3. Entidades Da AP Indireta

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    ENTIDADES (pessoas jurdicas) DA ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA

    Ser pessoaou ter pers on alidad e jurdic a o mesmo que ter deveres jurdicos e direitos subjetivos.Kelsen

    Pessoa jurdica (...) um centro, uma unidade, um conjunto de deveres e direitos.Sundfeld

    CDIGO CIVIL

    Art. 40. As pes so as ju rdic as so d e di reito pblic o, interno ou externo, e de dire i to pr ivado.

    Art. 41. So pesso as jurdicas de d ireito p blico interno:I - a Unio;II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios;III - os Municpios;IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas;V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei.Pessoa jurdica de direito pblico: aquela cuja organizao e relaes com terceiros so regidas por

    normas de Direito Pblico.Direito Pblico: conjunto de normas que conferem ao Estado, tutor dos interesses coletivos, superioridade em

    relao ao particular, disciplinando, portanto, uma relao marcada pela desigualdade jurdica.Poder de imprio: O Estado possui o poder e o dever de construir o Direito e a ele submeter todos os que se

    encontram em seu territrio, sem a necessidade de antes obter a concordncia ou a permisso das partes interessadas.As normas de direito pblico trazem uma srie de vantagens (prazos processuais diferenciados, recurso de

    ofcio ou duplo grau de jurisdio, iseno de impostos, impenhorabilidade de bens etc.) para o Estado, mas por outrolado, e com o intuito de impedir o uso abusivo do poder e assim igualmente proteger o interesse pblico, o submete auma srie de restries(obrigao de licitar, obrigao de realizar concurso pblico, obrigao de transparncia e deprestar contas etc.), concernentes aos princpios que regem todas as atividades pblicas (legalidade, moralidade,impessoalidade, publicidade eficincia e outros).

    As normas de direito privado, ao contrrio, so marcadas pela igualdade entre as partes, somente surgindodireitos e obrigaes quando os interessados livremente os estabelecem.

    AUTARQUIASAUTARQUIAS, entes autrquicos ou entidades autrquicas (GOVERNO PRPRIO, GOVERNO AUTNOMO,

    QUALIDADE DO QUE SEBASTA A SI MESMO)PESSOA JURDICA (ente, entidade) DE DIREITO PBLICO dotadade capacidade de autoadministrao (autonomia: faculdade de conduzir os prprios negcios, dentro dos limites econdies fixados na lei), submetendo-se ao controle finalstico do poder central (superviso ministerialvide princpioda tutela). Decreto-lei 200/67 : o servio autnomo, criado por lei, com personalidade jurdica, patrimnio e receitaprprios, para executar atividades tpicas da Administrao Pblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento,gesto administrativa e financeira descentralizada. Administram servio pblico especfico, determinado por lei (videprincpio da especializao). Sempre um SERVIO PBLICO TPICO.

    Classificao: autarquias territoriais: so as que tm por objeto a administrao geral de uma rea limitada do territrio

    nacional e, por conseguinte, renem toda a sorte de servios necessrios aos interesses privativos daquela porogeogrfica (no Brasil, os exemplos se constituem apenas dos antigos Territrios Federais);

    autarquias corporativas: registra-se neste ponto grande dissonncia acerca da natureza das entidadesintegrantes desta categoria - fiscalizadoras do exerccio profissional, como os Conselhos Federais de Medicina, de

    Engenharia, de Farmcia etc. -, sendo o entendimento prevalecente, no que toca correspondente classificao, quese tratam de servios sociais autnomos, ou seja, entes de cooperao no pertencentes direta ou indiretamente Administrao Pblica.

    autarquias fundacionais so todas as restantes, criadas em razo de um servio ou atividade pblicaespecfica, com substrato patrimonial. Diz-se, ademais, da existncia de certas autarquias que poderiam ser chamadasmenores, pois se situam dentro de outra autarquia maior, compondo o que a doutrina denomina de constelaoautrquica. CARACTERSTICAS :

    CRIA O POR L EI ESPECFICA (art. 37, XIX, CForganizada por decreto/regulamento)PERSONALIDADE DE DIREITO PBLICO(privilgios e obrigaes pblicas)PATRIMNIO PRPRIO(transferncia de bens da entidade criadora, pela lei instituidora):os bens e rendas so

    considerados patrimnio pblico com destinao especial, segundo objetivos legais e estatutrios, donde suscetveis deserem defendidos atravs de ao popular. Extinta a entidade, o patrimnio reincorpora-se ao seu ente criador. A receitadas autarquias pode provir de fontes prprias, que so indicadas na sua lei institucional, em geral contribuies

    compulsrias, ou rendas de seus bens e servios, legados, doaes, ou ainda podem ser alimentadas por recursos aconta do tesouro pblico.

    DESEMPENHO DE ATRIBUIES PBL ICAS TPICASDIRIGENTES: investidos nos cargos na forma da lei ou seu estatuto estabelecer. Os atos de seus dirigentes

    equiparam-se aos atos administrativos, devendo observar os mesmos requisitos.

