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pd4ml evaluation copy. visit http://pd4ml.com CDIGO DAS EXPROPRIAES Lei n. 168/99, de 18-09 Actualizado até Lei 13/2002, de 19-02 TTULO I Disposies gerais Artigo 1. Admissibilidade das expropriaes Os bens imóveis e os direitos a eles inerentes podem ser expropriados por causa de utilidade pública compreendida nas atribuies, fins ou objecto da entidade expropriante, mediante o pagamento contemporneo de uma justa indemnizao nos termos do presente Código. Artigo 2. Princípios gerais Compete às entidades expropriantes e demais intervenientes no procedimento e no processo expropriativos prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos expropriados e demais interessados, observando, nomeadamente, os princípios da legalidade, justia, igualdade, proporcionalidade, imparcialidade e boa fé. Artigo 3. Limite da expropriao 1 - A expropriao deve limitar-se ao necessário para a realizao do seu fim, podendo, todavia, atender-se a exigências futuras, de acordo com um programa de execuo faseada e devidamente calendarizada, o qual no pode ultrapassar o limite máximo de seis anos. 2 - Quando seja necessário expropriar apenas parte de um prédio, pode o proprietário requerer a expropriao total: a) Se a parte restante no assegurar, proporcionalmente, os mesmos cómodos que oferecia todo o prédio; b) Se os cómodos assegurados pela parte restante no tiverem interesse económico para o expropriado, determinado objectivamente. 3 - O disposto no presente Código sobre expropriao total é igualmente aplicável a parte da área no abrangida pela declarao de utilidade pública relativamente à qual se verifique qualquer dos requisitos fixados no número anterior. Artigo 4. Expropriao por zonas ou lanos 1 - Tratando-se de execuo de plano municipal de ordenamento do território ou de projectos de equipamentos ou infra-estruturas de interesse público, podem ser expropriadas de uma só vez, ou por zonas ou lanos, as áreas necessárias à respectiva execuo. 2 - No caso de expropriao por zonas ou lanos, o acto de declarao de utilidade pública deve determinar, além da área total, a diviso desta e a ordem e os prazos para início da aquisio, com o limite máximo de seis anos. 3 - Os bens abrangidos pela segunda zona ou lano e seguintes continuam na

3 - Os bens abrangidos pela segunda zona ou lano e ...images.policy.mofcom.gov.cn/flaw/201008/bfa4ecc9-2479-4...1 - Tratando-se de execuo de plano municipal de ordenamento do território

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    CDIGO DAS EXPROPRIAES

    Lei n. 168/99, de 18-09Actualizado até Lei 13/2002, de 19-02TTULO I Disposies geraisArtigo 1.Admissibilidade das expropriaesOs bens imóveis e os direitos a eles inerentes podem ser expropriados porcausa de utilidade pública compreendida nas atribuies, fins ou objecto daentidade expropriante, mediante o pagamento contemporneo de uma justaindemnizao nos termos do presente Código.Artigo 2.Princípios geraisCompete às entidades expropriantes e demais intervenientes no procedimento eno processo expropriativos prosseguir o interesse público, no respeito pelosdireitos e interesses legalmente protegidos dos expropriados e demaisinteressados, observando, nomeadamente, os princípios da legalidade, justia,igualdade, proporcionalidade, imparcialidade e boa fé.Artigo 3.Limite da expropriao1 - A expropriao deve limitar-se ao necessário para a realizao do seu fim,podendo, todavia, atender-se a exigências futuras, de acordo com um programade execuo faseada e devidamente calendarizada, o qual no pode ultrapassar olimite máximo de seis anos.2 - Quando seja necessário expropriar apenas parte de um prédio, pode oproprietário requerer a expropriao total:a) Se a parte restante no assegurar, proporcionalmente, os mesmos cómodos queoferecia todo o prédio;b) Se os cómodos assegurados pela parte restante no tiverem interesseeconómico para o expropriado, determinado objectivamente.3 - O disposto no presente Código sobre expropriao total é igualmenteaplicável a parte da área no abrangida pela declarao de utilidade públicarelativamente à qual se verifique qualquer dos requisitos fixados no númeroanterior.Artigo 4.Expropriao por zonas ou lanos1 - Tratando-se de execuo de plano municipal de ordenamento do território oude projectos de equipamentos ou infra-estruturas de interesse público, podemser expropriadas de uma só vez, ou por zonas ou lanos, as áreas necessáriasà respectiva execuo.2 - No caso de expropriao por zonas ou lanos, o acto de declarao de utilidadepública deve determinar, além da área total, a diviso desta e a ordem e osprazos para início da aquisio, com o limite máximo de seis anos.3 - Os bens abrangidos pela segunda zona ou lano e seguintes continuam na

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    propriedade e posse dos seus donos até serem objecto de expropriao amigávelou de adjudicao judicial, sem prejuízo do disposto no artigo 19.4 - Para o cálculo da indemnizao relativa a prédios no compreendidos naprimeira zona definida nos termos do n. 2 so atendidas as benfeitoriasnecessárias neles introduzidas no período que mediar entre a data dadeclarao de utilidade pública e a data da aquisio da posse pela entidadeexpropriante da respectiva zona ou lano.5 - A declarao de utilidade pública a que se refere o presente artigo caducarelativamente aos bens cuja arbitragem no tiver sido promovida pela entidadeexpropriante dentro do prazo de um ano, ou se os processos respectivos noforem remetidos ao tribunal competente no prazo de 18 meses, em ambos os casosa contar do termo fixado para a aquisio da respectiva zona ou lano.6 - O proprietário e os demais interessados têm direito a ser indemnizadosdos prejuízos directa e necessariamente resultantes de o bem ter estadosujeito a expropriao.7 - A indemnizao a que se refere o número anterior é determinada nos termosdo presente Código, utilizando-se, na falta de acordo, o processo previstonos artigos 42. e seguintes, na parte aplicável, com as necessáriasadaptaes.Artigo 5.Direito de reverso1 - Sem prejuízo do disposto no n. 4, há direito a reverso:a) Se no prazo de dois anos, após a data de adjudicao, os bens expropriadosno forem aplicados ao fim que determinou a expropriao;b) Se, entretanto, tiverem cessado as finalidades da expropriao.2 - Sempre que a realizao de uma obra contínua determinar a expropriao debens distintos, o seu início em qualquer local do traado faz cessar o direitode reverso sobre todos os bens expropriados, sem prejuízo do disposto no n.9.3 - Para efeitos do disposto no número anterior entende-se por obra contínuaaquela que tem configurao geométrica linear e que, pela sua natureza, ésusceptível de execuo faseada ao longo do tempo, correspondendo a um projectoarticulado, global e coerente.4 - O direito de reverso cessa:a) Quando tenham decorrido 20 anos sobre a data da adjudicao;b) Quando seja dado aos bens expropriados outro destino, mediante novadeclarao de utilidade pública;c) Quando haja renúncia do expropriado;d) Quando a declarao de utilidade pública seja renovada, com fundamento emprejuízo grave para o interesse público, dentro do prazo de um ano a contarde verificao dos factos previstos no n. 1 anterior.5 - A reverso deve ser requerida no prazo de três anos a contar daocorrência do facto que a originou, sob pena de caducidade; decorrido esseprazo, assiste ao expropriado, até ao final do prazo previsto na alínea a)do n. 4, o direito de preferência na primeira alienao dos bens.

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    6 - O acordo entre a entidade expropriante e o expropriado ou demaisinteressados sobre outro destino a dar ao bem expropriado ou sobre o montantedo acréscimo da indemnizao que resultaria da aplicao do disposto no n. 8interpreta-se como renúncia aos direitos de reverso e de preferência.7 - Se a entidade expropriante pretender alienar parcelas sobrantes, devecomunicar o projecto de alienao ao expropriado e demais interessadosconhecidos cujos direitos no hajam cessado definitivamente, por carta ouofício registado com aviso de recepo, com a antecedência mínima de 60 dias,findos os quais, no sendo exercido o direito de reverso ou, se for o caso, odireito de preferência, se entende que renunciam ao mesmo.8 - No caso de nova declarao de utilidade pública ou de renovao da declaraoanterior, o expropriado é notificado nos termos do n. 1 do artigo 35. paraoptar pela fixao de nova indemnizao ou pela actualizao da anterior ao abrigodo disposto no artigo 24., aproveitando-se neste caso os actos praticados.9 - Cessa o disposto no n. 2 anterior se os trabalhos forem suspensos ouestiverem interrompidos por prazo superior a dois anos, contando-se o prazo aque se refere o n. 5 anterior a partir do final daquele.Artigo 6.Afectao dos bens do domínio público1 - As pessoas colectivas de direito público têm direito a ser compensadas,em dinheiro ou em espécie, como melhor convier aos fins públicos em causa,dos prejuízos efectivos que resultarem da afectao definitiva dos seus bens dedomínio público a outros fins de utilidade pública.2 - Na falta de acordo, o montante da compensao é determinado por arbitragem,nos termos previstos neste Código, com as necessárias adaptaes.3 - Tornando-se desnecessária a afectao dos bens, estes so reintegrados nopatrimónio das entidades a que se refere o n. 1.Artigo 7.Expropriao de bens ou direitos relativos a concesses e privilégios1 - Com o resgate das concesses e privilégios outorgados para a explorao deobras ou servios de utilidade pública podem ser expropriados os bens oudireitos a eles relativos que, sendo propriedade do concessionário, devamcontinuar afectos à obra ou ao servio.2 - A transferência de posse dos bens expropriados opera-se conjuntamente coma dos que constituem objecto de resgate, ainda que a indemnizao no estejafixada.3 - No caso previsto na parte final do número anterior, a entidadeexpropriante deve proceder à cativao do saldo da dotao oramental que suportao encargo e renová-la em cada ano económico enquanto se justificar, ouproceder à cauo nos termos da lei.Artigo 8.Constituio de servides administrativas1 - Podem constituir-se sobre imóveis as servides necessárias à realizao defins de interesse público.

