2Wicca A Religião da Deusa - Claudiney Prieto

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    WICCA A RELIGIO DA DEUSA

    O que Wicca?Para entendermos o que Wicca, necessrio falarmos um pouco da Deusa, e de suas vriasfaces. essa pgina, voc! encontrar uma "reve #ist$ria dela, alguns fundamentos e feiti%os daWicca. Divirta&se'

    A D()*A

    O per+odo neol+tico no con#ecia deuses & vigorava o matriarcado, com a Deusa&e. O conceitode paterno ine-istia e a moral, a ci!ncia e a religio ocupavam a mesma esfera. om a institui%odo patriarcado, o clice foi derramado atravs da espada, relegando o elemento feminino. om o

    fim da era de Pei-es, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aqurio para resgatar*ofia, o arqutipo da *a"edoria. Assim como o /ao+smo primitivo, todas as religi0es ancestraisvisuali1avam o )niverso como uma generosa e. ada mais natural2 no do ventre delas quesa+mos? De acordo com o mito universal da ria%o, tudo teria sa+do dela. (ntre os eg+pcios, erac#amada de uit, a oite. 3(u sou o que , o que ser e o que foi.3 Para os gregos era 4aia & ede tudo, inclusive de )rano, o u. (ntretanto, ela no era apenas fonte de vida, como tam"msen#ora da morte. O culto a 4rande& e era a religio mais difundida nas sociedades primitivas.

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    Desco"ertas arqueol$gicas reali1adas em s+tios neol+ticos testificam a e-ist!ncia de umasociedade agr+cola prist$rica "astante avan%ada, na regio da (uropa e Oriente dio, onde#omens e mul#eres viviam em #armonia e o culto 5 Deusa era a religio. o # evid!ncias dearmas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta era uma sociedade pac+fica. /am"m no

    # representa%0es, em sua arte, de guerreiros matando&se uns aos outros, mas pinturasrepresentando a nature1a e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino.(ssas esculturas tam"m foram encontradas em reta, datadas de 6.777 a.. a sociedadecretense as mul#eres e-erciam as mais diversas profiss0es, sendo desde sacerdotisas at c#efesde navio. Plato conta que nesta sociedade, a 8ltima matrifocal de que se tem not+cia, toda a vidaera permeada por uma ardente f na nature1a, fonte de toda a cria%o e #armonia. *egundo#istoriadores, a passagem para o patriarcado deu&se em vrias esferas. a vel#a (uropa, asociedade que cultuava a Deusa foi v+tima do ataque de poderosos guerreiros orientais & os9urgans. O lice foi derru"ado pelo poder da (spada. Outro fator decisivo para tal transforma%ofoi o crescimento da popula%o, que levou as sociedades arcaicas 5 3domestica%o da terra3. Os#omens tin#am que dominar a nature1a, para o"rig&la a produ1ir o que queriam. om a desco"ertade que o s!men do #omem que fecunda a mul#er :acreditava&se que esta gerasse fil#os so1in#a;,esta"eleceu&se o culto ao falo, sendo este difundido pela (uropa, (gito, 4rcia e ente domina%o damul#er &o culto ao falo esta"eleceu&se em definitivo. 3O monote+smo no apenas uma religio, uma rela%o de poder. A cren%a numa 8nica divindade cria uma #ierarquia & de um Deus acima dosoutros, do mais forte so"re o mais fraco, do crente so"re o no&crente.3

    eov, Deus dos @e"reus, em cuos mandamentos assentam&se as ra+1es da nossa civili1a%oudaico&crist & o mel#or e-emplo do Deus patriarcal. (le um Deus patriarcal. (le um Deusguerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo eleito com toda a sua for%a poderosa, esperandoem troca fidelidade e o"edi!ncia aos seus mandamentos. (le tra"al#a com o medo. O mito de Bilit#mostra "em essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando&se a su"meter&se 5Ado, tentava igualdade com ele. 3Por que devo deitar&me so" ti?3 &ela questiona, e punida poreov, que envia um ano para e-puls&la do Para+so. Clasfemando e criando asas, numademonstra%o de li"erdade, Bilit# a"andona o Para+so e voa para o ar ermel#o, onde d in+cio auma dinastia de demEnios. as Ado fica, e sente&se s$. eov ento cria (va, a mul#er,

    condenada eternamente 5 inferioridade. omo enunciava *anto Agostin#o, a mul#er no era aimagem de Deus & apenas o #omem era. (la era, no m-imo, a imagem de uma costela. (m"ora apersonagem do Deus cristo sea "em mais suave do que seu antecessor & o Deus de esus piedoso e compreensivo, enquanto eov distri"ui medo e castigos, na opinio de muitos atotalidade feminina encontra&se cindida na mitologia crist2 maternidade e se-ualidade. A irgem earia adalena. os (vangel#os Ap$crifos, adalena tida como l+der ativa no discipulado deristo. O (vangel#o de Felipe real%a a unio do #omem e da mul#er como s+m"olo de cura e pa1, eestende&se ao relacionamento de risto e adalena, a compan#eira do *alvador. ontrapondo&se 5figura de adalena, a irgem est associada apenas ao lado maternal do feminino, esttico eprotetor.

    *empre retratada atravs da irgem, de adalena, @era, =sis, Demter, Atena, Diana, a Bua,aature1a, @cate, Afrodite, Bilit# e tantas outras, a figura da Deusa vem ressurgindo, cada ve1 mais

    e com mais for%a. Falemos so"re Wicca.

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    O G/O DA RGAHIO"J *tar#aK9

    *olitria, maestosa, plena em si mesma, a Deusa, (la, cuo nome sagrado, no pode ser amaisdito, flutuava no a"ismo da escurido, antes do in+cio de todas as coisas. ( quando (la mirou oespel#o curvo do espa%o negro, (la viu com a sua lu1 o seu refle-o radiante e apai-onou&se porele. (la indu1iu&o a se e-pandir devido ao seu poder e fe1 amor consigo mesma e c#amou (la de3iria, a agn+fica3.O seu !-tase irrompeu na 8nica can%o de tudo que , foi ou ser, e com a can%o surgiu o

    movimento, ondas que orravam para fora e se transformaram em todas as esferas e c+rculos dosmundos. A Deusa enc#eu&se de amor, que crescia, e deu 5 lu1 uma c#uva de esp+ritos luminososque ocuparam os mundos e tornaram&se todos os seres.as, naquele grande movimento, iria foi levada em"ora, e enquanto (la sa+a da Deusa, tornava&semais masculina. Primeiro, (la tornou&se o Deus A1ul, o "ondoso e rison#o deus do amor. (ntotornou&se no erde, co"erto de vin#as, enrai1ado na terra, o esp+rito de todas as coisas quecrescem. Por fim, tornou&se o Deus da For%a, o a%ador, cuo rosto o sol vermel#o, mas noentanto, escuro como a morte. as o deseo sempre o devolve 5 Deusa, de modo que (la circulaeternamente, "uscando retornar em amor./udo come%ou em amorL tudo "usca retornar em amor. O amor a lei, mestre da sa"edoria e ogrande revelador dos mistrios.Mendraoon

    O G/O DA D(*GDA DA D()*ADea, nossa Dama e Deusa, soluciona todos os mistrios, at mesmo o mistrio da orte. Assimsendo, ela partiu rumo ao *u"mundo em sua nau, pelo sagrado rio da Descida. A seguir ela sedeparou com o primeiro dos setes portais do su"mundo. ( seu guardio a desafiou, e-igindo umade suas vestes para que ela passasse, pois nada pode ser dado sem que algo sea oferecido emtroca. ( a cada um dos portais a deusa teve que pagar o pre%o da passagem, pois os 4uardi0es

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    assim l#e di1iam2 NDespe&te de suas vestes, e livra&te de tuas $ias, pois no # nada que possatra1er a nossos dom+nios.Assim, Dea cedeu suas $ias e suas vestimentas aos guardi0es, e foi condu1ida como um ser vivoque "usca ingresso no Reino dos ortos e dos Poderosos. o primeiro portal ela dei-ou seu cetro,

    seguido de sua coroa, no terceiro seu colar, no quarto seu anel, no quinto a sua guirlanda, no se-tosuas sandlias, e no stimo seu vestido. Dea permaneceu nua e foi apresentada, e tal era sua"ele1a que ele pr$prio se aoel#ou quando ela entrou. Depondo sua espada e coroa aos ps delaaos ps dela aos ps dela, disse2 NA"en%oados so seus ps, pois te trou-eram por esta senda .(le ento se ergueu e disse a Dea2 NFica comigo, eu te imploro e dei-a seu cora%o por mim sertocado.( Dea respondeu a Dis2 Nas eu no te amo2 Nas eu no te amo, pois por que fa1es com quetodas as coisas que e com as quais me delicio ven#am a fenecer e a morrer ?Nin#a *en#ora, respondeu Dis2 N contra a idade o destino que falas. o ten#o poder, pois aidade fa1 com que tudo que eu amo pere%a, mas quando os #omens quando os #omens morrem aofim do seu tempo l#es dou repouso, pa1 e for%a. Por algum tempo eles #a"itam com a lua, e com osesp+ritos da luaL ento podem retornar ao reino dos vivos. as s to adorvel e te pe%o para queno retornes, mas que vivas c comigoAo que ela respondeu2 No, pois no te amo. (nto Dis disse2 N*e recusas a me a"ra%ar, devesprostrar&te perante o a%oite da morte. Respondeu a Deusa2 N*e assim , assim sea, tanto mel#or'Dea ento aoel#ou&se em su"misso perante a morte, e esta a%oitou&a to levemente que elagritou2 NRecon#e%o a tua dor, a dor do amor.Dis ergueu&a e disse2 Ns a"en%oada, min#a Rain#a e min#a Dama. A seguir ele l#e deu os cinco"eios de inicia%o di1endo2 N*omente assim podes am"icionar sa"edoria e pra1er.( ele ensinou&l#e todos os seus mistrios, e l#e deu o colar que o c+rculo do renascimento. ( elal#e transmitiu todos os seus mistrios, do clice sagrado que o caldeiro do renascimento. (lesse amaram e se uniram um ao outro, e por um per+odo Dea viveu nos dom+nios de Dis.Pois tr!s so os mistrios na vida do #omem2 *e-o, nascimento e orte :e o amor controla todos;.Para atingir o amor, devemos retornar ao mesmo tempo e local dos que amaram antes. ( devemosencontrar, recon#ecer, lem"rar e am&los novamente. as para que possamos renascer devemosmorrer e ser preparados para um novo corpo. ( para morrer devemos nascer, mas sem amor nopodemos nascer entre os nossos semel#antes.

    as nossa Deusa tende a favorecer o amor, o pra1er e a alegria. (la protege e cuida de suascrian%as ocultas nessa vida e na pr$-ima. a morte ela revela o camin#o que leva a comun#o comela, e na vida ensina a magia do mistrio do +rculo:e-istente entre os mundos dos #omens e dosdeuses;.Da tradi%o Aridiana, Raven 4imassi, KaJ of t#e strega/e-to e-tra+do do livro2 Os istrios Wiccanos

    A G*/R)HIO DA D()*AQuando necessitar de alguma coisa, uma ve1 no m!s e mel#or que sea quando a lua estiverc#eia, dever reunir&se em algum local secreto e adorar meu esp+rito que a rain#a de todos oss"ios. oc! estar livre da escravido e, como sinal de sua li"erdade, apresentar&se& nu em seusritos. ante, dance e festee, fa%a m8sica e amor, todos em min#a presen%a, pois meu o !-tase doesp+rito e min#a a alegria so"re a terra. Pois min#a a lei do amor para todos os seres. eu

    segredo que que a"re a porta da uventude e min#a a ta%a do vin#o da vida, que o caldeirode eridKen, que o graal da imortalidade. (u concedo a sa"edoria do esp+rito eterno e, alm damorte, dou a pa1 e a li"erdade e o reencontro com aqueles se foram antes. em tampouco e-ioalgum tipo de sacrif+cio, pois sai"a eu sou a me de todas as coisas e meu amor derramadoso"re a terra

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    (u que sou a "ele1a da terra verde e da lua "ranca entre as estrelas e os mistrios da gua, invocoseu esp+rito para que desperte e ven#a at mim. Pois sou o esp+rito da nature1a que d a vida aouniverso. De mim todas as coisas v!m e a mim todas as coisas devem retornar. Que a adora%o amim estea no cora%o daquele que reu"ila, pois sai"a, que todos os atos de amor e pra1er so

    meus rituais. Que #aa "ele1a e for%a, poder e compai-o, u"ilo e rever!ncia dentro de voc!. (voc! que "usca con#ecer&me sai"a que a sua procura e nsia sero em vo, ao menos que voc!con#e%a o mistrio2 pois se aquilo o que "usca no se encontrar dentro de voc!, nunca encontrarfora. *ai"a, pois que estou com voc! desde o inicio dos tempos, e sou aquela que alcan%ada aofim do deseo.Extrado do livro A dana csmica das feiticeiras

    A G*/R)HIO DO D()*

    *ou o radiante Deus dos cus, que inunda a /erra de valor, e guardo a semente oculta da cria%o,que ir germinar e manifestar& se. Bevanto min#a lan%a "ril#ante para iluminar a vida de todos osseres diariamente trago meu ouro 5 /erra, fa1endo retroceder os poderes da escurido.

