3 GUANABARA, Ricardo. Visões Alternativas Do Direito No Brasil

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  • 7/25/2019 3 GUANABARA, Ricardo. Vises Alternativas Do Direito No Brasil

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    In

    Vises Alternativas do Direito

    no Brasil

    Ricard Guanabara

    Por do rlo "dieito aternativo encon-se corremes difermesco propostas istnas, apesar d aprsmar inquvocos pontos d contato.Apresnaos ai duas dssas corrnts: a priira denoinaa "u aernativo do dreio capitaneada por agstrados gacos e se prope usar oarcaboo ega da]sia de ana ais exve; a segunda tab chaada"aternativa no vaoriza o arcaouo jurdico xistnt propes constirU novo direto, denonado isrgente ou achao na rua Ese ensaio

    prende xpctar os contdos d cada La dessas popostas

    Dnin os alavos

    teo "aternativo te sido oeo de conrovrsas no cpo doireto D ieiato cab rssatar o smido divrso da paava aguns passNa Frana, por exepo, a expresso adquire u smio pciar fruto

    Nol: ste abalho foi azado a par das iscus vadas no rs "Dos d.

    s no BasW,misado prJos Mlo Caao o IUPERJ no pmei semesr

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    estudos histricos 199 - 18

    crcersics de su sociedde, especilmene "vrso jurdcidde e ecus crescene o rmenos judcs de eu cono] Enuno sociedde noemeicn possu c endnci de uridiciz odos os

    conos rn pecore o enido conrio, ou s, cd vez m osfrnceses recorrem gncs de medo que m como objevo resolveconios e evir o recuo usi oci D o senido de lernvo ness

    ,ps direo lernvo no Brsl po su ve bc de ce f um

    subverso do orenmeno judico exisene sej prir de deno do sdosej prr de or com mobiio de seres orgndos d scieddeAssm popos do "uso lernvo do dieo d conecd nuncieurpi pre ppri prc udici e cooc mgsru no cenro do

    movmeno Vos mgsrdos uilmse do direio oc vigene pr cooc usi o ldo do oprimido A gund pespeciv d mr inomeri-cn coloc no os uzes s prpi comunide como ores principis u pelos seus deios eivindicndo um mor gu de educo pr osegmenos pope pr que posm demndr ole pr eus prblems.m procur dp s norms urdc exisenes s necessiddes dos seoespopulres credindo que neulidde do Poder uicirio um "mo Aour prpese pesr serios jdicos os rbldores conscienzndo clsses populres rvs educo legl e polc, enfizndo neces-

    sidde crio de um dreo "nsuene ds clsses oprimids, ser gesofo do Edo2 Tre como bem e Lucino Oveir de m escoque procur inscreve novos direo prir d perspecv dos pprios domindos.3

    So porno vses disns cerc ds possibiiddes do udoinsicionl vgene, embo miori de seus pricnes compie ddeso o mrxismo como cric do dreio

    o uso altmativo direito

    A mriz do movimeno d u brleros, sobrudo gcos, um pduzdo por vee senens polmics e cudo conriedde em bope dos demis jrss, enconrse n l do fin dos nos e , numgrpo de mgirdos empeendedoes de m movimno denomdo urispudnc Alernv Tl movimeno que repercu n spn do mesmoperodo tmbm provocou crcs de iluses jss enr ele Nobeoobbi04

    mbo cercdo de cc orunds dos membo mis consedoed mgisrtu tin, o movimeno crscu em impornci n dcd de ,

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    Ve Altatva do Dreto no Brasl

    devdo, obredo, ao alto prpar inelecal de jze, qe acaarmocpando ceda em niveidade e ecebendo o apoio dos partdo poco"prgresia alm de oer ereiva cobe da imprena, no iaana

    ma frncea.5 Tdo iso em m cenro de gande evindicaes ociai eao de erroimo qe agitvam o pa e coocvam a inie principamene a dica dane do contane deaio de car a e em uma oedebmetida a pd tanfomae