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    2 - As servides, resultantes ou no de expropriaes, do lugar a indemnizaoquando:a) Inviabilizem a utilizao que vinha sendo dada ao bem, consideradoglobalmente;b) Inviabilizem qualquer utilizao do bem, nos casos em que estes no estejam aser utilizados; ouc) Anulem completamente o seu valor económico.3 - constituio das servides e à determinao da indemnizao aplica-se odisposto no presente Código com as necessárias adaptaes, salvo o disposto emlegislao especial.Artigo 9.Conceito de interessados1 - Para os fins deste Código, consideram-se interessados, além doexpropriado, os titulares de qualquer direito real ou ónus sobre o bem aexpropriar e os arrendatários de prédios rústicos ou urbanos.2 - O arrendatário habitacional de prédio urbano só é interessado, nessaqualidade, quando prescinda de realojamento equivalente, adequado às suasnecessidades e às daqueles que com ele vivam em economia comum à data dadeclarao de utilidade pública.3 - So tidos por interessados os que no registo predial, na matriz ou emtítulos bastantes de prova que exibam figurem como titulares dos direitos aque se referem os números anteriores ou, sempre que se trate de prédiosomissos ou haja manifesta desactualizao dos registos e das inscries, aquelesque pública e notoriamente forem tidos como tais.TTULO II Da declarao de utilidade pública e da autorizao de posseadministrativaArtigo 10.Resoluo de expropriar1 - A resoluo de requerer a declarao de utilidade pública da expropriao deveser fundamentada, mencionando expressa e claramente:a) A causa de utilidade pública a prosseguir e a norma habilitante;b) Os bens a expropriar, os proprietários e demais interessados conhecidos;c) A previso do montante dos encargos a suportar com a expropriao;d) O previsto em instrumento de gesto territorial para os imóveis aexpropriar e para a zona da sua localizao.2 - As parcelas a expropriar so identificadas através da meno das descries einscries na conservatória a que pertenam e das inscries matriciais, se noestiverem omissas, ou de planta parcelar contendo as coordenadas dos pontosque definem os limites das áreas a expropriar, reportadas à rede geodésica,e, se houver planta cadastral, os limites do prédio, desde que situados amenos de 300 m dos limites da parcela, em escala correspondente à do cadastrogeométrico da propriedade ou, na falta deste, em escala graficamenterepresentada no inferior a 1:1000, nas zonas interiores dos perímetrosurbanos, ou a 1:2000, nas exteriores.3 - Os proprietários e demais interessados conhecidos so identificados

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    através do nome, firma, denominao, residência habitual ou sede.4 - A previso dos encargos com a expropriao tem por base a quantia que fordeterminada previamente em avaliao, documentada por relatório, efectuada porperito da lista oficial, da livre escolha da entidade interessada naexpropriao.5 - A resoluo a que se refere o n. 1 anterior é notificada ao expropriado eaos demais interessados cuja morada seja conhecida, mediante carta ou ofícioregistado com aviso de recepo.Artigo 11.Aquisio por via de direito privado1 - A entidade interessada, antes de requerer a declarao de utilidadepública, deve diligenciar no sentido de adquirir os bens por via de direitoprivado, salvo nos casos previstos no artigo 15., e nas situaes em que,jurídica ou materialmente, no é possível a aquisio por essa via.2 - A notificao a que se refere o n. 5 do artigo anterior deve incluirproposta de aquisio, por via de direito privado, que terá como referência ovalor constante do relatório do perito.3 - No caso referido no n. 2 do artigo 9., a proposta é apresentada comoalternativa ao realojamento nele previsto.4 - No sendo conhecidos os proprietários e os demais interessados ou sendodevolvidas as cartas ou ofícios a que se refere o n. 5 do artigo anterior, aexistência de proposta é publicitada através de editais a afixar nos locaisde estilo do município do lugar da situao do bem ou da sua maior extenso edas freguesias onde se localize e em dois números seguidos de dois dosjornais mais lidos na regio, sendo um destes de mbito nacional.5 - O proprietário e os demais interessados têm o prazo de 20 dias, contadosa partir da recepo da proposta, ou de 30 dias, a contar da última publicaonos jornais a que se refere o número anterior, para dizerem o que se lhesoferecer sobre a proposta apresentada, podendo a sua contraproposta ter comoreferência o valor que for determinado em avaliao documentada por relatórioelaborado por perito da sua escolha.6 - A recusa ou a falta de resposta no prazo referido no número anterior oude interesse na contraproposta confere, de imediato, à entidade interessadana expropriao a faculdade de apresentar o requerimento para a declarao deutilidade pública, nos termos do artigo seguinte, notificando desse facto osproprietários e demais interessados que tiverem respondido.7 - Se houver acordo, a aquisio por via do direito privado poderá ter lugarainda que a área da parcela, ou da parte sobrante, seja inferior à unidadede cultura.Artigo 12.Remessa do requerimento1 - O requerimento da declarao de utilidade pública é remetido, conforme oscasos, ao membro do Governo ou ao presidente da assembleia municipalcompetente para a emitir, devendo ser instruído com os seguintes documentos:

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    a) Cópia da resoluo a que se refere o n. 1 do artigo 10. e da respectivadocumentao;b) Todos os elementos relativos à fase de tentativa de aquisio por via dedireito privado quando a ela haja lugar e indicao das razes do respectivoinêxito;c) Indicao da dotao oramental que suportará os encargos com a expropriao e darespectiva cativao, ou cauo correspondente;d) Programao dos trabalhos elaborada pela entidade expropriante, no caso deurgência, bem como a fundamentao desta;e) Estudo de impacte ambiental, quando legalmente exigido.2 - Se o requerente for entidade de direito privado, deve comprovar que seencontra caucionado o fundo indispensável para o pagamento das indemnizaes aque haja lugar.3 - A entidade requerida pode determinar que o requerente junte quaisqueroutros documentos ou preste os esclarecimentos que entenda necessários.Artigo 13.Declarao de utilidade pública1 - A declarao de utilidade pública deve ser devidamente fundamentada eobedecer aos demais requisitos fixados neste Código e demais legislaoaplicável, independentemente da forma que revista.2 - A declarao resultante genericamente da lei ou de regulamento deve serconcretizada em acto administrativo que individualize os bens a expropriar,valendo esse acto como declarao de utilidade pública para os efeitos dopresente diploma.3 - Sem prejuízo do disposto no n. 6, a declarao de utilidade pública caducase no for promovida a constituio da arbitragem no prazo de um ano ou se oprocesso de expropriao no for remetido ao tribunal competente no prazo de 18meses, em ambos os casos a contar da data da publicao da declarao de utilidadepública.4 - A declarao de caducidade pode ser requerida pelo expropriado ou porqualquer outro interessado ao tribunal competente para conhecer do recurso dadeciso arbitral ou à entidade que declarou a utilidade pública e a decisoque for proferida é notificada a todos os interessados.5 - A declarao de utilidade pública caducada pode ser renovada em casosdevidamente fundamentados e no prazo máximo de um ano, a contar do termo dosprazos fixados no n. 3 anterior.6 - Renovada a declarao de utilidade pública, o expropriado é notificado nostermos do n. 1 do artigo 35. para optar pela fixao de nova indemnizao ou pelaactualizao da anterior, nos termos do artigo 24., aproveitando-se neste casoos actos praticados.7 - Tratando-se de obra contínua, nos termos do n. 3 do artigo 5., acaducidade no pode ser invocada depois de aquela ter sido iniciada em qualquerlocal do respectivo traado, salvo se os trabalhos forem suspensos ou estivereminterrompidos por prazo superior a três anos.Artigo 14.

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    Competência para a declarao de utilidade pública1 - Salvo nos casos previstos no número seguinte, é da competência doministro a cujo departamento compete a apreciao final do processo:a) A declarao de utilidade pública da expropriao dos bens imóveis e direitosa eles inerentes;b) A declarao de utilidade pública do resgate, no prevista nos respectivoscontratos, das concesses ou privilégios outorgados para a explorao de obrasou servios de utilidade pública e ainda da expropriao dos bens ou direitos aeles relativos referidos no artigo 7.2 - A competência para a declarao de utilidade pública das expropriaes dainiciativa da administrao local autárquica, para efeitos de concretizao deplano de urbanizao ou plano de pormenor eficaz, é da respectiva assembleiamunicipal.3 - A deliberao da assembleia municipal prevista no número anterior deveráser tomada por maioria dos membros em efectividade de funes.4 - A deliberao referida no número anterior é comunicada ao membro doGoverno responsável pela área da administrao local.5 - O reconhecimento do interesse público requerido pelas empresas e adeclarao de utilidade pública da expropriao dos imóveis necessários àinstalao, ampliao, reorganizao ou reconverso das suas unidades industriais oudos respectivos acessos é da competência do ministro a cujo departamentocompete a apreciao final do processo.6 - Nos casos em que no seja possível determinar o departamento a que competea apreciao final do processo ou que no sejam abrangidos pelo disposto nosnúmeros anteriores é competente o Primeiro-Ministro, com a faculdade dedelegar no ministro responsável pelo ordenamento do território.Artigo 15.Atribuio do carácter de urgência1 - No próprio acto declarativo da utilidade pública, pode ser atribuídocarácter de urgência à expropriao para obras de interesse público.2 - A atribuio de carácter urgente à expropriao deve ser sempre fundamentadae confere de imediato à entidade expropriante a posse administrativa dos bensexpropriados, nos termos previstos nos artigos 20. e seguintes, na parteaplicável.3 - A atribuio de carácter urgente caduca se as obras na parcela no tivereminício no prazo fixado no programa de trabalhos, salvo ocorrendo motivodevidamente justificado.4 - declarao de caducidade aplica-se, com as necessárias adaptaes, odisposto no n. 4 do artigo 13.5 - A caducidade no obsta à ulterior autorizao da posse administrativa, nostermos dos artigos 19. e seguintes.Artigo 16.Expropriao urgentíssima1 - Quando a necessidade da expropriao decorra de calamidade pública ou de

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    exigências de segurana interna ou de defesa nacional, o Estado ou asautoridades públicas por este designadas ou legalmente competentes podemtomar posse administrativa imediata dos bens destinados a prover ànecessidade que determina a sua interveno, sem qualquer formalidade prévia,seguindo-se, sem mais diligências, o estabelecido no presente Código sobrefixao da indemnizao em processo litigioso.2 - Sempre que possível, será promovida vistoria ad perpetuam rei memoriam,nos termos previstos no artigo 21., cumprindo-se, com as necessáriasadaptaes, o disposto nesse artigo.Artigo 17.Publicao da declarao de utilidade pública1 - O acto declarativo da utilidade pública e a sua renovao so semprepublicados, por extracto, na 2. série do Diário da República e notificadosao expropriado e aos demais interessados conhecidos por carta ou ofício sobregisto com aviso de recepo, devendo ser averbados no registo predial.2 - Se o expropriado ou demais interessados forem desconhecidos é aplicávelo disposto no n. 4 do artigo 11.3 - A publicao da declarao de utilidade pública deve identificar sucintamenteos bens sujeitos a expropriao, com referência à descrio predial e à inscriomatricial, mencionar os direitos, ónus ou encargos que sobre eles incidem eos nomes dos respectivos titulares e indicar o fim da expropriao.4 - A identificao referida no número anterior pode ser substituída porplanta, em escala adequada e graficamente representada, que permita adelimitao legível do bem necessário ao fim de utilidade pública.5 - Quando se trate de expropriao por zonas ou lanos, da publicao do actodeclarativo consta a área total a expropriar, a sua diviso de acordo com ofaseamento, os prazos e a ordem de aquisio.6 - So conjuntamente publicadas, por conta das empresas requerentes a que serefere o n. 2 do artigo 14., as plantas dos bens abrangidos pela declarao deutilidade pública, cumprindo-lhes promover a sua afixao na sede do municípioou dos municípios do lugar em que aqueles se situam.7 - A declarao de utilidade pública é também publicitada pela entidadeexpropriante mediante aviso afixado na entrada principal do prédio, quandoexista.Artigo 18.Ocupao de prédios vizinhos1 - A declarao de utilidade pública da expropriao confere à entidadeexpropriante o direito de ocupar prédios vizinhos e de neles efectuar ostrabalhos necessários ou impostos pela execuo destes, nos termos previstosnos estudos ou projectos aprovados, ou daqueles que forem definidos em decisoda entidade que produziu aquele acto.2 - Se o proprietário ou outros interessados forem conhecidos, so previamentenotificados da ocupao por carta ou ofício sob registo com aviso de recepo,com a antecedência mínima de 15 dias, podendo qualquer deles exigir arealizao de vistoria ad perpetuam rei memoriam, a qual tem lugar nos termos

