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Hl ANNO DOMINGO, 8 DE MARÇO DE 1903 N.° 86 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assigiiiitura t) Anno, 1S000 réis; semestre, 5 oo réis. Pagamento adeantado. £ Para o Brazil, anno, 2$5oo réis (moeda forte]. Avulso, no dia da publicação, 20 réis.: íi EDITOR — José Auguslo Saloio lli 3 I L W I A C A 0 E H l IQ, I.° — RUA DIREITA — rn, i.° A JL, l ) 10 (iAÍ, I > 10 G- A Publicações Annuncios— i.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.-' pagina, contracto esp . ciai. Os auto- jrnphos não se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Auguslo Saloio expediente tcceiínm-se coe » graíi- <|:io q u aesq u er noticias que sejam «le in<eresse pubSieo. Cl 1, Noticiam os jornaes o grande crime de uma po bre raparrgá, criada de ser vir, que foi seduzida por um sujeito qualquer e que, encobriu o fructo da sua culpa, para se poupai- á vergonha. Dizem tambem que o pequenino cadaver apresentava signaes de es trangulamento. O procedimento é real mente de uma lera. Pois a mãe pode lá ter coragem paradara morte ao querido ente que alimentou no seio! Peior até que as feras, por que essas defendem os fi lhos até morrer; só arran cando-lhes a vida conse guem arrebatar-lhos. Cae todo o rigor da opinião publica sobre a des graçada, porque é pobre, porque se viu sem amparo e cahiu ingenuamente no laço que lhe armou o D. Juan que foi abusar da sua innocencia. Já o disse e re pito; porque não ha leis para castigar os ladrões da honra como se castigam os ladrões do dinheiro? Pois a honra não é o thesouro maior que uma mulher po de possuir? E’ crivei, é jus to, é humano que, havendo dois culpados, só um soffra as consequencias da culpa e 0 outro passeie impune mente, ao abrigo da lei, rindo-se ainda do mal que causou ? Essa mulher, se realmen te deu a morte á creança, é digna de severo castigo. Mas digam-me cá os se nhores moralistas que a aecusam, e que talvez te nham grandes culpas no cartorio, se não foram a dôr, o remorso, a vergo nha, que a conduziram aquelle extremo. Essa crea- tura, aberração da natu reza porque matou o fi lho, podia talvez ter sido uma mãe extremosa e cheia de carinhos, se tives se encontrado um homem que a amparasse nos bra ços valorosos e lhe désse a conhecer as suaves alegrias do lar. Em vez d’isso en controu um que a fez mãe e a desprezou depois; ella não viu nessa creança, no filho que todas as mães bei jam com o mais extremoso amor, senão o espelho da sua culpa, senão o signal evidente da sua deshonra; quiz supprimil-o; não digo que seja o mais natural, mas foi o que a força das circumstancias lhe dictou ao espirito. A sociedade fez d’ella uma fera; suppor- té-llíe as ganas. Custa tão pouco a pré- gar moral! O caso é sa- bel-a executar. JOAQUIM DOS ANJOS. AVISO A fim de não soífrerem interrupção na remessa do nosso jornal, lembramos aos nossos assignantes que se acham ainda em debito, a fineza de nos enviarem as suas respectivas impor- tancias. Lembramos tambem aos srs. assignantes de fóra, a conveniencia de mandarem satisfazer as suas assigna- turas, pois assim pouparão as despezas que fazemos no correio e que são inclui- das no recibo a cobrar. A EMPREZA AGRICULTURA A luzerna como alimen tação dos gados Pode empregar-se na ali mentação dos gados a lu zerna verde ou secca, re duzida a feno. E’, porém, preferível ad- ministral-a em verde, por que o seu valor nutritivo é proporcionalmente maior em verde, do que em feno. Convém mais fazel-a con sumir na manjadoura do que no prado, porque os animaes a pastar estragam muito a forragem, fazem buracos ou covas no ter reno, e mesmo os excre mentos poderão attrahir os insectos prejudiciaes. A luzerna verde convém para os bois de trabalho, para os de ceva, para as éguas que criam, assim co mo para as porcas. Pelo que respeita ás vac- cas em lactação convém tambem pelo lado da quan tidade, mas não assim pelo da qualidade, principalmen te quando o leite é desti nado á fabricação do quei jo, porque se tem notado, que o queijo fica picante, e que é de mais difficil con- servacão. > Dada em verde e muito tenra produz ás vezes nos animaes que se achavam a regimen secco uma diar- rheia, que é passageira. A administração da lu zerna verde deve ser feita com algumas precauções, porque pode occasionar indigestões e meteorisa- ções mortaes. Para preve nir estes accidentes deve ceifar-se algum tempo an tes de ser administrada, a fim de murchar e per der alguma agua de vege tação, mas não se deve deixar aquecer, assim co mo não se deve dar molha da ou orvalhada, havendo ainda o cuidado de fazer a distribuição em pequenas quantidades e mais repe tidas. O feno da luzerna, ape sar de duro, é muito ape tecido pelos animaes, que são bem alimentados com elle, mas tambem deve ha ver alguns cuidados na sua administração, não se de vendo dar immediatamen- te depois de ter sido em- medado, e antes de soffrer a fermentação, porque no caso contrario, sendo novo, determina diversas doen ças corno constipação de ventre, ebulição (vulgar mente alvoroçamenlo do sangue), e sobretudo indi gestões graves. Ainda de ve haver todo o cuidado em não se dar luzerna co lhida depois da floração e que já tenha algumas va gens maduras, porque, te em ellas a mesma proprie dade do chicharo, isto é, sendo dadas por um certo tempo ao^ cavallos, produ zem nestes animaes a do ença conhecida pelo nome de assobio chronico da res piração, doença que é tan to mais grave quanto é certo que resiste a todo o tratamento e quando des- apparece é muito vagaro samente. O mais racional será administrar quer a luzerna verde, quer o feno mistu rado com outras forragens, e nunca fazer a alimenta ção exclusivamente com esta planta. Desta fórma aproveitar-se-hão as quali dades eminentemente nu tritivas desta planta, e evi- tar-se-hão os seus inconve nientes. B2VaniCS de instrucção primaria Tendo-se determinado que os proximos exames dinstrucção primaria sejam feitos de acordo com os novos programmas, era de necessidade immediata or- ganisar livros que podes- sem responder ás novas matérias a que o examina dor tem a satisfazer. A livraria de M. Gomes, de Lisboa, depositaria de todas as publicações oíft- ciaes, de pôr á venda dois livros que orgánisados em conformidade com os no vos progammas, vem pres tar pela sua clareza, sim plicidade e exactidão, um valioso auxilio não só ao estudante mas tambem ao professor a braços com um ensino inteiramente novo. Um destes — Rudimen tos de agricultura praticaé um volume de 128 pagi nas, acompanhadas duma grande quantidade de gra vuras indispensáveis para a boa exposição e clara in terpretação do texto, e o seu preço é apenas de 200 réis br., e 25o réis cart. O seu auctor, um distin cto professor official, quiz esconder debaixo das ini- ciaes A. L. a sua compe- tencia no assumpto. O outro livro é o Com pendio de doutrina christã acompanhado da noticia re sumida da vida de N. S. Je sus Christo, profusamente ornada de magnificas es tampas, que tornam este livro dum agradavei inte resse para o alumno, sendo apenas de 100 réis o seu preço em brochura e i 5 o réis cartonado. E’ seu auctor o professor das Escolas de Lisboa, sr. Santos Martins, que viu o seu Compendio dejmoral e doutrina christã appro- vado como livro unico para o ensino em todo o Paiz. Ambos os livrinhos são impressos com a nitidez e perfeição habituaes da co nhecida casa editora. listradas O estado em que se en contram as estradas que. conduzem daqui ao Pinhal Novo e Moita é vergonho so. E’ tão péssimo o seu es tado que, para carros pas sarem, ha pontos em que as pessoas tem de ir a pé, receiando um desastre. Era, porém, conveniente mandar concertar alguns buracos, pois que no péssi mo estado em que aquel- las estradas presentemente se encontram, é de todo impossível transitar por el las quer de carro quer a pé. B*rovidci!cias Mais uma vez lembra mos á ex.niil camara a con veniencia de mandar cal cetar a rua que se abriu na rua do Conselheiro João Franco, afim de evitar o la meiro que alli se junta, exhalando um cheiro nau seabundo, decerto contra a hygiene. A rua é um verdadeiro lodaçal e, sem tal melho ramento, de utilidade algu ma serve. Será bom que a ex.n ’a camara comprehenda que aquella rua está no centro da villa e que merece os mesmos cuidados que as outras. .tnnivcrsarios Completou no dia 6 do corrente mais um anniver sario natalicio a esposa do nosso amigo Antonio Au-