    Com todo ee eemeno,o mndo jdico lino viveri gandeembae enre o nai de ntncia dierene po cont das pomicdecie do jze de pmeiro ga qe aind hoje opam ma parcelaexpreiva d magrar nee pa6 Reae-e, propio, o edo deBoavenra de So Sano Enaindo a nec(kde de e eve o "mo doapoiicmo jdcial, O ator apon t grand ndncia nr o jzeitaliano A primeira denomnad "erral-ncionaa enati o vaoreda odem e da egrana dica repeentad po ze consedore emoderado, rancamene depto da decie trdiconai n organizaojdiciria A egnda a do "conivmo pralit pode er avalad comoeormita, deenor da mdana ocia e da oganzo udicra viando oaprondameno d democci dentr do Edo de direo Po im erceiracorrene a do "conlivimo dicomico de ipo mrxit, abiga uze qe

    fazem um o aernivo do direo, cjo objivo conferir mg mano crador na conro de m ciedade "ma igaitria7No Bra, omene n egnd mede do ano o movmeno do

    jze adepo do o alenatvo do dreo comria a diicr a enicionzr Ao qe abe o incio dea oidicao encona-e em m m congo da iao do J do Ro Grand do S Naocao magiado gaco ee com O objeivo de coetr getepar a Conne qe comearia no ano gine O enconr evi porm,para morar a convergnca de onto de via enre o preente Diveras

    opoa acbam e evelndo comn como por exempo, qe geaelei drea para deemagadore e preidene de bnai9A pair da conao de qe cd j no etava Q popoa

    " eqerd crece a adeo a m gpo qe e conoi no gpo deloia do direio da coa de Magitara do Ro Grnde do S ta paariaa er a nica do pa a conar com ma cadera denomnada deio alernaivo,qe ria minad por m do expone do movimeno, o Amion Beode Caralo

    Em o rupo conva com aroximadamene e e peomeno m nmr iga d impaiante a mmo na gnda intncia do

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    etudo hitrico 1996 - 18

    Rio Gade do Su ode e eotrva outro grde lder do movmeto o juize profeor Srgo Gihow Pereira

    mbor o poam manter vuo padro por determiao da

    prpr Le Orgi d Mgitratura mioria do juze "ateratvo delaravotar o e, no raro az rmae que provoam rti ontndenevida do mai mpotte urita do pa. Idepedeemee da poduodm do grupo que tem reido no limo o e d deie udi ae de eo itegrante o tmbm bante pomia obreudopoque que empre quetonam a etuua de fuioamento do PoderJudiirio o Bril So uua a rtia ao riuai do otidiao do tribunaie propoa paa modio Um do uze Mro Pugg hegou a propormuaa o mobliro do trbunai: "N queremo erar o p da me

    par rmo a mem alua da peoa,1 Com ele onordr AmtonBueo de Caalo "Oar peo de no deix um poio

    rdua12ambm a delrae poti " equerda provoam indignao

    em algu rulo urdio bileiro A miora do juze ertivoquetona ida de uti e muto o heam em redenia. l o ode ton Bueo qudo irm "u eio a ur o direito par a emai-pao da ae trabalhador ou "O juto et no ompromio om a miorado povo que obvimete no regme apitalita expod3

    o e pode dizer que o uze aternatvo e preoupem apena emexpor u poe por meio de delae H um eforo de udmentoe duo aadmia Am de pubiae ivo e peridio dede oo do ao 9 enten de debate e inmero ogreo orm reazadoem todo o Bil etre ee o I notro Internaioal de ireito Aterativoreaizado o etado de Sata Caaria em etmbro de 991

    ouinaefndaentao o alttivo dodireio

    Segundo Ailton Cavalho o uo aternativo do dreto eri a prourde um inrmenta erio e prio er utiizado por profiion que deejmoor eu ber/uo erio d emnipo popur5 Segudo oautor a Amra Latina vvera uma "npente demoratizao'\ o que from que o direito e ore um dpevel inumeno par que laepopure reiiem "dominao/exploo Nee otexto o Judriodeveria er um "area demoria dpove ao iddo para que utempor eu direito omo por exempo o apoentado n luta por reaute emeu provento ou muuro preudiado o Sitema Fieiro de ab-tao6

