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GRUPO I Ao longo dos passeios de Nova York, por sobre as estações e galerias do subway, abrem-se grandes respiradouros gradeados por onde cai de tudo: o sol e a chuva, o luar e a neve, luvas, lunetas e botões, papelada, chewing gum, (…) até dinheiro. Às vezes, lá no fundo, no lixo acumulado ou e m poças de água estagnada,  brilham moedas de níquel e mesmo de prata. Os garotos ajoelham de nariz colado às grades, tentando lobrigar tesouros na obscuridade donde sopra um hálito húmido e oleoso e o cheiro dos freios queimados. Fazem prodígios de habilidade e obstinação para pescar as moedas per did as. Alg uns têm êxi to nisso, ma s dep ois eng alf inham-se em dis put as tremendas sobre a posse e a partilha do tesouro: nunca se sabe quem foi que viu primeiro. Outros, quando a colheita promete, chegam a arriscar nisso algum capital: juntam as posses, e entram dois, é quanto basta, no subway; uma vez lá dentro, trepam sub-repticiamente aos respirado uros, o que é uma difícil operação de acrob acia, para colhe r aque le dinhe iro-de- ninguém, enquanto um ou mais camaradas vigilantes os vão guiando cá de fora. Também os há que entram sem pagar, por entre as pernas da freguesia e agachando-se por baixo dos torniquetes . O limpa – vias trabalhava há muitos anos no  subway, sempre de olhos no chão. Uma toupeira, um rato dos canos. Picava papéis na ponta de um pau com um prego, e metia - os no saco. Varria milhões de pontas de cigarros , na maioria quase intactos, de fumadores impacientes, raspava das plataformas o chewing gum odioso, limpava as latrinas, espalhava desinfectantes, ajudava a pôr graxa nas calhas, polvilhava as vias (…), e todas as vezes que o camarada da lanterna solta va um apito estríd ulo – lá vem o comboio! – ele encolhia - se contr a a parede negra, ond e escorriam águas de infiltração,.(...) Sempre de olhos no chão, bisonho e calado, como quem nada espera do Alto, e não esperava. A vida dele vinha toda do chão imun do e visco so. Nem sequer olhav a a lívida claridade que resv ala dos respir adouros para o negr ume interi or, onde tremeluzem lâmpa das eléctr icas, entre as  pilastras inumeráveis daquela floresta subterrânea metalizada: (…) Era estrangeiro, imigr ante , como tanta gen te (…) Como tinh a nascido na Lituânia, ou talvez na Est ón ia, só falava em monossílabos; e, debaixo da pátina oleosa e negra que o ar do subway nela imprimira com o tempo, a sua face era incolor e a raça indistinta. (…) Ora, à esqu ina de certa rua, no Uptow n, há uma igrej a, a de São João Baptis ta e do Sant íssimo Sacr amento , (…) Os casamentos são frequ entes, ali, por ser chiqu e a paróq uia e imponente a igreja. O arroz chove às cabazadas em cima dos noivos, à saída da cerimónia, num grand e estrag o de alegri a. Metad e dele some-se logo pelas grelhas dos resp irado uros, outra parte fica espal hada nas placas de cimento do passe io. (…) O homem matu tou: donde é que viria tanto arroz? Intrig ado, ergueu os olhos pela primeira vez para o Alto, e avistou a vaga luz de masmorra que escorria da parede. Mas o respiradouro,  se bem me compreendem, obliquava como uma chaminé, e a grad e, ela próp ria, ficava-lhe invis ível do interior. Era dali, com certeza, que caía o arroz, como as moedas, a poeira, a água da chuva e o resto. O limpa-vias encolheu os ombros, sem entender. Desconhecia os ritos e as elegâncias. No casamento dele não tinha havido arroz de qualidade nenhuma, nem cru, nem doce, nem de galinha. Até que um dia, depois de olhar em roda, não andasse alguém a espiá-lo, abaixou-se, ajuntou os bagos com a mão, num montículo, e encheu com eles um bolso do macaco. E foi assim que aquela chuva benéfica, de arroz poli do, carolino, de primeira, acabou por lhe dar a noção concreta de uma Providência (…) Deus, no Alto, pensava no limpa-vias, tão pobre e calado, e mandava-lhe aquele maná (…). E começou a rezar-lhe fervorosamente, à noite, o que nunca fizera: ao lado da mulher. Arroz do Céu... O Céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam.  José Rodrigues Miguéis, “ Arroz do Céu”  in Gente da Terceira Classe Escola Básica 2,3 de Lamaçães Prova escrita de Língua Portuguesa – 7.º 6 (Versão A) 1.º Período – Prova n.º 2 / Dezembro 2009 Classificação: _ Assinatura E.E. :______________________ Lê o texto que se segue com muita atenção. 1

