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Campanha Nacional de Segurança e
Saúde para os Trabalhadores Temporários Programa Enquadrador
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
.
AUTOR ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho
COMPOSIÇÃO DID – Divisão de Informação e Documentação EDITOR ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho EDIÇÃO Lisboa, maio de 2016
Catalogação Recomendada
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários: programa enquadrador - Lisboa: ACT, 2016. – 25 p., 29,7 cm
Segurança e Saúde no Trabalho/Prevenção de riscos profissionais/Dados
estatísticos/Acidentes de trabalho/trabalho temporário/Condições de
trabalho/Avaliação do risco/Campanhas de segurança e higiene/Portugal
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
1
Índice
Introdução ................................................................................................................... 2
1.1. Caraterização socioeconómica do setor do trabalho temporário............................ 5
1.1.1. O impacto do trabalho temporário na economia nacional ................................... 6
1.1.2. A importância da prevenção de riscos profissionais ........................................... 6
1.1.3. O trabalho temporário e a ação inspetiva – anos 2014 e 2015 ........................... 8
2. O diálogo social e a concertação estratégica .......................................................... 10
3. A Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários . 11
3.1. A oportunidade da iniciativa ................................................................................ 11
3.2. Objetivos ............................................................................................................. 12
4. Organização e desenvolvimento ............................................................................. 13
4.2. Âmbito ................................................................................................................ 13
4.3.Destinatários e setores de atividade .................................................................... 13
4.4. Desenvolvimento ................................................................................................. 14
4.5. Avaliação ............................................................................................................. 14
5. Cronograma das atividades: ................................................................................... 15
6. Programa de ação .................................................................................................. 16
Anexos ....................................................................................................................... 17
Subprograma 1 - Promoção da Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os
Trabalhadores Temporários........................................................................................ 18
Subprograma 2 – Informação, sensibilização e educação .......................................... 21
Subprograma 3 - Formação ........................................................................................ 24
Resumo ...................................................................................................................... 25
Résumé ...................................................................................................................... 25
Abstract ..................................................................................................................... 25
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
2
Introdução
O trabalho temporário assume um papel cada vez mais relevante no mercado de trabalho.
De facto, na última década, o número de trabalhadores temporários na Europa aumentou
devido ao alargamento da UE que passou a incluir novos mercados na Europa Central e
Oriental, e devido às mudanças na regulamentação em países como a Itália, a Alemanha e os
países nórdicos.
O trabalho temporário responde não só às necessidades de flexibilidade das empresas, mas
também à necessidade de os trabalhadores conciliarem a vida privada e profissional. Contribui
deste modo para a criação de empregos, bem como para a participação e inserção no mercado
de trabalho.1
Em Portugal existem cerca de 218 empresas de trabalho temporário licenciadas2, distribuídas da
seguinte forma:
1 Diretiva 2008/104/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de novembro de 2008 – ponto (11)
2 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP (dados atualizados em 16.03.2016)
Região N.º de ETT’s Licenciadas
Norte 81
Centro 16
Lisboa e Vale do Tejo 105
Alentejo 7
Algarve 9
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
3
O trabalho temporário estabelece-se numa relação triangular em que a posição contratual da
entidade empregadora é partilhada entre a Empresa de Trabalho Temporário3 (ETT) que
contrata, remunera e exerce o poder disciplinar sobre o trabalhador e um cliente utilizador –
empresa utilizadora4 (EUTT), que dá e recebe o trabalho de um trabalhador que não pertence
aos seus quadros, mas sobre quem exerce poderes de direção e fiscalização.
A promoção da saúde e segurança no trabalho deve traduzir-se numa intervenção global e
integrada, envolvendo todos os setores e todas as dimensões da empresa e os seus
trabalhadores.
A Diretiva 91/383/CEE do Conselho de 25 de junho de 1991 veio completar a aplicação de
medidas tendentes a promover a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores que têm
uma relação de trabalho a termo ou uma relação de trabalho temporário, tendo como objetivo
assegurar que estes trabalhadores beneficiem, em matéria de segurança e saúde no trabalho,
do mesmo nível de proteção de que beneficiam os outros trabalhadores da empresa e/ou do
estabelecimento utilizadores.5
Por sua vez, a Diretiva 2008/104/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de novembro
de 2008 veio estabelecer um quadro de proteção para os trabalhadores temporários que se
caracteriza pela não discriminação, pela transparência e proporcionalidade, sem deixar de
respeitar a diversidade dos mercados de trabalho e das relações laborais.