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    V Atatva do Drto no Bra

    Tal perspecva tm undo um nmeo cescente d atos jurdicoscomo ues, pomotoes, advogados dfnsors procuados qu pautmsuas auas plo instumntal do dito altnaivo o qu fz o movmno

    crsce em motnca. Na vso do juz ton Caalho o uso altratvodo dieito o se caactria pla gaiva d l j qu sa uma "coqustada humanidad, no sendo possve vve em socedade sem oms samscrts ou no Isso no deve mpedi enetanto qu as s sjam jusas e"compromdas com a mioria da populao]7 Como sso em sempe possvl, um ponto funal do uso tnavo a spao nt dieto quando necessio Da a ida de que pecso supea o lgalsmosrto sm pd d vist os pncpios gis do dito vstos como umaconquista da humanidad18

    Umas ds pncpas ctcas soids plos magistados gachos a dequ stes jues esaiam peendendo substtui os egisladoes Cavalhosponde a ess qustoeno algando que a hsra dmonsra que oslgslados staam a sevio da class domnant, ou sa dos donos docaptal19 O lgsado concb a lgsao gnricamn sm pnsa naspaicuaidades Com sso a i mbo boa, podea leva a iusasagnts

    Cabea, pos ao Judco a obgao d no caso paticula alea coigi situas no pvisas ou mal pevists No devea pois smpls

    mnt busca a votde do legsado Sendo um pode do Esado cabia aoudcio busca o qu mho paa o povo qu a apas umfnca20 o havia na viso do uso alnaivo do do qu s falam nstabilidd udica provocada plas suas setnas pois sgundo AmitonBuno de Caaho o qu gea nstabdade so as is njustas, pois o povopede a conaa nas insttuies

    O prprio Aon Cavaho dene com mao pcso os igdintesque compem o uso aavo do dto possve die que essa ptica sutiza do sstma udico postvado j stitudo avs das sgutes

    pobdads: ulzao cotads, ambgdads acunas do detogisado sob uma ica dmocizant com vstas a busca via tpetaoqualcada dfnciad, spaos qu possibiem o avano ds utaspopulares e prmtam uma democatiao das nomas22

    Pecebe-se assm que h uma busca d mudaas dento do quadolgalinstuconal xstnt o qu coniado po Calho quado utia axpsso positvismo de combate Na viso do autor sta xresso sgnficaa vaorizao de is que epesentem coqusts

    popu

    laes,

    2

    Ainda sgudoo auto as lis dvam sta d acodo com os pncpos noadoes

    uivesas do homem qu so o dieito vida bdad Se a ei aot

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    estdos histicos 1996 - 18

    esses prncpios o agene juco, em especal o uz, staia autorizado a negarvgncia a essa e24

    posies concnes ao uso altenatvo o eito ecusam uma

    viso e neutalidae do dieto e da Justia e um compomsso de anhamentoaos setoes socs mas desfvorecos. possvel ier que toos concordaamcom a frse de outo uiz gacho seguo o qua o uz que apica u einusa se emite da dgnade huna25

    Ouos pofissonas o ieio tambm apiam o movimeto "usoaltrnativo o deio o caso de Tarso Genro, avogao efenso dapatcipao o uz no processo de criao do ieio. Seguno Genro o solteativo no seria um ato arbtro do ju ms um ato e costo evaoes que eso posos pea histia o seido da amao a liberdae

    humana o deto via u pa rpatio o pouto socal pea rduo desgualde e pea efesa o pouto o homem preserano-lhe oambiene e urez'6 Isste o uor em qe, quno ms pego ao texoa le mais !sev o juz iae os poeosos e ais engco peaneos sociamente frcos7

    Em suma o uso aernaivo do deo nega vadae e jstapocuando uizar m algus casos as conaUs a vaguza a amgadexisetes no orenamento dco. Nesse pocesso o magstado deve opasempe pela epreto compromei com cses e gpos ecludos earentes Confome embra Hocio Rorgues, o insumeno pincpa nessepocesso a hernutca, possibiita no caso brasilero pela ppialegislao o pas confoe ates o artigo a Le de nouo ao Cigoiv: Na interpeao e o jiz atender aos ns socais a que ela s desae s exgncias o bem comum8

