235
Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte- IDEMA Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARN Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRN Universidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DA ÁGUA PROGRAMA ÁGUA AZUL 1º RELATÓRIOTRIMESTRAL: TOMO I- MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO DE JULHO A AGOSTO DE 2014

3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

  • Upload
    vancong

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

Governo do Estado do Rio Grande do NorteSecretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte- IDEMA

Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte- IGARNUniversidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- IFRNUniversidade Federal Rural do Semi-Árido- UFERSA

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERNEmpresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Norte- EMPARN

REDE COMPARTILHADA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DA ÁGUA

PROGRAMA ÁGUA AZUL

1º RELATÓRIOTRIMESTRAL:

TOMO I- MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO PERÍODO DE JULHO A AGOSTO DE 2014

NATAL, ABRIL DE 2015.

Page 2: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

COORDENAÇÃO GERAL

MANOEL LUCAS FILHO - UFRNEngo Civil, Doutor e Pós Doutor em Engenharia de Recursos Hídricos, Professor do Centro de Tecnologia da UFRN

SÉRGIO LUIZ MACÊDO- IDEMAEngo Civil, Mestre em Engenharia Sanitária, Núcleo de Monitoramento Ambiental – NMA/IDEMA

SELMA MARIA DA SILVA- IGARNEngenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO/IGARN

EQUIPE TÉCNICA – TOMO IUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

DJALMA RIBEIRO DA SILVAMestre e Doutor em Química. Professor da UFRN.

EMILY CINTIA TOSSI DE ARAÚJO COSTALicenciada, Bacharel, Mestre e Doutora em Química.

GUILHERME F. DE MEDEIROSMestre e Doutor em Biologia. Professor da UFRN.

HERBET TADEU DE ALMEIDA ANDRADEDoutor em Ecologia. Professor da UFRN

IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTADoutor em Ecologia e Recursos Naturais. Professora da UFRN

JOSÉ FRANCINALDO DE OLIVEIRABacharel, Mestre e Doutor em Química

LUCYMARA DOMINGOS ALVES DA SILABacharel em Ciência e Tecnologia, Graduanda em Engenharia Ambiental.

RENNIO FELIX DE SENAMestre e Doutor em Engenharia Química. Professor do DEQ/CT/UFPB. Pesquisador da UFRN.

RINA LOURENA DA SILVA MEDEIROS Bacharel, Mestre e Doutora em Química

SANDRO ARAÚJO DA SILVATécnico em Tecn. Ambiental.Químico.Técnico do Laboratório de Análises Físico-Químicas e Microbiológicas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária da UFRN.

SHIRLEY FEITOSA MACHADO SENABacharel em Química, Mestre e Doutoranda em Ciência e Engenharia do Petróleo.

TARCILA MARIA PINHEIRO FROTA

Page 3: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

Mestre e Doutora em Engenharia de Petróleo

INSTITUTO DE GESTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO G. DO NORTE (IGARN):

SELMA MARIA DA SILVAEngenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

GLÁUCIA REGINA LUZ XAVIER DA COSTAEngenheira Química. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

KALLYNY PEREIRA DA COSTAMestre em Biologia. Setor de Monitoramento da Qualidade da Água – CGO.

DEISEANE BEZERRA DA SILVATécnica em Controle Ambiental.

REYNALDO MELO CAVALCANTE ROCHATécnico em Meio Ambiente

NAJÁ FIGUEIREDOLaboratorista.

ALEXSANDRO TORRESTécnico de Campo.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UERN

SUELY SOUZA LEAL DE CASTROLicenciada e Bacharel em Química, Mestre em Ciências, Doutora em Química Analítica. Professora do Departamento de Química da UERN.

LUIZ DI SOUZAEng. Químico, Mestre em Ciências, Doutor em Engenharia dos Materiais. Professor do Departamento de Química da UERN.

THIAGO MIELLE B. F. OLIVEIRALicenciado em Química, Especialista em Química e Biologia, Técnico de Laboratório de Química do Departamento de Química da UERN.

JANETE JANE FERNANDES ALVES Bacharel em Química.

JEFFERSON BEZERRA DE MEDEIROS Graduando em Licenciatura em Química

ANDERSON FELIPE FERNANDES SILVAGraduando em Licenciatura em Química

MAYCON JANDERSON RODRIGUES DOS SANTOSGraduando em Licenciatura em Química

Page 4: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

JESYKA MACEDO GUEDESGraduanda em Licenciatura em Química

GILBERTO GOMES FREIRE JÚNIORGraduando em Licenciatura em Química

FRANCISCO RUBENILTON FERNANDESGraduando em Licenciatura em Química

MATEUS COSTA MEDEIROSGraduando em Licenciatura em Química

MICHAEL DIEGO DE SOUSAGraduando em Licenciatura em Química

ALEXANDRA BOAVENTURA DE OLIVEIRAGraduanda em Licenciatura em Química

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – EMPARN

ALFRÊDO OSVALDO DANTAS DE AZEVEDOMsc. em Eng. Sanitária

INGRID ABASTOFLOR CARDOSOBióloga

MARIA DE FÁTIMA COSTABel. em Química

GLEY BENÉVOLO XAVIERBel. em Química

MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES BENTESBióloga

MARIA DO SOCORRO VALENTIM CÂMARAAssist. de Pesquisa I

ÂNGELA CRISTINA MELO LIBERATOBióloga

Page 5: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 1

2. OBJETIVOS............................................................................................................................................ 1

3. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................................................ 2

3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO......................................................................................................................23.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN.......................................................................23.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED.......................................................................................53.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró.................................................................................................9

3.2. PERÍODO DE COLETA....................................................................................................................................113.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN.....................................................................113.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu...................................................................................................113.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró...............................................................................................11

3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS................................................................113.3.1. Variáveis Não Mensuráveis......................................................................................................................123.3.2. Variáveis Mensuráveis.............................................................................................................................12

3.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA.....................................................................................................133.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT................................................................................................................................173.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET...............................................................................................................17

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................................................................19

4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN...........................................................194.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão.......................................................................................................194.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú..............................................................................................................214.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape...............................................................................................244.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim....................................................................................................284.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce................................................................................................................344.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi............................................................................................................404.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi............................................................................................................574.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso...........................................................................................674.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi...............................................................................................................694.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu............................................................................................................754.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú..................................................................................................80

4.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED..............................................................................854.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do rio Piranhas-Açu........................................................................854.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu..........................................................................................1034.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso. . .111

4.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ.......................................................................................1174.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró........................................................................1174.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró.......................................................................................1344.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró...............................................................................141

4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ..................144

5. CONCLUSÕES.................................................................................................................................... 148

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................156

Page 6: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

LISTA DE TABELAS

TABELA3-1– LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DOS CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN.........4TABELA 3-2– ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU E FLNED...........................................................................8TABELA 3-3–ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ................................................................10TABELA 3-4 – METODOLOGIA DE COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS.....................................................................................11TABELA 3-5 – PARÂMETROS E PESOS PARA CÁLCULO DO IQA......................................................................................................14TABELA 3-6 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q1 (OD)..........................................................14TABELA 3-7 - OXIGÊNIO DE SATURAÇÃO (MG/L) EM FUNÇÃO DA ALTITUDE (PRESSÃO) E TEMPERATURA DA ÁGUA..................................15TABELA 3-8 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q2 (CTE).........................................................15TABELA 3-9 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q3 (PH)...........................................................15TABELA 3-10 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q4 (DBO5)...................................................15TABELA 3-11 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q5 (NT)........................................................16TABELA 3-12 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q6 (PT).........................................................16TABELA 3-13 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q7 (TUR).......................................................16TABELA 3-14 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q8 (ST).........................................................16TABELA 3-15 – EXPRESSÕES ANALÍTICAS PARA CÁLCULO DO SUB-ÍNDICE DE QUALIDADE Q9 (T)...........................................................16TABELA 3-16 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IQA-NSF.................................................................................17TABELA 3-17- CLASSIFICAÇÃO DE ÁGUAS NATURAIS, CONFORME O IET (CETESB, 2007).................................................................18TABELA 4-1 - QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO...................................................................................................20TABELA 4-2- QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ...................................................................................................................23TABELA 4-3- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE........................................................................................26TABELA 4-4–CARACTERIZAÇÃO DO SEDIMENTO NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE...................................................................27TABELA 4-5- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM............................................................................................30TABELA 4-6– QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO DOCE.......................................................................................................35TABELA 4-7- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI....................................................................................................41TABELA 4-7- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI (CONTINUAÇÃO).............................................................................42TABELA 4-8–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DA BACIA DO RIO POTENGI........................................................43TABELA 4-8–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO SEDIMENTO DA BACIA DO RIO POTENGI (CONTINUAÇÃO)..................................43TABELA 4-9- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI....................................................................................................57TABELA 4-10–CONCENTRAÇÕES DEMETAIS PESADOS NO SEDIMENTO DO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08).......................................63TABELA 4-11-QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01), SITUADA NA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO......66TABELA 4-12- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI.....................................................................................................69TABELA 4-13- QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU.......................................................................................................74TABELA 4-14 - QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CURIMATAÚ............................................................................................79TABELA 4-15–CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NOSEDIMENTO DO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ..........................................81TABELA 4-16-QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU.............................................................84TABELA 4-17-QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU (CONTINUAÇÃO).......................................85TABELA 4-18- QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU................................................................................100TABELA 4-19- QUALIDADE DA ÁGUA NOS PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU....................................................108TABELA 4-20- METAIS PESADOS NOS SEDIMENTOS DOS PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU.......................................108TABELA 4-21–QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO APODI-MOSSORÓ.........................................114TABELA 4-22 – QUALIDADE DA ÁGUA NOS RIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ...........................................................................131TABELA 4-23 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ.............................................................................137TABELA 4-24 – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA PELA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NOS RIOS DAS BACIAS ANALISADAS..........140TABELA 4-24 – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA PELA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NOS RIOS DAS BACIAS ANALISADAS

(CONTINUAÇÃO).......................................................................................................................................................141TABELA 4-24 – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA PELA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NOS RIOS DAS BACIAS ANALISADAS

(CONTINUAÇÃO).......................................................................................................................................................142

Page 7: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 3-1 – ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM DO PROGRAMA ÁGUA AZUL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE...................................3FIGURA 3-2 - MAPA DO TRECHO POTIGUAR DA BACIA DO PIRANHAS-AÇU, CONTENDO OS PONTOS MONITORADOS PELO PROGRAMA ÁGUA

AZUL (FONTE: IGARN - 2009)......................................................................................................................................7FIGURA 3-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA APODI-MOSSÓRO (FONTE: SEMARH, 2009)........................................9FIGURA 4-1 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO BOQUEIRÃO (FONTE: IGARN, 2009).............................................19FIGURA 4-2 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BOQUEIRÃO (BOQ01)................................................................21FIGURA 4-3 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOPUNAÚ(FONTE: IGARN, 2009)...............................................22FIGURA 4-4 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PUNAÚ (PUN01)................................................................................24FIGURA 4-5 - MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIOMAXARANGUAPE (FONTE: IGARN, 2009).................................24FIGURA 4-6 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO MAXARANGUAPE – RN 064 (MAX01)...................................................25FIGURA 4-7 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO MAXARANGUAPE (MAX02)................................................27FIGURA 4-8 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE.....................................28FIGURA 4-9 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CEARÁ-MIRIM (FONTE: IGARN, 2009)..........................................29FIGURA 4-10 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM, AÇUDE POÇO BRANCO (CEA01).....................................31FIGURA 4-11 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR 406 (CEA02)............................................32FIGURA 4-12 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM A JUSANTE DA USINA SÃO FRANCISCO (CEA03)..................33FIGURA 4-13 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CEARÁ-MIRIM – PONTE BR-101 (CEA04)............................................34FIGURA 4-14 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM......................................34FIGURA 4-15– MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (FONTE: IGARN, 2009)..............................................35FIGURA 4-16 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO DO MUDO – PONTE BR-406 (DOC01)...........................................36FIGURA 4-17 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIACHO GUAJIRU (DOC02)(SD: SEM DADO)...............................................38FIGURA 4-18 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE EXTREMOZ (DOC03).................................................................39FIGURA 4-19 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOCE - GRAMOREZINHO (DOC04).......................................................40FIGURA 4-20 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA POTENGI (FONTE: IGARN, 2009)....................................................41FIGURA 4-21 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CAMARAGIBE – RN-064 (POT01).......................................................45FIGURA 4-22 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CAMPO GRANDE (POT02).............................................................45FIGURA 4-23 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO POTENGI, NA LOCALIDADE TELHA, EM SÃO PEDRO/RN (POT03)...............46FIGURA 4-24 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO GOLANDIM (POT04).......................................................47FIGURA 4-25 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – DIQUE DA BASE NAVAL (POT05).......................48FIGURA 4-26 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – A JUSANTE DO CANAL DO BALDO (POT06)..........49FIGURA 4-27 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI – IATE CLUBE (POT07).......................................49FIGURA 4-28 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- PONTE NEWTON NAVARRO (POT08)...................50FIGURA 4-29 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- MONTANTE DA PONDE DE IGAPÓ (POT09)...............................51FIGURA 4-30 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DA LAGOA AERADA DA CAERN (POT10)..................51FIGURA 4-31 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DO CURTUME J. MOTTA (POT11)........................52FIGURA 4-32 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A MONTANTE DA IMUNIZADORA RIOGRANDENSE (POT12)...........53FIGURA 4-33 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- A JUSANTE DO PONTO DE LANÇAMENTO DO CIA (POT13)...........54FIGURA 4-34 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- EM FRENTE AO HOSPITAL DE MACAÍBA (POT14).......................55FIGURA 4-35 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ BR-226 (POT15)..............................................56FIGURA 4-36 – QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI- RIO JUNDIAÍ, PONTE PERI-PERI BR-226 (POT16)......................56FIGURA 4-37 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO POTENGI..............................................57FIGURA 4-38 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA PIRANGI (FONTE: IGARN, 2009).....................................................58FIGURA 4-39 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM LAMARÃO, MACAÍBA (PIR01)............................................60FIGURA 4-40 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU EM PASSAGEM DE AREIA, PARNAMIRIM (PIR02)........................60FIGURA 4-41 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE BR-304 (PIR03).....................................................61FIGURA 4-42 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – BR-101 (PIR04)...............................................................62FIGURA 4-43 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PITIMBU – PONTE TRAMPOLIM DA VITÓRIA (PIR05)...............................62FIGURA 4-44 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO JIQUI (PIR06)..........................................................................63FIGURA 4-45 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANGI, NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR07)............................................64FIGURA 4-46 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANGI (PIR08)............................................................65FIGURA 4-47 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DE PIUM (LAGOA AZUL), NO BALNEÁRIO DE PIUM (PIR09)...................66FIGURA 4-48 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PIRANGI...............................................66FIGURA 4-49 – MAPA ESQUEMÁTICO DA FAIXA LITORÂNEA LESTE DE ESCOAMENTO DIFUSO (FONTE: IGARN, 2009)...........................67FIGURA 4-50 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DO BONFIM (FLL01)......................................................................69FIGURA 4-51 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TRAIRI (FONTE: IGARN, 2009)............................................70

Page 8: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

FIGURA 4-52 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE INHARÉ – SANTA CRUZ (TRA01).....................................................72FIGURA 4-53 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTA CRUZ (TRA02)...................................................................72FIGURA 4-54 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TRAIRI, EM TANGARÁ (TRA03)........................................................73FIGURA 4-55 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO TRAIRI – MONTE ALEGRE (TRA04).......................................................74FIGURA 4-56 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO TRAIRI.................................................74FIGURA 4-57 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA JACU (FONTE: IGARN, 2009).........................................................75FIGURA 4-58 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JAPI II – SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE (JAC01).......................................77FIGURA 4-59 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO JACU – ESPÍRITO SANTO (JAC02).........................................................77FIGURA 4-60 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC03)................................................................78FIGURA 4-61 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA LAGOA DAS GUARAÍRAS (JAC04)................................................................79FIGURA 4-62 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO JACU...................................................79FIGURA 4-63 – MAPA ESQUEMÁTICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CURIMATAÚ (FONTE: IGARN, 2009)..........................................80FIGURA 4-64 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE NOVA CRUZ (CUR01)..................................82FIGURA 4-65 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO CURIMATAÚ, A JUSANTE DE PEDRO VELHO (CUR02)...............................82FIGURA 4-66 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DE BARRA DE CUNHAÚ (CUR03).................................................83FIGURA 4-67 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIQUIRI, EM PEDRO VELHO (CUR04)....................................................84FIGURA 4-68 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MULUNGU (PIA01).......................................................................89FIGURA 4-69 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ESGUICHO (PIA02).......................................................................89FIGURA 4-70 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIO DA PEDRA (PIA03)..................................................................90FIGURA 4-71 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CALDEIRÃO DE PARELHAS (PIA04)...................................................90FIGURA 4-72 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CARNAÚBA (PIA05)......................................................................91FIGURA 4-73 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE CRUZETA (PIA06).........................................................................92FIGURA 4-74 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) (PIA07)....................................93FIGURA 4-75 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DOURADO (PIA09).......................................................................93FIGURA 4-76 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ZANGALHEIRAS (PIA10).................................................................94FIGURA 4-77 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MENDUBIM (PIA13).....................................................................95FIGURA 4-78 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BELDROEGA (PIA14).....................................................................96FIGURA 4-79 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE NOVO ANGICOS (PIA15)................................................................96FIGURA 4-80 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PATAXÓS (PIA16).........................................................................97FIGURA 4-81 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (PIA20)..............................................................98FIGURA 4-82 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ITANS (PIA21)..............................................................................98FIGURA 4-83 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE PARELHAS (PIA23)..................................................99FIGURA 4-84 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM DAS TRAÍRAS (PIA25)..................................................100FIGURA 4-85 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BOQUEIRÃO DE ANGICOS (PIA26)..................................................101FIGURA 4-86 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA - RESERV. ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES - ITAJÁ (PIA30)...............................101FIGURA 4-87 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES, EM SÃO RAFAEL (PIA31)...........102FIGURA 4-88 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU.......103FIGURA 4-72 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, JARDIM DO SERIDÓ (PIA11)..................................................105FIGURA 4-89 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIOESPINHARAS, SERRA NEGRA (PIA12)...................................................105FIGURA 4-90 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22)....................................................................106FIGURA 4-91 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, CAICÓ (PIA22) - (SD: SEM DADO).........................................106FIGURA 4-92 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO SERIDÓ, SÃO FERNANDO (PIA24).......................................................107FIGURA 4-93 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, PENDÊNCIAS (PIA29)................................................108FIGURA 4-94 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JUCURUTU (PIA32)...................................................108FIGURA 4-95 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, JARDIM DE PIRANHAS (PIA33)....................................109FIGURA 4-96 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIVISA RN-PB (PIA34)..............................................110FIGURA 4-97 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA35).........................................................111FIGURA 4-98 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO PIRANHAS-AÇU, DIBA (PIA36).........................................................111FIGURA 4-99 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU, MACAU (PIA17)...................................113FIGURA 4-100 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DOS CAVALOS (PIA18)...................................................................114FIGURA 4-101 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DAS CONCHAS (PIA28)...................................................................115FIGURA 4-102 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO CAMURUPIM – JUSANTE DE GUAMARÉ (FLNED)..............116FIGURA 4-103 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTOS ESTUARINOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-

AÇU.......................................................................................................................................................................116FIGURA 4-104 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE ENCANTO (APM01)..................................................................120FIGURA 4-105– HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE BONITO II (APM02)..................................................................121FIGURA 4-106 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE JESUS, MARIA, JOSÉ (APM03)....................................................121FIGURA 4-107 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE FLECHAS (APM04)...................................................................122

Page 9: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

FIGURA 4-108 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PAU DOS FERROS (APM05).......................................123FIGURA 4-109 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE PILÕES (APM06).....................................................123FIGURA 4-110 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PÚBLICO DE MARCELINO VIEIRA (APM07)....................................124FIGURA 4-111 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DE LUCRÉCIA (APM09)..............................................................125FIGURA 4-112 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RODEADOR (APM10)................................................................125FIGURA 4-113 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE DO BREJO (APM11)..................................................................126FIGURA 4-114 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MALHADA VERMELHA (APM12).................................................127FIGURA 4-115 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE PASSAGEM (APM13)................................................................128FIGURA 4-116 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE MORCEGO (APM14).................................................................128FIGURA 4-117 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTO ANTÔNIO (APM15)........................................................129FIGURA 4-118 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE APANHA PEIXE (APM16)...........................................................130FIGURA 4-119 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE SANTA CRUZ, EM APODI (APM17)....................................131FIGURA 4-120 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE RIACHO DA CRUZ II (APM23).....................................................131FIGURA 4-121 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BARRAGEM DE UMARI, EM UPANEMA (APM24)......................................132FIGURA 4-122 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE TOURÃO (APM27)...................................................................133FIGURA 4-123 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO AÇUDE SANTANA DE PAU DOS FERROS (APM28)......................................133FIGURA 4-124 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ. 134FIGURA 4-125 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, FELIPE GUERRA (APM18).....................................136FIGURA 4-126 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, GOV. DIX-SEPT ROSADO (APM19)........................137FIGURA 4-127 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, BARRAGEM DO GENÉSIO, MOSSORÓ (APM20)........137FIGURA 4-128 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO APODI-MOSSORÓ, PASSAGEM DE PEDRA, MOSSORÓ (APM21)............138FIGURA 4-129 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, UPANEMA (APM25)....................................................139FIGURA 4-130 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, FAZENDA ANGICOS (APM26).........................................140FIGURA 4-131 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RIO DO CARMO, BR-110 (APM30).......................................................140FIGURA 4-132 – HISTÓRICO DA QUALIDADE DA ÁGUA NO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, AREIA BRANCA (APM22)..................141FIGURA 4-133 – COMPARAÇÃO ENTRES OS ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA DOS RIOS E PONTO ESTUARINO DA BACIA DO RIO APODI-

MOSSORÓ...............................................................................................................................................................143

Page 10: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

1. INTRODUÇÃO

A água é um dosrecursos naturais mais atingidos pela ação humana. Rios, lagos e estuários têm sido utilizados como destino para esgotos e resíduos industriais e urbanos, o que vem gerando um grande desequilíbrio ambiental, com perda na qualidade das águas destinadas ao abastecimento, irrigação, recreação e outros usos.Nesse contexto, o monitoramento ambientaldas águas é umimportante instrumento de atuação, pois subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, bem como auxilia na definição das políticas ambientais.

O Programa Água Azul (PAA) tem a finalidade de monitorar os corpos de águas superficiais e subterrâneos do Rio Grande do Nortemais relevantes, principalmente para abastecimento, abrangendo as bacias hidrográficas dos rios Apodi-Mossoró, Boqueirão, Ceará-Mirim, Curimataú, Jacu, Maxaranguape, Pirangi, Piranhas-Açu, Potengi, Punaú, Doce e Trairi, além das Faixas Litorâneas Leste e Norte de Escoamento Difuso. Além disso, o PAA monitora a balneabilidade das praias e de alguns balneários interiores.

Neste relatório (Tomo I) são apresentados e discutidos os resultadosda Primeira campanha de coletas, referentes ao “Monitoramento da qualidade das águas superficiais”, que correspondem à Meta I do cronograma estabelecido no plano de trabalho do Programa Água Azul. As coletas foram realizadas de Julho a Agosto de 2014, nas principais lagoas, nos reservatórios superficiais com capacidade maior que 5 milhões de metros cúbicos, nos trechos de rios perenizados e nos principais estuários do Estado do Rio Grande do Norte.

2. OBJETIVOS

Os objetivos deste relatório são enumerados a seguir, os quais se coadunam com os do Programa Água Azul:

Identificar e avaliar as condições da qualidade das águas dos principais corpos d’água interiores do Rio Grande do Norte (águas de superfície e subterrâneas) através do monitoramento sistemático conforme os condicionamentos e padrões estabelecidos pelas Resoluções CONAMA N.os 357/2005 e 396/2008, com a finalidade de projetar situações futuras de uso e preservação dessas águas para o consumo humano e demais usos preponderantes;

Estimar a qualidade ecológica da água através de índices bióticos nos trechos escolhidos a partir de coletas sistemáticas de organismos bentônicos;

Investigar o Passivo Ambiental, decorrente da contaminação, por derivados de petróleo, do aqüífero que alimenta os poços de abastecimento d’água da cidade de Natal e o solo onde os mesmos estão inseridos, com a finalidade de identificar e avaliar as condições da qualidade das águas e sua evolução;

Realizar o monitoramento dos sedimentos do Açude Gargalheiras e dos estuários, para a caracterização das composições e propriedades mineralógicas, geotécnicas e químicas dos sedimentos de fundo visando identificar concentrações de metais tóxicos (por exemplo, Cr, Ni, Cd, Cu, Pb, entre outros), desta forma contribuindo para o reconhecimento de fontes poluidoras naturais e antropogênicas;

Fornecer ao IDEMA e ao IGARN, ao longo do período de monitoramento, subsídios para desenvolver investigações com vistas à identificação de fontes potenciais de poluição dos

Page 11: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

2

recursos hídricos estudados, bem como o desenvolvimento e implementação de ações mitigadoras, visando à efetivação de metas que assegurem os usos preponderantes de acordo com o enquadramento dos respectivos corpos d’água;

Divulgar relatórios técnicos trimestrais e semestrais contendo informações a respeito das condições de qualidade das águas dos corpos d’água monitorados.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Neste item são indicados os pontos de coleta das amostras de água, por bacia hidrográfica, o período de realização das coletas, a descrição dos parâmetros analisadose os procedimentos analíticos adotados.

3.1. ÁREA GEOGRÁFICA DE ESTUDO

As coletas e análises das amostras de águas superficiais foram divididas por sub-bacias entre as instituições participantes do Programa Água Azul, conforme descrito a seguir:

Corpos d’água superficiais da região costeira Leste do RN, que abrange as bacias hidrográficas dos rios Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Trairi, Jacu e Curimataú e Faixa Litotrânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) – Intituição responsável: UFRN (coleta e análises);

Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e análises) e EMPARN (análises);

Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró – Instituições responsáveis: IGARN (coleta e análises) e UERN (análises).

Os corpos d’água e seus respectivos pontos monitorados são apresentados na Figura 3-1 e indicados nos subitens a seguir.

3.1.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN

A Região Costeira Leste reúne 10 bacias hidrográficas, mais a FLLED, que deságuam no litoral Leste do RN. Os locais de monitoramento dos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN totalizam 40 pontos de amostragem(ver Tabela3-1).

Page 12: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

3

Figura 3-1 – Estações de amostragem do Programa Água Azul no Estado do Rio Grande do Norte.