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    previstos no artigo 21. e precede sempre a ocupao.3 - Se os proprietários ou outros interessados forem desconhecidos éaplicável o disposto no n. 4 do artigo 11.4 - Aos proprietários e demais interessados prejudicados pela ocupao sodevidas indemnizaes nos termos gerais de direito, a determinar em processocomum, ao qual se aplica, com as necessárias adaptaes, o disposto nos artigos71. e 72. do presente Código.Artigo 19.Posse administrativa1 - Se a entidade expropriante for pessoa colectiva de direito público ouempresa pública, nacionalizada ou concessionária de servio público ou deobras públicas, pode ser autorizada pela entidade competente para declarar autilidade pública da expropriao a tomar posse administrativa dos bens aexpropriar, desde que os trabalhos necessários à execuo do projecto de obrasaprovado sejam urgentes e aquela providência se torne indispensável para oseu início imediato ou para a sua prossecuo ininterrupta.2 - A autorizao de posse administrativa deve mencionar expressa e claramenteos motivos que a fundamentam e o prazo previsto para o início das obras naparcela expropriada, de acordo com o programa dos trabalhos elaborado pelaentidade expropriante.3 - A autorizao pode ser concedida em qualquer fase da expropriao até aomomento de adjudicao judicial da propriedade.4 - Se as obras no tiverem início dentro do prazo estabelecido nos termos don. 2 anterior, salvo motivo justificativo, nomeadamente por atraso noimputável à entidade expropriante, o expropriado e os demais interessadostêm o direito de ser indemnizados pelos prejuízos que no devam serconsiderados na fixao da justa indemnizao.Artigo 20.Condies de efectivao da posse administrativa1 - A investidura administrativa na posse dos bens no pode efectivar-se semque previamente tenham sido:a) Notificados os actos de declarao de utilidade pública e de autorizao daposse administrativa;b) Efectuado o depósito da quantia mencionada no n. 4 do artigo 10. eminstituio bancária do lugar do domicílio ou sede da entidade expropriante,à ordem do expropriado e dos demais interessados, se aquele e estes foremconhecidos e no houver dúvidas sobre a titularidade dos direitos afectados;c) Realizada vistoria ad perpetuam rei memoriam destinada a fixar os elementosde facto susceptíveis de desaparecerem e cujo conhecimento seja de interesseao julgamento do processo.2 - A notificao a que se refere a alínea a) do número anterior deve conter olocal, o dia e a hora do acto de transmisso da posse.3 - O acto de transmisso de posse deverá ter lugar no prédio, parcela oulano expropriado.

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    4 - Se o expropriado e os demais interessados, estando ou devendo considerar-se devidamente notificados, no comparecerem ao acto de transmisso de posse,esta no deixará de ser conferida.5 - O depósito prévio é dispensado:a) Se a expropriao for urgente, devendo o mesmo ser efectuado no prazo de 90dias contados nos termos do artigo 279. do Código Civil, a partir da data depublicao da declarao de utilidade pública;b) Se os expropriados e demais interessados no forem conhecidos ou houverdúvidas sobre a titularidade dos direitos afectados, devendo o mesmo serefectuado no prazo de 10 dias a contar do momento em que sejam conhecidos ouseja resolvido o incidente regulado no artigo 53.6 - Atribuído carácter urgente à expropriao ou autorizada a posseadministrativa, a entidade expropriante solicita directamente ao presidente dotribunal da Relao do distrito judicial do lugar da situao do bem ou da suamaior extenso a indicao de um perito da lista oficial para a realizao davistoria ad perpetuam rei memoriam.7 - Pode ser solicitada a indicao de dois ou mais peritos sempre que tal sejustifique pela extenso ou número de prédios a expropriar.Artigo 21.Vistoria ad perpetuam rei memoriam1 - Recebida a comunicao do perito nomeado, a entidade expropriante marca adata, a hora e o local do início da vistoria ad perpetuam rei memoriam,notificando de tal facto o perito, os interessados conhecidos e o curadorprovisório, por carta ou ofício registado com aviso de recepo, a expedir deforma a ser recebido com a antecedência mínima de cinco dias úteis, no qualindicará, ainda, se a expropriao é total ou parcial; a comunicao ao peritoserá acompanhada de cópia dos elementos a que se referem as alíneas a), b)e d) do n. 1 do artigo 10. e, sempre que possível, de indicao da descriopredial e da inscrio matricial dos prédios; a comunicao ao expropriado edemais interessados mencionará, ainda, a instituio bancária, o local, a datae o montante do depósito a que se refere a alínea b) do anterior n. 1 e, sefor o caso, que o mesmo se encontra à sua ordem.2 - O perito que pretenda pedir escusa pode fazê-lo nos dois dias seguintesà notificao prevista no número anterior, devendo a entidade expropriantesubmeter o pedido à apreciao do presidente do tribunal da Relao para efeitosde eventual substituio.3 - Os interessados, o curador provisório e a entidade expropriante podemcomparecer à vistoria e formular por escrito os quesitos que tiverem porpertinentes, a que o perito deve responder no seu relatório.4 - O auto de vistoria ad perpetuam rei memoriam deve conter:a) Descrio pormenorizada do local, referindo, designadamente, as construesexistentes, as características destas, a época da edificao, o estado deconservao e, sempre que possível, as áreas totais construídas;b) Meno expressa de todos os elementos susceptíveis de influírem na avaliaodo bem vistoriado, nos termos dos artigos 23. e seguintes;

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    c) Plantas, fotografias ou outro suporte de captao da imagem do bemexpropriado e da área envolvente;d) Elementos remetidos ao perito nos termos do n. 8 anterior;e) Respostas aos quesitos referidos no n. 10 anterior.5 - Nos 15 dias ulteriores à realizao da vistoria ad perpetuam rei memoriamdeve o perito entregar à entidade expropriante o respectivo relatório,aplicando-se, com as necessárias adaptaes, o disposto no artigo 50.6 - Em casos devidamente justificados, designadamente pelo número devistorias, o prazo a que se refere o número anterior pode ser prorrogado até30 dias pela entidade expropriante, a requerimento do perito.7 - Recebido o relatório, a entidade expropriante, no prazo de cinco dias,notificará o expropriado e os demais interessados por carta registada comaviso de recepo, remetendo-lhes cópia do mesmo e dos respectivos anexos, paraapresentarem reclamao contra o seu conteúdo, querendo, no prazo de cincodias.8 - Se houver reclamao, o perito pronunciar-se-á no prazo de cinco dias, emrelatório complementar.9 - Decorrido o prazo de reclamao, sem que esta seja apresentada, ou recebidoo relatório complementar do perito, a entidade expropriante poderá utilizaro prédio para os fins da expropriao, lavrando o auto de posse administrativae dando início aos trabalhos previstos, sem prejuízo do disposto na legislaoaplicável sobre a desocupao de casas de habitao.Artigo 22.Auto de posse administrativa1 - O auto de posse deve conter os seguintes elementos:a) Identificao do expropriado e dos demais interessados conhecidos ou menoexpressa de que so desconhecidos;b) Identificao do Diário da República onde tiver sido publicada a declaraode utilidade pública e de urgência da expropriao ou o despacho que autorizoua posse administrativa;c) Indicao da data e demais circunstncias susceptíveis de identificarem orelatório da vistoria, que dele constará em anexo.2 - Na impossibilidade de identificao do prédio através da inscrio matricialou da descrio predial, o auto de posse deve referir a composio, confrontaes edemais elementos que possam contribuir para a identificao física do terrenoonde se encontra o bem expropriado.3 - No prazo de cinco dias, a entidade expropriante remete, por cartaregistada com aviso de recepo, ao expropriado e aos demais interessadosconhecidos cópias do auto de posse administrativa.TTULO III Do conteúdo da indemnizao

    Artigo 23.Justa indemnizao1 - A justa indemnizao no visa compensar o benefício alcanado pela entidade

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    expropriante, mas ressarcir o prejuízo que para o expropriado advém daexpropriao, correspondente ao valor real e corrente do bem de acordo com o seudestino efectivo ou possível numa utilizao económica normal, à data dapublicao da declarao de utilidade pública, tendo em considerao ascircunstncias e condies de facto existentes naquela data.2 - Na determinao do valor dos bens expropriados no pode tomar-se emconsiderao a mais-valia que resultar:a) Da própria declarao de utilidade pública da expropriao;b) De obras ou empreendimentos públicos concluídos há menos de cinco anos,no caso de no ter sido liquidado encargo de mais-valia e na medida deste;c) De benfeitorias voluptuárias ou úteis ulteriores à notificao a que serefere o n. 5 do artigo 10.;d) De informaes de viabilidade, licenas ou autorizaes administrativasrequeridas ulteriormente à notificao a que se refere o n. 5 do artigo 10.3 - Na fixao da justa indemnizao no so considerados quaisquer factores,circunstncias ou situaes criadas com o propósito de aumentar o valor daindemnizao.4 - Ao valor dos bens calculado por aplicao dos critérios referenciaisfixados nos artigos 26. e seguintes, será deduzido o valor correspondente àdiferena entre as quantias efectivamente pagas a título de contribuioautárquica e aquelas que o expropriado teria pago com base na avaliaoefectuada para efeitos de expropriao, nos últimos cinco anos.5 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 2 e 3 do presente artigo, o valor dosbens calculado de acordo com os critérios referenciais constantes dos artigos26. e seguintes deve corresponder ao valor real e corrente dos mesmos, numasituao normal de mercado, podendo a entidade expropriante e o expropriado,quando tal se no verifique requerer, ou o tribunal decidir oficiosamente, quena avaliao sejam atendidos outros critérios para alcanar aquele valor.6 - O Estado garante o pagamento da justa inde-mnizao, nos termos previstos nopresente Código.7 - O Estado, quando satisfaa a indemnizao, tem direito de regresso sobre aentidade expropriante, podendo, para o efeito, proceder à cativao detransferências oramentais, independentemente de quaisquer formalidades.Artigo 24.Cálculo do montante da indemnizao1 - O montante da indemnizao calcula-se com referência à data da declarao deutilidade pública, sendo actualizado à data da deciso final do processo deacordo com a evoluo do índice de preos no consumidor, com excluso da habitao.

