cabendo ao interessado buscar tutela ju-risdicional para solução do caso.

(B) Concluída a instrução de processo administrati vo, a autar-quia tem o dever de emiti r decisão do respecti vo processo, no prazo de 30 dias, podendo haver prorrogação por igual período, expressamente moti vada.

(C) A autarquia tem o dever de emiti r decisão acerca do processo, porém, não há previsão de prazo para a respecti va decisão.

(D) Concluída a instrução de processo administrati vo, a autarquia tem o dever de emiti r decisão do respecti vo processo, no prazo de 180 dias.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 48 e 49 da Lei 9.784/1999.

Questão 28

João foi nomeado para atuar como mesário nas eleições presiden-ciais. Considerando esta hipótese, assinale a alternati va correta.

(A) João atuou como agente honorífi co, para exercer especifi -camente a função de mesário, inexisti ndo qualquer vínculo com a Administração Pública.

(B) João atuou como agente honorífi co, confi gurando-se a relação empregatí cia com a Administração Pública.

(C) João atuou como agente honorífi co, podendo requerer sua nomeação como servidor público efeti vo, perante a Adminis-tração Pública.

(D) João atuou como agente políti co, tendo em vista que prestou serviços para a eleição de políti cos.

Resposta AEstá correta, pois o agente honorífi co é nomeado para execu-tar somente uma determinada função transitória, inexisti ndo qualquer ti po de vínculo com a administração pública.

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Questão 29

Juliano foi contratado pelo Estado de São Paulo, para exercer a função de professor temporário. Assinale a alternati va que indica qual a classifi cação de agente público em que Juliano se enquadra.

(A) Juliano não se enquadra na classifi cação de agente público administrati vo, uma vez que foi contratado como temporário, para exercer a função de professor.

(B) Juliano se enquadra na classifi cação de agente público admi-nistrati vo, ainda que tenha sido contratado de forma tempo-rária pelo Estado de São Paulo.

(C) Juliano se enquadra na classifi cação de agente público ho-norífi co, uma vez que foi contratado como temporário, para exercer a função de professor.

(D) Juliano se enquadra na classifi cação de agente público de-legado, uma vez que foi contratado como temporário, para exercer a função de professor.

Resposta BEstá correta, pois, independentemente de ter sido contrata-do como temporário, Juliano se enquadra na classifi cação de agente público administrati vo.

Questão 30

Devido a moti vo de interesse público devidamente fundamentado, o Estado Y retomou serviço prestado por uma concessionária de serviço de energia elétrica X, exti nguindo o contrato de concessão de serviço público. Assinale a alternati va que indica qual é a forma de exti nção da concessão de que trata este enunciado.

(A) Caducidade.(B) Rescisão.(C) Encampação.(D) Anulação.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 37 da lei 8.987/1995.

Questão 31

O Estado Z fi rmou uma parceria público-privada com a Empresa X, em relação a uma linha de metrô, delegando, inclusive, seu poder regulatório e seu poder de polícia, à empresa contratada. Diante desta situação, é correto afi rmar que

(A) O poder público pode delegar as funções regulatórias, bem como o poder de polícia à empresa contratada, uma vez que foi fi rmado contrato de parceria público-privada.

(B) O poder público sequer poderia ter fi rmado tal parceria com a empresa privada, pois, tal contrato não é aplicável a trans-porte público.

(C) O poder público não pode delegar as funções regulatórias e de poder de polícia, ainda que se tenha fi rmado a respecti va parceria público-privada, pois trata-se de atribuições privati -vas do Estado.

(D) O poder público pode exercer de forma concorrente a Em-presa privada, as funções regulatórias e de poder de polícia, nas parceria público-privada.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 4º, III, da Lei 11.079/2004.

Questão 32

Vitor possui uma propriedade que não está ati ngindo o seu fi m social, que é o de habitação, e que encontra-se totalmente aban-donada por cerca de 5 anos. Diante desta situação, foi noti fi cado pelo poder público, para se manifestar acerca da referida proprie-dade, no entanto, o proprietário não se manifestou. Assinale a alternati va correta, no que se refere à providência a ser tomada pelo poder público.

(A) O poder público deve iniciar os procedimentos para desapro-priação por interesse público.

(B) O poder público deve iniciar os procedimentos para desapro-priação por interesse social.

(C) O poder público deve tão somente multar o proprietário do imóvel.

(D) O poder público não pode interferir no direito de propriedade do parti cular.

Resposta BEstá correta, com fundamento no art. 2º, I, da Lei 4.132/1962.

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Questão 33

O empresário Jorge possui um terreno, numa área verde, situado Estado do Pará, local onde o índice populacional é bem alto, com tendência de crescimento ainda maior. Diante disso, João resolveu contratar técnicos para que fi zessem um estudo ambiental para se certi fi car se seria rentável empreender naquela região. Por conseguinte, constatou que o lugar era muito promissor para expandir os negócios da família e deu início ao processo admi-nistrati vo junto ao órgão competente para obter uma licença. À luz da Resolução do CONAMA 237/1997, podemos afi rmar que:

(A) A localização, construção, instalação, ampliação, modifi cação e operação de empreendimentos e ati vidades uti lizadoras de recursos ambientais consideradas efeti va ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, independe de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

(B) A licença ambiental para empreendimentos e ati vidades con-sideradas efeti va ou potencialmente causadoras de signifi -cati va degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respecti vo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garanti da a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

(C) Compete ao órgão ambiental Federal ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e ati vidades localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio Federal ou do Distrito Federal.

(D) O empreendedor deverá atender à solicitação de esclareci-mentos e complementações, formuladas pelo órgão ambien-tal competente, dentro do prazo máximo de 3 (três) meses, a contar do recebimento da respecti va noti fi cação.

Resposta BCorreta. A asserti va está em concordância com o art. 3º da Resolução 237/1997 do CONAMA.

Questão 34

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Sistema Na-cional de Unidades de Conservação – SNUC, introduzido pela Lei 9.985/2000 – é o conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de UC, cujos objeti vos específi cos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permiti dos: aquelas que precisam de maio-res cuidados, pela sua fragilidade e parti cularidades, e aquelas que podem ser uti lizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo. O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC, de modo que sejam planejadas e administradas de forma integrada com as demais UC, assegurando que amostras signifi cati vas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente representadas no território nacional e nas águas jurisdicionais. Com base nas disposições da Lei 9.985/2000, podemos afi rmar que o SNUC tem como objeti vos, exceto:

(A) Proteger os recursos naturais necessários à subsistên-cia de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

(B) Proteger as característi cas relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural.