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    PESSOAL : sempre sujeito ao regime jurdico da entidade que o criou, conforme art. 39, caput, CF.Funcionrios pblicos para efeito do CP. Agentes Pblicos para fins da lei de Improbidade Administrativa.

    PRIVILGIOS: detm os mesmos privilgios administrativos da entidade estatal que a criou, gozando dasvantagens tributrias e dos apangios processuais da Fazenda Pblica, bem assim de outros estipulados por lei comogarantia do bom desempenho de suas atribuies. Merecem destaque, dentre outros: impenhorabilidade de seus bens erendas; impossibilidade de usucapio de seus imveis; recurso de ofcio nas sentenas que julgarem improcedente aexecuo de seus crditos fiscais; imunidades de alguns impostos; prazo em qudruplo para contestar e em dobro pararecorrer.

    AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL: referidas em algumas leis, sem definio de contedo. Normalmente

    identificadas por sua lei instituidora, que estabelece privilgios especficos e autonomia maior que de suas congnerescomuns. Exemplos: Banco Central do Brasil; USP.

    LEI COMPLEMENTAR N 1.195 , DE 17 DE JANEIRO DE 2013Artigo 1 - O Departamento Estadual de Trnsito DETRAN, fica transformado em autarquia, com

    personalidade jurdica de direito pblico e autonomia administrativa, financeira e patrimonial, passando adenominar-se Departamento Estadual deTrnsitoDETRAN-SP e a reger-se por esta lei complementar.

    Artigo 2 - O DETRAN-SP vincula-se Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional.Artigo 3 - O DETRAN-SP tem sede e foro na Cidade de So Paulo, circunscrio em todo o territrio

    estadual, e gozar de todos os direitos, privilgios e isenes assegurados s autarquias pela legislao federale estadual, bem como das prerrogativas da Fazenda Pblica.

    FUNDAESFundao transmite a idia de patrimnio personalizado dirigido para um fim determinado. No caso das

    fundaes institudas pelo Poder Pblico, como pessoa jurdica de direito pblico ou de direito privado, tal fim sempredever se identificar com a consecuo de interesses coletivos: culturais, educacionais, de sade, assistncia social etc.

    Dentre os autores h muita divergncia quanto natureza jurdica das fundaes institudas pelo Estado. MSZDPdefende que essas entidades podem ser regidas tanto pelo direito pblico, quanto pelo direito privado, cabendo aoEstado definir-lhe a melhor conformao. Em ambos os casos a fundao apresentar uma srie de caractersticascomuns, a saber: a) dotao patrimonial total ou parcialmente realizada pelo Poder Pblico; b) exerccio de atividadeestatal condizente s funes de ordem social (sade, educao, cultura, meio ambiente etc.); c) capacidade deautoadministrao; e, d) submete-se superviso ministerial (tutela administrativa), nos termos da lei.

    No Decreto-Lei n 200/67 encontra-se a seguinte e vaga meno a esses entes: art. 5, IV. Fundao Pblica- aentidade dotada de personalidade jurdica de dire i to pr ivado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorizaolegislativa, para o desenvolvimento de atividades que no exijam execuo por rgos ou entidades de direito pblico,com autonomia administrativa, patrimnio prprio gerido pelos respectivos rgos de direo, e funcionamento custeado

    por recursos da Unio e de outras fontes. (Includo pela Lei n 7.596/87). Cumpre esclarecer que esse mesmopreceiturio, logo adiante, ainda dispe contraditoriamente a respeito: 3 As entidades de que trata o inciso IV desteartigo adquirem personalidade jurdica com a inscrio da escritura pblica de sua constituio no Registro Civil dePessoas Jurdicas, no se lh es ap lican do as d emais dis po sies d o Cdigo Civ il c on cern entes s f un daes.

    No a toa assevera CABM que o regime jurdico das fundaes idntico ao das autarquias, e assim tudo que sediz acerca destas ltimas agora se aproveita. E lembra que o STF j decidiu que as fundaes so espcies do gneroautarquia. Nesse sentido, assinala-se uma tendncia do Pretrio Excelso de tratar como de direito pblico todas asfundaes que desempenharem atividade estatal e contarem com recursos pblicos. Muitos autores, como HLM,discordam desse ponto de visto, acreditando que as fundaes ostentam natureza de direito privado, embasando suaopinio na redao dada pela EC 19/98 ao art. 37, XIX (que no mais utiliza a expresso fundao pblica) , da CF.Outros ressaltam, porm, na forma acima posta, que a doutrina moderna entende que as fundaes tanto podem ser deDireito Pblico ou Privado, consoante ato formativo, ficando mesmo as ltimas sujeitas s normas de direito pblico edemais regras que o ente instituidor achar conveniente. CABM efetivamente no partilha desse entendimento,