Page 13: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

4

Tabela3-1– Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN

ESTAÇÃOMUNICÍPIO

BACIA HIDROGRÁFICA

COORDENADAS UTM(Zona 25 Sul)

SIGLA NOME LESTE NORTE

BOQ01 Lagoa do Boqueirão Touros Boqueirão 219.012 9.421.542CEA01 Açude Poço Branco Poço Branco Ceará Mirim 205.397 9.376.862CEA02 Ponte BR 406 – Taipu Taipu Ceará Mirim 211.403 9.377.954CEA03 Jusante da Usina São Fco Ceará-Mirim Ceará Mirim 232.728 9.376.888CEA04 Ponte BR 101 – Extremoz Extremoz Ceará Mirim 250.590 9.373.148CUR01 Jusante de Nova Cruz Nova Cruz Curimataú 242.993 9.285.924CUR02 Pedro Velho Pedro Velho Curimataú 255.818 9.286.736CUR03 Barra de Cunhaú– estuário Baía Formosa Curimataú 273.628 9.300.978CUR04 Captação de água CAERN Pedro Velho Curimataú 254.089 9.289.662

JAC01 Açude Japi II São José de Campestre Jacu 190.932 9.297.558

JAC02 Rio Jacu – Sítio Choar Espírito Santo Jacu 239.600 9.298.940JAC03 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.485 9.315.930JAC04 Lagoa das Guaraíras Arês Jacu 265.222 9.315.342

MAX01Rio Maxaranguape em Dom Marculino Maxaranguape Maxaranguape 235.458 9.395.184

MAX02 Estuário do Rio Maxaranguape Maxaranguape Maxaranguape 250.099 9.389.174

PIR01 Rio Pitimbu – Lamarão Macaíba Pirangi 240.510 9.344.020

PIR02 Passagem de Areia Parnamirim Pirangi 247.588 9.346.884PIR03 Ponte BR 304 Parnamirim Pirangi 248.418 9.348.674PIR04 Ponte Velha na BR 101 Parnamirim Pirangi 253.658 9.349.514

PIR05 Ponte Trampolim da Vitória

Parnamirim Pirangi256.210 9.347.056

PIR06 Lagoa do Jiqui Parnamirim Pirangi 257.738 9.345.300PIR07 Balneário de Pium Nísia Floresta Pirangi 260.610 9.341.440PIR08 Ponte velha na RN 063 Parnamirim Pirangi 264.903 9.338.024PIR09 Lagoa de Pium (Lagoa

Azul)Nísia Floresta Pirangi

? ?

POT01Rio Camaragibe na travessia da RN 064

Ielmo Marinho Potengi 218.431 9.359.850

POT02 Açude Campo Grande São Paulo do Potengi Potengi 193.136 9.347.651

POT03 TelhaSão Pedro do

Potengi Potengi 212.784 9.350.820

POT04 Rio GolandimSão Gonçalo do Amarante Potengi 250.071 9.359.543

Page 14: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

5

Tabela3-1 – Localização das Estações de Amostragem dos corpos d’água superficiais da Região Costeira do RN (continuação)

ESTAÇÃOMUNICÍPIO

BACIA HIDROGRÁFICA

COORDENADAS UTM(Zona 25* Sul)

SIGLA NOME LESTE NORTE

POT05 Dique da Base Naval Natal Potengi 253.767 9.359.873POT06 Jusante do canal do baldo Natal Potengi 254.899 9.360.328POT07 Em frente ao Iate Clube Natal Potengi 255.754 9.362.347

POT08Vão central da ponte Newton Navarro Natal Potengi 256.125 9.363.325

POT09Montante da Ponte de Igapó Natal Potengi 232.089 9.302.542

POT10 Jusante da Lagoa Aerada Natal Potengi 250.768 9.358.678

POT11Montante do Curtume J. Motta Natal Potengi 250.222 9.357.746

POT12 Imunizadora Riograndense Macaíba Potengi 246.001 9.354.524POT13 Lançamento do CIA Macaíca Potengi 241.497 9.352.619POT14 Hospital Macaíba Potengi 239.871 9.352.113POT15 Rio Jundiaí, BR-226 Macaíba Potengi 239.079 9.351.144POT16 Ponte Peri-peri Macaíba Potengi 236.415 9.347.348PUN01 Rio Punaú Rio do Fogo Rio Doce 235.025 9.408.338DOC01 Ponte na BR 406 Ceará Mirim Rio Doce 233.785 9.372.322

DOC02Jusante do aterro sanitário de Massaranduba

São Gonçalo do Amarante Trairi 238.600 9.366.200

DOC03 Lagoa de Extremoz Extremoz Rio Doce 247.088 9.366.960

DOC04 Gramorezinho Natal Rio Doce 252.674 9.367.278FLL01 Lagoa do Bonfim Pedro Velho FLLED 253.603 9.331.690TRA01 Açude Inharé Santa Cruz Trairi 829.826* 9.314.821*TRA02 Açude Santa Cruz Santa Cruz Trairi 828.284* 9.311.405*TRA03 Açude Trairi Tangará Trairi 187.088 9.307.566TRA04 Rio Trairi Monte Alegre Trairi 244.110 9.329.244

* Os pontos TRA01 e TRA02 localizam-se na Zona 24 Sul.

3.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu e FLNED

A Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu situa-se na parte central do Estado do Rio Grande do Norte, tendo como rio principal o Piranhas, de domínio federal. Esse rio nasce na Paraíba, no local denominado Bonito de Santa Fé, atravessa o Estado da PB, onde recebe como principais afluentes os rios Piancó e Aguiar. Ao entrar no Estado do RN recebe grande contribuição da sub-bacia do rio Seridó. Desemboca no litoral norte do RN, próximo à cidade de Macau. A bacia cobre uma área com cerca de 44.000 km2, abrangendo a parte ocidental do Estado da Paraíba e o centro-norte do RN, ocupando neste estado uma superfície de 17.489,5 km2, correspondente a cerca de 32,8% do território estadual.

Page 15: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

6

A bacia hidrográfica do Piranhas-Açu desempenha um importante papel na disponibilização de água para o abastecimento humano de populações inseridas na sua área geográfica, para grandes projetos de irrigação, como os das Várzeas de Souza e do Baixo Açu, nos Estados da PB e RN, respectivamente. Nela estão inseridos os reservatórios Coremas-Mãe D’Água, com capacidade de armazenamento de 1,3 bilhão de metros cúbicos e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de armazenamento de 2,4bilhões de metros cúbicos. Na Figura 3-2 é apresentado o mapa esquemático do trecho potiguar desta bacia, com a indicação das estações amostrais do PAA.

Page 16: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

7

Figura 3-2 - Mapa do trecho potiguar da Bacia do Piranhas-Açu, contendo os pontos monitorados pelo Programa Água Azul (Fonte: IGARN - 2009).

Page 17: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

8

A Tabela 3-2 relaciona os 27 pontos de amostragem na Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu, mais um ponto situado na Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED), com os respectivos nomes das estações de monitoramento e coordenadas UTM.

Tabela 3-2– Estações de amostragem da Bacia do Piranhas-Açu e FLNED

ESTAÇÃO MUNICÍPIO BACIA HIDROGRÁFICA

COORDENADAS UTM (Zona 24 Sul)

SIGLA NOME ESTE NORTEPIA01 Açude Mulungu Currais Novos Piranhas-Açu 799.474 9.309.870PIA02 Açude Esguicho Ouro Branco Piranhas-Açu 725.830 9.255.293PIA03 Açude Rio da Pedra Santana dos Matos Piranhas-Açu 754.009 9.338.818

PIA04 Açude C. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 756.481 9.257.134

PIA05 Açude Carnaúba São João do Sabugi Piranhas-Açu 704.705 9.266.204PIA06 Açude Cruzeta Cruzeta Piranhas-Açu 744.090 9.290.837PIA07 Açude Gargalheiras Acari Piranhas-Açu 765.475 9.290.111PIA08 Rio São Bento Currais Novos Piranhas-Açu 775.029 9.302.065PIA09 Açude Dourado Currais Novos Piranhas-Açu 775.935 9.308.697PIA10 Açude Zangalheiras Jardim do Seridó Piranhas-Açu 748.878 9.270.292PIA11 Rio Seridó Jardim do Seridó Piranhas-Açu 745.473 9.271.768PIA12 Rio Espinharas Serra Negra Piranhas-Açu 676.713 9.262.929PIA13 Açude Mendubim Açu Piranhas-Açu 725.198 9.371.406PIA14 Açude Beldroega Paraú Piranhas-Açu 712.991 9.361.950PIA15 Açude N.Angicos Angicos Piranhas-Açu 765.967 9.372.420PIA16 Açude Pataxós Ipanguaçu Piranhas-Açu 740.003 9.378.723

PIA17 Rio Piranhas-Açú - Estuario Macau Macau Piranhas-Açu 762.386 9.433,95

PIA18 Rio dos Cavalos Pendências Piranhas-Açu 749.342 9.427.517

PIA20 Açude Santo Antônio (S.J.Sabugi) S. J. do Sabugi Piranhas-Açu 698.989 9.264.577

PIA21 Açude Itans Caicó Piranhas-Açu 710.124 9.284.813PIA22 Rio Seridó Caicó Piranhas-Açu 711.171 9.286.532

PIA23 Açude B. de Parelhas Parelhas Piranhas-Açu 757.959 9.260.643

PIA24 Rio Seridó São Fernando Piranhas-Açu 701.279 9.295.504

PIA25 Açude Passagem das Trairas São José do Seridó Piranhas-Açu 729.040 9.280.093

PIA26 Açude Boqueirão de Angicos Afonso Bezerra Piranhas-Açu 779.814 9.383.285

PIA28 Estuário do Rio das Conchas Porto do Mangue Piranhas-Açu 746.233 9.439.235

PIA29 Rio Piranhas-Açu Pendências Piranhas-Açu 752.346 9.418.445

PIA30 Barragem Armando Ribeiro Gonçalves Itajá Piranhas-Açu 735.783 9.375.691

PIA31 Barragem Armando Ribeiro Gonçalves São Rafael Piranhas-Açu 730.242 9.358.597

PIA32 Jucurutu Jucurutu Piranhas-Açu 719.163 9.332.643PIA33 Jardim de Piranhas Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.291 9.294.612PIA34 Divisa RN-PB Jardim de Piranhas Piranhas-Açu 682.320 9.303.828PIA35 DIBA Alto do Rodrigues Piranhas-Açu 748.059 9.415.071PIA36 Rio Acauã Assu Piranhas-Açu 731.654 9.383.142

FLN01 Estuário do Rio Camurupim Guamaré FLNED 798.431 9.434.402

Page 18: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

9

Page 19: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

10

3.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró

A bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró localiza-se na região oeste potiguar e é a segunda maior do Estado, ocupando 26,8% de sua área. O Rio Apodi-Mossoró é o segundo maior rio do RN (depois do Piranhas-Açu), com cerca de 210 km de extensão, sendo o maior inteiramente potiguar. O rio nasce na Serra de Luís Gomes, atravessa os municípios potiguares da chapada do Apodi e, depois de banhar a cidade de Mossoró, deságua no Oceano Atlântico, entre os municípios de Grossos e Areia Branca. Na Figura 3-3 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia contendo os principais corpos d´água e municípios. Nesta bacia foram selecionados 26 pontos de amostragem (ver Figura 3-1 e Tabela 3-3).

Figura 3-3 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Apodi-Mossóro (Fonte: SEMARH, 2009)

Page 20: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

11

Tabela 3-3–Estações de amostragem na bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró

ESTAÇÃO MUNICÍPIO BACIA HIDROGRÁFICA

COORDENADAS UTM (Zona 24 Sul)

SIGLA NOME ESTE NORTEAPM01 Açude Encanto Encanto Apodi-Mossoró 9.323.064 575.482APM02 Açude Bonito II São Miguel Apodi-Mossoró 9.313.425 563.245

APM03 Açude Jesus, Maria, José - Umororó

Tenente Ananias Apodi-Mossoró 9.284.041 591.336

APM04 Açude Flechas São José da Penha Apodi-Mossoró 9.303.039 582.782

APM05 Barragem Pau dos Ferros Pau dos Ferros Apodi-Mossoró 9.323.833 586.675

APM06 Açude Pilões Pilões Apodi-Mossoró 9.306.787 606.163

APM07 Açude Marcelino Vieira

Marcelino Vieira Apodi-Mossoró 9.300.349 591.034

APM09 Açude Lucrécia Lucrécia Apodi-Mossoró 9.323.055 630.861APM10 Açude Rodeador Rafael Godeiro Apodi-Mossoró 9.330.601 635.204

APM11 Açude Brejo Olho D´água dos Borges Apodi-Mossoró 9.341.357 641.679

APM12 Açude Malhada Vermelha Severiano Melo Apodi-Mossoró 9.360.635 619.941

APM13 Açude Passagem Rodolfo Fernandes Apodi-Mossoró 9.353.057 609.404

APM14 Açude Morcego Augusto Severo Apodi-Mossoró 9.349.426 682.667APM15 Açude Santo Antônio Caraúbas Apodi-Mossoró 9.347.026 665.095APM16 Açude Apanha Peixe Caraúbas Apodi-Mossoró 9.372.839 644.874

APM17 Barragem Santa Cruz do Apodi Apodi Apodi-Mossoró 9.366.124 636.568

APM18 Rio Apodi-Mossoró - Pedra de abelhas Felipe Guerra Apodi-Mossoró 9.381.589 645.735

APM19Rio Apodi-Mossoró

Governador Dix-Sept Rosado

Governador Dix-Sept Rosado

Apodi-Mossoró 9.397.390 664.519

APM20 Rio Apodi- Mossoró - Barragem Genésio Mossoró Apodi-Mossoró 9.422.847 681.519

APM21 Rio Apodi- Mossoró - Passagem de Pedra Mossoró Apodi-Mossoró 9.429.975 690.083

APM22Estuário do Rio

Apodi-Mossoró - Areia Branca

Areia Branca Apodi-Mossoró 9.453.499 704.213

APM23 Açude Riacho da Cruz Riacho da Cruz Apodi-Mossoró 9.343.315 617.328APM24 Barragem Umari Upanema Apodi-Mossoró 9.370.120 694.452

APM25 Rio do Carmo – Upanema Upanema Apodi-Mossoró 9.375.903 693.236

APM26 Rio do Carmo - Fazenda Angicos Mossoró Apodi-Mossoró 9.415.173 689.625

APM27 Açude Tourão Patu Apodi-Mossoró 9.334.491 649.378APM28 Açude Santana de PF Pau dos Ferros Apodi-Mossoró ? ?APM29 Rio Apodi-Mossoró Pau dos Ferros Apodi-Mossoró ? ?APM30 Rio do Carmo-BR110 Mossoró Apodi-Mossoró ? ?

Page 21: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

12

3.2. PERÍODO DE COLETA

3.2.1. Corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN

A 1ª campanha de coletas nos corpos d’água superficiais da Região Costeira Leste do RN foi realizada no período de Julho a Agosto de 2014.

3.2.2. Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu

As amostragens referentes à 1ª campanha na Bacia do Piranhas-Açu foram realizadas no período de Julho a Agosto de 2014.

3.2.3. Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró

A 1ª campanha de coleta de amostras na Bacia do Rio Apodi-Mossoró foi realizada no período de Julho de 2014.

3.3. METODOLOGIA PARA COLETA E PRESERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua análise, foram utilizados procedimentos de conservação que levam em consideração o agente conservante, o tipo de vasilhame e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro. Na Tabela 3-4 apresentam-se as metodologias adotadas para cada parâmetro eo limite de detecção do método adotado.

Tabela 3-4 – Metodologia de coleta e preservação das amostras.PARÂMETROS

DETERMINADOSMÉTODO UTILIZADOO

LIMITES DE DETECÇÃO DO MÉTODO

Cádmio Total ICP-OES 0,0004 mg/LChumbo Total ICP-OES 0,0004 mg/LClorofila ‘a’ Espectrofotometria 0,3 µg/LCobre Dissolvido ICP-OES 0,0008 mg/LCromo Total ICP-OES 0,0007 mg/LCarbono Orgânico Total Combustão 1,1 mg/LDBO DBO5 1,0 mg/LFósforo Total ICP-OES 0,0003 mg/LMercúrio Total ICP-OES 0,0002 mg/LNitrogênio amoniacal Cromatografia de íons 0,033 mg/LNitrogênio Total Titulometria 0,28 mg/LNíquel Total ICP-OES 0,0004 mg/L

Oxigênio Dissolvido Eletrométrico -

pH Eletrométrico -Salinidade Eletrométrico -Sólidos Totais Gravimetria -

Page 22: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

13

Temperatura Eletrométrico -Teor de Óleos e Graxas Infracal 1,0 mg/LTurbidez Turbidimetria -Zinco Total ICP-OES 0,0009 mg/L

3.3.1. Variáveis Não Mensuráveis

No momento das coletas, em cada ponto, foram identificadas algumas características não mensuráveis, através do preenchimento de formulários específicos, contemplando as seguintes informações:

AMBIENTES LÓTICOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Ocorrência de mortandade de peixes Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

AMBIENTES LÊNTICOS E INTERMEDIÁRIOS:

Materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais Odor Corantes provenientes de fontes antrópicas Presença de óleos ou graxas Presença de resíduos sólidos objetáveis Turvação Ocorrência de mortandade de organismos aquáticos Ocorrência de floração de algas Presença de lançamento de efluentes Vegetação aquática flutuante Condições de tempo (chuva, nebulosidade, etc.)

3.3.2. Variáveis Mensuráveis

Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos analisados e usados para para determinar o Índice de Qualidade de Água - IQA nas águas superficiais foram:temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes termotolerantes, nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), sólidos totais (ST) e turbidez. Os demais parâmetros analisados foram: carbono orgânico total – COT, nitrogênio amoniacal total, salinidade, teor de óleos e graxas (TOG), clorofila ‘a’, densidade de cianobactérias e os metais considerados tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

Page 23: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

14

As coletas e análises, salvo indicação em contrário neste ítem, seguiram as recomendações Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2005). Para a digestão das amostras de água para a análise dos metais Cu, Zn, Ni, Pb, Cd e Cr foi utilizado o método 3005 A da Agência de Proteção Ambiental do Estados Unidos - USEPA (1992) e para a análise de Hg foi usado o método 3112 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 1998). A determinação de COT foi realizada utilizando-se o método titrimétrico; a clorofila ‘a’ foi determinada por espectroscopia de UV-visível e os metais foram determinados por espectrometria de absorção atômica, sendo que para a análise de Hg foi utilizado um sistema de geração de vapor a frio. Todas as análises foram realizadas, no mínimo, em duplicata.

As variáveis ambientais (temperatura, pH, oxigênio dissolvido e salinidade) foram obtidas por leitura direta, com a sonda multiparâmetro HANNA - HI 9828 (coletas UFRN) ou com a sonda Horiba U20XD (coletas IGARN). A transparência da água foi medida com disco de Secchi. Foi utilizado o método eletrométrico, para as medições de temperatura, pH, OD e salinidade; a turbidez foi medida por turbidimetria; para a DBO aplicou-se a metodologia APHA 5210 B (DBO5); a análise de nitrogênio amoniacal foi através da Cromatografia de Íons; para metais utilizou-se o método do ICP-OES; os sólidos totais foram medidos através do processo gravimétrico após secagem a 105 °C; para a análise de COT aplicou-se a metodologia APHA 5310 B (combustão); o teor de óleos e graxas foi medido pelo método infracal (metodologia APHA 5520 C) e os coliformes termotolerantes pelo método dos Tubos Múltiplos.

Quanto as amostras planctônicas, estas foram coletadas na superfície e preservadas com lugolacético 1%. A quantificação de cianobactérias foi realizada de acordo com ametodologia descrita por Utermöl (1958), usando microscópio invertido de marcaOlimpus, modelo IX70. Foi usada câmara de sedimentação de 2, 5 e 10 mL dependendoda densidade da amostra. O tempo de sedimentação foi de 3h por centímetro de alturada câmara (Margalef, 1983; Lund et al. 1958).A contagem dos indivíduos (células,colônias e filamentos) foi feita em transectos horizontais e verticais, contados emcampos alternados, sendo o erro menor que 20%, a um coeficiente de confiança de 95% seguindo o critério de Lund et al. (1958). O número de campo variou de uma amostrapara outra e a finalização da contagem foi feita tomando como critério a contagem de nomínimo 100 indivíduos de espécies mais abundantes e pela curva de estabilização dasespécies, obtida a partir da adição de espécies novas adicionadas com o número decampos contados.O sistema de classificação utilizado para as cianobactérias foi o de Komárek &Anagnostidis (1998) para a Chroococcales, Anagnostidis & Komárek (1988) para as Oscillatoriales e Komárek & Anagnostidis (1989) para as Nostocales.

3.4. ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA

Os índices e indicadores ambientais são fundamentais no processo de decisão das políticas públicas e no acompanhamento de seus efeitos. O Índice de Qualidade das Águas – IQA serve de informação básica de qualidade de água para o público em geral, bem como para o gerenciamento ambiental das águas superficiais. O IQA foi desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation (NSF) para avaliar a qualidade da água para abastecimento humano.Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais importantes na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da sua importância na determinação do índice. Na são apresentados os parâmetros componentes do IQA, bem como seus pesos. Pode-se verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,00.

O IQA pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo (IQAA) e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:

Page 24: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

15

IQAA = ∑i=1

9

q i×Wi

IQAM = ∏i=1

9

q iWi

Em que:

IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100.qi= qualidade individual (sub-índice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100.Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.

Os valores dos sub-índices são obtidos através de “curvas médias” para cada parâmetro de controle (OTT, 1978). Estudos desenvolvidos pela CETESB (1979) levaram à obtenção de várias expressões matemáticas que exprimem a variação de um parâmetro determinante do IQA. Para tal, as curvas de variação de qi x Parâmetro, foram divididas em intervalos convenientes e a cada um desses intervalos foi ajustada uma expressão analítica, pelo método dos mínimos quadrados (equação da reta, exponencial, curva logarítmica, curva de potência e polinômios de 2º e 3º graus). Apresentam-se a seguir as expressões de cálculo dos índices parciais de qualidade (Tabelas 3-6 a 3-15)

Tabela 3-5 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.Nº Parâmetro Unidade Peso (W)1 Oxigênio Dissolvido (OD) % saturação 0,172 Coliformes Fecais (CF) NMP/100mL 0,153 pH - 0,124 DBO5 mg O2 /L 0,105 Nitrogênio total (NT) mg /L 0,106 Fósforo total (PT) mg /L 0,107 Turbidez (Tur) uT 0,088 Sólidos Totais (ST) mg /L 0,089 Temperatura de Desvio (T) ºC 0,10

Fonte: OTT (1978).

OXIGÊNIO DISSOLVIDO - OD

Tabela 3-6 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q1 (OD).% ODSat. Expressão 0 – 50 q1=[0,34.(%ODSat.)+0,008095.(%ODSat.)2+1,35252.10-5. (%ODSat.)3]+351 – 85 q1=[-1,166.(%ODSat.)+0,058.(%ODSat.)2-3,803435.10-4. (%ODSat.)3]+386 – 100 q1=[3,7745.(%ODSat.)0,704889]+3101 –140 q1=[2,90.(%ODSat.)+0,025.(%ODSat.)2+5,60919.10-5. (%ODSat.)3]+3 140 q1=50

O percentual de saturação do oxigênio dissolvido é calculado segundo a seguinte equação:

% Sat. OD = 100 x[OD em mg/L (a T ºC) / OD saturação em mg/L (a T ºC)]

Tabela 3-7 - Oxigênio de saturação (mg/L) em função da altitude (pressão) e temperatura da água.

Page 25: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

16

Temperatura(ºC)

Altitude (m)0 250 500 750 1000

0 14,6 14,2 13,8 13,3 12,92 13,8 13,4 13,0 12,6 12,24 13,1 12,7 12,3 12,0 11,66 12,5 12,1 11,7 11,4 11,08 11,9 11,5 11,2 10,8 10,510 11,3 11,0 10,7 10,3 10,015 10,2 9,9 9,5 9,3 9,020 9,2 8,9 8,6 8,4 8,125 8,4 8,1 7,9 7,6 7,430 7,6 7,4 7,2 7,0 6,7

Fonte: DERÍSIO (2000).

COLIFORMES TERMOTOLERANTES - CTeTabela 3-8 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q2 (CTe).

CTe/ 100 mL Expressão0 q2=100

1 – 10 q2=100- 33,5.logCTe11 - 105 q2=100- 37,2 logCTe + 3,607145.(logCTe)2

105 q2=3

POTENCIAL HIDROGENIÔNICO- pH

Tabela 3-9 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q3 (pH).pH Expressão

2,0 q3=2,02,1–4,0 q3=13,6- 10,64.pH+ 2,4364.(pH)2

4,1–6,2 q3=155,5- 77,36.pH+ 10,2481.(pH)2

6,3–7,0 q3=-657,2+ 197,38.pH- 12,9167.(pH)2

7,1–8,0 q3=-427,8+ 142,05.pH- 9,695.(pH)2

8,1–8,5 q3=21,6- 16,0.pH8,6–9,0 q3=1,415823.e-(1,1507.pH)

9,1–10,0 q3=288,0- 27,0.pH10,1–12,0 q3=633,0- 106,5.pH+ 4,5.(pH)2

12,0 q2=3,0

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO- DBOTabela 3-10 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q4 (DBO5).

DBO5 Expressão0,0–5,0 q4=59,96.e-(0,1232728.DBO)

5,1–15,0 q4=104,67- 31,5463.lnDBO5

15,1–30,0 q3=4.394,91.(DBO5)-1,99809

30,0 q2=2,0

NITROGÊNIO TOTAL - NT

Page 26: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

17

Tabela 3-11 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q5 (NT).NT (mg/L) Expressão0,0–10,0 q5=100,0- 8,169.NT+ 0,3059(NT)2

10,1–60,0 q5=101,9- 23,1023.lnNT60,1–100,0 q5=159,3148.e-(0,0512842.NT)

100,0 q5=1,0

FÓSFORO TOTAL - PTTabela 3-12 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q6 (PT).

PT (mg/L) Expressão0,0–1,0 q6=99,9.e-(0,91629.PT)

1,1–5,0 q6=57,6- 20,178.PT+ 2,1326.(PT)2

5,1–10,0 q6=19,08.e-(0,13544.PT)

10,0 q6=5,0TURBIDEZ - Tur

Tabela 3-13 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q7 (Tur).Tur (uT) Expressão0,0–25,0 q7=100,17- 2,67.Tur+ 0,03755.(Tur)2

25,1–100,0 q7=84,96.e-(0,016206.Tur)

100,0 q7=5,0

SÓLIDOS TOTAIS - STTabela 3-14 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q8 (ST).

ST (mg/L) Expressão0–150 q8=79,75+ 0,166.ST- 0,001088.(ST)2

151–500 q8=101,67- 0,13917.ST500 q8=32,0

TEMPERATURA - TTabela 3-15 – Expressões analíticas para cálculo do sub-índice de qualidade q9 (T).

T= Ta- Te Expressão-5,0 q9=30,0

-4,9–0,0 q9=92,5+ 1,3. T - 1,32.( T)2

0,1–3,0 q9=92,5- 2,1. T - 1,8.( T)2

3,1–5,0 q9=233,17.( T)-(1,09576)

5,1–150 q9=75,27- 8,398. T+ 0,265455.( T)2

15,0 q9=9,0

Dentre as vantagens do uso do IQA está a facilidade de comunicação com o público leigo, a representação da média de diversas variáveis em um único número. Dentre as desvantagens, tem-se a perda de informação das variáveis individuais e da sua interação. É importante salientar que oíndice, embora forneçainformações importantes, não se constitui numa avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica. O cálculo do IQA através das variáveis usadas, refletem especialmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. A atividade antrópica compromete a qualidade da águas dos mananciais e, em

Page 27: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

18

função do tipo de atividade desenvolvida e da complexidade dos poluentes, o IQA apresenta limitações, dentre elaso fato de ser utilizado apenas para abastecimento público, não contemplando outras variáveis importantes para a qualidade da água.