(C) Proteger as espécies ameaçadas de exti nção no âmbito nacio-nal. No âmbito regional essa a proteção só será determinada caso haja legislação específi ca sobre o assunto.

(D) Proteger e recuperar recursos hídricos e edáfi cos.

Resposta BNão, de acordo com o arti go 4.º, II, da Lei 9.985/2000, a pro-teção é nacional e regional.

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Questão 35

Ana Paula, menor púbere, ao perceber que seus pais estavam dormindo, por volta das 22:00 horas, aproveitando-se da situa-ção, pegou a chaves do veículo de seu genitor e saiu para passear pelas ruas de sua cidade. Em alta velocidade, perde o controle da direção e colide com outro veículo, além de atropelar um pedestre. O acidente não teve víti mas fatais, apenas com leves escoriações, porém, resultou em um prejuízo considerável à víti ma do veículo colidido. Diante do caso hipotéti co narrado, assinale a opção correta:

(A) A responsabilidade é subjeti va em relação aos genitores.(B) A responsabilidade pode recair sobre o patrimônio da me-

nor púbere, para indenizar os danos por ela causados ao ofendido.

(C) Ana tem responsabilidade objeti va, ao passo que os genitores responsabilidade subjeti va.

(D) A responsabilidade é objeti va e deve recair sobre o patrimônio da menor púbere.

Resposta BCorreta. A asserti va está em conformidade com o art. 942 do CC, primeira parte, bem como o parágrafo único do mesmo arti go. Vejamos: Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem fi cam sujeitos à reparação do dano causado (...), bem como o parágrafo único do mesmo arti go, ou seja, são solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. Assim como também, preconiza o art. 943 do CC/2002: O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. Por derradeiro, o art. 116 do ECA, aduz: Em se tratando de ato infracional com refl exos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente resti tua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, com-pense o prejuízo da víti ma.

Questão 36

Uma insti tuição fi nanceira, denominada “Milhões Moneotários” celebra contrato de mútuo com 2 (dois) devedores, Ítalo e Juran-dir. Os mutuários precisavam do emprésti mo para realizar um empreendimento de um negócio em comum. Portanto, ambos se tornam devedores solidários. Ocorre que houve a inadimplência por parte dos devedores e a insti tuição fi nanceira resolve exigir somente de Ítalo o valor total da dívida, por entender que este possui patrimônio sufi ciente para sati sfação do crédito. Diante do caso hipotéti co, assinale a alternati va correta:

(A) O credor poderá a exigir e receber somente de Ítalo o paga-mento total ou parcial a dívida comum, porém, se o pagamen-to ti ver sido parcial, todos os demais conti nuam obrigados solidariamente pelo resto.

(B) É vedada a renuncia à solidariedade passiva em favor de um devedor.

(C) Importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

(D) Se Jurandir falecer deixando herdeiros, Ítalo poderá exigir de qualquer um dos herdeiros a totalidade do débito, salvo se a obrigação for indivisível.

Resposta BA asserti va está em conformidade com o art. 275 do CC/2002, vejamos: O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento ti ver sido parcial, todos os demais devedores conti nuam obrigados solidariamente pelo resto.

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Questão 37

Juliano, brasileiro, solteiro, residente próximo à um lote de pro-priedade do Carlos, situado na Rua das Flores, nº. 32, Bairro Pri-mavera, São Paulo, Capital. Em 15/08/2016, Juliano, com intenção de expandir a área de sua propriedade, derrubou o muro que fazia a divisão entre seu próprio imóvel e o de Carlos, aproprian-do-se, assim, de todo o terreno pertencente a este. Ademais, aproveitando-se da inércia de Carlos, construiu uma casa sobre o lote acima, ocupando-o em sua integralidade. Diante do caso hipotéti co, assinale a opção Incorreta com relação ao insti tuto da posse, nos termos do Código Civil:

(A) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfei-torias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

(B) O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfei-torias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

(C) O possuidor de má-fé não responde pelos frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se consti tuiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.

(D) O possuidor turbado ou esbulhado, poderá manter-se ou resti tuir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou resti tuição da posse.

Resposta CNa verdade a asserti va está em desacordo com o art. 1.216 do CC/2002, vejamos: o possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se consti tuiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Portanto, o examinador exigia do candidato a opção errada.

Questão 38

Ana Paula tem uma propriedade situada numa área onde o Poder Público estadual pretende desapropriar, para que possa esten-der mais uma linha do metrô, com o objeti vo de benefi ciar os usuários, ligando a estão X com a Y. Diante dessas informações, é INCORRETO afi rmar que o direito de propriedade é:

(A) Um direito fundamental relati vo, visto que, em caso de neces-sidade ou uti lidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, poderá ocorrer a desapropriação pelo poder público, ressalvados os casos previstos nesta Consti tuição.

(B) Um direito fundamental e, como tal, absoluto, portanto, Ana Paula poderá se recusar a sair de sua propriedade, caso não seja de seu interesse.

(C) O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapro-priação, por necessidade ou uti lidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.

(D) O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Resposta BNa verdade, a informação está equivocada, considerando a asserti va e fundamentação apresentadas na alternati va A.

Questão 39

Maria viveu em união estável com João, pelo período de 8 (oito) anos, não formalizaram a união, tampouco fi zeram pacto de convi-vência. Da união ti veram 4 (quatro) fi lhos, bem como construíram um patrimônio comum no valor de R$ 400.000, 00 (quatrocentos mil reais). Entretanto, em janeiro de 2016, João teve uma parada cardiorrespiratória e veio a falecer. Diante do caso hipotéti co, Maria procura um advogado para saber qual o quinhão que lhe cabe. Com base nessas informações, assinale a alternati va correta:

(A) A tí tulo de Herança, Maria tem direito à meação, bem como à sucessão, sendo 1/5, em concurso com os quatros fi lhos em comum.

(B) A tí tulo de Herança, Maria tem direito à 1/4, ou seja, R$ 100.000, 00 em concurso com os quatros fi lhos em comum, porém, não tem direito à meação.

(C) Maria é meeira de João, portanto lhe caberá, ½ ou R$ 200.000,00, porém, à tí tulo de sucessão não terá direito, cabendo, portanto, a outra metade aos quatro fi lhos em comum, ou seja, ¼ ou R$ 50.000, 00 para cada herdeiro.

(D) Maria tem direito à meação, ou seja, R$ 200.000,00, bem como terá direito à sucessão, concorrendo em partes iguais com os demais herdeiros.