    ressaltando que apenas no Brasil que se pe em dvida o entendimento quanto natureza pblica das fundaes.Quem parece dirimir bem a questo MSZDP, recordando que ainda se definida como de direito privado pelo seuato instituidor, a Fundao criada com recursos pblicos jamais atuar como uma Fundao privada, sob regnciaexclusiva do Cdigo Civil. Assim, enquanto o direito privado estabelece que as Fundaes, aps criadas (por atoirrevogvel), funcionaro com absoluta independncia em relao ao seu criador, no caso das cuidadas entidadesadministrativas isso nunca ocorrer, pois o Poder Pblico sempre poder instituir novas leis alterando sua composio,seus objetivos ou at mesmo extinguindo-as. A tutela administrativa, como posto acima, sempre imperar.CARACTERSTICAS, j contempladas as derrogaes impostas pelas normas de natureza pblica:

    CRIAOMED IANTE A UTORIZA O POR L EI ESPECFICA:cabendo ao Executivo os atos necessrios suacriao, visto que somente ter existncia legal aps inscrio no regime competente. Suas ATRIBUIES, todavia,devem estar em prvia lei complementar definidora de seu mbito de atuao (vide CF).;

    DIRIGENTES:tal como nas autarquias, investidos na forma legal e estatutria. Sujeitos a mandado de segurana,no caso de exerccio de funo delegada;

    PESSOAL:podem ficar sujeitos tanto ao regime estatutrio (direito pblico), quanto ao celetista (direito privado).Em todos os casos, seus funcionrios sero considerados agentes pblicos para fins penais, de mandado de segurana;de ao popular, bem como autoridades em face de eventual abuso de poder. Equiparam-se aos servidores estatutrios(pois se tratam de empregados pblicos) para efeito das normas contidas no art. 37 da CF (acmulos, remunerao etc.)

    ADM INISTRA O:sujeita superviso ministerial e ao controle pelo Tribunal de Contas. Submisso s exignciasde gesto financeira impostas pela Lei maior, inclusive no que toca s licitaes e contratos administrativos. Apenas os

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
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    bens das entidades de direito pbico que gozaro dessa natureza e da proteo correspondente (impenhorabilidade eno onerao, sendo insuscetveis de usucapio), ao passo que as Fundaes de direito privado no se beneficiaro doprocesso de execuo (precatrios) especialmente institudo (art. 100 CF) s entidades pblicas. MSZDP assevera quetodos os bens utilizados na prestao de servios pblicos at mesmo aqueles pertencentes s entidades privadasconcessionrias de servios pblicos - devem merecer essa mesma proteo, a fim de se ver resguardados osinteresses da coletividade. Cita precedentes do STF, que estenderam essa proteo aos bens da EBCT, incluindo-a nossistema de precatrios.

    PRIV ILGIOS :em todas as hipteses, as fundaes gozaro de imunidade tributria no que tange ao patrimnio, renda ou aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou dela decorrentes (art. 150, 2, CF). J as

    fundaes de direito pblico gozaro dos mesmos privilgios disciplinados s autarquias, no se submetendo, ademais,ao controle do Ministrio Pblico, como prprio s fundaes privadas.Lei n 9.192, de 23 de Novembro de 1995

    Artigo 1 - Fica o Poder Executivo autorizado a instituir a Fundaode Proteo e Defesa do Consumidor -Procon, com personalidade jurdica de direito pblico, vinculada Secretaria de Estado da Justia e da Defesa daCidadania, a qual se reger por esta lei e por estatutos aprovados por decreto.

    Decreto n 41.170, de 23 de setembro de 1996.Artigo 1 - Fica instituda a Fundaode Proteo e Defesa do Consumidor - PROCON, com personalidade

    jurdica de direito pblico, vinculada Secretaria de Estado da Justia e da Defesa da Cidadania, que se reger pela Lein 9.192, de 23 de novembro de 1995, por este Decreto e pelos seus Estatutos, a serem aprovados por decreto.

    AGNCIAS EXECUTIVASQualificativo (CABM chama de denominao inconseqente) que a Lei 9.649/98 (dispe sobre a organizao

    administrativa FEDERAL) faculta s autarquias e fundaes que desenvolvam PLANO ESTRATGICO DEREESTRUTURAO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL e que venham a celebrar com o Ministrio Supervisorum CONTRATO DE GESTO. Ato especfico do Presidente da Repblica que autorizar a qualificao. Com acelebrao do contrato de gesto Agncia ficar sob controle das metas de desempenho estabelecidas, tendo suaautonomia ampliada por fora da lei e no do contrato concorrendo, por exemplo, ao aumento dos percentuais dedispensa de licitao previsto no pargrafo nico do art. 24 da Lei 8.666/93, com redao dada pela Lei 9.648/98. CABMlembra que mngua da legislao prevista no art, 37, 8, da CF, no existir tal contrato de gesto e que, da, nopoder haver Agncia Executiva.