Na verdade, as condições fundamentais de trabalho e de emprego aplicáveis aos trabalhadores
temporários deverão ser as que seriam aplicáveis a esses trabalhadores se tivessem sido
recrutados pelo utilizador para ocupar uma função idêntica.
Reconhecendo-se que os riscos profissionais são variáveis, que decorrem do modo concreto
como a prestação do trabalho é organizada, a promoção da saúde e segurança dos
trabalhadores deve desenvolver-se, de forma sustentada em obediência aos princípios gerais de
prevenção:
a) Evitar os riscos;
3 Pessoa singular ou coletiva cuja atividade consiste na cedência temporária a utilizadores da atividade de trabalhadores
que, para esse efeito, admite e retribui.
4 Pessoa singular ou coletiva, com ou sem fins lucrativos que ocupa, sob a sua autoridade e direção, trabalhadores
cedidos por uma empresa de trabalho temporário.
5 Artigo 2º da Diretiva 91/383/CEE do Conselho de 25 de junho de 1991
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
4
b) Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a evolução técnica, a
organização do trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos
fatores ambientais;
c) Identificar os riscos previsíveis em todas as atividades da empresa, estabelecimento ou
serviço, na conceção ou construção de instalações, de locais e processos de trabalho,
assim como na seleção de equipamentos, substâncias e produtos, com vista à eliminação
dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução seus efeitos;
d) Integrar a avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no conjunto
das atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as medidas
adequadas de proteção;
e) Combater os riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar
os níveis de proteção;
f) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e
biológicos e aos fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e
saúde do trabalhador;
g) Adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos postos de
trabalho, à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho e produção,
com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo e
reduzir os riscos psicossociais;
h) Adaptar-se ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização
do trabalho;
i) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
j) Priorizar as medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção individual;
k) Elaborar e divulgar instruções compreensíveis e adequadas à atividade desenvolvida pelo
trabalhador.
O trabalho digno em todos os locais de trabalho, enquanto conceito agregador de princípios
fundamentais no trabalho e no emprego, constitui um dos eixos estratégicos da atividade
inspetiva da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), no qual se salienta o seu
contributo para a proteção de direitos e garantias a todos os trabalhadores, o que justifica,
dada a atipicidade desta forma de contratação, um especial enfoque nos trabalhadores
temporários.
O recurso crescente a esta forma de contratação, constitui a razão pela qual a ACT se propõe
promover, em 2016, uma Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários.
As atividades a desenvolver serão da responsabilidade da ACT, da ACT em parceria com outras
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
5
entidades e de outras entidades – parceiros sociais, parceiros institucionais.
Contudo, a intervenção inspetiva será da competência exclusiva da ACT.
1.1. Caraterização socioeconómica do setor do trabalho
temporário
Em 2014 o trabalho temporário empregou cerca de 25.8 milhões de pessoas nos países da
União Europeia (UE).6
A extensão do recurso ao trabalho temporário varia consoante o contexto económico, setorial e
geográfico.
O papel desempenhado pelo trabalho temporário como forma de atrair pessoas para o mundo
do trabalho e de reduzir o desemprego, bem como, de dar apoio ao acesso ao mercado de
trabalho (especialmente) para grupos-alvo específicos tem sido importante na adoção de
regulamentação neste setor, no contexto das reformas do mercado laboral a nível europeu e
nacional. Como se sublinha no preâmbulo da diretiva da UE sobre o trabalho temporário, esta
forma de emprego “(…) responde não apenas às necessidades das empresas em termos de
flexibilidade mas também às necessidades dos trabalhadores de conciliação das vidas
profissionais e privadas. Assim, contribui para a criação de emprego e para a participação e
integração no mercado de trabalho”.7
A UE está profundamente empenhada em ultrapassar a crise e em criar condições conducentes
a uma economia mais competitiva e criadora de emprego. Um dos cinco grandes objetivos da
UE para 2020 é, ao nível do emprego, no sentido de aumentar em 75% a taxa de emprego na
faixa etária dos 20-64 anos8.
E porque os trabalhadores temporários poderão dar um contributo positivo para tal objetivo, há
que garantir que a estes são dadas as mesmas condições de segurança e saúde que aos
(outros) trabalhadores da empresa utilizadora de trabalho temporário.