3 I L W I A C A 0 E H l castigar os ladrões da honra como se castigam os ladrões do dinheiro? Pois a honra não é o thesouro maior que uma mulher po de possuir? E’ crivei, é

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Page 1: 3 I L W I A C A 0 E H l castigar os ladrões da honra como se castigam os ladrões do dinheiro? Pois a honra não é o thesouro maior que uma mulher po de possuir? E’ crivei, é

Hl ANNO DOMINGO, 8 DE MARÇO DE 1903 N.° 86

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R À R I O E A G R Í C O L A

Assigiiiitura t)Anno, 1S000 réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. £ Para o Brazil, anno, 2$5oo réis (moeda forte].A vulso, n o d ia d a p u b l ic a ç ã o , 20 ré is .: í i

EDITOR— José Auguslo Saloio

lli 3 I L W I A C A 0 E H lIQ, I.° — RUA DIREITA — rn, i.°

A JL, l)10( i A Í , I > 10 G- A

P ublicaçõesAnnuncios— i . a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.-' pagina, contracto esp . ciai. Os auto- jrnphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Auguslo Saloio

e x p e d i e n t e

tcceiínm-se coe» graíi-

<|:io q u a e sq u e r noticias

que sejam «le in<eresse

pubSieo.

Cl 1,

Noticiam os jornaes o grande crime de uma po­bre raparrgá, criada de ser­vir, que foi seduzida por um sujeito qualquer e que, encobriu o fructo da sua culpa, para se poupai- á vergonha. Dizem tambem que o pequenino cadaver apresentava signaes de es­trangulamento.