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GRUPO I

Ao longo dos passeios de Nova York, por sobre as estações e galerias do subway, abrem-se grandes respiradouros gradeados por ondecai de tudo: o sol e a chuva, o luar e a neve, luvas, lunetas e botões, papelada, chewing gum,(…) até dinheiro. Às vezes, lá no fundo, no lixo acumulado ou em poças de água estagnada, brilham moedas de níquel e mesmo de prata. Os garotos ajoelham de nariz colado àsgrades, tentando lobrigar tesouros na obscuridade donde sopra um hálito húmido e oleoso eo cheiro dos freios queimados. Fazem prodígios de habilidade e obstinação para pescar asmoedas perdidas. Alguns têm êxito nisso, mas depois engalfinham-se em disputastremendas sobre a posse e a partilha do tesouro: nunca se sabe quem foi que viu primeiro.

Outros, quando a colheita promete, chegam a arriscar nisso algum capital: juntam as posses,e entram dois, é quanto basta, no subway; uma vez lá dentro, trepam sub-repticiamente aosrespiradouros, o que é uma difícil operação de acrobacia, para colher aquele dinheiro-de-ninguém, enquanto um ou mais camaradas vigilantes os vão guiando cá de fora. Tambémos há que entram sem pagar, por entre as pernas da freguesia e agachando-se por baixo dostorniquetes.

O limpa – vias trabalhava há muitos anos no  subway, sempre de olhos no chão.Uma toupeira, um rato dos canos. Picava papéis na ponta de um pau com um prego, e metia- os no saco. Varria milhões de pontas de cigarros, na maioria quase intactos, de fumadoresimpacientes, raspava das plataformas o chewing gum odioso, limpava as latrinas, espalhavadesinfectantes, ajudava a pôr graxa nas calhas, polvilhava as vias (…), e todas as vezes que o camarada da lanterna

soltava um apito estrídulo – lá vem o comboio! – ele encolhia - se contra a parede negra, onde escorriam águas deinfiltração,.(...) Sempre de olhos no chão, bisonho e calado, como quem nada espera do Alto, e não esperava. A vida delevinha toda do chão imundo e viscoso. Nem sequer olhava a lívida claridade que resvalados respiradouros para o negrume interior, onde tremeluzem lâmpadas eléctricas, entre as pilastras inumeráveis daquela floresta subterrânea metalizada: (…) Era estrangeiro,imigrante, como tanta gente (…) Como tinha nascido na Lituânia, ou talvez na Estónia,só falava em monossílabos; e, debaixo da pátina oleosa e negra que o ar do  subway nelaimprimira com o tempo, a sua face era incolor e a raça indistinta. (…)