No caso de não se dispor do valor de alguma das 9 variáveis, o cálculo do IQA é inviabilizado. A partir do cálculo efetuado, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, que é indicada pelo IQA.

O IQA possui faixas que variam de 0 (zero) a 100 (cem) , sendo que quanto maior o valor do IQA, melhor é a qualidade da água (Tabela 3-16).

Tabela 3-16 - Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF.Faixa Nível de

QualidadeCor representativa

90 - 100 Excelente70 - 90 Bom50 - 70 Médio25 - 50 Ruim0 -25 Muito Ruim

3.5. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT

O Índice de Toxidez – IT é utilizado combinado com o IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e 1), ou seja, quando alguma substância tóxica apresenta valores acima do limite permitido pela Resolução CONAMA N.º 357/2005, o IT assume valor 0 (zero), e quando nenhuma substância tóxica ultrapassa o limite permitido o IT assume o valor 1 (um). A nota final da qualidade de um ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT = 0 o produto é zero, fazendo com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da pior qualidade. Quando o IT = 1 o produto confirmará o resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado - IQAc adotado será aquele resultante do produto do IT pelo IQA, conforme explicado anteriormente.

3.6. ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – IET

O índice do estado trófico (IET) tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas aquáticas(CETESB, 2007).

O índice do estado trófico adotado foi o índice clássico introduzido por Carlson modificado por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila ‘a’ e ao fósforo total. Contudo, conforme adotado pela CETESB (2007), das três variáveis utilizadas para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas: clorofila ‘a’ e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de

Page 28: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

19

muitas vezes não se dispor desses dados. Dessa forma, não será considerado o cálculo do índice de transparência em reservatórios e rios do Estado do Rio Grande do Norte.

Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo. A avaliação correspondente a clorofila ‘a’, IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas.

O índice do estado trófico (IET) é composto pelo índice do Estado Trófico para o fósforo – IET(P), e o índice do estado trófico para a clorofila a – IET(CL), modificados por Lamparelli (2004), sendo estabelecidos para ambientes lóticos (rios) e lênticos (reservatórios), respectivamente, segundo as equações a seguir:- Rios (também usada, neste relatório, para estuários)

IET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20

- Reservatórios (açudes e lagoas)

IET (CL) = 10x(6-((0,92-0,34x(ln CL))/ln 2))IET (PT) = 10x(6-((1,77-0,42x(ln PT))/ln 2))

IET = [IET(P) + IET(CL)]/2

Em que:PT = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em μg.L-1CL= concentração de clorofila ‘a’ medida à superfície da água, em μg.L-1In = logaritmo natural

No caso de não haver resultados para o fósforo total ou para a clorofila ‘a’, o índice será calculado com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas constar uma observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi utilizado.

Na Tabela 3-17 apresenta-se a classificação das águas naturais, segundo o IET (CETESB, 2007)

Tabela 3-17- Classificação de águas naturais, conforme o IET (CETESB, 2007).

Classificação do IETCategoria Estado

TróficoPonderação

Ultraoligotrófico IET ≤ 47Oligotrófico 47 < IET ≤ 52Mesotrófico 52 < IET ≤ 59

Eutrófico 59 < IET ≤ 63Supereutrófico 63 < IET ≤ 67Hipereutrófico IET > 67

Fonte: CETESB (2007)

Page 29: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados apresentadosneste relatório foram comparados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I, e águas doces, classe II, da Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo, fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível 1.

4.1. CORPOS D’ÁGUA SUPERFICIAIS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN

Os resultados das análises nos corpos d’água da Região Costeira Leste do Rio Grande do Norte são apresentados a seguir, ordenados das bacias ao Norte para as bacias ao Sul, nesta ordem: Boqueirão, Punaú, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED), Trairi, Jacu e Curimataú.

4.1.1. Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão

A bacia do Rio Boqueirão é uma das menores do Estado, comárea de 250,5 km2, correspondente a cerca de 0,5% do território estadual. Nesta bacia não se encontram açudes de importância quantitativa, cabendo destacar apenas a lagoa do Boqueirão. Na Figura 4-4apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, na qual foi selecionada apenas uma estação de amostragem: BOQ01 (Lagoa do Boqueirão). Os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos obtidos nesta campanha são apresentados na Tabela 4-18 e o histórico do IQA, na Figura 4-5.

Figura 4-4 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Boqueirão (Fonte: IGARN, 2009)

Page 30: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

21

Tabela 4-18 - Qualidade da água na Lagoa do Boqueirão.

PARÂMETROBOQ01 - Lagoa

do Boqueirão VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 -

pH 8,6 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,9 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 4,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

4 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,7 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,028 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 296 -

Turbidez (UNT) 0,1 ≤ 1001

IQA 82 -Qualidade Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0180 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -IQAc 82 -

Qualidade Bom -IET 51 -

Categoria Oligotrófico -Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,9 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,212 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,23 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes lóticos.

BOQ01 – Lagoa do Boqueirão

A Lagoa do Boqueirão situa-se no município de Touros. Este ponto é avaliado como curso d’água de água doce, classe 2, nos termos da Resolução CONAMA 357/2005.

Page 31: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

22

Nesta campanha, o IQA e o IQAc foram determinados e apresentaram valores idênticos, igual a 82, pois o valor de IQAc (índice combinado) foi igual ao IQA pelo fato do IT ter sido igual a 1,0 nesta 1ª campanha, ou seja, não apresentando qualquer substância tóxica acima dos VLPs, o que classifica a qualidade da água como “Boa” (ver Figura 4-5). A salinidade observada foi baixa (0,212‰), caracterizando a água como doce nesta coleta. No entando, a determinação de sólidos totais apresentou-se elevada, 296 mg/L. Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis (ver Tabela 4-18). Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto para zinco, que resultou abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Considera-se, portanto, que a água na lagoa apresenta, em geral, boa qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, devido provavelmente às atividades agropastoris que ocorrem em seu entorno.

82 82

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

BOQ01 - Lagoa do Boqueirão IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-5 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Boqueirão (BOQ01)

4.1.2. Bacia Hidrográfica do Rio Punaú

A bacia do Punaú ocupa uma superfície de 447,9 km2, correspondendo a cerca de 0,8% do território estadual. Nesta bacia não se registra a ocorrência de açudes de maior importância. Na Figura 4-6 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação do único ponto de coleta (PUN01 – Rio Punaú - ponte BR 101). Os resultados das análises nesse ponto são apresentados na Tabela 4-19 e na Figura 4-7.

Page 32: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

23

Figura 4-6 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioPunaú(Fonte: IGARN, 2009)

PUN01 – Rio Punaú – ponte BR 101

O ponto PUN01 situa-se no Rio Punaú, próximo à ponte da BR101 no município de Rio do Fogo. Neste ponto, todos os parâmetros atenderam aos VLPs para cursos d’água doce, classe 2, segundo a Resolução CONAMA 357/2005. Contudo,embora as concentrações de coliformes termotolerantes e DQO foram elevadas (porém, abaixo dos VLPs), a água do rio apresentou qualidade “Boa”, conforme os valores do IQA e IQAc, ambos 80 (ver Tabela 4-19). O IT apresentou valor 53, classificando á água com qualidade “Bom” (ver Figura 4-7). Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto para zinco, que resultou abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Considera-se, portanto, que a água do rio Punaú apresenta, em geral, boa qualidade, no entanto, eventualmente pode apresentar concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, devido provavelmente às atividades agropastoris que ocorrem em seu entorno.

Page 33: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

24

Tabela 4-19- Qualidade da água no Rio Punaú

PARÂMETROPUN01 - Rio

Punaú - Ponte BR-101

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 27 -

pH 8,1 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,7 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 3,9 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

48 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,3 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,1 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 44 -

Turbidez (UNT) 0,2 ≤ 1001

IQA 80 -Qualidade Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0130 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -IQAc 80 -

Qualidade Bom -IET 53 -

Categoria Mesotrófico -Cianobactérias (cél./mL) - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 1,1 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,033 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) <LD (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 34: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

25

80 80

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PUN01 - Rio Punaú - Ponte BR-101 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-7 – Histórico da qualidade da água no Rio Punaú (PUN01)

4.1.3. Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape

A bacia hidrográfica do Maxaranguape ocupa uma superfície de 1.010,2 km2, correspondendo a cerca de 1,9% do território estadual. Nesta bacia, destaca-se a Fonte de Pureza, fenômeno de ressurgência que dá origem à principal fonte de água do Estado (em vazão), localizada na cidade de Pureza. Na Figura 4-8 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com indicação dos pontos selecionados para monitoramento.

Figura 4-8 - Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do RioMaxaranguape (Fonte: IGARN, 2009)

Page 35: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

26

Nesta bacia foram selecionadas duas estações para monitoramento: MAX01-RN064-Rio Maxaranguape, em Dom Marcolino, e MAX02-Estuário do Rio Maxaranguape. Na Tabela 4-20 são apresentados os resultados das análises físico-químicos e microbiológicas, nas Figuras 4-6 e 4-7, os históricos dos valores do IQA e do IQAc nesses pontos, e na Figura 4-8 é feita uma comparação entre os pontos, incluindo o IET. Na Tabela 4-21 é apresentada a caracterização do sedimento no estuário de Rio Maxaranguape (MAX02).

MAX01 –Rio Maxaranguape,RN-064, em Dom Marcolino

Este ponto situa-se no Rio Maxaranguape, sob uma ponte da rodovia RN-064, em Dom Marcolino, município de Maxaranguape. Nas proximidades do ponto de coleta observam-se atividades agropastoris e de carcinicultura.

A qualidade da água neste ponto resultou “Bom” segundo o IQA e o IQAc (87) (ver Figura 4-9), devido principalmente aos valores elevados de OD e baixos valores de coliformes termotolerantes e fósfoto total (muito abaixo do VLP da Resolução CONAMA 357/2005 para cursos d’água de água doce da classe 2) e turbidez (ver Tabela 4-20). Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Em média, a água no rio Maxaranguape tem qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”), apresentando eventualmente concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas.

87 87

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

MAX01 - Rio Maxaranguape - RN 064 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-9 – Histórico da qualidade da água no Rio Maxaranguape – RN 064 (MAX01)

Page 36: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

27

Tabela 4-20- Qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape

PARÂMETROMAX01 - Rio

Maxaranguape - RN 064

MAX02- Estuário do Rio

MaxaranguapeVLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 28 -

pH 8,1 8,3 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,7 5,9 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 0,5 8,5 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

5 5 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) < LD < LD -

Fósforo Total (mg P/L) < LD < LD ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 397 594 -

Turbidez (UNT) 0,1 12,5 ≤ 1001

IQA 87 72 -Qualidade Bom Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD 0,0360 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 -IQAc 87 72 -

Qualidade Bom Bom -IET 57 46 -

Categoria Mesotrófico Ultraoligotrófico -Cianobactérias (cél./mL) - - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - 1,4 ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,4 <LD ≤ 301

Salinidade (‰) 0,279 0,410 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,1 0,0 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 37: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

28

Tabela 4-21–Caracterização do sedimento no Estuário do Rio Maxaranguape

PARÂMETROMAX02 -

Estuário do Rio Maxaranguape

VLP*

Cobre total (mg/Kg) <LD 34Chumbo Total (mg/Kg) <LD 46,7Cromo Total (mg/Kg) <LD 81Cádmio Total (mg/Kg) <LD 1,2Zinco Total (mg/Kg) 5,851 150Níquel Total (mg/Kg) <LD 20,9Mercúrio Total (mg/Kg) <LD 0,15

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

MAX02 – Estuário do Rio Maxaranguape

O ponto MAX02 localiza-se no estuário do Rio Maxaranguape, a jusante da cidade de Maxaranguape. Nesta campanha este ponto apresentou água com boa qualidade (IQA e IQAc iguais a 72 – “Bom”), sendo que a concentração elevada de DBO e sólidos totais foram os fatores que mais contribuiram para reduzir este índice (ver Figura 4-10). A salinidade observada foi baixa, caracterizando a água como doce nesta coleta. Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços, tanto para a água da lagoa como para o sedimento, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, cujos valors para ambas as amostras (água e sedimento) ficaram abaixo dos respectivos VLPs (ver Tabela4-20 e Tabela 4-21).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Em média, a água no rio Maxaranguape tem qualidade “Média” (mas próximo a “Boa”), apresentando eventualmente concentrações de DBO e sólidos totais relativamente elevadas.

72 72

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

MAX02- Estuário do Rio Maxaranguape IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-10 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02)

Page 38: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

29

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Maxaranguape. Pela figura, é possível observar que embora ambos os pontos apresentam boa qualidade e estados oligotrófico (MAX01) e ultraoligotrófico (MAX02), o ponto MAX02 encontra-se com qualidade um pouco comprometida.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

MAX01 - Rio Maxaranguape -RN 064

MAX02- Estuário do Rio Maxaranguape

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO MAXARANGUAPE

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Bom (70-89)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-11 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Maxaranguape

4.1.4. Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim

A bacia do Rio Ceará-Mirim ocupa uma área de 2.635,7 km2, correspondendo a cerca de 4,9% do território estadual. Nesta bacia estão cadastrados 147 açudes, totalizando um volume de acumulação de 170.819.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 6,5% e 3,9% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Na Figura 4-12 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica doCeará-mirim (Fonte: IGARN, 2009) apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Os resultados das análises nesta Bacia são apresentados na Tabela 4-22 e os valores do IQA e do IQAc, nas Figuras 4-10 a 4-13, e um comparativo entre os pontos na Figura 4-14.

Page 39: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

30

Figura 4-12 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Ceará-mirim (Fonte: IGARN, 2009)

CEA01 - Açude Poço Branco

O Açude Poço Branco localiza-se no Município de Poço Branco/RN. Embora a salinidade neste ponto tenha sido 0,819‰ nesta campanha, os resultados obtidos são comparados com o padrão de qualidade de águas doces (salinidade < 0,5‰), classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), por se tratar de um reservatório que tipicamente tem água doce.

Nesta campanha, embora as concentrações de DBO e sólidos totais foram relativamente elevadas, o açude apresentou índice de qualidade (IQA e IQAc) “Bom” (ver Error: Reference source notfound). A concentração de clorofila ‘a’ foi relativamente elevada, o que resultou em IET “Mesotrófico” (ver Tabela 4-22). Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em média, contudo, a água do Açude Poço Branco tem qualidade “Boa”, devido às concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas em algumas campanhas.

Page 40: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

31

Tabela 4-22- Qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim

PARÂMETROCEA01 -

Açude Poço Branco

CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR

406

CEA03 - Rio Ceará-Mirim -

Jusante Usina S. Francisco

CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 26 29 27 -

pH 8,8 7,8 7,9 7,7 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 8,6 8,4 6,5 5,8 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 3,6 3,9 7,2 6,2 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

0 3 3.100 47 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,5 0,0 5,0 0,2 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,1 0,1 0,2 0,1 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 969 1.010 1.339 738 -

Turbidez (UNT) 2,8 0,2 8,2 13,0 ≤ 1001

IQA 79 83 56 69 -Qualidade Bom Bom Médio Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0230 0,0190 < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -IQAc 79 83 56 69 -

Qualidade Bom Bom Médio Médio -IET 59 45 54 56 -

Categoria Mesotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Mesotrófico -Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 11,0 0,2 0,7 1,2 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,819 0,874 0,754 0,453 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,1 0,1 0,5 0,2 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 41: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

32

79 79

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CEA01 - Açude Poço Branco IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-13 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim, Açude Poço Branco (CEA01)

CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406 - Taipu

O ponto CEA02 situa-se no Rio Ceará-Mirim, sob uma Ponte na BR 406, em Taipu/RN. Embora este ponto eventualmente apresente salinidade pouco superior a 0,5‰ (nesta campanha, o valor medido foi 0,874‰), por se tratar de um rio, os valores obtidos são comparados com o padrão de qualidade para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto do Rio Ceará-Mirim apresentou água de boa qualidade (IQA e IQAc: 83 - “Bom”), sendo que este índice foi prejudicado principalmente pela concentração elevada de sólidos totais e DBO, que aponta para o possível lançamento de esgotos no rio ou a poluição devido a atividades agropastoris, como observado em campanhas anteriores. A concentração de fósforo total e clorofila ‘a’ foi baixa, o que resultou em IET “Ultraoligotrófico” (ver Tabela 4-22). Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que a qualidade da água nesta campanha apresentou qualidade “Boa” (ver Figura 4-14 – Histórico da qualidade da água no RioCeará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)).

Page 42: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

33

83 83

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR 406 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-14 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR 406 (CEA02)

CEA03 – Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São Francisco - Ceará Mirim

A estação de monitoramento CEA03 está localizada no Rio Ceará-Mirim, a jusante da Usina São Francisco (açúcar e álcool), no município de Ceará-Mirim. Este ponto tipicamente apresenta salinidade relativamente elevada (entre 0,45 e 1,20‰) nas campanhas já realizadas, com água geralmente salobra (i.e., com salinidade entre 0,5 e 30‰). Nesta campanha, a salinidade do rio foi 0,754‰. Apesar disso, por se tratar de um rio que eventualmente tem águas doces, os resultados obtidos neste ponto são comparados com o padrão de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, a qualidade da água neste ponto do Rio Ceará-Mirim foi considerada “Média” pelo IQA e IQAc (56 para ambos, ver Figura 4-15), sendo que as concentrações elevadas de coliformes termotolerantes (3.100 NMP/100ml), DBO e sólidos totais foram os fatores que mais influenciaram para redução desse índice (ver Tabela 4-22). As elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio total e sólidos atestam o lançamento de esgotos domésticos no rio pela cidade de Ceará-Mirim, o que já foi comprovado in loco pelos técnicos do Programa Água Azul. Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que, em média, a qualidade da água foi “Média”, segundo o IQA. Pelo IQAc, contudo, a qualidade variou entre “Muito ruim” (uma campanha) e “Média” (quatro campanhas anteriores). No entanto, nesta campanha, a qualidade geral da água resultou em “Média” (ver Figura 4-15).

Page 43: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

34

56 56

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CEA03 - Rio Ceará-Mirim - Jusante Usina S. FranciscoIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-15 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim a jusante da Usina São Francisco (CEA03)

CEA04 – Ponte BR 101 - Extremoz

O ponto CEA04 está situada no Rio Ceará Mirim, nas proximidades da ponte da BR-101, que cruza o rio, no município de Extremoz. Este ponto apresentou salinidade relativamente elevada nesta campanha (0,453‰), o que corresponde à Doce, e seus resultados são comparados com o padrão de qualidade de águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, sendo que as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, sólidos e DBO foram os fatores que mais contribuíram para a redução desse índice (ver Tabela 4-22). Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA oscilou entre “Ruim” e “Bom”, resultando em média em qualidade “Média”. Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, mas muito próximo de “Bom” (ver Figura 4-16). O IQAc foi “Muito ruim” em várias campanhas anteriores. Esses índices foram prejudicados principalmente pelas concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, sólidos totais, DBO e, no caso do IQAc, pelas concentrações acima dos VLP de alguns metais, o que não ocorreu nesta primeira campanha (ver Tabela 4-22).

Page 44: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

35

69 69

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-16 – Histórico da qualidade da água no Rio Ceará-Mirim – Ponte BR-101 (CEA04)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Ceará-Mirim. Pela figura, é possível observar que embora ambos os pontos apresentam boa qualidade e estados oligotróficos (CEA01, CAE03 e CEA04) e ultraoligotrófico (CEA02), o ponto CEA03 encontra-se com qualidade um pouco comprometida em relação aos demais, provavelmente devido a efluentes não tratados lançados pela usina São Francisco.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

CEA01 CEA02 CEA03 CEA04

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO CEARÁ-MIRIM

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Bom (70-89)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-17 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Ceará-Mirim

4.1.5. Bacia Hidrográfica do Rio Doce

A bacia hidrográfica do Rio Doce ocupa uma área de 387,8 km2, correspondendo a cerca de 0,7% do território estadual. Nesta bacia não há açudes de maior importância. O corpo hídrico de maior

Page 45: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

36

destaque nesta bacia é a Lagoa de Extremoz, que tem como afluentes o Riacho do Mudo, ao Norte, e o Riacho Guajiru, ao Sul. O Rio Doce recebe esta denominação a partir de sua nascente no exutório da Lagoa de Extremoz. Na Figura 4-18 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos selecionados para monitoramento.

Na Tabela 4-23 apresentam-se os resultados das análises físico-químicos e exames microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Para esta bacia, dos quatro pontos de amostragem, apenas um foi selecionado para análise trimestral da densidade de cianobactérias (DOC03 - Lagoa de Extremoz). Os resultados de todos os pontos são comparados com o padrão de qualidade para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005), pois todos tipicamente apresentam salinidade inferior a 0,5‰ (águas doces). Os resultados do IQA e do IQAc em cada ponto são apresentados nas Figuras 4-16 a 4-19.

Figura 4-18– Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Fonte: IGARN, 2009)

DOC01 – Riacho do Mudo - Ponte BR 406 – Ceará-Mirim

O ponto DOC01 situa-seno Riacho do Mudo, afluente norte da Lagoa de Extremoz, sob uma ponte na BR 406, no município de Ceará-Mirim. Nesta campanha, o IQA e o IQAc não foram calculados (ver Figura 4-19), devido a ausência de valores de alguns parâmetros que compõem o calculo destes índices (basicamente OD e turbidez, ver Tabela 4-23). Mesmo assim, é possível observar valores elevados de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais, o que provavelmente impactariam negativamente sobre a qualidade da água deste ponto. Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis.

Page 46: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

37

Quanto a série de metais traços na água do riacho, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela4-23).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, a qualidade da água neste ponto oscila entre “Ruim” e “Média”. A má qualidade da água no Riacho do Mudo, que constitui um importante afluente da Lagoa de Extremoz, se deve provavelmente a lançamentos de esgoto e presença de atividades agropastoris no entorno do rio, o que demanda ações dos órgãos de controle ambiental.

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

DOC01 - Riacho do Mudo - Ponte BR 406 - Ceará-MirimIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-19 – Histórico da qualidade da água no Riacho do Mudo – Ponte BR-406 (DOC01)

Page 47: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

38

Tabela 4-23– Qualidade da água na Bacia do Rio Doce

PARÂMETRO

DOC01 - Riacho do

Mudo - Ponte BR 406 - Ceará-

Mirim

DOC02 - Rio Guajiru - BR 406 -

S. G. Amarante

DOC03 - Lagoa de Extremoz

DOC04 - Rio Doce -

Gramorezinho - Natal

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 25 25 25 25 -

pH 7,8 8,6 7,2 7,3 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) - - - - ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 7,7 4,7 7,8 3,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

5.500 150 110 8.500 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 1,5 1,2 0,5 0,1 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,1 < LD < LD < LD ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 752 248 161 154 -Turbidez (UNT) - - - - ≤ 1001

IQA * * * * -Qualidade * * * * -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0220 0,0680 0,0190 0,0830 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -IQAc * * * * -

Qualidade * * * * -IET 50 46 53 49 -

Categoria Oligotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Oligotrófico -Cianobactérias (cél./mL) - - 195.000 - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,6 0,4 2,5 0,5 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,393 0,147 0,093 0,082 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,2 0,1 0,0 <LD (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 48: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

39

DOC02 – Riacho Guajiru,ponte BR 406, São Gonçalo do Amarante

O ponto DOC02 localiza-se no Riacho Guajiru, afluente sul da Lagoa de Extremoz, a jusante do aterro sanitário de Massaranduba e do Novo Aeroporto da Grande Natal, sob uma ponte da BR 406, no município de São Gonçalo do Amarante. A exemplo do Riacho do Mudo (DOC01), o IQA e o IQAc não foram calculados nesta campanha (ver Figura 4-20), devido a ausência de valores de alguns parâmetros que compõem o calculo destes índices (basicamente OD e turbidez, ver Tabela 4-23). Mesmo assim, é possível observar valores elevados de coliformes termotolerantes, DBO, pH e sólidos totais, o que provavelmente impactariam negativamente sobre a qualidade da água deste ponto. Dados referentes às análises de densidade de cianobactérias, COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água do riacho, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-23).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc oscilam entre “Ruim” e “Médio”, com a qualidade da água, pela média desses índices, classificada como “Média”. A qualidade da água no Riacho Guajiru, que constitui o outro importante afluente da Lagoa de Extremoz, encontra-se comprometida também provavelmente por lançamentos de esgoto e pela presença de atividades agropastoris no entorno do rio, o que também requer ações urgentes do Poder Público, especialmente dos órgãos de controle ambiental. Este manancial deve se tornar ainda mais degradado com a implantação do Novo Aeroporto e o crescimento urbano dele decorrente.

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

DOC02 - Rio Guajiru - BR 406 - S. G. AmaranteIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-20 – Histórico da qualidade da água no Riacho Guajiru (DOC02)(SD: Sem dado)

DOC03 – Lagoa de Extremoz

O ponto DOC03 localiza-se na Lagoa de Extremoz, na estação elevatória da CAERN que abastece a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Extremoz. A exemplo dos pontos DOC01 e DOC02, o IQA e o IQAc não foram calculados nesta campanha (ver Figura 4-21), devido a ausência de valores de alguns parâmetros que compõem o calculo destes índices (basicamente OD e turbidez, ver Tabela 4-23). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-23). A densidade de cianobactérias foi muito elevada

Page 49: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

40

(195.000 cél./mL, média referente à triplicata) nesta campanha, muito acima dos VLP da Resolução CONAMA 357/2005 e da Portaria MS 2914/2011, com dominância das espécies Planktolyngbya minor, Merismopedia tenuissima e Cylindrospermopsis raciborskii (ver Tabela 4-23).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc oscilam entre “Médio” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média desses índices, classificada como “Boa”. No entanto, em virtude da má qualidade dos riachos afluentes à lagoa, à intensa ocupação urbana e industrial no entorno, à utilização de toda a capacidade de exploração de água da lagoa e à importância da mesma para abastecimento da Zona Norte de Natal, a Lagoa de Extremoz necessita de medidas de proteção sanitária e ambiental, para garantir a qualidade e disponibilidade de água no futuro.

DOC04 – Gramorezinho - Natal

O ponto DOC04 localiza-se no Rio Doce, no bairro Gramorezinho, em Natal, na estrada que dá acesso à praia de Jenipabu. Este trecho do rio é rodeado por intensa ocupação urbana, sendo que o local da coleta fica localizado entre dois bares, o que, históricamente, apresenta elevada concentração de coliformes termotolerantes e baixa concentração de OD, provavelmente devido a lançamentos de esgoto no rio. Assim como os demais pontos, o IQA e o IQAc não foram calculados nesta campanha (ver Figura 4-22), devido a ausência de valores de alguns parâmetros que compõem o calculo destes índices (basicamente OD e turbidez, ver Tabela 4-23). Dados referentes às análises de COT e TOG nesta campanha não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis. Quanto a série de metais traços na água da lagoa, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-23).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc no Rio Doce oscilaram entre “Ruim” e “Excelente”, com a qualidade da água, pela média desses índices, classificada como “Média”. Isto ocorre por que o Rio Doce encontra-se atualmente poluído, com intensa ocupação de suas margens por habitações e hortigranjeiros, com lançamentos de esgotos e de dejetos de animais, o que demanda ações de controle sanitário e ambiental por parte do Poder Público.