É neste sentido que se enquadra a presente Campanha Nacional, com vista a garantir a
igualdade em matéria de segurança e saúde no trabalho dos trabalhadores temporários e dos
6 Fonte: Eurostat, 2014
7 Diretiva 2008/104/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de novembro de 2008 sobre o trabalho temporário,
preâmbulo, considerando 11.
8 Estratégia da União Europeia para o Emprego e o Crescimento – Europa 2020 (Comunicação da Comissão de 3/3/2010
- COM (2010) 2020 final)
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
6
trabalhadores das empresas utilizadoras e a consequente melhoria e promoção das condições de
segurança e saúde dos trabalhadores temporários.
1.1.1. O impacto do trabalho temporário na economia
nacional
Não existem indicadores rigorosos que permitam traduzir a dimensão exata do recurso a esta
forma de contratação.
No entanto, segundo o estudo - setores Portugal “Trabalho Temporário” - publicado pela
Informa D&B, a faturação agregada das empresas portuguesas de trabalho temporário registou
em 2014, num contexto de recuperação do emprego, um aumento de 4,5%, após vários anos
de fortes quebras. Assim, o volume de negócios destas empresas situou-se perto dos 910
milhões de euros.
As previsões para o biénio 2015/16 apontam para um prolongamento da tendência de
crescimento da faturação sectorial. Para 2015, estima-se um aumento das receitas de perto de
7%.
1.1.2. A importância da prevenção de riscos profissionais
O referencial da OIT – Organização Internacional do Trabalho sobre “Políticas e Estratégias para
2010-2015”9, que serve de base ao atual plano de ação da OIT para o período de 2010-201610
e que tem por objetivo melhorar a situação da segurança e saúde do trabalho em todo o
mundo, incentivando os responsáveis para a tomada de decisões e elaboração e aplicação de
políticas e programas de ação nacionais que visam introduzir melhorias no sistema nacional de
saúde e segurança do trabalho, por forma a alcançar o maior grau de efetividade das normas
internacionais aplicáveis produzidas pela OIT.
A atual abordagem da prevenção de riscos convoca a segurança e saúde nos locais de trabalho
para o domínio da gestão global das empresas. Prevenir é integrar a abordagem preventiva nos
demais domínios de intervenção da empresa e visa, em primeira linha, eliminar os riscos
profissionais.
Esta abordagem caracteriza-se essencialmente por:
9 Adotado pelo Conselho de Administração da OIT na sua 304.ª sessão, em março de 2009
10 Adotado pelo Conselho de Administração da OIT na sua 307.ª sessão, em março de 2010
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
7
afirmar que a prevenção deve ter em conta a evolução das tecnologias e ser
desenvolvida segundo os princípios gerais de prevenção;
incidir sobre as concretas atividades de trabalho e de produção;
valorizar a participação dos trabalhadores;
atender a todos os fatores de risco e à interação dos riscos entre si;
prever a intervenção na fase de conceção e na organização do trabalho; e, dadas as
características enunciadas, basear-se em processos de melhoria contínua.
Neste modelo de gestão, a participação dos trabalhadores, enquanto atores da prevenção,
assume uma dimensão essencial, não só quanto ao envolvimento nos domínios da informação e
da formação, mas fundamentalmente no campo da consulta e da cooperação nas atividades da
prevenção.
A função da prevenção dos riscos profissionais emerge, assim, como dimensão estratégica da
gestão empresarial.
No mesmo sentido, a Convenção nº 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre
a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores11, a respetiva Recomendação n.º 164, ambas de
1981 e o Protocolo de 200212, bem como a Convenção n.º 161 e Recomendação n.º 171, ambas
de 1985, sobre os Serviços de Saúde Ocupacional, puseram em evidência a relação entre o
homem e o trabalho, materializada na abordagem das questões suscitadas pela organização do
trabalho, no desenvolvimento da ergonomia no trabalho, no incremento de novas e melhores
relações sociais e no desenvolvimento de sistemas de gestão da prevenção dos riscos
profissionais.
O acesso ao conhecimento sobre os riscos de que os trabalhadores temporários podem ser alvo,
sobre o modo de os proteger e sobre a eficácia das medidas aplicadas é uma condição
necessária a um processo consciente de cooperação e a um resultado consciente de
autorregulação (Roxo, 2011).