Resposta CA asserti va está em conformidade com o Art. 1.829 do CC/2002, assim como, recente decisão do STF, em que declarou a incons-ti tucionalidade do art. 1.790 do CC/2002, equiparando cônju-ge e companheiro para fi ns de sucessão, inclusive em uniões homoafeti vas. Decisão proferida no julgamento dos Recursos Extraordinários 646721 e 878694.

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Questão 40

Paulo celebrou um contrato de locação com José, de um imóvel residencial, em abril de 2016, pelo período de 36 meses, sendo que José ti nha a incumbência de efetuar o pagamento todo dia 15 do mês, diretamente à Paulo. Ocorre que, em maio de 2017, José, ao pagar a referida prestação mensal à Paulo, esse se recusou a receber. Como advogado de José, qual a medida cabível:

(A) Dação em pagamento.(B) Consignação em pagamento.(C) Novação em pagamento.(D) Compensação em pagamento.

Resposta BCorreta. A asserti va está em conformidade com o art. 335, I, do CC/2002, ou seja, a consignação tem lugar se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma. Para que não seja consti tuído em mora.

Questão 41

Suponhamos que, em abril de 2017 foi editada, sancionada e pro-mulgada uma lei alterando dispositi vos do Código Civil. Conforme preconiza a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, salvo disposição em contrário, a nova lei começará a vigorar em todo o País:

(A) 180 dias depois de ofi cialmente publicada.(B) 45 dias depois de ofi cialmente publicada. (C) 30 dias após a sua publicação ofi cial.(D) Na data de sua publicação ofi cial.

Resposta BA asserti va está em conformidade com o art. 1º da Lei 4.657/42, ou seja, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

Questão 42

Anabela, mãe solteira de um adolescente de 13 (treze) anos, Má-rio, foi chamada recentemente à escola de seu fi lho, em virtude do comportamento agressivo que o infante vem apresentando, sendo ele, inclusive, denunciado por outros colegas pela práti ca de bullying nas dependências do Colégio João XXIII, contra alunos negros e mulheres. Diante de tal situação, Anabela decidiu que o menor deveria ir vesti do como uma garota para a escola du-rante uma semana seguida, como forma de punição e, inclusive, de prevenção para que novos episódios como esse não fossem repeti dos. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a melhor opção:

(A) São proibidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente apenas comportamentos que resultem em sofrimento fí sico ou lesão para o menor da idade.

(B) Ridicularizar um menor em público, ainda que constrangedor, não pode ser enquadrado como tratamento cruel ou degra-dante em relação à criança ou ao adolescente, coibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

(C) A Lei 13.010, de 26 de junho de 2014, conhecida como “Lei Menino Bernardo”, determina que crianças e adolescentes sejam educados com o uso de casti gos fí sicos ou tratamen-to cruel ou degradante, quando uti lizadas como formas de correção, disciplina ou educação.

(D) A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de casti go fí sico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina ou edu-cação pelos pais, pelos integrantes da família ampliada ou responsáveis.

Resposta DAlternati va correta de acordo com o disposto no arti go 18-A, II, c, da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990.

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Questão 43

Ana e Antônio, namorados desde os tempos de colégio, termina-ram o seu relacionamento após a descoberta da gravidez de Ana, agora com 25 (vinte e cinco) anos. Durante toda a gestação e os primeiros anos do fi lho do casal, Pedro Henrique, agora com 3 (três) anos, Ana foi única e exclusivamente responsável pelo seu sustento e criação. Com os refl exos da crise ainda existente no Brasil, Ana acabou perdendo seu emprego no início de 2018, e resolveu amistosamente procurar Antônio para ajudá-la. Antônio, por sua vez, revoltado com a situação, resolveu pedir a guarda exclusiva de Pedro Henrique, alegando falta de recursos materiais da mãe, necessários ao sustento e educação do infante. Com base no caso narrado, assinale a alternati va correta:

(A) Neste caso, o Ministério Público deverá pedir a desti tuição do poder familiar de ambos, alegando falta aos deveres inerentes às necessidades do infante.

(B) A carência de recursos materiais, unicamente, não consti tui moti vo sufi ciente para a perda ou a suspensão do poder familiar, tampouco da guarda do menor.

(C) Guarda e poder familiar são expressões sinônimas, e podem ser usadas em substi tuição uma da outra.

(D) Pedro Henrique deverá permanecer sob a custódia de um terceiro, ou de enti dade que desenvolva programa de aco-lhimento familiar ou insti tucional, durante o curso de todo o processo.

Resposta BAlternati va correta, uma vez que a falta ou a carência de recur-sos materiais não consti tui moti vo sufi ciente para a perda ou a suspensão do poder familiar (art. 23, caput, da Lei 8.069/90).

Questão 44

João, Marco e Paulo, estudantes de engenharia, residem em uma casa alugada, há um ano. Em virtude dos estudos e pela necessi-dade de fazer pesquisas cientí fi cas, eles contrataram um serviço de internet e TV à cabo, prestado pela empresa X. Ocorre que o sistema ora contratado deveria fornecer 129 Mb, porém, tem falhado com frequência, pois além de o sistema fi car muito lento, às vezes fi ca sem sinal algum. Técnicos da empresa esti veram no local, por diversa vezes, e, ao efetuar a medição, constataram que não chegava nem a metade do contratado. Em virtude disso, os rapazes, por vezes, acabavam por se socorrer em lan houses. Com base no princípio da vulnerabilidade previsto no CDC, assinale a alternati va correta:

(A) A doutrina consumerista minoritária considera a vulnerabili-dade um conceito jurídico indeterminado e plurissignifi cati vo.

(B) A doutrina consumerista majoritária considera a vulnerabili-dade um conceito jurídico determinado, devendo considerar a superioridade econômica ou jurídica do fornecedor de ser-viços face a vulnerabilidade do consumidor.

(C) A doutrina consumerista majoritária considera a vulnerabili-dade um conceito jurídico indeterminado e plurissignifi cati vo.

(D) A doutrina consumerista majoritária considera a vulnerabili-dade um conceito jurídico determinado, devendo considerar apenas a questão econômica dos envolvidos.

Resposta CA asserti va está de acordo com a doutrina majoritária, uma vez que a vulnerabilidade se faz presente por diversas formas, seja econômica, técnica e jurídica, cientí fi ca, entre outras. Tal princípio está previsto no art. 4º, I, do CDC, vejamos: Art. 4º(...) I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no merca-do de consumo. Contudo, é níti da a relação de vulnerabilidade dos consumidores, vez que se faz presente a superioridade econômica, técnica e jurídica ou cientí fi ca do fornecedor do serviço. Portanto, passível de indenização.