Ora, à esquina de certa rua, no Uptown, há uma igreja, a de São João Baptista e doSantíssimo Sacramento, (…) Os casamentos são frequentes, ali, por ser chique a paróquiae imponente a igreja. O arroz chove às cabazadas em cima dos noivos, à saída dacerimónia, num grande estrago de alegria. Metade dele some-se logo pelas grelhas dos

respiradouros, outra parte fica espalhada nas placas de cimento do passeio. (…) O homemmatutou: donde é que viria tanto arroz? Intrigado, ergueu os olhos pela primeira vez para oAlto, e avistou a vaga luz de masmorra que escorria da parede. Mas o respiradouro,  se bem

me compreendem, obliquava como uma chaminé, e a grade, ela própria, ficava-lhe invisíveldo interior. Era dali, com certeza, que caía o arroz, como as moedas, a poeira, a água da chuvae o resto. O limpa-vias encolheu os ombros, sem entender. Desconhecia os ritos e as elegâncias. No casamento dele nãotinha havido arroz de qualidade nenhuma, nem cru, nem doce, nem de galinha.

Até que um dia, depois de olhar em roda, não andasse alguém a espiá-lo, abaixou-se, ajuntou os bagos com amão, num montículo, e encheu com eles um bolso do macaco.

E foi assim que aquela chuva benéfica, de arroz polido, carolino, de primeira, acabou por lhe dar a noção concretade uma Providência (…) Deus, no Alto, pensava no limpa-vias, tão pobre e calado, e mandava-lhe aquele maná (…). E

começou a rezar-lhe fervorosamente, à noite, o que nunca fizera: ao lado da mulher. Arroz do Céu...O Céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam. 

José Rodrigues Miguéis, “ Arroz do Céu”  in Gente da Terceira Classe 

Escola Básica 2,3 de Lamaçães

Prova escrita de Língua Portuguesa – 7.º 6 (Versão A)1.º Período – Prova n.º 2 / Dezembro 2009

Classificação:________________________ Assinatura E.E.:______________________

Lê o texto que se segue com muitaatenção.

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1. Indica a obra a que pertence este conto. _______________________________________________________ 

2. Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta com uma transcrição textual.

 _________________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________ 

3. Atenta na personagem principal.

3.1 Indica a sua profissão e o local ondeexerce.__________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________ 

4. Caracteriza os figurantes, justificando a tua resposta com passagens do texto. _________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________ 

5. Atenta nas tarefas do protagonista e retira do texto expressões que sugiram as seguintes sensações, preenchendo o quadro apresentado: 

Visuais (2) Auditivas (1) Tácteis (2)

6. No texto há referência a dois espaços distintos. Indica-os. ________________________________________  ______________________________________________________________________________________  ___ 

6.1 Atribui uma cor a cada um desses espaços e justifica a tua escolha. ________________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________ 

7. Atenta na expressão “ Uma toupeira, um rato dos canos”. 

Explica o sentido dessa expressão e identifica o recurso estilístico presente.

 ______________________________________________________________________________________  ___ 

 ______________________________________________________________________________________  __ 

 _________________________________________________________________________________________ 

8. “ O arroz chove às cabazadas” ( 3º parágrafo, l. 3). Tendo em conta o contexto, indica um sinónimoadequado para o verbo chover. _____________________________________________________________ 

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9. O arroz teve duas consequências na vida do limpa –vias : uma, de ordem material; outra, espiritual. Indicauma e outra. _____________________________________________________________________________ 

 ________________________________________________________________________________________  ________________________________________________________________________________________  ________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________ 10. Justifica o título do conto relacionando – o com a sua última frase.

 _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________  ______________ 

GRUPO II1. Assinala com X a resposta correcta.

1.1 O subway era um local desagradável .

 Nesta frase, a expressão destacada desempenha a função de: a ) atributo _____ 

b) complemento circunstancial de modo _____ 

c) predicativo do sujeito___ 

1.2 Nesse Domingo, o limpa-vias levou o arroz branco e polido para sua casa.

a) Complemento Circunstancial de Tempo + Sujeito + Predicado Verbal+ Complemento directo + ComplementoCircunstancial de Lugar ________ 

b) Complemento Circunstancial de Tempo + Sujeito + Predicado Nominal + Complemento directo + Atributo+Complemento Circunstancial de Lugar ________ 

c) Complemento Circunstancial de Tempo + Sujeito + Predicado Verbal+ Atributo + Complemento Circunstancialde Lugar_______ 

2. A anedota que se segue perdeu a graça toda porque lhe retiraram todos os sinais de pontuação.Coloca – os agora tu e quando te rires é porque já acabaste o exercício.