Daí a importância de, antes da cedência do trabalhador temporário, o utilizador ter de informar,
por escrito, a empresa de trabalho temporário sobre os resultados da avaliação dos riscos para
a segurança e saúde do trabalhador temporário inerentes ao posto de trabalho a que vai ser
afeto ao que acresce, em caso de riscos elevados relativos a posto de trabalho particularmente
perigoso, a informação sobre a necessidade de qualificação profissional adequada e de vigilância
médica especial.
11 Ratificada pelo Decreto do Governo nº 1/85, de 16 de janeiro.
12 Ratificado pelo Decreto do Presidente da República nº 104/2010, de 25 de outubro.
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
8
Posteriormente, mas antes da cedência ao utilizador, deverá ser comunicada ao trabalhador
temporário, por escrito, a informação relativa aos riscos profissionais inerentes ao posto de
trabalho onde irá desempenhar funções.
1.1.3. O trabalho temporário e a ação inspetiva – anos
201413 e 201514
O exercício da ação inspetiva, no último biénio, em matéria de trabalho temporário, incidiu,
entre outras matérias, sobre o fundamento, duração e sucessão dos contratos de trabalho
temporário em correlação com os contratos de utilização de trabalho temporário; condições de
trabalho dos trabalhadores temporários em matéria de segurança e saúde, nomeadamente por
referência ao estatuto dos trabalhadores da empresa utilizadora.
13 Fonte: Relatório de Atividades ACT - 2014
14 Fonte: SINAI (provisório)
2014 2015
H M H M
Trabalhadores temporários beneficiários das
ações inspetivas 3.186 1.999 2.521 1.641
Procedimentos inspetivos 2014 2015
Advertências 13 49
Autos de Notícia 64 54
Moldura Sancionatória mínima € 238.560,00 € 94.017,17
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
9
Também os acidentes de trabalho e as doenças profissionais constituem um indicador expresso
da existência de disfunções nos locais de trabalho e nas respetivas envolventes (tendo sempre
presente que os trabalhadores temporários desenvolvem a sua atividade numa empresa
utilizadora), o que, por vezes, dificulta a implementação e desenvolvimento de uma cultura de
prevenção de riscos profissionais.
15 Dados relativos ao 1º semestre do ano de 2015
Nº de DP’s notificadas em
trabalhadores temporários 2014 2015
Incapacidades permanentes parciais 6 315
Doenças profissionais sem incapacidade 2 0
Nº de AT’s com trabalhadores
temporários comunicados à ACT Mortais Graves Total
Ano/2014 3 15 18
Ano/2015 2 16 18
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
10
2. O diálogo social e a concertação estratégica
O trabalho temporário estabelece-se numa dialética complexa, protagonizada por três sujeitos –
o trabalhador temporário, a empresa de trabalho temporário e a empresa utilizadora, dando azo
a um modelo de vínculo laboral tripartido que, enquanto tal, foge ao paradigma clássico da
relação de trabalho.
Face a esta complexidade, com obrigações repartidas por ambas as empresas (de trabalho
temporário e utilizadora), há que garantir que, quer os pressupostos da contratação, quer as
condições de trabalho dos trabalhadores temporários, ao nível das relações laborais e de
segurança e saúde são cumpridas.
A ACT – enquanto serviço do Estado para fomentar parcerias na sociedade, com vista ao
desenvolvimento de relações tendentes à melhoria das condições de trabalho – implementou
uma metodologia de abordagem, através da realização de campanhas temáticas em cooperação
com os atores sociais relevantes para as finalidades prosseguidas.
Nesse sentido, e com o objetivo do reforço da efetividade do direito e da dissuasão do
incumprimento, entende-se de grande relevância envolver os parceiros sociais e os parceiros
institucionais nesta Campanha Nacional.
Assim, identificam-se como parceiros sociais a envolver:
União Geral de Trabalhadores (UGT)
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP);
Confederação Empresarial de Portugal (CIP);
Confederação do Turismo Português (CTP);
Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Como Associação setorial a envolver identifica-se:
A Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos
Humanos (APESPE RH).
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
11
3. A Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os
Trabalhadores Temporários
3.1. A oportunidade da iniciativa
A ACT é o organismo responsável pelo controlo e pela promoção do cumprimento da legislação
em matérias de relações laborais e de segurança e saúde no trabalho.
Importa atentar na especificidade do regime do trabalho temporário, reconhecendo-lhe alguns
aspetos diferenciadores, nomeadamente o seu modelo relacional tripartido com obrigações para
com o trabalhador temporário partilhadas entre a empresa de trabalho temporário e a empresa
utilizadora e assente num regime jurídico com regras bem definidas mas que nem sempre são
cumpridas.
