2o Workshop de Aceleração da CE100 BrasilPINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO

25 de outubro de 2016

Energizante e ambicioso, o 2º Workshop de Aceleração da CE100 Brasil no dia 25 de outubro refletiu bem a jornada de amadurecimento do programa CE100 e suas redes locais. Dias após o programa ter completado seu primeiro ano de existência, o evento marcou uma evolução rumo à ação concreta e à colaboração entre os membros, que deram início aos primeiros Co.Projects da rede. Podemos ver que a economia circular está realmente criando momentum no país.

Atividades conduzidas ao longo do dia deram vida ao tema “catalisando a mudança sistêmica”. Abordando uma variedade de assuntos, desde desafios de recursos e materiais aos mais amplos benefícios sistêmicos e sociais, como a redução de externalidades negativas e a maior dependência de fontes renováveis de energia, as sessões revelaram a motivação para se aplicar princípios da economia circular da forma mais abrangente possível.

Mobilizar a transição rumo a sistemas efetivos é um dos objetivos primários da Ellen MacArthur Foundation. Por isto, é muito encorajante ouvir a variedade de ideias que os membros da CE100 Brasil trazem para este espaço. A abundância de oportunidades de negócios que podem ser destravadas através da aplicação de princípios econômicos circulares certamente aponta para um novo horizonte de reformulação do progresso, em um paradigma colaborativo com empresas, academia e formuladores de políticas no cerne da transição na qual os membros da CE100 Brasil serão pioneiros.

Como em qualquer transição, serão exigidas das pessoas não somente ideias mas também atitudes transformadoras.

O programa CE100 é centrado no empoderamento de indivíduos dentro das organizações membro – os agentes de mudança liderando a transição dentro de suas organizações - e na colaboração com outros. Como parte de nosso compromisso de empoderar agentes de mudança, introduzimos as primeiras sessões Toolbox, com o objetivo de equipar os membros com ferramentas e habilidades que os ajudarão a implementar ideias circulares mais rapidamente.

Ao estabelecer profundas conexões e reforçar o poder do trabalho em redes, nós seguimos construindo o programa colaborativamente para acelerar o momentum da economia circular no Brasil. Estamos ansiosos para a próxima fase desta jornada colaborativa e esperamos encontrá-los em breve para o 3o Workshop de Aceleração da CE100 Brasil.

Luísa Santiago,Líder da CE100 Brasil

BOAS VINDAS

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Visão Geral do Evento

Novidades da Ellen MacArthur Foundation

O Programa CE100: Um olhar para o futuro

Um Ano de CE100 Brasil

Co.Pitches & Co.Projects

Fast Track de Economia Circular

Painel I: Promovendo Mudanças em Escala

Sessões Toolbox

Intraempreendedorismo

Design Thinking

Painel II: Benefícios Sistêmicos

Educação

Governos & Cidades

O Poder das Redes

CONTEÚDOS

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O 2º Workshop de Aceleração da rede Circular Economy 100 Brasil (CE100 Brasil) marcou o início de uma nova etapa para a rede, de ação colaborativa e construção do pensamento sistêmico em uma economia circular. O evento, que aconteceu na Pinacoteca do Estado de São Paulo no dia 25 de outubro de 2016, reuniu 64 pessoas de grandes empresas, start ups inovadoras, governos, organizações afiliadas e educadores para um dia catalítico com painéis de debates sobre casos práticos das empresas, sessões informativas e ferramentais para apoiar os membros em suas transições, além do início dos primeiros projetos colaborativos da rede. Na noite anterior ao workshop, convidamos todos a participar de um coquetel de networking no Skye Bar, no topo do Hotel Unique e com uma vista panorâmica e impactante do skyline de São Paulo, oferecendo uma oportunidade adicional para estabelecimento de novas conexões dentro da rede e o fortalecimento daquelas já existentes.