Uma camponesa mãe de um aluno queixa-se ao professor o meu Pedrinho sr. Professor não quer levar 

os porcos a pastar e o que é que eu tenho a ver com isso espantou-se o professor sabe é que o sr.

 Professor ensinou-lhe o provérbio Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és

 _________________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________________ 

 

3. Coloca agora os seguintes nomes no feminino: actor __________, poeta _________, réu ______, bode _______, campeão________ , herói _________ ; genro _________ ,o jornalista _________ ; europeu _________ . 4. Escreve agora o plural destes nomes: patrão _______ ; farol _______ ; réptil _________; papel _____ ;

capitão _______ ; funil ______ ; cristão ________; túnel ________; corrimão ____________ .

5. Coloca no superlativo absoluto sintético os seguintes adjectivos: fácil ____________,sábio ________________, célebre _____________ , fiel _____________, doce _________________, cruel

 ________________, amigo ____________, pobre ______________ , antigo ______________. 

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6. “ Gostas de inventar?” Reescreve a frase transformando-a em :

 Tipo exclamativo, forma negativa eenfática:___________________________________________________________ 

7. Descobre os nomes colectivos, fazendo a correspondência entre as definições da coluna da esquerda e os nomes dadireita, conforme o exemplo:

8.Conjuga os verbos apresentados no tempo e modo solicitados.

ESTUDAR SER FAZER PARTIR  Pretérito Perfeito do Modo

Indicativo ( ontem…)Presente do Modo

Conjuntivo ( espero que…)Pretérito Imperfeito doModo Indicativo (Antigamente eu é que…)

Pretérito Imperfeito do ModoConjuntivo ( Se eu…..)

GRUPO IIIProduz um texto cuidado, escolhendo apenas uma das propostas que se seguem (A ou B). Antes decomeçares a escrever, toma atenção às instruções que se seguem:• Escreve um mínimo de 120 e um máximo de 240 palavras.• Procura organizar as ideias de forma coerente e exprimi-las correctamente ( planifica o teu texto);• Se fizeres rascunho, não te esqueças de copiar o texto para a folha da prova, pois só será classificado oque estiver escrito nesta folha.• Revê o texto com cuidado e corrige-o, se necessário.

TEMA A –  Tendo em conta o conto estudado e a tua própria reflexão pessoal sobre a emigração, elabora um textosubordinado ao título “ É difícil ser emigrante/ imigrante”. ( O teu texto deve ter, no mínimo, quatro parágrafos)

TEMA B - No segundo parágrafo do conto, a personagem limpa - vias é caracterizada sob o ponto de vista físico,

psicológico e social. Elabora então um texto onde caracterizes a personagem limpa-vias. O teu texto deve ter cinco parágrafos, organizados do seguinte modo:

1º Parágrafo – Introdução: apresentação do objectivo do teu texto2º Parágrafo – Caracterização física

1-Girândola2- Elenco3 -Plêiade4 -Alcateia5 - Companha6 - Cáfila7 - Récua8 - Arquipélago

9 - Constelação10 - Coro11 - Leva12 - Cordilheira

a. Poetasb. Pescadoresc. Prisioneirosd. Ilhase. Cantoresf . Lobosg. Camelosh. Foguetes

i. Serras j. Estrelasl. Animais de cargam. Actores

Resposta:3. a

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3º Parágrafo – Caracterização psicológica4º Parágrafo – Caracterização social5º Parágrafo - Conclusão