    2 - O índice referido no número anterior é o publicado pelo InstitutoNacional de Estatística relativamente ao local da situao dos bens ou da suamaior extenso.3 - Nos casos previstos na parte final do n. 8 do artigo 5. e no n. 6 doartigo 13., a actualizao do montante da indemnizao abrange também o períodoque mediar entre a data da deciso judicial que fixar definitivamente a

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    indemnizao e a data do efectivo pagamento do montante actualizado.Artigo 25.Classificao dos solos1 - Para efeitos do cálculo da indemnizao por expropriao, o solo classifica-se em:a) Solo apto para a construo;b) Solo para outros fins.2 - Considera-se solo apto para a construo:a) O que dispe de acesso rodoviário e de rede de abastecimento de água, deenergia eléctrica e de saneamento, com características adequadas para serviras edificaes nele existentes ou a construir;b) O que apenas dispe de parte das infra-estruturas referidas na alíneaanterior, mas se integra em núcleo urbano existente;c) O que está destinado, de acordo com instrumento de gesto territorial, aadquirir as características descritas na alínea a);d) O que, no estando abrangido pelo disposto nas alíneas anteriores, possui,todavia, alvará de loteamento ou licena de construo em vigor no momento dadeclarao de utilidade pública, desde que o processo respectivo se tenhainiciado antes da data da notificao a que se refere o n. 5 do artigo 10.3 - Considera-se solo para outros fins o que no se encontra em qualquer dassituaes previstas no número anterior.Artigo 26.Cálculo do valor do solo apto para a construo1 - O valor do solo apto para a construo calcula-se por referência àconstruo que nele seria possível efectuar se no tivesse sido sujeito aexpropriao, num aproveitamento económico normal, de acordo com as leis e osregulamentos em vigor, nos termos dos números seguintes e sem prejuízo dodisposto no n. 5 do artigo 23.2 - O valor do solo apto para construo será o resultante da médiaaritmética actualizada entre os preos unitários de aquisies, ou avaliaesfiscais que corrijam os valores declarados, efectuadas na mesma freguesia enas freguesias limítrofes nos três anos, de entre os últimos cinco, commédia anual mais elevada, relativamente a prédios com idênticascaracterísticas, atendendo aos parmetros fixados em instrumento deplaneamento territorial, corrigido por ponderao da envolvente urbana do bemexpropriado, nomeadamente no que diz respeito ao tipo de construo existente,numa percentagem máxima de 10%.3 - Para os efeitos previstos no número anterior, os servios competentes doMinistério das Finanas devero fornecer, a solicitao da entidade expropriante,a lista das transaces e das avaliaes fiscais que corrijam os valoresdeclarados efectuadas na zona e os respectivos valores.4 - Caso no se revele possível aplicar o critério estabelecido no n. 2, porfalta de elementos, o valor do solo apto para a construo calcula-se em funo docusto da construo, em condies normais de mercado, nos termos dos números

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    seguintes.5 - Na determinao do custo da construo atende-se, como referencial, aosmontantes fixados administrativamente para efeitos de aplicao dos regimes dehabitao a custos controlados ou de renda condicionada.6 - Num aproveitamento economicamente normal, o valor do solo apto para aconstruo deverá corresponder a um máximo de 15% do custo da construo,devidamente fundamentado, variando, nomeadamente, em funo da localizao, daqualidade ambiental e dos equipamentos existentes na zona, sem prejuízo dodisposto no número seguinte.7 - A percentagem fixada nos termos do número anterior poderá ser acrescidaaté ao limite de cada uma das percentagens seguintes, e com a variao que semostrar justificada:a) Acesso rodoviário, com pavimentao em calada, betuminoso ou equivalentejunto da parcela - 1,5%;b) Passeios em toda a extenso do arruamento ou do quarteiro, do lado daparcela - 0,5%;c) Rede de abastecimento domiciliário de água, com servio junto da parcela -1%;d) Rede de saneamento, com colector em servio junto da parcela - 1,5%;e) Rede de distribuio de energia eléctrica em baixa tenso com servio junto daparcela - 1%;f) Rede de drenagem de águas pluviais com colector em servio junto da parcela- 0,5%;g) Estao depuradora, em ligao com a rede de colectores de saneamento comservio junto da parcela - 2%;h) Rede distribuidora de gás junto da parcela - 1%;i) Rede telefónica junto da parcela - 1%.8 - Se o custo da construo for substancialmente agravado ou diminuído pelasespeciais condies do local, o montante do acréscimo ou da diminuio daíresultante é reduzido ou adicionado ao custo da edificao a considerar paraefeito da determinao do valor do terreno.9 - Se o aproveitamento urbanístico que serviu de base à aplicao docritério fixado nos n.os 4 a 8 constituir, comprovadamente, uma sobrecargaincomportável para as infra-estruturas existentes, no cálculo do montanteindemnizatório devero ter-se em conta as despesas necessárias ao reforo dasmesmas.10 - O valor resultante da aplicao dos critérios fixados nos n.os 4 a 9 seráobjecto da aplicao de um factor correctivo pela inexistência do risco e doesforo inerente à actividade construtiva, no montante máximo de 15% do valorda avaliao.11 - No cálculo do valor do solo apto para a construo em áreas críticas derecuperao e reconverso urbanística, legalmente fixadas, ter-se-á em contaque o volume e o tipo de construo possível no deve exceder os da média dasconstrues existentes do lado do traado do arruamento em que se situe,compreendido entre duas vias consecutivas.

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    12 - Sendo necessário expropriar solos classificados como zona verde, delazer ou para instalao de infra-estruturas e equipamentos públicos por planomunicipal de ordenamento do território plenamente eficaz, cuja aquisio sejaanterior à sua entrada em vigor, o valor de tais solos será calculado emfuno do valor médio das construes existentes ou que seja possível edificarnas parcelas situadas numa área envolvente cujo perímetro exterior se situea 300 m do limite da parcela expropriada.Artigo 27.Cálculo do valor do solo para outros fins1 - O valor do solo apto para outros fins será o resultante da médiaaritmética actualizada entre os preos unitários de aquisies ou avaliaesfiscais que corrijam os valores declarados efectuadas na mesma freguesia e nasfreguesias limítrofes nos três anos, de entre os últimos cinco, com médiaanual mais elevada, relativamente a prédios com idênticas características,atendendo aos parmetros fixados em instrumento de planeamento territorial e àsua aptido específica.2 - Para os efeitos previstos no número anterior, os servios competentes doMinistério das Finanas devero fornecer, a solicitao da entidade expropriante,a lista das transaces e das avaliaes fiscais que corrijam os valoresdeclarados efectuadas na zona e os respectivos valores.3 - Caso no se revele possível aplicar o critério estabelecido no n. 1, porfalta de elementos, o valor do solo para outros fins será calculado tendo emateno os seus rendimentos efectivo ou possível no estado existente à data dadeclarao de utilidade pública, a natureza do solo e do subsolo, a configuraodo terreno e as condies de acesso, as culturas predominantes e o clima daregio, os frutos pendentes e outras circunstncias objectivas susceptíveis deinfluir no respectivo cálculo.Artigo 28.Cálculo do valor de edifícios ou construes e das respectivas áreas deimplantao e logradouros1 - Na determinao do valor dos edifícios ou das construes com autonomiaeconómica atende-se, designadamente, aos seguintes elementos:a) Valor da construo, considerando o seu custo actualizado, a localizao, oambiente envolvente e a antiguidade;b) Sistemas de infra-estruturas, transportes públicos e proximidade deequipamentos;c) Nível de qualidade arquitectónica e conforto das construes existentes eestado de conservao, nomeadamente dos pavimentos e coberturas, das paredesexteriores, partes comuns, portas e janelas;d) rea bruta;e) Preo das aquisies anteriores e respectivas datas;f) Número de inquilinos e rendas;g) Valor de imóveis próximos, da mesma qualidade;h) Declaraes feitas pelos contribuintes ou avaliaes para fins fiscais ou

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    outros.2 - No caso de o aproveitamento económico normal da área de implantao e dologradouro no depender da demolio dos edifícios ou das construes, a justaindemnizao corresponde ao somatório dos valores do solo e das construes,determinados nos termos do presente Código.3 - No caso contrário, calcula-se o valor do solo, nele deduzindo o custo dasdemolies e dos desalojamentos que seriam necessários para o efeito,correspondendo a indemnizao à diferena apurada, desde que superior ao valordeterminado nos termos do número anterior.Artigo 29.Cálculo do valor nas expropriaes parciais1 - Nas expropriaes parciais, os árbitros ou os peritos calculam sempre,separadamente, o valor e o rendimento totais do prédio e das partesabrangidas e no abrangidas pela declarao de utilidade pública.2 - Quando a parte no expropriada ficar depreciada pela diviso do prédio oudesta resultarem outros prejuízos ou encargos, incluindo a diminuio da áreatotal edificável ou a construo de vedaes idênticas às demolidas ou àssubsistentes, especificam-se também, em separado, os montantes da depreciao edos prejuízos ou encargos, que acrescem ao valor da parte expropriada.3 - No haverá lugar à avaliao da parte no expropriada, nos termos do n. 1,quando os árbitros ou os peritos, justificadamente, concluírem que, nesta,pela sua extenso, no ocorrem as circunstncias a que se referem as alíneas a)e b) do n. 2 e o n. 3 do artigo 3.Artigo 30.Indemnizao respeitante ao arrendamento1 - O arrendamento para comércio, indústria ou exercício de profissoliberal, ou para habitao no caso previsto no n. 2 do artigo 9., bem como oarrendamento rural, so considerados encargos autónomos para efeito deindemnizao dos arrendatários.2 - O inquilino habitacional obrigado a desocupar o fogo em consequência decaducidade do arrendamento resultante de expropriao pode optar entre umahabitao cujas características, designadamente de localizao e renda, sejamsemelhantes às da anterior ou por indemnizao satisfeita de uma só vez.3 - Na fixao da indemnizao a que se refere o número anterior atende-se aovalor do fogo, ao valor das benfeitorias realizadas pelo arrendatário e àrelao entre as rendas pagas por este e as praticadas no mercado.4 - Na indemnizao respeitante a arrendamento para comércio, indústria ouexercício de profisso liberal atende-se às despesas relativas à novainstalao, incluindo os diferenciais de renda que o arrendatário irá pagar, eaos prejuízos resultantes do período de paralisao da actividade, necessáriopara a transferência, calculados nos termos gerais de direito.5 - Na indemnizao respeitante a arrendamento rural atende-se, além do valordos frutos pendentes ou das colheitas inutilizadas, ao valor das benfeitoriasa que o rendeiro tenha direito e aos demais prejuízos emergentes da cessao doarrendamento, calculados nos termos gerais de direito.