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

DOC03 - Lagoa de Extremoz IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-21 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Extremoz (DOC03)(SD: Sem dado)

Page 50: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

41

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

DOC04 - Rio Doce - Gramorezinho - Natal IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-22 – Histórico da qualidade da água no Rio Doce - Gramorezinho (DOC04)(SD: Sem dado)

4.1.6. Bacia Hidrográfica do Rio Potengi

A Bacia Hidrográfica do Rio Potengi ocupa uma área de 4.093 km2, correspondendo a cerca de 7,7% do território estadual, e possui 245 açudes cadastrados. Na Figura 4-23 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, no qual são indicados os seguintes pontos de monitoramento: POT01 - Rio Camaragibe, na RN 064; POT02 - Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi; POT03 – Rio Potengi, na localidade Telha, em São Pedro do Potengi; POT04 - Rio Golandim, próximo à foz; POT05 – Estuário do Potengi em frente ao Dique da Base Naval; POT06 - Estuário do Potengi a jusante do Canal do Baldo; POT07 Estuário do Potengi, em frente ao Iate Clube; POT08 - Estuário do Potengi, sob o vão central da ponte Newton Navarro; POT09 – Montante da Ponte de Igapó; POT10 – Montante da Lagoa Aerada CAERN; POT11 – Curtume J. Mota; POT12 – Montante da Imunizadora Riograndense; POT13 – Lançamento do CIA/Macaíba; POT14 – Hospital Macaíba; POT15 – Rio Jundiaí-BR-226, em Macaíba; e POT16 – Ponte Peri-Peri, Macaíba. Nesta 1ª campanha, nos pontos POT15 e POT16 não foram calculados o IQA e IQAc em relação a qualidade da água, pela falta de alguns dados não fornecidos pelos laboratórios responsáveis, e quanto a análise de metais, não foram analisados os pontos POT01, POT02, POT03, POT15 e POT16.

Na Tabela 4-24 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET. Na Tabela 4-26 são apresentadas as concentrações de metais pesados no sedimento dos pontos da bacia.

Page 51: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

42

Figura 4-23 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Potengi (Fonte: IGARN, 2009)

POT01 – Rio Camaragibe, RN 064, em Ielmo Marinho

O ponto POT01 situa-se no rio Camaragibe, sob uma ponte da rodovia RN-064, no município de Ielmo Marinho. Este ponto históricamente apresenta salinidade elevada (entre 0,62 e 5,03‰) nas campanhas já realizadas, o que caracterizaria suas águas como salobras. Apesar disso, por se tratar de um ponto situado em um rio, em um local cuja salinidade da água não sofre influência marinha, mas pode sofrer grande influência das chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP para águas doces, classe 2, segundo a Resolução CONAMA 357/2005.

Nesta campanha, a salinidade foi também elevada (3,207‰), caracterizando águas salobras. Devido à salinidade, a concentração de sólidos foi elevada (3.854 mg/L), o que, aliado a concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, resultou em classificação “Médio” para o IQA e o IQAc (ver Tabela 4-24 e ver Figura 4-24).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA no Rio Camaragibe oscilou entre “Ruim” e “Bom” (e o IQAc oscilou entre “Muito Ruim” e “Bom”), com a qualidade da água classificada como “Ruim” pelas médias tanto do IQA como do IQAc. A qualidade da água neste rio não é melhor provavelmente por força da ocupação de sua bacia, com a criação extensiva de bovinos – o que pode eventualmente a resultar em concentrações elevadas de material orgânico e coliformes termotolerantes – e de suas condições naturais – que, por estar situada em terreno do cristalino, tende a apresentar elevada salinidade nas águas.

Page 52: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

43

Tabela 4-24- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi

PARÂMETROPOT01 – Rio Camaragibe -

RN 064

POT02 - Açude Campo Grande -

S. P. Potengi

POT03 - Rio Potengi - Telha -

São Pedro

POT04 – Estuário do

Rio Golandim

POT05 - Dique Base Naval

POT06 - Jusante Canal

Baldo

POT07 - Iate Clube

POT08 - Ponte Newton Navarro VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 25 30 25 25 25 25 25 -pH 8,1 8,7 9,8 8,0 8,2 8,3 8,5 8,4 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 5,7 7,1 7,3 2,5 5,0 5,1 5,1 5,7 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 2,8 6,7 6,5 2,7 3,8 2,3 2,7 0,0 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

5.500 2 11 10 23 25 32 117 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 0,7 1,9 2,3 < LD < LD < LD < LD < LD -

Fósforo Total (mg P/L) 0,1 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 3.854 11 2.000 28.930 36.313 37.122 37.580 39.347 -

Turbidez (UNT) 5,2 12,6 15,2 10,5 5,4 2,0 2,1 4,8 ≤ 1001

IQA 60 70 58 55 61 67 67 67 -Qualidade Médio Bom Médio Médio Médio Médio Médio Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD 0,0100 0,0480 < LD 0,0012 < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 1 1 -IQAc 60 70 58 55 61 67 67 67 -

Qualidade Médio Bom Médio Médio Médio Médio Médio Médio -IET 60 66 * 52 41 45 45 33 -

Categoria Eutrófico Supereutrófico * Oligotrófico UltraoligotróficoUltraoligotrófic

o Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - 400 584 1.320 0 788 4.160 1.664 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - 3,2 < LD < LD < LD < LD ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 5,3 47,4 - 0,5 0,1 0,2 0,3 0,0 ≤ 301

Salinidade (‰) 3,207 1,015 - 23,211 30,857 31,676 31,130 33,315 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,1 1,9 - 0,5 0,3 0,2 0,1 0,0 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Page 53: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

44

Tabela 4-25- Qualidade da água na Bacia do Rio Potengi (continuação)

PARÂMETROPOT09 –

Montante da Ponte de Igapó

POT10 – Jusante da Lagoa Aerada

CAERN

POT11 – Montante do

Curtume J. Motta

POT12 – Montante da Imunizadora

Riograndense

POT13 – Lançamento do CIA

- Macaíba

POT14 – Hospital - Macaíba

POT15 – Rio Jundiaí - BR226 - Macaíba

POT16 – Ponte Peri-Peri VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 26 26 25 25 24 22 19 -

pH 8,0 8,5 8,0 5,8 8,7 7,6 7,8 7,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 3,7 4,8 3,4 3,0 2,3 1,4 4,6 3,2 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 2,5 4,1 5,9 4,0 7,0 7,1 - - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

37 4 12 37 21 74 2420 132 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD - 0,6 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,075 0,075 0,138 0,176 0,15 0,174 0,023 0,023 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 32.922 31.298 31.423 26.338 13.374 10.952 - - -

Turbidez (UNT) 9 5,5 13,5 9,2 8 4,9 3,8 3,5 ≤ 1001

IQA 64 71 61 56 67 56 * * -Qualidade Médio Bom Médio Médio Médio Médio * * -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD 0,005 0,005 0,004 < LD 0,002 0,003 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 * * -IQAc 64 71 61 56 67 56 * * -

Qualidade Médio Bom Médio Médio Médio Médio * * -IET 50 49 53 53 59 58 * * -

Categoria Oligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Mesotrófico Mesotrófico Mesotrófico * * -

Cianobactérias (cél./mL) 0 2.432 3.536 0 1.312 3.112 1.592 1.168 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) < LD < LD < LD 3,6 6,68 7,19 - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) < 10 < 10 < LD < 10 < 10 < 10 - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,25 0,18 0,32 0,31 4 2,25 - - ≤ 301

Salinidade (‰) 27,853 25,047 25,882 21,708 10,854 9,462 - - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,25 0,72 1,35 0,78 1,44 1,13 - - (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Page 54: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

45

Tabela 4-26–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi

PARÂMETROPOT01 – Rio Camaragibe -

RN 064

POT02 - Açude Campo Grande -

S. P. Potengi

POT03 - Rio Potengi - Telha -

São Pedro

POT04 – Estuário do

Rio Golandim

POT05 - Dique Base Naval

POT06 - Jusante Canal

Baldo

POT07 - Iate Clube

POT08 - Ponte Newton Navarro

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) - - - 0,52 < LD 7,14 5,70 < LD 34Chumbo Total (mg/Kg) - - - 0,45 0,82 4,11 3,23 0,52 47Cromo Total (mg/Kg) - - - 4,10 3,99 30,66 36,54 1,85 81Cádmio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 1Zinco Total (mg/Kg) - - - 2,46 2,96 22,16 14,50 1,77 150Níquel Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 21Mercúrio Total (mg/Kg) - - - < LD < LD < LD < LD < LD 0*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

Tabela 4-27–Concentrações de metais pesados no sedimento da Bacia do Rio Potengi (continuação)

PARÂMETROPOT09 –

Montante da Ponte de Igapó

POT10 – Jusante da Lagoa Aerada

CAERN

POT11 – Montante do

Curtume J. Motta

POT12 – Montante da Imunizadora

Riograndense

POT13 – Lançamento do CIA

- Macaíba

POT14 – Hospital - Macaíba

POT15 – Rio Jundiaí - BR226 - Macaíba

POT16 – Ponte Peri-Peri

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) 1,40 1,95 1,77 3,35 1,50 2,72 - - 34Chumbo Total (mg/Kg) 1,03 1,30 1,13 1,80 0,87 1,95 - - 47Cromo Total (mg/Kg) 8,85 10,90 8,86 16,86 7,40 16,29 - - 81Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD < LD < LD - - 1Zinco Total (mg/Kg) 5,24 7,08 8,38 7,98 4,35 8,56 - - 150Níquel Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD < LD < LD - - 21Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD < LD < LD - - 0*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

Page 55: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

46

60 60

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

POT01 – Rio Camaragibe - RN 064 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-24 – Histórico da qualidade da água no Rio Camaragibe – RN-064 (POT01)

POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi

O Açude Campo Grande localiza-se no município de São Paulo do Potengi. Por se tratar de um reservatório, os resultados são comparados com os VLP para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, a concentração de coliformes termotolerantes foi bastante baixa (2 NMP/100 mL), mas apresentou valor de DBO acima do VLP (6,7 mgO2/L). Além disso, a salinidade foi relativamente elevada (1,015‰), assim como densidade de cianobactérias (400 cél./ml), o que resultou no IQA e IQAc “Bom” (igual a 70 para ambos, ver Figura 4-25). O reservatório apresentou concentrações relativamente baixas de fósforo e altas de clorofila “a”, o que resultou em IET “Supereutrófico”(ver Tabela 4-24).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc no Açude Campo Grande oscilaram entre “Bom” e “Médio”, ao longo de todas as campanhas, sendo que as médias desses índices indicam que a qualidade da água ainda é boa nesse reservatório.

70 70

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

POT02 - Açude Campo Grande - S. P. Potengi IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-25 – Histórico da qualidade da água no Açude Campo Grande (POT02)

Page 56: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

47

POT03 – Rio Potengi, na localidade Telha, São Pedro

O ponto POT03 situa-se no Rio Potengi, na localidade Telha, sob uma ponte da BR-304, no município de São Pedro. O Rio Potengi geralmente tem águas salobras neste ponto (nesta campanha, a salinidade não foi quantificada). Mas, por se tratar de um ponto de rio, não sujeito à influência do mar, mas sim às chuvas, os resultados obtidos são comparados com os VLP para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nessa campanha, a provável alta salinidade pode ter contribuido para que a concentração de sólidos totais também fosse elevada (2.000 mg/L), o que somada à elevada DBO, incluenciou diretamente tanto os valores do IQA e do IQAc, que resultaram em “Médio” nesta campanha (ver Tabela 4-24 e Figura 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais prejudica a qualidade da água neste ponto é a elevada salinidade, que resulta em concentrações elevadas de sólidos e, principalmente, elevadas concentrações do coliformes termotolerantes (o que não ocorreu nesta campanha). A elevada salinidade provavelmente se deve à condição natural de rio “sertanejo” do Potengi, cortando o cristalino potiguar.

58 58

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

POT03 - Rio Potengi - Telha - São Pedro IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-26 – Histórico da qualidade da água no Rio Potengi, na localidade Telha, em São Pedro/RN (POT03)

POT04 – Rio Golandim - Estuário

O ponto POT04 localiza-se no rio Golandim, próximo à desembocadura no Rio Potengi. As coletas são realizadas com barco, seguindo as orientações do IGARN e do IDEMA. Devido à influência das marés, a salinidade deste ponto oscila entre águas salinas e salobras (nesta campanha, 23,211‰), de modo que os resultados são comparados com os VLP para águas salinas ou salobras, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005.

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ver Figura 4-27), devido principalmente às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e ao baixo OD

Page 57: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

48

(2,5mg/L). A densidade de cianobactérias foi de 1.320 cél/mL, inferior ao VLP. As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 4-24). No sedimento, todos os metais analisados apresentaram concentração inferior ao VLP (ver Tabela 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Muito Ruim” e “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos.

55 55

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT04 – Estuário do Rio Golandim IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-27 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Golandim (POT04)

POT05 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Dique da Base Naval

O ponto de monitoramento do Estuário do Rio Potengi situado em frente ao Dique da Marinha do Brasil apresenta águas salobras à salinas, sendo que a salinidade nesta campanha foi de 30,857‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ver Figura 4-28), devido principalmente às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e ao baixo OD (5,0mg/L). A densidade de cianobactérias foi determinada como zero (0 cél/mL). Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-24). No sedimento, todos os metais analisados apresentaram concentração inferior ao VLP (ver Tabela 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e ocasionalmente, elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem a lançamentos de esgotos provenientes das áreas urbanas ao redor do estuário, que nele lançam esgotos não tratados ou tratados precariamente.

Page 58: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

49

61 61

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT05 - Dique Base Naval IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-28 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Dique da Base Naval (POT05)

POT06 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo

O ponto POT06 situa-se no Estuário do Rio Potengi, a jusante do Canal do Baldo, apresentando geralmente águas salinas e eventualmente salobras, sendo que a salinidade medida foi de 31,676‰ nesta campanha. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (ver Figura 4-29), devido principalmente às concentrações elevadas de sólidos totais, devido à salinidade, e ao baixo OD (5,1 mg/L). A densidade de cianobactérias foi de 788 cél/mL, inferior ao VLP. As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 4-24). No sedimento, todos os metais analisados apresentaram concentração inferior ao VLP (ver Tabela 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” e o IQAc, entre “Muito Ruim” e “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem aos lançamentos de esgotos provenientes das áreas urbanas ao redor do estuário, sendo que no caso deste ponto merece destaque o lançamento proveniente do canal do Baldo, que recebe principalmente a contribuição da ETE do Baldo. Apesar dessa contribuição, a qualidade da água neste ponto é semelhante à observada no ponto POT05, situado a montante.

POT07 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube

O ponto POT07 situa-se no estuário do Rio Potengi, em frente ao Iate Clube, em local que sofre intensa influência do mar. Por isso, a água neste ponto é geralmente salina (às vezes salobra), sendo que a salinidade média nas campanhas foi de 31,13‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salinas e salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Page 59: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

50

67 67

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT06 - Jusante Canal Baldo IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-29 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – a jusante do Canal do Baldo (POT06)

67 67

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT07 - Iate Clube IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-30 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi – Iate Clube (POT07)

Nesta campanha, o IQA e o IQAc deste ponto foi “Médio” (ver Figura 4-30), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade elevada) (ver Tabela 4-24). As concentrações de todos os metais analisados no sedimento foram menores que os VLPs estabelecidos na Resolução CONAMA N° 344/2004 (ver Tabela 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Os valores médios do IQA e do IQAc resultaram, respectivamente “Médio” e “Ruim”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbana da Região Metropolitana de Natal ao redor do estuário.

Page 60: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

51

POT08 – Estuário do Rio Potengi, ponte Newton Navarro

A estação de monitoramento POT08 está localizada no Estuário do Rio Potengi, sob o vão central da ponte Newton Navarro. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são comparados com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto apresentou IQA e IQAc “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e à concentração de OD relativamente baixa (ver Tabela 4-24). Com relação aos metais no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pela Resolução CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-26).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom” (assim como o IQAc). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a elevada salinidade, que resultou em concentrações elevadas de sólidos, e, apesar da diluição com as águas oceânicas, concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário.

67 67

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT08 - Ponte Newton Navarro IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-31 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Ponte Newton navarro (POT08)

POT09 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Ponte de Igapó

A estação de monitoramento POT09 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da ponte de Igapó (50m), em Natal. Devido à influência do mar, os resultados deste ponto são comparados com o padrão de qualidade para águas salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto apresentou IQA e IQAc iguais a 64, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e à concentração de OD relativamente baixa. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela 4-26).

Page 61: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

52

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado boa qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em diversos pontos do Rio Potengi, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário.

64 64

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT09 – Montante da Ponte de Igapó IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-32 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Montante da Ponde de Igapó (POT09)

POT10 – Estuário do Rio Potengi, a jusante Lagoa Aerada da CAERN

A estação de monitoramento POT10 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante da Lagoa Aerada da CAERN, no bairro das Quintas, zona oeste de Natal. Devido à influência do mar, a salinidade nesta campanha foi de 25,047‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

71 71

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT10 – Jusante da Lagoa Aerada CAERNIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-33 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante da Lagoa Aerada da CAERN (POT10)

Page 62: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

53

Nesta campanha, este ponto POT10 apresentou IQA e IQAc iguais à 71, o que classifica o ponto como “Bom” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e à concentração de OD relativamente baixa. A densidade de cianobactérias foi de 2.432 cél./ml, abaixo do VLP. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela 4-26).

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado boa qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi.

POT11 – Estuário do Rio Potengi, a montante do Curtume J. Motta

A estação de monitoramento POT11 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante do Curtume J. Motta, Rio Jundiaí, em Natal. Devido à influência do mar, a salinidade nesta campanha foi de 25,882‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

61 61

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT11 – Montante do Curtume J. MottaIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-34 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante do Curtume J. Motta (POT11)

Nesta campanha, este ponto POT11 apresentou IQA e IQAc iguais à 61, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), fósforo total e DBO, além da concentração de OD relativamente baixa. A densidade de cianobactérias foi de 3.536 cél./ml, abaixo do VLP. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela 4-26).

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado boa qualidade, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente

Page 63: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

54

elevadas de coliformes termotolerantes são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi.

POT12 – Estuário do Rio Potengi, a montante da Imunizadora Riograndense

A estação de monitoramento POT12 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a montante da Imunizadora Riograndense, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta campanha foi de 21,708‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

56 56

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT12 – Montante da Imunizadora RiograndenseIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-35 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a montante da Imunizadora Riograndense (POT12)

Nesta campanha, este ponto POT12 apresentou IQA e IQAc iguais à 56, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), fósforo total, COT e DBO (este abaixo do VLP), além da concentração de OD relativamente baixa. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela 4-26).

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi.

POT13 – Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto de lançamento do CIA

A estação de monitoramento POT13 está localizada no Estuário do Rio Potengi, a jusante do ponto de lançamento do CIA, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta

Page 64: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

55

campanha foi de 10,854‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

67 67

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT13 – Jusante do Lançamento do CIAIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-36 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- a jusante do ponto de lançamento do CIA (POT13)

Nesta campanha, este ponto POT13 apresentou IQA e IQAc iguais à 67, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), fósforo total, COT e DBO (acima dos VLPs), além da baixa concentração de OD. A densidade de cianobactérias foi de 1.312 cél./ml, abaixo do VLP. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela4-26). Ainda, de acordo com o teste de toxicidade subcrônica com misidáceo (Mysidopsis juniae), realizado no Ecotox/Lab/DOL/UFRN, a amostra de água do POT13 apresentou toxicidade.

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi.

POT14 – Estuário do Rio Potengi, em frente ao Hospital de Macaíba

A estação de monitoramento POT14 está localizada no Estuário do Rio Potengi, em frente ao Hospital de Macaíba, Rio Jundiaí, em Macaíba. Devido à influência do mar, a salinidade nesta campanha foi de 9,462‰. Assim, seus resultados são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras e salinas, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005).

Nesta campanha, este ponto POT14 apresentou IQA e IQAc iguais à 56, o que classifica o ponto como “Médio” (ver Figura 4-31), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais (devido à salinidade), fósforo total, COT e DBO (acima dos VLPs), além da baixíssima concentração de OD (1,4 mg/L). A densidade de cianobactérias foi de 3.112 cél./ml, abaixo do VLP. Com relação aos metais na água e no sedimento, nenhum metal apresentou

Page 65: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

56

concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 e CONAMA 344/2004 (ver Tabela 4-24 e Tabela 4-26).

56 56

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT14 – Em frente ao Hospital - MacaíbaIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-37 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- em frente ao Hospital de Macaíba (POT14)

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade média, concentrações elevadas de sólidos (devido à salinidade) e concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e são frequentemente observadas em alguns pontos do Rio Jundiaí, devido aos lançamentos de esgotos provenientes da área urbanas ao redor do estuário, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade do estuário do Rio Potengi.

POT15 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, travessia da BR-226

A estação de monitoramento POT15 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na travessia da BR-226, em Macaíba. Nesta campanha, diversos parâmetros não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis, o que impossibilitou o cálculo do IQA e IQAc (ver Figura 4-31). No entanto, este ponto apresentou elevada densidade de cianobactérias, 1.592 cél./ml, abaixo do VLP, e elevada concentração de coliformes termotolerantes, 2420 NMP/100mL (acima do VLP), além da baixa concentração de OD (4,6 mg/L). Com relação aos metais na água, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 (ver Tabela4-24). Não foi analisado metais traços no sedimento.

POT16 – Estuário do Rio Potengi, Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri

A estação de monitoramento POT16 está localizada no Estuário do Rio Potengi, no Rio Jundiaí, na pote Peri-Peri, em Macaíba. Nesta campanha, diversos parâmetros não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis, o que impossibilitou o cálculo do IQA e IQAc (ver Figura 4-31). No entanto, este ponto apresentou elevada densidade de cianobactérias, 1.168 cél./ml, abaixo do VLP, além da baixa concentração de OD (3,2 mg/L). Com relação aos metais na água, nenhum metal apresentou concentração maior que a permitida pelas Resoluções CONAMA 357/2005 (ver Tabela4-24). Não foi analisado metais traços no sedimento.

Page 66: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

57

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT15 – Rio Jundiaí, BR-226 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

Figura 4-38 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí BR-226 (POT15)

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

POT16 – Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

SD SD

Figura 4-39 – Qualidade da água no estuário do Rio Potengi- Rio Jundiaí, ponte Peri-Peri BR-226 (POT16)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Potengi. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade Média (exceto os pontos POT02 e POT10, que apresentam Boa qualidade) e estados tráficos variando entre ultraoligotróficos à mesotrófico, os pontos POT01 e POT02 apresentaram índices eutrófico e supereutrófico, respectivamente. Desta forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido a efluentes não tratados (ou tratados indevidamente) lançados pelas cidades de Macaíba e Natal.

Page 67: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

58

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

POT01 POT02 POT03 POT04 POT05 POT06 POT07 POT08 POT09 POT10 POT11 POT12 POT13 POT14

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO POTENGI

IQAIQAcIET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-40 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Potengi

4.1.7. Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi

A bacia hidrográfica do Rio Pirangi ocupa uma área de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9% do território estadual e não possui açudes de importância. Na Figura 4-41 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de coleta. Na Tabela 4-28 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Todos os pontos analisados nesta bacia historicamente apresentam salinidade inferior a 0,5‰, exceto PIR08, que é um ponto estuarino. Assim, os resultados do PIR08 são comparados com o padrão de qualidade para águas salobras, classe 1; nos demais pontos, os resultados são comparados com o padrão para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

Page 68: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

59

Figura 4-41 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Pirangi (Fonte: IGARN, 2009)

PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão - Macaíba

O ponto PIR01 localiza-se no rio Pitimbu, próximo a sua nascente, na localidade de Lamarão, em Macaíba. Neste ponto, a concentração de coliformes termotolerantes e de fósforo foram inferiores ao padrão de qualidade para cursos d’água classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005). Devido a isso, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” neste ponto (ver Figura 4-42). As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto.

Page 69: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

60

Tabela 4-28- Qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi

PARÂMETRO

PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba

PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem

Areia - Parnamirim

PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR

304

PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101

PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da

Vitória

PIR06 - Lagoa do Jiqui

PIR07 - Rio Pirangi - Balneário

Pium

PIR08 - Estuário Rio

Pirangi - Ponte velha

RN-063

PIR09 - Lagoa Azul VLP*

Temperatura da amostra (oC) 25 24 23 24 26 26 27 27 25 -

pH 7,6 7,4 6,2 7,2 8,6 8,4 8,8 7,5 7,8 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,3 7,1 6,7 7,1 6,9 4,7 6,7 6,9 7,1 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 6,7 6,7 6,5 6,7 6,7 4,3 6,7 6,9 6,3 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

19 58 44 99 291 101 166 99 6 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 0,1 1,0 0,3 3,4 2,7 2,0 0,7 0,8 0,1 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,001 0,025 < LD 0,001 < LD 0,063 0,028 < LD < LD ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 70 113 93 107 32 81 66 6.102 30 -Turbidez (UNT) 6,4 4,9 5,7 3,4 4,1 2,6 3,9 3,5 3,2 ≤ 1001

IQA 80 80 75 78 76 70 71 70 70 -Qualidade Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD < LD 0,0200 0,0380 < LD 0,1000 < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -IQAc 80 80 75 78 76 70 71 70 70 -

Qualidade Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom Bom -IET 34 48 49 34 46 24 50 49 24 -

Categoria Ultraoligotrófico Oligotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico Oligotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - 0 - 0 - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - 1,9 - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - <LD - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,1 0,5 0,4 0,2 0,4 0,3 0,2 0,3 1 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,033 0,038 0,030 0,033 0,027 0,044 0,027 5,680 0,023 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,2 0,2 0,1 0,1 0,0 0,2 0,1 0,0 0,2 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 jul-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1 Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 70: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

61

80 80

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR01 - Rio Pitimbu - Lamarão - Macaíba IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-42 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Lamarão, Macaíba (PIR01)

PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia - Parnamirim

No ponto situado no Bairro Passagem de Areia, município de Parnamirim, o Rio Pitimbu já se encontra em meio a uma região densamente urbanizada. Nesta campanha, a água neste ponto apresentou IQA e IQAc “Bom” (80, ver Figura 4-43), apresentando apenas DBO acima do VLP, e baixa quantificação de coliformes termotolerantes (58 NMP/100 mL) abaixo do respectivo VLP, segundo a Resolução CONAMA 357/2005. As concentrações de metais pesados na água foram menores que o limite de detecção para todos os metais analisados (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO. Tais concentrações de coliformes termotolerantes e DBO se devem provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto.