Esta Campanha visa, assim, enquadrar e dinamizar um conjunto de medidas de combate a
situações irregulares de trabalho temporário, projetando para o ano de 2016 uma Campanha
Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários, alicerçado numa
abordagem integrada - uma Campanha de informação/sensibilização, formação e divulgação,
bem como, de intervenção inspetiva – e abrangente, com vista à efetiva melhoria das condições
de trabalho dos trabalhadores temporários.
Espera-se que, com a execução desta Campanha Nacional, se prossigam as seguintes
finalidades:
Posicionar os parceiros sociais como atores dinamizadores da mudança;
Envolver os parceiros institucionais com competências que se cruzam nesta matéria;
Promover a melhoria das condições de trabalho e de segurança e saúde no trabalho dos
trabalhadores temporários;
Promover e implementar a divulgação de boas práticas nesta atividade do trabalho
temporário.
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
12
3.2. Objetivos
Esta Campanha, inserida no Plano de Atividades da ACT/2016, tem como objetivos
estratégicos:
a melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores temporários em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
a dinamização de uma cultura de segurança nos locais de trabalho;
a promoção de locais de trabalho seguros e saudáveis;
a redução da sinistralidade laboral.
Estes objetivos estratégicos consubstanciam-se numa finalidade de regularização de situações
irregulares dos trabalhadores temporários direcionando-se para os seguintes objetivos
operacionais:
a) Informar e sensibilizar os agentes do mercado laboral sobre as obrigações existentes no
regime do trabalho temporário, promovendo o seu cumprimento;
b) Reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário;
c) Promover a avaliação de riscos dos locais de trabalho;
d) Garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos restantes
trabalhadores das empresas utilizadoras, nomeadamente em matéria de segurança e
saúde no trabalho;
e) Informar e formar os trabalhadores temporários em matéria de segurança e saúde;
f) Promover a participação das empresas prestadoras de serviços externos de SST, bem
como técnicos de segurança no trabalho e médicos do trabalho na disseminação da
informação na avaliação de riscos nos locais de trabalho e na vigilância da saúde dos
trabalhadores temporários;
g) Promover uma cultura de segurança e saúde no trabalho em ETT’s e EUTT´s.
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
13
4. Organização e desenvolvimento
4.1. Coordenação
A coordenação da Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários será assumida pela ACT.
Um mecanismo de participação integrado pelos parceiros sociais envolvidos na atividade do
trabalho temporário permitirá apoiar as atividades de conceção, acompanhamento e avaliação
das atividades desenvolvidas na Campanha.
4.2. Âmbito
As atividades da Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários
serão desenvolvidas em todo o território nacional continental, com o envolvimento dos serviços
desconcentrados da ACT.
A execução da Campanha decorrerá durante o ano de 2016.
4.3.Destinatários e setores de atividade
Os destinatários da Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários são os trabalhadores temporários – e seus representantes -; as empresas de
trabalho temporário e as empresas utilizadoras e seus representantes, em vários setores de
atividade.
A Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários irá incidir nas
empresas de trabalho temporário e, ao nível das empresas utilizadoras incidirá nos seguintes
setores de atividade: call-centers; indústria transformadora; transportes/logística; agricultura
e construção civil ou outro sector que entretanto também se julgue pertinente durante a
Campanha.
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
14
4.4. Desenvolvimento
A Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários estrutura-se
em 3 eixos de atuação:
Informação/Sensibilização/Formação;
Promoção e implementação de boas práticas;
Intervenção inspetiva (ACT).
As atividades a desenvolver serão da responsabilidade da ACT, da ACT em parceria com outras
entidades e de outras entidades – parceiros sociais, parceiros institucionais.
Contudo, a intervenção inspetiva será da competência exclusiva da ACT.
O envolvimento dos parceiros sociais será consubstanciado na assinatura de um Protocolo com
a ACT que evidenciará o seu compromisso com a Campanha Nacional e definirá as formas de
participação no desenvolvimento do mesmo e os mecanismos de acompanhamento,
designadamente a constituição de uma comissão de acompanhamento com funções consultivas
e de composição tripartida.
A atividade desenvolvida será enquadrada no Programa de Ação em anexo.