    ENTIDADES EMPRESARIA ISINTRODUO: Sob a designao genrica de emprestas estatais encontram-se as EMPRESAS PBLICAS

    (ESTATAIS) e as SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, bem como outras entidades controladas direta ouindiretamente pelo Poder Pblico. Na medida em que se utilizam de recursos pblicos, devem obedincia s normasdestinadas ao seus controles. Tais entidades vinculam-se a duas formas de atuao, a saber: a) a prestao de serviospblicos capazes de serem explorados nos moldes empresariais, nos termos do art. 175 da CF; e, b) o exerccio deatividades de contedo econmico (servio, comrcio ou indstria), as quais,consoante dispe o art. 173 da LeiFundamental, somente sero possveis por razes de segurana nacional ou interesse coletivo relevante (JCJ conceituaa criao dessas empresas como interveno do Estado no setor econmico, no se confundindo com adescentralizao que caracteriza a atividade autrquica.). No primeiro caso, estaro sempre adstritas s imposies dodireito pblico, derrogatrias das regras do direito privado ao qual originalmente se vinculam (tratam-se necessariamentede pessoas jurdicas de direito privado); no segundo atuaro segundo estatuto jurdico prprio s empresas privadas sempre sob controle estatalinclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios ( 1,I e II). MSZDP pondera que sempre que vierem a exercer atividade econmica com o objetivo de prestar servio pblico,tais entidades devero, a teor da previso contida no mencionado art. 175, ser consideradas como concessionrias,sujeitando-se prestao de servio adequado, conforme definido pela lei que regulamenta essa espcie de delegao(vide Lei n 8.987/95 dentre outras).

    CARACTERSTICAS COMUNS: as Empresas Pblicas e as Sociedades de Economia Mista identificam-se nosseguintes pontos: a) criao e extino autorizada por lei; b) personalidade jurdica de direito privado, malgradovinculadas normas de direito pblico alusivas ao acatamento dos princpios gerais da Administrao Pblica; c)vinculao aos fins determinados pela lei instituidora (vide princpio da especializao), invariavelmente tratando-se deatividade de natureza econmica. No que toca regncia dessas entidades pelas normas de direito privado, cumprenotar que sua derrogao decorre no mais das vezes da prpria Constituio e das leis que regulamentam seusdispositivos, como o caso, por exemplo, da Lei de Licitaes e Contratos Administrativos (n 8.666/93). Alm disso,podemos arrolar as seguintes coincidncias:

    Dirigentes: investidos em seus cargos na forma legal e/ou estatutria. Sujeitos ao mandado de segurana, aopopular, improbidade administrativa e ao penal pelos crimes contra a AP.

    Pessoal: EMPREGO PBLICO, regime celetista e acidentrio. Ficam, todavia, sujeitos a concurso pblico. CABMdiz que essa regra h de sofrer uma certa atenuao, no eliso, em se tratando de empresas que exploram atividade

    econmica. Nesse caso a seleo ser na forma estatutria, devendo ser garantido o amplo acesso dos cidados aesses empregos. Salrios fixados e alterados pela diretoria da entidade, observadas restries financeiras eoramentrias (art. 169, 1, CF). Eventual dispensa no comporta pessoalidades, devendo ser procedida de formarazovel e vista de critrios objetivos. Garantido o devido processo legal no caso de demisso.

    Controle: submetidas superviso ministerial. Nenhuma dessas entidades sujeita falncia, assim por expressadisposio da lei n 11.201/05.

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    Privilgios: somente aqueles especificados na lei que autorizou sua criao, no contando, por natureza, comprerrogativa alguma, mxime se voltada explorao econmica.

    CARACTERSTICAS DISTINTIVAS: Basicamente dois principais pontos separam as discorridas entidades, naseguinte ordem:

    a) enquanto as Sociedades de Economia Mista devem obrigatoriamente estruturar-se sob a forma de SociedadeAnnima, as Empresas Pblicas podem optar por qualquer modelo juridicamente vlido; e,

    b) ao passo que as Empresas Pblicas so constitudas integralmente por capital pblico (ainda que proveniente deduas ou mais entidades), a Sociedade de Economia Mista, como a sua prpria denominao sugere, integra capitalpblico e privado, malgrado a parcela majoritria, apta ao estabelecimento do controle acionrio, deva manter-se na

    rbita pblica. Depois, de se constar que no caso de litgios, a Empresa Pblica dever buscar soluo nas JustiasFederal (em se tratando de entidade integrante da Administrao Indireta Federal) e do Trabalho, cabendo Sociedadede Economia Mista sempre recorrer sJustias Estadual (Smula 556 do STF) e do Trabalho.