80 80

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR02 - Rio Pitimbu - Passagem Areia - Parnamirim

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-43 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu em Passagem de Areia, Parnamirim (PIR02)

Page 71: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

62

PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim

O Rio Pitimbu, no ponto situado sob a ponte da BR 304, no município de Parnamirim, apresentou IQA e IQAc “Bom” (ver Figura 4-44), apresentando apenas DBO acima do VLP, de acordo com o padrão de qualidade para águas doces classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005 (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e IQAc resultaram na classificação “Médio” e “Ruim”, respectivamente. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, concentrações elevadas de DBO e reduzidas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris e à ocupação urbana que ocorrem na bacia a montante do ponto.

75 75

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte BR 304

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-44 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte BR-304 (PIR03)

PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte BR 101, em Parnamirim

O ponto PIR04 situa-se no Rio Pitimbu, nas proximidades da Ponte da BR-101, no Município de Parnamirim. Neste ponto, o rio Pitimbu apresentou IQA e IQAc “Bom” (ver Figura 4-45) apresentando apenas DBO acima do VLP, agravados principalmente pelas concentrações de coliformes termotolerantes (99 NMP/100 mL) e de nitrogênio total (3,4 mg/L), ambos abaixo dos respectivos VLP. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio”, embora próximo a “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, às concentrações elevadas de DBO e baixas de OD, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na cabeceira da bacia e à intensa urbanização a montante deste ponto, a exemplo dos pontos do rio Pitimbu descritos anteriormente.

Page 72: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

63

78 78

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101 IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-45 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – BR-101 (PIR04)

PIR05 – Rio Pitimbu - Ponte trampolim da Vitória, em Parnamirim

O ponto PIR05 situa-se no Rio Pitimbu, próximo à Ponte Trampolim da Vitória, no Município de Parnamirim. Neste ponto, o IQA e o IQAc resultaram “Bom” (76 para ambos, ver Figura 4-46), devido principalmente à elevada concentração de coliformes termotolerantes e DBO (este acima do VLP) (Resolução CONAMA 357/2005) (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na cabeceira da bacia e à intensa urbanização da bacia a montante deste ponto, a exemplo do observado nos pontos deste rio descritos anteriormente.

76 76

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da VitóriaIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Page 73: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

64

Figura 4-46 – Histórico da qualidade da água no Rio Pitimbu – Ponte Trampolim da Vitória (PIR05)

PIR06 – Lagoa do Jiqui

A Lagoa do Jiqui é um importante manancial de abastecimento para a cidade de Natal, abastecendo cerca de 30% das Zonas Sul, Leste e Oeste. Nesta campanha, a qualidade da água na lagoa foi considerada “Boa” (IQA e IQAc iguais à 70 – muito próximo de “Médio” – ver Figura 4-47), sendo que o que mais contribuiu para reduzir o valor do IQA foram as elevadas concentrações fósforo (acima do VLP), coliformes termotolerantes e DBO (ambos abaixo do VLP) e baixa concentração de OD. Nesta campanha, o IET resultou “Ultraoligotrófico”, sendo que a densidade de cianobactérias foi nula. As concentrações de todos os metais pesados analisados foram menores que os limites de detecção dos métodos empregados (ver Tabela 4-28).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA na Lagoa do Jiqui foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, altas concentrações de DBO, baixas concentrações de OD ou baixo pH. A lagoa sofre influência da ocupação, principalmente urbana, da bacia do rio Pitimbu, a montante, o que tem deteriorado a qualidade da água neste manancial.

70 70

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR06 - Lagoa do JiquiIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-47 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Jiqui (PIR06)

PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de Pium, em Nísia Floresta

O ponto PIR07 está localizado no Rio Pirangi, no Balneário de Pium, Município de Nísia Floresta. Este trecho do rio é utilizado para lavagem de roupas e lazer, encontrando-se diversos bares em suas margens. O IQA e o IQAc nesta campanha resultaram “Bom” (iguais à 70 – muito próximo de “Médio” – ver Figura 4-47), sendo que o que mais contribuiu para reduzir o valor do IQA e IQAc foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO (esta última acima do VLP) e elevado pH. Quanto a série de metais traços na água, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-28).

Page 74: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

65

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Bom”. A exemplo dos demais pontos com águas doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras e à intensa urbanização dos cursos médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi.

71 71

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR07 - Rio Pirangi - Balneário Pium IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-48 – Histórico da qualidade da água no Rio Pirangi, no Balneário de Pium (PIR07)

PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em Parnamirim

O ponto PIR08 situa-se no Estuário do Rio Pirangi, sob a Ponte Velha na RN 063, na Praia de Pirangi, Município de Parnamirim. As características da água neste ponto variam (principalmente a salinidade) com a maré, de maneira que as águas podem ora ser doces, ora salobras ou salinas. Nesta campanha, a salinidade foi relativamente elevada (5,68‰, águas salobras). Nesta campanha, este ponto apresentou elevadas concentrações de sólidos totais, devido à alta salinidade, e DBO. Por isso, a qualidade da água foi classificada como “Boa” (IQA e IQAc iguais à 70, muito próximo de “Médio” – ver Figura 4-49), com os demais parâmetros atendendo ao padrão de qualidade para águas salinas ou salobras, classe 1 (Resolução CONAMA 357/2005). A densidade de cianobactérias foi nula (0 cél./mL) (ver Tabela 4-28). Tanto na água como no sedimento, nenhum metal apresentou concentração maior que o VLP (ver Tabela 4-28 e Tabela 4-29).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO e sólidos totais (devido à elevada salinidade em algumas campanhas).

Page 75: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

66

70 70

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR08 - Estuário Rio Pirangi - Ponte velha RN-063IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-49 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Pirangi (PIR08)

Tabela 4-29–Concentrações demetais pesados no sedimento do estuário do Rio Pirangi (PIR08)

PARÂMETRO

PIR08 - Estuário Rio Pirangi -

Ponte velha RN-063

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) 4,17 34Chumbo Total (mg/Kg) 9,402 47Cromo Total (mg/Kg) 16,168 81Cádmio Total (mg/Kg) 0,511 1Zinco Total (mg/Kg) 11,33 150Níquel Total (mg/Kg) 1,928 21Mercúrio Total (mg/Kg) < 0,0002 0

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

PIR09 – Rio Pirangi, Lagoa de Pium (Lagoa Azul), em Nísia Floresta

O ponto PIR09 está localizado no Rio Pium, bacia do Rio Pirangi, no Balneário de Pium, Município de Nísia Floresta, conhecido como Lagoa de Pium ou Lagoa Azul. O IQA e o IQAc nesta campanha resultaram “Bom” (iguais à 70 – muito próximo de “Médio” – ver Figura 4-47), sendo que o que mais contribuiu para reduzir o valor do IQA e IQAc foi a elevada DBO (acima do VLP) e elevado pH (ver Tabela 4-28).

Não há histórico de dados do Projeto Agua Azul sobre este ponto, pois as análises se iniciaram nesta 1ª campanha, a partir de 2014. No entanto, embora o IQA neste ponto tenha apresentado qualidade média, concentrações elevadas de DBO podem sugerir o lançamento de esgotos ao redor da lagoa, o que podem comprometer à longo prazo a qualidade da mesma. A exemplo dos demais pontos com águas doces da bacia, em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem nas cabeceiras ou à intensa urbanização dos cursos médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi.

Page 76: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

67

70 70

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIR09 - Lagoa Azul IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-50 – Histórico da qualidade da água na Lagoa de Pium (Lagoa Azul), no Balneário de Pium (PIR09)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Pirangi. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade Boa (embora os pontos PIR06, PIR08 e PIR09 apresentarem qualidade próximo a Média) e estados tráficos variando entre ultraoligotrófico à oligotrófico para todos os pontos. Desta forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se ainda com boa qualidade, no entanto, ocorrem usos agropastoris nas cabeceiras e intensa urbanização dos cursos médios e baixos dos rios da bacia hidrográfica do Rio Pirangi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PIR01 PIR02 PIR03 PIR04 PIR05 PIR06 PIR07 PIR08 PIR09

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO PIRANGI

IQAIQAcIET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-51 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Pirangi

Page 77: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

68

4.1.8. Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

A Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (FLLED) ocupa uma área de 649,4 km2, o que representa cerca de 1,2% do território estadual, sendo constituída por 8 (oito) sub-bacias independentes, nas quais não existem açudes cadastrados. Na Figura 4-52 apresenta-se o mapa esquemático da FLLED, com indicação do ponto de monitoramento na Lagoa do Bonfim (FLL01). Na Tabela 4-30 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET na Lagoa do Bonfim.

Figura 4-52 – Mapa esquemático da Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso (Fonte: IGARN, 2009)

FLL01 – Lagoa do Bonfim

O ponto FLL01 situa-se na Lagoa do Bonfim, junto à captação da Adutora Monsenhor Expedito, operada pela CAERN. Nesta campanha,a qualidade da água neste ponto resultou “Excelente” (IQA = 90, muito próximo a “Bom” - ver Figura 4-53), onde todos os parâmetros analisados resultaram abaixo dos respectivos VLPs para águas doces, classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005). O IET calculado resultou na categoria “Oligotrófico” (ver Tabela 4-30). A densidade de cianobactérias neste ponto foi baixa, 208 cél./mL, abaixo do VLP, com dominância da espécie Planktolyngbya minor, que não é reconhecida como produtoras de cianotoxinas.

Page 78: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

69

Tabela 4-30-Qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01), situada na Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

PARÂMETRO FLL01 - Lagoa do Bonfim VLP*

Temperatura da amostra (oC) 27 -pH 6,6 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 6,9 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 3,1 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

46 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 0,7 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,013 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹;

≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 72,0 -Turbidez (UNT) 2,9 ≤ 1001

IQA 90 -Qualidade Excelente -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 -IQAc 90 -

Qualidade Excelente -IET 50 -

Categoria Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 208 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,38 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,076 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,21 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas

salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 79: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

70

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, os valores médios do IQA e do IQAc neste ponto sempre resultaram com a classificação “Bom”, o que atesta, ainda, a boa qualidade da água da Lagoa do Bonfim. Apesar disso, eventualmente já foi observado concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO nas águas da lagoa, além de densidades de cianobactérias relativamente elevadas em algumas campanhas, que são indícios do processo de poluição da lagoa, decorrente principalmente da ocupação desordenada de sua bacia, o que pode comprometer a qualidade da água da lagoa no futuro e demanda ações do Poder Público para proteção deste manancial. Mesmo assim, houve significativa melhora em relação a qualidade da água desta campanha comparado a campanhas anteriores, embora haja atividades agropastoris e crescente urbanização que ocorrem nos arredores na lagoa, o que pode ser agravada em períodos de estiagem

90 90

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

FLL01 - Lagoa do Bonfim - Captação CAERN IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-53 – Histórico da qualidade da água na Lagoa do Bonfim (FLL01)

4.1.9. Bacia Hidrográfica do Rio Trairi

A bacia hidrográfica do Trairi ocupa uma área de 2.867,4 km2, correspondendo a cerca de 5,4% do território estadual. Na bacia estão cadastrados 63 açudes, totalizando um volume de acumulação de 92.567.400 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,8% e 2,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. Foram selecionadas 4 estações de monitoramento na bacia: TRA01 – Açude Inharé, em Santa Cruz; TRA02 – Açude Santa Cruz; TRA03 – Açude Trairi, em Tangará; e TRA04 – Rio Trairi, em Monte Alegre. Os principais açudes da bacia são o Trairi e o Inharé, que foram selecionados para monitoramento trimestral de cianobactérias. Na Figura 4-54 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, contendo os principais corpos d´água e os pontos selecionados para monitoramento. Na Tabela 4-31 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Por se tratar de três pontos situados em reservatórios e um em rio, ainda que eventualmente apresentem águas salobras, os resultados apresentados nesta bacia são comparados com os valores limites permitidos- VLP para enquadramento das águas doces, classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005.

Page 80: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

71

Figura 4-54 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Rio Trairi (Fonte: IGARN, 2009)

TRA01 – Açude Inharé – Santa Cruz

O ponto TRA01 refere-se ao açude Inharé, localizado no Município de Santa Cruz. Nesta campanhaa água deste açude apresentou-se salobra (salinidade = 2,403‰). O IQA resultou 71, e foi classificado como “Bom” (o IQAc resultou em “zero”, isto é, “Muito Ruim”, pois a análise de metais detectou a concentração de zinco acima do VLP, o que anula o índice, ver Figura 4-55). O IQA foi agravado principalmente pelas elevadas concentrações de DBO e fósforo (acima dos VLPs para águas doces, classe 2, Resolução CONAMA 357/2005) e sólidos totais. Além disso, a densidade de cianobactérias foi muito elevada (200.925 cél./mL), muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA357/2005 e da Portaria 2914/2011, o que implica na necessidade de monitoramento do manancial e dos sistemas de abastecimento que dele se utilizem. O IET resultou “Supereutrófico”, com intensa floração de cianobactérias, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) (ver Tabela 4-31).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, este reservatório apresentou águas salobras em todas as campanhas nele realizadas. O IQA e o IQAc oscilaram entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios desses índices resultaram na classificação “Médio”, agravados principalmente pelas concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais (estes, parcialmente devidos à salinidade).

Page 81: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

72

Tabela 4-31- Qualidade da água na Bacia do Rio Trairi

PARÂMETROTRA01 - Açude Inharé - Santa

Cruz

TRA02 - Açude Santa Cruz

TRA03 - Açude Trairi - Tangará

TRA04 - Rio Trairi - Monte

AlegreVLP*

Temperatura da amostra (oC) 25 24 25 26 -

pH 8,9 8,9 9,1 7,7 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,6 8,1 7,3 - ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 7,0 5,7 6,1 < LD ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

2 2 10 4.100 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,4 2,8 3,6 0,7 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,121 0,260 0,211 0,122 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 3.896 6.483 5.101 872 -

Turbidez (UNT) 18,5 6,4 11,0 14,6 ≤ 1001

IQA 71 73 65 * -Qualidade Bom Bom Médio * -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,2230 0,0320 0,1200 0,0350 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 0 1 1 1 -IQAc 0 73 65 * -

Qualidade Muito Ruim Bom Médio * -IET 65 62 63 64 -

Categoria Supereutrófico Eutrófico Eutrófico Supereutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 200.925 - - - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 57,7 78,8 78,8 7,0 ≤ 301

Salinidade (‰) 2,403 4,369 3,331 0,688 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,9 0,5 0,5 0,2 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

TRA02 – Açude Santa Cruz

O Açude Santa Cruz localiza-se no município de Santa Cruz - RN, barrando o rio Trairi. Possui uma bacia hidrográfica de 300 km² e capacidade pouco superior a 5.000.000 m3. Este reservatório apresentou água salobra nesta campanha (4,369 ‰). Nesta 1ª campanha, o IQA e o IQAc foram classificados como “Bom” (73 para ambos, ver Figura 4-56), agravado principalmente pelas concentrações elevadas de DBO, fósforo total e sólidos totais (estes resultantes principalmente da elevada salinidade). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-31). O IET resultou “Eutrófico”, com elevada concentração de clorofila “a”, acima do VLP.

Page 82: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

73

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia do açude.

71

00

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

TRA01 - Açude Inharé - Santa CruzIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-55 – Histórico da qualidade da água no Açude Inharé – Santa Cruz (TRA01)

73 73

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

TRA02 - Açude Santa Cruz IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-56 – Histórico da qualidade da água no Açude Santa Cruz (TRA02)

TRA03 – Açude Trairi - Tangará

O Açude Trairi localiza-se no Município de Tangará/RN. Nesta campanha o IQA e o IQAc foram classificados como “Médio” (ver Figura 4-57), com o valor reduzido principalmente devido às concentrações relativamente elevadas de nitrogênio total (e amoniacal), fósforo total, DBO e sólidos totais (devido à salinidade relativamente elevada. O IET resultou “Eutrófico”, com elevada concentração de clorofila “a”, acima do VLP. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-31).

Page 83: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

74

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais, decorrentes dos usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante do açude.

65 65

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

TRA03 - Açude Trairi - Tangará IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-57 – Histórico da qualidade da água no Açude Trairi, em Tangará (TRA03)

TRA04 – Rio Trairi - Monte Alegre

O ponto TRA04 localiza-se no Rio Trairi, a jusante de Monte Alegre. Este ponto apresenta salinidade elevada, apresentando águas geralmente salobras. Nesta campanha, o IQA e o IQAc não foram calculados pois alguns parâmetros não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis (ver Figura 4-57). No entanto, foi observado concentrações elevadas de fósforo total (0,122 mg/L) e coliformes termotolerantes (4.100 cél./mL), ambos acima do VLP. O IET resultou “Supereutrófico” neste ponto. Quanto a série de metais traços na água, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-31).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente às contribuições decorrentes de usos agropastoris e urbanos que ocorrem na bacia a montante deste ponto, e à elevada salinidade, que resulta geralmente em concentrações elevadas de sólidos totais.

Page 84: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

75

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

TRA04 - Rio Trairi - Monte Alegre IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-58 – Histórico da qualidade da água no Rio Trairi – Monte Alegre (TRA04)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Trairi. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade Média (exceto o ponto TRA02 que apresentou qualidade BOA, e o TRA04 que não foi monitorado nesta campanha) e estados tráficos variando entre eutróficos (TRA02 e TRA03) à supereutrófico (TRA01). Desta forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Trairi, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

TRA01 - Açude Inharé -Santa Cruz

TRA02 - Açude Santa Cruz TRA03 - Açude Trairi -Tangará

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO TRAIRI

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)0

Figura 4-59 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Trairi

Page 85: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

76

4.1.10. Bacia Hidrográfica do Rio Jacu

A bacia hidrográfica do rio Jacu ocupa uma área de 1.805,5 km2, correspondendo a cerca de 3,4% do território estadual. Na bacia foram cadastrados 44 açudes, totalizando um volume de acumulação de 51.127.500 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 2,0% e 1,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. O principal açude da bacia é o Japi II, localizado no município de São José do Campestre, com uma capacidade de acumulação de 20,6 milhões de m3. Na Figura 4-60 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos de monitoramento. Na Tabela 4-32 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET.

Figura 4-60 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica Jacu (Fonte: IGARN, 2009)

JAC01 – Açude Japi II

O ponto JAC01 situa-se no Açude Japi II, localizado no Município de São José do Campestre. A água deste açude é geralmente salobra (apesar disso, a qualidade é comparada com o padrão de qualidade para águas doces, por se tratar de um açude), como nesta campanha (salinidade = 4,506‰), o que resulta em concentrações elevadas de sólidos totais. Devido às concentrações relativamente elevadas de nitrogênio total, DBO e sólidos totais, o IQA resultou “Bom” nesta campanha (ver Figura 4-61). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-32).

Page 86: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

77

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do açude, além da elevada salinidade, que contribui para o aumento da concentração de sólidos totais.

Tabela 4-32- Qualidade da água na Bacia do Rio Jacu

PARÂMETRO

JAC01 - Açude Japi II

- S.J. Campestre

JAC02 – Rio Jacu - Sítio

Choar - Espírito Santo

JAC03 - Lagoa das Guaraíras

JAC04 - Lagoa das Guaraíras VLP*

Temperatura da amostra (oC) 25 25 25 24 -

pH 8,1 8,5 7,8 8,1 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,4 7,6 5,4 4,7 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 6,4 6,4 3,8 4,0 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

2 23 19 17 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,9 2,7 0,3 0,0 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,131 0,593 0,018 0,031 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹;

≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 6.679 1.248 39.909 33.675 -

Turbidez (UNT) 6,9 10,3 12,8 12,9 ≤ 1001

IQA 76 67 72 68 -Qualidade Bom Médio Bom Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0250 0,0200 0,0320 < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -IQAc 76 67 72 68 -

Qualidade Bom Médio Bom Médio -IET 62 62 49 52 -

Categoria Eutrófico Eutrófico Oligotrófico Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - 600 0 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - < LD < LD ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < 10 < 10 Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 14,7 2,2 0,2 0,5 ≤ 301

Salinidade (‰) 4,506 0,666 29,765 26,761 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,4 0,6 0,2 0,2 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 jul-14 jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 87: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

78

76 76

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

JAC01 - Açude Japi II - S.J. Campestre IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-61 – Histórico da qualidade da água no Açude Japi II – São José de Campestre (JAC01)

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar – Espírito Santo

O ponto JAC02 situa-se no rio Jacu, na localidade Sítio Choar, sob uma ponte na rodovia RN 003, em Espírito Santo. Devido às concentrações relativamente elevadas de nitrogênio total, DBO, sólidos totais e fósforo total (0,6 mg/L, muito acima do VLP – o índice é muito sensível a este parâmetro), o IQA resultou “Médio” nesta campanha (ver Figura 4-61). O IET resultou “Oligotrófico”, com baixa concentração de clorofila “a” (ver Tabela 4-32).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, este ponto apresentou elevada salinidade, com águas salobras em todas as campanhas. O IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos (decorrentes da salinidade), coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente à carga de resíduos agropastoris e urbanos (esterco, esgoto etc.) lançados no rio a montante deste ponto.

67 67

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar - Espírito Santo IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-62 – Histórico da qualidade da água no Rio Jacu – Espírito Santo (JAC02)

Page 88: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

79

JAC03 – Lagoa das Guaraíras

O ponto JAC03 situa-se na Lagoa das Guaraíras, no município de Arês-RN. A Lagoa das Guaraíras na verdade é uma laguna, pois suas águas se comunicam com o mar através de um canal, de modo que sofre influência da maré e tem águas geralmente salinas. Por isso, os resultados apresentados neste ponto são comparados com os valores limites permitidos - VLP para enquadramento das águas salinas, classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005. A salinidade medida nesta campanha foi de 29,765‰, que implicou em elevada concentração de sólidos totais. O IQA e o IQAc resultaram na classificação “Bom” (ver Figura 4-63). A densidade de cianobactérias foi de 600 cél./ml, com predominância das espéries Geitlerinema unigranulata, Planktolyngbya minor e Cylindrospermopsis raciborskii (a última potencial produtora de cianotoxinas). O IET resultou “Oligotrófico” (ver Tabela 4-32).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto oscilaram entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos (devido à salinidade) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO, decorrentes dos usos (agricultura, pecuária, áreas urbanas, etc.) que ocorrem na bacia hidrográfica.

66 66

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

JAC03 - Lagoa das Guaraíras IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-63 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC03)

JAC04 – Lagoa das Guaraíras

O ponto denominado JAC04 também está localizado na Lagoa (laguna) das Guaraíras, porém em outra extremidade. Os resultados obtidos neste ponto foram semelhantes aos do ponto JAC03, com elevada salinidade (e, consequentemente, alta concentração de sólidos totais). O IQA também resultou “Médio” (ver Figura 4-64), prejudicado principalmente pelas concentrações elevadas de sólidos totais e pelo baixo OD. O IET também resultou “Oligotrófico”.

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA e o IQAc neste ponto também oscilaram entre “Médio” e “Bom” (como no JAC03). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO, pelos mesmos motivos enumerados na descrição do ponto JAC03.

Page 89: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

80

69 69

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

JAC04 - Lagoa das Guaraíras IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-64 – Histórico da qualidade da água na Lagoa das Guaraíras (JAC04)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos pontos analisados da bacia do Rio Jacu. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade variando entre Média (JAC01 e JAC03) e Boa (JAC02 e JAC04) e estados tráficos variando entre oligotróficos à eutróficos (JAC01 e JAC02). Desta forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Jacu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

JAC01 JAC02 JAC03 JAC04

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO RIO JACU

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-65 – Comparação entres os índices de qualidade da água na Bacia do Rio Jacu

Page 90: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

81

4.1.11. Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú

A bacia hidrográfica do Rio Curimataú ocupa uma área de 830,5 km2, correspondendo a cerca de 1,6% do território estadual. Na bacia estão cadastrados 25 açudes, totalizando um volume de acumulação de 3.918.400 m3 de água, correspondente, respectivamente, a 1,1% e 0,1% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios Parari, Espinho, Pequiri, Outeiro e Curimataú. Nesta bacia, não há nenhum açude com capacidade igual ou superior a 10 milhões de m3. Na Figura 4-66 apresenta-se o mapa esquemático desta bacia, com a indicação dos pontos selecionados para monitoramento: CUR01 – jusante de Nova Cruz-RN; CUR02 – jusante de Pedro Velho-RN; CUR03 – Estuário de Barra de Cunhaú-RN; PIQ01 – Captação da CAERN em Pedro Velho-RN. Destes, somente o ponto CUR03 é monitorado trimestralmente, com exame da densidade de cianobactérias. Na Tabela 4-33 apresentam-se os resultados dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, assim como o IQA, IT, IQAc e IET. NaTabela 4-34 apresentam-se os resultados das concentrações de metais pesados no sedimento do estuário de Barra de Cunhaú, em Canguaretama.

Nesta 1ª campanha, não foi possível calcular o IQA e o IQAc de nenhum dos quatro pontos monitorados pelo Programa Agua Azul na Bacia do Rio Curimataú, devido a falta de dados relacionados à oxigênio dissolvido-OD (assim como densidade de cianobactérias), que não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis pelas análises do programa. Embora não seja possível fazer uma análise mais quantitativa de todos os pontos, uma análise qualitativa foi realizada a partir dos dados disponíveis.

Figura 4-66 – Mapa esquemático da Bacia Hidrográfica do Curimataú (Fonte: IGARN, 2009)

Page 91: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

82

Tabela 4-33 - Qualidade da água na Bacia do Rio Curimataú

PARÂMETRO

CUR01 - Rio Curimataú -

Jusante de Nova Cruz

CUR02 - Rio Curimataú -

Jusante de Pedro Velho

CUR03 - Barra de Cunhaú -

Canguaretama

CUR04 - Rio Piquiri - Captação

CAERN Pedro Velho (PIQ01)

VLP*

Temperatura da amostra (oC) 24 23 26 22 -pH 9,8 9,7 8,5 7,8 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) - - - - ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

4.000 4.500 4.300 3.400 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 0,6 1,0 0,3 < LD -

Fósforo Total (mg P/L) 0,027 0,107 0,028 < LD ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 1.087 579 23 67 -

Turbidez (UNT) 3,1 11,0 4,6 1,7 ≤ 1001

IQA * * * * -Qualidade * * * * -

Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0410 0,0410 0,0400 0,0260 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -IQAc * * * * -

Qualidade * * * * -IET 31 50 47 34 -

Categoria Ultraoligotrófico Oligotrófico Ultraoligotrófico Ultraoligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - < LD - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - < LD - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) - 0,4 0,4 0,2 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,852 0,410 30,038 0,019 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,4 0,2 0,1 0,3 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos, em mg/L, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; +

ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

CUR01 – Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz-RN

O ponto CUR01 está localizado no rio Curimataú, a jusante da cidade de Nova Cruz. Nesta campanha o rio Curimataú apresentou águas salobras (salinidade de 0,852‰), com elevada concentração de sólidos totais. Devido a isso, ao elevado pH, e às concentrações elevadas de coliformes termotolerantes (ambos acima dos respectivos VLPs), espera-se que a qualidade da água do rio esteja comprometida. O IET resultou “Ultraoligotrófico” (ver Tabela 4-33).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio” (não foi possível realizar tais cálculos por razões já mencionadas, ver Figura4-67). Em geral, o que mais reduziu os valores desses índices neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos totais, decorrentes da salinidade. Além disso, eventualmente, as concentrações de coliformes termotolerantes e DBO também foram elevadas, devido provavelmente

Page 92: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

83

aos usos agropastoris e ao lançamento de despejos na cidade de Nova Cruz (p.ex., esgotos), que ocorrem a montante deste ponto.