A sessão de lançamento da Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários ocorrerá em 21 de abril/2016.
4.5. Avaliação
Depois de terminada, a Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores
Temporários será objeto de avaliação, o que deverá acontecer em março de 2017.
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
15
5. Cronograma das atividades
ACTIVIDADES
2016 2017
fevere
iro
março
ab
ril
maio
jun
ho
julh
o
ag
osto
Sete
mb
ro
ou
tub
ro
no
vem
bro
dezem
bro
jan
eir
o
fevere
iro
março
Envolvimento de parceiros sociais –
contactos e Protocolos
Envolvimento dos parceiros institucionais
Elaboração de suportes de comunicação
Seminário de Lançamento do Campanha
Nacional
Dinamização/apoio a Seminários, workshops,
ações de informação e sensibilização
Formação de trabalhadores e dirigentes da
ACT
Ações inspetivas
Avaliação da Campanha Nacional
Seminário de Encerramento
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
16
6. Programa de ação
Subprograma Designação Indicador(es) de avaliação Metas
Subprograma 1 Promoção da Campanha Nacional
Ação 1.1 Seminário de
lançamento da
Campanha Nacional
N.º de participantes 150
N.º entidades/empresas presentes 100
Ação 1.2 Instrumentos de
promoção da
Campanha Nacional
N.º de instrumentos produzidos 10
N.º de instrumentos descarregados 1.000
Variedade da tipologia de instrumentos
produzidos (website; monofolhas;
Posters; Wallpappers, …)
10
Ação 1.3 Seminário de
encerramento da
Campanha Nacional
N.º de participantes 300
N.º entidades/empresas presentes 218
Subprograma 2 Informação, sensibilização e educação
Ação 2.1 Instrumentos de
divulgação
N.º de instrumentos produzidos 7
N.º de instrumentos distribuídos
(formato papel)
1.500
N.º de instrumentos descarregados
(formato eletrónico)
2.000
Ação 2.2
Sensibilização dos
parceiros sociais e
institucionais
N.º de promotores
N.º de ações/sessões
N.º de participantes
N.º de horas
20
20
750
40
Ação 2.3 Sensibilização do
meio académico,
escolar e profissional
N.º de promotores
N.º de ações
N.º de horas
N.º de participantes
10
10
20
500
Subprograma 3 Formação
Ação 3.1 Formação de
inspetores, técnicos
superiores e dirigentes
da ACT
N.º de ações de formação
N.º de horas ministradas
N.º de participantes
2
7
40
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
17
Anexos
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
18
Subprograma 1 - Promoção da Campanha Nacional de
Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários
Ação 1.1 – Seminário de Lançamento
OBJETIVOS
tornar pública a Campanha Nacional
envolver os órgãos da comunicação social
alertar e consciencializar a opinião pública para a importância da melhoria das condições
de trabalho dos trabalhadores temporários em matéria de segurança e saúde no trabalho
CONTEÚDOS
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
sociedade civil em geral
ORGANIZAÇÕES A ENVOLVER
parceiros sociais e institucionais
órgãos de comunicação social
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
sessão pública
dossiê de imprensa
PROMOTORES
ACT
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
ABRIL DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
19
Subprograma 1 - Promoção da Campanha Nacional de
Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários
Ação 1.2 - Instrumentos de promoção
OBJETIVOS
consciencializar trabalhadores, empresas de trabalho temporário, empresas utilizadoras
e sociedade civil em geral para a importância da melhoria das condições de trabalho dos
trabalhadores temporários em matéria de segurança e saúde no trabalho
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
empresas de trabalho temporário
trabalhadores temporários
empresários e gestores (empresas utilizadoras)
sociedade civil em geral
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
produção de instrumentos diversos (cartaz de parede, monofolhas, área da Campanha
no Portal da ACT, wallpaper, baner, roll up), outras atividades promocionais)
dossiê de imprensa
PROMOTORES
ACT
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
DE ABRIL A JUNHO DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
20
Subprograma 1 - Promoção da Campanha Nacional de
Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários
Ação 1.3 – Sessão de encerramento da Campanha
OBJETIVOS
tornar público o papel e contributo desenvolvidos pelos atores da Campanha Nacional
avaliar os resultados da Campanha Nacional
envolver os órgãos da comunicação social
reiterar a importância da melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores
temporários em matéria de segurança e saúde no trabalho através da divulgação de
boas-práticas
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
sociedade civil em geral
ORGANIZAÇÕES A ENVOLVER
parceiros sociais e institucionais
órgãos da comunicação social
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
sessão pública