VISÃO GERAL DO EVENTO

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Após as boas vindas de Luísa Santiago, líder da CE100 Brasil, em que foram apresentados os temas norteadores do evento e a agenda do dia, recebemos no palco integrantes do time da Ellen MacArthur Foundation (EMF) que estiveram no Brasil especialmente para compartilhar com a rede brasileira as principais novidades da Fundação desde o último encontro da rede no 1º Workshop de Aceleração, em maio, no Rio de Janeiro. Nos últimos seis meses, como ressaltado pelo CEO Andrew Morlet, a Fundação dirigiu esforços a evoluir iniciativas sistêmicas que ganharão cada vez mais foco do nosso trabalho a fim de acelerar a transição global para uma economia circular. Nesse sentido, conforme apresentado por Simon Widmer, Gerente de Projetos da EMF, lançamos a New Plastics Economy, ou NPEC (Nova Economia dos Plásticos), uma ambiciosa iniciativa de três anos para construir momentum para um sistema de plásticos que funcione, reunindo os principais stakeholders para repensar e redesenhar o futuro dos plásticos, começando com a embalagem.

Nosso trabalho em Educação evoluiu com a parceria com o International Baccalaureate e da United World Colleges, expandindo nossa atuação para a educação primária e secundária. No ensino superior, a parceria com a Universidade de São Paulo, primeira Universidade Pioneira da economia circular no Hemisfério Sul, teve um importante marco em setembro de 2016, com um workshop de formação de uma Comunidade de Prática de professores de diversas faculdades conduzido por Ken Webster, Líder de Inovação da EMF, e Jo Miller, Gerente do Programa de Educação Superior. Com esse

marco, a USP estrutura sua estratégia para ser um importante ativo de conhecimento para a rede CE100 Brasil e para o país.

Para evoluir as condições sistêmicas para uma economia circular, nosso trabalho com Governos & Cidades está direcionando ainda mais atenção às cidades como importantes centros de ação rumo à circularidade. Ashima Sukhdev, em seu novo papel como Gerente do programa de Governos & Cidades da Fundação, deixando, portanto, o time de Pesquisa & Análise, no qual conduziu a primeira pesquisa da Fundação no Brasil, comunicou o lançamento da Circular Cities Network (CCN), rede de cidades pioneiras na economia circular.

Apresentando nossos Parceiros Globais, Hugh McCann, contou um pouco do trabalho que essas oito empresas* definiram como suas missões para a transição em escala. Orgulhosamente demos às boas vindas aos pontos focais brasileiros de Nike e Philips, que agora oficialmente estendem ao país o trabalho que desenvolvemos com os headquarters dessas organizações. *além de Nike e Philips, Renault, Unilever, Google, Cisco, H&M, Intesa Sanpaolo

NOVIDADES DA ELLEN MACARTHUR FOUNDATION

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O PROGRAMA CE100: UM OLHAR PARA O FUTURO

Casper Jorna, líder do programa CE100 internacional, nos convidou a olhar para o futuro, pontuando as áreas prioritárias do programa para o ano de 2017. São elas:

• Um enfoque local: dirigir a implementação no programa CE100 com a internalização de aspectos regionais, crescendo assim o momentum nas redes locais CE100 Brasil e CE100 USA;

• Escala: proporcionar aos membros as ferramentas necessárias para escalar o impacto através de plataformas digitais de aprendizagem, networking e colaboração;

• Inovação: ajudar a escalar ideias inovadoras através de Co.Projects e a nova versão do programa de inovadores emergentes.

UM ANO DE CE100 BRASIL A plenária de abertura foi também um momento de celebrar o primeiro ano da Ellen MacArthur Foundation no Brasil e da rede CE100 Brasil, que segue se consolidando como a principal plataforma de inovação e colaboração paraa economia circular, tendo recebido desde o primeiro workshop em maio novos membros comprometidos com a mudança sistêmica para uma economia circular. É com orgulho que damos as boas vindas à C&A, ArcelorMittal, Fresenius Medical Care, Rede Asta e eStoks, além dos nossos Parceiros Globais Nike e Philips!