O procedimento é real­mente de uma lera. Pois a mãe pode lá ter coragem paradara morte ao querido ente que alimentou no seio! Peior até que as feras, por­que essas defendem os fi­lhos até morrer; só arran­cando-lhes a vida conse­guem arrebatar-lhos.

Cae todo o rigor da opinião publica sobre a des­graçada, porque é pobre, porque se viu sem amparo e cahiu ingenuamente no laço que lhe armou o D. Juan que foi abusar da sua innocencia. Já o disse e re­pito; porque não ha leis para castigar os ladrões da honra como se castigam os ladrões do dinheiro? Pois a honra não é o thesouro maior que uma mulher po­de possuir? E’ crivei, é jus­to, é humano que, havendo dois culpados, só um soffra as consequencias da culpa e 0 outro passeie impune­mente, ao abrigo da lei, rindo-se ainda do mal que causou ?

Essa mulher, se realmen­te deu a morte á creança, é digna de severo castigo. Mas digam-me cá os se­nhores moralistas que a aecusam, e que talvez te­nham grandes culpas no cartorio, se não foram a dôr, o remorso, a vergo­nha, que a conduziram aquelle extremo. Essa crea- tura, aberração da natu­reza porque matou o fi­lho, podia talvez ter sido uma mãe extremosa e cheia de carinhos, se tives­

se encontrado um homem que a amparasse nos bra­ços valorosos e lhe désse a conhecer as suaves alegrias do lar. Em vez d’isso en­controu um que a fez mãe e a desprezou depois; ella não viu nessa creança, no filho que todas as mães bei­jam com o mais extremoso amor, senão o espelho da sua culpa, senão o signal evidente da sua deshonra; quiz supprimil-o; não digo que seja o mais natural, mas foi o que a força das circumstancias lhe dictou ao espirito. A sociedade fez d’ella uma fera; suppor- té-llíe as ganas.

Custa tão pouco a pré- gar moral! O caso é sa- bel-a executar.

JOAQUIM DOS ANJOS.

AVISO

A fim de não soífrerem interrupção na remessa do nosso jornal, lembramos aos nossos assignantes que se acham ainda em debito, a fineza de nos enviarem as suas respectivas impor- tancias.

Lembramos tambem aos srs. assignantes de fóra, a conveniencia de mandarem satisfazer as suas assigna- turas, pois assim pouparão as despezas que fazemos no correio e que são inclui- das no recibo a cobrar.

A E M P R E Z A

A G R I C U L T U R A

A lu zern a c o m o a lim e n ­

tação dos gados

Pode empregar-se na ali­mentação dos gados a lu­zerna verde ou secca, re­duzida a feno.

E’, porém, preferível ad- ministral-a em verde, por­que o seu valor nutritivo é proporcionalmente maior em verde, do que em feno. Convém mais fazel-a con­sumir na manjadoura do que no prado, porque os animaes a pastar estragam muito a forragem, fazem buracos ou covas no ter­reno, e mesmo os excre­

mentos poderão attrahir os insectos prejudiciaes.

A luzerna verde convém para os bois de trabalho, para os de ceva, para as éguas que criam, assim co­mo para as porcas.

Pelo que respeita ás vac- cas em lactação convém tambem pelo lado da quan­tidade, mas não assim pelo da qualidade, principalmen­te quando o leite é desti­nado á fabricação do quei­jo, porque se tem notado, que o queijo fica picante, e que é de mais difficil con- servacão.>

Dada em verde e muito tenra produz ás vezes nos animaes que se achavam a regimen secco uma diar- rheia, que é passageira.

A administração da lu­zerna verde deve ser feita com algumas precauções, porque pode occasionar indigestões e meteorisa- ções mortaes. Para preve­nir estes accidentes deve ceifar-se algum tempo an­tes de ser administrada, a fim de murchar e per­der alguma agua de vege­tação, mas não se deve deixar aquecer, assim co­mo não se deve dar molha­da ou orvalhada, havendo ainda o cuidado de fazer a distribuição em pequenas quantidades e mais repe­tidas.

O feno da luzerna, ape­sar de duro, é muito ape­tecido pelos animaes, que são bem alimentados com elle, mas tambem deve ha­ver alguns cuidados na sua administração, não se de­vendo dar immediatamen- te depois de ter sido em- medado, e antes de soffrer a fermentação, porque no caso contrario, sendo novo, determina diversas doen­ças corno constipação de ventre, ebulição (vulgar­mente alvoroçamenlo do sangue), e sobretudo indi­gestões graves. Ainda de­ve haver todo o cuidado em não se dar luzerna co­lhida depois da floração e que já tenha algumas va­gens maduras, porque, te­em ellas a mesma proprie­dade do chicharo, isto é, sendo dadas por um certo tempo ao cavallos, produ­

zem nestes animaes a do­ença conhecida pelo nome de assobio chronico da res­piração, doença que é tan­to mais grave quanto é certo que resiste a todo o tratamento e quando des- apparece é muito vagaro­samente.