Bom Trabalho! Uff!!!!!.... A professora: Paula Prata

 Escola E.B. 2,3 de Lamaçães

Correcção 2ª Prova Avaliação de Língua Portuguesa-7ºanoDezembro / 2009

Grupo I

1. Este conto pertence à obra “Gente de Terceira Classe”.

2. O narrador, quanto à presença, é não participante: “ O limpa-vias trabalhava há muitos anos no subway….”.

 3.1 A personagem principal era o limpa-vias e exercia a sua profissão no Subway.

4. Os garotos eram muito pobres “…no lixo acumulado…ajoelham-se tentando lobrigar tesouros …”; ágeis “fazem prodígios de habilidade…”; determinados e desenrascados… “ nariz colado às grades”/ “trepam sub-repticiamente…”;corajosos “ também há os que entram sem pagar…”; conflituosos “… engalfinham-se em disputas tremendas…”.

5. 

Visuais Auditivas Tácteis“ olhos no chão”“ pó branco”“parede negra”“Varria milhões de pontas decigarros”

“Raspava”“Escorriam águas de filtro”“Apito estrídulo”

“ajudava a pôr graxa”“Metia-os num saco”“Raspava”

“Polvilhava as vias”…

 

6. Os espaços são o Subway e o Uptown. (espaço interior e exterior)

6.1 Ao Subway, atribuo a cor preta / cinza pois era um local sujo, escuro, fechado e desagradável; ao Uptown, oazul/ branco/ amarelo dado que se tratava de um espaço aberto, iluminado.

7. Como uma toupeira, animal que faz escavações na terra, ou um rato que anda pelo interior dos canos, o limpa-viastrabalhava no subway, no subterrâneo o recurso estílistico presente é a metáfora.

8. “ O arroz chove às cabazadas” ( 3º parágrafo, l. 3). O arroz cai às cabazadas.

9. Do ponto de vista material, o limpa-vias melhorou a sua situação económica uma vez que o arroz levado para casa passou a ser uma ajuda para a família. Houve também consequências de ordem espiritual uma vez que o limpa-vias e amulher começaram a rezar a Deus, a agradecer-lhe o arroz.

10. O conto chama-se “ Arroz do Céu” porque, para o limpa -vias, o arroz vem do Céu, é-lhe enviado por Deus. Mas, afinal, o arroz é varrido para dentro dos respiradouros do subway e, portanto, vem darua que os outros pisam. Por isso, “ o céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam”.

GRUPO II(Resposta às duas versões)

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3. Assinala com X a resposta correcta.

1.1 O subway era um local desagradável .

 Nesta frase, a expressão destacada desempenha a função de predicativo do sujeito.

1.2 Nesse Domingo, o limpa-vias levou o arroz branco e polido para sua casa.

d) Complemento Circunstancial de Tempo + Sujeito + Predicado Verbal+ Complemento directo + Complemento

Circunstancial de Lugar ________ 

1.1 O limpa-vias era um homem trabalhador.

   Nesta frase, a expressão destacada desempenha a função de predicativo do sujeito.

1.2 Nesse Domingo, o limpa-vias levou o arroz branco e polido para sua casa.

Complemento Circunstancial de Tempo + Sujeito + Predicado Verbal+ Atributo + Complemento Circunstancial de Lugar 

4. Pontuação.Uma camponesa, mãe de um aluno, queixa-se ao professor:

- O meu Pedrinho, sr. Professor, não quer levar os porcos a pastar.- E o que é que eu tenho a ver com isso? - espantou-se o professor.- Sabe, é que o sr. Professor ensinou-lhe o provérbio: “ Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”.

 3. feminino: actor - actriz, poeta – poetisa, réu - ré, bode - cabra, campeão - campeã , herói – heroína ; genro - nora ,o jornalista – a jornalista ; europeu – europeia.

4. plural: patrão - patrões ; farol - faróis ; réptil - répteis; papel - papéis ; capitão – capitães ; funil - funis; cristão -cristãos; túnel - túneis; corrimão - corrimãos .