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CUR01 - Rio Curimataú - Jusante de Nova Cruz IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-67 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01)(SD: Sem dado)

CUR02 – Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho- RN

O ponto CUR02 localiza-se no rio Curimataú, a jusante da cidade de Pedro Velho. Nesta campanha o rio Curimataú apresentou água doces (salinidade de 0,41‰), com elevada concentração de sólidos totais. Devido a isso, ao elevado pH, e às concentrações elevadas de coliformes termotolerantes (ambos acima dos respectivos VLPs), espera-se que a qualidade da água do rio esteja comprometida. O IET resultou “Oligotrófico” com baixa concentração de clorofila “a” (ver Tabela4-33).

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CUR02 - Rio Curimataú - Jusante de Pedro Velho IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-68 – Histórico da qualidade da água no Rio Curimataú, a jusante de Pedro Velho (CUR02)(SD: Sem dado)

Page 93: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

84

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio” (não foi possível realizar tais cálculos por razões já mencionadas, ver Figura 4-67). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos totais (devido à elevada salinidade das águas, geralmente salobras), coliformes termotolerantes e, eventualmente, de DBO, devido principalmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto, além dos dejetos lançados na área urbana e periurbana de Pedro Velho.

CUR03 – Estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú

O ponto CUR03 situa-se no estuário do Rio Curimataú, em Barra de Cunhaú, no Município de Canguaretama. Por se tratar de um estuário, este ponto apresenta elevada salinidade, com águas salobras a salinas, como nesta campanha (salinidade = 30,038‰), o que resultou em elevada concentração de sólidos totais (39.334 mg/L). Devido a isso, e à elevada concentração de coliformes termotolerantes (4.300 NMP/100mL), espera-se que a qualidade da água do rio esteja comprometida neste ponto. O IET resultou “Oligotrófico” com baixa concentração de clorofila “a” (ver Tabela 4-33). As concentrações de metais pesados no sedimento do estuário de Barra de Cunhaú foram inferiores aos VLPs para todos os metais analisados (ver Tabela 4-34).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Bom” e “Médio”, sendo que os valores médios do IQA e do IQAc resultaram na classificação “Médio” (não foi possível realizar tais cálculos por razões já mencionadas, ver Figura 4-67). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA e do IQAc neste ponto foram as concentrações de sólidos totais (devido à salinidade), coliformes termotolerantes (inclusive nesta campanha) e, eventualmente, de DBO, devido provavelmente aos diversos usos agropastoris – incluindo a carcinicultura no próprio estuário – e urbanos observados na bacia, que resultaram em baixas concentrações de OD em algumas campanhas (nesta, não foi medido).

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CUR03 - Barra de Cunhaú - Canguaretama IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-69 – Histórico da qualidade da água no Estuário de Barra de Cunhaú (CUR03)(SD: Sem dado)

Page 94: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

85

Tabela 4-34–Concentrações de metais pesados nosedimento do estuário de Barra de Cunhaú

PARÂMETROCUR03 - Barra de

Cunhaú - Canguaretama

VLP*

Cobre Total (mg/Kg) 4,395 34Chumbo Total (mg/Kg) < LD 46,7Cromo Total (mg/Kg) < LD 81Cádmio Total (mg/Kg) < LD 1,2Zinco Total (mg/Kg) 6,981 150Níquel Total (mg/Kg) 0,591 20,9

Mercúrio Total (mg/Kg) < LD 0,15*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004.

CUR04– Rio Piquiri - captação da CAERN em Pedro Velho

O ponto CUR04 localiza-se no rio Piquiri, junto à captação de água da CAERN, no município de Pedro Velho. Nesta campanha o rio Curimataú apresentou água doces (salinidade de 0,019‰), com baixa concentração de sólidos totais. Devido às concentrações elevadas de coliformes termotolerantes (ambos acima dos respectivos VLPs), espera-se que a qualidade da água do rio esteja comprometida. O IET resultou “Ultraoligotrófico” com baixa concentração de clorofila ‘a’.

SD SD0

102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

CUR04 - Rio Piquiri - Captação CAERN Pedro Velho (PIQ01) IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-70 – Histórico da qualidade da água no Rio Piquiri, em Pedro Velho (CUR04)(SD: Sem dado)

Page 95: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

86

4.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FLNED

Os resultados referentes à Bacia do Rio Piranhas-Açu e à Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED) são apresentados a seguir por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários), no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos diferentes corpos hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 36 pontos amostrais da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu, sendo 20 reservatórios (PIA01- Açude Mulungu; PIA02- Esguicho; PIA03- Açude Rio da Pedra; PIA04- Açude Caldeirão de Parelhas; PIA05- Açude Carnaúba; PIA06-Açude Cruzeta; PIA07-Açude Gargalheiras; PIA09-Dourado; PIA10- Zangalheiras; PIA13- Açude Mendubim; PIA14-Açude Beldroega; PIA15- Açude Novo Angicos; PIA16-Açude Pataxós; PIA20-Açude Santo Antônio; PIA21-Açude Itans; PIA23-Açude Boqueirão de Parelhas; PIA25-Açude Passagem das Traíras; PIA 26- Boqueirão de Angicos; PIA30 –Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá; e PIA31 – Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael), 12 rios (PIA08- Rio São Bento; PIA11- Rio Seridó, em Jardim do Seridó; PIA12- Espinharas; PIA22- Rio Seridó, em Caicó; PIA24- Rio Seridó, em São Fernando; PIA29- Rio Piranhas-Açu, em Pendências), PIA32- Rio Piranhas-Açu, Jucurutu; PIA33- Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas; PIA34- Rio Piranhas-Açu, Divisa RN-PB; PIA35- Rio Piranhas-Açu, DIBA, Alto do Rodrigues; PIA36- Rio Piranhas-Açu, Acauã; PIA37-Confluência Rios Seridó e Sabugi; e 4 estuários (PIA17-Rio Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Rio dos Cavalos, em Pendências; PIA28-Rio das Conchas, em Porto do Mangue; e FLNED- Rio Camurupim, em Guamaré).

Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2, nos pontos situados em reservatórios e trechos de rios, e para águas salobras e salinas, classe 1, nos pontos estuarinos. Os resultados das análises de sedimento de fundo foram comparados com os valores limite da Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível 1. Com relação aos resultados de metais pesados quantificados nas amostras de água, os resultados foram avaliados quanto ao Índice de Toxicidade – IT e ao Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc, pois o Limite de Detecção – LD para todos os metais analisados pelo equipamento no NUPPRAR/UFRN apresentou-se inferior aos VLPs definidos pela Resolução CONAMA n° 357/2005.

4.2.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do rio Piranhas-Açu

Na Tabela 4-35 são apresentados os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu/RN. Como os reservatórios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

Nesta 1ª Campanha, todos os dados dos pontos de reservatório foram completamente coletados e analisados, de maneira que, foi possível dar suporte a completa caracterização de cada corpo d’água.

PIA01 – Açude Mulungu

O ponto PIA01 situa-se no Açude Público Mulungu, localizado no município de Currais Novos. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,366‰), com água apresentando

Page 96: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

87

“Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ambos iguais a 82 – ver Figura 4-71). A densidade de cianobactérias foi elevada, 57.540 cél./ml, com predominância das espéries Planktolyngbya minor e Planktothrix minor, (não produtoras de cianotoxinas). O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Muito ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as elevadas concentrações de sólidos totais – decorrentes da salinidade da água, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do açude.

PIA02 – Açude Público Esguicho

O ponto PIA02 situa-se no açude Esguicho, localizado no município de Ouro Branco. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,100‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio, fósforo e sólidos totais. As concentrações de cianobactérias (2.702.856 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor) e clorofila ‘a’ foram muito elevadas, resultando em IET “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações de DBO e, eventualmente de sólidos totais e coliformes termotolerantes.

Page 97: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

88

Tabela 4-35-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-AçuPARÂMETRO

PIA01 - Açude Mulungu -

Currais Novos

PIA02 - Açude Esguicho

PIA03 - Açude Rio da Pedra

PIA04 - Açude Caldeirão Parelhas

PIA05 - Açude Carnaúba

PIA06 - Açude Cruzeta

PIA07 - Açude Gargalheiras

PIA09 - Açude Dourado

PIA10 - Açude Zangalheiras

PIA13 - Açude Mendubim VLP*

Temperatura da amostra (oC) 25 27 26 26 28 26 27 25 27 27 -pH 6,9 8,7 8,8 8,4 7,8 8,1 8,9 8,3 9,5 8,2 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 8,4 7,1 7,5 7,7 8,1 7,3 8,6 8,6 8,8 8,6 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 3,5 3,3 5,2 6,8 4,2 4,0 3,3 2,8 3,0 6,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

0 0 1 3 11 1 8 1 9 3.400 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 2,3 9,9 0,1 5 0,6 1,4 4,8 1,6 7,6 < LD -Fósforo Total (mg P/L) 0,108 0,308 0,098 0,071 0,076 0,208 0,249 0,143 0,179 0,017 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 519,6 1.274,0 620,0 1.201,5 181,6 212,8 1.139,2 341,2 3.632,8 185,2 -Turbidez (UNT) 7,9 15 32,3 11,5 3,07 5,6 28,4 10,3 9,79 3,7 ≤ 1001

IQA 82 72 75 73 84 86 69 85 63 65 -

Qualidade Bom Bom Bom Bom Bom Bom Médio Bom Médio Médio -Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,009 0,011 < LD 0,007 0,008 0,021 0,005 0,008 0,003 < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -IQAc 82 72 75 73 84 86 69 85 63 65 -

Qualidade Bom Bom Bom Bom Bom Bom Médio Bom Médio Médio -IET 58 68 64 61 54 60 66 62 60 48 -

Categoria Mesotrófico Hipereutrófico Supereutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Supereutrófico Eutrófico Eutrófico Oligotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 57.540 2.702.856 2.884.544 16.211 7.688 75.384 2.339.000 76.020 2.512 6.664 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 3,3 50,8 47,7 19,0 1,3 3,6 28,4 16,3 4,1 0,6 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,366 0,100 0,350 1,727 0,076 0,093 0,819 0,186 3,168 0,093 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,7 0,56 0,29 0,43 0,38 0,49 0,56 0,32 0,94 0,3 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 98: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

89

Tabela 4-36-Qualidade da água nos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu (continuação)

PARÂMETROPIA14 -Açude

BeldroegaPIA15 - Açude Novo Angicos

PIA16 - Açude Pataxós

PIA20 - Açude Santo Antônio

PIA21 - Açude Itans

PIA23 - Açude

Boqueirão

PIA25 - Açude

Passagem das

PIA26 - Boqueirão de

Angicos

PIA30 - Armando Ribeiro

PIA31 - Arm. Rib. Gonçalves -

São RafaelVLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 26 27 27 28 24 26 26 27 27 -

pH 8,2 9,0 8,1 7,2 8,8 8,1 8,5 9,1 8,5 8,6 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 8,1 8,05 8,6 8,1 7,5 8,06 9,6 7,1 7,7 6,9 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 5,1 4,1 5,9 3,5 5,6 3,8 4,9 4,9 5,9 2,3 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

142 0 7.300 3 3 14 4 0 6.100 3 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) < LD 3,9 < LD 1,3 2,1 4,1 3,6 1,9 2,7 < LD -

Fósforo Total (mg P/L) 0,019 0,378 0,054 0,059 0,073 0,087 0,115 0,065 0,067 0,056 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 173,6 2.288,8 322,0 169,6 494,1 1.163,2 1.048,8 1.212,8 214,0 227,2 -

Turbidez (UNT) 2,75 48,5 23,6 4,54 3,06 12,5 12 28,2 19,6 15,4 ≤ 1001

IQA 77 69 58 88 76 74 73 71 58 82 -

Qualidade Bom Médio Médio Bom Bom Bom Bom Bom Médio Bom -Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD 0,016 < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD 0,005 0,017 0,005 < LD < LD < LD ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 -IQAc 77 69 58 0 76 74 73 71 58 82 -

Qualidade Bom Médio Médio Muito Ruim Bom Bom Bom Bom Médio Bom -IET 48 69 47 58 54 60 62 62 57 55 -

Categoria Oligotrófico Hipereutrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 28.128 2.304 2.424 6.008 23.472 466.540 556.852 73.008 209.888 51.580 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,6 57,6 1,1 8,8 1,0 12,0 21,0 43,2 4,0 3,0 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,066 1,638 0,186 0,071 0,350 0,819 0,721 0,743 0,082 0,076 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,28 1,07 0,35 0,41 0,33 0,27 0,57 0,42 0,2 0,2 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 99: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

90

82 82

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA01 - Açude Mulungu - Currais Novos IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-71 – Histórico da qualidade da água no Açude Mulungu (PIA01)

72 72

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA02 - Açude Esguicho IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-72 – Histórico da qualidade da água no Açude Esguicho (PIA02)

PIA03 – Açude Público Rio da Pedra

O ponto PIA03 situa-se no Açude Rio da Pedra, localizado no município de Santana dos Matos. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,350‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo e sólidos totais, e pelo pH relativamente elevado. As concentrações de cianobactérias (2.884.544 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Merismopedia tenuissima e clorofila ‘a’ foram muito elevadas, resultando em IET “Supereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA apresentou valor médio correspondente à classificação “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações

Page 100: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

91

de fósforo total e pH, cujo valor superou o VLP. Observa-se que o açude apresenta água com boa qualidade, exceto pela presença de metais pesados, que parece ser uma característica inerente aos corpos d’água da bacia do rio Piranhas-Açu, embora não tenha apresentado nesta campanha.

75 75

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA03 - Açude Rio da Pedra IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-73 – Histórico da qualidade da água no Açude Rio da Pedra (PIA03)

PIA04 – Açude Público Caldeirão de Parelhas

O ponto PIA04 refere-se ao açude Caldeirão de Parelhas, localizado no município de Parelhas. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (1,727‰), com água apresentando ainda “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO e sólidos totais (provavelmente devido a elevada salinidade), e pelo pH relativamente elevado. As concentrações de cianobactérias apresentaram-se abaixo dos VLPs (16.211 cél./ml). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 4-35).

73 73

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA04 - Açude Caldeirão Parelhas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-74 – Histórico da qualidade da água no Açude Caldeirão de Parelhas (PIA04)

Page 101: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

92

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as relativamente elevadas de DBO e, eventualmente, de fósforo e sólidos totais – decorrentes da salinidade da água – e coliformes termotolerantes, em consequência dos usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do açude.

PIA05 – Açude Público Carnaúba – São João do Sabugi

O açude Carnaúba (PIA05) localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,076‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram sutilmente prejudicados pela elevada concentração de fósforo e sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 4-35).

84 84

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA05 - Açude Carnaúba IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-75 – Histórico da qualidade da água no Açude Carnaúba (PIA05)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto, sempre foi “Bom” e o IQAc, contudo, “Muito ruim”, devido às elevadas concentrações de chumbo, cobre e níquel na água, acima dos VLPs (o que não foi observado nesta campanha). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO.

PIA06 – Açude Público Cruzeta

O Açude Cruzeta localiza-se no município de Cruzeta. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,093‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram sutilmente prejudicados pela elevada concentração de fósforo e sólidos totais. As concentrações de cianobactérias foi elevada (75.384 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Coelomorum tropicalis), resultando em IET “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram

Page 102: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

93

valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” nas campanhas em que foi calculado. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da turbidez, pois a salinidade da água é historicamente baixa– coliformes, fósforo total e, eventualmente, DBO.

86 86

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA06 - Açude Cruzeta IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-76 – Histórico da qualidade da água no Açude Cruzeta (PIA06)

PIA07 – Açude Público Marechal Dutra (Gargalheiras)

O Açude Público Marechal Dutra, mais conhecido como Gargalheiras, localiza-se no município de Acari. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (0,819‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (mas, próximo a “Bom”, ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio, fósforo e sólidos totais, e pelo pH relativamente elevado (mas, ainda abaixo do VLP). As concentrações de cianobactérias (2.339.000 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor) e clorofila ‘a’ foram muito elevadas, resultando em IET “Supereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, e o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas, devido às elevadas concentrações de cobre, chumbo e cádmio na água, acima dos VLPs, ou falta de dados (o que não ocorreu nesta campanha). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram a turbidez, fósforo total, as concentrações de sólidos totais – decorrentes da turbidez e da salinidade da água –, de DBO e de coliformes termotolerantes. Além disso, as concentrações de fósforo no açude eventualmente ultrapassaram o VLP (o cálculo do IQA, contudo, não é muito sensível ao aumento das concentrações de fósforo). Vale salientar que, o

Page 103: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

94

açude Gargalheiras recebe os esgotos (não tratados ou tratados precariamente) da cidade de Currais Novos.

69 69

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA07 - Açude Gargalheiras IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-77 – Histórico da qualidade da água no Açude Marechal Dutra (Gargalheiras) (PIA07)

PIA09 – Açude Público Dourado

O Açude Dourado localiza-se no município de Currais Novos. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,186‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram sutilmente prejudicados pela elevada concentração de fósforo e sólidos totais. A concentração de cianobactérias foi elevada (76.020 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), resultando em IET “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

85 85

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA09 - Açude Dourado IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-78 – Histórico da qualidade da água no Açude Dourado (PIA09)

Page 104: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

95

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” nas campanhas em que foi calculado. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de turbidez, sólidos totais – decorrentes principalmente da turbidez, pois a salinidade da água é historicamente baixa– coliformes, fósforo total e, eventualmente, DBO, provavelmente devido à falta de proteção do manancial e aos usos agropastoris e urbanos que ocorrem no açude e em sua bacia hidrográfica.

PIA10 – Açude Público Zangalheiras

O Açude Zangalheiras localiza-se no município de Jardim do Seridó. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (3,168‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio (total e amoniacal), fósforo e sólidos totais, e pelo pH elevado (9,5 - acima do VLP). A concentração de cianobactérias foi baixa (2.512 cél./ml). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou com valor médio do IQA correspondente à classificação “Médio”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores relativamente elevados de turbidez, sólidos totais e, eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes.

63 63

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA10 - Açude Zangalheiras IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-79 – Histórico da qualidade da água no Açude Zangalheiras (PIA10)

PIA13 – Açude Público Mendubim

O Açude Mendubim localiza-se no município de Açu. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,093‰), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO e, pricipalmente coliformes

Page 105: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

96

termotolerantes, que resultou 3.400 NMP/100mL (todos acima dos VLPs). O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Excelente”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em todas as campanhas em que foi calculado. Em geral, o que mais contribuiu para reduzir os valores do IQA neste ponto foram as concentrações de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o cálculo do IQA é muito sensível à elevação do valor deste parâmetro).

65 65

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA13 - Açude Mendubim IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-80 – Histórico da qualidade da água no Açude Mendubim (PIA13)

PIA14 – Açude Público Beldroega

O Açude Beldroega localiza-se no município de Paraú. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,066‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração de DBO e sólidos totais. A concentração de cianobactérias foi elevada (28.128 cél./ml). O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Bom” e “Excelente”, com valor médio do IQA correspondente à classificação “Bom”. Em geral, o que mais contribuiu para reduzir os valores do IQA neste ponto foram as concentrações de DBO e coliformes.

Page 106: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

97

77 77

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA14 -Açude Beldroega IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-81 – Histórico da qualidade da água no Açude Beldroega (PIA14)

PIA15 – Açude Novo Angicos

O açude Público Novo Angicos localiza-se no município de Angicos. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (1,638‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (mas, muito próximo a “Boa”, ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio (total e amoniacal), fósforo e sólidos totais, e pelo pH elevado (9,0 - limite do VLP). A concentração de cianobactérias foi baixa (2.304 cél./ml). O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

69 69

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA15 - Açude Novo Angicos IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-82 – Histórico da qualidade da água no Açude Novo Angicos (PIA15)

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, contudo, o IQAc resultou “Muito ruim” em todas as campanhas analisadas. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

Page 107: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

98

concentrações de sólidos totais, coliformes termotolerantes e, eventualmente, DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris e periurbanos que ocorrem no açude e em sua bacia.

PIA16 – Açude Público Pataxós

O Açude Pataxóssitua-se no município de Ipanguaçu. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,186‰), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO, sólidos totais e, pricipalmente coliformes termotolerantes, que resultou 7.300 NMP/100mL (todos acima dos VLPs). O IET resultou “Ultraoligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, turbidez, sólidos totais e coliformes termotolerantes.

58 58

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA16 - Açude Pataxós IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-83 – Histórico da qualidade da água no Açude Pataxós (PIA16)

PIA20 – Açude Público Santo Antônio

O Açude Santo Antônio localiza-se no município de São João do Sabugi. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,071‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA (muito próximo a “Excelente”, ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram sutilmente prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio e fósforo totais. A concentração de cianobactérias foi baixa (6.008 cél./ml). O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto cobre, que resultou acima do VLP (0,016 mg/L), o que anulou o IQAc (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação “Bom”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em seis das oito campanhas realizadas, devido às concentrações elevadas de cobre e chumbo na água, acima dos VLPs (similar à atual campanha).

Page 108: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

99

Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores de DBO, turbidez e coliformes termotolerante, e o IQAc, a detecção de metais na água do açude.

88

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA20 - Açude Santo Antônio IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-84 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (PIA20)

PIA21 – Açude Público Itans

O Açude Itans localiza-se no município de Caicó, constituindo um de seus principais mananciais de abastecimento. Nesta campanha, o reservatório apresentou baixa salinidade (0,35‰), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram bastante prejudicados pela elevada concentração de DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais. A concentração de cianobactérias foi elevada (23.472 cél./ml, acima dos VLP). O IET resultou “Mesotrófico”, enquanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-35).

76 76

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA21 - Açude Itans IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-85 – Histórico da qualidade da água no Açude Itans (PIA21)

Page 109: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

100

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores de DBO, turbidez, pH e coliformes termotolerantes (o cálculo do IQA é muito sensível à elevação no valor deste parâmetro). O açude Itans situa-se na área periurbana de Caicó, da qual recebe cargas poluidoras devido a usos como baneário, criação de animais nos arredores do açude etc., o que demanda medidas de controle do poder público.

PIA23 – Açude Público Boqueirão de Parelhas

O Açude Boqueirão de Parelhas localiza-se no município de Parelhas. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (0,819‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo e sólidos totais. A concentração de cianobactérias foi bastante elevada (466.540 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e no entorno do açude.

74 74

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA23 - Açude Boqueirão Parelhas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-86 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Parelhas (PIA23)

PIA25 – Açude Público Passagem das Traíras

O Açude Público Passagem das Traíras localiza-se no município de São José do Seridó. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (0,721‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo e sólidos totais. A concentração de cianobactérias foi bastante elevada

Page 110: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

101

(556.852 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, com valor médio do IQA correspondente à classificação “Médio”. O IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e coliformes termotolerantes (o cálculo do IQA é muito sensível à elevação no valor deste parâmetro).

73 73

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA25 - Açude Passagem das Trairas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-87 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem das Traíras (PIA25)

PIA26 – Açude Boqueirão de Angicos

O Açude Boqueirão de Angicos localiza-se no município de Afonso Bezerra. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade elevada (0,743‰, caracterizando água salobra), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo e sólidos totais, e pelo pH elevado (9,1 - acima do VLP). A concentração de cianobactérias foi elevada (73.008 cél./ml). O IET resultou “Eutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açúde, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA foi classificado como “Bom” em todas as campanhas, enquanto o IQAc, contudo, resultou “Muito ruim” em todas as campanhas. Como este açude não possui áreas urbanas ou usos agropastoris intensivos em sua bacia, seu principal poluidor são os metais pesados, provavelmente de origem natural, oriundos dos minerais do solo da própria bacia hidrográfica.

Page 111: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

102

71 71

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA26 - Boqueirão de Angicos IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-88 – Histórico da qualidade da água no Açude Boqueirão de Angicos (PIA26)

PIA30 – Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá

O ponto PIA30 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,082‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio total, fósforo e sólidos totais, e pricipalmente, coliformes termotolerantes, que resultou 6.100 NMP/100mL, acima do VLP. A concentração de cianobactérias foi bastante elevada (209.888 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya minor e Coelosphaerium evid. Marg.). O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

58 58

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA30 - Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-89 – Histórico da qualidade da água - Reserv. Armando Ribeiro Gonçalves - Itajá (PIA30)

Page 112: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

103

Historicamente, o IQA médio neste ponto foi “Bom” nas três campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012. O IQAc foi “Muito ruim” em apenas uma campanha, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos VLPs, fato que não ocorreu nesta campanha.

PIA 31– Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael

O ponto PIA31 situa-se na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no município de São Rafael. Nesta campanha, o reservatório apresentou salinidade baixa (0,076‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo e sólidos totais, acima dos VLPs. A concentração de cianobactérias foi bastante elevada (51.580 cél./ml, com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas), Planktolyngbya minor e Merismopedia tenuissima). O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água da barragem, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-35).

Historicamente, a partir de dados do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Bom” e o IQAc foi “Muito ruim” nas campanhas realizadas, devido à concentração de cobre dissolvido ter sido maior que o VLP, fato que não ocorreu nesta campanha (ver Figura 4-90).