O mais racional será administrar quer a luzerna verde, quer o feno mistu­rado com outras forragens, e nunca fazer a alimenta­ção exclusivamente com esta planta. Desta fórma aproveitar-se-hão as quali­dades eminentemente nu­tritivas desta planta, e evi- tar-se-hão os seus inconve­nientes.

B2VaniCS de instrucção

p r im aria

Tendo-se determinado que os proximos exames dinstrucção primaria sejam feitos de acordo com os novos programmas, era de necessidade immediata or- ganisar livros que podes- sem responder ás novas matérias a que o examina­dor tem a satisfazer.

A livraria de M. Gomes, de Lisboa, depositaria de todas as publicações oíft- ciaes, de pôr á venda dois livros que orgánisados em conformidade com os no­vos progammas, vem pres­tar pela sua clareza, sim­plicidade e exactidão, um valioso auxilio não só ao estudante mas tambem ao professor a braços com um ensino inteiramente novo.

Um destes — Rudimen­tos de agricultura pratica— é um volume de 128 pagi­nas, acompanhadas duma grande quantidade de gra­vuras indispensáveis para a boa exposição e clara in­terpretação do texto, e o seu preço é apenas de 200 réis br., e 25o réis cart.

O seu auctor, um distin­cto professor official, quiz esconder debaixo das ini- ciaes A. L. a sua compe- tencia no assumpto.

O outro livro é o Com­pendio de doutrina christã acompanhado da noticia re­sumida da vida de N. S. Je­sus Christo, profusamente ornada de magnificas es­

tampas, que tornam este livro dum agradavei inte­resse para o alumno, sendo apenas de 100 réis o seu preço em brochura e i 5o réis cartonado.

E’ seu auctor o professor das Escolas de Lisboa, sr. Santos Martins, que viu o seu Compendio dejmoral e doutrina christã appro- vado como livro unico para o ensino em todo o Paiz.

Ambos os livrinhos são impressos com a nitidez e perfeição habituaes da co­nhecida casa editora.

listrad as

O estado em que se en­contram as estradas que. conduzem daqui ao Pinhal Novo e Moita é vergonho­so. E’ tão péssimo o seu es­tado que, para carros pas­sarem, ha pontos em que as pessoas tem de ir a pé, receiando um desastre. Era, porém, conveniente mandar concertar alguns buracos, pois que no péssi­mo estado em que aquel- las estradas presentemente se encontram, é de todo impossível transitar por el­las quer de carro quer a pé.

B*rovidci!cias

Mais uma vez lembra­mos á ex.niil camara a con­veniencia de mandar cal­cetar a rua que se abriu na rua do Conselheiro João Franco, afim de evitar o la­meiro que alli se junta, exhalando um cheiro nau­seabundo, decerto contra a hygiene.

A rua é um verdadeiro lodaçal e, sem tal melho­ramento, de utilidade algu­ma serve.

Será bom que a ex.n’a camara comprehenda que aquella rua está no centro da villa e que merece os mesmos cuidados que as outras.

.tnnivcrsarios

Completou no dia 6 do corrente mais um anniver­sario natalicio a esposa do nosso amigo Antonio Au-

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gusto dos Santos. Os nos- nos sinceros parabéns.

— Tambem no dia 10 completa mais um anniver­sario natalicio a estremeci­da mãe do nosso amigo, sr. José Narcizo Godinho. As nossas sinceras felicitações.

— No dia i i completa o seu 6.° anniversario natalí­cio o menino José, filho do nosso amigo, sr. José Nar­cizo Godinho. Parabéns.

SVSÊgJ» a i o s s o e a r i i l o s o a s - s lp a o le

Com a importância c]ue nos 'enviou o nosso amigo, sr. Antonio José- dos San­tos, contemplámos os se­guintes pobres:

Manuel Anaya, Maria Prazeres, Maria Rosa Ma­chado, Luiza Rosa, Manuel Luiz, Francisco Figueira, Joanna Lopes, Custodia Soares, Cariota Joaquina, José da Paula, Anna Man­teiga, Joaquina Lopes, An­na Castiga, Maria Almeida, Gertrudes Pacheca, Joa­quina Pennacho, Marian­na Tricopico, Antoniojdos Santos, Emilia Patinhas, Maria Angélica Pelles,Joa­quina Paula, Maria José Rata, Maria Emilia Peixi­nho, Anna cia Laureanna, Emilia Fer reira, Maria José Coutinho, Julia Carolina, Alfredo, da Costa, Gertru­des. da Silva e Manuel Cai-

B is p e i? t a e a a l ó s

Ficou transferida para a próxima quinta feira, 12 do corrente, a recita em bene­ficio dos pobrés desta vil­la, que ha de realisar-se no elegante theatro «Electro- magico», promovida por um grupo cie cavalheiros da nossa élite. Já restam poucos bilhetes.

— No theatro «Oriental», teve hontem logar o bene­ficio de Joáo Torresmo, com uma enchente, devida á boa vontade de seus pro­motores, srs. Antonio da Costa Veiga e Manuel Ro­sa.

— Hoje, no «Oriental»,

será o beneficio de Este- vam Victorino, promovido pelos srs. Fernando Rodri­gues Gouveia e Joaquim Fazchuva.