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Questão 45

João comprou uma Smart TV da marca LG, 58”, LCD, Full HD, pela Internet, de uma empresa muito renomada no mercado e-commerce. O produto chegou dentro prazo, tudo conforme estabelecido no contrato. Entretanto, após um mês de uso a Smart TV começou a ligar e desligar sozinha, bem como não mais aparecia imagens, somente áudio. João ligou no SAC da empresa, que lhe transferiu para o setor responsável em casos “vícios” ou “defeito” de produtos e serviços que, por sua vez, disse que João deveria aguardar dentro do prazo de legal que solucionariam seu problema, porém, já se passaram 40 dias e não ligaram sequer para lhe dar uma sati sfação. Com base na Lei 8.078/90, assinale a opção correta:

(A) Não sendo o vício sanado no prazo máximo de vinte dias, pode o consumidor exigir, e à sua escolha: a substi tuição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso ou a resti tuição imediata da quanti a paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.

(B) Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternati vamente e à sua escolha: a substi tuição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a resti tuição imediata da quanti a paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos ou abati mento proporcional do preço.

(C) Não sendo o vício sanado no prazo mínimo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternati vamente e à sua escolha: a substi tuição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a resti tuição imediata da quanti a paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos ou, o abati mento proporcional do preço.

(D) Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternati vamente e à escolha do fornecedor: a substi tuição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a resti tuição imediata da quanti a paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos ou, o abati mento proporcional do preço.

Resposta BCorreta. A asserti va está em conformidade com o art. 18, §1º, I, II e III do CDC.

Questão 46

Tício, administrador de uma determinada Sociedade Anônima, devido a uma ação culposa, acarretou prejuízos à respecti va so-ciedade. Diante do exposto é correto afi rmar:

(A) Que Tício responderá civilmente, dentro de suas atribuições ou poderes, pela ação culposa.

(B) Que Tício somente responderia civilmente, dentro de suas atribuições ou poderes, caso a ação fosse dolosa.

(C) Que independentemente de dolo ou culpa, Tício não respon-deria civilmente, por possíveis danos causados no exercício de suas atribuições ou poderes de administrador.

(D) Que nesta hipótese, somente o sócio majoritário pode respon-der civilmente pelos prejuízos causados pelo administrador.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 158, I, da Lei 6.404/1976.

Questão 47

Vitor tornou-se franqueado de um fast food, efetuando depósito da quanti a exigida pelo franqueador, bem como assinando o contrato de franquia. No fechamento do contrato, o franqueador não for-neceu-lhe a Circular de Oferta de Franquia, que trata dos detalhes do negócio, para que este pudesse ler os termos, antes de aderir ao contrato, sendo que, na ocasião, o franqueador garanti u-lhe que tudo estava regular, e que poderia assinar tranquilamente o respecti vo contrato, que posteriormente lhe forneceria a Circular. Ocorre que, após transcorridos 30 dias da assinatura do contrato, Vitor constatou uma série de inconsistências entre as informações passadas verbalmente pelo franqueador e ao requerer novamente a Circular de Oferta de Franquia, a fi m de que, pudesse esclarecer as dúvidas surgidas, teve o pedido negado pelo franqueador. Diante do exposto indique qual é a providência a ser tomada por Vitor.

(A) Uma vez que Vitor assinou o contrato, aceitou as condições do franqueador, portanto, não há mais providências a serem tomadas.

(B) Vitor poderá exigir a revisão do contrato de franquia, junto ao franqueador.

(C) Vitor poderá arguir a anulabilidade do contrato e exigir devo-lução de todas as quanti as que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a tí tulo de taxa de fi liação e royalti es, devidamente corrigidas, pela variação da remune-ração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.

(D) Vitor poderá arguir a anulabilidade do contrato e exigir devolução de todas as quanti as que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a tí tulo de taxa de fi liação e royalti es, devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança, porém, sem direito a perdas e danos.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 4º, caput e parágrafo único da Lei 8.955/1994.

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Questão 48

Fernando é locatário de um imóvel comercial, no qual exerce ati vidade comercial há mais de cinco anos ininterruptamente e no mesmo ramo de negócio: um restaurante. Ocorre que o locador do imóvel comunicou-o de que não renovará o contrato de locação, alegando que uti lizará o imóvel para transferir seu fundo de comércio, uma padaria, da qual é sócio majoritário, e que manti nha em outro imóvel há mais de um ano. Diante do exposto, assinale a alternati va correta.

(A) Considerando que Fernando exercia sua ati vidade ininter-ruptamente e no mesmo ramo de negócio por mais de três anos, faz jus à renovação do respecti vo contrato de locação.

(B) O locador pode reivindicar o imóvel locado a qualquer mo-mento, independentemente de moti vação.

(C) O locador não será obrigado a renovar o contrato de locação, uma vez que o imóvel será uti lizado por ele próprio, para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, do qual é detentor da maioria do capital.

(D) Uma vez que trata-se de imóvel comercial, a preferência será sempre do locador, na renovação do contrato de locação.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 52, II, da Lei 8.245/1991.

Questão 49

Tício emiti u um cheque em favor da Empresa Z, para o pagamento de um produto que adquiriu. Entretanto, algumas horas depois, foi acometi do por mal súbito e veio a óbito. Diante do ocorrido é correto afi rmar:

(A) Devido à morte do emitente, o cheque será invalidado.(B) Devido à morte do emitente, o cheque deverá ser substi tuído.(C) A morte do emitente superveniente à emissão não invalida

os efeitos do cheque.(D) Devido à morte do emitente, os herdeiros deverão resgatar

o respecti vo cheque e realizar o pagamento à vista.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 37 da Lei 7.357/1985.

Questão 50

Valter vendeu sua loja de calçados à Felipe, o qual conti nuou exercendo a mesma ati vidade no respecti vo estabelecimento comercial.

Com relação ao trespasse realizado, assinale a alternati va correta.(A) Valter não responderá em hipótese alguma, pelos pagamentos

anteriores à transferência.(B) Independentemente de autorização, Valter poderá abrir nova

loja no mesmo segmento comercial e fazer concorrência ao Felipe..

(C) Felipe responderá pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, con-ti nuando Valter solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a parti r, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

(D) Não havendo autorização expressa, Valter não poderá fazer concorrência ao adquirente, nos dois anos subsequentes à transferência.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 1.146 do Código Civil.

Questão 51

Roberto propôs ação judicial, onde sustentou tese fi rmada em julgamentos de casos repeti ti vos. Todavia, ao proferir a sentença, o magistrado não se manifestou acerca da respecti va tese.

Contratado por Roberto para patrociná-lo na causa, e diante da situação narrada, qual seria a medida mais adequada ao caso de seu cliente?