82 82

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA31 - Arm. Rib. Gonçalves - São Rafael IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-90 – Histórico da qualidade da água na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael (PIA31)

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Piranhas-Açú. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade variando entre Média e Boa e estados tróficos variando entre oligotróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os pontos PIA02, PIA03, PIA07 e PIA15, cujos estados de trofia foram bastante elevados, devido à elevadíssimas concentrações de clorofila ‘a’ e de densidade de cianobactérias . Desta forma, pode-se afirmar que todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Page 113: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

104

0102030405060708090

100

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-91 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Piranhas-Açu

4.2.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu

Na Tabela 4-37 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. Como os rios do semiárido sofrem intensa influência das chuvas (pois são intermitentes ou perenizados), podendo apresentar águas doces, principalmente durantes os períodos chuvosos, e águas salobras, principalmente nos períodos de estiagem, todos os resultados referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

Page 114: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

105

Tabela 4-37- Qualidade da água nos rios da Bacia do Piranhas-Açu

PARÂMETROPIA11 -

Rio Seridó

PIA12 - Rio

Espinharas

PIA22 - Rio

Seridó

PIA24 -São

Fernando

PIA29 - Rio Piranhas-Açu -

captação CAERN Pendências

PIA32 - Rio Piranhas-Açu -

Jucurutu

PIA33 - Rio Piranhas-Açu -

Jardim de Piranhas

PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PB

PIA35 - DIBA – Alto do

Rodrigues

PIA36 - Rio Piranhas-Açu -

Acauã

PIA37 - Confluência Rios Sérido

e Sabugi

VLP*

Temperatura da amostra (oC) - - 29 - 27 28 28 22 28 28 - -

pH - - 8,9 - 8,3 7,5 8,0 8,1 8,2 8,5 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) - - - - 8,2 8,4 8,2 6,7 8,0 7,7 - ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) - - - - 4,9 3,8 3,0 3,0 2,1 5,2 - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

- - - - 79 0 28 23 6.400 1 - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) - - - - 2,5 0,4 1,5 0,5 0,6 < LD - -

Fósforo Total (mg P/L) - - - - 0,121 0,078 0,148 0,168 0,111 0,045 - ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) - - 0,6 - 316,0 223,2 256,4 191,2 204,4 192,8 - -Turbidez (UNT) - - - - 3,5 4,6 4,5 4,0 0,1 38,4 - ≤ 1001

IQA * * * * 74 90 61 60 64 62 * -

Qualidade * * * * Bom Excelente Médio Médio Médio Médio * -Cobre dissolvido (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) - - - - 0,012 0,003 0,007 0,006 < LD < LD - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) - - - - < LD < LD < LD < LD < LD < LD - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) * * * * 1 1 1 1 1 1 * -IQAc * * * * 74 90 61 60 64 62 * -

Qualidade * * * * Bom Excelente Médio Médio Médio Médio * -IET * * * * 50 52 69 66 60 72 * -

Categoria * * * * Oligotrófico Oligotrófico Hipereutrófico Supereutrófico Eutrófico Hipereutrófico * -

Cianobactérias (cél./mL) 0 0 0 0 4512,0 91616,0 2280,0 0,0 0 102.216 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) - - - - 0,4 0,7 0,4 0,2 7,350 1,500 - ≤ 301

Salinidade (‰) - - - - 0,163 0,120 0,109 0,098 0,087 0,087 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) - - - - 0,21 0,51 0,23 0,39 0,08 0,25 -

(pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;

(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 jul-14 ago-14 ago-14 jul-14 jul-14 jul-14 ago-14 jul-14 jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas;+ ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Page 115: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

106

PIA11 – Rio Seridó, em Jardim do Seridó

O ponto PIA11situa-se no Rio Seridó, no município Jardim do Seridó. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-92 e ver Tabela 4-37).

Historicamente, o IQA médio neste ponto foi “Bom” nas duas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012. O IQAc foi “Muito ruim” em apenas uma campanha, devido às concentrações de cobre e chumbo acima dos VLPs.

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA11 - Rio Seridó IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)SD SD

Figura 4-92 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Jardim do Seridó (PIA11)(SD: Sem dado)

PIA12 – Rio Espinharas, em Serra Negra

O ponto PIA12 situa-se no Rio Espinharas, no município de Serra Negra. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-93 e ver Tabela 4-37).

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA12 - Rio Espinharas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)SD SD

Figura 4-93 – Histórico da qualidade da água no RioEspinharas, Serra Negra (PIA12)(SD: Sem dado)

Page 116: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

107

Historicamente, o IQA médio neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012. O IQAc foi “Muito ruim” em todas a campanhas, devido às concentrações de cobre, chumbo e cádmio acima dos VLPs.

PIA19 – Rio Piranhas-Açu, Alto do Rodrigues

O ponto PIA19 situa-se no Rio Piranhas-açú, no município de Alto do Rodrigues. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-93 e ver Tabela 4-37).

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA19 - Rio Piranhas-açú, Alto do Rodrigues IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)SD SD

Figura 4-94 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22)(SD: Sem dado)

Não há histórico de campanhas realizadas neste ponto.

PIA22 – Rio Seridó, em Caicó

O ponto PIA22 situa-se no Rio Seridó,a jusante da cidade de Caicó. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-95 e ver Tabela 4-37).

SD SD0

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA22 - Rio Seridó - Caicó IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-95 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, Caicó (PIA22) - (SD: Sem dado)

Page 117: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

108

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de sólidos totais, DBO e coliformes termotolerantes, devido principalmente aos lançamentos (esgoto, drenagem, etc.) que ocorrem na área urbana de Caicó.

PIA 24 – Rio Seridó, em São Fernando

O PIA24 situa-se no Rio Seridó, no município de São Fernando. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-96 e ver Tabela 4-37).

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou “Médio”. O IQAc, contudo, foi igual a zero “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo e cádmio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, sólidos totais e, eventualmente, coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos lançamentos (esgoto, drenagem urbana, etc.) que ocorrem em São Fernando e em cidades a montante deste ponto.

SD SD0

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA24 - Rio Seridó - São Fernando IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-96 – Histórico da qualidade da água no Rio Seridó, São Fernando (PIA24)(SD: Sem dado)

PIA 29 – Rio Piranhas-Açu, captação da CAERN em Pendências

O ponto PIA29 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na captação da CAERN no município de Pendências. Nesta campanha, o rio apresentou salinidade baixa (0,163‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Boa” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de nitrogênio, fósforo e sólidos totais, acima dos VLPs. O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

Page 118: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

109

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA foi calculado em apenas uma campanha, resultando “Médio”. O IQAc também foi calculado em apenas uma campanha (“Muito Ruim”).

74 74

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIA29 - Rio Piranhas-Açu - captação CAERN PendênciasIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-97 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Pendências (PIA29)

PIA32 - Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu

O ponto PIA32 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jucurutu. Nesta campanha, o rio apresentou salinidade baixa (0,120‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Excelente” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de fósforo e sólidos totais. O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

90 90

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA32 - Rio Piranhas-Açu - JucurutuIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-98 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jucurutu (PIA32)

Page 119: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

110

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA foi “Bom” nas duas campanhas já realizadas neste ponto, sendo que o IQAc foi “Muito Ruim” em uma delas devido ao excesso de chumbo na água, provavelmente devido a ocorrência natural deste metal proveniente do sedimento.

PIA33 - Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas

Este ponto, PIA33, situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Jardim de Piranhas. Nesta campanha, o rio apresentou salinidade baixa (0,109‰, caracterizando água doce), com água apresentando “Média” qualidade de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de nitrogênio, fósforo (este, muito acima do VLP) e sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

Das quatro campanhas realizadas neste ponto, ao longo do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA foi “Bom” em apenas uma delas. Contudo, o IQAc foi “Muito Ruim” em todas, devido às concentrações de chumbo e cádmio terem superado os VLPs, o que não ocorreu nesta campanha.

61 61

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA33 - Rio Piranhas-Açu - Jardim de PiranhasIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-99 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, Jardim de Piranhas (PIA33)

PIA34 - Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB

O ponto PIA34 situa-se no Rio Piranhas-Açu, na divisa dos Estados do RN e da PB. A salinidade medida foi 0,098‰ (água doce).O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (resultaram 60, ver Figura 4-100). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de nitrogênio, fósforo (este, muito acima do VLP) e sólidos totais. O IET resultou “Supereutrófico”. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

Page 120: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

111

Historicamente, nas campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA foi calculado apenas em duas campanhas, classificado assim como “Médio”, sendo que o IQAc foi “Muito Ruim” em todas, devido ao excesso de cobre e chumbo na água.

60 60

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA34 - Rio Piranhas-Açu - Divisa RN-PB IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-100 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, divisa RN-PB (PIA34)

PIA35 – Rio Piranhas-Açu - DIBA – Alto do Rodrigues

O ponto PIA35 situa-se no Rio Piranhas-Açu, DIBA, em Alto do Rodrigues. Não há histórico deste ponto em campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois este foi inserido apenas em 2014. A salinidade medida foi 0,087‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (resultaram 64, ver Figura 4-100). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de coliformes, fósforo (estes, muito acima do VLP), nitrogênio e sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”. A concentração de coliformes termotolerantes resultou 6.400 NMP/100mL, muito acima do VLP. A densidade de cianobactérias resultou nula, enquanto a concentração de clorofila ‘a’ resultou 7,35 µg/L, abaixo do VLP. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-37).

PIA36 – Rio Piranhas-Açu - Acauã

O ponto PIA36 situa-se no Rio Piranhas-Açu, em Acauã. Não há histórico deste ponto em campanhas anteriores do Projeto Agua Azul, pois assim como o PIA35, este foi inserido apenas em 2014. A salinidade medida foi 0,087‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (resultaram 62, ver Figura 4-100). Os índices de qualidade foram prejudicados pela concentração relativamente elevada de DBO, fósforo (acima dos VLPs) e sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”. A densidade de cianobactérias resultou elevada, 102.216, acima dos VLPs, com dominância do gênero Aphanocapsa incerta e Planktolyngbya minor, enquanto a concentração de clorofila ‘a’ resultou 1,50 µg/L, abaixo do VLP. Quanto a série de metais traços neste ponto, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-37).

Page 121: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

112

64 64

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-101 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA35)

62 62

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

PIA36 - Rio Piranhas-Açu - Acauã IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-102 – Histórico da qualidade da água no Rio Piranhas-Açu, DIBA (PIA36)

4.2.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso

Na apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e biológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos pontos estuarinos da bacia hidrográfica do Piranhas-Açu/RN. Como os pontos situados em estuários sofrem intensa influência do mar, o que resulta em salinidade elevada em algumas coletas, todos os resultados referentes às amostragens em estuários são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade inferior a 0,5‰. Na são apresentados os resultados referentes às análises de metais no sedimento dos pontos amostrais situados nos estuários da Bacia do Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso.

Page 122: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

113

Tabela 4-38- Qualidade da água nos pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu

PARÂMETROPIA17 - Estuário

Rio Piranhas-Açu - Macau

PIA18 - Estuário Rio dos Cavalos

FLNED - Estuário Rio Camurupim

PIA28 - Estuário Rio das Conchas VLP*

Temperatura da amostra (oC) 27 27 27 28 -

pH 8,4 8,5 8,6 8,4 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 4,6 7,9 7,9 5,2 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 17,0 4,9 5,1 8,4 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

31 2.420 148 2.420 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) <LD 2,6 <LD 0,9 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,076 0,882 0,072 0,051 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1;

≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 50.139,2 14.360,8 38.562,0 41.188,4 -

Turbidez (UNT) 9,0 73,5 19,7 39,4 ≤ 1001

IQA 37 50 67 52 -

Qualidade Ruim Médio Médio Médio -Cobre dissolvido (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) < LD 0,015 0,036 0,015 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) < LD < LD < LD < LD ≤ 0,0002 1,2,3

Índice de Toxidez (IT) 1 1 1 1 -IQAc 37 50 67 52 -

Qualidade Ruim Médio Médio Médio -IET 52 73 49 50 -

Categoria Oligotrófico Hipereutrófico Oligotrófico Oligotrófico -COT (mg/L) 1,1 14,5 < LD < LD ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) <LD - < LD < LD Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) 0,7 19,8 0,4 0,6 ≤ 301

Salinidade (‰) 37,957 11,797 33,588 33,588 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,08 0,23 0,02 0,22 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Tabela 4-39- Metais pesados nos sedimentos dos pontos estuarinos da Bacia do Piranhas-Açu

PARÂMETROPIA17 - Estuário

Rio Piranhas-Açu - Macau

PIA18 - Estuário Rio dos Cavalos

FLNED - Estuário Rio Camurupim

PIA28 - Estuário Rio das Conchas VLP*

Cobre Total (mg/Kg) 5,411 7,386 2,61 2,211 34Chumbo Total (mg/Kg) 3,865 3,523 1,552 1,895 46,7Cromo Total (mg/Kg) 17,421 18,125 5,149 4,948 81Cádmio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 1,2Zinco Total (mg/Kg) 24,497 23,977 6,63 8,107 150Níquel Total (mg/Kg) 8,562 10,909 1,411 1,579 20,9Mercúrio Total (mg/Kg) < LD < LD < LD < LD 0,15*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/Kg para águas salobras e salinas nível 1, segundo Resolução CONAMA N° 344/2004

Page 123: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

114

PIA17- Estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau

O ponto PIA17 situa-se no estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (37,957‰, caracterizando água salina), com água apresentando qualidade “Ruim” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de DBO (muito acima do VLP), fósforo e sólidos totais (devido a elevada salinidade), e pelo baixo valor de OD (4,6 - abaixo do VLP). A concentração de cianobactérias foi baixa (1.072 cél./ml). O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água e no sedimento do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico (ver Tabela 4-37) e abaixo do VLP (ver Tabela 4-37), respectivamente.

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, contudo, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido às concentrações elevadas de vários metais pesados na água. A qualidade da água no estuário encontra-se bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

37 37

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIA17 - Estuário Rio Piranhas-Açu - Macau IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-103 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Piranhas-Açu, Macau (PIA17)

PIA18 – Estuário do Rio dos Cavalos

O ponto PIA18 situa-se no estuário do Rio dos Cavalos, entre os municípios de Macau e Porto do Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (11,797‰, caracterizando água salobra), com água apresentando qualidade “Média” (mas, muito próximo à “Ruim”) de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de coliformes termotolerantes (muito acima do VLP), nitrogênio, fósforo (muito acima do VLP), COT e sólidos totais (devido a elevada salinidade). A concentração de cianobactérias foi bastante elevada (1.009.200 cél./ml), com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) e Planktolyngbya minor. O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco (ver Tabela 4-37). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros

Page 124: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

115

apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 4-37). Ainda, de acordo com o teste de toxicidade subcrônica com misidáceo (Mysidopsis juniae), realizado no Ecotox/Lab/DOL/UFRN, a amostra de água do PIA18 apresentou toxicidade.

50 50

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIA18 - Estuário Rio dos Cavalos IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-104 – Histórico da qualidade da água no Rio dos Cavalos (PIA18)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, com valor médio resultando na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, resultou “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores elevados de sólidos totais e turbidez e, eventualmente, de coliformes termotolerantes e DBO. A qualidade da água no estuário encontra-se bastante comprometida, indicando o lançamento de esgotos e outros efluentes, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

PIA28 – Estuário do Rio das Conchas

O ponto PIA28 refere-se ao estuário do Rio das Conchas, localizado no município de Porto do Mangue. Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (33,588‰, caracterizando água salina), com água apresentando qualidade “Média” (mas, muito próximo à “Ruim”) de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de coliformes termotolerantes (muito acima do VLP), fósforo, DBO e sólidos totais (devido a elevada salinidade). A concentração de cianobactérias foi baixa (976 cél./ml), com dominância do gênero Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas). O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Médio” em todas as campanhas onde foi calculado. O IQAc, por sua vez, foi “Muito ruim” em todas as campanhas, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, cádmio, zinco e níquel na água (o que não ocorreu nesta campanha). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de

Page 125: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

116

coliformes termotolerantes e sólidos totais e, eventualmente, de DBO. De maneira análoga aos demais estuários do Rio Piranhas-açú, são necessárias ações de prevenção, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

52 52

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

PIA28 - Estuário Rio das Conchas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-105 – Histórico da qualidade da água no Rio das Conchas (PIA28)

FLNED – Estuário do Rio Camurupim

O ponto FLNED (antigo PIA27) situa-se no estuário do Rio Camurupim, a jusante do município de Guamaré, e é um ponto da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED). Nesta campanha, o estuário apresentou salinidade elevada (33,588‰, caracterizando água salina), com água apresentando qualidade “Média” de acordo com os parâmetros usados para medir o IQA e o IQAc (ver Figura 4-72). Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO e sólidos totais (devido a elevada salinidade). A concentração de cianobactérias foi baixa (148 cél./ml). O IET resultou “Oligotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco, que apresentou valor abaixo do VLP (ver Tabela 4-37). Quanto a série de metais traços no sedimento do estuário, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do VLP (ver Tabela 4-37).

Page 126: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

117

67 67

0102030405060708090

100

ago-14

IQA/

IQAc

FLNED - Estuário Rio Camurupim IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-106 – Histórico da qualidade da água no estuário do Rio Camurupim – jusante de Guamaré (FLNED)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido às concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel (o que não foi observado nesta campanha). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de sólidos totais (devido à salinidade) e, eventualmente, DBO e coliformes termotolerantes. A qualidade da água no estuário encontra-se bastante comprometida, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e pontos estuarinhos analisados da bacia do Rio Piranhas-Açú, além do FLNED, estuário do Rio Camurupim. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade Média, exceto os pontos PIA29 e PIA32, que apresentam qualidade Boa e Excelente, respectivamente, e estados tróficos variando entre oligotróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os pontos PIA33, PIA34 e PIA36, cujos estados de trofia foram altos, devido às elevadas densidades de cianobactérias. Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

Page 127: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

118

0102030405060708090

100

FLNED PIA28 PIA29 PIA32 PIA33 PIA34 PIA35 PIA36

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DOS RIOS DA BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-107 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e pontos estuarinos da Bacia do Rio Piranhas-Açu

Page 128: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

119

4.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APODI-MOSSORÓ

Os resultados referentes aos pontos da Bacia do Rio Apodi-Mossoró são apresentados neste relatório por tipo de curso d’água (reservatórios, rios e estuários), no intuito de facilitar a comparação e avaliação geral da qualidade da água nos diferentes tipos de corpos hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à qualidade de água de 30 pontos amostrais, sendo 21 reservatórios (APM01- Açude Encanto; APM02- Bonito II; APM03- Açude Jesus, Maria, José; APM04- Açude Flechas; APM05- Açude Pau dos Ferros; APM06-Açude de Pilões, APM07-Açude Marcelino Vieira; APM09-Açude de Lucrécia; APM10- Açude Rodeador; APM11 - Açude do Brejo; APM12 - Açude Malhada Vermelha; APM13- Açude Passagem; APM14-Açude Morcego; APM15- Açude Santo Antônio; APM16-Açude Apanha Peixe; APM17-Barragem de Santa Cruz; APM23-Açude Riacho da Cruz; APM24-Açude Barragem de Umari; APM27-Açude de Tourão – Patu; APM28 - Açude Santana de Pau dos Ferros; APM31 - Açude Riacho da Cruz II), 7 rios (APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra; APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept Rosado; APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do Genésio; APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de Pedra;APM25 - Rio do Carmo – Upanema;APM26 - Rio do Carmo - Fazenda Angicos;APM29 -Rio Apodi/Mossoró - Jusante de Pau dos Ferros) e 2 pontos situados em estuários (APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca e APM30 - Ponte BR101 - Estuário Rio Apodi/Mossoró).

Os resultados são comparados com os valores limites permitidos – VLP para enquadramento das águas salobras e salinas, classe I (estuários), e águas doces, classe II (reservatórios e rios), da Resolução CONAMA 357/2005 e os critérios de qualidade, para as análises de sedimento de fundo, fundamentaram-se na comparação dos resultados da caracterização do material com os valores previstos na Tabela III do anexo da Resolução CONAMA 344/2004, para água salina-salobra, nível 1.

4.3.1. Reservatórios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 4-40 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró.Como os reservatórios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os resultados referentes às amostragens em reservatórios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

Page 129: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

120

Tabela 4-40–Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró

PARÂMETROAPM01 - Açude

EncantoAPM02 - Açude

Bonito II

APM03 - Açude Jesus, Maria,

José

APM04 - Açude Flechas

APM05 - Açude de Pau dos Ferros

APM06 - Açude de Pilões

APM07 - Açude de Marcelino Vieira

APM09 - Açude de Lucrécia

APM10 - Açude Rodeador

APM11 - Açude do Brejo VLP*

Temperatura da amostra (oC) 26 25 - 27 27 28 28 29 30 28 -pH 8,0 7,6 - 8,0 7,8 7,1 7,8 8,8 8,7 8,9 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 9,2 9,4 - 6,7 8,8 9,2 6,9 7,9 6,5 6,1 ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 6,6 7,0 - 6,1 6,6 6,4 7,5 0,9 3,5 3,5 ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

6 9 - 3 21 6 31 20 1 2 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 28,0 5,6 - 28,0 7,6 12,6 9,6 18,6 16,9 14,9 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,122 0,210 - 0,099 0,220 0,287 0,133 0,102 0,087 0,293 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242; ≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 126,0 486,0 - 318,0 338,0 420,0 300,0 388,0 302,0 1838,0 -Turbidez (UNT) 4,5 3,6 - 9,7 14,2 8,0 28,2 24,4 41,1 272,0 ≤ 1001

IQA 72 72 - 71 71 71 68 68 72 54 -Qualidade Bom Bom - Bom Bom Bom Médio Médio Bom Médio -

Cobre dissolvido (mg/L) <LD <LD - <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) <LD <LD - <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) 0,0066 0,0311 - <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) <LD 0,0111 - <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) 0,0111 <LD - 0,0099 0,0166 0,0155 0,0155 <LD 0,0099 0,0133 ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) <LD <LD - <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) <LD <LD - 0,0011 <LD 0,0011 <LD <LD <LD 0,0022 ≤ 0,0002 1,2,3

Índice (IT) 1 0 - 0 1 0 1 1 1 0 -IQAc 72 0 - 0 71 0 68 68 72 0 -

Qualidade Bom Muito Ruim - Muito Ruim Bom Muito Ruim Médio Médio Bom Muito Ruim -

IET 68 65 - 70 66 58 71 55 67 70 -

Categoria Hipereutrófico Supereutrófico - Hipereutrófico Supereutrófico Mesotrófico Hipereutrófico Mesotrófico Supereutrófico Hipereutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - 0 - - - 145.232 85.568 6.639.360 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - 0 - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - 0 - - - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) <LD 27,74 - 552,6 35,74 <LD 474,2 <LD 197,4 126,2 ≤ 301

Salinidade (‰) 0,002 0,277 - 0,138 0,014 0,012 0,138 0,208 0,138 0,005 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,13 0,38 - 0,08 0,42 0,3 0,25 0,31 0,26 0,12 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Page 130: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

121

Tabela 4-40 – Qualidade da água nos reservatórios da bacia hidrográfica do Apodi-Mossoró (continuação)

PARÂMETROAPM12 - Açude

Malhada Vermelha

APM13 - Açude Passagem

APM14 -Açude Morcego

APM15 - Açude Santo Antônio

APM16 - Açude Apanha Peixe

APM17 - Barragem de Santa Cruz

APM23 - Açude Riacho da Cruz

APM24 - Açude Barragem de

Umari

APM27 - Açude de Tourão - Patu

APM28 - Açude Santana de Pau

dos FerrosVLP*

Temperatura da amostra (oC) 27 28 28 26 28 28 28 27 28 - -

pH 8,4 8,4 9,1 8,1 8,3 8,2 8,1 8,2 8,6 - 6,0 a 9,01; 6,5 a 8,52,3

OD (mg/L) 7,7 7,3 7,5 7,3 6,7 8,8 7,5 10,6 7,1 - ≥ 5,01,2; ≥ 6,03

DBO (mg/L) 2,0 0,2 0,7 1,9 5,7 4,7 0,4 4,1 1,3 - ≤ 5,01

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

26 68 5 29 6 0 5 0 3 - < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 12,9 9,6 8,5 7,9 21,6 6,9 17,8 5,8 8,4 - -

Fósforo Total (mg P/L) 0,140 0,081 0,156 0,324 0,144 0,123 0,097 0,071 0,145 - ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)1; ≤ 0,1242;

≤ 0,0623

Sólidos Totais (mg/L) 1494,0 74,0 189,0 612,0 2578,0 224,0 179,0 144,0 1660,0 - -

Turbidez (UNT) 109,0 6,5 7,9 63,3 758,0 0,7 3,2 1,3 52,4 - ≤ 1001

IQA 56 76 74 65 53 83 80 81 71 - -Qualidade Médio Bom Bom Médio Médio Bom Bom Bom Bom - -

Cobre dissolvido (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,0091; ≤ 0,0052,3

Chumbo Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD 0,0577 <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,01 1,2,3

Cromo Total (mg/L) <LD <LD 0,0266 <LD 0,131 <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,05 1,2,3

Cádmio Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,001 1; ≤ 0,005 2

Zinco Total (mg/L) <LD 0,0088 0,0188 0,0144 0,161 0,0166 <LD 0,0188 0,0199 - ≤ 0,18 1; ≤ 0,09 2,3

Níquel Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD 0,0322 <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,025 1,2,3

Mercúrio Total (mg/L) <LD <LD 0,0011 0,0011 0,0011 <LD <LD <LD <LD - ≤ 0,0002 1,2,3

Índice (IT) 1 1 0 0 0 1 1 1 1 - -IQAc 56 76 0 0 0 83 80 81 71 - -

Qualidade Médio Bom Muito Ruim Muito Ruim Muito Ruim Bom Bom Bom Bom - -

IET 56 54 59 58 56 55 34 54 56 - -

Categoria Mesotrófico Mesotrófico Mesotrófico Hipereutrófico Mesotrófico Mesotrófico Ultraoligotrófico Mesotrófico Mesotrófico - -

Cianobactérias (cél./mL) - 42.940 326.248 5.535.504 - - 182 - 9.784.320 - 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - - - - ≤ 3,02,3

Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - - - - - Virtualmente ausentesClorofila ‘a’ (µg/L) <LD <LD 3,37 <LD <LD <LD <LD <LD <LD - ≤ 301

Salinidade (‰) 0,107 0,046 0,005 0,028 0,084 0,008 0,081 0,058 1,061 - 0,5‰1; > 0,5 e < 30 ‰2; ;≥ 30 ‰3

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,29 0,14 0,11 0,21 0,47 0,09 0,11 0,06 0,05 - (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 -

*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ ambientes lóticos.

Page 131: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

122

APM01 - Açude Encanto

O ponto APM01 situa-se no Açude Encanto, no município de Encanto. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,002‰ (água doce). O IQA e o IQAc foram calculados, e resultaram 72, o que classifica a água do açude como “Boa” (ver Figura 4-108). A densidade de cianobactérias não foi realizada nesta campanha. A concentração de clorofila ‘a’ resultou abaixo do limite de quantificação. Os índices de qualidade foram prejudicados pela elevada concentração de fósforo, DBO, nitrogênio total e sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de determinação analítico, exceto zinco e cromo, que apresentaram valores abaixo dos VLPs (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido as concentrações elevadas de cobre, chumbo, cromo, níquel e mercúrio Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e, eventualmente, de coliformes termotolerantes.

72 72

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM01 - Açude Encanto IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-108 – Histórico da qualidade da água no Açude Encanto (APM01)

APM02 - Açude Bonito II

O ponto APM02 situa-se no Açude Bonito II, no município de São Miguel. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,277‰ (água doce). O IQA resultou “Bom” (72, ver Figura 4-109), apesar das concentrações relativamente elevadas de sólidos totais, DBO e fósforo (acima dos VLPs). Nesta campanha a concentração de cádmio foi superior ao VLPs, o que tornou o IT nulo e classificou o IQAc como “Muito Ruim”. O IET resultou “Supereutrófico”, sendo que a densidade de cianobactérias (ver Tabela 4-40) não foi determinada, e o valor de clorofila ‘a’ foi inferior ao VLP.

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Bom”. O IQAc foi “Muito Ruim” em várias campanhas, onde foram observadas concentrações elevadas de cobre, cromo, cádmio e níquel.

Page 132: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

123

72

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM02 - Açude Bonito II IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-109– Histórico da qualidade da água no Açude Bonito II (APM02)

APM03 - Açude Jesus, Maria, José

O ponto APM03 situa-se no Açude Jesus, Maria, José, no município de Tenente Ananias. Nesta campanha, não foi realizada a completa caracterização do mesmo (ver Figura 4-110 e Tabela 4-40).