SíobsIks «le galllsahas a io SJajaaoaaeo

Foi preso na- ponte dos vapores de Aldegallega, um indivíduo de nome Jo­sé de Oliveira Cardoso, vendedor de gallinhas, na­tural de Coimbra, sem do­micilio certo, por ter rou­bado no Samouco, conce­lho de Alcochete, na manhã de 4 do corrente 17 galli­nhas e um gallo a Antonio• odos Santos, Antonio da C. Vespeira, Antonio Beja e José Antonio da Cruz, to­dos residentes no Samou­co. Ao gatuno foram ap- prehendidas 12 gallinhas e um gallo no acto da ca­ptura.

Birra ta

Por um lamentavel lapso de revisão, sahiu. no ultimo numero na primeira -noti­cia da 5.a' columna da 2.a pagina: «Estão recusados por este concelho 86 man­cebos» em logar de: «Es­tão recenseados por este concelho 87 mancebos»; e são 5q de ALIegaiiiega em logar de 58.

Os nossos leitores que nos: perdoem a falta que aqui deixamos rectificada.

3§asèixa

Queixou-se na’ adminis­tração do concelho, José Antonio Caria, solteito; pe­dreiro, natural e residente nesta villa, dê que pelas 9 horas e meia da mánhã de 5 do corrente, e no sitio denominado Moinho do Caes, foi offendido corpo- ralmente por Antonio Net- to Aranha, pescador, tam­bem natural e residente nesta villa, do que resul­tou ficar com ferimentos 110 pescoço.

C O F R E D l P I R O L 1 Sr

A memória do bandarilheiro José Joaquim Peixinho

Alma boa, animosa e sempre juvenil,Que doce commoção mostrava d nossa vista Quando 0 povo saudava, em impeto febril,Em louco enthusiasmo, o arrojado artista!

' A ’ arte que seguiu deu brilho e lu\imenlo;Tinha firme, seguro, o gesto e o olhar,Até que conseguia, em rapido momento,Altivo e imponente, a fera dominar.

Mas’ a morte é cruel—fera que não se doma — E ’riu rapida e seguiu impavida 0 caminho.Nunca um sorriso bom aos labios seus assoma, Nunca nos olhos tem o dúlcido carinho.

Tudo vae destruir a tragica ceifeira —O amor, a alegria, as santas ajfeiçÕes.Na medonha missão, percorre a terra inteira, Levando, sem temor o lulo aos corações.

Artista, lu deixaste uma lacuna inorme!Nenhum de nós talve% consegue erguer-se tanto. Descança em pa? emfim; o somno eterno dorme, Que a tua sepultura orvalha o nosso pranto!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

P E N S AMENTOSA civilisação-de uma nação não se afere pelo seu luxo;

mas sim pela illuslração intellectual; pela perfeição in­dustrial; e pelo justo conhecimento dos direitos do, ho­mem e do cidadão. — M Carvalho.

— Que copiosas bênçãos verte Deus sobre a cabana do pobre jornaleiro que achou a felicidade sem a procu­rar, formando de um rochedo e da sebe de alguns ar­bustos o seu palaciosinho ds abas de uma serra! Camil- lo Castello Branco.

— A riqueza encobre os vicios; a pobreza encobre a virtude.

A N E C D O T A S

N um a agencia de empregos:—,0 senhor deseja uma collocação?— Sim sekhor, ê preferia uma casa commercial.— E, seria càpa- 'de se encarregar aa caixa. —-Certamente! L u já fu i tambor!

Na aldeia:■— Então, sr. abbade, a pequena pode ir ao confesso?— Isso sim! Ella nem sabe que Jesus Christo mor­

reu para nos salvar!. . .— Não admira, como a gente nunca lê jornaes. .

Eu tambem não soube que elle esteve doente.u iim m iiK im n n ii

Enc&mmendando el-rei D. João IV a Thomé Pinhei­ro da Veiga propo^esse o meio de lançar um tributo sem que o povo sentisse, voltou elle ao Paço por volta das duas horas da noite e acordou o rei, dizendo-lhe:

— Agora Senhor, agora que o povo dorme, é que é lançar 0 tributo, que ninguém o sentirá.

S&osabo dc galiiaihas sa* villa da Moita

Deram hontem entrada na cadeia de Aldegallega, tres indivíduos accusados de terem feito um roubo de gallinhas ao escrivão de fazenda da villa da Moita, sr. Antonio Cardoso de Locena Vilhegas.

DECLARAÇÃO>

Eu abaixo assignado de­claro que, constando-me que alguns sujeitos meus invejosos, papagueiam por ahi, que pedi— não sei a quem — a importancja de2 C O N T O S de réis, e me foi negada, venho por este meio declarar a todas as pessoas que é falso 0 que por ahi se diz a meu respeito, pois nem pe­di nem felizmente precizo pedir, e para provar o que digo tenho em meu poder contas satisteitas a prom- pto, como posso mostrar a todas as pessoas.

Alguem, pois, a quem eu deva alguma importan- cia, pode apresentar-me a conta, para de prompto a satisfazer.

João Antonio Ribeiro.

LITTEMTURÁ

.% «lastraíContiiT-iadó do n.á. 85)

Chegámos um pouco tarde. Estava o Patrício á pedra.

