4
' -3M'* ¦¦¦%fi:' " ', , ; -¦:¦¦. 7. ' *s ANNO XX . NUM ASSIGNATWUS ' * Para n Capital Trimostro adiantado . . 35ÍOOO 3 ÓRGÃO CONSERVADOR PÍIBII.BCA-r-iiH H61I.Í.S VEZES POtt SEMANA !j : í-:»i :<« *r%? ' •' ª... -: I t*>.- ; i.-.t't ,' ¦» fc A assignatura pôde comoçar om qualquor diárias terminará no fim dos mozos do março, junho, setembro e dezom- bro.—As publicações\istam 100 róis por 'tinha, ou o que so convencionar. ASSIGNATUIUS - ' -./¦*. ;¦' --¦'" ¦ i.'--' .--¦' »'/>• Para o interior Trimestre adiantado . -USO NUMERO AVULSO 100 RS. ['FORTALEZA-QUINTA-FEIRA 16 DE FEVEREIRO DE 1882. | -r% DO DIA ANTERIOR 200 Ri "7f .7..^ 7" 7 ¦^¦íiMm"" 'WÊÊm•'¦-¦¦¦ . ig' "vi, "."..¦1*í^'-' , CONSTITUIÇÃO Fortaleza, 16 de Fevereiro de 1882. íilhú vivos S enadorcs. O emponho do liourn do liberalismo no Brazil tem sitio, conformo declara- çõos dos mais adiantados sectários dos- sa cronça política, tornar um;i real ida- do onlro nós a pureza do svátoma re- presontativo. Para a consecução d'esse desideratum nunca cessarão de clamar, na iniproii- sa, como no parlamento, nas cartas— .prograinmas, como nos ineelings, pola adopção da roforma eleitoral, que foi ha pouco convertida em lei, estabolo- cendo o voto direc to. E essa'reforma, diziáo elles, traria ao paiz uma idade d'ouro, por assegurar, cora a pureza, das eleições,—denvolta coma regeneração dos costumes publi- cos,—o governo da nação por si nies- ma. Nunca podemos crer, quo fossem tão benéficos e salutares os fruetos d'éssa reforma, apresentada por nossos; ad ver- sarios como a ultima palavra em as- sumpto de-eleições, por conhecermos as tendências "dos nossos políticos para a pratica de abuzos e outros meios tan- tas vezes empregados; mas também nunca suppozemos, que tão come- cassem a burlar os intuitos da nova lei os mesmos homens, que para sua pas- sagem nas câmaras tantos sacrifícios íizerào. Os factos, porem, "nos vierão tirar « d'osse'engano d'alma ledo e cego, que não poude durar muito. » ' O Sr. conselheiro Saraiva, é mister dízel-o em homenagem á verdade ; mantendo com lealdade as promessas, que fizera, prestou iim importante ser- viço* ao paiz ;—não por dar-nos uma eleição livre e completamente expur- gada dos abuzos, que fazião o cortejo de-nossas eleições, porquê muitos ain- rda se derão ;—mas por ter empregado esforços para conseguil-a com menos irregularidades, traduzindo, na cou- tingencia da pensibilidâde, a vontado da nação. ;> 7';. O seu suecessor, porem, começou sua vida no governo, seguindo caminho diverso.t- , Organisa.ndo o Ministério, que presi- ^ de, o Sr. Martinho Campos fel-o com inobservância das regras e estylospar- .lamenta res até então seguidos, o, o que é mais, coni visível desconsideração ao Senado, quo tão relevantes sorviÇôs ha prestado ao paiz. Prdeizaridoi piorem, do ter a seu lado íílguti3 sònadorós, om vez de seguir a larga sonda, que hão trilhado seus pre- docossoros, escóllieudo-os, em taos õo- càsiões, mesmo no recinto do brazilio Área pago, preferiu oncainhiliar-so por uma vereda escabrosa, quéquasiole- va ao precipício. 15'sem duvida notável o modo, com quu S. Exc. so denuncia dessa falta*: « Di so franca meti lo sua Magesta- de, quo teria muita dilliculdado om achar no Senado um ou dois-compa- nhoiros para a adm"instrução ; queeu me contentaria coiâ um; mas que ain- da assim tinha dificuldade cm procú- rar c convidar. « Sua Magestado fez-me a justiça de crer, quo eu era sincero n'esta det. - ração o tove a bondado de dizer-me? —O Sr. j;í tem um sonailor para o sou ministério. Eu sabia, que estava « es- colhido. » ie* Sua Majestade aocressentou :—Se lhe convioifmais um, eu posso facili- lar-lhc, ha na lista triplico pelo Mara- nhão, cuja oleição está apurada o con- clui la, possua idônea : Se osto lhe po- de servir de auxilio, com quanto a aí- tribuição da escolha seja da coroa, é evidente, que eu não posso servir-me d'ella para contrariar a política do Mi- nisre.rio. » O paiz leva á conta dos desastres do partido liberal do Brazil, qno tanto horror .tinha ao poder pessoal, essas importantes declarações; e nÒA, temeu- do ser injusto apreciando-as, proferi- mos encerregar dessa missão a um ve- luu chefe liberal, com.assento n ! Sena- do, e vantajosamente conhecido por seus talentos e virtudes, por offeroce- rem suas palavras maior segurança do insuspeitabilidade. O Sr. Nunes Gonçalves, em uni im- portanto discurso, que proferiu na ses- são de 24 do mez passado assim se ex- primiu a respeito do facto, que apre- ciamos : « Ainda mais, senhores; o nobre presidente do conselho, não satisfeito com a desconsideração praticada para com o senado, não satisfeito com a of- fensa feita a seus amigos, dirigiu-se a outro alvo mais elevado ; attentou di- rectameute contra as prerogativas do poder moderador. « Nem por outro modo se explica o procedimento de S. Exc. chamando pa- ra fazer parte do ministério um cida- dão incluído em uma lista triplico para senador. S. Exc. doida vôr, quo, assim procodondo, coagia n coroa om sua liberdade do acção, collocamlo-a na dura alternativa ou do renunciar á prorogaliva constitucional do escolher livromoiilo, ou determinar uma criso minisloriiil com a não escolha do cida- dão indicado.' « Até hoje o facb de um indivíduo estar comproliondido ern uma lista tri- plice ora um motivo de incompatibili- dado para o ministério', guardando-se as attenções devidas para com o Chefe do Estado ; mas bojo, com o reaimên das oriijinalidades, foi isâo, pelo con- trario, considerando um titujo de ro- cómmendação : o d d'esta forma, que o nobre presidente do consoluo corres: pondo á alta prova de confiança, com que foi hon rado por .Sua Magestade, «ile. *¦.•*$! o facto, quo vimos do expor, se desiíe cm uma situação conservadora, quaesquer quo fossem as razões deter- minamos d'ello, ii imprensa liberal, attribuihdo-Ô á folocidãde' dos amigos do rei, sentiria iinmensa dificuldade na escolha de termos bastante fortes para oostygmatisar, apreciando-o ainda nas mínimas cprfseqúetíciijs. Nós, porem, limitarno-nos a oxpol-o sem commentarios, atlribuindo-o ' á ne- céssidàdó; que tom os nossos adversa- rios de manterom-sé, sem elementos de vida, nas regiões do poder.- Até n'isto foi original o Sr. Martinho Campos. Do senado sahirào sempre membros para os ministérios ; hoje do ministério surgem membrus para o se- nado. Bons tempos 1 Feliz situação I Eiàãíleaçõcs «kii .-.::¦ -':'', >'. V ' ü "TVT__B_H ¦ : . ¦¦.-. /¦¦'¦¦'' ¦ ¦' .-¦ ¦ ¦¦¦ 7 lanpressõtfs de viagens na Itália e no sul da França por Sion- - senhor J. Pinto "de Campos— "vn •'• respeito de Ploren0.-r^emiriisèen- —A- tribuna de GalUw.->-0 espirito gioso.—As estatuas 'de Migwl Ângelo. -OBâptisterio.—Maravilhas d'arte —Se- queira e Grão Yasco.~*P~edro Ajrnerico e Victor Meirelles. (Continuação do n.° antecedente.) 7-.»-.¦•..(,• 7' ".. ! L- -.. .:^'. -., .: . . : v í: Montecatini,-28de agostode 1819. 7 7- ;,;.:;. ;tS . ,7.. . ...- ,rf \. ¦ (¦¦¦ ; MEU CABO AMIGQ. Sim, meu amigo, o espirito de quem contempla maravilhas. d'estas, lo.tr. com duas grandes-difficuldades: a de narrar O que vê, e a devexprimir o que sente. JDesde> as minhas primeiras cartas de . Roma, que reconheço estes embaraços, - asrgràvadús por butrô ainda peior: a au- sência Completa de conhecimentos dos - segredos do gosto! E porque tanta tena- ;cidade era fallar:de cousas alheias ao-teu instituto ?—perguntará V. f —Responderei que, não fazendo o ego- ismò parte dos meus grandes deffeitos, não posso vôr nada agradável aos olhos, fleleitaVel ào espirito, aprasivei ao cora- cão, que não seja o meu primeiro cuida- do repartir com osn outros as .minhas go- sozas. impressões, até porque.se não lhes der-desafogo sou capaz de cahir de.uma congestão gestienie, que».ó a morte causada pela excessiva alegria de que faliam os phylosophos.V No estudo da theoria das difficuldades de alma, encontr-ain-áe duas palavras, que explicam este phenoinino psicológico : a receptividade e a productividade. O pro- prio Oceano nãG se demora.em lançar de seu seio as pérolas que recebe, diz-Plínio-: por, tanto, meu amigo, continuarei a abu- a.ar da paciência do papel, e sobretudo da sua,, visto como por estas terras studo provoca expansões eruptivas. Mesmo em Frente do hotel Cavour (que pelo nome não perca),r onde/residi em Florença." se me offerecia todos os instantes .uni "disperta- dor de trtfgicàs reminicencias; são duas torres, de|aspecto sinistro que po^müito tHmpo seWiram de baluartes aqs guél- phos e aos gebilinos. D'ali arremessaram- mutuamente dardos e projectis moíti- feros, oujos golpes, conver.tiajpá;os dois reduetos em lagos de sangue'I"*A'ruaque reparava os dois campos ainda hoje sa chama via Pandolfme fazendo .quina com a 'viaGibilina..." y : '¦"¦*¦. : Antes de- sa_ir; de ílorenca,"- visitei" p»da .segunda vez o Gabinete ae Historiei Natural, e á Tribuna doGalilen.' Ò1 edificio bu àntos aiíoíundfl, d-de .admirável mag-! nificencia. Quando ali se entra elcva-se o pensamento, não pela grandeza da çonstrucção como pela idéa ou lembran- ça do assombroso astrônomo 1 Em peque- A câmara da Fortaleza ó talvez en.tre todas do império, a que so tem havido com jnais firmeza, fazendo observar a planta do uma cidade. A' essa energia se deve o alinhamento teclo, que vai inexoravelmente.elimina>Mlo velhas ruas e dando ás novas construções uma rogu- laridade inexcedivel. D'isto se lhe tem feito grande elogio por toda parte, e com muita justiça. Ha. porém, alguma causa, que não conhece quem. percorre a cidade, oceu- pando-se tão somente do traçado das ruas e da perspectiva dos edifícios. As casas internamente desmentem, na sua mór parte, o conceito quo merecerão. Ha muita cousa que corrigir, para que se prestem a residência das famílias ou guardem os princípios o rogras da hygione. 1'ara osto lado da questão, talvoz o do importância real, chamamos a attoiíção da municipalidade. Nàobasta queelbrso interosso pola decoração o regularidado das ruas ; é do mister quo oxorça tam- bem sua authoridade no quo inloressa ã saudo publica, aos cominodos o bem estar dos moradores da cidade, sobro tu- do da classe pobre, victima dos sonho- rios,'pouco amestrados na arte de edifi- car, ou domasiado poupõos para sacri- ficarem alguns reaes ao commodo do seus inquilinos. Kuas inteiras ha na cidade, que bem merecorião o nomo do purgatório. Ca- sas baixas ou prolongadas na parte an- lerior até que os oaibros toquem ao chão ; corredores estreitos, que mal dão passagem ás columnas de ar ; com- partimentos escuros, sem nenhuma ven- tilaçào ; ladrilhos de tijolo sedimentost» e fraquissimo, que se desfaz sob os pés dos transeuntes, impregnando de o ambiente ; fogãos para lenha col locados a barlavento; eis o que se vò, ainda nas ruas melhores da cidado. Sobro tudo merece uma condemnaçào desde já,o que se chama uma—casa ca- ximbo, d'essas que se edificão para os pobres. Considere-se uma pequena casa, cons truida 110 plano indicado, e cuja facha- da oi lia para ó oceidente.. De uma a seis horas da tarde, o sol infundindo seus raios frente princi- pai, e inundando-íhe õ tecto, converte o^recinto habitado n'uma verdadeira fornalha, em rjuaiito a fumaça impelli- da pelo vento leste,faz das portas da rua a sua chaminé, si é que tem-nas aber- tas os marlyres da usura senhoril. Senle-se, em passando-pelo passeio dessas casas,, um cheiro desagradável; denunciando os pratos, que se - .preparai» na cosinha, e a>qualidadodo combusti- vel, que s.e está queimando,. N'essê momento, o pobre inquilinio se extorce em agonias. O^fumo, em co- lumnas >em enchid »' todos os'recintos da casa invadindo; os compartimentos mais reservados, fazendo do ostroito corredor uma espécie de cratera. Áiitis ardem os olhos e se inflamào, a outros sobrevem a;tosse e os espirros. A. palie se lhes torna secca e cheira mal,.os ca- bel Ios crestào exalando um insupoçjUr ei cheiro, as"roupas, e as paredes amarei- lecem, os moveis perdem seu lustro, os' quadros descorão ; tudo passa' alli pela operação chamada flo"fumeiro. nos nichos conservara-se para-veneração dos séculos, aquelles telescópios, aquellas bussula9, aquelles quadrante;?,.tantas ve* zes manusiados pelo grunde gehib que accelerou o movimento .astronômico 1 Não ha muito que, falianrio Gallileu, o acLual""pontifica Leão XIII, disse : Gallileu, a quem aphjlosophia.experimen- tal deve tão vigarosW,Hn,*o)iIso, chegou por seus estudos á esta'demonstração :— « Que a escriptura sagrada, é-a natureza, marcam parallela,mente-o"caminho para Deus: a primeira, como diçtáda pelo Es- piüito-Santo; a segunda-.como fiel exocu- tora das suas leis.» Ao ler estas, palavras do^Santo padre, como .que estou vendo Y. bater na testa, o exclamar: Poh que 1 se Gallileu foi assim tão bom e tão santo, porque razão, o perséguio' Roma com tanta.dureza ? E' verdade, sim senhor, que ria vida db grande astrônomo deu-se um facto âssàs lamentável, mas tamb m assásmal, com- prehendido, e peior explicado até pouco9 annos. V" j ,.,. Por mais de um século, servio Gallileu de arma de arremesso contra a Egreja cà- tholica,. a pretexto de *uppo.stos tonnentos e mil vemções .a elle inflingidjos por parte da intolerância da mésraia Egreja, e do" seu espirito de hostilidade ao progresso e.desenr 'volvimenfco da sciencia I Isto.^que é um tremendo erro histórico, tem sido tão repetido, 0 tão enrai-ado no cérebro de, uma certa classe do pensadores qlio será serr* proíbem vinda toda a occasião de o combatter, e refutar. Por fortuna, a aceusação ô tão desti- tuida de fundamento histórico que «té os protestantes de maior critério, e im- parcialidade se tôrn encarregado de de iettdjer a Cúria Romana das impütaçpes 3ue:se Ihieihão feito, acerca do processo ^'.Gallileu.iJá em 1784 dizia Malet Du- pan. (protestante^) : « Ha ¦ mais de um se- calo que se mente ao publico a respeito condémoiíiÇãoíde Gallileu. Este philo- sopbo, não foi perseguido como bom as- tronomo, porém sim como máu theologo.. por ter querido raetter-se a explicar, a bíblia, ou cònciliál-a teimosamente com o systema-de Copi*rnico. Foi recolhidoi não nas prisões da inquisição, mas po pafácio do fiscal, com plena .liberdade de: communicar-se com seus anàigos.» ^ Estas assereõel, acham-se hoje plena- mente confirmadas pela história âiplomati- cadia por áís.dc Gàllüeu o oi üoma, da- rante o seu processo; confirmadas não menos, pelas cartas do mesmo Gallileu, a<sim'coniü pelas soletnnes declarações do seü intimo amigo Nicolini; tudá' pabli- cãdo èm ¦Modeua pelos annos de 1818 e; 1822.. Agora mesmo publicou-se emFlo- rença um livro reproduzindo grande parte d'esses documentos Oíficiaes, dds quaes re- edita quanto ao motivo corídemnação : Que Gallileu não foi do modo algum condemnado por haver sustontadpti,o mo- vimento da terra; '2.° Nem pòr haver" sustentado que a terra está ,èih movimen- to atravez.: dos aros, e õuí'-.uwlíisãú uom elles; opinião comtíulQ.demonstrada.;falsa por Bacon, Newton, Liplace, ;e pelos pro- grossos da sciencia; 3.° Por ter querido sim (estabelecer, pela sagrada oscriptiira, è' con veiter em dogma,' ümaihypothesa- 'as- troaotüica, então muito contestada^ie de* ¦ - . q o chefo da familia oncontra u lonitivo á tantos siilínmentos, põe chupou á cabeça p sahe a espairocer^l que so possa apagar o lume, na cot nha 1 ¦ As queixas são repetidas e o senhoifj parcialmente pode combater o ma Manda caiar' as paredes aniarellicid^ pela fumaça, e tantas vezes se obrl gado a repetir e>ta operação, que se fd1 ma uma espessa crósta, que acaba pc cahir aqui e alli, chagando as paredes: K' tempo de intervir a câmara mu nicipal. A casa caximbo é flagelío d| pobre, quo *e pode obviar, impondo un plano para as edificações economiçai destinadas a alugeli Quantas moléstias hão advèm dessí vicioso gênero de habitações. A fuinaçâ da lenha pode occasionàr graniles daml nos. Algumas sao perigosissimas. Ó pád chamado de mocóproduz um fumo,que cega dentro de algumas horas. Pela in4 halaçào constante do fumo de certas! madeiras padecem os org*àos"respirato-i rios, e muitas moléstias de olhos?Se ori-; gináb da flagellaçào pelo fumo carregado! de princípios activos de plantas'nocivas^ os quaes o fogo volatilisa.A matéria, de que nos occupam'os,-: parecerá aos espíritos supérficiáes; de^ nenhuma transcedencia, e não faltará* quem nos diga : Que quer que lue fa-j Ça ? ..-. Convencido de que estamos.a dizer-; cousa mui séria, iremos adiantando a resposta : queremos que; as frentes das;, casas, es postas ao sol da; tffrde,sejão fei-. tas de tijolo tubular.para isolar o calotí ou de paredes pa ral leias, no vão dasj quaes se lance alguma matéria isolado-^ ra, das muitas que se podem ob»»"- "- preço baixo ; queremos qne os telh....... que inclinào para o oriente s^jào feitosi para secções, interrompidos de inndói que o vento leste possa injec.tar,iiM iute-1 rior das casas,o ar com a frescura;quere-; mos finalmente que as cosinh.is não es- tejàoa réz do. chão, mas a C!iv,i||eiro,l collocadas n'nm sobrado, para que àsf vplutas de fumo, 'impeilidas th, veuto! passem por sobre ps telhados;: eraliin <: que queremos é que se meilhore a i:esr denciã dos pobres, acabando com' vasas caximbo.¦% Si alguém lembracmsa melhor aprn veite-se.;-7 - Ao «Ceitrense» ª- ---.--¦-".'i O contemporâneo do d- ^rensf -nào;se| fi^z esperar na dedução da defeza 'Ioi seus compartidarios, agora;'repofrea"'Uís';; pois, abandonada, ao menos, em rparte, conio falsa. .. _-. - T Por exemplo, no tocante ac-fluxo, « ] refluxo do mar, GalliluU attribuia esteçphe-1 nomeno á rotação diurna da termysobrè seu | eixo,, e de nenhum: modo á pres-ao. dá. j lua, cymp. queria Kepler..-e.-tle quem mOrf fava amargamente Laplace, vitító por sü? vez cercado do cortejo de ttidosns iistr.r noraos. e disse : « Os descobrimentos uí- teriores coiitt r ra ara m ãTexposiçái'» do-JEe-.;:, píer, e destruíram a explicaçqo.-de;^aíl.ííeü1| que, repugná as leis do eqüili'b>.ió::q^--mò'*7 vimento dos fluidos.»-' ¦ \; I Que Gallileu';-* segundo as tendências do seu tempo, pretendeu apoiar suas idéa astronòtnicás nos oráculos;divinó*s dàes cripturá- sagrada riíl-o-, cliraáente Gue- chardino, seu amigo, e émbaixndor em, Roma, riestes, -termos .- « Gallileu exigiu que o Papa e o Santo Officio^declarassem este systema de _;Capernicò ¦ fiindáilo, vfi uibiii».»» (Oincio de;^*de rnarço;de lÔlô.,!^ Resulta ainda dos^mesmps dticiímehiosl qffiçiaes, .quanto ás,.penas impostíiB ^al..^ lilèd :"¦' 1;° Que lhe nào cavaram^Wofho-»,; corno pretende Montuclai,2& Qué nãq; fóf mHttidpem cárcere, co_fo;affir^_a Ber- nini; Que lhe, não puzéram cadeias nes pulsos, .como.iadóeara-certos- quadr s que antlsr» npVfl^KS^**"1 Que lhe não tocaram absolutamente; ém rienhum dos membros, rhais que;' tiveram com elle t/* ¦ das.a.s attenções;devidjis ao sftu> gemo e idade ; 5.° Finalmente: celebres palavras—_ pur sim: tVibuidás ao mesmo 6allileu; sUw mente apocryphas. inventadas i,v trinta annos depois de aua morte i B%'''.-..-- MUTILADO MANCHADO ^,_J.,.,, ... .1,