    Jra "atetia

    O uso atenativo o eio st prsne no apenas na esfe cvelmas tambm em outos mos do dieto como por eempo, no cimal ombto do deito pena o uso aenatvo o ieito tem enfatizado que oesaguaouro do am soia o cme9 e que a egisao ea rasileir envola com os foes e sevea paa com os poes atamente por ssosca mudar o direito penal nveteno suas poraes Asm po um ladooeivase novas ncimnaes com gande ase nos crmes contr opatrimio pco e o aumento a pena paa o crime de corrpo Po ouoao h a busca da descrmnaizao e delos como a vadiagem e a dimnuio

    da pena paa cimes como o uto Am sso concedese especal ateo

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    Vises Alteatias do Dieito no asil

    qusto ds ptciis co vists ssgura o psidiro u ssta dgrati os sus dritos dis.3

    Aid o bito ci qu s sst gd so do "uso

    ttivo do diito os cdos dito cot o costus Ns t viso "ttiv cosidr qu u dscopso d o cotpo co O diito vigt o ps Ext po isso u ctdci bsovio d us icusos ditos qu vov sduo csd prottuio fvocto d prostituio Cosidr Aito Cvoqu ss gdo os uzs ttivos sj posibidd d discuti"ctio d supto d ors pddas o tpo31

    No bito trbst so budts s ts qu protg odto d gv d ctgois coo dos pofssos quto s cv

    so cous dciss dtdo dvouo d pcs cogds cosuido dstts d coscos Outrs ipots dciss frs iits dos dtos do ocdo os cottos d ugu d ivs

    Jus d outos stdos ts fstdo fvovt iitods txs d uos cosddo qu dtio costtucio qu itaos uros % utopicv piddo pois d guo

    Rsts id qu gus dcis "gcs cost uisprudc codo ivss d ts O ppio Aito Buo d Cofti qu ocupo d tidios po p d ivsos "strs t

    codo "stci o Judciio. Po viso dss gstrdocts cdos v potdo p u "ovo o do diito "copodo co qus qu o t od o32

    H qu u uso dift do tuo "ttivo ciodo-oo pcs sttucios s qus os tos pcips so os pofissoisudicos as gpo ociis cpzs d poduzi u ovo dto "o-ugus o qu vos sgu

    odii

    U sgud viso "ttiv do dito pod s cod covco qu pcso "duc potic t s css popus

    visdo u coscizo orgio d u ovito qu usquputit substituo do dito "ofic vgt po u dito"uttico vido d socidd

    A gc qu psid o ovto "ttivo a d qu do ostado ioravt u pstt ds "csss doits pcisofud u ov "docrc fo dss stdo osttd po ovos gts

    u sfoo d cio d u ovo diito dodo "sugt ds

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    estuos hstrcos _ 1996 - 18

    "lasses oprids.33 Sera preiso pois, estbeleer u novo direito que seonapusesse ao dreito oiia a fi de superr o odelo atual de soieddeNa nov orde judia a ser gestad prvilegiase, sobreudo, os direitosuanos e as arnias dos setores "subaternos

    U exeplo de proposa de ua nova orde urdia o proeto "ODreito Ahado na Rua, desenvolvido pela Unversdde de Braslia (Un) uaea a de proporiona eduao jurda distnia a grupos oooganzaes sindais, ounidades eligosas e saes de bairosbser os duardo Faria que essa iniitiv preoupase enos o o diretodos ligos, eionado nas universiddes, e ais o as diversas relasjurdas prtiadas no daada das soedades3 Assi, postur dos ursos enenteente rta e relao o dreto vigente, o rtias id deneutalidde e dspolitizao do direto Privlgiase o ataento poto daquesto jurda, o popostas de onsuo de u nova orde que substuaas nsttues jurdas atuas A ida fazer d nverdde u pornsissor de s pr l de ua ord norava, gm,desforaada e desentrzd 6

    u texo denonado Contribuo para u projeo de uridi-dde Aterniva37 Antno Carlos Wolker faz u dgnsio do tul quadrojurdioestata e tra u pojto de udana da ord instituonal. Segundoo autor o direito burgusapitsa baseiase e poposies egais e

    abstrtas epeenddas por u rgo entrliado Estado) e pliadas poros e unionrios stais juzes Por sr u direio statal, desonsider e sus fontes as dversas anfestaes de relaionaentos urdios nooiais, desenvolvidos por gupos soais oo sndiatos ouniddes segen-tos soas e38