Luísa Santiago, líder da CE100 Brasil, comunicou os resultados do primeiro estudo da rede brasileira, que se propôs a oferecer uma visão inicial de atividades de economia circular que existem no Brasil, em três setores de foco: Agricultura & Ativos da Biodiversidade, Equipamentos Eletroeletrônicos e Edifícios & Construções. O paper mostra um posicionamento com visões de oportunidades para esses setores, construído a partir da inteligência coletiva da CE100 Brasil, jornada que teve como marco um momento de co-criação no 1o Workshop de Aceleração da rede, em maio. Esperamos que este exercício funcione como um impulsionador para o desenvolvimento de mais pesquisas sobre oportunidades para uma economia circular no Brasil, e que ofereça um ponto de partida para empresas, acadêmicos e formuladores de políticas interessados em capturá-las.

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Dando seguimento ao primeiro workshop de aceleração , em que estabelecemos as bases para a colaboração ao compartilharmos conhecimentos chave em economia circular e proporcionarmos espaço para estabelecimento de conexões entre os membros, o 2o Workshop de Aceleração da CE100 Brasil inaugurou um novo momento para a rede, um momento voltado para a ação colaborativa. E, dando início às iniciativas conjuntas na rede, tivemos membros no palco apresentando os quatro primeiros Co.Pitches da CE100 Brasil, todos com adesão dos membros para a formação dos primeiros Co.Projects brasileiros. Na parte da tarde, os grupos tiveram as reuniões de kick-off dos quatro Co.Projects, facilitadas pela Carioteca, em que se definiram os objetivos e linhas de ação de cada grupo, conforme resumido abaixo:

CO.PITCHES & CO.PROJECTS

REDE DE APLICAÇŌES PÓS-CONSUMO

Empresa proponente:

WISEWASTE

Objetivos:

Identificar oportunidades de absorção de resíduos

pós-consumo em diferentes aplicações na rede.

CIRCULAR KNOWLEDGE

Empresas proponentes:

NAT.GENIUS & SINCTRONICS

Objetivos:

Criar uma plataforma de integração de materiais

e inteligência em remanufatura.

SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO PARA A ECONOMIA CIRCULAR

Empresa proponente:

NATURA

Objetivos:

Desenvolver um sistema de medição e qualificação

de produtos e serviços circulares.

INOVAÇÃO EM MATÉRIAS PRIMAS REGENERATIVAS

Empresa proponente:

ZEBU

Objetivos:

Pesquisa e desenvolvimento de pigmentos orgânicos

para aplicação em diferentes setores operando no ciclo

biológico.

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Novos membros e convidados que estão se acercando do conceito de economia circular tiveram a oportunidade de acompanhar uma sessão de Fast Track para nivelar o conhecimento e acelerar a compreensão coletiva das oportunidades na economia circular. Victoria Almeida, da CE100 Brasil, e Hugh McCann, Gerente de Parcerias Globais da EMF, abordaram o conceito de economia circular, e as forças direcionadoras de uma transição. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer e aplicar em exercícios exploratórios algumas ferramentas para viabilizar a transição - os Blocos de Construção de uma Economia Circular e o framework ReSOLVE. 