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    6 - O disposto nos números anteriores é também aplicável se a expropriaorecair directamente sobre o arrendamento e no caso de resoluo do contrato dearrendamento nos termos dos artigos 8. e 11. do Decreto n. 139-A/79, de 24 deDezembro.Artigo 31.Indemnizao pela interrupo da actividade comercial, industrial, liberal ouagrícola1 - Nos casos em que o proprietário do prédio nele exera qualquer actividadeprevista no n. 4 do artigo anterior, à indemnizao pelo valor do prédioacresce a que corresponder aos prejuízos da cessao inevitável ou dainterrupo e transferência dessa actividade, pelo período de tempoobjectivamente necessário, calculada nos termos do mesmo preceito.2 - Se da expropriao resultarem prejuízos para o conjunto da exploraoagrícola efectuada directamente pelo proprietário, à indemnizaocorrespondente acresce a relativa àqueles prejuízos, calculada nos termosgerais de direito.Artigo 32.Indemnizao pela expropriao de direitos diversos da propriedade plenaNa expropriao de direitos diversos da propriedade plena, a indemnizao édeterminada de harmonia com os critérios fixados para aquela propriedade, naparte em que forem aplicáveis.TTULO IV Processo de expropriao

    CAPTULO IExpropriao amigávelArtigo 33.Tentativa de acordoAntes de promover a constituio de arbitragem, a entidade expropriante deveprocurar chegar a acordo com o expropriado e os demais interessados nos termosdos artigos seguintes.Artigo 34.Objecto do acordoNas expropriaes amigáveis podem constituir objecto de acordo entre a entidadeexpropriante e expropriado ou demais interessados:a) O montante da indemnizao;b) O pagamento de indemnizao ou de parte dela em prestaes, os jurosrespectivos e o prazo de pagamento destes;c) O modo de satisfazer as prestaes;d) A indemnizao através da cedência de bens ou direitos nos termos dosartigos 67. e 69.;e) A expropriao total;f) Condies acessórias.Artigo 35.Proposta da entidade expropriante

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    1 - No prazo de 15 dias após a publicao da declarao de utilidade pública, aentidade expropriante, através de carta ou ofício registado com aviso derecepo, dirige proposta do montante indemnizatório ao expropriado e aosdemais interessados cujos endereos sejam conhecidos, bem como ao curadorprovisório.2 - O expropriado e demais interessados dispem do prazo de 15 dias pararesponder, podendo fundamentar a sua contraproposta em valor constante derelatório elaborado por perito da sua escolha.3 - Na falta de resposta ou de interesse da entidade expropriante em relao àcontraproposta, esta dá início à expropriao litigiosa, nos termos dosartigos 38. e seguintes, notificando deste facto o expropriado e os demaisinteressados que tiverem respondido.4 - O expropriado e os demais interessados devem esclarecer, por escrito,dentro dos prazos de oito dias a contar da data em que tenham sido notificadospara o efeito, as questes que lhes forem postas pela entidade expropriante.Artigo 36.Formalizao do acordo por escritura ou auto1 - O acordo entre a entidade expropriante e os demais interessados deveconstar:a) De escritura de expropriao amigável, se a entidade expropriante tivernotário privativo;b) De auto de expropriao amigável, a celebrar perante o notário privativo domunicípio do lugar da situao do bem expropriado ou da sua maior extenso, ou,sendo a entidade expropriante do sector público administrativo, perantefuncionário designado para o efeito.2 - O disposto nas alíneas anteriores no prejudica o recurso ao notáriopúblico, beneficiando os interessados de prioridade sobre o restante servionotarial.3 - O auto ou a escritura celebrado nos termos dos números anteriores, quetenha por objecto parte de um prédio, qualquer que seja a sua área,constitui título bastante para efeitos da sua desanexao.Artigo 37.Conteúdo da escritura ou do auto1 - O auto ou a escritura sero lavrados dentro dos oito dias subsequentesàquele em que o acordo estabelecido for comunicado pela entidade exproprianteao notário, oficial público ou funcionário designado nos termos da alíneab) do n. 1 do artigo anterior, em conformidade com o disposto no Código doNotariado.2 - Do auto ou escritura devero ainda constar:a) A indemnizao acordada e a forma de pagamento;b) A data e o número do Diário da República em que foi publicada a declaraode utilidade pública da expropriao;c) O extracto da planta parcelar.3 - A indemnizao acordada pode ser atribuída a cada um dos interessados oufixada globalmente.

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    4 - No havendo acordo entre os interessados sobre a partilha da indemnizaoglobal que tiver sido acordada, é esta entregue àquele que por todos fordesignado ou consignada em depósito no lugar do domicílio da entidadeexpropriante, à ordem do juiz de direito da comarca do lugar da situao dosbens ou da maior extenso deles, efectuando-se a partilha nos termos do Códigode Processo Civil.5 - Salvo no caso de dolo ou culpa grave por parte da entidade expropriante, oaparecimento de interessados desconhecidos à data da celebrao da escritura oudo auto apenas dá lugar à reconstituio da situao que existiria se tivessemparticipado no acordo, nos termos em que este foi concluído.6 - A entidade expropriante deve facultar ao expropriado e aos demaisinteressados cópia autenticada do auto ou da escritura de expropriaoamigável, quando solicitada.CAPTULO IIExpropriao litigiosaSECO IDisposies introdutóriasArtigo 38.Arbitragem1 - Na falta de acordo sobre o valor da indemnizao, é este fixado porarbitragem, com recurso para os tribunais comuns.2 - O valor do processo, para efeitos de admissibilidade de recurso, nostermos do Código de Processo Civil, corresponde ao maior dos seguintes:a) Decréscimo da indemnizao pedida no recurso da entidade expropriante ouacréscimo global das indemnizaes pedidas nos recursos do expropriado e dosdemais interessados, a que se refere o número seguinte;b) Diferena entre os valores de indemnizao constantes do recurso da entidadeexpropriante e o valor global das indemnizaes pedidas pelo expropriado e pelosdemais interessados nos respectivos recursos, a que se refere o númeroseguinte.3 - Da deciso arbitral cabe sempre recurso com efeito meramente devolutivopara o tribunal do lugar da situao dos bens ou da sua maior extenso.Artigo 39.Autuao1 - aberto um processo de expropriao com referência a cada um dos imóveisabrangidos pela declarao de utilidade pública.2 - Quando dois ou mais imóveis tenham pertencido ao mesmo proprietário ouconjunto de comproprietários é obrigatória a apensao dos processos em queno se verifique acordo sobre os montantes das indemnizaes.Artigo 40.Legitimidade1 - Têm legitimidade para intervir no processo a entidade expropriante, oexpropriado e os demais interessados.2 - A interveno de qualquer interessado na pendência do processo no implica a

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    repetio de quaisquer termos ou diligências.Artigo 41.Suspenso da instncia e nomeao de curador provisório1 - O falecimento, na pendência do processo, de algum interessado só implicaa suspenso da instncia depois de notificada à entidade expropriante aadjudicao da propriedade e posse, esta no caso de no ter havido investiduraadministrativa.2 - Havendo interessados incapazes, ausentes ou desconhecidos, sem que estejaorganizada a respectiva representao, o juiz, oficiosamente ou a requerimentodo Ministério Público ou de qualquer interessado, nomeia-lhes curadorprovisório, que será, quanto aos incapazes, na falta de razes ponderosas emcontrário, a pessoa a cuja guarda estiverem entregues.3 - No caso de o processo de expropriao ainda no se encontrar em juízo, ojuiz determina a sua remessa imediata, para os efeitos do número anterior,pelo período indispensável à deciso do incidente.4 - A interveno do curador provisório cessa logo que se encontre designado onormal representante do incapaz ou do ausente ou passem a ser conhecidos osinteressados cuja ausência justificara a curadoria.SECO IIDa tramitao do processoSUBSECO IArbitragemArtigo 42.Promoo da arbitragem1 - Compete à entidade expropriante, ainda que seja de direito privado,promover, perante si, a constituio e o funcionamento da arbitragem.2 - As funes da entidade expropriante referidas no número anterior passam acaber ao juiz de direito da comarca do local da situao do bem ou da sua maiorextenso em qualquer dos seguintes casos:a) Se for julgada procedente a reclamao referida no n. 1 do artigo 54.;b) Se o procedimento de expropriao sofrer atrasos no imputáveis aoexpropriado ou aos demais interessados que, no seu conjunto, ultrapassem 90dias, contados nos termos do artigo 279. do Código Civil;c) Se a lei conferir ao interessado o direito de requerer a expropriao de benspróprios;d) Se a declarao de utilidade pública for renovada;e) Nos casos previstos nos artigos 15. e 16.;f) Os casos previstos nos artigos 92., 93. e 94.3 - O disposto nas alíneas b), c), d) e e) do número anterior depende derequerimento do interessado, decidindo o juiz depois de notificada a partecontrária para se pronunciar no prazo de 10 dias.4 - Se for ordenada a remessa ou a avocao do processo, o juiz fixa prazo paraa sua efectivao, no superior a 30 dias, sob pena de multa até 10 unidades deconta, verificando-se atraso no justificado.Artigo 43.

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    Peties a apresentar no tribunal1 - As peties a que se referem o n. 2 do artigo 41., o n. 3 do artigoanterior, o n. 2 do artigo 51. e a parte final do n. 2 do artigo 54. soapresentadas directamente na secretaria do tribunal competente para o processode expropriao litigiosa.2 - Os processos originados pelas peties referidas no número anterior sodependência do processo de expropriao; o juiz a quem este for distribuídodeterminará que aqueles processos lhe sejam remetidos, ficando comcompetência exclusiva para os respectivos termos subsequentes à remessa.3 - Os processos recebidos nos termos da parte final do número anterior soapensados ao processo de expropriao.Artigo 44.Natureza dos processos litigiososOs processos de expropriao litigiosa, bem como os que deles so dependentes, notêm carácter urgente, sem prejuízo de os actos relativos à adjudicao dapropriedade e da posse e sua notificao aos interessados deverem ser praticadosmesmo durante as férias judiciais.Artigo 45.Designao dos árbitros1 - Na arbitragem intervêm três árbitros designados pelo presidente dotribunal da Relao da situao dos prédios ou da sua maior extenso.2 - Os árbitros so escolhidos de entre os peritos da lista oficial, devendo opresidente do tribunal da Relao indicar logo o que presidirá.3 - Para o efeito do disposto nos números precedentes, a entidadeexpropriante solicita a designao dos árbitros directamente ao presidente dotribunal da Relao.4 - O despacho de designao dos árbitros é proferido no prazo de cinco dias.Artigo 46.Designao de grupos de árbitros1 - Pode ser designado mais de um grupo de árbitros sempre que, em virtude daextenso e do número de bens a expropriar, um único grupo de árbitros semostre manifestamente insuficiente para assegurar o normal andamento de todosos processos.2 - A deciso prevista no número anterior é da competência do presidente dotribunal da Relao da situao dos bens a expropriar ou da sua maior extenso,mediante proposta fundamentada da entidade expropriante.3 - Se os peritos da lista oficial forem insuficientes para a constituio doconveniente número de grupos de árbitros, recorre-se a peritos incluídosnas listas de outros distritos, com preferência, quando possível, para osdas listas dos distritos contíguos.4 - A distribuio dos processos pelos grupos de árbitros consta do despacho dedesignao e respeita a sequência geográfica das parcelas, que a entidadeexpropriante deve indicar no seu pedido, sem prejuízo do disposto no n. 2 doartigo 39., com as necessárias adaptaes.