3 !j : í-:»i :

  • Upload
    others

  • View
    21

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

' -3M' * ¦¦¦%fi:' "

', , ; -¦:¦¦. 7.

' *s

ANNO XX.

NUM

ASSIGNATWUS¦ *.' ' *

Para n Capital

Trimostro adiantado . . 35ÍOOO

3ÓRGÃO CONSERVADOR

PÍIBII.BCA-r-iiH H61I.Í.S VEZES POtt SEMANA

!j : í-:»i :<«

*r%? ' •'... -:

I

t*>.-

; "¦

i.-.t't

,' ¦»

fcA assignatura pôde comoçar om qualquor diárias só terminará no fim dos mozos do março, junho, setembro e dezom-bro.—As publicações\istam 100 róis por

'tinha, ou o que so convencionar.

ASSIGNATUIUS

¦ '¦

,

';. ",'¦ ¦

- ' -./¦*. ;¦' --¦'" ¦ i.'--' .--¦' »'/>•Para o interior

Trimestre adiantado . -USO

NUMERO AVULSO 100 RS. ['FORTALEZA-QUINTA-FEIRA 16 DE FEVEREIRO DE 1882. |-r%

DO DIA ANTERIOR 200 Ri

"7f .7..^ 7" 7 ¦^¦íiMm""

'WÊÊm •'¦-¦¦¦

. ig ' "vi,

"."..¦1*í^'-' ,

CONSTITUIÇÃOFortaleza, 16 de Fevereiro de 1882.

íilhú vivos S enadorcs.

O emponho do liourn do liberalismono Brazil tem sitio, conformo declara-çõos dos mais adiantados sectários dos-sa cronça política, tornar um;i real ida-do onlro nós a pureza do svátoma re-presontativo.

Para a consecução d'esse desideratumnunca cessarão de clamar, na iniproii-sa, como no parlamento, nas cartas—

.prograinmas, como nos ineelings, polaadopção da roforma eleitoral, que foiha pouco convertida em lei, estabolo-cendo o voto direc to.

E essa'reforma, diziáo elles, traria aopaiz uma idade d'ouro, por assegurar,cora a pureza, das eleições,—denvoltacoma regeneração dos costumes publi-cos,—o governo da nação por si nies-ma.

Nunca podemos crer, quo fossem tãobenéficos e salutares os fruetos d'éssareforma, apresentada por nossos; ad ver-sarios como a ultima palavra em as-sumpto de-eleições, por conhecermosas tendências

"dos nossos políticos para

a pratica de abuzos e outros meios tan-tas vezes empregados; mas tambémnunca suppozemos, que tão jã come-cassem a burlar os intuitos da nova leios mesmos homens, que para sua pas-sagem nas câmaras tantos sacrifíciosíizerào.

Os factos, porem, "nos vierão tirar

« d'osse'engano d'alma ledo e cego,que não poude durar muito. »'

O Sr. conselheiro Saraiva, é misterdízel-o em homenagem á verdade ;mantendo com lealdade as promessas,que fizera, prestou iim importante ser-viço* ao paiz ;—não por dar-nos umaeleição livre e completamente expur-gada dos abuzos, que fazião o cortejode-nossas eleições, porquê muitos ain-

rda se derão ;—mas por ter empregadoesforços para conseguil-a com menosirregularidades, traduzindo, na cou-tingencia da pensibilidâde, a vontadoda nação.

;> 7';. O seu suecessor, porem, começousua vida no governo, seguindo caminhodiverso. t-

, Organisa.ndo o Ministério, que presi-^ de, o Sr. Martinho Campos fel-o com

inobservância das regras e estylospar-.lamenta res até então seguidos, o, o que

é mais, coni visível desconsideração ao

Senado, quo tão relevantes sorviÇôsha prestado ao paiz.

Prdeizaridoi piorem, do ter a seu ladoíílguti3 sònadorós, om vez de seguir alarga sonda, que hão trilhado seus pre-docossoros, escóllieudo-os, em taos õo-càsiões, mesmo no recinto do brazilioÁrea pago, preferiu oncainhiliar-so poruma vereda escabrosa, quéquasiole-va ao precipício.

15'sem duvida notável o modo, comquu S. Exc. so denuncia dessa falta*:

« Di so franca meti lo ;í sua Magesta-de, quo teria muita dilliculdado omachar no Senado um ou dois-compa-nhoiros para a adm"instrução ; queeume contentaria coiâ um; mas que ain-da assim tinha dificuldade cm procú-rar c convidar.

« Sua Magestado fez-me a justiça decrer, quo eu era sincero n'esta det. -ração o tove a bondado de dizer-me?—O Sr. j;í tem um sonailor para o souministério. Eu sabia, que estava « es-colhido. »

ie* Sua Majestade aocressentou :—Selhe convioifmais um, eu posso facili-lar-lhc, ha na lista triplico pelo Mara-nhão, cuja oleição está apurada o con-clui la, possua idônea : Se osto lhe po-de servir de auxilio, com quanto a aí-tribuição da escolha seja da coroa, éevidente, que eu não posso servir-med'ella para contrariar a política do Mi-nisre.rio. »

O paiz leva á conta dos desastres dopartido liberal do Brazil, qno tantohorror .tinha ao poder pessoal, essasimportantes declarações; e nÒA, temeu-do ser injusto apreciando-as, proferi-mos encerregar dessa missão a um ve-luu chefe liberal, com.assento n ! Sena-do, e vantajosamente conhecido porseus talentos e virtudes, por offeroce-rem suas palavras maior segurança doinsuspeitabilidade.