    *ou o sen#or das coisas selvagens e livres. orro pelo campo com o cervo e me elevo como osagrado falc0es nos cus resplandecentes. Os antigos "osques e lugares selvagens emanam meuspoderes e os pssaros em vEo cantam a min#a sacralidade.

    *ou a 8ltima col#eita, que oferece frutos e gros para que todos se alimentem. Porque sem plantiono # col#eita, sem inverno no # primavera.

    Adorem&me como o *ol da ria%o, de mil nomes, o esp+rito do ervo Astado, a col#eita sem fim.eam no ciclo anual dos festivais meu nascimento, morte e renascimento e sai"am que esse odestino de toda a cria%o.

    *ou a centel#a da vida, o *ol radiante, o Doador de pa1 e do descanso e envio meus raios paraa"en%o&los, iluminando os cora%0es e fortalecendo as mentes de todos.

    A D()*A O R(GO DA OR/(este mundo, a deusa vista na lua, aquela que "ril#a na escurido, aquela que tra1 a c#uva quemove as mars, a sen#ora dos mistrios. (, enquanto a lua cresce e mingua, e anda tr!s noites nosei ciclo da escurido, di1&se que a deusa, certa ve1 passou tr!s noite no reino da morte.Pois, no amor, ela sempre "usca seu outro self e, uma ve1 no inverno do ano em que ele #aviadesaparecido da terra verde, ela o seguiu e c#egou, finalmente, aos port0es alm dos quais osvivos no entram.O guardio do porto desafiou&a e desnudou&se de suas roupas e $ias, pois nada pode ser levadopara aquela terra. Por amor ela estava aqui confinada como todos os que ali penetram, e foicondu1ida 5 morte.(le a amava e aoel#ou& se a seus ps, deu&l#e o "eio qu+ntuplo e disse2&o retorne ao mundo dos vivos, mas permane%a aqui comigo e ten#a pa1, descanso e conforto.as ela respondeu2&Por que voc! fa1 com que todas as coisas que amo e pre1o murc#em e morram?

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    &*en#ora& disse ele& destino de tudo que aquilo que vive morrer. /udo passa, tudo se esvai. (utrago conforto e consolo para aqueles que cru1am os port0es, para que possam uvenescer, masvoc! o deseo do meu cora%o, no volte, fique aqui comigo.( ela ficou com ele durante tr!s dias e tr!s noites, e ao final da terceira noite, ela colocou sua

    coroa, que se tornou o diadema que ela colocou em seu pesco%o, di1endo2&(is o circulo do renascimento. Atravs de voc! todos saem da vida, mas atravs de mim todospodem renascer novamente. /udo passa, tudo muda. esmo a morte no eterna. eu omistrio do ventre, que o caldeiro do renascimento. Penetre em mim e me con#e%a e estarli"erto de todo o medo. Pois se a vida somente uma passagem para a morte, a morte somenteuma passagem de volta para a vida e em mim, o c+rculo sempre gira.

    Amorvel ele penetrou&a e assim renasceu para a vida. o entanto ele, con#ecido como sen#ordas som"ras, o confortador e consolador, aquele que a"re os port0es, rei da terra da uventude, oque d pa1 e descanso. as ela a me de toda a vidaL dela todas as coisas nascem e para eladevem retornar novamente. ela esto todos os mistrios da morte e do renascimentoL nelaencontra&se a reali1a%o de todo o amor.

    Origens da Wicca

    Para a Wicca, e-iste um Princ+pio riador, que no tem nome e est alm de todas as defini%0es.Desse princ+pio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao )niverso e a todasas formas de vida.

    Princ+pio Feminino ou 4rande eA 4rande e representa a (nergia )niversal 4eradora, o Stero de /oda ria%o.

    associada aos mistrios da Bua, da Gntui%o, da oite, da (scurido e da Receptividade. oinconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Bua nos mostra sempre umaface nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistrios da ida (terna. aWicca, a Deusa se mostra com tr!s faces2 a irgem, a e e a el#a *"ia, sendo que esta 8ltimaficou mais relacionada 5 Cru-a na Gmagina%o popular. A Deusa /r+plice mostra os mistrios maisprofundos da energia feminina, o poder da men

    strua%o na mul#er, e tam"m a contraparte Feminina presente em todos os #omens, toreprimida pela cultura patriarcal'

    Princ+pio asculino ou Deus orn+feroDa mesma forma que toda lu1 nasce da escurido, o Deus, s+m"olo solar da energia

    masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e tra1endo em si os atri"utos da coragem,pensamento l$gico, fertilidade, sa8de e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se p0e, todosos dias, o Deus nos mostra os mistrios de orte e do Renascimento. a Wicca, o Deus nasce da4rande e, cresce, se torna adulto, apai-ona&se pela Deusa irgem, eles fa1em amor, a Deusa ficagrvida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fec#ando o ciclo do renascimento, quecoincide com os ciclos da ature1a, e mostra os ciclos da nossa pr$pria vida. Para alguns, podeparecer meio incestuoso que o Deus sea fil#o e amante da Deusa, mas preciso perce"er pverdadeiro sim"olismo do mito, pois do 8tero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudoretornar. (, se pensarmos "em, as mul#eres sempre foram mes de todos os #omens, pelo seupoder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a @umanidade. Quando

    discutirmos a Roda do Ano, esses conceitos sero novamente e-plicados na parte dos rituais. aso sentido profundo do sim"olismo na Cru-aria s$ pode ser verdadeiramente entendido atravs damedita%o e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.

    O Q)( A R(BG4GIO DA CR)TARGA?

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    A Cru-aria uma religio de origem Tamnica e forte tradi%o mgica, mas "om lem"rarque Tamanismo e agia so tcnicas espirituais, isto , para ser Cru-a no preciso fa1er magia,ou ter poderes paranormais. uito menos ser vidente ou mdium. O que diferencia a Cru-a doagoou Tam a sua devo%o pelos Deuses. Tamanismo e agia so tcnicas utili1adas pelas

    Cru-as, mas no t!m nada a ver com a parte devocional da Wicca. poss+vel ser "ru-a fa1endo&sesomente os rituais de devo%o, sem nunca praticar um 8nico feiti%o na vida, mas o contrrio no verdadeiro, pois, se no #ouver da sua parte um amor sincero pela energia dos Deuses e #armoniacom a ature1a, voc! pode fa1er feiti%os dia e noite, mas nunca ser uma Cru-a' /radicionalmente,as Cru-as podem :e devem; fa1er feiti%os recorrendo 5s energias da ature1a para resolver ospro"lemas prticos da sua vida, "em como para audar ao pr$-imo, mas nunca devemos nosesquecer de que o mais importante a comun#o com as energias da ature1a, e o respeito portodos os seres vivos, e, em especial, pelos nossos semel#antes.

    G*/R)(/O* DA WGA

    Os instrumentos usados nos rituais da Wicca t!m a sua origem perdida no tempo. (les soimportantes focos de concentra%o e ferramentas para provocar altera%0es de consci!ncia, mas

    preciso que se sai"a e-atamente o seu significado para que seam usados corretamente. (m"oraeles possam dar um toque de "ele1a e alegria aos rituais, uma verdadeira Cru-a amais deve ficardependente deles, porque a verdadeira Cru-a se fa1 com a mente e com o cora%o'

    O aldeiro & (m"ora algumas tradi%0es discordem, a meu ver, o aldeiro o instrumento maisimportante e significativo para as Cru-as. (le representa o Stero da 4rande e, ou sea, a origemdo )niverso e de toda a ida. dele viemos e para ele retornaremos eternamente. no aldeiro queas Cru-as preparem os feiti%os, as po%0es e acendem o fogo para os rituais, quando no poss+velacender uma fogueira ao ar livre. ele se reali1a a 4rande Alquimia )niversal. (m muitos feiti%osele pode conter gua ou vin#o energi1ado pela Bu1 da Bua. De prefer!ncia, ele deve ser de ferro,com tr!s ps, representando os tr!s aspectos da Deusa. a falta de um caldeiro, uma panela outigela pode su"stituir, desde que no sea de material sinttico, como teflon, plstico ou alum+nio.(st ligado ao elemento

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    respectivamente, os $rgos se-uais feminino e masculino. #avia um ritual muito antigo em que asCru-as sa+am 3cavalgando3 as vassouras pelos campos e dando grandes pulos, para que asplantas crescessem da altura de seus saltos. /alve1 da+ ten#a vindo a cren%a de que podiam voar.tam"m #avia certos ung>entos e plantas alucin$genas que provocavam a iagem Astral, o que

    poderia dar a impresso de estar voando pelo Ar. ( se as Cru-as tivessem algum modo de anular agravidade? talve1 n$s consigamos resgatar esse con#ecimento algum dia, mas no tentecomprovar essa teoria, especialmente se voc! mora em APAR/A(/O' A assoura pode serdecorada com *+m"olos *agrados e ter a sua Assinatura gica. Antes do ritual, ela usada paravarrer o local onde ele ser reali1ado, representando a limpe1a espiritual de toda (nergia egativa.(la tam"m serve de ponte entre o espa%o do c+rculo e o mundo e-terior, isto , ela pode sercolocada deitada num ponto, e, se algum precisar sair, pode fa1!&lo pulando a assoura semque"rar o c+rculo, e procedendo da mesma forma ao voltar. "om sa"er que crian%as e animaispodem entrar e sair do c+rculo sem que"r&lo. (m algumas tradi%0es, a *acerdotisa cavalga avassoura ao redor do aldeiro. (u, pessoalmente, ac#o isso muito engra%ado, mas os Deuses daWicca t!m muito "om #umor e no fulminam ningum que d! algumas risadas durante o ritual. (malgumas cerimEnias de asamento, os noivos pulam a vassoura como s+m"olo de sorte efelicidade. a Cru-aria Gtaliana, c#amada *tregeria, Cru-as no voam em assouras, e sim, em"odes pretos, mas eu prefiro continuar com a assoura, pois eles no me e-plicaram como se pulaum Code para sair do c+rculo'

    O Casto ou a arin#a gica & A arin#a gica tem o mesmo sim"olismo do At#ame, em"orasegundo algumas tradi%0es estea mais ligada ao elemento Fogo. /radicionalmente, ela deve serfeita de uma rvore sagrada como a Aveleira, o arval#o ou a acieira, em"ora eu acredite quequalquer rvore deve servir, desde que voc! ten#a por ela alguma predile%o ou liga%o emocional.O gal#o da rvore deve ser cortado na Bua rescente, e antes sempre se deve pedir a autori1a%oda rvore. Depois de cortado o gal#o, deve&se dei-ar alguma oferenda em agradecimento. Ainda#oe, as Cru-as seguem esse procedimento, dei-ando mel e leite para as Fadas e (lementais, e umpouco de comida para os pssaros. A arin#a pode ser enfeitada com s+m"olos, fitas, cristais oualgum o"eto pessoal.

