[3° bim] 3° ano - 05 - Transportes

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  • 7/29/2019 [3 bim] 3 ano - 05 - Transportes

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    Tema: Transportes

    A. Pro pos tas de red ao

    Texto 1Governar construir estradas. (Washington Lus)

    Texto 2Em funo do caf, aparelharam-se portos, criaram-se novos mecanismos de crdito, empregos,revolucionaram-se os transportes. (....) Era preciso superar os inconvenientes resultantes dos caminhosprecrios, das cargas em lombo de burro que encareciam custos e dificultavam o fluxo adequado dosprodutos. Por volta de 1850, a economia cafeeira do vale do Paraba chegou ao auge. O problema dotransporte foi em grande parte solucionado com a construo da Estrada de Ferro D. Pedro II, maistarde denominada Central do Brasil. As maiores iniciativas de construo de estradas de ferrodecorreram da necessidade de melhorar as condies de transporte das principais mercadorias deexportao para os portos mais importantes do pas. (...) O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) ficou associado instalao da indstria automobilstica, incentivando a produo de automveise caminhes com capitais privados, especialmente estrangeiros. Estes foram atrados ao Brasil graas

    s facilidades concedidas e graas tambm s potencialidades do mercado brasileiro. (...) Vista emtermos numricos e de organizao empresarial, a instalao da indstria automobilstica representouum inegvel xito. Porm, ela se enquadrou no propsito de criar uma civilizao do automvel emdetrimento da ampliao de meios de transporte coletivo para a grande massa. (...) Como as ferroviasforam, na prtica, abandonadas, o Brasil se tornou cada vez mais dependente da extenso econservao das rodovias e do uso dos derivados de petrleo na rea de transportes. (...) No governoMdici, o projeto da rodovia Transamaznica representou um bom exemplo do esprito do capitalismoselvagem. Foi construda para assegurar o controle brasileiro da regio um eterno fantasma na ticados militares e para assentar em agrovilas trabalhadores nordestinos. Aps provocar muita destruioe engordar as empreiteiras, a obra resultou em um fracasso.

    Boris Fausto, Histria concisa do Brasil. So Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2002, p. 269-270. Adaptado.

    Texto 3

    Texto 4O agronegcio o setor mais afetado pela precariedade da infraestrutura de transporte no pas. Issoporque o surto de desenvolvimento das lavouras comercialmente mais rentveis se deu nas chamadasfronteiras agrcolas, no corao do pas, em regies distantes da costa. Como o cultivo chegou antes doasfalto, a maior parte da produo cruza o pas chacoalhando em caminhes. No trajeto para a costa,nas estradas mal conservadas, a trepidao do veculo faz com que uma quantidade equivalente acerca de 3% de toda a safra se extravie, calcula Paulo Tarso Resende, da Fundace. O uso de hidroviasreduziria o desperdcio, mas faltam investimentos, diz ele. Perda de igual escala ocorre no porto, commultas e atrasos no translado para os navios, pois as instalaes so deficientes, faltam contineres e

    as embarcaes tm de esperar em fi las at conseguir vaga para atracar.Juliana Garon, Precariedade afeta mais o agronegcio, em www.agr.feis.unesp.br, 13/02/2005. Adaptado.

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    Texto 5O avio

    Sou mais ligeiro que um carro,Corro bem mais que um navio.Sou o passarinho maiorQue at hoje voc na sua vida j viu.

    Voo l por cima das nuvensOnde o azul muda de tom.

    E se eu quiser ultrapasso fcilA barreira do som.

    Minha barriga foi feitaPra muita gente levar.Trago pessoas de friasE homens que vm e que vo trabalhar.

    (...)Se voc me v l no altoVoando na imensido,

    Eu fi co to pequenininhoQue caibo na palma da mo.Toquinho. CD Pra gente mida II, Mercury Records, 1993.

    Texto 6Chegamos ao territrio do trem-fantasma. Sua permanncia to viva no imaginrio popular que jvirou atrativo obrigatrio nos parques de diverses. O aspecto ldico dessa representao estprofundamente inscrito no inconsciente coletivo da sociedade industrial. O trenzinho de madeira oueltrico um dos brinquedos mais persistentes, um dos meios de transporte mais acessveis aomundo encantado da infncia. E no tm sido poucas as imagens literrias, pictricas oufotocinematogrficas que identificam a locomotiva com o animal antediluviano. Esta mquina incrvel

    que j signifi cou o fi o condutor das mudanas revolucionrias passada, agora, para trs. expulsado terreno da histria. Dinossauro resfolegante e inclassificvel, a locomotiva est condenada a vagarincontinentipelos campos e redutos aflitos da solido.

    Francisco Foot Hardman, Trem fantasma: a modernidade na selva. So Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 39.