    EMPRESAS PBLICASDECRETO-LEI N 200/67 - art. 5, II - Empresa Pblica - a entidade dotada de personalidade jurdica de direito

    privado, com patrimnio prprio e capital exclusivo da Unio, criado por lei para a explorao de atividade econmicaque o Govrno seja levado a exercer por fra de contingncia ou de convenincia administrativa podendo revestir-se dequalquer das formas admitidas em direito.(Redao dada pelo Decreto-Lei n 900/69)

    So formadas unicamente pelo capital de pessoas jurdicas de Direito Pblico (exclusivamente pblico), como aUnio e suas autarquias por exemplo, desde que a maioria acionria votante primeira pertena. Passvel deconstituio por qualquer ente federado. Tem por objetivo tanto a prestao de servio pblicos, privativos de entidadeestatal (Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos), como, doutra forma, a explorao de atividade econmica (apenas

    em carter excepcional, eis que tpica da iniciativa privada), consoante excepciona a CF em seu art. 173 (quandonecessria aos imperativos da segurana nacional ou de relevante interesse coletivo). Admitem e recomendam o lucro,que jamais poder ser seu objetivo precpuo, tendo-se em conta o teor do precitado dispositivo da Lei maior.

    LE I N 12.304, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.Art. 1o o Poder Executivo AUTORIZADO A CRIAR EMPRESA PBL ICA, sob a forma de sociedade

    annima, denominada Empr esa B ras ilei ra de Adm in ist rao d e Petrleo e Gs Natu ral S .A. - Pr-Sal Pe trleo S.A.(PPSA), vinculada ao Ministrio de Minas e Energia, com prazo de durao indeterminado.

    Pargrafo nico. A PPSA ter sede e foro em Braslia e escritrio central no Rio de Janeiro.Art. 2o A PPSA ter por objeto a gesto dos contratos de partilha de produo celebrados pelo Ministrio de

    Minas e Energia e a gesto dos contratos para a comercializao de petrleo, de gs natural e de outroshidrocarbonetos fluidos da Unio.

    Pargrafo nico. A PPSA no ser responsvel pela execuo, direta ou indireta, das atividades de explorao,desenvolvimento, produo e comercializao de petrleo, de gs natural e de outros hidrocarbonetos fluidos.

    Art. 3o A PPSA sujeitar-se- ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos eobrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios.

    Art. 6o A PPSA ter seu capi ta l socia l representado por aes ordinrias nominativas, in tegralmente sob apro pri edade da Unio.

    Pargrafo nico. A int egralizao d o capit al so cial ser realizada c om recu rso s o riu nd os de d otaesco ns ign adas no oramen to d a Unio, bem como pela incorporao de qualquer espcie de bens suscetveis deavaliao em dinheiro.

    Art. 7o Constituem recursos da PPSA:I - rendas provenientes da gesto dos contratos de partilha de produo, inclusive parcela que lhe for destinada do

    bnus de assinatura relativo aos respectivos contratos;II - rendas provenientes da gesto dos contratos que celebrar com os agentes comercializadores de petrleo e gs

    natural da Unio;III - recursos provenientes de acordos e convnios que realizar com entidades nacionais e internacionais;IV - rendimentos de aplicaes financeiras que realizar;V - alienao de bens patrimoniais;VI - doaes, legados, subvenes e outros recursos que lhe forem destinados por pessoas fsicas ou jurdicas de

    direito pblico ou privado; eVII - rendas provenientes de outras fontes.Art. 13. O regim e de pes so al da PPSA ser o d a Con sol idao d as Le is d o Trab alho (CLT),aprovada pelo

    Decreto-Lei no5.452, de 1ode maio de 1943, con d ic io nada a cont rat ao prvi a ap rovao em co ncu rs o pb li code p rov as ou de pr ovas e ttul os, observadas as normas especficas editadas pela Diretoria Executiva.

    Art. 17. A PPSA sujeitar-se- su per vi so do Mi ni strio de Minas e Ener gi a e fiscalizao da Controladoria-Geral da Unio e do Tribunal de Contas da Unio.

    SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

    DECRETO-LEI N 200/67 - art. 5, III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurdicade direito privado, criada por lei para a explorao de atividade econmica, sob a forma de sociedade annima, cujasaes com direito a voto pertenam em sua maioria Unio ou a entidade da Administrao Indireta .(Redao dadapelo Decreto-Lei n 900/69).

    Constituda por recursos (pecunirios, tcnicos, administrativos, cientficos ou culturais, segundo HLM) pblicos eprivados, sempre na forma de Sociedade Annima, qual obrigatrio tambm para Estados e Municpios. Busca atrairrecursos privados para a consecuo de fins pblicos, devendo o controle acionrio pertencer ao ente estatal. Sua