FAST TRACK DE ECONOMIA CIRCULAR

ReGENERATE

OPTIMISE

LOOP

VIRTUALISE

EXCHANGE SHARE

Otimizar performance do sistemaEvitar uso de recursos

e entregar utilidade virtualmente

Manter produtos e materiais em ciclos produtivos

Selecionar recursos e tecnologias apropriados

Regenerar e restaurar capital natural

Maximizar utilização de ativos

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Grandes empresas são responsáveis pela gestão de grandes volumes de materiais tanto no ciclo técnico quanto no biológico e têm em uma economia circular a oportunidade de inovar, destravar uma abudância de oportunidades de negócio e, assim, capturar novos horizontes de geração de valor. Enquanto o potencial de impacto é grande, a velocidade da ação pode ser um desafio e depende de pessoas engajadas e empreendedoras dentro das empresas.O primeiro painel do workshop reuniu três membros CE100 Brasil para compartilhar suas experiências na condução de mudanças rumo a modelos circulares em diferentes segmentos da indústria, discutindo seu papel em uma economia circular de promoção de mudanças em grande escala. O painel, que foi facilitado por Luísa Santiago, teve como fio condutor os Blocos de Construção de uma economia circular - Re-desenho radical, Novos modelos de negócio, Capacidades de ciclo reverso e Condições sistêmicas viabilizadoras – e explorou as alavancas de valor para uma empresa adotar mudanças em larga escala e desafios e lições aprendidas na promoção destas mudanças.

PAINEL I: PROMOVENDO MUDANÇAS EM ESCALA

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PHILIPS – MARCIO QUINTINO

Marcio Quintino, Gerente Sênior da Philips, abordou como um novo modelo de negócio de luz como serviço vem se tornando central na estratégia global da empresa, Parceira Global da Fundação, e como vem se desdobrando no Brasil. A ideia de serviço rompe o modelo linear tradicional de venda de lâmpadas. Como alavancas internas de mudança, ele destacou  mudança a validação interna da viabilidade econômica e a oportunidade de construir o novo modelo dentro de uma estrutura de apoio global.

TARKETT – WALTER GONÇALVES

A Tarkett é a primeira Embaixadora Global do programa CE100 e Walter Gonçalves, Vice Presidente da América Latina, contou sobre a evolução do tema dentro da empresa, sendo atualmente central na estratégia global. A empresa insere princípios da circularidade em diversas maneiras, como ao re-pensar o design eliminando toxicidade e pensando a saúde material no ambiente construído e os modelos de ciclo reverso para aumentar matérias primas recicladas nos pisos. Como fatores viabilizadores internos, ele destacou a importância da liderança em gerar comprometimento com o tema através da organização e o papel dos líderes da indústria de gerar casos práticos que comprovem os benefícios de um modelo de economia circular.

ARCELORMITTAL – GUILHERME ABREU

A ArcelorMittal é um membro recente da CE100 Brasil e está dando os passos iniciais na inserção da economia circular no negócio da siderurgia.  Com isto, o braço brasileiro da empresa está sendo pioneiro na adoção oficial do tema da economia circular, que tem sido tangenciado pela sede em projetos inovadores no espaço construído. Em sua jornada de aproximação com a economia circular, Guilherme Abreu, Gerente Geral de Meio Ambiente, destacou a importância de engajar diferentes áreas da empresa e formar lideranças a fim de gerar comprometimento internamente e expandir os horizontes de geração de mudança.

PANELISTAS:

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Os indivíduos agentes de mudança são cruciais para construir a jornada de transição das organizações e, com intuito de trazer ferramentas a essas pessoas, introduzimos neste Workshop de Aceleração a Série Toolbox. Os participantes puderam escolher entre duas sessões: uma sobre Intraempreendedorismo, conduzida por Florencia Estrade da The League of Intrapreneurs e uma de Design Thinking, conduzida por Simon Widmer da Ellen MacArthur Foundation.

INTRAEMPREENDEDORISMO

O que há em comum entre as mudanças que grandes empresas estão incorporando rumo à circularidade e as start ups que emergem com modelos inovadores e disruptivos que desafiam o status quo é a atitude que move pessoas que estão à frente dessas transformações, enxergando em problemas e adversidades grandes oportunidades e sendo capazes de empreender suas ideias. Na sessão Toolbox de intraempreendedorismo, Florencia Estrade da The League of Intrapreneurs, compartilhou importantes aprendizados e convidou os participantes a exercitar, através de uma séries de atividades em grupo, as seguintes capacidades chave para um intraempreendedor de sucesso: identificação e engajamento de staekholders chave, negociação efetiva, empatia, auto conhecimento e a construção de comunidades.