O Sr. Nunes Gonçalves, em uni im-portanto discurso, que proferiu na ses-são de 24 do mez passado assim se ex-primiu a respeito do facto, que apre-ciamos :

« Ainda mais, senhores; o nobrepresidente do conselho, não satisfeitocom a desconsideração praticada paracom o senado, não satisfeito com a of-fensa feita a seus amigos, dirigiu-se aoutro alvo mais elevado ; attentou di-rectameute contra as prerogativas dopoder moderador.

« Nem por outro modo se explica oprocedimento de S. Exc. chamando pa-ra fazer parte do ministério um cida-

dão incluído em uma lista triplicopara senador. S. Exc. doida vôr, quo,assim procodondo, coagia n coroa omsua liberdade do acção, collocamlo-ana dura alternativa ou do renunciar áprorogaliva constitucional do escolherlivromoiilo, ou determinar uma crisominisloriiil com a não escolha do cida-dão indicado.'

« Até hoje o facb de um indivíduoestar comproliondido ern uma lista tri-plice ora um motivo de incompatibili-dado para o ministério', guardando-seas attenções devidas para com o Chefedo Estado ; mas bojo, com o reaimêndas oriijinalidades, foi isâo, pelo con-trario, considerando um titujo de ro-cómmendação : o d d'esta forma, queo nobre presidente do consoluo corres:pondo á alta prova de confiança, comque foi hon rado por .Sua Magestade,«ile. )»

*¦.•*$! o facto, quo vimos do expor, sedesiíe cm uma situação conservadora,quaesquer quo fossem as razões deter-minamos d'ello, ii imprensa liberal,attribuihdo-Ô á folocidãde' dos amigosdo rei, sentiria iinmensa dificuldadena escolha de termos bastante fortespara oostygmatisar, apreciando-o aindanas mínimas cprfseqúetíciijs.

Nós, porem, limitarno-nos a oxpol-osem commentarios, atlribuindo-o

' á ne-

céssidàdó; que tom os nossos adversa-rios de manterom-sé, sem elementos devida, nas regiões do poder.-

Até n'isto foi original o Sr. MartinhoCampos. Do senado sahirào sempremembros para os ministérios ; hoje doministério surgem membrus para o se-nado.

Bons tempos 1 Feliz situação I

Eiàãíleaçõcs

«kii

.-.::¦ -':'', >'. V ' ü

"TVT__B_H

¦ :

. ¦¦.-.

/¦¦'¦¦''¦ ¦'

.-¦ -¦ ¦ ¦¦¦

7 lanpressõtfs de viagens na Itáliae no sul da França por Sion-

- senhor J. Pinto "de Campos—"vn •'•

respeito de Ploren0.-r^emiriisèen-—A- tribuna de GalUw.->-0 espirito

gioso.—As estatuas 'de Migwl Ângelo.-OBâptisterio.—Maravilhas d'arte —Se-

queira e Grão Yasco.~*P~edro Ajrnerico eVictor Meirelles.

(Continuação do n.° antecedente.)7-.»-.¦•..(,• 7' "..

! L- -.. .:^'. -. , .: . .: v í: Montecatini,-28de agostode 1819.7 7- ;,;.:;. ;tS "¦ . ,7.. . ...- ,rf \. ¦ (¦¦¦ ;

MEU CABO AMIGQ.

Sim, meu amigo, o espirito de quemcontempla maravilhas. d'estas, lo.tr. comduas grandes-difficuldades: a de narrarO que vê, e a devexprimir o que sente.JDesde> as minhas primeiras cartas de

. Roma, que reconheço estes embaraços,- asrgràvadús por butrô ainda peior: a au-

sência Completa de conhecimentos dos- segredos do gosto! E porque tanta tena-;cidade era fallar:de cousas alheias ao-teuinstituto ?—perguntará V.

f —Responderei que, não fazendo o ego-ismò parte dos meus grandes deffeitos,não posso vôr nada agradável aos olhos,

fleleitaVel ào espirito, aprasivei ao cora-cão, que não seja o meu primeiro cuida-do repartir com osn outros as .minhas go-sozas. impressões, até porque.se não lhesder-desafogo sou capaz de cahir de.umacongestão gestienie, que».ó a morte causadapela excessiva alegria de que faliam osphylosophos. V

No estudo da theoria das difficuldadesde alma, encontr-ain-áe duas palavras, queexplicam este phenoinino psicológico : areceptividade e a productividade. O pro-prio Oceano nãG se demora.em lançar deseu seio as pérolas que recebe, diz-Plínio-:por, tanto, meu amigo, continuarei a abu-a.ar da paciência do papel, e sobretudo dasua,, visto como por estas terras studo

provoca expansões eruptivas. Mesmo emFrente do hotel Cavour (que pelo nome nãoperca),r onde/residi em Florença." se meofferecia todos os instantes .uni

"disperta-dor de trtfgicàs reminicencias; são duastorres, de|aspecto sinistro que po^müitotHmpo seWiram de baluartes aqs guél-phos e aos gebilinos. D'ali arremessaram-sé mutuamente dardos e projectis moíti-feros, oujos golpes, conver.tiajpá;os doisreduetos em lagos de sangue'I"*A'ruaquereparava os dois campos ainda hoje sachama via Pandolfme fazendo .quina com a'viaGibilina. .."

y : '¦"¦*¦. :Antes de- sa_ir; de ílorenca,"- visitei"

p»da .segunda vez o Gabinete ae HistorieiNatural, e á Tribuna doGalilen.' Ò1 edificiobu àntos aiíoíundfl, d-de .admirável mag-!nificencia. Quando ali se entra elcva-seo pensamento, não só pela grandeza daçonstrucção como pela idéa ou lembran-ça do assombroso astrônomo 1 Em peque-

A câmara da Fortaleza ó talvez en.tretodas do império, a que so tem havidocom jnais firmeza, fazendo observar aplanta do uma cidade. A' essa energiase deve o alinhamento teclo, que vaiinexoravelmente.elimina>Mlo velhas ruase dando ás novas construções uma rogu-laridade inexcedivel.

D'isto se lhe tem feito grande elogiopor toda parte, e com muita justiça.

Ha. porém, alguma causa, que nãoconhece quem. percorre a cidade, oceu-pando-se tão somente do traçado dasruas e da perspectiva dos edifícios. Ascasas internamente desmentem, na suamór parte, o conceito quo merecerão.

Ha muita cousa que corrigir, paraque se prestem a residência das famílias

ou guardem os princípios o rogras dahygione.

1'ara osto lado da questão, talvoz o doimportância real, chamamos a attoiíçãoda municipalidade. Nàobasta queelbrsointerosso pola decoração o regularidadodas ruas ; é do mister quo oxorça tam-bem sua authoridade no quo inloressaã saudo publica, aos cominodos o bemestar dos moradores da cidade, sobro tu-do da classe pobre, victima dos sonho-rios,'pouco amestrados na arte de edifi-car, ou domasiado poupõos para sacri-ficarem alguns reaes ao commodo doseus inquilinos.

Kuas inteiras ha na cidade, que bemmerecorião o nomo do purgatório. Ca-sas baixas ou prolongadas na parte an-lerior até que os oaibros toquem aochão ; corredores estreitos, que mal dãopassagem ás columnas de ar ; com-partimentos escuros, sem nenhuma ven-tilaçào ; ladrilhos de tijolo sedimentost»e fraquissimo, que se desfaz sob os pésdos transeuntes, impregnando de pó oambiente ; fogãos para lenha col locadosa barlavento; eis o que se vò, ainda nasruas melhores da cidado.

Sobro tudo merece uma condemnaçàodesde já,o que se chama uma—casa ca-ximbo, d'essas que se edificão para ospobres.

Considere-se uma pequena casa, construida 110 plano indicado, e cuja facha-da oi lia para ó oceidente..

De uma a seis horas da tarde, o solinfundindo seus raios nà frente princi-pai, e inundando-íhe õ tecto, converteo^recinto habitado n'uma verdadeirafornalha, em rjuaiito a fumaça impelli-da pelo vento leste,faz das portas da ruaa sua chaminé, si é que tem-nas aber-tas os marlyres da usura senhoril.

Senle-se, em passando-pelo passeiodessas casas,, um cheiro desagradável;denunciando os pratos, que se - .preparai»na cosinha, e a>qualidadodo combusti-vel, que s.e está queimando,.

N'essê momento, o pobre inquiliniose extorce em agonias. O^fumo, em co-lumnas >em enchid »' todos os'recintosda casa invadindo; os compartimentosmais reservados, vé fazendo do ostroitocorredor uma espécie de cratera. Áiitisardem os olhos e se inflamào, a outrossobrevem a;tosse e os espirros. A. paliese lhes torna secca e cheira mal,.os ca-bel Ios crestào exalando um insupoçjUr eicheiro, as"roupas, e as paredes amarei-lecem, os moveis perdem seu lustro, os'quadros descorão ; tudo passa' alli pelaoperação chamada flo"fumeiro.

nos nichos conservara-se para-veneraçãodos séculos, aquelles telescópios, aquellasbussula9, aquelles quadrante;?,.tantas ve*zes manusiados pelo grunde gehib queaccelerou o movimento .astronômico 1

Não ha muito que, falianrio dè Gallileu,o acLual""pontifica Leão XIII, disse : —Gallileu, a quem aphjlosophia.experimen-tal deve tão vigarosW,Hn,*o)iIso, chegoupor seus estudos á esta'demonstração :—« Que a escriptura sagrada, é-a natureza,marcam parallela,mente-o"caminho paraDeus: a primeira, como diçtáda pelo Es-piüito-Santo; a segunda-.como fiel exocu-tora das suas leis.»

Ao ler estas, palavras do^Santo padre,como .que estou vendo Y. bater na testa,o exclamar: Poh que 1 se Gallileu foiassim tão bom e tão santo, porque razão,o perséguio' Roma com tanta.dureza ?

E' verdade, sim senhor, que ria vida dbgrande astrônomo deu-se um facto âssàslamentável, mas tamb m assásmal, com-prehendido, e peior explicado até pouco9annos. V" j ,.,.

Por mais de um século, servio Gallileude arma de arremesso contra a Egreja cà-tholica,. a pretexto de *uppo.stos tonnentose mil vemções .a elle inflingidjos por parteda intolerância da mésraia Egreja, e do" seuespirito de hostilidade ao progresso e.desenr'volvimenfco da sciencia I Isto.^que é umtremendo erro histórico, tem sido tãorepetido, 0 tão enrai-ado no cérebro de,uma certa classe do pensadores qlio seráserr* proíbem vinda toda a occasião de ocombatter, e refutar.

Por fortuna, a aceusação ô tão desti-tuida de fundamento histórico que «té

os protestantes de maior critério, e im-parcialidade se tôrn encarregado de deiettdjer a Cúria Romana das impütaçpes

3ue:se Ihieihão feito, acerca do processo

^'.Gallileu.iJá em 1784 dizia Malet Du-pan. (protestante^) : « Ha ¦ mais de um se-calo que se mente ao publico a respeitodá condémoiíiÇãoíde Gallileu. Este philo-sopbo, não foi perseguido como bom as-tronomo, porém sim como máu theologo..por ter querido raetter-se a explicar, abíblia, ou cònciliál-a teimosamente como systema-de Copi*rnico. Foi recolhidoinão nas prisões da inquisição, mas popafácio do fiscal, com plena .liberdade de:communicar-se com seus anàigos.»^ Estas assereõel, acham-se hoje plena-mente confirmadas pela história âiplomati-cadia por áís.dc Gàllüeu o oi üoma, da-rante o seu processo; confirmadas nãomenos, pelas cartas do mesmo Gallileu,a<sim'coniü pelas soletnnes declarações doseü intimo amigo Nicolini; tudá' pabli-cãdo èm ¦Modeua pelos annos de 1818 e;1822.. Agora mesmo publicou-se emFlo-rença um livro reproduzindo grande parted'esses documentos Oíficiaes, dds quaes re-edita quanto ao motivo dà corídemnação :

1° Que Gallileu não foi do modo algumcondemnado por haver sustontadpti,o mo-vimento da terra; '2.° Nem pòr haver"sustentado que a terra está ,èih movimen-to atravez.: dos aros, e õuí'-.uwlíisãú uomelles; opinião comtíulQ.demonstrada.;falsapor Bacon, Newton, Liplace, ;e pelos pro-grossos da sciencia; 3.° Por ter queridosim (estabelecer, pela sagrada oscriptiira, è'con veiter em dogma,' ümaihypothesa- 'as-troaotüica, então muito contestada^ie de*

¦ - . qSó o chefo da familia oncontra u

lonitivo á tantos siilínmentos, põechupou á cabeça p sahe a espairocer^lque so possa apagar o lume, na cotnha 1 ¦

As queixas são repetidas e o senhoifjsó parcialmente pode combater o maManda caiar' as paredes aniarellicid^pela fumaça, e tantas vezes se vô obrlgado a repetir e>ta operação, que se fd1ma uma espessa crósta, que acaba pccahir aqui e alli, chagando as paredes:K' tempo de intervir a câmara municipal. A casa caximbo é flagelío d|pobre, quo *e pode obviar, impondo unplano para as edificações economiçaidestinadas a alugeli

Quantas moléstias hão advèm dessívicioso gênero de habitações. A fuinaçâda lenha pode occasionàr graniles damlnos. Algumas sao perigosissimas. Ó pádchamado de mocóproduz um fumo,quecega dentro de algumas horas. Pela in4halaçào constante do fumo de certas!madeiras padecem os org*àos"respirato-irios, e muitas moléstias de olhos?Se ori-;gináb da flagellaçào pelo fumo carregado!de princípios activos de plantas'nocivas^os quaes o fogo volatilisa. O»

A matéria, de que nos occupam'os,-:parecerá aos espíritos supérficiáes; de^nenhuma transcedencia, e não faltará*quem nos diga : Que quer que lue fa-jÇa ? ..-.