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5iihttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.304-2010?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.304-2010?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.304-2010?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0900.htm#art5ii
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    atuao na explorao da atividade econmica deve sempre ser subsidiria, eis que ao Poder Pblico no cabe competircom a iniciativa privada, a cuja legislao deve se submeter. No esto sujeitas falncia, por expressa disposio daLei das Sociedades por Aes (art. 242), nem seus bens, vinculados ao servio prestado, podem sofrer penhora, emnome do princpio da continuidade do servio pblico (j a jurisprudncia tem admitido penhora de suas rendas parasaldar dbitos).FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORA DE DECISOJUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATRIO. ART. 100 DA CONSTITUIO. CONSTITUCIONAL EPROCESSUAL CIVIL. MATRIA CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSO GERAL FOI RECONHECIDA. Osprivilgios da Fazenda Pblica so inextensveis s sociedades de economia mista que executam atividades em regime

    de concorrncia ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. Portanto, a empresa CentraisEltricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte no pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatrio de dvidasdecorrentes de decises judiciais (art. 100 da Constituio). Recurso extraordinrio ao qual se nega provimento. (STF _RE 599628/DF - Relator Min. AYRES BRITTO - Relator(a) p/ Acrdo: Min. JOAQUIM BARBOSA - Julgamento:25/05/2011 - Tribunal Pleno - DJe-199 DIVULG 14-10-2011 PUBLIC 17-10-2011)

    LEI N 3.890-A, DE 25 DE ABRIL DE 1961.Art. 1o Fica a Unio autorizada a constituir, na forma desta lei, uma sociedade por aes que se denominar

    Centrais Eltricas Brasileiras S.A., e usar a abreviatura ELETROBRS para a sua razo social.Art. 3o, 3oSer a Sociedade constituda em sesso pblica do Conselho Nacional de guas e Energia Eltrica,

    em cuja ata devero constar os Estatutos aprovados, bem como o histrico, e o resumo dos atos constitutivosespecialmente da avaliao dos bens e direitos convertidos em capital.

    Art. 5o Nos Estatutos da Sociedade sero observadas, em tudo que lhes for aplicvel, as normas da Lei dasSociedades Annimas.

    AGNCIAS REGULADORAS

    CONSTITUI O DA REPBLICAArt. 174. Como agente normat ivo e reguladorda atividade econmica, o Estado exercer, na forma da lei, as

    fu nes d e fis cal izao, in cen tiv o e p lanejament o, sendo este determinante para o setor pblico e indicativo para osetor privado.

    LE I N 8.031, DE 12 DE ABR IL DE 1990,Art. 1 institudo o Pro gr ama Nac io nal d e Deses tati zao, com os seguintes objetivos fundamentais:I - reordenar a posio estratgica do Estado na economia, transferindo iniciativa privada atividades indevidamente

    exploradas pelo setor pblico;V - perm itir q ue a Admi nis trao Pblic a con cent re seus es fo ros n as ativ idades em que a pres ena do

    Estado seja fun dament al para a co nsecuo das p rior id ades nac ionais;

    CONSTITUI O DA REPBLICAArt. 21. Compete Unio:XI - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso, os servios de telecomunicaes,

    nos termos da le i, que dispor sobre a organizao dos servios, a c riao de um rgo reg u lad o re outros aspectosinstitucionais;

    LE I N 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997.Art. 1 Compete Unio, por intermdio dorgo reg u lad o r e nos termos das polticas estabelecidas pelos

    Poderes Executivo e Legislativo, organizar a explorao dos servios de telecomunicaes.Art. 8 Fica criada a Agnc ia Naci on al de Teleco mu ni caes, entidade integrante da Administrao Pblica

    Federal indireta, submetida a regim e autrqu ico espec iale vinculada ao Ministrio das Comunicaes, com a funodergo reg u lado r das tel ec omun icaes, com sede no Distrito Federal, podendo estabelecer unidades regionais.

    CONSTITUI O DA REPBLICAArt. 177. Constituem mo noplio da Unio:I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petrleo e gs natural e outros hidrocarbonetos fluidos;II - a refinao do petrleo nacional ou estrangeiro;III - a importao e exportao dos produtos e derivados bsicos resultantes das atividades previstas nos incisos

    anteriores;IV - o transporte martimo do petrleo bruto de origem nacional ou de derivados bsicos de petrleo produzidos no

    Pas, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petrleo bruto, seus derivados e gs natural de qualquer origem; 1 A Unio poder contratar com empresas estatais ou privadas a realizao das atividades previstas nos

    incisos I a IV deste artigo observadas as co nd ies estab elecidas em l ei. 2 A lei a que se refere o 1 dispor sobre:III - a estrutura e atribuies dorgo regu lad o r do monopl io da Un io;

    LEI N 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997.Art. 7oFica instituda a Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustves - ANP, entidade integranteda Administrao Federal Indireta, submetida ao regime autrquico especial, como rgo regulador da indstria dopetrleo, gs natural, seus derivados e biocombustveis, vinculada ao Ministrio de Minas e Energia.(Redao dadapela Lei n 11.097, de 2005)

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%203.890-a-1961?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.031-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.031-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.472-1997?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.478-1997?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.478-1997?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art7http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.478-1997?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.472-1997?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.031-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%203.890-a-1961?OpenDocument
  • 7/23/2019 3. Entidades Da AP Indireta.