(A) Apelação.(B) Embargos de declaração, por moti vo de contradição.(C) Agravo de instrumento.(D) Embargos de declaração, por omissão.

Resposta DEstá correta, nos termos do art. 1.022, parágrafo único, I, do CPC.

Questão 52

Tício impetrou mandado de segurança decidido em única instância pelo Tribunal Regional Federal de sua região, e teve a decisão denegada.

Assinale a alternati va que indica qual é o recurso cabível para este caso.

(A) Apelação.(B) Recurso Especial ao STJ.(C) Recurso Ordinário ao STJ.(D) Agravo de instrumento.

Resposta CEstá correta, pois, nos termos do art. 1.027, II, a, do CPC.

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Questão 53

João, que vive em união estável com Roberta, há mais de 15 anos, pretende propor ação versando sob direito real imobiliário. Ocorre que Roberta, sem justo moti vo, e sem justi fi cati va, não lhe concedeu o consenti mento para a propositura da referida ação.

Diante do exposto, assinale a alternati va correta.(A) João não poderá propor a referida ação, uma vez que o diplo-

ma processual exige o consenti mento do cônjuge ou compa-nheiro, para a propositura de ação que verse sob direito real imobiliário.

(B) João pode propor ação que verse sob direito real imobiliário, independentemente de consenti mento de Roberta.

(C) Nesta hipótese, caso não haja um justo moti vo para a negati -va, o consenti mento do cônjuge ou companheiro poderá ser suprido judicialmente.

(D) Nesta hipótese, o consenti mento do cônjuge ou companheiro poderá ser suprido judicialmente, caso João comprove justo moti vo para a propositura da ação.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 74, caput, do CPC.

Questão 54

Vitor propôs ação de cobrança em face de Valter. Ao contestar a ação, Valter por sua vez, apresentou reconvenção em face de Vitor. No decorrer do processo Vitor desisti u da ação. Com relação à reconvenção é correto afi rmar:

(A) Devido a Vitor ter desisti do da ação, a reconvenção será exti nta.

(B) A desistência da ação não obsta o prosseguimento da reconvenção.

(C) Devido a Vitor desisti do da ação, o juiz deverá converter a reconvenção, em ação.

(D) Vitor não pode desisti r da ação, devido à reconvenção.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 343, § 2º, do CPC.

Questão 55

Mário ingressou com ação de reintegração de posse em face Ro-dolfo, cumulando na presente ação o pedido de perdas e danos.

Com relação ao pedido de perdas e danos feito na referida ação possessória, é correto afi rmar:

(A) É possível a cumulação do pedido de perdas e danos, em ação possessória.

(B) Não há possibilidade de cumulação de pedido de perdas e danos, em ação possessória.

(C) É possível a cumulação do pedido de perdas e danos, em algumas ações possessórias, exceto na reintegração de posse.

(D) É possível cumular somente o pedido de indenização dos frutos, em ação possessória.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 555, I, do CPC.

Questão 56

João, residente e domiciliado em São Paulo, propôs, no Brasil, ação para cumprimento de obrigação constante em contrato interna-cional. Em contestação, o requerido arguiu cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro, constante no contrato internacional.

Com relação à competência, para processamento e julgamento da presente ação, é correto afi rmar.

(A) Não compete à autoridade judiciária brasileira o processa-mento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacio-nal, arguida pelo réu na contestação.

(B) Considerando que João possui domicílio no Brasil, a justi ça brasileira é competente para processamento e julgamento da presente ação, independentemente da existência de cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro.

(C) A cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em con-trato internacional, arguida pelo réu na contestação, não tem validade na justi ça brasileira.

(D) O juiz deve suspender o processo e expedir o ofí cio ao foro in-ternacional competente, acerca da existência de tal cláusula.

Resposta AEstá correta e corresponde literalmente ao disposto no art. 25, caput, do CPC.

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Questão 57

Durante o período de férias forenses, devido à negati va de um hospital conveniado a um determinado plano de saúde, de realizar uma cirurgia de urgência de alta complexidade, João ingressou com uma Tutela de Urgência, com pedido liminar.

Considerando que esta medida foi proposta nas férias forenses, é correto afi rmar.

(A) Que a referida medida não será recebida, devido às férias forenses.

(B) Que a referida medida será recebida, porém, sua análise fi cará suspensa, até o fi nal das férias forenses.

(C) Que a referida medida será recebida, bem como analisada a liminar, mesmo durante as férias forenses.

(D) Que somente as citações, inti mações e penhoras podem ser realizadas nas férias forenses.

Resposta CEstá correta, pois, nos termos do art. 214, II, do CPC, as tutelas de urgência incluem-se nos atos que podem ser prati cados durante as férias forenses.

Questão 58

Maria, jovem de 22 anos, estudante de medicina, estava pas-sando por um período de muita pressão psicológica em razão do trabalho, dos estudos, bem como dos problemas com seu namorado, pois descobriu que ele a estava traindo. Tomada por um senti mento medíocre, conta à sua amiga Ana que João a havia estuprado. Ana, por sua vez, foi ti rar sati sfação com o namorado de Maria, o qual fi ca estupefato e nega veementemente a práti ca de tal conduta. Inconformado, ele foi falar com Maria, a qual as-sumiu o que havia dito na frente de Ana. João, para defender sua honra, procura um advogado. Nesse senti do, podemos afi rmar que, Maria poderá responder pelo crime de:

(A) Calúnia.(B) Difamação.(C) Injúria.d)Por nada, pois não cometeu crime algum.

Resposta ACorreta. Maria poderá ser processada e julgada pelo crime de calúnia, previsto no art. 138 do CP, vejamos: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato defi nido como crime: Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Questão 59

Paulo terminou o namoro com Clara, ao saber que ela estava grá-vida de um fi lho dele. Em virtude do abandono, Clara começou a nutrir um senti mento ruim com relação ao futuro bebê. Durante os oito meses de gestação, após passar pelo longo período de “brigas” com o pai da criança, Clara teve uma grave crise nervosa, elevando sua pressão a 140/90 mmhg. Em decorrência disso, en-trou em trabalho de parto de urgência, porém, depois do parto, a mãe passou bem e o bebê nasceu saudável. Ocorre que Clara, ao pegar o bebê no colo para amamentar pela primeira vez, lança-o contra a parede, levando-o a óbito na hora. Clara foi diagnosti ca sob infl uência do estado puerperal quando prati cou tal crime. À luz do Código Penal, Clara responderá por:

(A) Homicídio.(B) Homicídio Privilegiado.(C) Infanti cídio.(D) Por crime algum.