    A /8nica & (m"ora muitos 3ovens3:nome pelo qual so con#ecidas as assem"lias dos Cru-os,

    que significa UGrmandadeU; prefiram tra"al#ar 3vestidos de cu3, ou sea, completamente nus, e-istea op%o de se usar a /8nica, tradicionalmente negra. A cor negra isola as energias negativas,sendo $tima para ser usada quando se tem contato com grandes multid0es ou pessoas negativas,pois impede que a sua energia sea 3vampiri1ada3. A cor negra no tem nen#uma liga%o com oal, como se costuma pensar erroneamente. (la representa o Stero )niversal, do qual nasceu todaa Bu1, a escurido da /erra onde germinam as sementes. Porm, no se deve usar somente a cornegra, pois precisamos da vi"ra%o de todas as cores. ( muito menos por mero e-i"icionismo oupara parecer (*O/RGO' /ra"al#ar nus ou com /8nicas deve ser uma escol#a do grupo. Deve&seter o cuidado para que a nude1 no atraia pessoas mal&intencionadas. A nude1 deve ser um sinalde pure1a, de li"erta%o de nossos medos e ta"us. Para tanto, preciso ter um cora%o puro diantedos Deuses e dos nossos semel#antes, tra"al#ando muito "em com nossos corpos. imposs+velse tra"al#ar ini"ida pela nude1, o que tornar o ritual totalmente improdutivo. *e esta for asitua%o, mel#or usar uma /8nica, mas, com o tempo, preciso superar esses "loqueios, pois

    eles so frutos de uma moral udaico&rist repressiva, sendo que a nude1 deve ser encaradacomo algo natural.

    O Pentagrama & (m"ora muitos ac#em que o Pentagrama no perten%a Originalmente 5 Cru-aria,ele se tornou um de seus maiores s+m"olos. A (strela de inco Pontas representa as quatro(nergias Formadoras do nosso Planeta, isto ,

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    WICCA A RELIGIO DA DEUSA

    do (sp+rito controla as quatro (nergias Formadoras da atria. uitos *atanistas usam oPentagrama com duas pontas para cima, significando o triunfo da atria so"re o (sp+rito, ou avit$ria do al so"re o Cem. Deve&se lem"rar que, originalmente, o Pentagrama com duas pontaspara cima representava o Deus orn+fero, e o Stero da 4rande e por sua semel#an%a com um

    8tero e duas trompas. *$ depois do advento do ristianismo ele foi desvirtuado como s+m"olo doal. Quase todas as Cru-as usam um Pentagrama no pesco%o, como s+m"olo de sua religio, masisso no nen#uma o"riga%o.

    Outros Gnstrumentos & /am"m fa1em parte da Wicca outros instrumentos como o *ino para a"rir efec#ar rituais, Gncens$rios, asti%ais e outros o"etos opcionais. uitos ovens tocaminstrumentos musicais. (nfim, o mel#or usar a imagina%o para criar seus rituais.

    O AB/AR

    *empre que poss+vel, uma Cru-a deve ter seu Altar, que dever ser seu ponto de liga%o com osDeuses. o precisa ser nada complicado ou Bu-uoso. /radicionalmente, ele deve ficar ao orte.)ma vela preta colocada a Oeste sim"oli1ando a Deusa, e uma vela "ranca a Beste para o Deus.o Altar deve estar o lice e o At#ame, o Pentagrama, a arin#a e outros o"etos utili1ados nosrituais. /am"m comum se colocarem s+m"olos para os Quatro (lementos, como uma pena para

    o Ar, uma planta para a /erra, uma vela vermel#a ou en-ofre para o Fogo, e, logicamente,

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    desta data antiga que se originou o atal risto. esta poca, a Deusa d 5 Bu1 o deus, que reverenciado como RGAHA PRO(/GDA. (m Xule tempo de reencontrarmos nossasesperan%as, pedindo para que os Deuses reuvenes%am nossos cora%0es e nos d!em for%as paranos li"ertarmos das coisas antigas e desgastadas. #ora de desco"rirmos a crian%a dentro de n$s

    e renascermos com sua pure1a e alegria. oloque flores e frutos da poca do altar. *e quiser, podefa1er uma rvore enfeitada, pois est a antiga tradi%o 3pag3, onde a rvore era sagrada e osmeses do ano tin#am nomes de rvores. (sta a noite mais longa do ano, onde a Deusa reverenciada como a e da rian%a Prometida ou do Deus *ol, que nasceu para tra1er Bu1 aomundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossapr$pria lu1 interior.

    andlemas & Festa do Fogo ou oite de Crigit :76 de fevereiro;

    (ste *a" dedicado 5 Deusa Crigit, *en#ora da Poesia, da Gnspira%o, da ura, da (scrita, daetalurgia, das Artes marciais e do Fogo. esta noite, as Cru-as colocam velas cor de larana aoredor do c+rculo, e uma vela acesa dentro do aldeiro. *e o ritual feito ao ar livre, pode&se fa1ertoc#as e girar ao redor do c+rculo com elas. A Cru-a mais ovem da Assem"lia pode representarCrigit, entrando por 8ltimo no c+rculo para acender, com sua toc#a, a vela do caldeiro, ou a

    fogueira, se o ritual for ao ar livre, o que representaria a Gnspira%o sendo tra1ida para o c+rculopela Deusa. Os mem"ros do oven devem fa1er poesias, ou cantar em #omenagem a Crigit.Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeiro emoferenda, no fim do ritual. o Deus est crescendo e se tornando mais forte, para tra1er a Bu1 devolta ao mundo. #ora de pedirmos prote%o para todos os ovens, em especial da nossa fam+liade do oven. Devemos mentali1ar que o Deus est conservando sempre viva dentro de n$s ac#ama da sa8de, da coragem, da ousadia e da uventude. O altar deve ser enfeitado com floresamarelas, alaranadas ou vermel#as. A consagra%o deve ser feita pelos mem"ros mais ovens dooven.

    (quin$cio de Primavera & Ostara :6 de ar%o;

    Ostara o Festival em #omenagem 5 Deusa Oster, sen#ora da Fertilidade, cuo s+m"olo o coel#o.

    Foi desse antigo festival que teve origem a Pscoa. Os mem"ros do oven usam grinaldas, e oAltar deve ser enfeitados com flores da poca. um costume muito antigo colocar ovos pintadosno Altar. (les sim"oli1am a fecundidade e a renova%o. Os ovos podem ser pintados crus e depoisenterrados, ou co1idos e comidos enquanto mentali1amos nossos deseos. esse caso, no utili1etintas t$-icas, pois podem provocar pro"lemas se ingeridas. )se anilinas para "olo, ou co1in#e osovos com cascas de ce"ola na gua, o que dar uma "ela cor dourada. Antes de com!&los, osmem"ros do oven devem girar de mos dadas em volta do Altar para energi1ar os pedidos. Osovos devem ser decorados com s+m"olos mgicos, ou de acordo com a sua criatividade. Ospedidos devem ser voltados 5 3fertilidade3 em todas as reas.

    Celtane & A Fogueira de Celenos, Festa da Primavera :7 de aio;

    Celtane o mais alegre e festivo de todos os *a"s. O Deus, que agora um ovem no auge da suafertilidade, se apai-ona pela Deusa, que em Celtane se apresenta como a irgem e c#amada

    3Rain#a de aio3. (m Celtane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do)niverso. Celeno a face radiante do *ol, que voltou ao mundo na Primavera. (m Celtane seacendem duas fogueiras, pois costume passar entre elas para se livrar de todas as doen%as eenergias negativas. os tempos antigos, costumava&se passar o gado e os animais domsticosentre as fogueiras com a mesma finalidade. Da+ veio o costume de 3pular a fogueira3 nas festas

    uninas. *e no #ouver espa%o, duas toc#as ou mesmo duas velas podem ter a mesma fun%o.

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    Deve&se ter o maior cuidado para evitar acidentes' )ma das mais "elas tradi%0es de Celtane oAXPOB(, ou A*/RO D( FG/A*. /rata&se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Duranteum ritual, cada mem"ro escol#e uma fita de sua cor preferida ou ligada a um deseo. /odos devemgirar tran%ando as fitas, como se estivessem tecendo seu pr$prio destino, colocando&nos so" a

    prote%o dos Deuses. costume em Wicca amais se casar em aio, pois esse m!s dedicado aocasamento do Deus e da Deusa.

    Bit#a & *olst+cio de ero :6 de un#o;

    esse dia o *ol atingiu a sua plenitude. o dia mais longo do ano. O deus c#ega ao ponto m-imode seu poder. (ste o 8nico *a" em que 5s ve1es se fa1em feiti%os, pois o seu poder mgico muito grande. #ora de pedirmos coragem, energia e sa8de. as no devemos nos esquecer que,em"ora o Deus estea em sua plenitude, nessa #ora que ele come%a a declinar. Bogo (le dar o8ltimo "eio em sua amada, a Deusa, e partir no Carco da orte, em "usca da /erra do ero. Damesma forma, devemos ser #umildes para no ficarmos cegos com o "ril#o do sucesso e doPoder. /udo no )niverso c+clico, devemos no s$ nos ligarmos 5 plenitude, mas tam"m aceitaro decl+nio e a orte. nesse dia, costuma&se fa1er um c+rculo de pedras ou de velas vermel#as.Queimam&se flores vermel#as ou ervas solares :como a amomila; untamente com os pedidos no

    aldeiro.

    Bamas & Bug#nasad ou Festa da ol#eita :7 de Agosto;

    Bug#nasad era tipicamente uma festa agr+cola, onde se agradecia pela primeira col#eita do ano.Bug# o Deus *ol. na itologia elta, ele o maior dos guerreiros, que derrotou os 4igantes, quee-igiam sacrif+cios #umanos do povo. A tradi%o pede que seam feitos "onecos com espigas demil#o ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival so c#amados *en#or e*en#ora do il#o. essa data deve&se agradecer a tudo o que col#emos durante o ano, seamcoisas "oas ou ms, pois at mesmo os pro"lemas so ve+culos para a nossa evolu%o. O outronome do *a" Bammas, que significa 3A assa de Bug#3. Gsso se deve ao costume de se col#eros primeiros gros e fa1er um po que era dividido entre todos. Os mem"ros do oven devem fa1erum po comunitrio, que dever ser consagrado unto com o vin#o e repartido dentro do c+rculo. O

    primeiro gole de vin#o e o primeiro peda%o de po devem ser ogados dentro do aldeiro, paraserem queimados untamente com papis, onde sero escritos os agradecimentos, e gros decereais. O "oneco representando o Deus do mil#o tam"m queimado, para nos lem"rar de quedevemos nos livrar de tudo o que antigo e desgastado para que possamos col#er uma nova vida.O Altar enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de mil#o e frutas da poca.

    a"on & (quin$cio de Outono :6 de *etem"ro;

    o Panteo elta, a"on, tam"m con#ecido como Angus, era o Deus do Amor. essa noitedevemos pedir #armonia no amor e prote%o para as pessoas que amamos. (st a segundacol#eita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascero na primavera. O c#odeve ser forrado com fol#as secas. O deus est agoni1ando e logo morrer. este o Festival emque devemos pedir pelos que esto doentes e pelas pessoas mais vel#as, que precisam de nossaauda e conforto. /am"m nesse festival que #omenageamos as nossas Antepassadas

    Femininas, queimando papis com seus nomes no aldeiro e l#es dirigindo palavras de gratido e"!n%os.