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    Art. 8oA ANP ter como finalidade promover a regulao, a contratao e a fiscalizao das atividades econmicasintegrantes da indstria do petrleo, do gs natural e dos biocombustveis, cabendo-lhe: (Redao dada pela Lei n11.097, de 2005)

    O Programa Nacional de Desestatizao objetivou a transferncia mediante delegao - de determinadosservios pblicos para entidades privadas, que os executariam conforme as normas regulamentares baixadas por rgosespecficos da AP, que assim adquiriram a denominao de AGNCIAS REGULADORAS. Exs.:

    AGNCIA NACIONAL DE ENERG IA ELTRICA ANEEL, Lei n 9.427, 26.12.96 / RegulamentoDecn 2.335, 6.10.97;

    AGNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAESANATEL, Lei n 9.472, 16.7.97 / RegulamentoDec n 2.338, 7.10.97; AGNCIA NACIONAL DO PETRLEOANP , Lei n 9.478, 6.8.97 / Regulamento Dec n 2.455,

    14.1.98; AGNCIA NAC IONAL DE VIGILNCIA SANITRIA ANVS; Lei n 9.782, 26.1.99 / Regul.Dec n

    3.029, 15.4.99;

    So autarquias de Regime especialporque detm determinados privilgios, especificamente outorgados pela lei,dentre os quais se destacam:- ESTABILIDADE DE SEUS DIRIGENTES: com mandato fixo, nomeados pelo presidente da Repblica, aps

    aprovao pelo Senado Federal. Somente podem ser destitudos por condenao criminal definitiva, improbidadeadministrativa ou descumprimento injustificado das polticas estabelecidas para o setor ou por contrato de gesto;

    LEI No9.986, DE 18 DE JULHO DE 2000.

    Art. 5o

    O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ouda Diretoria (CD II) sero brasileiros, de reputao ilibada, formao universitria e elevado conceito no campo deespecialidade dos cargos para os quais sero nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da Repblica e por elenomeados, aps aprovao pelo Senado Federal, nos termos da alnea f do inciso III do art. 52 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente ser nomeado pelo Presidente da Repblicadentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, respectivamente, e investido na funo pelo prazo fixado noato de nomeao.

    Art. 6oO mandat o d os Con selh eiros e do s Direto res ter o p razo fix ado n a lei de c riao d e cada Agnc ia.

    Art. 9o Os Conselheiros e os Diretores som ente perd ero o mandato em caso de rennc ia, de condenaojud ic ia l tran s itad a em ju lgad o ou de p roces so adm in is trat ivo d isc ip l in ar.

    Pargrafo nico. A lei de criao da Agncia poder prever outras condies para a perda do mandato. - AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FUNCIONAL e FINANCEIRA: renda prpria e liberdade de sua aplicao. Seus

    recursos so oriundos da cobrana de taxas de fiscalizao e/ou de participaes decorrentes de contratos de

    concesso. No mbito de sua competncia, trata-se da ltima instncia administrativa, no podendo suas decisesser revistas seno pelo Poder Judicirio. Essa, contudo, trata-se de uma peculiaridade comum a todas as entidadesda Administrao Pblica Indireta, talvez apenas ampliada em relao s cuidadas autarquias de regime especial;

    - PODER NORMATIVO: de regulamentao de matrias de sua competncia, observados os limites da lei instituidorae aos pertinentes regulamentos administrativos. Adverte CABM que tal poder limita-se a aspectos tcnicos dosservios fiscalizados, sendo-lhe descabido criar direitos e impor obrigaes, tarefa exclusivamente cometida lei.

    Tem por fundamento, como acima consignado, o princpio do Estado Regulador e parceiro da sociedade,definido pelo art. 174, caput, da CF, cabendo-lhes disciplinar e controlar (regular e fiscalizar)

    servios pblicosdelegados ao setor privado (ANATEL, ANEEL) o fomentoe/ou o exerccio de determinadas atividades privadas poder de polcia- ou ainda o uso de bens

    pblicos (ANCINE, ANVISA, ANA) o exerccio de monoplioestatal (ANP)

    Seu pessoal submete-se ao regime trabalhista estatutrio, consoante legalmente estabelecido em lei e adequado natureza jurdica das autarquias.

    LEI No10.871, DE 20 DE MA IO DE 2004.

    Art. 1oFicam criados, para exerccio exclus ivo nas autarquias especiais denom inadas Agncias Reguladoras,referidas no Anexo I desta Lei, e observados os respectivos quantitativos, os CARGOSque compem as carreiras de:

    I - Regulao e Fiscalizao de Servios Pblicos de Telecomunicaes ...II - Regulao e Fiscalizao da Atividade Cinematogrfica e Audiovisual ...III - Regulao e Fiscalizao de Recursos Energticos ...IV - Especialista em Geologia e Geofsica do Petrleo e Gs Natural ...