DESIGN THINKING

Na sessão de Design Thinking, Simon Wilmer introduziu a ferramenta e, com exercícios práticos, experimentou com os participantes sua efetividade na construção de jornadas circulares nas organizações. Uma dinâmica em grupo permitiu um exercício de empatia, ideação e estratégia aplicando o Design Thinking em um cenário da indústria alimentícia. Simon apresentou, ainda, o Circular Design Guide, desenvolvido pela Fudanção em parceria com a IDEO.

SESSŌES TOOLBOX

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Em uma economia circular, materiais e riqueza fluem em ciclos regenerativos e restaurativos que eliminam as externalidades negativas desde o princípio. A realidade brasileira mostra uma série de elementos que são centrais à construção de uma economia circular no Brasil, onde muitas vezes os fluxos de materiais estão intrinsecamente ligados ao capital social. No segundo painel do dia, três debatedores apresentaram cases de empresas que, além de terem modelos de negócios circulares que mantêm valor dos materiais em ciclos produtivos, também integram o movimento de Empresas B, que enxerga os negócios como ferramenta de impacto positivo na sociedade.  

PAINEL II: BENEFÍCIOS SISTÊMICOS

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REDE ASTA – ALICE FREITAS

Alice Freitas, Diretora Executiva da Rede Asta, apresentou aos convidados o modelo da empresa, que capacita uma rede de artesãs a trabalhar de forma empreendedora com o upcycling de materiais vazados no sistema, reduzindo as externalidades negativas do atual modelo linear da economia ao passo que valora o que é resíduo/perda e vende os produtos finais a consumidores diretos e corporativos. A organização agora assume o desafio de revisar seu modelo com o intuito de proporcionar maior autonomia às artesãs em seus empreendimentos, sendo este um fator viabilizador de escala.

TRICICLOS – GONZALO MUÑOZ

Gonzalo Muñoz, CEO da TriCiclos, apresentou o modelo de negócios da empresa, atuando tanto em uma visão “downstream”, em modelo de recuperação e reciclagem de materiais, quanto “upstream”, influenciando o redesenho de materiais para eliminar a noção de resíduo desde o princípio. Operando uma cadeia de centros de coleta de materiais em empresas de varejo na América Latina e também influenciando toda a cadeia de valor dos materiais, o modelo da empresa está centrado na inteligência dos recicladores de base para incorporar valor aos materiais e melhorar o design e também em gerar valor a esses trabalhadores melhorando seu próprio valor no sistema.

RECICLADORA URBANA – RONALDO STABILE

A Recicladora Urbana foi capaz de alavancar políticas nacionais e avanços tecnológicos para prover serviços certificados de gestão de resíduos eletrônicos que atendem aos padrões da indústria. Ronaldo Stabile, Diretor Geral da Recicladora Urbana, descreveu a jornada da empresa que tem foco na recuperação de materiais de eletrônicos pós-consumo, tendo iniciado com modelo de negócio focado nos círculos mais externos do “diagrama de borboleta”, com a reciclagem de eletrônicos, incorporando matérias primas em novas cadeias, e evoluiu rumo aos círculos mais internos de reforma e remodelagem, agregando mais valor e utilidade aos materiais. No centro do modelo de negócio está a geração de inclusão e impacto social positivo de diversas formas, envolvendo organizações sociais e recicladores de base nas cadeias de valor, e na geração de conhecimento e capacidade para melhorar o sistema no setor de eletrônicos.

PANELISTAS:

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A Educação é certamente uma das mais importantes condições sistêmicas viabilizadoras para uma economia circular, responsável por linhas de pesquisa que originam grandes inovações e pela formação de profissionais capazes de idealizar e operar modelos circulares. No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) é a primeira instituição acadêmica do hemisfério sul a compor a rede de Universidades Pioneiras da Ellen MacArthur Foundation e passa a integrar a rede CE100 Brasil como um grande ativo facilitador.