    *am#ain & @alloKeen ou Dia das Cru-as :V de Outu"ro;

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    (ste o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do c+rculo, marca tanto o fim quanto oin+cio de um novo ano. essa noite, o vu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se tornamais t!nue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que partiram. As "ru-as nofa1em rituais para rece"er mensagens dos mortos e muito menos para incorporar esp+ritos. O

    sentido do @alloKeen nos sintoni1armos com os que partiram para l#es enviar mensagens deamor e #armonia. A noite do *am#ain :pronuncia&se *O)(; uma noite de alegria e festa, poismarca o in+cio de um novo per+odo em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponc#e, "olose doces. A cor do sa" o negro, sendo o Altar adornado com ma%, o s+m"olo da ida (terna. Ovin#o su"stitu+do pela sidra ou pelo suco de ma%. deve&se fa1er muita "rincadeiras com dan%a em8sica. Os nomes das pessoas que se foram so queimados no aldeiro, mas nunca com umaconota%o de triste1a' o Altar e nos Quadrantes no devem faltar as tradicionais scaras deA"$"ora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas a"$"oras na anela paraespantar os maus esp+ritos e os duendes que vagavam pelas noites do *am#ain. (ssa palavrasignifica 3*em Bu13, pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergul#a na escurido. A Deusavai ao undo das *om"ras em "usca do seu amado, que est esperando para nascer. (les seamam, e, desse amor, a semente da lu1 espera no Stero da e, para renascer no pr$-imo *olst+ciode Gnverno como a rian%a da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, no #motivo para triste1as, pois aqueles que perdemos nessa vida iro renascer, e, um dia, nosencontraremos novamente, nessa ornada infinita de evolu%o.

    O"s.2 andlemas, Celtane, Bammas e *am#ain so 4randes *a"s, enquanto os *olst+cios e(quin$cios so Pequenos *a"s. As datas fornecidas acima so do @emisfrio orte. uitaspessoas preferem adapt&las ao nosso #emisfrio, mudando a ordem dos *a"s. Outras ac#amque se deve manter a tradi%o e seguir as datas da (uropa. Gsso depende do gosto de cada um,mas, no Crasil, no e-istem quatro esta%0es, sendo que muitas regi0es t!m um ero permanenteou uma esta%o c#uvosa, o que torna "em dif+cil adaptar os *a"s aos aspectos da ature1a. (uprefiro seguir as datas tradicionais e #omenagear certos s aspectos da ature1a no Altar. Pore-emplo, se eu comemoro o (quin$cio do Outono em *etem"ro, que para n$s seria Primavera, eucoloco algumas flores da poca no Altar em #omenagem 5 ature1a, mas sigo os aspectos do(quin$cio de Outono durante o Ritual. Para di1er a verdade, eu ac#o muito estran#o se comemorarCeltane em V de Outu"ro, quando dia das Cru-as, mas isso depende da vontade de cada um. (u

    penso que as Cru-as comemoravam esses *a"s na mesma data # mil#ares de anos' pensouse cada pa+s comemorasse o atal num dia? *e perderia a )niversalidade da data' O +rculo um(*PAHO (/R( O* )DO*, portando, dentro dele podemos criar o tempo e o espa%o quequisermos'

    A* 4RAD(* DGF(R(HA* (/R( WGA ( *A/AG*O'

    As Cru-as usam o Pentculo com a ponta para cima. Os *atanistas invertem&no com a ponta para"ai-o, tal como invertem o crucifi-o.As Cru-as nunca usam um crucifi-o para qualquer fim, sea na posi%o correta ou invertido.unca usamos o n8mero YYY.o sacrificamos animaisL muito menos pessoas.amais fa1emos 5s avessas nada que estea ligado a f crist.

    o cele"ramos issas egras.o usamos artefatos cristos.As Cru-as no usam crian%as em seus rituais. :Quando nossos pr$prios fil#os participam emcerimEnias da Arte, fa1em&no nos mesmos termos dos adultos.;o causamos dano f+sico a quem quer que sea, nem proetamos danos em outros.o recrutamos ou fa1emos proselitismo.

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    *eria dif+cil esclarecer completamente a situa%o, por isso estas so apenas algumas diferen%asentre outras e-istentes.

    A WGA ( A *(T)ABGDAD(

    (-istem igualmente diversos grupos e tradi%0es de #omosse-uais, quer masculinos querfemininos, que encontraram na Wicca um lugar onde podem e-primir livremente as suassensi"ilidades, com total aceita%o pelos mem"ros da restante comunidade.(sta participa%o considerada importante pela sua grande contri"ui%o em termos de umaa"ertura a novas idias e a sensi"ilidades sociais minoritrias. (m"ora a grande maioria dosWiccans sea #eterosse-uais que e-primem o !nfase especial dado 5 polaridade entre a Deusa e oDeus, # entre os mem"ros desta religio uma grande necessidade de encontrar novas respostas enovas perspectivas para o papel dos se-os nas nossas sociedades.Relativamente a este 8ltimo aspecto e num clima de aceita%o e respeito pela diferen%aenquadram&se aqueles que t!m uma atitude diferente da que foi esta"elecida pela sociedade emgeral.

    A WGA ( O* @O(*(m"ora #omens e mul#eres compartil#em do poder da magia, a palavra Witc# tem estado maiscomumente associada a mul#eres do que #omens, no entanto, os #omens na Arte so tam"mdenominados Witc#es :Cru-os;.A Deusa tam"m importante para os #omens. A opresso dos #omens no patriarcado governadopor Deus&Pai talve1 menos $"via mas no menos trgica que a das mul#eres. Os #omens soencoraados a identificarem&se com um modelo que nen#um ser #umano pode, com sucessorivali1ar2 serem pequenos governantes de universos limitados. (les vivem uma diviso interna,com um 3espiritual3, que supostamente, "usca dominar as suas nature1as emocional e animalprimrias. Butam consigo mesmo2 no Ocidente para 3dominar3 o pecadoL no Oriente, para3dominar3 o deseo ou o ego. Poucos escapam desses em"ates sem preu+1os. Os #omens perdemcontato com os seus sentimentos e corpos transformando&se nos 3apticos #omens "em&sucedidos3.Porm visto que so as mul#eres que do 5 lu1 aos #omens, amamentam&nos e em nossa culturaso responsveis pela sua guarda enquanto crian%as, 3todo #omem criado em um lar tradicionaldesenvolve intensa identifica%o com a me e, conseq>entemente, tra1 consigo uma forteimpresso feminina. O s+m"olo da Deusa permite que os #omens e-perimentem e integrem o ladofeminino de suas nature1as, que com freq>!ncia, prova ser o aspecto profundo e sens+vel,normalmente escondido. A Deusa no e-clui o #omemL ela o cont!m, assim como a mul#er grvidacontm um fil#o. O lado masculino incorpora tanto a lu1 solar quanto a energia animal selvagem eindomada.Porm, durante a 3(ra das Fogueiras3, Z7[ dos mil#0es de pessoas que foram queimadas vivaspor prtica de feiti%aria eram mul#eres. Ainda #oe, a maioria dos praticantes da Arte so mul#eres,em"ora estea aumentando o n8mero de #omens.@ "oas ra10es para pensar na Feiti%aria como uma Arte feminina. Pois na verdade o poder de umaCru-a est em ocupar&se com a vida num sentido mais amplo, naturalmente as mul#eres esto

    "iologicamente mais envolvidas na gera%o e sustento da vida do que dos #omens. Porm oesp+rito dos novos tempos est levando #omens e mul#eres a resta"elecerem uma maior liga%ocom os mistrios da vida que se encontram nos ritmos naturais da mul#er, da /erra e da Bua, poisos mistrios da vida so verdadeiramente os mistrios da magia.Assim, 5s portas do terceiro mil!nio no uma coincid!ncia, que mais e mais #omens esto sefa1endo presentes no momento do parto e come%am a assumir responsa"ilidades na assist!ncia

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    ao "e"! recm&nascido. Daqui para frente maior tam"m ser o n8mero de #omens que secome%aro a se interessar pela Arte. a verdade a Deusa devolveu 5 mul#eres e #omens suadignidade e grande1a #umanas, sendo que puderam nela se recon#ecer como partes igualmenteimportantes da divindade, tendo o mesmo direito ao poder e 5 fragilidade.

    A WGA ( O F(GG*O

    A opresso e-ercida pelo patriarcado se estendeu por toda a /erra. a C+"lia udaico&crist,Deus di12 3Fa%amos o #omem 5 nossa imagem, conforme a nossa semel#an%aL domine ele so"reos pei-es do mar, so"re as aves do cu, so"re os animais domsticos, e so"re toda a terra, e so"retodo rptil que se arrasta so"re a terra3 :4!nesis, 26Y;. ais adiante, se l!2 3Frutificai e multiplicai&vosL enc#ei a terra e sueitai&aL dominai so"re os pei-es do mar, so"re as aves do cu e so"retodos os animais que se arrastam so"re a terra3 :4!nesis, 26Z;. ustifica&se, assim, toda a%odepredat$ria, de conquista e suei%o 3em nome de Deus3. o paganismo, centrado na ature1a, valori1a os ciclos e a gera%o da vida. *ugere uma

    apro-ima%o do matriarcalismo das primeiras sociedades #umanas, quando a desco"erta daagricultura pelas mul#eres foi responsvel pela fi-a%o dos grupos #umanos em torno dasplanta%0es e pelo surgimento dos primeiros cls. A o"serva%o dos ritmos e da fecundidade daterra inspira respeito e prop0e uma rela%o de cumplicidade entre masculino e feminino,sim"oli1ada pela rela%o entre Deusa e Deus.Da+ para uma apro-ima%o com os ideais feministas foi um passo. Porm, em"ora a religio esteafocada na 4rande e, preciso lem"rar que Feminismo e Wicca no so sinEnimos, e nen#umdesses conceitos est contido no outro. (-istem grupos, como o Dinico, que se dedicam a #onrarapenas deusas, e # mesmo aquelas que s$ aceitam mul#eres em seus covensL isso fa1 parte daindividualidade e li"erdade de culto caracter+sticas do Paganismo. as o sentido maior daidentidade pag ustamente o de li"erar #omens e mul#eres de seus papis r+gidos eestereotipados para que possam viver em comun#o entre si e com o )niverso.uitas feministas porm, e-ploram a sua espiritualidade no conte-to do cristianismo ou do

    uda+smo e, nessas tradi%0es, novas portas foram a"ertas 5s mul#eres, apesar de que, o"viamente,e-istam muitas "atal#as a serem vencidas. Outros utili1am&se das tradi%0es da Deusa de vriasculturas ou preferem criar os seus pr$prios rituais sem se identificarem com qualquer tradi%oespec+fica. Pags e at mesmo Cru-as podem ou no ser feministas. uitas pessoas voltam&separa tradi%0es ligada 5 terra, para a cele"ra%o de ciclos sa1onais e para o despertar de dimens0esde consci!ncia mais amplas, sem uma anlise de intera%o, de poder e se-o.A apro-ima%o entre Wicca e o movimento feminista come%ou no final dos anos Y7. Ativistas dosdireitos das mul#eres perce"eram no paganismo uma proposta de novos valores sociais, emoposi%o ao carter r+gido e conservador das religi0es tradicionalmente apoiadas em figurasmasculinas, onde Deus, os Papas, pastores e a maioria dos santos, profetas e iluminados so#omens. (sse predom+nio masculino ini"iu a e-presso de valores femininos como a "ele1a, aintui%o e a livre manifesta%o de sentimentos que, por no se encai-arem nas religi0espatriarcais, foram identificados com o a a%o do demEnio.*egundo a 3Wiccan Rede #olandesa3, muita gente atra+da pelo papel da mul#er na Arte. laro que

    as mul#eres sa8dam a oportunidade de se envolverem ativamente num movimento espiritual & e os#omens v!em a Arte como uma oportunidade e-celente para e-primirem a sua 3feminilidade3.os pa+ses protestantes onde dificilmente # lugar para a e-presso dos valores femininos e ondeno e-iste qualquer figura feminina com carter sagrado, esta perspectiva matrifocal da Wicca,contri"ui para a sua divulga%o tanto unto dos #omens como das mul#eres.(ste envolvimento tem aspectos curiosos, pelo menos nos ()A, onde foi dado um grande impulso

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    ao Paganismo quando, nos anos \7, grupos de feministas radicais come%aram a participarativamente no movimento. As feministas, cua atividade era essencialmente pol+tica e que at a+mantin#am uma atitude de desconfian%a em rela%o aos valores religiosos, come%aram a aliar asa%0es com o"etivos de transforma%o pol+tico&social com vista a uma maior igualdade entre os

    se-os nos aspectos m+stico]sim"$licos. Para isso, nada mel#or que uma religio centrada numaDeusa e em que os valores e s+m"olos femininos so os mais importantes.