Resposta CA asserti va se enquadra ao ti po penal descrito no art. 123 do CP, vejamos: “Matar, sob a infl uência do estado puerperal, o próprio fi lho, durante o parto ou logo após.”

Questão 60

Em 24.07.2001, José ligou para Ana, pedindo o valor de R$ 10.000,00 até ao meio dia, no lugar X, sob a ameaça de matar sua mãe. Ana, desesperada, consegue o valor e vai ao encontro ao ofensor, conforme combinado. Ao chegar no local deserto, José se aproxima, coloca uma arma na cabeça da víti ma e a leva para um síti o localizado na Cidade de Minas Gerais, mantendo-a em cárcere privado. Um mês depois, entra em vigor nova lei penal, agravando a pena para o delito cometi do. Com base na legislação perti nente, no caso em tela:

(A) É inaplicável a lei penal mais gravosa a José, em virtude do princípio da retroati vidade.

(B) É aplicável a lei penal mais gravosa.(C) É aplicável a lei penal mais gravosa a qualquer crime, mesmo

que prati cado antes de sua vigência. (D) É aplicável a lei penal mais gravosa, em virtude do princípio

da retroati vidade.

Resposta BCorreta. A asserti va está de acordo com a Súmula 711 do STF, uma vez que o enunciado deixa claro que o crime de sequestro não havia cessado quando da vigência da nova lei penal, veja-mos: A lei penal mais grave aplica-se ao crime conti nuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da conti nuidade ou da permanência.

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Questão 61

João Pedro e Renato prati caram crime de furto de veículo automo-tor e, depois de autuados, contratam o advogado Leônidas para defendê-los. Renato prati cou todos os atos executórios do delito, enquanto João Pedro apenas o auxiliou, desempenhando a função de vigiar os arredores e, se fosse o caso, avisar Renato a respeito de eventual movimentação. Tendo em vista o caso narrado, o que o advogado Leônidas pode pleitear em favor de João Pedro?

(A) Que a pena seja diminuída de um sexto a um terço, em razão da parti cipação de menor importância.

(B) Que a pena seja diminuída pela metade, em razão da parti -cipação de menor importância.

(C) Que a pena seja diminuída de um quarto a um terço, em razão da parti cipação de menor importância.

(D) Que João Pedro seja absolvido, tendo em vista a parti cipação de menor importância.

Resposta ACorreta. A asserti va está em conformidade com o §1º do art. 29 do CP, ou seja, se a parti cipação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.

Questão 62

Em 24.04.2002, Carlos, menor púbere, estava pichando a escola pública estadual, próxima ao vizinho sr. Pedro, esse, imediata-mente ligou para a polícia local que chegou em 10 minutos e o apreendeu o menor em fl agrante. Nesse caso, é INCORRETO afi rmar que:

(A) Carlos deve responder pelo um ato infracional, passível de medidas sócio educati va.

(B) Carlos deve responder pelo crime de pichação.(C) Carlos deve ser encaminhado à autoridade policial

competente.(D) Carlos deve ser apreendido, porém, não poderá ser condu-

zido ou transportado em comparti mento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade fí sica ou mental, sob pena de responsabilidade.

Resposta BCorreta. Na verdade, a informação está equivocada, vez que Carlos, menor púbere, não deve responder pelo crime de pi-chação art. 65 da Lei 9.605/84, mas sim, por ato infrator atri-buindo-lhe uma medida socioeducati va prevista na Lei 8.069 (ECA), vejamos: Art. 103 Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Assim como, o Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

Questão 63

Arthur, cansado de tanto reclamar com João, seu vizinho, em virtude do volume de seu aparelho de som sempre acima do permiti do legalmente, resolve ti rar sati sfações. Entretanto, João não se incomoda e ainda diz que “não vai abaixar nada”. Arthur volta para sua casa muito irritado e pega um revólver calibre 38, disparando em direção a João. Contudo, a bala atravessa o peito dele e, ainda acerta Maria, esposa de João, que tentava acalmar os ânimos dos dois. João veio a óbito e Maria teve fe-rimentos leves no braço esquerdo. Dito isso, é correto afi rmar que se trata de:

(A) Concurso material.(B) Concurso formal.(C) Crime conti nuado.(D) Crime preterdoloso.

Resposta BCorreta. A asserti va se enquadra perfeitamente ao ti po penal, ou seja, o art. 70 do CP dispõe que, ocorrerá concurso material quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prati ca dois ou mais crimes, idênti cos ou não.

Questão 64

Rodolfo foi indiciado pelo crime de extorsão e, conforme apurado em inquérito policial, está ameaçando pessoas, a fi m de frustrar a instrução processual. Considerando o exposto no enunciado, assinale a alternati va correta.

(A) Nesta hipótese, o juiz poderá decretar a prisão preventi va de Rodolfo.

(B) Nesta hipótese o juiz poderá decretar a prisão temporária de Rodolfo.

(C) O juiz não pode decretar a prisão de Rodolfo durante a ins-trução processual, somente na fase de inquérito policial.

(D) Nesta hipótese, o juiz poderá decretar a prisão defi niti va de Rodolfo.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 312, caput, do CPP.

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Questão 65

Mévio foi condenado por crime de estelionato, e cumpre pena em regime semiaberto. Ocorre que, após o trânsito em julgado da referida sentença, foram descobertas novas provas que compro-vavam a inocência do condenado, demonstrando que houve erro judiciário. Assinale a alternati va que indica quais as providências a serem tomadas pelo advogado de Mévio.

(A) Apenas requerer a revisão criminal, não cabendo nenhum ti po de reparação civil.

(B) Requerer a Revisão Criminal na instância penal, bem como, buscar a reparação por danos morais em face do Estado, na instância cível.

(C) Impetrar habeas corpus.(D) Requerer o livramento condicional.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 621, III, do CPP e art. 5º, LXXV, da CF.

Questão 66

Tício foi ameaçado por Cléber e decidiu que vai fazer um reque-rimento à autoridade policial, para a instauração de inquérito policial. Com base na hipótese apresentada no enunciado, assinale a alternati va correta.

(A) Não cabe a Tício fazer requerimento para a instauração de inquérito policial, dependendo, exclusivamente, da autori-dade policial.

(B) Tício poderá fazer requerimento para instauração do inquérito policial.

(C) Não cabe a Tício fazer requerimento de instauração de in-quérito policial, mas somente ao Ministério Público.

(D) Não cabe a Tício fazer requerimento de instauração de inqué-rito policial, mas somente à autoridade policial, ao Ministério Público e à autoridade judiciária.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 5º, II, do CPP.