O tio Bernardo fez umsignal para que nmguemse incommodasse, e sen­tou-se ao pé do mestre. Eu caminhei gravemente para a minha carteira.

O Patrício, coitado esta­va um pouco atrapalhado.

Parece-me ainda estar vendo-o com as calças de quadradinhos, remenda­das, muito curtas, o ven­tre muito saliente, o que lhe dava um pequenino as­pecto grave, a camisa de panno cru aberta sobre o peito, e dois bocados de ourêlo a servirem-lhe de suspensorios. C o m as mãos

*7 FOLHETIM

Tradu.ccãà de- J. DOS AN JOS

d e p o i s p e c i i oL iv ro p rim e iro

11

Depois voltou-se pára o ládô do curral, procurando o Pedro, que. náo dava signal de vida. Logo o viu no cume da collína," séntailo á sombra de um castanheiro de ramos espessos dourados pelos raios do so nascente. Mas o pastor nf-o estava só. Ao lado d’elle estava sentada uma, mulher.; o Adriano reconheceu-a pelo cabello ruivo: e a a Magduiertasinha.

- 1.: estão ós nossos namorados!

pensou, dirigindo-se para aquelle lado.

Estavam tão completamente absor­tos pela' conversa, que não o viram v ir; poude subir a collina observan­do os e só quando chegou ao pé d’el- les é que deram pela sua presença. Levrntàram se precipitadamente, e;a rapariga pegou logo no cesto cheio de flores que puzerá ao seu lado.

— Não se incommodem por minha causa, rneus amigos, disse lhes elle.

Estavymos . á espera de que o se- jnKòr acordasse, respondeu o Pedro. A Magdalenasinha passou por aqui. Depois dè colher as flnres e as fru­ctas e como. eu lhe disse que.o se­nhor tinha passado a noite -na cabair , quiz ficar para o cumprimentar quan­do acordasse.

— B o m d ia . Magdalenasinha.—‘ Uma suá Crcada, meu s rihor.

.— Ha muitos dias que não nos en­contramos. E tinha-me promettido ir visitar-me.

— N ã o ‘me atrevi, meu senhor; tive medo de o imeommodar. A sr.a T e ­lemaco disse-me que a mrnha presen­ça o importunava.

i— A sr.a Telemaco não sabe o que diz. A visita da Magdalenasinha é sempre agradavel para mim.

— Muito obrigada, disse ella. com o rosto illuminado por um sorrido que. lhe poz um clarão nos olhos e deixou vêr os dentes brancos sobre os qur.es resplandecia o rubro dos labios. f

— Diz-me o que veio f iz e ra estes •sitios, Magdalenasinha? accresccntou o Adriano,

— Vim ver o rrieu amigo Pedro.— Sim, é por minha causã’ que ella

aqui está, d-ssé entáo o Pedro; envoK vendo n um olhar npaixotvdo a rapa

riga, cujo perfil elegante se recortava no fundo, do céo.

— Então meus amigos, dei o-os juntos e vou para Antraigues, onde a sr.a Telemaco deve estarem cuidados por m nha causa.

— Mas não pode ir só, exclamou o P edro; não dá com o caminho.

— De dia!— Sim, senhor, mesmo de dia, dis­

se’ maliciosamente a Magdalenasinha; ha umas poucas de azinhagas onde se perdia com certeza. Mas se me quer acceitar por guia. com todo o gústo o encaminharei até Antraigues.

— Se eu acceitar essa oflerta, Ma- jgdillenasinha, o seu amigo Pedro nunca me perdoará o ter-lh"a levado, resp ndeu o Adriano, que surprehen- dera no rosto do pastor uma expres­são de d scontentamento:.

:— Está enganada, replicou o P e­

dro. Ella pode ir comsigo á sua von­tade.

— Em que tom diz isso, amigo Pe­dro!

— Tem razão; náo é assim que um pobre rapaz como eu des e falar a um homem como o senhor. Desculpe-me,

.sim, desculpe-me, accrescentou com tristeza, ha dias em que tenho o co­ração opprim ido sem saber porque. Mas estimo muito que aqui esteja a Magdalenasinha para lhe ensinar o caminho. Náo tenha receio de a levar. Ella nunca está cá muito tempo. E eu quero tambem ir para o campo com o meu rebanho.

— Então agradeço a ambos, res. poudeu o Adriano, ao amigo Pedro, que me deu hospitalidade esta noite, e á Magdalemsinha, que vae servir-me de guia.

■ Continua'

Page 3: 3 I L W I A C A 0 E H l castigar os ladrões da honra como se castigam os ladrões do dinheiro? Pois a honra não é o thesouro maior que uma mulher po de possuir? E’ crivei, é

s algibeiras, os olhosuito injectados, e as azas

nariz a tremer, ouvia c0ierico a reprehe.nsão domestre. . ,

fvjão foi nunca dos mais fdizes, coitado! Por alli fi­c o u sempre. Tem quatro 0u cinco medalhas ao pei- t0 e todos os dias a fomeem casa.

senhor... disse o^estre apontando paramim- _

Ergui-me, e, pegando no çiz, acabei num instante a conta que tanto atrapalhá- ra o Patricio.