Convencido de que estamos.a dizer-;cousa mui séria, iremos adiantando aresposta : queremos que; as frentes das;,casas, es postas ao sol da; tffrde,sejão fei-.tas de tijolo tubular.para isolar o calotíou de paredes pa ral leias, no vão dasjquaes se lance alguma matéria isolado-^ra, das muitas que se podem ob»»"- "-preço baixo ; queremos qne os telh.......que inclinào para o oriente s^jào feitosipara secções, interrompidos de inndóique o vento leste possa injec.tar,iiM iute-1rior das casas,o ar com a frescura;quere-;mos finalmente que as cosinh.is não es-tejàoa réz do. chão, mas a C!iv,i||eiro,lcollocadas n'nm sobrado, para que àsfvplutas de fumo,

'impeilidas th, veuto!

passem por sobre ps telhados;: eraliin <:que queremos é que se meilhore a i:esrdenciã dos pobres, acabando com'vasas caximbo. ¦%

Si alguém lembracmsa melhor aprnveite-se. ;- 7 -

Ao «Ceitrense»- ---.--¦-".' i

O contemporâneo do d- ^rensf -nào;se|fi^z esperar na dedução da defeza 'Ioiseus compartidarios, agora;'repofrea"'Uís';;

pois, abandonada, ao menos, em rparte, •conio falsa. .. _-. - T

Por exemplo, no tocante ac-fluxo, « ]refluxo do mar, GalliluU attribuia esteçphe-1nomeno á rotação diurna da termysobrè seu |eixo,, e de nenhum: modo á pres-ao. dá. jlua, cymp. queria Kepler..-e.-tle quem mOrffava amargamente Laplace, vitító por sü?vez cercado do cortejo de ttidosns iistr.rnoraos. e disse : « Os descobrimentos uí-teriores coiitt r ra ara m ãTexposiçái'» do-JEe-.;:,píer, e destruíram a explicaçqo.-de;^aíl.ííeü1|que, repugná as leis do eqüili'b>.ió::q^--mò'*7vimento dos fluidos.» -' ¦ \; I

Que Gallileu';-* segundo as tendências doseu tempo, pretendeu apoiar suas idéaastronòtnicás nos oráculos;divinó*s dàescripturá- sagrada riíl-o-, cliraáente Gue-chardino, seu amigo, e émbaixndor em,Roma, riestes, -termos .- « Gallileu exigiuque o Papa e o Santo Officio^declarassemeste systema de _;Capernicò ¦ fiindáilo, vfiuibiii».»» (Oincio de;^*de rnarço;de lÔlô.,!^

Resulta ainda dos^mesmps dticiímehioslqffiçiaes, .quanto ás,.penas impostíiB ^al..^lilèd :"¦' 1;° Que lhe nào cavaram^Wofho-»,;corno pretende Montuclai,2& Qué nãq;fóf mHttidpem cárcere, co_fo;affir^_a Ber-nini; 3» Que lhe, não puzéram cadeiasnes pulsos, .como.iadóeara-certos- quadr sque antlsr» npVfl^KS^**"1 Que lhe nãotocaram absolutamente; ém rienhum dosmembros, rhais que;' tiveram com elle t/*¦ das.a.s attenções;devidjis ao sftu>gemo e idade ; 5.° Finalmente:celebres palavras—_ pur sim:tVibuidás ao mesmo 6allileu; sUwmente apocryphas. inventadas i,vtrinta annos depois de aua morte i

%' ''.-..--

MUTILADO MANCHADO^,_J.,.,, ... .1,

2 CONSTITUIÇÃO

^iZ^Zt^S^ffttZi

.£'

(¦¦

¦¦..

no carro do poder, o oxhibiçfto dos tim-Ios do legitimidade, com quo so mantéma situação.

So não louvamos, também nao aco-lbemos com desagrado o procedimentodo colloga ; mas por forma alguma po-demos consentir, quo d nossa custa olo-vo na estima publica os feitos gloriososdo sous có-roligionarios, pseudos salva-doros do paiz.

Apreciando ligeira o porfunctoria-monto os acontecimentos políticos, quodepois da asconçuo do nossos adversáriosao poder, huo cahido nos domínios dapublicidade, o sujoitando-os á nao rigo

quo podo deter nossos adversários naposso do governo da nação 1

Nada, absolutamonto nada ; salvo silovar-so om linha do cojita a vontadodo Cearense.

Elelçíto Senatorial.

Approvada na sossuo do sonado do23 tio Janeiro próximo flndo a oloiçãodo trez sonadoros por osta provincia, hamuitos quo estilo na ignorância do quoo rospoctivo parocor foi impugnado.

Vara tiral-os do engano, hoio publi-camoso importante discurso do illus-

puoiiciaado,osujoitam o-os a nao rigo- ra"w"w ••"/- ." ... «AM._i.hmrn

das declarações do honrado Sr. conselboiro Saraiva, compromettedoras dorigor da situação, nada justificava a por-manencia do nossos adversários na altaadministração do paiz.

Sem poder contestar-nos com bonsfundamentos, o contemporâneo tovo ne-cessidade do recorrer a meios oxtraordi-narios e, quando menos esperávamos,notou, que nos estávamos contradizen-do.

Km que consisto, porém, a contradic-çào . ,

Em termos doei arado, que, de accor-do com as indicações parlamentares, nocaso do continuar á situação, devia sue-ceder ao Sr. Saraiva o Sr. MartinhoCampos e agora pensarmos, quo com oministério de 29 de Março devia ter fin-dado o longo dõminio dos nossos rego-neradores. ( ,.

Que dé ingenuidade manifesta o Cea-rmse',,,..

Nenhuma contradicçào ha era nossoproceder de hontem comparado com ode hoje. '^ j ò.

M;pectivamente externamos aquelleconceito, :que o collega nào poude es-quecer ; ;mas se attender a que nossasultimas obsetfváções asséntãol nas de-clarações contidas na falia do throno,denunciantes da maior pobreza de idéaspor parte dos homens da reformasseconvencerá facilmente, de que não temrazão de ser a sua apreciação. ..

Disse-nos o Cearense, para mostrará injustiça, que fizeriiosá sitUrção,

! qüe « importantes órgãos da imprensao da Gôf te, hoslilisando a nova órgàni-

sação ministerial, não se lembrarão,decontestar aos liberaes a legitimidade

•de sua continuação no poder, e quetambém não o fez a própria oppoàiçào,nA.nservsdôra. »

Si o contemporâneo pretendeu còmesse ónnuciado deixar-nos em diflicil,sinão penosa posição, não consegue seuintento.

A imprensa da Corte, aliás hao seprendendo a nenhum! partido político,• disse do novo ministério o que não po-demos dizer, por ultrapassar os raiasda moderação, que nos ternos traçado/, mandou proceaeraesiae si a opposição conservadora, elevan-| . V {q[ ntig de tal sortedo-seá ultura de seu patriotismo, pre-

ü _y . iÇa_,_._.;„.„ ,?„L _; a ......feriu mostrar-se digna de uma missãoreais grandiosa, não atacando O poder;iizerãò-no, em compensação, liberaes

'Silveira da Motta, liberal radical o uma

das vozes mais autorisadas do parla-monto brazileiro, com cujas idóas a res-peito temos ostado sempre do porfottoaccordo.

E' oste um motivo de mais para aug-montar a nossa satisfação com a publi-cação, quo se segue, muito em bôa ho-ra.—

O sn. silveira n\ motta—reconheceque, dado este parecer, devo presumirque será approvada a eleição do trezsenadores pelo Ceará. Todas as vezes,porem', quo depois de certo tempo tomse tratado de eleiçòos de senadores, temsempre manifestado o seu voto sobre alegalidade de taes eleições, e, em ai-guns casos, da validade da escolha. To-mando, pois, a palavra não óseu fimsenão tornar bem explicito o seu voto,o que não pôde fazor com uma simplesdeclaração na acta.

Não pôde votar pela validade d'estaeleição. Em primeiro lugar, porquecomo homem político deseja manter acoherencia deseu procedimento: nãopodia ficar agora calado, quando temfallado e votado,contra eleições em quevia envolvidos seus mais particularesamigos.1A

presente eleição, concluída sob odomínio da lei nova, ainda vem inqui-nada do vicio da lei velha.

Além disto, ha muitos annos quenão vota por escolha feita em lista demais do tres domes. A constituiçãoquer que a escolha seja feita em listasde tres nomes e não dé seis ou de nove.Tem sempre1 sustentado esta opinião,queá final teve sua hora de triumphona nova lei de eleições, a qual adop-toii o principio que o orador tantos an-nos defendeu.

Não pôde; pois, votar por esta elei-ção, feita sob o domínio da lei nova,mas segundo os preceitos da lei velha.

Se acaso tivéssemos governo, se nãoestivéssemos na bemaventurança de nãohaver um ministro no senado, não te-ria remedio senão dirigir-se a algumcVelles (porque cóm defunetos não faliasobre estes assumptos) a respeito dodi-•eito com qué se mandou procederá esta

m

de posição accentuada, bem conhecidosdo comtemporaneo.

O senador Nunes Gonçalves, demon*»íStrand.0 cabalmente qs vícios, que acorn-^panhárão a nova organisaçãp minis-terial, encarou-a comoum.desastre pa-ra o partido liberal e uma

"sorpreza pa-

raopaiz.O Sr. Silveira Martins, em um dis-

curso, que proferiu áo receber ümamanisfestaçâo de seus apreciadores naCorte, d'envolta cora outras explosõesde hostilidade, ao ministério de 2i deJaneiro, declarou, sém rebuço, que oSr. Martinho Campos hão podia cònti-nuar em sua nova posição, desde que,antes de transformar-se em poder, nãodeu-se ao trabalho de ouvir, alem d'oü-tros, os conselhos doiprimeiro talentod'este paiz, o Sr. Francisco Octaviano;

Como estas,'muitas putrá^máhifes-" táções do desagrado Uverão lugar entreos chefes liberaes da Corte, aò surpre-hèndêl-os o.Sr. Martinho Campos comoséU ministério. ,: ., .;. <

V (irNao obstante,.;gCearense, apreciai:do as cousas peio prisma, que mais lhe

^Vêm^-repütá-sé féliz.e,contemplaáq'íçSgè i;fbüra visão d'uraa ésplepdi-da eternidade pára seus amigos no po-

. der. ^^^.t.\-lvÍ.:^^-Nós,;põrôiffíjSáu grado do contetó-

ppréheo, èonuhuarérao| a; ver o mi-nisterjo de 21 de Janeira como o ulti-

esforço dé uma situação moribun-

"''iJléas,ai,,èariàar,.s;em razãq deo*rn Superior, que justifiquem mais

urfl sacrifício pelas posições officiaes, o

que a votação teve lugar quatro diasantes de passar a nova lei de eleição,d'onde resultou qüe já sob o domíniod'esta nova lei ainda houvesse actosdo processo eleitoral regulados pela leiantiga.

Este fácto inquiná de vicio todo oprocesso eleitoral. Uma eleição não ósimplesmente a'-1 acta da manifestaçãodo voto ; ó um - acto complexo, com-posto aVessa manifestação e do modo doprovar esta manifestação. M (

Não pôde, portanto, comprehenderqué se sustente a, legalidade da.eleiçaode que í se trata, só porque foi feitaquatro dias antes de passar a nova lei;rçãó julga admissível que estajam -aomesmo tempo em execução duas leisoppostas.

Ea! lamentável que não haja mais mi-nistrois nó Senadõi Se na ultima orga-nisação do1 gabinete tivesse entrado aomenos um senador, teria o orador comquem sé entendesse à respeito (Tesse,assümpto. Apezar1 dp que a responsa-bilidade ó do ministério que findou, nãoquer o orador dirigirrse, sobre estaquestão^ a ministros demittidos.

Quando se tratar de àctqs de puraadministração, não terá duvida em fa-zel-o: porque em taes casos, mesmosdéfunetos, elies, devem passar pelo pur-gatòriô!, Eni questão d'esta natureza óde mister dirigir-se ao governo; masno Senado não ha mais ministros. : -

Ainda ' observará que quando ò Se-nado anhüllou a'ultima eleição de se'nadores dó Ceará, com o fundiimentode que o estado da provincia, em con-seqüência da seccá e da fome, não dá-va liberdade de eleição, estabeleceuem vista de iim parecer de í commissão,que não se procederia á nova eleição

sultão dopois quo cossasso aquolla cala-midado, quo dosapparocossom as máscondições quo serviram du fundamon-to á nullidado da oloição.

Acompanhou o governo osta opiniãodo Sonado? Quo nrociosidado tinhaessa loi velha, conuomnada por todos,para quo o govomo quizosso nprovoi-tar os últimos dias do sua duração, pa-ra mandar fazer a oloição na dpocliaom quo talvoz já tinba om suas mão., oautographo da nova loi para lançar-soa saneçáo ?

Não podo descobrir razão para quouão se esperasse mais quatro dias, aliuido fuzor-so a eleição segundo o procos-so roconhocido como aquollo quo podiaproduzir a vordado do uma oloição.

Por mais osto motivo vota contra $parecer.

CHRONICÃM.ITICARocordaçõos históricas ministeriaos a

propósito.

Em princípios de Maio do 1865 ca-hio do poder o gabinoto Furtado do 31do Agosto do 1864, do quo ora alma,vida o coração Thoophilo Ottoni.

Deu-lho a qudda o conselheiro Sa-raiva por oceasião da votação do pre-sidente da câmara temporária.

O ministério tinha por candidato oactual Conde de Prados, quo aponaspoude eloger-se por um voto, contra ocandidato da opposição liberal, conse-lheiro Saldanha Marinho.

O Sr. Saraiva quo, desgostoso, já bavia recusado a presidência da Bahia,votou em branco, lavando assim asmãos como Pila tos....