5.  superlativo absoluto sintético dos adjectivos: fácil - facílimo, sábio - sapientíssimo,

célebre - celebérrimo , fiel - fidelíssimo, doce - dulcíssimo, cruel - crudelíssimo, amigo -amicíssimo, pobre - paupérrimo , antigo – antiquíssimo. 

6. “ Gostas de inventar?” / “Fizeste a prova?”Tipo exclamativo, forma negativa e enfática: Não gostas mesmo de inventar! / Tu é quenão gostas de inventar!

Tu não fizeste mesmo a prova! / Tu é que não fizeste a prova! / Tucá não fizeste a prova!

7.

1-Girândola2- Elenco3 -Plêiade4 -Alcateia5 - Companha

6 - Cáfila7 - Récua8 - Arquipélago9 - Constelação10 - Coro11 - Leva12 - Cordilheira

a. Poetasb. Pescadoresc. Prisioneirosd. Ilhase. Cantores

f . Lobosg. Camelosh. Foguetesi. Serras

 j. Estrelasl. Animais de cargam. Actores

Resposta:

1. H2.M3.A

4. F5. B6. G

7. L8. D9. J

10. E11. C12. I

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8. Conjugação VERBOSESTUDAR SER FAZER PARTIR  

Pretérito Perfeito do ModoIndicativo ( ontem…) Presente do ModoConjuntivo ( esperoque…)

Pretérito Imperfeito doModo Indicativo( Antigamente eu éque…)

Pretérito Imperfeito do ModoConjuntivo ( Se eu…..)

Eu estudei Seja Fazia Partisse

Tu estudaste sejas Fazias Partisses

Ele estudou seja Fazia Partisse

 Nós estudámos * sejamos Fazíamos partíssemos

Vós estudastes sejais fazíeis Partísseis

Eles estudaram sejam faziam partissem

*

TRABALHAR SER TER PODER  Pretérito Perfeito do Modo

Indicativo ( ontem…)Presente do Modo

Conjuntivo ( esperoque…)

Pretérito Imperfeito doModo Indicativo( Antigamente eu éque…)

Pretérito Imperfeito do ModoConjuntivo ( Se eu…..)

Eu trabalhei Seja Tinha Pudesse

Tu trabalhaste Sejas Tinhas Pudesses

Ele trabalhou Seja Tinha Pudesse

 Nós trabalhámos sejamos Tínhamos Pudéssemos

Vós trabalhastes sejais Tínheis Pudésseis

Eles trabalharam sejam tinham pudessem

GRUPO III

Tema A ( pessoal)Tema B

• O limpa-vias é o protagonista do conto “Arroz do céu” de José Rodrigues

Miguéis. Após a leitura do conto, podemos caracterizá-lo física, psicológica e

socialmente.

• Do ponto de vista físico, tinha face incolor e estava coberta de uma pátina

oleosa e negra , consequências do ar do subway; calçava botifarras e usava

fato de macaco.

• No que respeita aos seus traços psicológicos, era um homem bisonho e calado,

pois era um solitário, andava sempre sozinho pelas galerias do subway. Era

passivo sem ambições “sempre de olhos postos no chão…como quem nadaesperava do Alto e não esperava”/ “ vivia perfeitamente resignado à sua obscuridade”;

ignorante “ o limpa-vias encolheu os ombros sem entender”; desconhecia os ritos e as

elegâncias”; crédulo “Deus do Alto pensava no limpa-vias”.

Introdução

Físico

Psicológico

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• Quanto aos aspectos sociais, é de referir que exercia a profissão de limpa-vias;

era imigrante, muito pobre, com uma família numerosa; desintegrado da

sociedade americana, só falava em monossílabos, porque não sabia falar Inglês.

Em suma, o limpa-vias é o testemunho de mais um imigrante que procura melhores condições de vida, noentanto, como tantos outros é excluído e explorado.

A professora:  Paula

 Prata

 

Social

Conclusão

8