— Muito bem. Tire a prova dos nove, E’ o que eu digo, murmurou quan­do acabei. Mas de ir muito l°nge •

O tio Bernardo pediu ao mestre que me fizesse mais algumas perguntas. A to­das respondi com muito animo e desembaraço.

— Muito bem. Podesentar-se.

O meu tio levantou-se dizendo-me:1 — Estou contente com- tigo, rapaz.

E sahiu. .Ao jantar reparei que

meu tio e minha mãe de­viam ter falado a- meu respeito. Apenas eu abria a bocca para talar, olha­vam um para o outro e tossiam com um certo ar mysterioso. Minha mãe te­ve várias alternativas de alegria e de tristeza.

Quando a via alegre, pensava:

— O tio faiou-lhe na li­ção.

E, quando a via triste, lembrava-me dos figos. Se ella soubesse.. .!

Quando o jantar acabou o tio Bernardo chamou-me e disse-me:' — Ouve cá. Tu tens uma cara séria, e o teu mestre que deve ser nisso enten­dido, diz que aqui dentro tens mais alguma coisa do que os outros.

E batia-me com os dos dedos na cabeca.

do Tribunal de esta comar­ca, no dia 22 do mez de março pelo meio dia, para ser vendido por preço su­perior ao abaixo designa­do, o direito e acção que o referido executado tem como comproprietario nos prédios adeante relaciona­dos e dos quaes é usufru- ctuaria Luiza Violante da Costa, mãe do mesmo exe­cutado, a saber: Umas ca­sas que servem de adega, com um pateo, sitas no Largo da Misericórdia, de Alhos Vedros, no valor de 8$ooo réis.— Umas casas para habitação situadas no Largo da Misericórdia da mesma villa, no valor de 22$000 réis.— Uma fazen­da composta de terra de semeadura, vinha, arvores de -frueto, pinhal e sobrei­ros, situada no Campo da Forca, da referida fregue­zia de Alhos Vedi os, forei- a em 3fboo réis annuaes

ao Marquez de Pombal, não constando que tenha laudemio, no valor de réis

000.São citados para a dita

praça quaesquer crédores incertos nos termos do n?

do art.0 844 do codigo processo civil.

Aldegallega do Ribatejo, 28 de fevereiro de 1903.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

sito na villa da Moita, que lhe propôz o auctor Ma­nuel José da Costa, casa­do, proprietário, morador na mesma villa da Moita.

As audiências neste jui­zo teem logar todas as se­gundas e quintas feiras de cada semana, pelas dez ho­ras da manhã, no tribunal judicial de esta comarca, sito na rua do Caes, des- ta villa de Aldegallega, e se algum daquelles dias for santificado, não estan­do comprehendido em fé­rias, terão logar no dia seguinte se não for tam­bem santificado ou feriado.

O DOMI NGO

ALMANACH DAS ALDEIASBBASSA 1 0 0 3

Publicado por Julio Gama — Collaborado pelos re­dactores da Gaveta das Aldeias.

Este almanach, unico no seu genero que se publi­ca em Portugal, é um precioso guia agricula illustrado, contendo numerosos artigos sobre variados assumptos, e todas as indicações próprias de livros desta ordem.

Nenhum lavrador deve dispensar oA L M A N A C H D A S A L D E I A S

1 volume de 160 paginas, illustrado, i 5o réis.E’ remetiido, franco de porte, em todo 0 reino, a

quem dirigir o pedido, acompanhado da respectiva importancia, á administração da Gaveta das Aldeias, rua do Costa Cabral, 1216 — Porto.

Aldegallega do Ribate­jo, 27 de fevereiro de 1903.

o ESCRIVÁO

Antonio Coelho.

Augusto da Silva

Verifiquei .a exactidão..

0 JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

RELOJOARIA E OURIVESARIArival

O proprietário d'este estabelecimento ro.;a aos seus fre- guez.es a fineza de náo comprarem em outra parte, mesmo em Lisbófls sem que primeiro experimentem os modicos pre­ços d’e.;te estabelecimento; porque no presente anno deter­minou fazer propaganda, muito util para os seus freguezes: em prim eiro logar em vendas de ouro e prata, relogios e ou­tros artigos. Se comprarem mais barato em outra qualquer parte, devolve-se o seu dinheiro. Succede o mesmo em tra­balhos de relojoaria e ourivesaria.' Soldas em ouro e em pra­ta a 100 réis. Trabalhos para os coilegas, 20 p. c. de descon­to. Garantem-se os trabalhos sob pena de se devolver as im ­p o rta ria s justas, quando estes rão estejam á vontade. Aos seus freguezes recommenJa estar ds ordens para qualquer trabalho de occas áo.

P R A Ç A S E R P A P I N T O — Aldegallega

O E S C R IV Ã O

José Alaria de Alendonça.

.1 LIju u .

& M ! 1

U ARMÊZEM 0 0 COMMERCIO— * D E

JO A O ANTONIO RIBEIROP R A Ç A . S E R P A P I N T O , 5 9 — ALDEGALLEGA'

nos

(Continua).JOÁO DA CAiMARA.