Questão 67

Robson foi caluniado por Vitor, causando-lhe muito constrangi-mento no bairro onde mora. Diante do ocorrido, Robson preten-de tomar providências, e decidiu procurar a autoridade policial. No que se refere à instauração de inquérito policial, é correto afi rmar.

(A) A autoridade policial poderá indiciar Vitor, independente-mente de requerimento do ofendido.

(B) A autoridade policial poderá instaurar o inquérito policial contra Vitor, mediante requerimento do ofendido.

(C) Por se tratar de crime de ação penal privada, não cabe a instauração de inquérito policial.

(D) Por se tratar de crime de ação penal privada, somente o juiz pode requerer a instauração de inquérito policial.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 5º, § 5º, do CPP.

Questão 68

Após transcorridos sessenta dias da data em que o Ministério Pú-blico recebeu os autos do inquérito policial, e devido a sua inércia no oferecimento da denúncia, a víti ma Fabrício resolve procurar um advogado, para analisar quais as providências cabíveis. Assi-nale a alternati va correta, que indica quais são as providências a serem tomadas pelo advogado, em relação a este caso.

(A) O advogado não poderá intervir no caso, uma vez que somen-te o Ministério Público pode propor a ação penal pública.

(B) O advogado deverá orientar seu cliente a aguardar a dispo-nibilidade do Ministério Público, uma vez que não há outra alternati va.

(C) O advogado poderá propor a ação penal privada subsidiária da pública, devido à inércia do Ministério Público.

(D) O advogado poderá propor a ação penal pública, devido à inércia do Ministério Público.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 29 do CPP.

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Questão 69

Jairo foi denunciado por apropriação indébita (Art. 168, CP – Apro-priar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção. Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa). Considerando a infração prati cada, bem como o fato de tratar-se de procedimen-to comum, assinale o rito processual no qual será processada a presente ação.

(A) Procedimento Ordinário.(B) Procedimento Sumário.(C) Procedimento Sumaríssimo.(D) Procedimento do Júri.

Resposta AEstá correta, pois, considerando que a pena máxima para o crime de Apropriação Indébita é de 4 (quatro) anos reclusão (art. 168 do CP), nos termos do art. 394, § 1º, I, do CPP, o pro-cedimento será ordinário, quando ti ver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privati va de liberdade.

Questão 70

Valter trabalhou por dez anos em uma Empresa e foi demiti do sem justa causa. O aviso-prévio lhe foi pago de forma indenizada, porém, Valter fi cou em dúvida em relação ao pagamento da res-pecti va verba. Assinale a alternati va correta, no que diz respeito ao aviso-prévio devido a Valter.

(A) Valter terá direito a dias, a tí tulo de aviso-prévio indenizado.(B) Valter terá direito à 60 dias, a tí tulo de aviso-prévio indenizado.(C) Valter terá direito à 90 dias, a tí tulo de aviso-prévio indenizado.(D) Valter terá direito à 45 dias, a tí tulo de aviso-prévio indenizado.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/2011.

Questão 71

Durante o expediente de trabalho, um determinado empregado foi fl agrado pelas câmeras de um comércio reti rando dinheiro do caixa e colocando-o em seu bolso. Diante do ocorrido, foi chamado imediatamente pela segurança, porém, negou o ocorrido, bem como não resti tuiu o dinheiro, muito embora houvesse registro em vídeo, o qual lhe foi apresentado. Ao fechar o caixa, constatou-se a diferença de R$ 100,00, que é justamente a importância que aparece na imagem, antes do empregado colocá-la em seu bolso. Considerando os fatos narrados no enunciado, assinale a alternati va que indica quais providências devem ser tomadas pelo empregador.

(A) O empregador deve demiti r o empregado, sem justa causa, uma vez que este nega o ocorrido.

(B) O empregador deve demiti r o empregado imediatamente, por justa causa, devido ao ato de improbidade, bem como, deve procurar a autoridade policial, para comunicar o furto ocorrido.

(C) O empregador deve demiti r o empregado imediatamente, por justa causa, devido ao ato de indisciplina, bem como, deve procurar a autoridade policial, para comunicar o furto ocorrido.

(D) O empregador deve demiti r o empregado imediatamente, por justa causa, devido ao ato de mau procedimento, bem como, deve procurar a autoridade policial, para comunicar o furto ocorrido.

Resposta BEstá correta, nos termos do art. 482, a, da CLT.

Questão 72

Saulo, empregado da Empresa X, foi diagnosti cado com uma de-terminada enfermidade e o médico o afastou de suas ati vidades por 30 dias. A parti r do 16º dia, Saulo passou a gozar do benefí cio de auxílio-doença previdenciário.

Com relação à situação do contrato de trabalho de Saulo, nos primeiros 15 dias de afastamento, é correto afi rmar.

(A) O contrato de trabalho encontra-se interrompido, uma vez que os primeiros 15 dias de afastamento são remunerados pela empresa.

(B) O contrato de trabalho fi ca suspenso a parti r do primeiro dia de afastamento.

(C) O contrato de trabalho conti nua produzindo todos os seus efeitos, durante todo o período do afastamento.

(D) O contrato de trabalho conti nua produzindo todos os seus efeitos, somente nos primeiros 15 dias, fi cando interrompido a parti r do 16º dia.

Resposta AEstá correta, pois o contrato somente fi cará suspenso a parti r do 16º dia, quando Saulo passará a receber benefí cio previdenciá-rio, nos termos do art. 476 da CLT e art. 63 da Lei 8.213/1991.

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Questão 73

Tício labora em uma Empresa que fábrica produtos químicos, sendo exposto a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fi xados em razão da natureza e da intensidade do agen-te e do tempo de exposição aos seus efeitos. Diante do exposto, é correto afi rmar:

(A) Muito embora Tício labore sob exposição de agentes nocivos à saúde, não faz jus a nenhum ti po de adicional.

(B) Tício faz jus ao adicional de periculosidade.(C) Tício faz jus ao adicional de insalubridade.(D) Tício faz jus tanto ao adicional de insalubridade quanto ao

de periculosidade.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 189 e 192 da CLT e art. 7º, XXIII, da CF.

Questão 74

A Empresa X pretende propor acordo coleti vo de trabalho em relação à jornada de trabalho de seus empregados e, para tanto, consulta seu advogado. No que diz respeito a tal pretensão, é correto afi rmar:

(A) O acordo coleti vo de trabalho terá prevalência sobre a lei quando, no que se refere à jornada de trabalho, observados os limites consti tucionais;

(B) O acordo coleti vo de trabalho terá prevalência sobre a lei e, inclusive, aos limites consti tucionais, no que se refere à jornada de trabalho.