    A WGA ( O 3DGACO3

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    3O DemEnio o Deus Gnverso3, esta frase sim"$lica, em m8ltiplos aspectos, certamenteperigosa e iconoclasta aos ol#os de todas as religi0es dualistas, ou mel#or, de todas as teologiasmodernas, e principalmente o ristianismo.(ntretanto, no seria usto nem correto di1er que foi o ristianismo que conce"eu 5 lu1 a *at. *at

    sempre e-istiu como o 3Adversrio3, o poder oposto e-igido pelo equil+"rio e a #armonia dascoisas no )niverso, assim como necessria a som"ra para ressaltar a Bu1, a oite para dar relevoao Dia, e o Frio para que mel#or possamos apreciar o aconc#ego do calor.A #omogeneidade una e indivis+vel. as se o #omog!neo )no e o A"soluto no uma simplesfigura de ret$rica, e se o #eterog!neo, em seu aspecto dual, o produto daquele, sua som"ra ourefle-o "ifurcado, ento a #eterogeneidade Divina deve encerrar em si mesma a ess!ncia do "em edo mal. *e 3Deus3 a"soluto, Gnfinito e a Rai1 )niversal de tudo o que e-iste na ature1a e no)niverso ] de onde provm o al ou o DemEnio, seno da pr$pria matri1 urea do A"soluto?Assim, ou temos que aceitar o "em e o mal, Agat#oedaemon e Ma9odaemon como ramos domesmo tronco da idade no con#ecia nen#um 3Deus do al3 isolado, que fosse completa e a"solutamentemau. O pensamento pago representa o "em e o mal como irmos g!meos, nascidos da mesmame. a ature1a, to logo esse pensamento dei-ou de prevalecer tornou&se arcaico, a *a"edoriase converteu em Filosofia. Os antigos fil$sofos, #oe secundados pelos ca"alistas, defendiam oal com o 3reverso3 de Deus ou do Cem. Demon est Deus Gnversus um dos mais vel#os adgios.(m verdade, o al no seno uma for%a cega e competidora na ature1aL a rea%o, a oposi%oe o contraste. al para uns, Cem para outros. o e-iste o 3mal em si3L o que e-iste a som"ra daBu1, som"ra sem a qual a Bu1 no poderia e-istir .Porm quando o ristianismo e as antigas religi0es naturais se c#ocaram na (uropa, osmissionrios usaram a imagem do Divino Fil#o, o Deus orn+fero das comunidades pags comorepresenta%o do *at risto. om o tempo, qualquer figura ornada de c#ifres invocava imagensde maldade satnica.Gronicamente, o uso de c#ifres como s+m"olo de #onra era costume generali1ado que teve a suaorigem, como vimos , nas culturas ca%adoras neol+ticas. ais tarde,o 3apacete orn+fero3 aca"ousendo estili1ado como a coroa real. Gsso foi um desenvolvimento l$gico, visto que um ca%adorrepetidamente "em sucedido assumia na tri"o um papel cada ve1 mais proeminente e respeitado, o

    que evoluiu para classifica%o de cacique ou de rei.Porm, o uso de c#ifres era um costume generali1ado que no se limitava 5s sociedades ca%adorasneol+ticas. Os antigos deuses gregos :Caco, P , Dion+sio; eram representados com c#ifres, assimcomo Diana, a ca%adora, e a eg+pcia =sis. Ale-andre agno e oiss, que no eram deuses, foram#omenageados entre os seus seguidores com c#ifres. Os c#ifres eram uma representa%o f+sica dalu1 da sa"edoria e do con#ecimento divino que irradiava deles : 5 semel#an%a de #alos;.O DeuteronEmio di1&nos que 3A gl$ria de oiss como o primog!nito de seu novil#o, e seusc#ifres so como os c#ifres de unic$rnios3. Os c#ifres tam"m foram usados em elmos gregos,romanos e italianos at o sculo TG como s+m"olo de for%a e coragem.ale a pena ressaltar aqui tam"m que, nunca pessoas foram sacrificadas dentro da Cru-ariaLporm foram sacrificadas em nome dela' As mul#eres sim, vertiam o seu pr$prio sanguemensalmente e arriscavam a morte a servi%o da for%a vital a cada gravide1 e parto. Por esta ra1o,seus corpos eram considerados na Antig>idade como sagrados e mantidos inviolados.

    Gnfeli1mente, ornais, filmes e televiso :em "usca de n8meros altos de audi!ncia;, continuam at#oe perpetuando a associa%o da Feiti%aria e a Religio da Deusa com o terror e o sacrif+cio#umano. ada assassino do tipo de 3#arles anson3, c#amado 3"ru-o3. Psicopatas declarampraticar Feiti%aria com ritos degradantes e, 5s ve1es, condu1em pessoas ing!nuas a acreditaremneles. A Feiti%aria, vista como uma religio, pode no possuir um credo universal ou uma l+nguadefinida, mas em alguns pontos # unanimidade. en#um Cru-a ou Cru-o verdadeiro pratica o

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    sacrif+cio #umano, tortura ou alguma forma de assassinato ritual, nem mesmo de animais.Qualquer um que o fa%a no um "ru-o e, sim um psicopata.Depois de toda esta e-plica%o preste aten%o2 3O Dia"o no venerado e nem recon#ecido pelasCru-as.3 O Dia"o venerado apenas pelo *atanismo, que um culto Anti risto. omo a nossa

    religio e-istia muitos mil#ares de anos antes do ristianismo dei-aremos "em claro que notemos nada a ver com o Dia"o ou com os *atanistas.

    A DGF(R(HA DA WGA FR(/( < O)/RA* R(BG4G^(*'

    Para come%ar a nossa diferen%a, :como vimos antes; come%a na concep%o da palavra3Religio3.A Wicca uma religio Polite+sta e Pante+sta isto 2 acredita em vrio deuses e deusas que so

    untamente com o #omem parte da nature1a e no seres supremos a parte de tudo.a Wicca no e-istem dogmas e sim ticas. o preudicar ningum, por e-emplo no umdogma, quem quiser fa1!&lo inteiramente livre desde que assuma a responsa"ilidade e o retornoda Bei /ripla. as agir dessa forma condenado pela tica sendo aconsel#ado a todos agir apenaspara o Cem de /odos.

    o fa1 parte da tradi%o da Wicca converter pessoas de outras fs para ela. ada ser #umano livre para acreditar em qual Deus quiser e da forma que quiser. o # a tradi%o da 3prega%o3.o e-iste para os Wiccans um 3Deus erdadeiro3 supremo, perfeito e cultuadamente maior. emmesmo a 4rande e uma deidade aior e a"soluta, dividindo com o Deus, em partes iguais, aresponsa"ilidade e a adora%o. 3/odos os Deuses so o mesmo Deus, e todas as Deusas so amesma Deusa3. Partindo desse princ+pio toda religio vlida.A Wicca no uma religio Patriarcal, nem atriarcal como muitos imaginam. uma religioatrifocal o que quer di1er que a 4rande e o ponto de refer!ncia central e inicial para aadora%o 3.)m Wicca entende que #omem e mul#er so iguais e que a perfei%o s$ e-iste quando o Deus e aDeusa esto untos, completando&se mutuamente. O matrifoquismo #erdado da cosmogoniaWicca onde a Deusa surgiu primeiro, como 8tero do mundo, e gerou o Deus, seu fil#o e amante,num ciclo sem fim de cria%o, entropia e recria%o.

    )m Wiccan respeita toda forma de religio e se esfor%a por no criticar nen#um tipo de cren%a,ideologia e filosofia sa"endo que todo #omem livre para crer, adorar e pregar o que quiser, desdeque respeite a cren%a al#eia tam"m.Os Wiccans no acreditam em u+1os finais, messias, u e Gnferno. Acreditam na corrente c+clicada vida, em vidas seguidas e em retorno cont+nuo. A reencarna%o para os Wicca no um meio dese cumprir o carma, de se pagar pecados, e-piar d+vidas ou algo do g!nero. ada vida deve servivida com amor, alegria, pra1er e "om #umor porque um presente dos Deuses e no um castigoa ser cumprido.Os Wiccans acreditam em Feli1 (ncontro, Feli1 Partida e Feli1 Reencontro :errJ eet, errJ Part,errJ eet Again; como e-presso do encontro com a vida e com todos os "ru-os. )ma ve1 Cru-osempre Cru-o. A identidade do Cru-o transcende as encarna%0es e o tempo e mantida sempre,mesmo que no manifeste plenamente nesta ou naquela vida...

    B(G /R=PBG( comum os Kiccans di1erem frases, do tipo2 Nfa%a o que quiseres, se for para o "em e outrasfrases, que ouvidas ou lidas por pessoas leigas em Wicca, podem ser mal interpretadas e podemlevar estes leigos a pensar que nossa religio no tem qualquer tipo de controle, pois N/udo Permitido', o que sa"emos que no verdade'

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    A verdade que temos a Bei /r+plice, a 8nica Bei Wiccan, que na verdade a mais completa, das677.777 que poderiam e-istir.

    (sta Bei se "aseia no princ+pio de que tudo que fi1ermos retornar para n$s :aquele que pratica oato; V ve1es maior do que fi1emos inicialmente.

    ea, se desearmos, por e-emplo, que uma determinada pessoa caia e que"re o nari1, pode tercerte1a que mesmo demorando este deseo inicial retornar V ve1es maior fa1endo com que voc!:que deseou; caia, que"re o nari1, os "ra%os e a ca"e%a'

    claro que isto apenas um e-emplo, mas ac#o que serve para voc! entender o significado da Bei/r+plice.

    Devemos tomar muito cuidado com tudo o que fa1emos na Wicca, pois o que pensamos estar certopode voltar como uma "om"a so"re n$s.

    uitas ve1es voc! pode interferir, sem sa"er, na vida de uma pessoa ou no curso natural dascoisas ao seu redor. (sta interfer!ncia pode ser ruim para o camin#ar natural das coisas ou

    pessoas. parou para pensar que as pessoas t!m seu livre ar"+trio para fa1er ou dei-ar de fa1er o que "ementender?

    Antes de audar uma pessoa que se encontra enferma numa maca de #ospital, voc! precisa ter oconsentimento dela, pois a *)A vontade de que ela mel#ore e saia do #ospital pode ser contrria 5da pessoa que quer mais morrer, porque no v! mais sentido em nada'

    O mesmo se aplica 5quelas pessoas que por amor ou loucura, no sei, quer Namarrar, ou sea,o"rigar uma pessoa, que nem sa"e que ela e-iste, ficar de N_, perdidamente apai-onado e cego deamores...Ac#a isto certo? Ac#o que no, n? Pior ainda quando estas pessoas loucas de amordecidem fa1er feiti%os usando as energias e procedimentos mira"olantes para conseguir o quequer' ( onseguem'''''' o novidade nen#uma escutar casos de casamentos desfeitos e

    tragdias #omricas por causa destas a%0es. om certe1a, o troco c#egar, cedo ou tarde, mas,c#egar'

    Para estas pessoas, um recadin#o2 )GDADO'''

    laudineJ Pietro, em seu livro NWicca ] Ritos e istrios da "ru-aria moderna, di1 o seguinte2

    NQuando interferimos no livre ar"+trio de uma pessoa estamos efetuando um ato negativo contra apessoa e contra n$s mesmos. Quando um Cru-o fa1 isso, est tra"al#ando com a Cai-a agia, eele pagar caro, pois o )niverso nos retri"ui tudo o que emitimos aos outros numa escala de V.