ANNUNCIOS

A N N U N C I O

( i . a i safoSIeaç-íão)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, cartorio do i.° officio, e execução hy pothecaria que move o Ma­gistrado do M,° P.° de. es­ta comarca, contra Pedro da Costa, de Alhos Ve-

A N N U N C I O

tua Dl1; I I

BI) Ili)l|J0(1.* S®53 1âí*ísí‘Sa»)

Pelo Juizo de Direito da Comarca de Aldeia Galie­ga do Ribatejo, e cartorio do escrivão Silva Coelho, correm edites de sessenta dias, citando Maria do Car­mo Jorge, viuva de Alfre­do dos Santos, por si e co­mo tuctora e legitima ad­ministradora de sua filha menor impúbere Maria, ausentes em parte incerta, para comparecer por si ou seu bastante procurador, sob pena de revelia, na se­gunda audiência de este juizo, posterior ao praso dos editos, a contar da pu blicacão do segundo an­nuncio no «Diario do Go­verno», afiní de vir.accu- sar a citação, e assignar o praso de lima audiência para contestar ou deduzir os embargos que tiver por conveniente á acção de despejo por falta de paga­mento de renda de um

INGUEM duvida que é este o estabelecimento que melhor satisfaz as exigencias do publico, não só por nelle se encontrar todos os artigos que lhe dizem respeito como pela modicidade depreços por que são vendidos. Acaba elle de receber um gran­de e variadíssimo sortimento de fazendas da sua especialidade, constando dos seguintes artigos:

As lindas saias de feltro bordadas a filòqellè e muitos outros artigos de modas e confeccões.

U L T IM A N O V ID A D E ! U L T 1AIA N O V ID A D E !Recommenda os finos diagonaes, estambres e cheviotes pretos, e bem assim

as finissimas sedas pretas, alpacas e armures.A este estabelecimento acaba de chegar um valioso fornecimento de machi­

nas de costura, o que ha de melhor. Vendas a prestações e a prompto com gran­des descontos.

Tsasl© m ais fearaío!!!... Tudo mais barato!!!.

TODAS AS NOITES HA EXPOSIÇÃO!!!Completo sortimento de cobertores de lã de differentes qualidades, havendo

com desenhos de completa novidade.Retrozeiro, fanqueiro e mercador. Encontram-se todos estes artigos no que ha

de mais moderno.

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uma senha por cada compra de 200 rs.

B RIN D ES: 10 senhas, um bom sabonete grande 20, uma toalha de ro sto —5 ). um corte de tecido, em chi'.a para camisete — 100. um corte de biarritz para bluza— 200, uma sombrinha para senhora— 5oo. um corte de seda para blu­za— 1000, um corte de la para vestido ou uma peça de panno patente.

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em differentes cores.

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4 O D O MI N G O

OFFICINA DE CALDEIREIRO DE COBREm im m im iiii iiim im n m if i iiiu im m

Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E JO S É M A R IA D O S S A N T O S ALDEGALLEGA

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Jo sé A n ton io N u n e sNesle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços

mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.5<--------- -------------

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Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

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Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador da casa incocu «& cv e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catatogos a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

DIARIO DE NOTICIAS

AO COMMERCIO DO POVOA O já bem conhecidas do publico as verdadeiras vantagens que este estabelecimento oííerececompradores'de todos os seus artigos, pois que tem sortimento, e faz compras, em condicções de p0(U

’iz respeito a preços, porque vende muitos artigo.

Ai3i«3a saiais baratose como tal esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de G A N H A R PO U CO P A R A V E N D E R MUITq e vendendo a todos pelos mesmos preços.

Tem esta casa além de vários artigos de ve-m ario mais as seguintes secções:De Fanqueiro, sortimento completo;De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de prim eira moda;De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviotes

picotilhos, etc., etc.Pia tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades

por preços baratíssimos.A O S S l* S . A l f a y a í e s . — Este estabelecimento tem bom sortimento de fórros necessários para a sua

confecção taes com o: setins pretos e de cor.panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.Ã S S C J S t iO r a S M o < I Í S Í a S . - ~ - Lembram os proprietários d'este estabelecimento uma visita, para

assim se certificarem de quanto os preços são limitados.Grande coliecção cie meias pretas para senhora, piugás para homem, e piuguinhas para creança que garanti­

mos ser preto firme.fc ls n a v i s i t a p o i s a o C O U f S E i S S C I O 5»0 I * « V «

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competir com as prim eiras casas^de Lisboa no qué diz

A G U E R R A A N G L O - B O E RImpressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers, «illustrada» om numerosas zinco-gravuras de «homens celebres» do Transvaal e do

Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas daG U E R R A A N G L O -B O E R

Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviçodo Transvaal.

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A G U E R R A A N G LO -i O ER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes batalhas, combates» e ‘«escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroísmo e tenacidade, em que são eguàlmente admiravéis a coragem e de­dicação p; triotica dè vencidos e vencedores.

Os incidentes varia Jissimos cfesta contenda e ■ tre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas. decorrem atravez dc verda­deiras peripécias, por tal maneira d rama ficas e pittorescas, que dão á G U E R ­RA A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d’uma nar­rativa histórica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresen:ando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga prestar um serviço ;»os numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos successos que mais interessam o mundo culto na actualidade.

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