Este voto do um porsonagem tãoimportante da situação, com a insigni-ficante maioria obtida, levou o gabi-nete a solicitar da coroa sua demissão.

Este ministério só se destinguio pelainfeliz demissão do 1." diplomata daAmerica do Sul e do 1." estadista d'os-te paiz no 2." reinado, Visconde do RioBranco, enviado extraordinário e mi-nisiro plenipotonciario á republica doUruguay.

Por isso nào deixou saudades.

Para organisar o novo gabinete foichamado o Visconde de Abaeté, presi-dente do senado.

Mas o illustro Visconde, não obstanloser—abaeté,—isto é,—varão forte, co-mo significa essa palavra em indigena,mostrou-se fraquissirao.

Ao Imperador pedio despensa, alie-gando sua idade avançada e encommo-dos de saúde.

Mas a quem devo chamar ? Pergun-tou-lhe o monarcha.

Ao Sr. Saraiva, respondeu o Viscon-de.

Pois chame-o de minha pane.Assim, a um varão forte, ia substi-

tuir um Saraiva, que ó o mesmo quegelo, cousa friissima 1....

Era justamente o caso de repetir-secom o épico portuguez :—

Do justo e duro Pedro nasce o brando,

Vede da natureza o desconcerto !

Mas nem por isso o Sr. Saraiva foitao frio como se devia suppor; poisd'essa vez o mingáu virou angu.,..

Antes de ir ao Paço procurou cer-t.ficar-se do apoio dos principaes che-fes da situação, sobretudo do de Theo-philo Ottoni, que comprometteo-se atéa acceitar a pasta da fazenda.

Recebida então do Imperador a hon-rade organisar o gabinete, foi terrívelò seu desapontamento quando, de vol-ta, encontrou a Ottoni resolvido a nãomais acceitar pasta alguma, e exter-nando desgostos—pomão lhe caber a-/.nviM/i mm ti f\nit*/\c* notno^rí oonrirtQ rVi/»'i-_.

litada, como depois declarou no sena-do.

Para o bom entendedor meia palavrabasta....

Sem o concurso leal do chefe do Un-ço.branco não podia organisar ministerio' forto e duradouro—quem ha poucoderrotara outro com uma sedula embranco...

D'ahi mesmo voltou ao Paço a de-clarar a El-rei, seu senhor, que chamas-se outro.

* Aquém ?Ao Sr. Nabuco.

0 Sr. Nabuco já ora a osso tompoliboral, mas havia na câmara muitospraciros, como Urbano Sabino o ou-tros, quo ainda não so tinhílü osquoci-do do antigo—Nabucodonozor, appol-lido por quo so tornou conhecido dosroboldüsoox-juiz do diroito do Rocifo,quo coiidomnou a Fornando do Noro-nha os chofos da rovolução pornambu-cana do 1848.

Bons dosojos tinha ollo do organisargabinoto, mas tnos foram as carasfeias o cnròtas, boiços o vontas rolor-cidas quo encontrou logo outro os 110-voscó-roligioiiarios—quo mio levo ou-tro romodio sinão—soguir os passos dossous nutocossoros..'.

—.Vou possum, Sonhor I nào possocontar com o apoio dodicadoda cama-ra tomporaria, som o qual todo minis-torio sorá impossivol, salvo...

Quoria-so roforir á dissolução...

Todos os monarchas costumào torsoinpro á mão cortos ostadistas expori-montados para desompata—quostõos.

Portugal tovo o Duquo do Louló, oInglaterra o Duque do Wollington, aFrança o genoral Foult, a Áustria oPríncipe do Motternich, quo do umavoz chogou a sor ministro— 29 annos ;o assim por dianto.

O chavão das nossas difficuldadosnas organisações minislorioes ora oMarque/, do Olinda, o brasileiro maismonarchista doste império, segundo oconselheiro Silveira Lobo.

Foi o velho ox-regente chamado oancarrogado do compor as cousas e oshomens.

Como sempre obodiente, mas nuncahumildo, ao seu soberano, acceilou aincumbência o tratou solicito de desem-penhal-a.

A 12 de Maio do 1865 ficou organi-sado o seu ministério, composto de Na-buco, Saraiva, Octaviano Rosa, Fer-raz, Dias do Carvalho e Paula e Souza,pao do actual ministro da marinha.

Custou, mas valeu a pena. Da ca-beca do Júpiter sahio Minerva.

Presidia o novo gabinete um ex-re-gente do império (Olinda), e fazião par-te d'ello 1 ex-presidente de conselhodo ministros (Ferraz). 2 que recusaramsel-o (Nabuco o Saraiva), 1 ex-presi-dente da câmara dos deputados o ex-ministro de estado mais de uma vez(Dias de Carvalho) 1 enviado extraor-dinario e ministro plenipotonciario aoRio da Prata (Octaviano) e 1 distinetodeputado paulista (P. o Souza).

Foi logo cognominado==o ministériodas sele águias.

Com eíTeito, ministério igual pelo ta-lento, .Ilustração e prestigio só se viodepois o Dezeseis de Julho, conhecidotambém pelo das—Sete águias.

Quo denominação caberá agora ao21 de Janeiro composto, depois de tan-tos trabalhos e fadigas, dos Rodolphi-tos, Manécos, Mafras, Aífonsinhos,Bentinhos e Salinos ?

Não lho assentará a de— ministériodos corvos ?

Não ha ahi um nome, á excepção dodo presidente do conselho, que nãoprovoque uma insoffrida interrogação !

A'quelIas sete águias do seu partidoo Sr. Míirtinho de Campos fez formalopposição 1 dará licença agora para queos seus có-religionarios facão fogo tam-bem nos seus corvos ?

O Sr. Martinho' é muito modesto:depois que subio ao poder chamou lo-go de—canoa—a náu do estado...

—Faça também de corvos os seuspalynuros, e um bello dia largue-osda canoa, como o quando Noó largouda barquinha os seus....

Será o "melhor meio. de verificar siha ainda restos de deluvio....

NOTICIASFalleeimento.— Falleceu ante hon-

temi-á cidade de Maranguape, de umahempothise, „o alferes Leovilgio Bri-gido. . ,

Era ainda bem moço. e havia se casaüo,ha 2 dias. com uma*interessante filha doSr. major J080 Brigido. .

Alferes cio 15 Batalhão de Irifantena,ofinado era -um distineto offlcial, muitoestimado por suas qualidades.

Acompanhamos a sua digna famíliaem sua intensa dôr.

Consórcio.—Domingo passado, pelas9 1/2 horas da manhã, na cathedral. sendo

oolobrrmtoo Exm. Sr Arcobispoda Bahia ,üiroctuou-80 o coniioroio do nosso prozadoamigo, o Sr. Manoel Tlnopbilo artHprir doOliveira com a líxin». Sr.» D.MarlriUIziidaJusta, Iliba do nosso nompro lembradoamigo, o Coronol Antônio Uonçalvoa da«Insta. ....

O netoostovoo mais solomnoo brillian-to pnssivol, adiando-so prosonto n elite da8oeioda«lo ooarunso.

Durante todo o dia.no i_.ran.lo o ologanto«obrado da Uxm*. Sr*. D. Florontinn daCosta Justa, digna raao da noiva, roinoua mais viva alogna, sendo sorvida umlauto banquete, dürantooqual Üzontm-soos brindes moisJoxpaiiBivos o aüVotiioso.-».

A maior cordiiilidado o ílno acolhimentoo-livoram somproa pardo gosto opn a«loo delicadeza quo om tudo so notava.

Sobrotudo tornavam-80 dignos do meu-eilo as lindas o roquissimas (oilolle*, quoali deslumbravam todas as vistas. Kntromuitas rocordarno-nosdo unrri azul-claro;outracôrdo rosa; outra olis.perlc plisseo muitas outras...

Finalmonto. sQo nossos votos quo oslanus das mais puras vouturas, o sautasalegrias ostroitom uma longa oxistoncia,aos dignos ofuli/os noivos,

(«Constituivão».—Aclmm-so o nossoescriptorio, o a olllcina do nosso jornaldellnitivnmonto mudados para os prédiosn.u" 24 o 20 da Rua da Palma.

Para ahi, pois, convidamos aos nossosa?signantüs o amig«)s quo dirijam suas ro-clama«;.ões o corrospondoncias.

lUciçao Ncii.Uorial «lo CeimV—Pessoa da mais elevada posiçno política osocial oscrovoo«nos da corte polo ultimopaquete :

« Foi, como já devo saber, approvadaa eloicüo senatorial dessa provincia, con-correndo muito para osto rosultado aeleição do deputados do Ceará.

Sei que antes os liberaes do senado es-tavão dispostos a annullal-o em homo-nagemao Josó Liberato ; mas depois mu-daram de voto para não desagradarem,sem duvida, a maioria da deputaçSo cea-ren se.

Só o Silveira da Motta se manisfostoucontra, sustentando na tribuna suas con-vicçõos antigas

Veja quanto damno para o partido con-ser.vador da sua provincia não trouxe odesastre da liga com os liberaes ?

Deus permitta que o tempo consigaemendar osses erros,que os mais instantesconselhos não poderão evitar. »

Vá a quem tocaOs juritys.—Escreve-nos um amigo

de Sobral em data de 9 do corrente sobreostes monstros :

« A's pessas aproveito o portador paradizer-lhe quoos sicearios juritys devemchegar hoje á esta cidade de volta doS. Pedro de Ibiapina, da nova comarca deS. Benedito, onde acabão de respondersegunda vez ao jury pela horrível heca-tombe da Tubatinga, ha Viçosa.

A se8sãodo jury durou dez dias, sendovelho jurity couaemnado á galés perpe-

tuos e os outros a 14 annos.Naturalmente houve appellação, por-

quo não se poderão conformar cora tãogrande pena os malvados que mataramuma famiiia inteira de 19 pessoas, crema-ram na e saqueararn-na.

Entretanto por menos um assassino doRio Grande do Norte foi condemnado ámorte e a Relação da Fortaleza confirmoua sentença condemnatoria, segundo já lina *ua Constituição. »

.Limpeza da capital.-- E' muitoexpresso o art. 23 do codig«j do posturasda câmara municipal da Fortaleza, apro-vado pela lei provincial n- 1818 do 1' defevereiro de 1819 :

« O serviço da limpeza, começará} tãocedo quanto seja bastante para que asseishoras d'amanhã esteja terminado. »

Entretanto a câmara da capital só man-da proceder a esse serviço quando todosos estabelecimentos já estão abertos!

As vezes, áo meio dia, ainda se varre acidade, accumulando os habitantes aocalor enorme próprio da estação a im-mensa poeira que levanta a vassouramunicipal.

Porque a câmara não ha de cumpriruma desposição expressa de leij tão útil ásaúde e hygiene publicas ?

Como o actual código de posturas é pro-ducção liberal, desta vez esperamos serattendidos.

E' possível que a câmara ignore a fonteda legislação, por que se deve reger

Erratas-Na correspondência da cortepublicada no n* antecedente, por descuidode revisão sahiram alguns periodoa meor-

Irectos, dous dos quaes precisão de recti-ficação.—O 1' deve ser lido deste modo :—c Às

duas pastas que restão, da justic •rinha, deverão ser preench.e Paula e Souza, dous ill.nhecidos, que nenhuma forç.gabinete, nem pelo lado politicclado inlellectual. O primeiro veiodo por S. Catharina. e ainda nãoconhecido e já se sabe que será o nuda justiça 1 etc, etc, etc, »

—Nol^1. em vez de—O que é cen14U0 os libcr_.ee andãc sulls trànquilí.—leia-se :—O que é certo ó que os liberaes.andão muito desorientados e os conserva-dores muito tranquillo?.

Os outros erros são de menor importan«cia por isto deixamos de corregil-os.

Bispo do Maranhão.—De volta desua viagem ao Recife, onde foi sagrar omagestoso templo de N. S. da Penha,veio no Pernambuco o Exm. Sr. D. Anto-nio Cândido de Alvarenga. S. Exc. pre-tende demorar-se entre nós alguns dias,atô á passagem do próximo paquete dosul.

S. Exc. já visitou o Acarape. e a cida-de de Baturité, sendo recebido n'esseslugares com todas as demonstrações dealto respeito e consideração.

Por nossa vez cumprimentamos e sau-damos o illustre prelado.

A'

'v ....

A

:**-.. ¦¦

V%«..

mv

MUTILADO MANCHADO

'\ * ' s

¦ ¦ --"':

¦¦¦¦:.

: '¦...

''"'"-¦ '. '

¦

/

¦T5pv

CONSTITUIÇÃO

**¥-_¦¦¦

^.

_È_lt

^

NòvQ'COrellgfóniW|o»»Com prazerpublloamos om outro logar um ra«-'i»«-jj>Ao Sr. Antônio ^^*in^S$^Zclarnndo.so conservador; o olluroaoino--lho o« nossos serviço» o a.aiJ0/'^-

liooiitndo l»o*«» tMii.uliy.--VB Basto*tai I.SoraoB da capitaldoclarãoroçonTioci-do dunutivlo pelo IMauhy o br. Dr. JosóDaBwn de Miranda Osório, do cuja uloioftomuito noBtemoBüociipadOi

SinBsimó. nãolia raonninlo maior. Aoomiiiiwilo do podores. compôs a om suamaioria do ponto.Ia situação, havia (Indopnrucor, inaniando proceder a1 2* oscru»tinio, do conformldado com a loi o a mo-ralulado publica i o Dr. Rasioirnito dosa-minou o vcncou,calcando aos pos o diroitodo sou competidor, o nosso illustradoamigo Dr. Tiros Ferreiro l

Faça do sua victoria bom proveito, oainda molhor -ossa maioria dosabusada.digna d'nquolla ouira «sorvil», quo fez avergonha do nosso parlamonto.

líllonvso oin regeneração do costumoslLente «le Will».-.onl-.-^-Poi «po-

sentado o lento do Philosoplua do LycooDr. Thoophilo lluttno Bizerra de Mono-zes, que conta maia do 30 annos do sor»vi co *

licença.—Foiconcodida uma dodousmezes o llaymundo Coelho Barbosa, 1.°prntico da barra do Aracaty. '

Supplentes de jui* municipal.-Foram nomeados rara os ugares do .3.«»supplentes do juiz municipal: do Icó An-tonio de Souza Ribeiro, do Limoeiro JoiloRodrigues Lima.