dossiê de imprensa
PROMOTORES
ACT
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
MARÇO DE 2017
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
21
Subprograma 2 – Informação, sensibilização e educação
Ação 2.1 - Instrumentos de divulgação
OBJETIVOS
apoiar ações de informação e sensibilização
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
Parceiros institucionais e sociais
empresários e gestores (de empresas utilizadoras)
empresas de trabalho temporário
trabalhadores temporários
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
Cartazes; monofolhas e outros materiais
PROMOTORES
ACT
Associações de empregadores
Associações sindicais
Parceiros institucionais públicos
NATUREZA DOS APOIOS
técnico-documental
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
MAIO A DEZEMBRO DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
22
Subprograma 2 – Informação, sensibilização e
divulgação
Ação 2.2 - Sensibilização dos atores
OBJETIVOS
sensibilizar para a importância da melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores
temporários em matéria de segurança e saúde no trabalho
proporcionar a troca de informações e de experiências
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
trabalhadores
empresários
sociedade civil em geral
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
colóquios, seminários, conferências e outros eventos
PROMOTORES
ACT
Associações de empregadores
Associações sindicais
Parceiros institucionais públicos
NATUREZA DOS APOIOS
técnico-documental
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
MAIO A DEZEMBRO DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
23
Subprograma 2 – Informação, sensibilização e
divulgação
Ação 2.3 - sensibilização do meio académico e escolar
OBJETIVOS
sensibilizar e motivar alunos, formandos e professores do ensino regular e profissional
para a temática do Campanha Nacional
informar sobre as especificidades da segurança e saúde nos trabalhadores temporários
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
alunos, formandos, professores e formadores
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
colóquios, seminários, conferências, outros eventos
PROMOTORES
ACT
estabelecimentos de ensino e centros de formação profissional
NATUREZA DOS APOIOS
técnico-documental
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
MAIO A DEZEMBRO DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
24
Subprograma 3 - Formação
Ação 3.1 - Formação de inspetores, técnicos superiores e dirigentes da ACT
OBJETIVOS
desenvolver ações de formação sobre a Campanha Nacional para dirigentes, inspetores e
técnicos superiores
apoiar a preparação de Campanhas e suportes pedagógicos
CONTEÚDO
importância da prevenção dos riscos profissionais
garantir a igualdade de tratamento dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores
das empresas utilizadoras designadamente em matéria de segurança e saúde no
trabalho
reforçar o nível de cumprimento das disposições legais relativas ao trabalho temporário
relevância do diálogo social e da concertação estratégica
promoção de uma cultura de segurança e saúde no trabalho em empresas de trabalho
temporário
DESTINATÁRIOS
inspetores, técnicos superiores e dirigentes da ACT
AÇÕES - INSTRUMENTOS – MEDIDAS
ações de formação, módulos de formação e instrumentos pedagógicos
PROMOTORES
ACT
NATUREZA DOS APOIOS
técnico-documental
financeiro
ANO/MÊS DE EXECUÇÃO
ABRIL DE 2016
Campanha Nacional de Segurança e Saúde para os Trabalhadores Temporários | Programa Enquadrador
25
Resumo
Este programa enquadrador é um instrumento de execução de políticas públicas de segurança e
saúde no trabalho que visa fixar os objetivos desta Campanha e promover a intervenção dos
atores e a sensibilização dos destinatários, com vista a garantir a igualdade em matéria de
segurança e saúde no trabalho dos trabalhadores temporários e dos trabalhadores das
empresas utilizadoras e a consequente melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores
temporários.
Résumé
Ce programme d’encadrement est un outil de mise en œuvre des politiques publiques pour la
sécurité et la santé au travail qui vise à établir les objectifs de cette campagne et à promouvoir
la participation des acteurs et la sensibilisation des bénéficiaires, pour assurer l'égalité dans la
santé et la sécurité au travail des travailleurs temporaires et les travailleurs des entreprises
utilisatrices et l'amélioration des conditions de travail des travailleurs temporaires.
Abstract
This framework program is a public policy implementation tool on safety and health at work that
aims to establish the goals of this campaign and promote the involvement of actors and
awareness of the recipients, to ensure equality in health and safety at work of temporary
workers and workers of user enterprises and the improvement of working conditions for
temporary workers.