    Por ont desse quadro no qua o direito atual "insuiin pardesepenar suas unes requerse segundo Wolker u novo ordena-en judo que ontepe s oderns soiedades de ass que expressa na vrdade rises d poduo dinsrao da ustia Tal quadro

    revela, aind na viso do auor u inequvoo espao paa o surgento denovos padigas rados tano pelo oproo a destio dodireto oial quanto pela i1leentao de novs proposs baseadas nu"pluso legalaternatvo

    "novo dreo proua lur, entre outros ponos pelo questiona-ento dos vlores pel "ndentao de u tia poti de prxisou-nira pla "redesoberta de u novo sujito hiso e po onheientodos oventos e ptas siais oo fontes do plurlso jurdio,, Esaida de puradade, onstnte e quse todos os textos urdos "alternatvos,

    e oo atriz u esudo desenvovido por oaventura de Sousa Sanos nos

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    Vi Aatia do Diito no Bai

    anos no Bsi41 Na ocasio, estudando uma comndade brsilei o atorobsrvou fo d lgaliad altrnativa s qais denomno direito dePasrgada. Segndo Santos ss dirito rpresenara um form alternava de

    poder, j que compreendeia f1

    s internas de resolo d conitos quevioavam paraelamn ao drito oicial2Clent apoiado em Boaven de Sousa Santos proge Wolk

    mr prgando q am da ncessade d a racionalidad mncipata d ma tica poltca libador havra a necedad d se resgaar umnovo sueto hstrico q s aiculass m torno do sofrmnto e segncias cada vez mais caras de digndade paicpao satisfao masjsta igalra, ds ncssidads ndamntais as miorias43 O novo atorhistrico no sria a oligarquia ou os seores mdios d bgsa mas a

    coetividade poltica, foada tanto pelas massas no-organizaas quantopor orgnizas popars nicas, sudants, sisas prfionais 4

    Oros auors altaivos como wilson Ramos Filho, enfaim asdifernas stnts ntre o dirto atrnativo o so alternatvo do diretoSegndo esse ator, o direto alternaivo pae da idia de que nem todo direitoemana do Esdo sobretudo na Amrica Latna onde predomina a nsabldadinsttcional h ma imprmabilidad do sistma jrico45 Por iso mesmoos diversos grpos siais acabam produindo e praicando um direito comaior lgitmidad do q o dirito oicia, m s imporar ees dreios

    so rconhecidos plo stado como demons a prtica ds assocas dmoradores e do movimnto sndica6 Segundo o ator h formadoresbuscando dor ss drito atrnatvo d ndameno terica para ustcarsua rtca com nas, no no Judicro, na comuni(ad com a produod um sabr qu orint a prica libadora d tais grups no senido de saemcpao 7

    a msma linha, nr os aors do curs O Direito Achado na Rada UnB prdomna a ida d qe os ordnamntos jrdicos tm obscuidoas aspis legmas da sociedade xamente por O jrisa devera

    apoiar o direito supalal como bas do dreito positivo nica forma dercprar a Jusia48 H entre esses autors u crica ao dirito burgus,qu, a s vr prit a ocuo d rlas d pder e domnao O reitoachado na ua susn qu os gros spoliados e oprimdos so capazesd ga m reito paalelo ao drio stal abera aos intlctuais jurdicosconsidrar ss dito uma opo no infrior ao drto oficial e apoiar a diade ngao do monoplio d produo rculao do dreo pelo Estadomoderno 49

    Em m texto denomnado e doi

    promotores do esado de So Pauo fazem um iagnsico do deito e da Jusa

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    etudo hitco 996 -

    sgndo a vso dalta Consdeando qe o Mnsto bo aamentfnona de fato omo m eesentante da soedade v pem osautoes qe a nsto se ntege ao poesso de undmento d

    demoaa0

    Sgndo os atoes a atao do Msto bo na deesaa odem ua devea busa a eetvao do leto omo m nstumentque eta a aao ds lasses domnadas no oeso oto> esseoeo o Mnso blo ataa omo um veulo dos vaoes dos