Carro policial. - Para e cargo dodelegado do policia do termo do S. l<ran-cisco foi nomoad) o cidadão Antônio .Io-ronimo Ferreira. .:• .? .

Medico—Chegou a osta capital noPcrnam&iico o nosso coinprov.incu.no, Dr.Josó Pacifico da Costa Caraça que acabade receber'nn Imperial Faculdade de me-dicina da Corto o grau do doutor.

Nossas felicitações ao jovon medico.Companhia dos menores.-Esta

contractado medico da companhia deaprendizes marinheiros d'esta capital oSr. Dr. JoSo G. Studart.

Tribunal do jury.—Hontem, dou-se começo aos trabalhos da 1.» sessfio pe-riodica do jury d'csta capital. NfiOjha-vendo numero legal de jurados, procedeu-se a sorteio de supplentes.

Estrada de Tcrro deJIaturite.-Mercadorias entradas n^°j£JnttK.in

35.420 »121,545 »

830 »1,634 »

32.962 »5.110 »i.120 »tr nin „OtV-tv

35.-260 »34, n5 »

450 »262,230 »

14

¦ .

AlgodãoAssucarCaféBorrachaCourosCaroço de algodãoArrozFeijãoFarinhaMilhoFructasSolaDiversas n.Aguardente _ . U P'P-»S.Para o Pará.-Seguiu para o Para

no paquete nacional Pernambuco o Sr.Eugênio Marcai, que ah vae exercer asua profissão de guarda-livros em umaimportante casa commercial.

O estimavel joven por sua intelligen-cia e actividade 6 digno de todas as feli-cidades. .

Alforria.—Era demonstração de justoregosijo pelo feliz consórcio de sua pre-sada filha, D. Maria Justa, com o nossodistincto amigo Manoel Theophilo Gaspardo Oliveira,—a Exm «Sr.» D. Florentinada Costa Justa, respeitável e virtuosa viu-va de nosso sempre lembrado amigo coro-nel Antônio Gonçalves da Justa.concedeucarta de liberdade sem condição algumaa sua escrava Francisca. .

Esse acto de verdadeira caridade com-pletou brilhantemente a grandiosa cere-monia. '

De Farias.— Regressou de sua viagema Pariz o Sr. Lázaro Gradwohll. sócio daimportante casa commercial—Gradwohll& Picard, d*esta praça. t

Polka.— Tócar-se-ha. hoje a noute, noPasseio Publico, a linda polka Minha-flor,felizproduccão dointelligente joven Aqui-raensé Hermino Gomes. Pimenta Filho,oferecida a Musica do 15 Batalhão de In-fan teria.

Espérituoso.—De uns chistosos cro-quis á lápis, transcrevemos da Gazeta dafarde os sesruintis,—que dizem respeitoaos deputados liberaes de nossa província.

«jRottsbono—Freqüentou a camara notempo do progressismo. Fazia discursoscheios de considerações jurídicas e mas-santes.que vaticinavam uma adovocaciarurail. De facto, abriu banca na Parahybade Saí quando toou agrado ostracis-

/mo, e na Parahyba do Sul Viveu saudosodo Ceará, do mandato popular e do seuvelho liberalismo. Consolava-se com osclientes e com as arengas no fôro--Nenaimprensa sobre causas maia ou menosper-didas. ....... ,. ,, ;/Volta com .mais loquella, sempre pom

RodríouM—Da fnmilia dos Phhsoiih. Dopartido puri.aiiul. Ii* um pronomo.

O nomo om cujo logar ollo bó acha óPoubv.

Liberai dlssltlento o rooonciliado. Tombnrbns, o muitos pnrontoa na política.

No Sanado, o morrer um o mottor outrodn familia. Na cadoia volha andam obPftiilftBAtros por dui.i.

Faz mwdhorosroquojoos do quo disour-soh. TodnvianRo ò niilliilndo aomplota.

Fuz meeHnga no Ipú e levanta os espiri-tos. Nu bossAo passada, o quo ollo fazialevantar oram os mombros prosontos, qtwn»doS. Exc. podia a palavra.

Por isso pediu a poucas vozes, o fozbom.

Meton de Alencar-Um Aloncor collaeto-ral, um Aloncar falso, ou om linguagemindiana,—um Akncarana.

Chama-se também Meton, o essa agoraó galante.

Moton porquo motivo ? Metons auoi?QitVsí ce que nous allom meltre lá dedans?

E'moço o despachado. Pois dospacho-raol»o. »

Silveira Martins e a situa-ção.—O grando tribuno cchefo liberal doUio Grande do sul, om um discurso quoproferio por oceasião do festejos quo lhottzorain sous amigos na corto, om sua clie-gada ali, a 23 do moz passado, exprimiu-so nos termos quo so seguem com rolnçãoao ministorio actual e sobro a quostitodn emancipação no Brazil.

« O quo juíga mais funesto para o par»tido liberal,o tor-so organisado o actualgabinete sem ter sido. o nsultado 6 Srconselheiro Octaviano, a maior cabeça dopartido liberal. Por mais que o actualpresidente do conselho pussa cunllur omsuas forças, tinha a obrigação do cônsul-tar com ò talento quo suporá todas asdifficuldades ».

« Diz que ha uma questão do máximaimportância, perante a qu.al o partidoliberal tem obrigação do adiantar-se aopartido conservador—é a questão que seprendeu lei de 28 do setembro. .

«O direito de propriedade do senhor so-bre o escravo, se pode ser consideradolegal, não ó legitimo. A escravidão devese acabar dentro de um praso curto. Nfioha escravo, que, por maior valor quetenha, 'não

pague o seu yalor cora oitoannos de trabalho. Por isso julgaquenodia 1 de Janeiro do 1890 não deve existirum só escravo no Brazil. Quem conseguirsemelhante medida erguerá a sua pátriaao nível das mais civilFsadas nações. »

Inquestionavelmente ha nestas palavrasdo tribuno rio grandense uma ameaça for-midavel a vida ministerial do Sr.* Mar-Unho Carap ¦¦s, assim como uma fagueiraesperança para o milhão de escravos que,regando" »inda com o suor captivo o im-menso soalo americano, atrophiam-lhe auberdado u a seiva.

EXTERIOR

ü,.'ú-"*

.faltavão 5 minutos para (

!

MI3(D1Confucio Pamplona—Vasto estabe-

lecimento commercial, a rua do MajorFacundo (Palma) n. 59. Louça o diver-sas mercadorias. Notável reducção depreços.

Jacques Weill. — Joalheiro, rua doMajor Facundo (Palma) n. 70, grandee completo sortimento de jóias e relogi-os.

Dr. Pedro Borges.—Medico. Ruado Senador Pompeu n. 94. Chamados áqualquer hora do dia, e da noite.

Bon Marche.—Nova loja de fazen-das e modas, á rua do Major Facundo(Palma) n. 74.

Guarany. *— Grande estabelecimen-to commercial de fazendas, modas, eobjectos de phántasia. Rua do MajorFacundo (Paimáy n.! 79

Dr. Frederico Bíorges. — Advoga-do. -i" rJncumbe-se de defesas no jury. Pôdeser procurado todos os dias utois noescriptorio da—constituição.

COU RRSPON DENCIA- FRANCO* DRAZULRIU.Vj

p\u!'/., 30 dr dezhmi1uo dr 1881.

A política dormila por alguns dins, o—todos só ponsiiiii om divortir-so. Surgioaqui nas ultimas somanas um magiiotisa-dor por nomu Uouato. que 6 a maior cu-riosidado do momento actual.

Dosdo a idade mddia, os phonomnnos doattracção mngnotica ubsorvaduti em certoscasos oram considerados como o oymbolodos phonomoiiús' do altntcçao quo so ho*tam na vida 'physica o ria vida psichicá cal-ma do homem. Hojo om dia esses phonò*menos estão bom estudados Dmi-se-lhono nome d» hypnotismo, derivado de umvocábulo grego quo significa soitnofhyp*iiosj. O hypnotismo não ó mais do quoum caso da catalopsia ou da anasthesiaartificial.

O estado hypnotico obtom-so do ummodo muito fácil: bosta concentrar a vis*ta o altenção n'um objocto brilhante. Im-mediatamento. o paciento entra em um oS»lado do insonsibilidndo o inconsciencia ana*loga ao estado do onformo quo respirouum pouco do ehloroformio. As oxperl-ondas do hypnotisma tom sido numero-sas noB últimos tempos, e qualquer leitoras podo tontar om animaes, Para hypno-tisar a uma galinha, basla araarrar-ihe asazas o os pés. e deitnl-a com o bico omcim<» do uma linha branca traçada como giz no chão. Ao cnbo de alguns mjnu»tos, a gallinha se torna insensível, conser-va-se na posição em quo foi posta, odebal-do nao sa mexerá ináié,' ató desamarrar-se.

O quo ó mais para nolar-se é que, mes*mo um cavallo. pôde «ar-hypno Usado.' Hádois animaes què ainda hao puderam! serhypnotisados : o gato o o loopardo.De todas essas oxperioncias, concluip-se

quo a causa primordial o fundamental dohypnotismo nos animaes é a impressão doterror e o instineto do poderio exterior ;essas duas causas tem o privilegio do cau-sar a anaquilnçSo, parcial ou totai: dasforças musculares o da sensibilidade ner-vosa. O phenomono ó mais ou menos in-tenso n*este ou n'aquelle animal, o variada fascinação ato o sorano lethargico. Osdomodores do animaes conseguem a doei-lidado das pobres alimarias por merosmuito differentos, mas 6 certo que á man-teôm pela energia do olhar, da voz ou dogesto.

O Sr. Donato, que ora « faz furor » emPariz. convida qualquer expéctador parapaciente. Serve-se ordinariamente de umpequeno espelho, com caixilho de madei-ra piútft, .para hypnotisar os expeciado-res. Manda ao paciente que íitte os olhosno espelho. O espectador, era breves mi-nutos, começa a bocejar, as paloebrastreinem, e adormece. Com outros ôxpec-tadores, mais nervozos Donato não'empre-ga o espelho maravilhoso. Basta que elleos fitte pa'a cahirem adormecidos. h*

Uma voz obtido o somno, o hyonotisa-do nao tem mais vontade própria nem mo*vimento independente.Assisti hontem à uma das representa-

ções desse noío Mesrnar. Éramos írezjornalistas. Os mous dois a«rnTosr-1:!ro-sceptioos como eu. quizeram tentar a ex-pertencia: um d'elles ó magro e nervoso ;o outro ó gordo, um colosso robusto eathletico O magro cahio logo adorme-cido ; quando despertou, veio ter comnos-co. ao fundo da sala. Ia sentar-se, quan-do Denalo exclamou: « Volte cá.»-» Nfiovolto.—Ha de voltar.

Olhando sempre para o meu amigomagnetisador mandou por trez vezes,perante os exp<ctado es attonitos, opa-ciente cahio outra vez hypnotisado, e obe-deceo Ainda nfio cobrou o sangue frio,depois de tal abalo v o meu segundo ami*go, a despeito disso, quiz tentar a expe-riencia. Com efíeito, uao foi fácil hypno.-tisal-o. O colosso resistia, e via-se quefazia exforcos hercúleos para nfio obdecer.Mas, por fim, cahio por sua vez, por en-tre estrepitosos applausos.

E ahi está de que modo o Donato estarevolucionando a cidade inteiraRemato esta cart» indicando aos leitoresd'oste jornal uma reforma importante nascorrespondências que lhes mando. No an-no que vem, o que ahi vem tão pertomandarei, como costumo, com a mesmaregularidade, quatro correspondências, co*mo outr'or8. Mas, todos os mezes. envi-

arei uma syfannn nninotra Miuntiün. n,,a'..i- "** ~~ — *~ *f **»»*-* w - f. »• WU4WI4V1UVU UMV/abrangerá ora a medicina e'a hygiene do-mestiça, ora os* ramos de cultura especiaes

ao nosso paiz, ora os livros scientificosque tratam das raodornissimas applicações

miséria habitava.

E a pobro nioçii gemiaNiVa, faminta, osporavaIu minoria sombriaA fuuco negra afiava.

No outro dia, oHtiradaaExalavam abraçadasUm porfümo doloterlo...

E os corvos em toadasA' mfii o filha, coitadasSorviam do comitoriol

• il..Olympio da Rocha.

Fovoreiro, 8í.

PAGINAS LIVRES

mos quo aindahorsB! -Foi um oaoandalo quo voiu dar em

minha cosa oaèò mito sorvidor da causapublioa, o quo mó teria exposto a maioresvoxasios, so a mesma prudência o a ami-zado do meus bons vlsinhos rao nfio ti vos-som aconselhado.

O próprio Gerimto da Companhia dobonds di. tostomunhoom' prol do que digo.

Compareci ante o Sr. Subdelegado ;oxpuz o faoto : pedi a repr«88&o do dt»sordeiroe ac-ldado, o «tá hoje nfio constaque ello a tonha tido.

Venho, por tanto, dizer bom alto aquil-10 quo posso provar om ju.zo, o reclamaroutra voz. perante o Sr., Subdelegadoquo puna

"os oxcossos dos seus subordi*nados, e so torno oada voz mais digno dorespoíto publico.

Dcolaraç&o.