    Texto 7Para Cristina Bodini, presidente da comisso de trnsito da Associao Nacional de TransportesPblicos (ANTP), os acidentes como o que aconteceu ontem com um nibus da prefeitura de Itatingaque transportava estudantes universitrios geralmente so causados porque muitos veculos soobsoletos. (...) Segundo Lus Carlos Franchini, gerente de fiscalizao da Agncia Reguladora deTransportes do Estado de So Paulo (ARTESP), os veculos de transporte de estudantes so obrigados

    a passar por uma vistoria a cada seis meses. No entanto, o nibus acidentado pertencia prefeitura deItatinga, e por isso a ARTESP no vistoriava esse veculo. Por se tratar de um carro oficial, aprefeitura que deve proporcionar um agente fiscalizador, disse Franchini. De acordo com oDepartamento de Estradas de Rodagem de So Paulo (DER) e a Polcia Rodoviria Estadual, no possvel saber quantos acidentes envolvendo veculos escolares acontecem atualmente nas estradasde So Paulo. O motivo que os carros envolvidos em acidentes no so separados por categoria.Segundo o DER, entre janeiro e junho de 2005, houve 35.141 acidentes nas estradas paulistas, queprovocaram 18.527 vtimas, das quais, 1.175 fatais.

    Pablo Lpez Guelli, Veculos obsoletos causam acidente. Folha de S. Paulo, 17/09/2005, p.C5.

    Texto 8

    Paralelamente ao processo de privatizao das vias terrestres, o Governo criou a Agncia Nacionalde Transporte Terrestre (ANTT). Essa Agncia regulamenta os transportes rodovirio, ferrovirio edutovirio (gases, leos e minrios). Dentre suas atividades, esto o acompanhamento e fiscalizaodos contratos das concessionrias; o controle do transporte fretado (de passageiros e de cargas), demultas rodovirias, de registro de transporte de cargas, de excesso de peso, de vale-pedgio; ocombate ao transporte clandestino, e o estabelecimento de regulamentos e procedimentos de execuode obras e servios. A seguir, trecho da entrevista do diretor-geral da ANTT, Jos Alexandre Nogueirade Resende:

    A ANTT criou canais de comunicao com os usurios atravs de 0800, internet e uma Ouvidoria.Como tem sido essa experincia?

    Recebemos contribuies do Brasil inteiro. Atualmente, so mais de 1500 por dia, que servem deapoio nossa fiscalizao. So denncias, queixas, sugestes, e at mesmo crticas com relao atuao da prpria agncia. As agncias reguladoras se caracterizam pelo processo de transparncia.As decises so tomadas atravs de audincias pblicas. A importncia do registro nacional dotransportador rodovirio de cargas ficou clara com essas contribuies que esto chegando, e h anosno era dada ateno a esse assunto. No transporte de passageiros temos recebido mais contribuies

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    e isso nos levou a uma srie de audincias para discutir a nova regulamentao do transporte defretamento.

    http://www.estradas.com.br, 19/09/2005. Adaptado.

    Proposta 1Com o auxlio de elementos presentes na coletnea, trabalhe sua dissertao a partir do seguinterecorte temtico:

    Diferentes so os meios de transporte, assim como as polticas adotadas pelo Estado para viabiliz-los.O Estado pode atuar de forma mais direta, por meio de financiamentos, concesses, isenes eprivilgios fiscais, ou apenas exercer um papel regulador dos diversos setores envolvidos.

    Instrues1. Discuta que meio(s) de transporte deve(m) ser priorizado(s) para atender s necessidades darealidade brasileira atual.2. Trabalhe seus argumentos no sentido de explicitar como esse(s) meio(s) pode(m) ser viabilizado(s) equal poderia ser o papel do Estado nesse processo.3. Explore tais argumentos de modo a justificar seu ponto de vista.4. Desenvolva o seu texto em at 30 linhas.

    Proposta 2

    Com o auxlio de elementos presentes na coletnea, trabalhe sua carta a partir do seguinte recortetemtico:

    A atuao da sociedade civil, por meio de movimentos sociais ou aes individuais, fundamental paraa gesto dos meios de transporte. Um estmulo para essa atuao so os canais de comunicao diretacom os usurios, criados por agncias reguladoras de transporte.

    Instrues

    1. Selecione um problema relativo segurana nas estradas.2. Argumente no sentido de demonstrar como esse problema afeta os usurios das rodovias.3. Dirija sua carta a uma agncia reguladora de rodovias, apresentando uma reivindicao.4. No ultrapasse 15 linhas.OBS.: Ao assinar a carta, use apenas suas iniciais, de modo a no se identificar.

    Proposta 3

    Tomando como base o texto 7, escreva uma carta ao editor da Folha de S. Paulo, Sr. Silva, com at 15linhas, expondo sua opinio sobre a fiscalizao de transportes escolares. No utilize nome prprio ou

    fictcio para assinar a sua carta. Escreva apenas a palavra Leitor como assinatura.