(C) Não é possível a propositura de acordo ou convenção coleti va de trabalho, em relação à jornada de trabalho.

(D) Somente é possível discuti r jornada de trabalho, por meio de convenção coleti va de trabalho.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 611-A, da CLT.

Questão 75

José foi contratado por Pedro para reformar sua residência. No ato da contratação, Pedro propôs o valor de R$ 50.000,00, em 10 parcelas de R$ 5.000,000, bem como o fornecimento de mate-riais de construção para a realização integral da obra, o qual foi aceito por José. A obra durou cerca de um ano, sendo que José realizava livremente seu próprio horário de trabalho, bem como, escolhia os dias em que ia trabalhar, e ti nha total autonomia sob a execução da obra, contanto que realizasse o que foi solicitado na contratação, que consiste na reforma de todas as paredes da casa, colocação de pisos e azulejos, bem como a construção de uma laje. Após o término da obra, José ingressou com ação trabalhista em face de Pedro. Diante do exposto, assinale a alternati va correta.

(A) Pedro não preenche os requisitos para ser empregado.(B) Pedro não é trabalhador empregado, mas sim trabalhador

avulso.(C) Pedro se enquadra na fi gura do trabalhador temporário.(D) O caso em tela trata-se de terceirização de mão de obra.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 3º da CLT.

Questão 76

Manoel propôs ação trabalhista escrita, em face da Empresa Y, a qual conti nha a designação do juízo, a qualifi cação das partes, uma breve exposição dos fatos, porém, alguns pedidos conti dos ne exordial eram incertos e indeterminados. Considerando os elementos conti dos na referida ação, assinale a alternati va correta.

(A) Quanto aos pedidos incertos e indeterminados, o juiz será obrigado a julgá-los, uma vez que constam na ação trabalhista.

(B) Quanto aos pedidos incertos e indeterminados, o juiz abrirá prazo para o reclamante regularizá-los.

(C) Quanto aos pedidos incertos e indeterminados, o juiz os exti nguirá sem resolução de mérito.

(D) Quanto aos pedidos incertos e indeterminados, o juiz os indeferirá, julgando-os com resolução de mérito.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 840, § 3º, da CLT.

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Questão 77

João tem 17 anos e pretende ingressar com ação trabalhista em face da Empresa Z.

Considerando a idade de João, é correto afi rmar:

(A) Muito embora João seja menor de idade, poderá propor ação trabalhista, independentemente de nenhuma representação legal, ou, de órgão público, ou de curadoria.

(B) João terá de completar 18 anos, para que possa propor ação trabalhista.

(C) A respecti va ação trabalhista será feita por seus representan-tes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justi ça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.

(D) João poderá propor a respecti va ação trabalhista, desde que representado por qualquer pessoa maior de idade.

Resposta CEstá correta, nos termos do art. 793 da CLT.

Questão 78

Em execução de ação trabalhista movida por Tício, a executada, Empresa Y foi citada por duas vezes, no intervalo de 48 horas, porém, não foi encontrado ninguém no endereço da reclamada. Assinale a alternati va que indica a providência a ser tomada, para prosseguimento da execução.

(A) Citação por edital.(B) Citação por hora certa.(C) Suspensão da execução.(D) Exti nção a execução.

Resposta AEstá correta, nos termos do art. 880, § 3º, da CLT.

Questão 79

O Sindicato dos Trabalhadores X propôs uma ação de dissídio coleti vo, perante o Tribunal Regional do Trabalho, porém, obteve decisão desfavorável. Não conformado com tal decisão, o referido Sindicato pretende recorrer. Assinale a alternati va correta, no que se refere ao recurso a ser interposto.

(A) O Sindicato deve interpor Recurso de Revista, perante o TST.(B) O Sindicato deve interpor Recurso Ordinário perante o TST.(C) O Sindicato deve interpor Recurso Ordinário perante o próprio

TRT.(D) Não cabe recurso de tal decisão.

Resposta BEstá correta, com fundamento no art. 895, II, do TST.

Questão 80

Fabiano ingressou com ação trabalhista perante a Empresa Z, com o intuito de comprovar vínculo empregatí cio, sendo-lhe concedido o benefí cio da justi ça gratuita. Ocorre que obteve total improcedência em sua ação. Considerando a possibilidade de honorários de sucumbência na justi ça do trabalho, devido ao advento da Lei 13.467/2017, assinale a alternati va correta, em relação ao caso em tela.

(A) Muito embora seja benefi ciário da justi ça gratuita, Fabiano deverá arcar com os honorários de sucumbência.

(B) Uma vez que é benefi ciário da justi ça gratuita, não serão exi-gidos honorários de sucumbência de Fabiano, em nenhuma hipótese.

(C) Somente a reclamada poderá ser condenada ao pagamento aos honorários de sucumbência, tendo em vista a hipossufi -ciência econômica do reclamante.

(D) As obrigações decorrentes de sua sucumbência fi carão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certi fi cou, Fabiano demonstrar que deixou de existi r a situação de insufi ciência de recursos que justi fi cou a concessão de gratuidade.

Resposta DEstá correta, nos termos do art. 791-A, § 4º, da CLT.

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14/7 2º Simulado OAB 1ª fase

14/7Rota TOP4 OAB 1ª fase OABàs 19h30 – Gabarito Preliminar

16 a 19/7 Prazo para recurso

19/7 Gabarito definitivo comentado

21/7Gabaritando Ética | Prof. Marco Antonio

Gabaritando trabalho e processo do trabalho (novidade!)

3/8 Detona OAB (aulão de véspera)

4/8 Revisão especial (novidade!)

5/8Café da manhã com Ética com prof. Marco Antonio

Prova de 1ª fase

• Após o Simulado, insira os dados do gabarito em diagnostico.darlanbarroso.com.br

• A ferramenta de diagnóstico fará o cálculo de sua performance e apresentará uma sugestão de plano de estudo para a reta final da prova.

• No prazo previsto no cronograma, o aluno poderá interpor recurso contra as questões. Após o prazo, publicaremos o gabarito definitivo e os comentários (no próprio site darlanbarroso.com.br.

• O recurso deverá ser interposto via e-mail, para o prof. Darlan Barroso – [email protected] (no assunto indicar “recurso simulado”.

Prof. Darlan [email protected]

Insta: @darlanbarrosoYoutube: profdarlanbarroso

Prof. Marco AntonioInsta: @profmarcoantonio

Youtube: marcoantonioaraujojunior

14/7 2º Simulado OAB 1ª fase

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