Liberal, desde meus princípios, declaroao publicd que de ora em -diante adoptoas idéias do partido conservador, e. agra-deço o conceito • quo os liberaes sempremo despensaram.

Antônio Bizerra ,

Ceará 15 de fevereiro, de 1882.

Providencias-

Os gatitnos começfio á penetrar os quin-taes das paaas.da Rua do Senador Pom*pou, pulando as muradas, para dar buscasno. que possuo encontrar.; |

Aguarda cívica nfio mereço accusOes;massfio prècizaB.pròvideBciaB muito ener-gicas para a conveniente segurança dosamigos de «excursões» «nocturnas.

- í .Jlfwiíos moradores.

Ejbobi«8,Jlwctojres da guardaurbana.

Nfio venho fazer,. alarma, e sim .noti*ciar aos senhores chefes «f directoros' daguarda urbana d'esta capital o facto; ar-bitrario e irregular, que contra mimpraticou um soldado d'èste terceiro dis-tricto, do qual fui victima. insulta ; paraque aquelles, a quem cabe, tomem* pro»videncias, que previnam casos idênticos,e talvez, desastres e conflictos.

Sou pacifico por convicção eçpordiabito,e nfio gosto dé alardes.*

*

. Entretanto, mesmo para continuar n'es«se modo de viver na communhâo social,preciso de ter a coragem de romper ateia de minha obscuridade, afim de que,por ser eu socegado é pacifico, ninguémsupponha, que tem o vertiginoso direitode insultar-me, ou perturbar minha tran-quiilidàde. -

Faço justiça aos senhores intendente-da guarda, e mesmo a alguns dos seussubordinados; quero dizer, sinto que I Ossenhores intendentes deligehciámó^bbm

Raymumh Paula da S. Nonnalo.

Ao publico.'*-*' ¦:-

:'

i

11 I

No acto dc pedir me em confidencia moucunhado Zoferino Ferreira de Veras, o livrode notas de mou cartório, hesitei, lemb' an-do-me do boato que appirocia do quereremos liberae» tomarem dito livro om oceasifioquo mo vissem .com ello, mas para quemeu cunhado em quem depositava todd aconfiança, reconhecesse em mim sincerida-de o amizade, nfio obstante pertencer elle"ápotitica differento dei-o faaí.bóa fó, o o ¦ \renultado foi ser o livro dilacerado e não " 1o ter restituido ao cartório, Pessoas vis ebaixas dessas que julgam os mais por siaproveitaram o insejo para diserem que euno momento era que entreguei omeonliden-cia o livro a meu cunhado mandei avisara A rthudouro pára tomal-o. Adistancia deminha casa.a casa de Arthudouro ó maiorda em que enco•< traram-seao sahir da minhameu cunhado, vè-s« por tanto que nio possadejuisos temerário», e ou como amigo demou cu»nado. nào havia usar de um pro-cedimento todo infamante e de queusará quem me julgar capaz de o ter obra-do. Nfio obstante ter' sido denunciado porhaver confiado a meu cunhado o livro, nãoestou arrependido, assumo a responsàbili-dades dos meus actos; - Fui demettido dee?crivão, estou sendo responsabelisado,mas sou tfio cavalheiro que nfio queixo-me de pessoa alguma, conheço perfeita-mente que a demissão i me foi dada pordizer-me conservadore ter votado no Dr.Jaguaribe Filho; por isso estou nátisfeito.Queira, Sr. Redactor, .dar., publicidade aestas linhas.pelas quaes se responsabeliuaseu constante leitor. - i;

Antônio Severiano, das News.,Camocim 31 de janeiro do 1882.

O Tenente Joaquim José dos Pra-zerese seus calumniudures. "

Sou forçado, voltar á imprensa.antei dot-mpo que prometti em minha co-res-pondencia insertana Constituição sob n*2 de 5 do corrente mez. ,• A inesperada retirada do Sr. TenenteJoaquim José dos Prazeres do commandò

desempenho do serviço dos seus com- do distacamento desta villa, a qual se diamandados, e que muitos d'estes se por- que foi offerecida pelo impulso das calura-

* *liberal, inas feissimo üô aspecto.

'» ?

A

_B_f»P**»_lmm-

- Pompeu Thomaz-V. Ex. >;<5Ve um paoque foi provectó parlamentar. Herdoudelleabóssa óu-òs óculos ? .

O nublicoià o viu naantiga legislatura,-nor signal, na meBa da presidência.7flm y. Exc disposto a fazer mais do que^leitura de actas ? Issoé pouco para quem#í'cbamar Cezar ou Pompeu.

- Pompeu José-Vencedor dò sargentfio ca-raoará.Uin Pompeu que. não-è o próprio.

Quando esperáva-se um José, Liberatojá conhecido, ou mesmo um AraujoLima,apparece esta novidade. ,

Engenheiro bem fallante e da facçãoliberal contraria á dos legítimos Pompeus,eis quanto diz o passaporte.

GrüALTEii R. Silva.—-Papelaria mon-tádá para. satisfazer as repartições pu-blicas e ao commercio. Um deposito depapeis jjiiiiouuo oupuiiu. ,v»,,i3,y"" py»;ças, aos proços da fabrica—-Livros ele-méntares.

Récebe^ençÔmmendas de mausoléosepedras com, inscripções para túmulo*-^^-¦üto--íí-iãb"rtí__ífetítO"-t-_|ei obras dé vidropara uso dôméstico-»-i*Rua Formosa~59.:.RodÒlpho

Theophilo &G.a—Pharmacia árua da Palma n. 80. Grandevàrièda^^^^ ' v?

LiBÈiíTAbÒRA.---Nova loja dé modas,de Albano & Irmão, á rua da Bôa-Vis-ta n. 48. Objectos de luxo, gosto ophantaisa. Mercadorias diversas.

da electricidade, etc. N'essas doze cor- nnã"étàmVem amdsmarespondencias. escriptas sem pretenção de Sm úSf oorta oeh!3í"estylo. mas firmadas em: rigorosos dados com uma porta C9Praaa*experimentaes, "os leitores deste jornalencontrarão um quadro,- completo, embora resumido, nos progressos maravilhososda seieneja moderna. Já tomei todas, âsprocaações para estar bem informado, edesde já penso assegurar aos leitores quee essa uma empreza árdua, cuja única re-compensa só podo ser o benevolo acolhimento por parte d'elles. Se agradarem,proseguirei. Senfio, terei sempre tentadoserlhes útil de algum modo, variando àin-da mais a leitura d estas garatujas.

'¦ (Carta particular\)

\ MMmmÈMiséria.;

Pilhinha, espera! Dizia"A pobre mfii que choravaEm uma choupana fria,

tam bem, cumprindo civilmente seus deveres.

Com isto,, demonstro, que nfio querofazer diatribe, mas simplesmente pedir aodigno superior dos urbanos d*oste dis*tricto, que nfio tolere, què um sou su-bordinado, abusando das suas attribui-ções, provoque aos pais de famílias, e osexponha por um momento ao vexameda exaltação publica.-- !>> - lü

Tenho meu pequeno estabelecimento decomestíveis, e. molhados em frente doedifício da Estação Central da companhiade Bonds n'esta cidade, á estrada

"de Me*

cejana,Conheço o que determinam as posturas

municípáes acerca da hora era que devemfechar-se taes estabelecimentos.

Tenho o meu relógio pendurado nas pa-redes da bodega; ouço perfeitamente o,to^ue da cometa, auando dá nove ho-ras, e vejo bem quando, a esse tempo, serecolhem na Estação os últimos trens, quevem do centro da cidade.

Nfio sou demasiadamente ganancioso,nem vejo com quem fazer lacro, d'essahora em diante.

Por tanto, tenho certesa deqúè houveexcesso criminal e digno de punição noprocedimento, que no dia 6 do corrente,ás nove horas menos alguns minutos danoite, teve para commigo o urbano Pe-dro França, que vigiava>este lado da-ci*.dade.;: Faltavfio já disse, alguns minutos para9 horas ; os bonds ainda se nfio tinhfiorecolhido,, quando, estando eu a tomartresco à porta de meu estabelecimento,

casa de familia,porta cerrada, e outra aberta,

precipitou-se sobre mim o dito guarda,Pedro Francisco, e com modos rudes obrutescos me intimou, que fechasse acasa, perguntando«me, por cumulo deinsoieucia,—se eu nfio tinha ouvidos!Respondi-lhe, placidamente, que os tinha,e bona ; e.por isto, nfio tinha ja fechado a

Eorta ; visto que nfio tinhfio dado nove

oras.' ;;';:.."'';. ';r-v . 1 ••/O tal valentfio, rompendo em imprope»

rios e rodàmsntadas, entfio me dou vozde prisão e me intimou, que comparecessepreso no dia seguinteperante o Subdelega-do do districto, e' isto depois de ter feitobem grande aparatlo, alborotado, apitan-do. a visinhança, que toda íjçoncorreurámesma casa, protestando indignada con-tra a brutal selvageria do altáneiro vio-lento urbano. . |

!-.qCom todos os meus visinnps provarei

até a evidencia, que nfio erBôws^ioras,quando esse liber.tei.ro me veio: provocar,e desrespeitar! pois, já quando tudo»tinnapassado, dirigi-me â casa de Bilhar,do Sr.Capitão Miguel Maracanã, onde estaváo

a inda muitas pessoas, e todas ali verifica-

nias do celebre Octaviano e seu compa-nheiro de canga o vigário d'esta infelizfreguesia, padre Carvalho, dálogar avol-tar antes da predicta opportunidade.

Sou inimigo das injustiças, mormentequando ellas se empregfio pelo empenhoda calumnia e da mentira.

O Sr. Tenente Prazeres, durante o perio*do de sua estada aqui, nfio fez si n&o com*prir seus deveres, tanto no.que era con*cernente a disceplina de seus sold «d s,como em tractar a todos muito bem, nfiotomando a menor parte nos negócios po-liticos da localidade, atravessando cuida-dozamento a época vertiginosa das eléi-cOes,. ,\ 7. .-. •;;.;; ^ _'.ristò ê o qtiê em* consciência se deviamandar dizer para a capital, e nfio absor*ver suas qualidades.

O Sr. Tenente Prazeres cahiu em deza«grado do escrivão Octaviano. porque man*dou tomar de um rapaz do mencionadoescrivão um estoque, como qual acabavade passar segunda vez em frente doquartel e bem a vista mettidó em um cin*turfio, cahindò igualmente nó dèzagradodo vigário, porque este exigio, antes docasamento po|itico, que o mesmo Tenenterompesse comi o Tenente Ovidio, dequemreferido vigário pretendia tomar a che- ]fanea do paitido liberal, maa nfio ccaie= jguindo, alimentou-se na doutrina perigo-za de seu comparva. . . ,,., \- j-$ $

Sestabelóçidít a verdade, ò publico fará ájustiça a quem se sacrificou por comprirseus deveres., rj :.: . . .

E mais tarde talvez appareçâoas prova*"'da traiç&o dos dous vampiros que não per-dião tempo em. enredar para a capitalcontra seus amigos de hoje protestandor.eduzil-os anada I - -i^f

Até breve, pois estou disposto de de-nunciar aa marzellas de quem as tem.paraficar gravado como exemplo á localidadeo i prognostjco. de um pastor^ ínsensnto, l..que por um horroroso castigo nos foi en- 'viado, logo depois de uma infernal secca |dè trez annos ..< . r- MV, PáuloCònçalveS HÜSouzài

X

PeroVp,.26^d'e.ja^}$^

W?

:¦¦IThesouraria de Fazenda.

I^òraèmí de áo lílrii/^fe^pector da Thesouraria dedesta provincia, so fa*

..- • - ../_ '__.... ¦ - : ' '¦¦... ¦ iÍ'%-/.'.',-'"/.ti:,"'.''."-':'''Xi ''è?i

1—:: _.. ''.___ __»

MUTILADO MANCHADO

4 CONSTITUIÇÃO

Kl

fe íl;

Sf^^^'!^^^ I "

pola Circular do ThoHOiiro Nicio-nal d. 40 do 21 de novembro doanno próximo íi nda, nesta data

Pharmacia o drogaria do Qrana-do to C.\ e na acreditada Phar-macia de Uo lolpUo Thoopbilo à

rocebida foram prorogados, até 30|rua da PALMA N. 80—Ceará,do junho de 1882. ob prasos mar- ~ ""

oados. para a substituição, semdesconto, das notas de 20:000 da6/ e 100:000 da 4.' estampas.

O encarregado do expediente

João Augusto C. Saboia,

Thesouraria de Fazenda do Ceará7 do fevereiro do 1882*

/2-4;.

Thesouraria de Fazenda.

De ordem do Illm. Sr. Inspec-tor da Thezouraria de Fazendad'oata provincia, se faz publico,para conhecimento dos interessa-dos, que a mesma Thezourariaprecisa *contractar com quem mi-lhores condicçoes offerecer, o for-necimento de livros e conhecimen-tos impressos, destinados á escri»»pturaçâo da receita e despeza dasEstações de arrecadação do futuroexercicio de 1882—1883 ; peloque são convidados os pretenden-tes a apresentar suas propostas,em carta fechada, até o dia 18 docorrente mez.

Os proponentes ao dito forneci-monto deverão procurar n'estaRe-partição todos os modelos dos mes-mos livros e conhecimentos, bemcomo os esclarecimentos, que jui-garem precisos ; ficando scientes

. de que a entrega de todos os li-vros e conhecimentos deverá serfeita até o' dia 30 de abril do cor-rente anno.

Thezouraria de Fazenda do Ce-ará, 10 de Fevereiro de 1882.

O encarregado do expediente,

João Augusto C. Saboia.(1-2)

I'- % 7te-'-b v . - ¦

f "•"'' "

CASIMIRAPrópria para casaco de senho-

ras.Fazenda superior

? GORES, LINDÍSSIMAS

_í Despacharão

Albano to Irmão.(1—3;

LICOrTiBAINADE

GRANADO to COMPÁNAIA

Unico approvado pela junta deiHygiene.