    Pon#a uma coisa em sua ca"e%a2 O )G(R*O @< A FAO*A B(G DO R(FB(TO, O) *(A, /)DOQ)( O` FA, OB/A PARA O` (*O ( )G/O AG* FOR/(' Ponto final e no discutamosmais so"re esta questo.

    laudineJ, prossegue afirmando que os feiti%os so parte integrante do n8cleo operacional daWicca. (ste feiti%o colocado pelo autor como sendo Num conunto de tcnicas e con#ecimentosespec+ficos que quando colocados em prtica, enviam uma proe%o mental ao )niverso...)mfeiti%o age DGR(/A(/( com a nature1a... N/udo na nature1a vivo e possui energias

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    espec+ficas acumuladas...quando canali1adas corretamente, passam 5 agir em "enef+ciodaqueles que sa"em utili1&las.

    oc! precisar ser consciencioso quando usar suas energias em seus ritos. /en#a em mente queapesar de muitas ve1es esquecermos deste detal#e, IO *OO* *(@OR(* DA A4GA, DA*P(**OA* ( DA* *G/)AH^(*'

    *cott unning#am em seu livro 4uia (ssencial da Cru-a *olitria d algumas dicas de como voc!utili1ar "em seu poder evitando assim, ser punido por seu mal uso. amos a elas2

    . O Poder no deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. :*e surgirnecessidade para tais atos, o Poder dever ser usado AP(A* para proteger sua vida ou deoutros;L

    6. O Poder s$ deve ser utili1ado conforme as necessidadesL

    V. O Poder pode ser utili1ado em seu "enef+cio, desde que ao agir no preudique ningumL

    _. o s"io aceitar din#eiro para utili1ar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o rece"e.o sea como os de outras religi0esL

    b. o utili1e o Poder por motivo de orgul#o, pois isto desvalori1a os mistrios da Wicca e damagiaL

    Y. Bem"re&se sempre de que o Poder um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e no deve AAG*ser mal usado ou a"usadoL

    O O(

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    ( por 8ltimo, poder criar um nome sem se ater com os aspectos numerol$gicos, caracter+sticosde determinada Deidade. este caso, voc! poder fa1er, atravs de suas pr$prias atitudes com queele se torne um nome de poder.

    importante /er em mente que alm do nome escol#ido tra1er as caracter+sticas que voc! desea,voc! e ele devem estar em #armoni1a%o perfeita. o se "ati1e perante os Deuses com um nomepelo simples fato de /er sido usado por um grande Deus. *inta se ele realmente com"ina comvoc!. (ste nome ficar 3anotado3 para sempre.

    Outra coisa importante, o nome um camin#o para voc! ficar mais +ntimo com a Deusa e com oDeus.

    *em d8vida, escol#er o pr$prio nome mgico uma tarefa dif+cil, porm e-citante. ( nunca seesque%a...as palavras tra1em consigo POD(R...o nome uma palavra e portanto, voc! carregareste poder para sempre.

    Depois de /er encontrado seu nome mgico, voc! deve fa1er um ritual :preferencialmente escritopor voc!; para se apresentar perante os Deuses :Deusa e Deus;. este ritual, voc! dever queimar

    um "om incenso, velas claras e uma m8sica suave ou at mesmo dan%ante. ele"re este ritualcriado por voc! como se fosse uma festa, o que o , visto que voc! est nascendo dentro da casada Deusa e do Deus. A partir do momento em que voc! gritar para (les e para os _ ventos o seunome, voc! nasce para uma nova vida.

    Ap$s se apresentar para a Deusa e para o Deus, d! gra%as a (les e pe%a que eles te recon#e%ampelo nome dado. Ap$s o pedido, pare em sil!ncio e fa%a uma viagem interior. Dei-e sua imagina%olevar o ritual. *e quiser l#e d! um presente. /erminado seu ritual, se desear, fa%a uma reunio comseus amigos para comemorar seu nascimento.

    O POD(R DO O(

    Quando nascemos nos dado um nome. Durante nossa infncia, adolesc!ncia muitas ve1es

    somos apelidados por nossos amigos. Quando come%amos a namorar ou quando casamos somosapelidados por nosso cEnuge e ainda, quando casamos muitas ve1es mudamos de nomecolocando ou tirando nossos so"renomes, a+ quando # um divorcio no meio do camin#o,mudamos tudo novamente, voltando a acrescentar ou retirando o nome de nosso cEnuge.

    Quando decidimos nos tornar pagos...mais um nome. ( se no "astasse este monte de nomesque rece"emos, trocamos, tiramos ou colocamos, passamos a nomear nossos instrumentos,nosso covens e por a+ vai.

    Algumas pessoas e-plicam que estes montes de nomes no so por acaso. Gndicam nossaevolu%o durante nossa vida. Outros ainda afirmam que os nomes representam nossodesenvolvimento durante o tempo de nosso aprendi1ado nesta vida.

    *e so verdadeiras tais afirma%0es, no sei, porm uma coisa certa, se nosso nome

    e-austivamente pensado para ser escol#ido, torna&se uma ferramenta importante para acelerarnossa evolu%o espiritual e a compreenso de n$s mesmos.

    Quando fi-amos nossos ps no camin#o espiritual, a partir desse momento come%amos a mudar./ril#ar por este novo camin#o envolve uma srie enorme e transforma%0es f+sicas, ps+quicas e

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    espirituais. ( o nosso nome influi neste processo. o nosso nome que, tam"m, serve deferramenta mgica para nos fa1er viaar em nossos camin#os individuais.

    )m simples nome pode ser s+m"olo de pura inspira%o ou pode ser a causa de nossas vit$rias oufracassos. (ste mesmo nome simples, pode nos associar com poderes elementares e nospresentear com muita energia em nossas vidas, mas tam"m pode servir de c#ave para umacompleta desola%o.

    (les podem enfati1ar onde n$s vamos, o que somos e o que esperamos ser. Pode fa1er nos sentirfracos, poderosos, s"ios, inocentes ou arrogante.

    o e-istem limites ao que um simples nome pode tra1er a nossa vida.

    PRO)RADO POR ) O(

    oc! pode procurar por seu nome ideal atravs da proe%o astral, da medita%o e outros mtodos.

    Para facilitar esse processo, o indicado que se tranque a sete c#aves em um aposento ou local

    tranq>ilo e ten#a a certe1a que no ser incomodado, sea por telefone, visitas inesperadas, etc.

    Pense2 3(u estou procurando o nome que completa, que me renova. Quero o nome que me d!sa"edoria, pa1...aquele que me eleve perante os Deuses. Aquele que traga a transforma%o quenecessito :ou crie sua pr$pria frase;.

    (m estado meditativo, visuali1e a importncia de /er um nome que se enquadra dentro do quevoc! procura. Fique a"erto para ser levado para qualquer ponto do passado, para rituais, para sersurpreendido por qualquer fato. Preste aten%o para escutar coisas que podem ser sussuradaspara voc!. o desanime se no conseguir seu nome nesta primeira tentativa. /udo tem seu tempocerto para acontecer.

    a mesma noite em que saiu a procura de seu nome seguindo as dicas acima, preste aten%o emseus son#os.

    RG/)AB PARA APR(*(/AR *() O(

    onte seu altar. *e o seu nome tiver um s+m"olo que o represente, coloque&o no altar. Pore-emplo, se seu nome for guia selvagem, voc! pode colocar no altar uma pena para sim"oli1arseu nome.

    o mesmo altar, dei-e a mo papel :pergamin#o de prefer!ncia;, uma caneta e um espel#o. Dei-e 5mo, tam"m, velas, incenso, gua mineral e sal marin#o, e se preferir, um instrumento musicalque ten#a prefer!ncia, ou um cd com a m8sica que desear. :no vale #eavJ metal ou CritneJ*pears...rs;

    A"ra seu c+rculo, c#ame os quadrantes convide as Deidades e diga o seguinte2

    (u ........... :diga o antigo nome; uso este nome pela 8ltima ve1. (u cresci, eu mudei.

    (u evolui para a pessoa que se apresenta perante voc!s neste momento. no soumais ................ e no ten#o mais la%os com este antigo nome que morreu na #ora em que eurenasci.

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    at o altar e escreva seu novo nome no papel. Passe o papel pela fuma%a do incenso di1endo2

    Que.......................... :seu novo nome; sea consagrado pelos poderes do AR. Que o Ar me d! a for%ado intelecto, a claridade da viso a pure1a do aman#ecer no primeiro instante em que eu tiver danova vida.

    *egure o papel so"re a vela :cuidado para no pegar fogo;

    Que.......................... :seu novo nome; sea consagrado pelos poderes do Fogo. Que o Fogo me d!determina%o, for%a e a energia e-istente em suas fa+scas, durante toda a min#a nova vida..

    Corrife so"re o papel a gua e diga2

    Que.......................... :seu novo nome; sea consagrado pelos poderes do

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    Amarant#a2 GmortalAriadne2 a Fil#a de sol DeusAtena2 Deusa de *a"edoria

    Damra2 *uavidade

    DemeterDemetra2 Deusa da ol#eitaGrene2 Deusa de Pa1Pandora2 /odo /alentoso

    /rina2 Pure1aTena2 Bugar Distante

    asculinoAdonis2 ocidade

    Aeneus2 (logio erecedorAle-ander2 4rande Protetor

    Am"rose2 GmortalAppolo2 aronil

    Arist$teles2 O el#orArtemus2 *o e salvo

    DamianDamonDaJmond2 onstanteason2 O urandeiro

    Orion2 O a%ador*e"astian2 aestoso

    Tant#us2 a"elos dourados

    BA/GFeminino

    Amanda2 erecedora de 4rande AmorOutono2 Queda

    Cellona2 Deusa de 4uerraDiana2 Deusa da a%a

    Bena2 a *edutora

    Buna2 BuaEnica2 onsel#eira/erra2 Deusa da /erra

    !nus2 Deusa de Amor

    asculinoAl"an2 Puro de ora%o

    ArdanArdenArdin2 =gneoFoster2 o 4uardio dos Cosques

    4rifo2 Cesta +ticaa-a-ima-imillian2 mais do que (-celente

    Romulus2 o Fundador +tico de RomaRe-2 o Rei

    *Jlvanus2 Deus das Florestas

    (B/AFeminino

    Aislin2 *on#oCet#a2 ida

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    Connie2 ConitoCrianna2 O Forte e Poderoso

    Duvessa2 Cele1a negra(dana2 Pouco Fogo

    (dKina2 o Amigo Pr$spero(nid2 O (sp+rito ou Alma4uinevere4Kenet#2 a *en#ora Cranca ou usta

    MellJ2 o 4uerreiro Feminino*#annon2 Pequeno *"io

    )la2 $ia do ar

    asculinoA#ern2 Deus dos avalos

    Aurt#ur2 o"rearlin2 Pequeno ampeoat#al2 4rande 4uerreiro

    ullen2 ConitoDallanDallas2 *"io

    Donnovan2 o 4uerreiro negroDuncan2 (scurido

    (dan2 =gneo(van(Kan(Ken2 o 4uerreiro ovem

    4radJ2 o"reMearneJ2 itorioso

    urroug#2 o 4uerreiro do ar

    G4B`*Feminino

    AudreJ2 For%a para *uperarCroo92 Perto do Flu-o

    (adKine2 alioso Amigo

    (dlJn2 o"re(lla2 a ul#er Conita

    Mendra2 a ul#er Gnstru+daBeig#2 Do Prado

    egan2 Forte ou apa1Willa2 O Deseado

    asculinoAldenAldinAldis2 el#o Amigo

    4arKin2 o amarada no ampo de "atal#aMenKaJ2 /ipo negrito na Catal#a/aliesin2 *o"rancel#a Cril#ante

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    Gndra2 Deusa do Poderanda2 Deus do Oculto

    @aimi #avaiano2 O GnvestigadorMala #avaiano2 a Princesa

    Malevi finland!s2 o @er$iPrisca franc!s2 O Ancio@aldis2 (sp+rito de Pedra

    Ramona2 s"ioelda2 4rande *a"edoria

    AlaricAlaric92 RegraAldric#2 Regra *"ia

    Arvin2 o Amigo das PessoasA-el2 o Pai daPa1

    DerKin2 o Amigo dos AnimaisDustin2 o Butador alente

    4arner2 o 4uerreiro 4uardio@ump#reJ2 o @omem de Pa1

    /ate2 AlegreWarren2 o Defensor

    Aponi2 Cor"oletaAKenasa2 in#a asa

    (nola2 *$4a#o2 a e

    Mac#ina2 o Dan%arino *agradoasc#a2 orua

    ia9oda2 Poder da Buaa#imana2 +stico

    Onata#2 Fil#a da /erra*atin9a2 o Dan%arino gico

    /adeKi2 ento/aima2 /rovo

    /uKa2 /erra

    P(/A4RAA, O *=COBO

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    O pentagrama sempre esteve associado com o mistrio e a magia. (le a forma mais simples deestrela, que deve ser tra%ada com uma 8nica lin#a, sendo conseq>entemente c#amado de 3Ba%oGnfinito3.