    gesados na a soeade vl ssa pst laamente mas usadaqe a dos ues atenatvos ma ve qe oe que o leto ahado naa sea ad elas nsttes das atuas

    diitoaltio

    o f enont textos que tqem anltmene as osesdo deto altenatv A onto ds delaes onas ao movmentoque so nmeosas e amene oalves em algns jonas as asaadmas aos texos atenatvos so oas e de ula esa O texode Lano Ovea um dos oos tbahos qe se ppem onestaagumas ds eses que exsemos ns gnas nteoes

    an Ove nsee as oentes qe aesentams e ummovmento mas mlo denomndo esev ta al movmeno

    segndo o auto envolve tanto os mgstados gahos gados aode Jes do Ro Gnde do Sul (AJRS) qanto o leo de Estdos a a e Detos Hmanos nB. Reonhee o auto que a espetva tano foma um boo monolt e essalta que a oente d so altenatvo ddeo menos dal do que a do deto alenavo extamente o sasopostas de muana a elo alto J o eto atenatvo egaa n a uta dos detos exstentes mas a neessdade de nseve novosdetos a at esetv dos os domndos 5

    A na ta que Lno Olvea esea ao det tenatvo

    est na esa geal dessa oente ao fomasmo e ao ostvsmo dos ussEm ta esa pom os tenatvs ehaa o deto estaal e seonasmo stvst Consde Olvea qe talve o foa d voaomante dos ustas atenatvos no h nesse segmento um esoo deeonhement as dfeenaes exsentes no nteo d deto ofa Asdfeenes devem se dg a la lvso exsene ente osdetos vs e polt e os detos s6oonmos esse sentdo ao seondena os detos exstentes o alega s nexstna no sl osaltenatvos gnoam qe s des vs e potos eso tegdos el

    deto ostvo dvendo otanto a taefa s a de busa sa memenao

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    Vises Altatias do Dieito no Basil

    efetiva. Em contapaida, quanto aos diretos econmicos ata-se ealmentde cia novos dretos. Na vso d Olivi, o en pso da qusto socialno Brsil faz com qu os juiss crtcos s squm ou negigncim os ditos

    civis polticos j xstntes 53H poanto, qu s cria litos s6cioconmicos mas tambmvaloiza o galismo no que se fe dimno dos dreitos civis e olticos consagados lo odnamnto udico Diitos como o d no disciminao da proibio da priso abiria, toua, nt ours, requeem omis estrio lgismo

    A no dfnciao entre dreos civis e scoeconmicos pode evr,sgundo o auto, a grves equvocos. O propaado "irio das faveas pconzado plo direito achado na ua pd acabr s voltando conta as prpis

    clas opulaes s ss no valoizem os iitos e ganas ndividuais inscitos insitucionalmn Rmb-s, a prosto que so justamnt asclas opuas a maios angid el arbitaiedad do Esado.

    comprensve que as favelas e upos desfavocdosprum onzr su vd scioeconmic segndo us prprios refeenciais,pac tmo gundo Oiveir, dxa qu s gupos insitam ptcascoti eaconads aos diits e gantias ndividua5 Paa ilustar sseponto Luciano Oivia afrma que o dieo d favela pod, m mutas de suasmanifsas, no s dscaactz uma prtic "ltadoa como tambm

    ir cont a ppra noo de dietos humanos Reemba anda qu quando sdelega a comuniddes a tarfa de elabor aplica cts les, o esultdo podese ainda mais violnto: ulgamntos populaes eaiados no ntrio dcomundads brualzadas el misia costumam apca a l d Chales yncovdicto , muas vs, lncmno ss co ustia popu podeeproduzir os pobemas mais gavs da ustia ocial, advet o auto

    Em suma a ctica dsse auto pocua chama a ano paa algumaspeigosas manifstaes do dieito altenatvo ao condena o odnamentojudico vignt no pas sm conhecr que em lguns pontos ouve signii

    cativos avanos O foco, poanto, deve-se voltar paa a ciao de mas dieitossocais paa os dsfavoecdos sobrudo na qusto agia, ao passo quequanto aos ditos civis a luta pla implmntao dos diitos consgados,nclusiv a Constituio de