E' incontestável a efficacia desteLiCOf pãfá curar.È$áiCâIíBôntô to-das as moléstias syphiliticas: Osrheümatismos,"os drrthoros, as es-crophulas, as pústulas, os tuber-"culossyphiliÜGO, as ulceraçSes dabocea, do pharynge e larynge, asescamas, os tumores gommosos eoutras muitas bastante' conheci-das ; são energicamente combati-das com o verdadeiro Licor Ti-baina de Granado to Companhia,enceílente depurativo recominen»dado por distinctos e a abusados

:Hfacultativos do Rio de Janeiro, paranão só. impellir todo e qualquer vi-rus sjrphUitico como para purificaro systema sangüíneo.

Estetas útil medicamento, ven-de se no deposito central á Rua 1.WMarço n. 12—Rio de Janeiro*-

fi

ADVOGADOJUSTINIilNO DE

SERPA.

/IDYOGA

NAS COMARCAS DE

Maranguape, Paontu-ba,Aqulràz

I BI i'

quaesquor outras do inte-,1 rior da provincia.

K'ESTA CAPITAL

incumbe-so de defezas pe-rante o jury e outros ac ^tos no foro criminal. W

IVàO acceita acções de/escravidão.

Pode ser procurado no g.escriptorio da Constitui-j

,

çao.

FORTALEZA.

FARINHA AMERICANA NOVA

Vende por menos que outroqualquer.

João Joaquim Simões.

Rua do Major Facundo n. 69

2-6

J. Weili to O.'

Compra-se ouro velho e pagapor bom preço.•JO Rua do Major Facuudo n. 90

2-3

NBTA TYPOGRA-phia preciza»se de meninos habe*is e bem comportados para ven-der a «Constituição».

© CO %m go s

cn-&¦

fi»/i1*4«9uO

.ao

«3«COaoaoeiu«

7. Ph

GABRIEL J0SE PEQUENOIbiapina, o seu filho Josó Rayroun-do Nonnato do Lima, residentesna villa da Imporatris, avísão aorespeitável publico e ao digno cor-po oommereial das

"praça? da cida-de da Fortaleza, e da de S, Luizo doMaraohão, que n'osta data temambos se associado para commer-ciarem om todos os artigos deoompra o venda, o estabelioido casacommercial na mesma villa—comlucros o perdas em partes igtiaos,girando a mesma sociedade sob arazão social de Ibiapida to Lima oportanto o sócio Gabriel José Pe-queno Ibiapina assignar se-ha com-mercialmente —Ibiapina to Lima,e assim o sócio Josó RaymundoNonnato de Lima assignar-se-hacommercialmente—Ibiapina to Li-ma.

Gabriel José Pequeno Ibiapina.José Raymundo Nonnato de Li-ma.

Imperatriz, 23 de Janeiro de1882.

(3-f)MANTEIGA

INGLEZASuperior, de barril ; na

LOJA

AMERICANARua do Major Faeundo n 69,

(5-5)

POÍ\ /jVIBROSEVierão para «amostra» seis ri-

eos chapéos de palha para senhorae diversas miudesas que se ven-dem barato, no armazém de

PINTO SAMPAIO

42—Rua do Major Facundo-42(6-10)

LOUÇA ÍNCLEZ1E

SERVEJA BASSAcabão de chegar pela barca Ibi-

apaba para o armazém de

fll SAMPAIO42-RUA DO MAJOR FACUNDO-42

^8—10)

AGRICULTOR PROGRESSISTAFOLHA. SEMANAL DE ECONOMIA POAITICA

E RURAL

«-—»—'

Directorj Domingos Maria Gonçalves, Con-cescionario da Companhia Zootechnicae

Agrícola do Brazil e Director da Esco-la Àgricola Provincial em

• Campos.

Collaborada por muitos distinetos agróno-mos, eveterinaros ioutros escriptores nacio-

naes estrangeiros

Esta publicação não é uma em-preza industrial, nem mesmo o pó-de ser tendo em vista o baixo pre-ço porque é cedida aos Srs. assig-nantes, e a grande distribuiçãogratuita, quo o seu proprietário edirector faz a todas as câmaras mu.-nicipae8, agencias de correio, bi-bliothecas etc, é antes de tudouma folha de propaganda e decombate.

O Agricultor Progressistacum pre uma missão, acompanhan-do arevolução econômica da nossa

organização agrícola ; obcji offen-dor a pes oa alguma, tom publica

e ha do publicar, com a maiorloaldado, tudo quo fôr útil tl in-dustria ugricola, sem ourar saberso oflsas verdades podom incommo-dar a quem não estiver disposto aconcorrer para o progresso do Bra-zil o para o augmento e melhora-mento da producgôo àgricola.

PREÇO:

—Uni nnnoi ou íítt números -~

fti 00 0Assigna-se em todas as agehoias do correio o nas estações de

estradas de ferro nes quaes .tambem se recebem annun-

cios.

ESCRITÓRIO DA REDACÇÃO,

RUA DA GLORIA N.° 72](lojü)C O I\T E

A.TTBNÇXO

illf OHIIED»

Chapéos de pello, calçados, bri-ns, gangas, :r.eias e botões de todasas qualidades—no armazém.

DE

PINTO SAMPAIO12-Riia do Major Facundo—4S

(6-16).

UTILIDADE 00 FERRO0 ferre faz parte integrante do san-

funí. Quando o ferro desapparece lia

esperecimento; a cara torna-se pallida,não ha vontade de comer c o sangue per-de a sua côr vermelha natural.

As pilulas, pós e confeitos á base deferro empregados para reconstituir osangue, conteem o ferro no estado in-solúvel, e dão por conseqüência, ferroa dissolver ao estômago já doente.

0 phosphato de ferro íoluvel de heras,doutor em sciencias, não tem esse in-conveniente: é um liquido claro, limpi-do, sem gosto nem sabor, que alem doferro, coiiieiii o phoâplioro, elementoregenerador dos ossos.

Este medicamento produz effeitosmaravilhosos nos individuos fracos,chloroticos, que teem o sangue empo-brecido; cura os individuos que teempalidez ou má côr e as doenças d'esto-mago das senhoras e meninas, e regulta menstruação.

Nas crianças o resultado é maravi-lhoso, porque basta que tomem algu-mas colheres deste remédio, para lhesrestítuir saúde, vigor e appetite.

IMumas AiiiiisonasCores sortiilaü

Dusia 15&000-18^000 rói*Copiadorcs do cartasDo 500 e 400 paginas.No armazora do

PINTO SAMPAIO

Vi—Rim doMaJor Facundo—I*(3-0)

CURA DAS DOENÇAS DE PEITO0 Xarope de hypophosphito de cal dos

senhores Grimault e C«, pharmaceulicosem Paris, é, não só a preparação cousa-grada pela experiência para curar eprevenir -as doenças de peito, tosses,conslipações, catarros, mas é tambem apreparação cuja fama é mais antiga.

Basta experimentar este produeto, paralhe dar 11 preferencia merecida, que lhe éconsagrada por todos os médicos. Com ainfluencia deste remédio acalma-se atosse, cessam os suores que as pessoasatacadas do peito costumão ter de noite,e o doente em pouco tempo recupera asaude e boa disposição.

DOENÇAS DA PELLEAs Pilulas do Doutor Cazbnàvb, me-a

dico em chefe do Hospital do S. Luia deParis, professor da Faculdade de Medi-cina, cavalleiro da ordem da Legião deHonra, curão rapidamente as impigêns,o pruido, a lepra, as espinhas, as comi-chões, a pyriliasis,°n morphea, e todasas moléstias da pelle.

Estas "ilulas não contêm azoffuCs

CURA DAS G0N0RRHÉASPara curar as gonorrhéài, muitas vt-

zes o medico nao sabe á que medica-mento deve dar a preferencia; o balsamode copahiba é um dos melhores reme-dios; mas.transformado ean liquido comose acha nas cápsulas gelatinosas, irritao estômago e os intestinos, provocandoarrotos, náuseas e vômitos freqüentes.As cápsulas de Matico de GrimauU e C'1,pharmaceuticos em Paris, nãb têm essesincovenientes; ellas produzem um effeitorápido sem fatigar o estômago. O invo-lucro destas cápsulas é composto deglúten, principio nutritivo do trigo, quese dissolve nos intestinos, pondo o me-dicamento em contacto immediato comas vias urinarias. Alem d'isso, sua acti-vidade é duplicada pela essência doMatico, arvore do Peru, reconhecidapelos índios, depois de muitos séculos,como excellente para a cura das gonor-rhéas. O governo russo, reconhecendoa efficacia d'eatas cápsulas, introduzio-as em todo o império da Russi*.

Cuidado! tinlè nu ruu !...

O chr nista, dopois noticinrista, o fl-nnlinonto limpador do cano de esgoto dojornal offlbíitl, juntando musollicitadastodo o üMíivniüiito do uma cidnde intui-rn, o atolado ali ntó an vontns,—por umoxlorço supremo do equilíbrio botou acaboçâ fíira do enorme ligre, par» no* di-zor—quo ainda nilo ostuva asphixindon'nquollo sou prodilecto sarcopíiago doporcarias 1

Mas, quo fôlego do jumento ICortamos do clucoto as magrns ancas

do sondei ro, e com rijas esporadas flze-mos escorrer sangue das fundas ilhargns>!:i mopqninliii bestn, mnníando utiral-ailepoisit uma sontiim, nondo em dissolu-çfto uiiginentasso o immundo raontüo decousas pôdros...

Julgávamos assim a cidndo livro d'a-quell'3 loco ambulante do vicios torpes omiastrias pestilenciaeo...

Eis, porém, que o diabo surge agorado novo, uivando como um cão, o escor-inchando como umoscorpifio com o fer-rão da longa enuda.

Nâo nos lombrnvnmos quo esse garotosempre teve a habilidade damnada de me-tamurphosoar-se como um policli nello...

Começou atheu 1 Som crenças, semidéas e* sem priucipios, esse miVrandoaborto tornou so a escoria dos bandidos.Era a figura obrigada do scenano de tu-das as viJezas o baixeztis. Onde se o via,tinha-se medo:—era uni cmpyerna, quoali estava a arrebentar, ameaçando a to-dos de um cheiro empyreumaticc do em-bebedar.

Então, como D. Juan, atirou-se aosmais infectos alcouces e lupanares. Ahi,em convívio com as mais vis messalinas,o devasso conheceu tarde que todas aspreparações mercuriaes eram impotentespara destruir o mal syphilitico adqueridon'esse pri fundo lodaçal das Imperas, delábios impuros, e consummidas pelas in-somnias da infâmia.

Era um condemnado ! Mas, como Ca-mors, o bandido um dia conheceu o abys-mo ; teve ainda uma derradeira scentelhade luz da consciência—quo illuminou-lheo desgraçado fim,—ser atirado aos ester-quilinios,* e repudiado ató pelos cães, co-mo cousa nociva, venenosa e mortal.

Tornou-se devoto!A vertigem dos grandes vicios das or-

gias fel-o anachoreta, ascético: deixoude ser o companheiro diuturno e noctur-no das Aspasias, para entregar-se ás mas-turbações.

Quem o via passar entào macillento,olhos encovados, peito fundo como umhethico,—pensaria que os exercícios dasantarrice, os jejuns e as disciplinas ti-nham-no posto n'aquelle miserrimo es-tado, como prova de firme arrependi-mento e próxima regeneração ! .

Qual? I... A devassidão ruidosa e es-candalosa era apenas substituída :—o no-vo D. Juan fizera-se sodomita e polerasta.Quasi loiy;o pelo omnanis'mo. o hypocri-ta em seus excessos quiz embahir a pro-pria divindade, conduzindo rosários, ben-tinhos o livrinhos de missa !

Aquelle habito damnado—é a causa doestado de putrefacçfio total, em que seacha o cabrito bezunlão do jornal estipen-diado pelo governo. •

No Aracaty, depois de lamber como omais baixo rafeiro os pés do honradoempregado de fazenda, José Joaquim deMiranda, que durante a secca teve dó doleproso cão, e deu-lho um osso a roer,—tornou-so um bello dia lacráo, e mordeuprofundamente a seu generoso bemfei-tor.

Aqui, depois de agachar-se a todos e atudo, sabe-se como conseguiu o cargo queexerce, praticando as mais repulsivasbajulações ás summidades de todos ospartidos para ser conservado no lugar...E, ninguém sabe., ainda bem com:quemvao esse mastim 1—ó dos'governos !

Aqui, deppis de rastejar" com falsaspromessas'nos pés dé ujna.."."."'! '¦•.'.

Mas, 'üãol Dbtenhamo-nos por orates-te capitulo.... Essa parte ó umá paginada lagrimas, que ficará para um-epílogodigno de tão hediondo Uocambolé, se alielá formos impellido. •

E, deixa-se tão formidável galgo, semuma colleira !_ Deixa-se^tão pengso cal-c/eta andar impune nas ruas da cidade I

-.0 que sueceda?Ògí^lé bmbriága-se como um h.urrácho ;

cabe aoN.-.íominfros. depois da missa, sobos balcões das tãbernasle ás segundas j»;terças feiras, ainda reiheloso, borrado deseus negros vômitos, e aos tombos, veraencontrar com a gente honesta, para in-sultal-a! %.'S»

Cadeia com esse saltimbanco, se n.querem vêr nas praças publicassem,espectacülos das maiores4mmoraíí&<ii *>e indecências. 'n!5

CEARÁ — Typ. Constitucional.—-Impresor, Auto Àmancio' de Oliveirae Silva.

'y

V-

i

' "'A':.: y*„ ;,'.,..•-.: -v .

¦' 'W&Êmhf?-~-''' ' -P-r'%A^7r

MUTILADO A% 11! %-a '.'i 1 r% LJ LJ