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    Artigo 47.Notificao da designao dos árbitros1 - No prazo de 10 dias a contar da sua recepo, a entidade expropriantenotifica na íntegra a comunicao da designao dos árbitros:a) Por carta ou ofício registado, com aviso de recepo, dirigido aosinteressados de que se conhea a respectiva residência e ao curadorprovisório;b) Por edital, com dilao de oito dias, a afixar na entrada principal doedifício da cmara municipal do concelho onde se situam os prédios ou a suamaior extenso, relativamente aos interessados no abrangidos pela alíneaanterior e àqueles que no for possível notificar nos termos nela prescritos;

    c) Aos árbitros, devendo a comunicao dirigida ao respectivo presidente seracompanhada do processo de expropriao ou de cópia deste e, sempre quepossível, de indicao da descrio predial e da inscrio matricial do prédio.2 - Na notificao e nos editais a que se refere o número anterior dá-seconhecimento ao expropriado e aos demais interessados da faculdade deapresentao de quesitos nos termos do artigo seguinte.Artigo 48.Apresentao de quesitosNo prazo de 15 dias a contar da notificao podem as partes apresentar aoárbitro presidente, em quadruplicado, os quesitos que entendam pertinentespara a fixao do valor dos bens objecto da expropriao.Artigo 49.Deciso arbitral1 - O acórdo dos árbitros é proferido em conferência, servindo de relatoro presidente.2 - O acórdo, devidamente fundamentado, é tomado por maioria; no se obtendouma deciso arbitral por unanimidade ou maioria, vale como tal a médiaaritmética dos laudos que mais se aproximarem ou o laudo intermédio, se asdiferenas entre ele e cada um dos restantes forem iguais.3 - Os laudos so juntos ao acórdo dos árbitros, devem ser devidamentejustificados e conter as respostas aos quesitos com indicao precisa das queserviram de base ao cálculo da indemnizao proposta, bem como a justificao doscritérios de cálculo adoptados e a sua conformidade com o disposto no n. 4do artigo 23.4 - A deciso dos árbitros é entregue à entidade expropriante no prazomáximo de 30 dias a contar da recepo da comunicao a que se refere a alíneac) do n. 1 do artigo 47. ou da apresentao dos quesitos.5 - Em casos devidamente justificados, designadamente em razo do número dearbitragens, o prazo a que se refere o número anterior pode ser prorrogadoaté 60 dias, a requerimento de qualquer dos árbitros, dirigido à entidadeexpropriante.6 - aplicável o disposto no n. 3 do artigo 21.Artigo 50.

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    Honorários1 - Os honorários dos árbitros so pagos pela entidade expropriante, medianteapresentao de factura devidamente justificada e de acordo com o Código dasCustas Judiciais.2 - As despesas efectuadas pelos árbitros so pagas mediante entrega dosrespectivos comprovativos.3 - A entidade expropriante está dispensada do pagamento de honorários aosárbitros que, salvo motivo justificativo, no entreguem o acórdo nos prazoslegais.Artigo 51.Remessa do processo1 - A entidade expropriante remete o processo de expropriao ao tribunal dacomarca da situao do bem expropriado ou da sua maior extenso no prazo de 30dias, a contar do recebimento da deciso arbitral, acompanhado de certidesactualizadas das descries e das inscries em vigor dos prédios naconservatória do registo predial competente e das respectivas inscriesmatriciais, ou de que os mesmos esto omissos, bem como da guia de depósito àordem do tribunal do montante arbitrado ou, se for o caso, da parte em queeste exceda a quantia depositada nos termos da alínea b) do n. 1 ou do n. 5do artigo 20.; se no for respeitado o prazo fixado, a entidade expropriantedeposita, também, juros moratórios correspondentes ao período de atraso,calculados nos termos do n. 2 do artigo 70., e sem prejuízo do disposto nosartigos 71. e 72.2 - Se o processo no for remetido a juízo no prazo referido, o tribunaldetermina, a requerimento de qualquer interessado, a notificao da entidadeexpropriante para que o envie no prazo de 10 dias, acompanhado da guia dedepósito, sob cominao de o mesmo ser avocado.3 - Decorrendo o processo perante o juiz, nos termos previstos no presenteCódigo, este, após entrega do relatório dos árbitros, notifica a entidadeexpropriante para proceder ao depósito da indemnizao no prazo de 30 dias; nosendo efectuado o depósito no prazo fixado, determina-se o cumprimento dodisposto na parte final do n. 1 anterior, com as necessárias adaptaes.4 - Se os depósitos a que se referem os números anteriores no foremefectuados nos prazos previstos, é aplicável o disposto no n. 4 do artigo71.5 - Depois de devidamente instruído o processo e de efectuado o depósito nostermos dos números anteriores, o juiz, no prazo de 10 dias, adjudica àentidade expropriante a propriedade e posse, salvo, quanto a esta, se jáhouver posse administrativa, e ordena simultaneamente a notificao do seudespacho, da deciso arbitral e de todos os elementos apresentados pelosárbitros, à entidade expropriante e aos expropriados e demais interessados,com indicao, quanto a estes, do montante depositado e da faculdade deinterposio de recurso a que se refere o artigo 52.6 - A adjudicao da propriedade é comunicada pelo tribunal ao conservador do

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    registo predial competente para efeitos de registo oficioso.Artigo 52.Recurso1 - O recurso da deciso arbitral deve ser interposto no prazo de 20 dias acontar da notificao realizada nos termos da parte final do n. 5 do artigoanterior, sem prejuízo do disposto no Código de Processo Civil sobreinterposio de recursos subordinados, salvo quanto ao prazo, que será de 20dias.2 - Quando no haja recurso, o juiz observa, no que respeita à atribuio daindemnizao aos interessados, o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 37., com asnecessárias adaptaes.3 - Se houver recurso, o juiz atribui imediatamente aos interessados, nostermos do número anterior, o montante sobre o qual se verifique acordo,retendo, porém, se necessário, a quantia provável das custas do processo nocaso de o expropriado ou os demais interessados decaírem no recurso.4 - Qualquer dos titulares de direito a indemnizao pode requerer, no prazo de10 dias a contar da notificao da deciso a que se refere o número anterior,que lhe seja entregue a parte da quantia sobre a qual no se verifica acordoque lhe competir, mediante prestao de garantia bancária ou seguro-cauo deigual montante.5 - No sendo exercido o direito a que se refere o número anterior, a entidadeexpropriante pode requerer a substituio por cauo do depósito da parte daindemnizao sobre a qual no se verifica acordo.Artigo 53.Dúvidas sobre a titularidade de direitos1 - Se o recebimento do depósito, nos termos do artigo precedente, dependerda deciso de questo prévia ou prejudicial respeitante à titularidade daindemnizao, é esta decidida provisoriamente no processo, precedendo produo daprova que o juiz tiver por necessária.2 - O incidente a que se refere o número anterior é autuado por apenso,devendo ser decidido no prazo de 30 dias.3 - Enquanto no estiver definitivamente resolvida a questo da titularidade docrédito indemnizatório, no se procede a nenhum pagamento que dela dependasem que seja prestada cauo; a cauo prestada garante também o recebimento daindemnizao por aquele a quem, na respectiva aco, seja reconhecidodefinitivamente direito à mesma.4 - Da deciso do incidente cabe recurso com efeito meramente devolutivo, quesobe imediatamente no apenso.SUBSECO IIArguio de irregularidadesArtigo 54.Reclamao1 - O expropriado, a entidade expropriante nos casos em que lhe no sejaimputável ou os demais interessados podem reclamar, no prazo de 10 dias acontar do seu conhecimento, contra qualquer irregularidade cometida no

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    procedimento administrativo, nomeadamente na convocao ou na realizao davistoria ad perpetuam rei memoriam, bem como na constituio ou no funcionamentoda arbitragem ou nos laudos ou acórdo dos árbitros, designadamente por faltade cumprimento dos prazos fixados na lei, oferecendo logo as provas quetiverem por convenientes e que no constem já do processo.2 - Recebida a reclamao, o perito ou o árbitro presidente, conforme for ocaso, exara informao sobre a tempestividade, os fundamentos e as provasoferecidas, devendo o processo ser remetido pela entidade expropriante ao juizde direito da comarca da situao dos bens ou da sua maior extenso no prazo de10 dias a contar da apresentao da reclamao, sob pena de avocao imediata doprocedimento pelo tribunal, mediante participao do reclamante, instruída comcópia da reclamao contendo nota de recepo com meno da respectiva data.3 - O juiz decide com base nas provas oferecidas que entenda úteis à decisodo incidente e nos elementos fornecidos pelo procedimento, podendo solicitaresclarecimentos ou provas complementares.4 - Sendo a reclamao julgada improcedente, o juiz manda devolver imediatamenteo processo de expropriao à entidade expropriante.5 - No despacho que julgar procedente a reclamao, o juiz indica os actos oudiligências que devem ser repetidos ou reformulados, sem prejuízo dodisposto no n. 2 do artigo 42.6 - Da deciso cabe recurso com efeito meramente devolutivo, que sobe com orecurso da deciso final.SUBSECO IIIPedido de expropriao totalArtigo 55.Requerimento1 - Dentro do prazo do recurso da deciso arbitral podem os interessadosrequerer a expropriao total, nos termos do n. 2 do artigo 3.2 - A entidade expropriante é notificada para, no prazo de 20 dias, responderao pedido de expropriao total.3 - O juiz profere deciso sobre o pedido de expropriao total, no prazo de 10dias, dela cabendo recurso, com subida imediata em separado e com efeitomeramente devolutivo.4 - Decretada a expropriao total, é a entidade expropriante notificada paraefectuar depósito complementar do montante indemnizatório, nos termosaplicáveis do n. 3 do artigo 51.5 - Enquanto no estiver definitivamente decidido o pedido de expropriao total,o expropriado e os demais interessados só podem receber o acréscimo deindemnizao correspondente mediante prestao de garantia bancária ou seguro-cauo de igual montante.6 - Na hipótese prevista neste artigo, podem adquirir a parte do prédio queno seja necessária ao fim da expropriao as pessoas que gozem de preferêncialegal na respectiva alienao e os proprietários de terrenos confinantes, poresta ordem, gozando os segundos do direito de execuo específica.