    A pot!ncia e associa%0es do pentagrama evolu+ram ao longo da #ist$ria. @oe um s+m"oloonipresente entre os neopagos, com muita profundidade mgica e grande significado sim"$lico.

    ORG4(*, RG/O* ( R(HA*)m de seus mais antigos usos se encontra na esopotmia, onde a figura do pentagrama apareciaem inscri%0es reais e sim"oli1ava o poder imperial que se estendia 3aos quatro cantos do mundo3.(ntre os @e"reus, o s+m"olo foi designado como a erdade, para os cinco livros do Pentateuco :oscinco livros do el#o /estamento, atri"u+dos a oiss;. s ve1es incorretamente c#amado de3*elo de *alomo3, sendo, entretanto, usado em paralelo com o @e-agrama.

    a 4rcia Antiga, era con#ecido como Pentalp#a, geometricamente composto de cinco As.Pitgoras, fil$sofo e matemtico grego, grande m+stico e moralista, iniciado nos grandes mistrios,percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorr!ncia, se encontram poss+veis e-plica%0es paraa presen%a do pentagrama, no (gito, na aldia e nas terras ao redor da =ndia. A geometria dopentagrama e suas associa%0es metaf+sicas foram e-ploradas pelos pitag$ricos, que oconsideravam um em"lema de perfei%o. A geometria do pentagrama ficou con#ecida como 3 APropor%o Dourada3, que ao longo da arte p$sel!nica, pEde ser o"servada nos proetos dealguns templos.

    Para os agn$sticos, era o pentagrama a 3(strela Ardente3 e, como a Bua crescente, um s+m"olorelacionado 5 magia e aos mistrios do cu noturno. Para os druidas, era um s+m"olo divino e, no(gito, era o s+m"olo do 8tero da terra, guardando uma rela%o sim"$lica com o conceito da formada pirmide. Os celtas pagos atri"u+am o s+m"olo do pentagrama 5 deusa orrigan.

    Os primeiros cristos relacionavam o pentagrama 5s cinco c#agas de risto e, desde ento, at ostempos medievais, era um s+m"olo cristo . Antes da Gnquisi%o no #avia nen#uma associa%omaligna ao pentagramaL pelo contrrio, era a representa%o da verdade impl+cita, do misticismo

    religioso e do tra"al#o do riador.O imperador onstantino G, depois de gan#ar a auda da Ggrea rist na posse militar e religiosa doGmprio Romano em V6 d.., usou o pentagrama unto com o s+m"olo de c#i&r#o :uma formasim"$lica da cru1;, como seu selo e amuleto. /anto na cele"ra%o anual da (pifania, quecomemora a visita dos tr!s Reis agos ao menino esus, assim como tam"m a misso da Ggreade levar a verdade aos gentios, tiveram como s+m"olo o pentagrama, em"ora em tempos maisrecentes este s+m"olo ten#a sido mudado, como rea%o ao uso neopago do pentagrama.

    (m tempos medievais, o 3Ba%o Gnfinito3 era o s+m"olo da verdade e da prote%o contra demEnios.(ra usado como um amuleto de prote%o pessoal e guardio de portas e anelas.

    Os /emplrios, uma ordem militar de monges formada durante as ru1adas, gan#aram granderique1a e proemin!ncia atravs das doa%0es de todos aqueles que se untavam 5 ordem, e

    ameal#ou tam"m grandes tesouros tra1idos da /erra *anta. a locali1a%o do centro da 3Ordemdos /emplrios3, ao redor de Rennes du #atres, na Fran%a, notvel o"servar um pentagramanatural, quase perfeito, formado pelas montan#as que medem vrios quilEmetros ao redor docentro. @ grande evid!ncia da cria%o de outros alin#amentos geomtricos e-atos dePentagramas como tam"m de um @e-agrama, centrados nesse pentagrama natural, nalocali1a%o de numerosas capelas e santurios nessa rea.

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    (st claro, no que so"rou das constru%0es dos /emplrios, que os arquitetos e pedreirosassociados 5 poderosa ordem con#eciam muito "em a geometria do pentagrama e a 3Propor%oDourada3, incorporando aquele misticismo aos seus proetos.

    (ntretanto, a 3Ordem dos /emplrios3 foi inteiramente di1imada, v+tima da avare1a da Ggrea e deBui1 GT, religioso fantico da Fran%a, em .V7V. Gniciaram&se os tempos negros da Gnquisi%o, dastorturas e falsos&testemun#os, de purgar e queimar, esparramando&se como a repeti%o emcmara&lenta da peste negra, por toda a (uropa.

    Durante o longo per+odo da Gnquisi%o, #avia a promulga%o de muitas mentiras e acusa%0es emdecorr!ncia dos 3interesses3 da ortodo-ia e elimina%o de #eresias. A Ggrea mergul#ou por umlongo per+odo no mesmo dia"olismo ao qual "uscou se opor. O pentagrama foi visto, ento, comosim"oli1ando a ca"e%a de um "ode ou o dia"o, na forma de Cap#omet, e era Cap#omet quem aGnquisi%o acusou os /emplrios de adorar.

    /am"m, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evid!ncia. (rvaspotentes e drogas tra1idas do leste durante as ru1adas, entraram na farmacopia doscurandeiros, dos s"ios e das "ru-as. uras, mortes e mistrios desviaram a aten%o dos

    dominicanos da Gnquisi%o, dos #ereges cristos, para as "ru-as pags e para os s"ios, quetin#am o con#ecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

    Durante a purga%o das "ru-as, outro deus cornudo, como Pan, c#egou a ser comparado com odia"o :um conceito cristo; e o pentagrama & popular s+m"olo de seguran%a & pela primeira ve1 na#ist$ria, foi associado ao mal e c#amado 3P da Cru-a3. As vel#as religi0es e seus s+m"olosca+ram na clandestinidade por medo da persegui%o da Ggrea e l ficaram defin#andogradualmente, durante sculos.

    DO R(A*G(/O A/ @O(As sociedades secretas de artesos e eruditos, que durante a inquisi%o viveram uma verdadeiraparan$ia, reali1ando seus estudos longe dos ol#os da Ggrea, podiam agora com o fim do per+odode trevas da Gnquisi%o, tra1er 5 lu1 o @ermetismo, ci!ncia doutrinaria ligada ao agnosticismo

    surgida no (gito, atri"u+da ao deus /#ot, c#amado pelos gregos de @ermes /rismegisto, e formadaprincipalmente pela associa%o de elementos doutrinrios orientais e neoplatEnicos. ristali1ou&se, ento, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ci!ncia oculta daarte de transmutar metais em ouro. O sim"olismo grfico e geomtrico floresceu, se tornouimportante e, finalmente, o per+odo do Renascimento emergiu, dando in+cio a uma era de lu1 edesenvolvimento.

    )m novo conceito de mundo pEde ser passado para a (uropa renascida, onde o pentagrama:representa%o do n8mero cinco;, significava agora o microcosmo, s+m"olo do @omem Pitag$ricoque aparece como uma figura #umana de "ra%os e pernas a"ertas, parecendo estar disposto emcinco partes em forma de cru1L o @omem Gndividual. A mesma representa%o sim"oli1ava omacrocosmo, o @omem )niversal & dois ei-os, um vertical e outro #ori1ontal, passando por ummesmo centro. )m s+m"olo de ordem e de perfei%o, da erdade Divina. Portanto, 3o que est emcima como o que est em"ai-o3, como durante muito tempo vin#a sendo ensinado nasfilosofias orientais.

    O pentagrama pitag$rico & que se tornou, na (uropa, o de @ermes, gn$stico & no apareceapenas como um s+m"olo de con#ecimento, mas tam"m como um meio de conurar e adquirir opoder. Figuras de Pentagramas eram utili1adas pelos magos para e-ercer seu poder2 e-istiamPentagramas de amor, de m sorte, etc.

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    o calendrio de /Jc#o Cra#e 3aturale agicum Perpetuum3 :bZ6;, novamente aparece a figurado pentagrama com um corpo #umano so"reposto, que foi associado aos elementos. Agripa:@enrJ ornelius on de Agripa ettes#eim;, contemporneo de /Jc#o Cra#e, mostraproporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Bua no ponto

    central :genitlia; da figura #umana. Outras ilustra%0es do mesmo per+odo foram feitas porBeonardo da inci, mostrando as rela%0es geomtricas do @omem com o )niverso.

    ais tarde, o pentagrama veio sim"oli1ar a rela%o da ca"e%a para os quatro mem"ros econseq>entemente da pura ess!ncia concentrada de qualquer coisa, ou o esp+rito para os quatroelementos tradicionais2 terra, gua, ar e fogo & o esp+rito representado pela quinta ess!ncia :a3Quinta (ss!ncia3 dos alquimistas e agn$sticos;.

    a a%onaria, o #omem microc$smico era associado com o Pentalp#a :a estrela de cinco pontas;.O s+m"olo era usado entrela%ado e perpendicular ao trono do mestre da loa. As propriedades eestruturas geomtricas do 3Ba%o Gnfinito3 foram sim"olicamente incorporadas aos \6 graus doompasso & o em"lema ma%Enico da virtude e do dever.

    en#uma ilustra%o con#ecida associando o pentagrama com o mal aparece at o *culo TGT.(lip#as Bevi :Alp#onse Bouis onstant; ilustra o pentagrama vertical do #omem microc$smico aolado de um pentagrama invertido, com a ca"e%a do "ode de Cap#omet : figura pante+sta e mgicado a"soluto;. (m decorr!ncia dessa ilustra%o e ustaposi%o, a figura do pentagrama, foi levada

    ao conceito do "em e do mal.ontra o racionalismo do *culo TGGG, so"reveio uma rea%o no *culo TGT, com o crescimento deum misticismo novo que muito deve 5 *anta a"ala, tradi%o antiga do uda+smo, que relaciona acosmogonia de Deus e universo 5 moral e verdades ocultas, e sua rela%o com o #omem. o tanto uma religio mas, sim, um sistema filos$fico de compreenso fundamentado numsim"olismo numrico e alfa"tico, relacionando palavras e conceitos.

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    (lip#as Bevi foi um e-positor profundo da a"ala e instrumentou o camin#o para a a"ertura dediversas loas de tradi%o #ermtica no ocidente2 a 3Ordem /emporale Orientalis3 :O/O;, a 3Ordem@ermtica do Aman#ecer Dourado3 :4olden DaKn;, a 3*ociedade /eos$fica3, os 3Rosacru1es3, emuitas outras, inclusive as modernas Boas e tradi%0es da a%onaria.

    Bevi, entre outras o"ras, utili1ou o /arot como um poderoso sistema de imagens sim"$licas, quese relacionavam de perto com a a"ala. Foi Bevi tam"m quem criou o /etragrammaton & ou sea, opentagrama com inscri%0es ca"al+sticas, que e-prime o dom+nio do esp+rito so"re os elementos, e por este signo que se invocavam, em rituais mgicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, asondinas da gua e os gnomos da terra3 :3Dogma e Ritual da Alta agia 3de (lip#as Bevi;.

    A 4olden DaKn, em seu per+odo ureo :de ZZZ at o come%o da primeira guerra mundial;, muitocontri"uiu para a dissemina%o das ra+1es da a"ala @ermtica moderna ao redor do mundo e,atravs de escritos e tra"al#os de vrios de seus mem"ros, principalmente Aleister roKleJ,surgiram algumas das idias mais importantes da filosofia e da mgica da moderna a"ala.