    LEI COMPLEMENTAR N. 914, DE 14 DE JANEIRO DE 2002Artigo 1- Fica instituda a Agncia Reguladora de Servios Pblicos Delegados de Transporte do Estado de

    So Paulo - ARTESP, autarquia de regime especial, vinculada Secretaria de Estado dos Transportes, dotada deautonomia oramentria, financeira, tcnica, funcional, administrativa e poder de polcia, com sede e foro nacidade de So Paulo, e prazo de durao indeterminado, com a finalidade de regulamentar e fiscalizar todas asmodalidades de servios pblicos de transporte autorizados, permitidos ou concedidos , no mbito da Secretariade Estado dos Transportes, a entidades de direito privado.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art8http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.986-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.986-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.986-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.986-2000?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.871-2004?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.871-2004?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.871-2004?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.871-2004?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.871-2004?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.986-2000?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art8http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art8
  • 7/23/2019 3. Entidades Da AP Indireta.

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    CONSRCIOS PBLICOSConforme se extrai do art. 241 CF, os Consrcios Pblicos visam a atuao associada de entes federados (Unio,

    Distrito Federal, Estados e Municpios), com vistas, dentre outros, aos seguintes objetivos: a gesto associada deservios pblicos, a prestao de servios, inclusive de assistncia tcnica, a execuo de obras e o fornecimento debens administrao direta ou indireta dos entes consorciados, o compartilhamento ou o uso em comum deinstrumentos e equipamentos, inclusive de gesto, de manuteno, de informtica, de pessoal tcnico e deprocedimentos de licitao e de admisso de pessoal, a produo de informaes ou de estudos tcnicos etc.

    Prev a Lei Federal n 11.107/06, que estabelece as correspondentes normas gerais, e o seu Decretoregulamentador, n6.017/07, que a formao dos Consrcios Pblicos observar a seguinte disciplina:

    1) elaborao e subscrio de protocolo de intenes pelas entidades federadas; e,2) O contrato de consrcio pblico ser celebrado com a ratificao, mediante leis editadas pelas entidades

    consorciadas, do protocolo de intenes.O consrcio pblico poder ter personalidade jurdica de direito pblico ou de direito privado. Dispe a Lei n

    10.107/06, em seu art. 6, 1,que se consrcio pblico for constitudo com personalidade jurdica de direitopblicoconformando-se ento como associao pblica (art. 1, 1), espcie do gnero autarquia (vide art. 41 CC) - integrar aadministrao indireta de todos os entes da Federao consorciados. J o 2 subseqente informa que, no caso de serevestir de personalidade jurdica de direito privado, observar as normas de direito pblico no que concerne realizaode licitao, celebrao de contratos, prestao de contas e admisso de pessoal, que ser regido pela Consolidaodas Leis do Trabalho - CLT.

    LE I N 12.396, DE 21 DE MARO DE 2011.Art. 1o Ficam ratificados, na forma do Anexo, os termos do Proto co lo de Int enes c elebrad o entre a Un io, o

    Estado d o Rio de Janeiro e o Municpio d o Rio de Janeiropara criao de CONSRCIO PBL ICO, sob a forma deautarquia em regim e especial, denominado Au to rid ade Pbli ca O lmp ica APO.PROTOCOLO DE INTENES

    CLUSULA PRIMEIRA - DA DENOMINAOO con srcio pblicoprevisto neste protocolo de intenes ser denominado AUTORIDADE PBLICA

    OLMPICA - APOe regido conforme o disposto na Lei no11.107, de 6 de abril de 2005, e demais normas especficasaplicveis.

    CLUSULA SEGUNDA - DOS ENTES CONSORCIADOSSubscrevem o presente instrumento de cooperao e de associao, visando a constituio futura do contrato de

    con srcio pblico in terfederativo, denominado Autoridade Pblica Olmpica - APO:I - o Municpio do Rio de Janeiro (Municpio), pessoa jurdica de direito pblico interno, inscrita no CNPJ sob no

    02.709.449/0001-59, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, neste ato representado por seu Prefeito; II - o Estado do Rio de Janeiro (Estado), pessoa jurdica de direito pblico interno, inscrita no CNPJ sob no

    42.498.600/0001-71, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, neste ato representado por seu Governador;

    III - a Unio (Unio), pessoa jurdica de direito pblico interno, inscrita no CNPJ sob n o02.961.362/0001-74, comsede em Braslia, Distrito Federal, neste ato representado pelo Presidente da Repblica.

    CLUSULA QUARTA - DO OBJETIVO E DAS FINALIDADAESA APO tem por objetivo coordenar a participao da Unio, do Estado do Rio de Janeiro e do Municpio do Rio de

    Janeiro na preparao e realizao dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016, especialmente para assegurar ocumprimento das obrigaes por eles assumidas perante o COI para esses fins e, notadamente: (...)

    __________________________

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.396-2011?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.396-2011?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.396-2011?OpenDocument