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    Artigo 56.Improcedência do pedido1 - Quando a entidade expropriante pretender realizar obras na parte doprédio no expropriada por forma a evitar a situao prevista no n. 2 do artigo3., improcede o pedido de expropriao total.2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o juiz na deciso em queconhecer da improcedência do pedido, fixa prazos para o início e a conclusodas obras pela entidade expropriante.3 - Se as obras no forem iniciadas no prazo fixado pelo juiz, a instncia érenovada.4 - Se as obras forem iniciadas mas no estiverem concluídas no prazo fixadopelo juiz, este, ouvida a entidade expropriante, decide, de acordo com orespectivo estado de execuo, se a instncia é renovada.Artigo 57.CauoEnquanto no tiver transitado em julgado a deciso sobre o pedido de expropriaototal, a entidade expropriante só pode entrar na posse da parte do bem cujaexpropriao foi requerida pelo expropriado mediante prestao de cauo.SUBSECO IVRecurso da arbitragemArtigo 58.RequerimentoNo requerimento da interposio do recurso da deciso arbitral, o recorrente deveexpor logo as razes da discordncia, oferecer todos os documentos, requerer asdemais provas, incluindo a prova testemunhal, requerer a interveno do tribunalcolectivo, designar o seu perito e dar cumprimento ao disposto no artigo 577.do Código de Processo Civil.Artigo 59.Admisso do recursoInterposto recurso, o processo é concluso ao juiz para se pronunciar sobre asua admissibilidade, fixar o respectivo efeito e ordenar a notificao da partecontrária para responder, no caso de prosseguimento.Artigo 60.Resposta1 - A resposta a que se refere o artigo anterior é apresentada no prazo de 20dias a contar da notificao da deciso que admitir o recurso; no caso de orecorrido pretender interpor recurso subordinado, a resposta conterá tambémo respectivo requerimento e as razes da sua discordncia, podendo a partecontrária responder no prazo de 20 dias a contar da notificao do despacho queadmitir tal recurso e ampliar o objecto da perícia.2 - Com o recurso subordinado ou com a resposta devem ser oferecidos todos osdocumentos, requeridas as demais provas, incluindo a prova testemunhal,requerida a interveno do tribunal colectivo e designado o perito, dando-secumprimento, quando for o caso, ao disposto no artigo 577. do Código deProcesso Civil.

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    Artigo 61.Diligências instrutórias1 - Findo o prazo para a apresentao da resposta, seguem-se imediatamente asdiligências instrutórias que o tribunal entenda úteis à deciso da causa.2 - Entre as diligências a realizar tem obrigatoriamente lugar a avaliao, aque o tribunal preside, cabendo-lhe fixar o respectivo prazo, no superior a 30dias, e resolver por despacho as questes de direito suscitadas pelos peritosde que dependa a avaliao.3 - aplicável o disposto nos artigos 578. e 588. do Código de ProcessoCivil.4 - Incumbe ao recorrente, e só a este, ainda que se trate de entidade isentade custas, o encargo de efectuar o preparo para despesas com a avaliao e ainspeco judicial, se a esta houver lugar.5 - Quando se efectuar inspeco judicial, ficam a constar do respectivo autotodos os elementos reputados necessários para a deciso da causa.6 - No há lugar a segunda avaliao. 7 - Sendo necessário obteresclarecimentos de quem no haja de ser chamado a depor ou documento em poderde terceiro, o tribunal ordena a respectiva notificao, para o efeito, fixandoprazo adequado; em caso de incumprimento do prazo, sem motivo justificativo,é aplicada multa até 10 unidades de conta.Artigo 62.Designao e nomeao dos peritos1 - A avaliao é efectuada por cinco peritos, nos termos seguintes:a) Cada parte designa um perito e os três restantes so nomeados pelo tribunalde entre os da lista oficial;b) Se dois ou mais interessados tiverem designado peritos diferentes, sonotificados para, no prazo de cinco dias, declararem qual o nomedefinitivamente escolhido, prevalecendo, na falta de acordo, a vontade damaioria, se desta fizer parte o proprietário expropriado; faltando a designaoválida de algum perito, devolve-se a nomeao ao tribunal, aplicando-se odisposto na parte final da alínea anterior.2 - A falta de comparência de qualquer perito determina a sua imediatasubstituio, que é feita livremente pelo tribunal, nos termos da parte finalda alínea a) do n. 1.3 - As regras de recrutamento de peritos, a sua integrao nas listas oficiais ea forma de publicao destas constam de decreto regulamentar, a publicar noprazo máximo de três meses a contar da data da publicao do presente Código.

    Artigo 63.Notificao para o acto de avaliao1 - As partes so notificadas para, querendo, comparecerem no acto da avaliao.2 - entregue a cada perito cópia dos recursos, das respostas aos mesmos e dodespacho que tiver sido proferido nos termos do n. 2 do artigo 578. do Códigode Processo Civil.

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    Artigo 64.Alegaes1 - Concluídas as diligências de prova, as partes so notificadas paraalegarem no prazo de 20 dias.2 - O prazo para a alegao do recorrido ou dos recorridos corre a partir dotermo do prazo para alegao do recorrente, contando-se este último desde anotificao para alegar.3 - Recorrendo a título principal tanto a entidade expropriante como oexpropriado, alega aquela em primeiro lugar.Artigo 65.Prazo de decisoAs decises sobre os recursos da deciso arbitral so proferidas no prazo máximode 30 dias a contar do termo fixado para as alegaes das partes.Artigo 66.Deciso1 - O juiz fixa o montante das indemnizaes a pagar pela entidade expropriante.

    2 - A sentena é notificada às partes, podendo dela ser interposto recursocom efeito meramente devolutivo.3 - aplicável o disposto nos n.os 2 a 4 do artigo 52., com as necessáriasadaptaes, devendo o juiz ordenar que a entidade expropriante efectue odepósito que for necessário no prazo de 10 dias.4 - O disposto nos números precedentes é também aplicável no caso de oprocesso prosseguir em traslado.5 - Sem prejuízo dos casos em que é sempre admissível recurso, no caberecurso para o Supremo Tribunal de Justia do acórdo do tribunal da Relao quefixa o valor da indemnizao devida.TTULO V Do pagamento das indemnizaes

    Artigo 67.Formas de pagamento1 - As indemnizaes por expropriao por utilidade pública so pagas em dinheiro,de uma só vez, salvo as excepes previstas nos números seguintes.2 - Nas expropriaes amigáveis, a entidade expropriante, o expropriado e osdemais interessados podem acordar no pagamento da indemnizao em prestaes ou nacedência de bens ou direitos de acordo com o previsto no artigo 69.3 - O disposto no número anterior aplica-se à transaco judicial ouextrajudicial na pendência do processo de expropriao.4 - No so pagas quaisquer indemnizaes sem que se mostre cumprido o disposto noartigo 29. do Código da Contribuio Autárquica.5 - O pagamento acordado em prestaes é efectuado dentro do prazo máximo detrês anos, podendo o montante das mesmas variar de acordo com ascircunstncias.Artigo 68.Quantias em dívida

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    1 - As quantias em dívida vencem juros, pagáveis anual ou semestralmente,conforme for acordado.2 - Na falta de conveno entre as partes, a taxa de juro é a dos jurosmoratórios, nos termos do artigo 70.3 - O montante das prestaes vincendas é automaticamente actualizado no casode agravamento do índice de preos no consumidor, na zona em causa, comexcluso da habitao, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística.Artigo 69.Cedência de bens ou direitosAs partes podem acordar que a indemnizao seja satisfeita, total ouparcialmente, através da cedência de bens ou direitos ao expropriado ou aosdemais interessados.Artigo 70.Juros moratórios1 - Os expropriados e demais interessados têm o direito de ser indemnizadospelos atrasos imputáveis à entidade expropriante no andamento doprocedimento ou do processo expropriativo ou na realizao de qualquer depósitono processo litigioso.2 - Os juros moratórios incidem sobre o montante definitivo da indemnizao ousobre o montante dos depósitos, conforme o caso, e a taxa respectiva é afixada nos termos do artigo 559. do Código Civil.3 - As caues prestadas e os depósitos efectuados pela entidade exproprianterespondem pelo pagamento dos juros moratórios que forem fixados pelotribunal.Artigo 71.Depósito da indemnizao1 - Transitada em julgado a deciso que fixar o valor da indemnizao, o juiz dotribunal da 1. instncia ordena a notificao da entidade expropriante para, noprazo de 10 dias, depositar os montantes em dívida e juntar ao processo notadiscriminada, justificativa dos cálculos da liquidao de tais montantes.2 - A secretaria notifica ao expropriado e aos demais interessados o montantedepositado, bem como a nota referida na parte final do número anterior.3 - O expropriado e os demais interessados podem levantar os montantesdepositados, sem prejuízo da sua impugnao nos termos do artigo seguinte e dodisposto no n. 3 do artigo 53.4 - No sendo efectuado o depósito no prazo fixado, o juiz ordenará opagamento por fora das caues prestadas pela entidade expropriante ou outrasprovidências que se revelarem necessárias, após o que, mostrando-se emfalta alguma quantia, notificará o servio que tem a seu cargo os avales doEstado para que efectue o depósito do montante em falta, em substituio daentidade expropriante.Artigo 72.Impugnao dos montantes depositados1 - No prazo de 30 dias a contar da notificao prevista no n. 2 do artigoanterior, o expropriado e os demais interessados podem impugnar os montantes

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    depositados, especificando os valores devidos e apresentando e requerendotodos os meios de prova.2 - Admitida a impugnao, a entidade expropriante é notificada para responderno prazo de 10 dias e para apresentar e requerer todos os meios de prova.3 - Produzidas as provas que o juiz considerar necessárias, é proferidadeciso fixando os montantes devidos e determinando a realizao do depósitocomplementar que for devido, no prazo de 10 dias.4 - No sendo efectuado o depósito no prazo fixado, o juiz ordena o pagamentopor fora das caues prestadas, ou as providências que se revelaremnecessárias, aplicando-se ainda o disposto no n. 4 do artigo anterior, com asnecessárias adaptaes, quanto aos montantes em falta.5 - Efectuado o pagamento ou assegurada a sua realizao, o juiz autoriza olevantamento dos montantes que se mostrem excessivos ou a restituio a que hajalugar e determina o cancelamento das caues que se mostrem injustificadas,salvo o disposto no n. 3 do artigo 53.Artigo 73.Atribuio das indemnizaes1 - A atribuio das indemnizaes aos interessados faz-se de acordo com odisposto nos n.os 3 e 4 do artigo 37., com as necessárias adaptaes.2 - No caso de expropriao amigável, decorridos 60 dias sobre a data previstapara o pagamento de qualquer prestao ou respectivos juros sem que este sejaefectuado, o expropriado pode requerer as providências a que se refere o n. 4do artigo anterior, devendo juntar a cópia do auto ou escritura a que serefere o n. 6 do artigo 37.3 - A entidade expropriante é citada para remeter o processo de expropriao eefectuar o depósito das quantias em dívida, nos termos do n. 1 do artigoanterior, com as necessárias adaptaes, podendo deduzir embargos dentro doprazo ali fixado.TTULO VIDa reverso dos bens expropriadosArtigo 74.Requerimento1 - A reverso a que se refere o artigo 5. é requerida à entidade que houverdeclarado a utilidade pública da expropriao ou que haja sucedido narespectiva competência.2 - Se o direito de reverso só puder ser utilmente exercido em conjunto comoutro ou outros interessados, o requerente da reverso pode solicitar anotificao judicial destes para, no prazo de 60 dias a contar da notificao,requererem a reverso dos respectivos bens, nos termos do n. 1, sob cominao de,no o fazendo algum ou alguns deles, a reverso dos mesmos se operar a favor dosque a requeiram.3 - O pedido de expropriao total, nos termos do n. 2 do artigo 3. no prejudicaa reverso da totalidade do prédio.4- Se no for notificado de qualquer deciso no prazo de 90 dias a contar da