Na sessão de Educação, o Prof. Aldo Ometto, professor do Departamento de Engenharia de Produção da EESC e líder do programa de economia circular da USP, apresentou aos convidados presentes as ambições da instituição enquanto Universidade Pioneira da Ellen MacArthur Foundation e as principais linhas de ação para o convênio.

Com a responsabilidade e o compromisso em liderar a transição para a Economia Circular por meio da formação de profissionais qualificados, geração de embasamento técnico-científico e transferência de conhecimentos para a sociedade, a USP se integra à rede com atividades de ensino, pesquisa e extensão. Entre as principais atividades planejadas da USP para serem realizadas nos próximos três anos dentro do convênio com a Ellen MacArthur Foundation estão:

• Pesquisa, inovação e transferência de conhecimento para a sociedade e em especial para a comunidade CE100 Brasil

• Programas de educação em economia circular e geração de valor

• Integração de conteúdo de economia circular nos cursos de graduação e pós-graduação

• Formação de uma comunidade de práticas para pesquisa e desenvolvimento de novos modelos de produção alinhados com os princípios da economia circular

EDUCAÇÃO

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Governos e cidades também possuem um papel chave na transição para uma economia circular, já que são capazes de estabelecer muitas das condições sistêmicas viabilizadoras para o sucesso de negócios circulares e para direcionar iniciativas quando apropriado.

Nesta sessão, Ashima Sukhdev, líder do programa de Governos & Cidades da EMF, contextualizou a função do poder público na transição e introduziu o Policymakers Toolkit, um projeto da Fundação que mapeou as principais barreiras à transição para uma economia circular, e os instrumentos disponíveis a serem alavancados por formuladores de políticas para sua transposição. Em seguida, delineou os campos de atuação do programa de Governos & Cidades, com foco em cidades - como tomadoras de decisão e como concentradoras de nutrientes, talentos e informação - e em pequenas e médias empresas (PMEs) como multiplicadoras.

A sessão se encerrou com uma sessão de perguntas e respostas em torno do cenário regulatório no Brasil, parcerias público-privadas e o engajamento de cidades e PMEs na transição. Esta foi também uma oportunidade de os membros compartilharem suas experiências individuais e expectativas em relação ao envolvimento do poder público para o incentivo e a viabilização de modelos circulares no Brasil.

GOVERNOS & CIDADES

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O dia foi encerrado com uma sessão inspiradora e interativa conduzida por Tomás de Lara, co-líder do Sistema B Brasil, no átrium da Pinacoteca, reforçando o poder do trabalho colaborativo em rede. Andrew Morlet, CEO da Ellen MacArthur Foundation, fez uma reflexão final sobre a relevância dos avanços do trabalho da CE100 Brasil ao longo de seu primeiro ano de existência, tendo engajado estas organizações e indivíduos chave para avançar o tema da economia circular em uma região estratégica para a Fundação e que apresenta grandes oportunidades. 

O PODER DAS REDES

A Ellen MacArthur Foundation foi constituída em 2010, com o objetivo de acelerar a transição para a economia circular. Desde sua criação, a Fundação tornou-se um dos líderes do pensamento global, inserindo a economia circular na agenda de tomadores de decisão no mundo dos negócios, governo e academia. O trabalho da fundação se concentra em três áreas interconectadas:

Insight e análises: Fornecimento de evidências robustas dos benefícios da transição

Empresas e governos: Catalisando a inovação circular e criando as condições para que ela prospere

Educação: Inspirando os aprendizes a repensar o futuro por meio do framework da economia circular

Comunicação: Como divulgar a economia circular para um público global

Para mais informações, visite nosso site: ellenmacarthurfoundation.org