    Conclso

    O Pod udcio tm stado sob ntenso oco na sociedad basileidos nos . Crtc-s a moosidad, o corpoivismo o distancimnto m

    reao sociedade como taos que impdm ou dicultam a intgao des

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    estudos hstrcos 1996 18

    pdr dmaa Abrdam aui nt tabah da ppt u vam ua dmatza A pimra a d u altnaiv d dirt, r mamdana a patir d dntr pl alt d uadr urdi n Bil m a

    ia d inumntal da nti j xnt d fa a vi amn ma davd da dad ntprtar a l vand a pot m r almnt pa r ia d a d mtd,btud ah qu apvtam da launa ntradi d ditma n ftm a pi a nta x ai paa azrjuta.

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    Notas

    1 Elae Botelho junquera "Oaeaivo rgado a vo e a cacaa,n mundo a e Ada j (og, de Direo Alteati, So Palo,Ed Acaca 1992, v p97

    2 Eiane Boelo qea soci gUdo dreio no Bra, Ro Jano,Lue 1993, p5

    uao Ovea Ia e di/o

    aUivo: oas para eviar alguequos, ecfe eo 1993, p

    4 Eco de Csc Sobno,alenai Poo Alege go Fas,1991, p!

    5 Ie, p3

    6 , p.4.

    Boaveua de oua Saonouo sociologa adao da ua osdao aa og) Drei ejuia. a

    funo oial do udicio o deaeo ca 1989, p5

  • 7/25/2019 3 GUANABARA, Ricardo. Vises Alternativas Do Direito No Brasil

    13/14

    Segndo matria pbcada plojoal Trde e 24/0/19.

    Idm, p.6

    0Idem p

    Idm p.6.

    Ide, p.6.

    jomal arde 25/0/9 p8

    Emuno Lia e AaJrIntroduo scilog uicltetiv So Pao Acamca993 p.79

    5 on Beno d Cavaho Direitoltei nuc oalo, Acadmica 993 p8

    6 e, p9

    Ie, i p.

    e i p1.

    Alton Beno e Caao,kftatura direit atti, SoPaulo, Acadmca 2 p9

    2. de i. p9

    m i. ton Bueno e Carvao Diretoti na rca op p

    de

    Id ib p2

    5 A Paglend "Dirto aernavoRet d SjU -UGS n', 2 p30

    6 Tar Fando Genro Os jze

    contra a le\ in Edno Lima dAra ] (org) Li de direitlteativ 99 o. 1 p26

    Im i p27

    28 Horco Wandeley RriguesDreo co q reo? in dmndom d da J rg Li direto tiv, op. ct, p82.

    2 Amon Bueno de Caaho, Ditalteati nrncia op ci,p2

    Vse Aatva do Dretono rasl

    0 Idm ib, p26

    Idm ib.

    . ib p0

    33 Eiane Beo neia Acioloa d dieto Bil, op cip

    Jo Earo Fara CeloFenands Camplongo A iolouica n Brasil, oo AlegrSo Fab, 199 p 38

    5 e b

    6 Id ib

    Antno Carlo Wolkontuo pra o proto dicae atata n Endoa de A Jr (org i dediret altti op cit p. 28-52

    p36

    d p

    0 Idem ib p31

    O esudo dnoinado w aganslaw de 94, cado por BoaventraSantos m Juta poplar daidaede pere e estgia ata in

    Jo Euado aa (org, Direito ejuti a uno ocial dojudico,op

    dm ib p20

    Antno Caros Wolk op ctpA4

    Ide ib pA5

    Won Rams Fiho Diretoalnato e cdaania opra in oEao aa og, Dret esti a

    no cl do Judicr, op tp.156

    6 Idem

    Idem ib, p157

    Maia iane Faria A deologa eo iito in Jos eldo de Sza Jorg.), nrdo ctic o direito

    Braia d UnB, 1993 p6

    41

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    14/14

    estudos hstrcos 1996 - 18

    4 Raa B, aca ca de, i J Gad d Sza Jrg, cit 36

    50 A At Machad e Macdr a, Minto Pblcedireito alternativ, S Pau,Acadica, 99,

    5 , , p2

    52 Luca Olera ci., p

    5 d,

    5 d i

    55 d, ,

    (Reebid para publicaojaei 1997)