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    data do requerimento, o interessado pode fazer valer o direito de reverso noprazo de um ano, mediante aco administrativa comum a propor no tribunaladministrativo de círculo da situao do prédio ou da sua maior extenso.5 - Na aco prevista no número anterior, é cumulado o pedido de adjudicao,instruído com os documentos mencionados no artigo 77., que o tribunalaprecia, seguindo os trmites dos artigos 78. e 79., no caso de reconhecer odireito de reverso.Redaco dos n.s 4 e 5 da Lei 13/2002, de 13.02Redaco anterior:4 - O pedido de reverso considera-se tacitamente indeferido se o interessadono for notificado de deciso expressa no prazo de 90 dias a contar da entradado respectivo requerimento.Artigo 75.Audiência da entidade e de outros interessados1 - No prazo de 10 dias a contar da recepo do pedido de reverso, a entidadecompetente para decidir ordena a notificao da entidade expropriante e dostitulares de direitos reais sobre o prédio a reverter ou sobre os prédiosdele desanexados, cujos endereos sejam conhecidos, para que se pronunciemsobre o requerimento no prazo de 15 dias.2 - A entidade expropriante, dentro do prazo da sua resposta, remete oprocesso de expropriao à entidade competente para decidir o pedido de reversoou indica o tribunal em que o mesmo se encontra pendente ou arquivado.3 - No caso previsto na parte final do número anterior, a entidade competentepara decidir solicita ao tribunal a confiana do processo até final do prazofixado para a deciso.4 - Se os factos alegados pelo requerente da reverso no forem impugnados pelaentidade expropriante, presume-se, salvo prova em contrário, que soverdadeiros.Artigo 76.Publicidade da deciso1 - A deciso sobre o pedido de reverso é notificada ao requerente, àentidade expropriante e aos interessados cujo endereo seja conhecido.2 - A deciso é publicada por extracto na 2. série do Diário da República.Artigo 77.Pedido de adjudicao1 - Autorizada a reverso, o interessado deduz, no prazo de 90 dias a contar dadata da notificao da autorizao, perante o tribunal administrativo de círculoda situao do prédio ou da sua maior extenso, o pedido de adjudicao,instruindo a sua pretenso com os seguintes documentosa) Notificao da autorizao da reverso;b) Certido, passada pela conservatória do registo predial, da descrio doprédio, das inscries em vigor, incluindo as dos encargos que sobre ele seencontram registados e dos existentes à data da adjudicao do prédio àentidade expropriante ou de que o mesmo se encontra omisso;c) Certido da inscrio matricial e do valor patrimonial do prédio ou de que o

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    mesmo se encontra omisso;d) Indicao da indemnizao satisfeita e da respectiva forma de pagamento;e) Quando for o caso, estimativa, fundamentada em relatório elaborado porperito da lista oficial à sua escolha, do valor das benfeitorias edeterioraes a que se refere o artigo seguinte.2 - No caso do n. 2 do artigo 74., o pedido é deduzido pelos váriosinteressados que, quando necessário, podem indicar o acordo sobre a formacomo a adjudicao deverá ser feita, sem prejuízo do disposto no n. 3 doartigo seguinte.Redaco dos n.s 1 da Lei 13/2002, de 13.02Redaco anterior:1 - Autorizada a reverso, o interessado deduz, no prazo de 90 dias a contar dadata da notificao da autorizao, perante o tribunal da comarca da situao doprédio ou da sua maior extenso, o pedido de adjudicao, instruindo a suapretenso com os seguintes documentos:Artigo 78.Oposio do expropriante1 - A entidade expropriante ou quem ulteriormente haja adquirido o domínio doprédio é citada para os termos do processo, podendo deduzir oposio, no prazode 20 dias quanto aos montantes da indemnizao indicada nos termos da alínead) do n. 1 do artigo anterior e da estimativa a que se refere a alínea e) domesmo número.2 - Na falta de acordo das partes, o montante a restituir é fixado pelo juiz,precedendo as diligências instrutórias que tiver por necessárias, entre asquais tem obrigatoriamente lugar a avaliao, nos termos previstos para orecurso em processo de expropriao, salvo no que respeita à segunda avaliao,que é sempre possível.3 - Determinado, com trnsito em julgado, o valor a que se refere o númeroanterior, o juiz, na falta de acordo mencionado no n. 2 do artigo anterior,determina licitao entre os requerentes.Artigo 79.Adjudicao1 - Efectuados os depósitos ou as restituies a que haja lugar, o juizadjudica o prédio ao interessado ou interessados, com os ónus ou encargosexistentes à data da declarao de utilidade pública da expropriao e que nohajam caducado definitivamente, que devem ser especificadamente indicados.2 - Os depósitos so levantados pela entidade expropriante ou por quemulteriormente haja adquirido o domínio sobre o bem, conforme for o caso.3 - A adjudicao da propriedade é comunicada pelo tribunal ao conservador doregisto predial competente para efeitos de registo oficioso.TTULO VIIDa requisioArtigo 80.Requisio de imóveis

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    1 - Em caso de urgente necessidade e sempre que o justifique o interessepúblico e nacional, podem ser requisitados bens imóveis e direitos a elesinerentes, incluindo os estabelecimentos comerciais ou industriais, objecto depropriedade de entidades privadas, para realizao de actividades de manifestointeresse público, adequadas à natureza daqueles, sendo observadas asgarantias dos particulares e assegurado o pagamento de justa indemnizao.2 - Salvo o disposto em lei especial, a requisio, interpolada ou sucessiva, deum mesmo imóvel no pode exceder o período de um ano, contado nos termos doartigo 279. do Código Civil.Artigo 81.Uso dos imóveis requisitados1 - Em casos excepcionais, devidamente fundamentados no acto de requisio, osimóveis requisitados podem ser objecto de uso por instituies públicas ouparticulares de interesse público.2 - Para efeitos do presente diploma consideram-se instituies particulares deinteresse público as de utilidade pública administrativa, as de merautilidade pública e as de solidariedade social.Artigo 82.Acto de requisio1 - A requisio depende de prévio reconhecimento da sua necessidade porresoluo do Conselho de Ministros, nomeadamente quanto à verificao daurgência e do interesse público e nacional que a fundamentam, observados osprincípios da adequao, indispensabilidade e proporcionalidade.2 - A requisio é determinada mediante portaria do membro do Governoresponsável pela área, oficiosamente ou a solicitao de uma das entidadesreferidas no artigo anterior.3 - Da portaria que determine a requisio deve constar o respectivo objecto, oinício e o termo do uso, o montante mínimo, prazo e entidade responsávelpelo pagamento da indemnizao, bem como a indicao da entidade beneficiária darequisio, sem prejuízo do disposto no n. 4 do artigo 85.4 - A portaria de requisio é publicada na 2. série do Diário da Repúblicae notificada ao proprietário, podendo este reclamar no prazo de 15 diasúteis contado a partir da data da notificao ou da publicao.Artigo 83.Instruo do pedido de requisioA requisio a solicitao das entidades referidas no artigo 81. é precedida derequerimento ao ministro responsável pelo sector, que conterá os seguinteselementos:a) Identificao do requerente;b) Natureza e justificao da importncia das actividades a prosseguir;c) Indispensabilidade da requisio;d) Prova documental das diligências efectuadas com vista a acordo prévio como proprietário sobre o uso a dar ao imóvel, com indicao do montante da justaindemnizao oferecida e das razes do respectivo inêxito;e) Tempo de durao necessário da requisio;

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    f) Previso dos encargos a suportar em execuo da medida de requisio;g) Entidade responsável pelo pagamento da indemnizao devida pela requisio;h) Forma de pagamento da indemnizao;i) Documento comprovativo de se encontrar regularizada a sua situaorelativamente às suas obrigaes fiscais e às contribuies para a seguranasocial.Artigo 84.Indemnizao1 - A requisio de bens imóveis confere ao requisitado o direito a receber umajusta indemnizao.2 - A justa indemnizao no visa compensar o benefício alcanado pelorequisitante, mas ressarcir o prejuízo que para o requisitado advém darequisio.3 - A indemnizao corresponde a uma justa compensao, tendo em conta o períododa requisio, o capital empregue para a construo ou aquisio e manuteno dos bensrequisitados e o seu normal rendimento, a depreciao derivada do respectivo usoe, bem assim, o lucro médio que o particular deixa de perceber por virtude derequisio.4 - A indemnizao é fixada:a) Por acordo expresso entre o beneficiário da requisio e o proprietário,nos termos dos artigos 33. e seguintes, com as necessárias adaptaes;b) Na falta de acordo, pelo ministro responsável pelo sector, sob proposta doservio com atribuies na área;c) Se o proprietário no se conformar com o montante fixado nos termos daalínea anterior, pelos tribunais comuns, nos termos previstos para o recursoda deciso arbitral em processo de expropriao litigiosa, salvo no que se refereà segunda avaliao, que é sempre possível.5 - A indemnizao prevista no número anterior no prejudica aquelas a que hajalugar por fora do disposto no n. 2 do artigo seguinte.6 - O pagamento da indemnizao tem lugar no prazo mínimo de 60 dias após apublicao do acto de requisio.Artigo 85.Obrigaes do beneficiário1 - So obrigaes da entidade beneficiária da requisio:a) Pagar os encargos financeiros emergentes da requisio no prazo determinado;b) Assegurar os encargos resultantes da realizao da actividade;c) No utilizar o imóvel para fim diverso do constante na requisio;d) Avisar imediatamente o proprietário, sempre que tenha conhecimento devício no imóvel;e) Proceder à retirada de todas as benfeitorias ou materiais que por elatenham sido colocados no imóvel;f) Restituir o imóvel, no termo da requisio, no estado em que se encontrava.2 - A entidade a favor de quem se operou a requisio é responsável peloseventuais danos causados no imóvel requisitado durante o período da

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    requisio, salvo se esses danos resultarem de facto imputável aoproprietário, de vício da coisa ou de caso fortuito ou de fora maior.3 - Quando o requerente for instituio particular de interesse público, deveapresentar documento comprovativo de se encontrar caucionado, nos termos dalei, o fundo indispensável para o pagamento das indemnizaes a que haja lugar.

    4 - No caso de se tratar de entidade pública, a portaria de requisio deveindicar a rubrica oramental que suportará o pagamento das indemnizaes a quehouver lugar e respectiva cativao.5 - A pretenso presume-se indeferida se no prazo de 15 dias no for proferidadeciso.6 - O servio público com atribuies na área, na fase de apreciao dorequerimento,