    (m torno de _7, 4erald 4ardner adotou o pentagrama vertical, como um s+m"olo usado emrituais pagos. (ra tam"m o pentagrama desen#ado nos altares dos rituais, sim"oli1ando os tr!s

    aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, ento, a nova religio de Wicca. Porvolta de Y7, o pentagrama retomou for%a como poderoso talism, untamente com o crescenteinteresse popular em "ru-aria e Wicca, e a pu"lica%o de muitos livros :incluindo vrios romances;so"re o assunto, ocasionando uma decorrente rea%o da Ggrea, preocupada com esta nova for%aemergente.

    )m dos aspectos e-tremos dessa rea%o foi causado pelo esta"elecimento do culto satnico & 3AGgrea de *atans3 & por Anton Ba aJ. omo em"lema de sua igrea, Ba aJ adotou o pentagramainvertido :inspirado na figura de Cap#omet de (lip#as Bevi;. Gsso agravou com grande intensidadea rea%o da Ggrea rist, que transformou o s+m"olo sagrado do pentagrama, invertido ou no, ems+m"olo do dia"o.

    A configura%o da estrela de cinco pontas, em posi%0es distintas, trou-e vrios conceitossim"$licos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopagos, a conceitosde magia "ranca ou magia negra. (sse fato ocasionou a forma%o de um forte c$digo de tica deWicca & que tra1ia como preceito "sico2 3o desees ou fa%as ao pr$-imo, o que no quiseresque volte para v$s, com tr!s ve1es mais for%a daquela que deseaste.3

    Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religio Wicca, dasutili1a%0es feitas pelo satanismo, principalmente nos (stados )nidos, onde os cristosfundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse"ru-aria e o s+m"olo do pentagrama, alguns Wiccanianos se colocaram contrrios ao uso destes+m"olo, como forma de se protegerem contra a discrimina%o esta"elecida por grupos religiososradicais.

    Apesar de todas as comple-idades ocasionadas atravs dos diversos usos do pentagrama, ele setornou firmemente um s+m"olo indicador de prote%o, ocultismo e perfei%o. *uas mais variadas

    formas e associa%0es em muito evolu+ram ao longo da #ist$ria e se mant!m com toda a suaonipresen%a, significado e sim"olismo, at os dias de #oe

    G. RG/O D( ADORAHIO ( GOAHIO 4RAD( D()*AO Ritual da Bua #eia um forte, que nos coloca em sintonia com a 4rande e.

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    oc! vai precisar2

    & duas velas "rancas & um sino & vin#o & )ma /a%a

    /race o +rculo gico. De frente ao seu altar diga2

    N(*/A A POA DA B)A @(GA, ) O(/O D( 4RAD( POD(R PO*G/GO, ) O(/OD( F(BGGDAD( ( OQ)G*/A.

    *O) (), *() FGB@O, Q)( ( AOR ( ADORAHIO, (*/O) DGA/( D( /G ( OO *() FGB@O /GP(HO Q)( (*/(A OG4O A4ORA ( *(PR(

    P(RG/A&( *(/GR *)A PR(*(HA, (*/A OG/( D( A4GA ( POD(R, ( GADGDO ( (PR((@(DO. 3

    ao leste com o sino. toque&o uma ve1 e diga2

    NPOD(R(* DO AR, A)TGBG(&( A *(/GR A FORHA DA *(@ORA D(/RO D( G@A (/(. 3

    ao sul. toque&o sino e diga

    3POD(R(* DO FO4O, D(GT(&( *(/GR A FORHA DA *(@ORA D(/RO D( () (*P=RG/OGFGG/O. 3

    ao oeste. toque o sino e diga2

    3POD(R(* DA

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    RG/)AB PARA O *A@AGBem"re&se2

    & (ste apenas uma sugesto, so"re ele voc! pode se "asear para criar seu pr$prio ritual. O que,sem som"ra de d8vida, muito legal...dar seu toque pessoal. oc! pode tam"m adapt&lo parafa1er com vrias pessoas.

    & *e estiver acompan#ado com outras pessoas e-plique sem que ten#a conota%o catequi1adoraso"re o significado e o que far. Gntegre as pessoas no ritual muito c#ato fa1ermos coisas semsa"ermos ao certo o que estamos fa1endo. AO* B

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    Nh *

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    Algumas pessoas come%am o c+rculo pelo Beste, mas eu prefiro a maneira elta e sempre come%opelo orte. a /radi%o elta, o orte sagrado, pois pelo orte que o guerreiro entra no c+rculodo con#ecimento, e foi pelo orte da /erra que os eltas vieram para a (uropa. )ma forma detra%ar o c+rculo di1er2 3Pelo Poder da Deusa e do Deus, pelos 4uardi0es dos Quatro Quadrantes,

    eu tra%o este +rculo *agrado. Deste espa%o nen#um al sair, e nele nen#um al poder entrar'3*e voc! quiser, pode para em cada Quadrante e convidar os (lementais para entrar no c+rculo.Antes de iniciarmos o ritual, o lugar em que ser tra%ado o +rculo deve ser varrido com aassoura para eliminar qualquer negatividade. esmo assim, devemos evitar fa1er rituais emlocais negativos. a maioria das ve1es, o +rculo tra%ado no sentido #orrio durante os *a"s eno sentido antiorrio para os Feiti%os, em especial nos tra"al#os para se "anir energia negativas.Dentro do +rculo deve #aver um s+m"olo em cada Quadrante representando os Quatro (lementos2

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    c#apus pontudos. uitos di1em que essa forma au-ilia a capta%o de poder, como acontece naspirmides. *e voc! quiser testar s$ fa1er uns c#apus em forma de cone para o seu grupo. *eno audar em nada, pelo menos "em divertido' j a"e 5 sacerdotisa perce"er quando o n+vel deenergia atingiu um n+vel satisfat$rio. (nto, ela ergue os "ra%os e todos imitam o seu movimento,

    lan%ando o one em dire%o ao )niverso, para que seus o"etivos seam reali1ados. j Depois deenviado o one, todos devem entrar numa fase de rela-amento, onde se pode dan%ar, ler poesiasou simplesmente partir para os Colos e in#o. (sse compartil#ar de alimentos uma das partesmais importantes do Ritual, pois atravs da sua Alegria que voc! fa1 a verdadeira omun#o comos Deuses. j O Ritual no deve ter muitas formas r+gidas. cada um deve criar a sua pr$pria forma dec#amar os Deuses. o se desespere caso voc! gaguee ou esque%a aquele "elo ritual decorado.D! umas "oas risada e v em frente' j *e voc! no tem senso de #umor, esque%a a Wicca, poisvoc! nunca ser uma Cru-a' j Gsto no quer di1er que voc! possa entrar no +rculo para fa1erpal#a%adas, sem nen#um respeito aos Deuses. A Cru-aria tem seus momentos de descontra%o eseriedade. a"e a voc! sa"er diferenciar as situa%0es. j Quando o grupo decidir terminar o Ritual,as pessoas que evocaram os Deuses devem agradec!&los e se despedir. A mesma pessoa quetra%ou o c+rculo deve a"ri&lo, fa1endo o tra%ado no sentido oposto ao que foi tra%ado, e tam"mdeve se despedir de todas as entidades que foram convidadas e agradecer sua auda, di1endo2 3&Pelo Amor do Deus e da Deusa, pelos 4uardi0es dos Quatro Quadrantes, eu a"ro este +rculo*agrado. (le est A"erto, mas no Que"rado. Que ele sea enviado ao )niverso.3 j Feli1 encontro,feli1 partida, feli1 encontro novamente. Que assim sea, para o Cem de /odos'

    muito importante a criatividade nos Rituais. (les no devem ser interrompidos, e, salvo em casode necessidade, nen#um mem"ro deve sair do +rculo at o final. *e isso tiver que ser feito, deve&se pular a assoura para no que"r&lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de A"ertura ter queser feito novamente. Quem tiver algum pro"lema de sa8de no deve participar dos Rituais. *ealguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do +rculo. 4rvidas, pessoas idosas oumuito ovens devem ter cuidados especiais. Pode&se iniciar as pessoas no oven a partir dos Vanos, ou, no caso das meninas, ap$s a primeira menstrua%o. o comum crian%as pequenasnos Rituais, mas elas podem participar de alguns Rituais em fam+lia. Para os que t!m fil#os, aconsel#vel que se criem Rituais leves para que as crian%as con#e%am os Deuses e desenvolvamseu Amor pela ature1a. )m e-emplo seria criar um Ritual simples para que as crian%as

    consagrassem um ardim ou pedissem aos Deuses prote%o para seus "ic#in#os de estima%o. ACru-a *olitria deve seguir os mesmos passos dados acima, com a diferen%a de que ela mesmaconsagrar o in#o e dan%ar em volta do aldeiro para formar o one do Poder. o sepreocupe, pois voc!, desde que ten#a a necessria concentra%o, poder formar um one doPoder to "om quanto um grupo de vrias pessoas, especialmente se elas no estiverem emsintonia. o final do curso dado o Ritual de Auto&Gnicia%o, que serve de "ase para a cria%opessoal. se a pessoa estiver sendo iniciada num oven, ela deve ser tra1ida para dentro do +rculoe iniciada pela *acerdotisa ou *acerdote. far os mesmos votos dados na Auto&Gnicia%o, eprometer nunca revelar os nomes mgicos de seus compan#eiros do oven. (m muitos ovens,a pessoa apresentada aos Quatro Quadrantes, enquanto a *acerdotisa desen#a com o dedo umPentagrama em sua testa e em seu cora%o. (nto, a pessoa revela seu ome gico para o ovene rece"e seu At#ame, seu Pentagrama e outros s+m"olos do oven. ada grupo deve criar seupr$prio Ritual de Gnicia%o, mas procurando evitar coisas como vendar os ol#os, amarrar ou

    encostar o Pun#al no peito das pessoas, pois eu, por e-peri!ncia pr$pria, sei que isso "astantedesagradvel. O Ritual de Gnicia%o uma ocasio festiva e no um trote de faculdade' Depois deGniciada, a pessoa passar por um per+odo de )m Ano e )m Dia de estudos para depois confirmarseus votos. *e, em algum momento, ela decidir dei-ar o oven, poder fa1!&lo sem sofrerpress0es, amea%as ou maldi%0es. O oven no poder fa1er com que ningum ure coisasa"surdas nem interferir na vida particular de seus mem"ros' Gsto no ca"e dentro da Wicca, e s$

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    pessoas desequili"radas agem dessa forma' /odas as pend!ncias devem ser resolvidas durante os(s"as, de maneira amigvel, e nunca durante os Rituais. /oda Cru-a deve ter a sua vida solitriafora do oven, sendo que este no deve se responsa"ili1ar ou intrometer nessas atividades. Ooven no pode e-igir din#eiro para que as pessoas seam iniciadas ou assistam aos rituais, mas

    l+cito que os mem"ros contri"uam para a manuten%o do grupo e co"rem por servi%os comocursos, palestras, atendimento atravs de orculos, etc., visto que o grupo sempre precisar defundos para se manter, funcionando como uma cooperativa.

    /odo Ritual que no sea de adora%o, isto , que sea feito para se alcan%ar um prop$sito oureali1ar algum deseo c#amado Feiti%o ou (ncantamento, sendo uma das partes mais procuradasda aprendi1agem. (m seguida, ensinarei alguns.

    Quase todos os deseos e pro"lemas #umanos encontram solu%0es nos feiti%os. Dentro da Wiccano se fa1 agia egra, pois acreditamos que tudo o que fi1ermos voltar para n$s multiplicadopor tr!s' A agia egra no s$ aquela em que se desea o al para outras pessoas, ou Rituaiscom o uso de *angue e *acrif+cios. agia egra tam"m pode ser interferir no Bivre Ar"+trio deoutras pessoas. Gsto acontece muito em Feiti%os de Amor, pois vrias pessoas me pedem para secasar com determinada mul#er, ou para o marido voltar, ou fa1er a fil#a largar daquele namorado

    esquisito' Parece&me que essas pessoas no t!m a menor preocupa%o com a vontade al#eia. Paraa triste1a das 3mes "em&intencionadas3, suas fil#as t!m o direito de