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM03 - Açude jesus, Maria, José IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)SD SD

Figura 4-110 – Histórico da qualidade da água no Açude Jesus, Maria, José (APM03)(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, fósforo, coliformes termotolerantes e nitrogênio, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Page 133: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

124

APM04 - Açude Flechas

O ponto APM04 situa-se no Açude Flechas, no município de José da Penha. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,138‰ (água doce). O IQA resultou “Bom” (71), com concentração de fósforo total, nitrogênio, DBO e sólidos muito elevada. O IQAc resultou nulo, “Muito Ruim”, devido à concentração de mercúrio ter superado o VLP (ver Figura 4-111). O IET resultou “Hipereutrófico” (70) onde a densidade de cianobactérias não foi analisada (ou o resultado não foi fornecido pelo laboratório responsável) e a concentração de clorofila ‘a’ foi bastante elevada (552,6 µg/L), muito acima do VLP (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, e o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, cromo e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO e fósforo, devido provavelmente ao lançamento de efluentes provenientes de usos urbanos (José da Penha) e agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

71

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM04 - Açude Flechas IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-111 – Histórico da qualidade da água no Açude Flechas (APM04)

APM05 – Açude Público de Pau dos Ferros

O ponto APM05 situa-se no Açude Público de Pau dos Ferros, no município de Pau dos Ferros. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,014‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (71), ver Figura 4-112, com concentração de fósforo total, nitrogênio, DBO e sólidos muito elevada, acima dos VLPs. O IET resultou “Supereutrófico”, onde a densidade de cianobactérias não foi analisada (ou o resultado não foi fornecido pelo laboratório responsável) e a concentração de clorofila ‘a’ foi elevada (35,74 µg/L), acima do VLP (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do reservatório.

Page 134: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

125

71 71

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM05 - Açude de Pau dos Ferros IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-112 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pau dos Ferros (APM05)

APM06 – Açude Público de Pilões

O ponto APM06 situa-se no Açude Público de Pilões, no município de Pilões. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,012‰ (água doce). O IQA resultou “Bom” (71 - ver Figura 4-113), devido as elevadas concentrações de nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais. O IQAc resultou “Muito Ruim” devido a concentração elevada de zinco e mercúrio (superior aos VLPs). O IET resultou “Mesotrófico” (ver Tabela 4-40). Não foram analisadas as densidade de cianobactérias e de clorofila ‘a’.

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia, a montante do reservatório.

71

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM06 - Açude de Pilões IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-113 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Pilões (APM06)

Page 135: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

126

APM07 – Açude Público de Marcelino Vieira

O ponto APM07 situa-se no Açude Público de Marcelino Vieira, no município de Marcelino Vieira. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,138‰ (água doce). O IQA resultou “Médio” (68), devido às elevadas concentrações de nitrogênio, fósforo, DBO e sólidos totais (acima dos VLPs). O IQAc resultou também “Médio” (ver Tabela 4-40 e Figura 4-114). A densidade de cianobactérias não foi analisada e a concentração de clorofila ‘a’ (474,2 µg/L) foi muito superior ao VLP, o que resultou no IET “Hipereutrófico”.

68 68

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM07 - Açude de Marcelino Vieira IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-114 – Histórico da qualidade da água no Açude Público de Marcelino Vieira (APM07)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em três campanhas, devido ao excesso de cobre e níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

APM09 – Açude de Lucrécia

O ponto APM09 situa-se no Açude de Lucrécia, no município de Lucrécia. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,208‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (68, ver Figura 4-115), devido às concentrações relativamente elevadas de nitrogênio, fósforo e sólidos totais (acima dos VLPs). O IET resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias (145.232 cél./mL) foi muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas). A concentração de clorofila ‘a’ foi inferior ao limite de quantificação do método (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” nas campanhas avaliadas, devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente

Page 136: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

127

elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

68 68

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM09 - Açude de Lucrécia IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-115 – Histórico da qualidade da água no Açude de Lucrécia (APM09)

APM10 – Açude Rodeador

O ponto APM10 situa-se no Açude Rodeador, no município de Umarizal. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,138‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (72, ver Figura 4-116), apesar da concentração de fósforo acima do VLP. O IET resultou “Hipereutrófico”. A densidade de cianobactérias (85.568 cél./mL) foi superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL). A concentração de clorofila ‘a’ (197,4 µg/L) foi superior ao VLP (ver Tabela 4-40).

72 72

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM10 - Açude Rodeador IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-116 – Histórico da qualidade da água no Açude Rodeador (APM10)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas. O IQAc, por sua vez, foi

Page 137: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

128

“Muito Ruim” em várias campanhas em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, chumbo e níque. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

APM11 – Açude do Brejo

O ponto APM11 situa-se no Açude do Brejo, no município de Olho D’água do Borges. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,005‰ (água doce). O IQA resultou “Médio” (54), devido aos valores elevados de nitrogênio, fósforo (acima dos VLPs), turbidez e sólidos totais. O IQAc foi nulo, resultando em “Muito Ruim”, devido às concentrações de zinco e mercúrio acima dos VLPs (ver Figura 4-117). O IET resultou “Hipereutrófico”. A densidade de cianobactérias foi extremamente elevada (6.639.360 cél./mL), muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas) (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” nas todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e mercúrio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo, sólidos e coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.

54

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM11 - Açude do Brejo IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-117 – Histórico da qualidade da água no Açude do Brejo (APM11)

APM12 – Açude Malhada Vermelha

O ponto APM12 situa-se no Açude Malhada Vermelha, no município de Severiano Melo, a jusante da área urbana. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,107‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Médio” (56, ver Figura 4-118), agravado pelas concentrações relativamente elevadas de sólidos totais, nitrogênio e fósforo (acima do VLP). O IET resultou “Mesotrófico”. A concentração de clorofila ‘a’ foi inferior ao limite de quantificação do método (ver Tabela 4-40). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do VLP.

Page 138: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

129

56 56

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM12 - Açude Malhada Vermelha IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-118 – Histórico da qualidade da água no Açude Malhada Vermelha (APM12)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de sólidos, nitrogênio, fósforo e DBO, devido provavelmente ao lançamento de efluentes oriundos da área urbana de Severiano Melo, além de usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.

APM13 – Açude Passagem

O ponto APM13 situa-se no Açude Passagem, no município de Rodolfo Fernandes, a cerca de 3 km a montante da sede municipal de Itaú. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,046‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (76, ver Figura 4-119), apesar das concentrações relativamente elevadas de nitrogênio e fósforo. O IET resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias foi relativamente elevada (42.940 cél./mL), inferior ao VLP da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL), mas superior ao VLP da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Planktolyngbya minor (não produtora de cianotoxinas). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, que apresentou valor inferior ao VLP (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e coliformes termotolerantes, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

Page 139: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

130

76 76

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM13 - Açude Passagem IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-119 – Histórico da qualidade da água no Açude Passagem (APM13)

APM14 – Açude Morcego

O ponto APM14 situa-se no Açude Morcego, no município de Campo Grande (antigo Augusto Severo). Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,005‰ (água doce). O IQA resultou “Bom” (74, ver Figura 4-120), apesar da concentração relativamente elevada de nitrogênio e fósforo (ambas acima dos VLPs), e elevado pH (9,1). O IQAc, contudo, resultou “Muito Ruim”, devido as concentrações de cromo e mercúrio na água terem sido superiores ao VLP. O IET resultou “Mesotrófico”, onde a densidade de cianobactérias (326.248 cél./mL) foi muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Planktolyngbya minor (ver Tabela 4-40).

74

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM14 -Açude Morcego IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-120 – Histórico da qualidade da água no Açude Morcego (APM14)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto foi “Bom” em todas as campanhas. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, iincluindo esta, devido aos excessos de cobre, chumbo,

Page 140: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

131

níquel e cádmio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante e às margens do reservatório.

APM15 – Açude Santo Antônio

O ponto APM15 situa-se no Açude Santo Antônio, no município de Caraúbas. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,028‰ (água doce). O IQA resultou “Médio” (65, ver Figura 4-121), com concentrações muito elevadas de nitrogênio, fósfoto (acima do VLP) e sólidos totais. O IQAc foi “Muito Ruim” devido à concentração de mercúrio na água ter superado o VLP. O IET resultou “Hipereutrófico”, onde a densidade de cianobactérias foi extremamente elevada (5.535.504 cél./mL), muito superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Cylindrospermopsis raciborskii (potencial produtora de cianotoxinas). A concentração de clorofila ‘a’ resultou inferior ao limite de determinação do método (ver Tabela 4-40).

65

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM15 - Açude Santo Antônio IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-121 – Histórico da qualidade da água no Açude Santo Antônio (APM15)(SD: Sem dado)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio” (muito próximo de “Bom”). O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas em que pôde ser calculado, devido ao excesso de cobre, cromo e mercúrio. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

APM16 – Açude Apanha Peixe

O ponto APM16 situa-se no Açude Apanha-Peixe, no município de Caraúbas. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,084‰ (água doce). O IQA resultou “Médio” (53, ver Figura 4-122), devidos aos elevados valores de sólidos totais, nitrogênio, fósforo, turbidez e DBO. O IQAc foi “Muito Ruim”, devido à concentração de chumbo, cromo, níquel e mercúrio ter superado os VLPs. O IET resultou “Mesotrófico” (ver Tabela 4-40).

Page 141: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

132

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo, mercúrio e eventualmente níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram os valores elevados de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e turbidez devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

53

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM16 - Açude Apanha Peixe IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-122 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)

APM17–Barragem de Santa Cruz

O ponto APM17 situa-se na Barragem de Santa Cruz, no município de Apodi. O reservatório da Barragem de Santa Cruz é o segundo maior do estado, com capacidade de acumulação de 600 milhões de metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade foi de 0,008‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram “Bom” (83, ver Figura 4-123), mesmo com elevados valores de sólidos totais, nitrogênio e fósforo. Observa-se, contudo, com base nos demais parâmetros, que a qualidade da água na barragem foi boa, com grande parte dos parâmetros atendendo aos respectivos VLPs. O IET resultou “Mesotrófico”. Não foi detectada a presença de coliformes termotolerantes, nem de cianobactérias, e nem clorofila ‘a’ na água, o que atesta sua qualidade físico-química e microbiológica (ver Tabela 4-40).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em algumas campanhas em que foi calculado, devido aos excessos de cobre, chumbo e níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, fósforo e nitrogênio, devido a usos agropastoris (agricultura, pecuária, piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório, o que demanda um controle mais efetivo por parte do poder público.

Page 142: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

133

83 83

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM17 - Barragem de Santa Cruz IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-123 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi (APM17)

APM23 – Açude Riacho da Cruz II

O ponto APM23 situa-se no Açude Riacho da Cruz II, no município de Riacho da Cruz. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,081‰ (água doce). O IQA resultou “Bom” (80, ver Figura 4-124), agravado pela concentração de fósforo (acima do VLP) e de nitrogênio. O IQAc também resultou em “Bom”. O IET resultou “Ultraoligotrófico” (ver Tabela 4-40). A densidade de cianobactérias foi baixa (182 cél./mL), inferior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Planktolyngbya minor (não produtora de cianotoxinas).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em apenas duas campanhas, devido aos excessos de cobre, cromo, zinco e níquel, e “Bom” em outras duas campanhas. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante do reservatório.

80 80

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM23 - Açude Riacho da Cruz IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-124 – Histórico da qualidade da água no Açude Riacho da Cruz II (APM23)

Page 143: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

134

APM24– Barragem de Umari

O ponto APM24 situa-se na Barragem de Umari, no município de Upanema. O reservatório da Barragem de Umari é o terceiro maior do estado, com capacidade de acumulação de 300 milhões de metros cúbicos. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,058‰ (água doce). O IQA e o IQAc resultaram em “Bom” (81, ver Figura 4-124), com concentração elevada de nitrogênio, fósforo e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, que apresentou valor inferior ao VLP (ver Tabela 4-40).

81 81

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM24 - Açude Barragem de Umari IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-125 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Umari, em Upanema (APM24)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Bom”. O IQAc, por sua vez, foi “Bom” em apenas duas campanhas, nas demais mostrou-se “Muito Ruim” ou não foi calculado. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris (agricultura, pecuária, piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.

APM27 – Açude Tourão - Patu

O ponto APM27 situa-se no Açude Tourão, no município de Patu. Nesta campanha, a salinidade medida foi 1,061‰ (água salobra, embora o histórico do açude apresente água doce). O IQA e o IQAc resultaram em “Bom” (71, próximo à “Médio”, ver Figura 4-124), com valores elevados de fósforo (acima do VLP), nitrogênio e sólidos totais. O IET resultou “Mesotrófico”. A densidade de cianobactérias foi extremamente elevada (9.784.320 cél./mL) extremamente superior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Cylindropermopsis raciborskii (potencial produtora de toxinas). Quanto a série de metais traços na água do açude, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, que apresentou valor inferior ao VLP (ver Tabela 4-40).

Page 144: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

135

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em algumas campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo e níquel. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris (agricultura, pecuária, piscicultura, etc.) que ocorrem na bacia e no próprio reservatório.

71 71

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM27 - Açude Tourão - Patu IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-126 – Histórico da qualidade da água no Açude Tourão (APM27)

APM28 – Açude Santana de Pau dos Ferros

O ponto APM28 situa-se no Açude Santana de Pau dos Ferros, no município de Pau dos Ferros. Nesta campanha, não houve coleta para este ponto (ver Tabela 4-40 e Figura 4-127).

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM28 - Açude Santana de Pau dos Ferros

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)SD SD

Figura 4-127 – Histórico da qualidade da água no Açude Santana de Pau dos Ferros (APM28)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi

Page 145: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

136

“Muito Ruim” em duas campanhas. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio, fósforo, coliformes termotolerantes e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e no entorno do reservatório.

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos reservatórios analisados da bacia do Rio Apodi-Mossoró. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa, onde pontos como os APM11, APM12 e APM16 apresentaram qualidade média, mas muito próximo a ruim. E quanto aos estados tróficos dos reservatórios, estes variaram entre mesotróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os pontos APM04, APM07 e APM11, cujos estados de trofia foram bastante elevados. Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Apodi-Mossoró, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DOS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-128 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos reservatórios da Bacia do Rio Apodi-Mossoró

4.3.2. Rios da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 4-41 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água dos rios da bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró. Como os rios situados no semiárido sofrem intensa influência das chuvas e frequentemente apresentam águas doces, principalmente nos períodos chuvosos, todos os resultados referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas doces, Classe 2, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade superior a 0,5‰.

Page 146: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

137

Tabela 4-41 – Qualidade da água nos rios da Bacia do Apodi-Mossoró

PARÂMETROAPM18 - Rio

Apodi/Mossoró - Felipe Guerra

APM19 - Rio Apodi/Mossoró -

Gov. Dix-Sept Rosado

APM20 - Rio Apodi/Mossoró -

Barragem do Genésio

APM21 - Rio Apodi/Mossoró -

Passagem de Pedra

APM25 - Rio do Carmo - Upanema

APM26 - Rio do Carmo - Fazenda

Angicos

APM30 -Rio do Carmo - Ponte

BR-110VLP**

Temperatura da amostra (oC) 27 28 28 27 27 27 28pH 8,3 7,7 7,6 8,6 8,5 7,9 8,7 6,0 a 9,0

OD (mg/L) 9,4 7,7 8,6 8,1 8,3 8,6 6,9 ≥ 5,0DBO (mg/L) 7,0 6,8 7,0 5,2 4,4 6,1 5,6 ≤ 5,0

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

11 16 96 14 7 3 5 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,78 5,43 3,97 16,31 0,35 5,43 7,2 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,325 0,212 0,312 0,914 0,087 0,412 0,148 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹

Sólidos Totais (mg/L) 185,8 388,0 877,0 466,0 212,0 184,0 2770,0 -

Turbidez (UNT) 18,4 0,5 11,2 9,4 1,8 2,0 483,0 ≤ 100IQA 73 75 66 63 82 80 56 -

Qualidade Bom Bom Médio Médio Bom Bom Médio -Cobre dissolvido (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,009

Chumbo Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,01Cromo Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD 0,0244 ≤ 0,05Cádmio Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,001Zinco Total (mg/L) <LD 0,0255 <LD <LD <LD <LD 0,0144 ≤ 0,18Níquel Total (mg/L) <LD <LD <LD <LD <LD <LD 0,0111 ≤ 0,025

Mercúrio Total (mg/L) 0,0011 <LD <LD <LD <LD <LD <LD ≤ 0,0002Índice (IT) 0 1 1 1 1 1 1 -

IQAc 0 75 66 63 82 80 56 -Qualidade Muito Ruim Bom Médio Médio Bom Bom Médio -

IET 71 56 68 78 62 63 82 -

Categoria Hipereutrófico Mesotrófico Hipereutrófico Hipereutrófico Eutrófico Eutrófico Hipereutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) - - - - - - 0 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - - - - - - - -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) - - - - - - 992,4 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 23,39 <LD 14,47 75,87 6,62 3,35 487 ≤ 30Salinidade (‰) 0,092 0,014 0,138 0,244 0,100 0,011 2,876 < 0,5

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,03 0,07 0,29 3,31 0,1 0,04 0,09 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 jul-14 - *VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. + ambientes lênticos; ++ ambientes intermediários; +++ambientes lóticos.

Page 147: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

138

APM18 – Rio Apodi Mossoró - Felipe Guerra

O ponto APM18 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Felipe Guerra, em um trecho perenizado do rio, a jusante da Barragem de Santa Cruz do Apodi. Nesta campanha, a salinidade medida foi 0,092‰ (água doce). O IQA neste ponto resultou “Bom” (73, ver Figura 4-129), devido à elevada concentração de DBO, nitrogênio e fósforo acima do VLP. O IQAc resultou “Muito Ruim”, devido à concentração de mercúrio ter superado o VLP. O IET resultou “Hipereutrófico” (ver Tabela 4-41).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em cinco das sete campanhas anteriormente realizadas, devido ao excesso de cobre, cromo e níquel (nesta campanha, mercúrio). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes nas áreas urbanas de Apodi e Felipe Guerra (esgotos, drenagem etc.).

73

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-129 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Felipe Guerra (APM18)

APM19 – Rio Apodi Mossoró- Governador Dix-Sept Rosado

O ponto APM19 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Governador Dix-Sept Rosado, a jusante da área urbana. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,014‰ (água doce). O IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Bom” (ambos 75, ver Figura 4-130), comprometidos pela elevada concentração de fósforo, nitrogênio e DBO, acima dos VLPs. O IET resultou “Mesotrófico”. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, que apresentou valor inferior ao VLP (ver Tabela 4-41).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em várias campanhas, devido ao excesso de cobre, níquel e cromo na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, nitrogênio e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris que

Page 148: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

139

ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.).

75 75

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept Rosado

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-130 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Gov. Dix-Sept Rosado (APM19)

APM20 – Rio Apodi Mossoró - Barragem do Genésio, em Mossoró

O ponto APM20 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a montante da área urbana, no local denominado Barragem do Genésio. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,138‰ (água doce). O IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (66, ver Figura 4-131), devido as elevadas concentrações de DBO, nitrogênio, fósforo (acima dos VLPs), além de sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, inferiores ao VLP (ver Tabela 4-41).

66 66

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do Genésio

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-131 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Barragem do Genésio, Mossoró (APM20)

Page 149: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

140

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido aos excessos de cobre, níquel e cromo na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO e sólidos totais, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes nas áreas urbanas a montante deste ponto (esgotos, drenagem etc.) e à condição atual da bacia, com vegetação rala e solo desprotegido.

APM21 – Rio Apodi Mossoró- Passagem de pedra, Mossoró

O ponto APM21 localiza-se no Rio Apodi-Mossoró, no município de Mossoró, a jusante da área urbana, no local denominado Passagem de Pedra. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,244‰ (água doce). Tanto o IQA como o IQAc neste ponto resultaram “Médio” (63, ver Figura 4-131), devido a concentração de fósforo, DBO e nitrogênio acima dos VLPs, além de sólidos totais. O IET resultou “Hipereutrófico”. Esta campanha, ainda, apresentou uma elevada concentração de clorofila ‘a’ (75,87 µg/L) acima do VLP. Em relação ao ponto APM20, que fica a montante da área urbana, é patente a perda de qualidade da água no rio no trecho em que este atravessa a área urbana de Mossoró, em consequência dos múltiplos lançamentos de esgotos (além das águas da drenagem urbana e outros efluentes). Todos os metais traços analisados apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método (ver Tabela 4-41).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Médio”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Ruim”. O IQAc, por sua vez, foi “Médio” em duas das campanhas, sendo que não foi calculado nas demais (devido a falta de dados). Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio, fósforo e sólidos totais, devido aos lançamentos de efluentes (esgotos, drenagem etc.) na área urbana do Mossoró.

63 63

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de Pedra

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-132 – Histórico da qualidade da água no Rio Apodi-Mossoró, Passagem de Pedra, Mossoró (APM21)

Page 150: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

141

APM25 – Rio do Carmo - Upanema

O ponto APM25 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Upanema, a jusante da Barragem Umari, em local próximo à área urbana de Upanema. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,100‰ (água doce). O IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Bom” (82, ver Figura 4-133), mesmo com a concentração elevada de fósforo acima do VLP, além de sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”. Todos os metais traços analisados apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método (ver Tabela 4-41).

82 82

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM25 - Rio do Carmo - Upanema

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-133 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Upanema (APM25)

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom” enquanto que o IQAc resultou “Muito Ruim” em cinco das oito campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo, níquel e mercúrio na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, nitrogênio e fósforo, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia e aos lançamentos de efluentes na área urbana de Upanema (esgotos, drenagem etc.).

APM26 – Rio do Carmo - Fazenda Angicos

O ponto APM26 localiza-se no Rio do Carmo, no município de Mossoró, a montante da área urbana da cidade, sob uma ponte da BR-304. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 0,011‰ (água doce). Tanto o IQA como o IQAc neste ponto resultaram “Bom” (84, ver Figura 4-134), apesar da concentração elevada de fósforo e DBO acima dos VLPs, além de nitrogênio e sólidos totais. O IET resultou “Eutrófico”. Todos os metais traços analisados apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método (ver Tabela 4-41).

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, enquanto que o IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em metade das oito campanhas, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as

Page 151: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

142

concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO, devido provavelmente aos usos agropastoris que ocorrem na bacia a montante deste ponto.

80 80

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM26 - Rio do Carmo - Fazenda AngicosIQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-134 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, Fazenda Angicos (APM26)

APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110

O ponto APM30 situa-se no Rio do Carmo, sob a Ponte da BR-110. Nesta campanha, a salinidade medida foi de 2,876‰ (água salobra). O IQA e o IQA neste ponto resultaram “Médio” (56, ver Figura 4-135), devido às concentrações elevadas de DBO e fósforo acima dos VLPs, além de nitrogênio e sólidos totais (elevada provavelmente devido a salinidade). O IET resultou “Hipereutrófico”. Quanto a série de metais traços na água do rio, todos os parâmetros apresentaram valores abaixo do limite de detecção do método, exceto zinco, cromo e níquel, que apresentaram valores inferiores ao VLP (ver Tabela 4-41).

56 56

0102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM30 -Rio do Carmo - Ponte BR-110IQA

IQAcExcelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-135 – Histórico da qualidade da água no Rio do Carmo, BR-110 (APM30)

Page 152: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

143

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Ruim” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em todas as campanhas, devido ao excesso de cobre, cromo, níquel e mercúrio na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de DBO, fósforo, turbidez e sólidos totais.

4.3.3. Estuários da Bacia Hidrográfica do Apodi-Mossoró

Na Tabela 4-42 apresentam-se os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas e dos índices IQA, IT, IQAc e IET nas amostras de água do estuário da bacia hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró (apenas um ponto de coleta). Como os estuários sofrem intensa influência do oceano, todos os resultados referentes às amostragens em rios são comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs – para águas salobras e salinas, Classe 1, da Resolução CONAMA 357/2005, mesmo que eventualmente as amostras apresentem salinidade inferior a 0,5‰ (água doce).

APM22 – Estuário do Rio Apodi Mossoró - Areia Branca

O ponto APM22, estuário do Rio Apodi-Mossoró, localiza-se no município de Areia Branca. Nesta campanha, a salinidade medida no estuário foi de 1,064‰ (água salobra). O IQA resultou “Médio” (67, ver Figura 4-136), devido à elevada concentração de DBO e fósforo acima dos VLPs, além de nitrogênio e sólidos totais. O IQAc resultou nulo, ou seja, “Muito Ruim”, devido à concentração de mercúrio apresentar valor superior ao VLP. O IET resultou “Supereutrófico”. A densidade de cianobactérias foi baixa (4.176 cél./mL) inferior aos VLPs da Resolução CONAMA 357/2005 (50.000 cél./mL) e da Portaria MS 2914/2011 (20.000 cél./mL), com dominância da espécie Microcystis aeruginosa (potencial produtora de toxinas, incluindo a neurotoxina microcistina). A amostra tambpem apresentou consideráveis concentrações de coliformes termotolerantes e clorofila ‘a’, mas abaixo dos respectivos VLPs (ver Tabela 4-42).

67

00

102030405060708090

100

jul-14

IQA/

IQAc

APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca

IQA

IQAc

Excelente (≥ 90)

Médio (50-69)

Bom (70-89)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (< 25)

Figura 4-136 – Histórico da qualidade da água no Estuário do Rio Apodi-Mossoró, Areia Branca (APM22)

Page 153: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

144

Historicamente, a partir dos dados das campanhas realizadas do Projeto Agua Azul entre os anos de 2008 e 2012, o IQA neste ponto oscilou entre “Médio” e “Bom”, sendo que o valor médio do IQA resultou na classificação “Médio”. O IQAc, por sua vez, foi “Muito Ruim” em sete das dez campanhas realizadas neste ponto, devido ao excesso de cobre, chumbo, cromo, cádmio e níquel na água. Em geral, o que mais reduziu os valores do IQA neste ponto foram as concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes, DBO, fósforo e sólidos totais.

Tabela 4-42 – Qualidade da água no estuário do Rio Apodi-Mossoró

PARÂMETRO APM22 - Rio Apodi/Mossoró – Areia Branca VLP**

Temperatura da amostra (oC) 28pH 8,4 6,0 a 9,0

OD (mg/L) 7,9 ≥ 5,0DBO (mg/L) 6,0 ≤ 5,0

Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL)

160 < 1.000

Nitrogênio Total (mg N/L) 3,21 -

Fósforo Total (mg P/L) 0,11 ≤ (0,03+, 0,05++ ou 0,1+++)¹Sólidos Totais (mg/L) 998,0 -

Turbidez (UNT) 4,5 ≤ 100IQA 67 -

Qualidade Médio -Cobre dissolvido (mg/L) <LD ≤ 0,009

Chumbo Total (mg/L) <LD ≤ 0,01Cromo Total (mg/L) <LD ≤ 0,05Cádmio Total (mg/L) <LD ≤ 0,001Zinco Total (mg/L) <LD ≤ 0,18Níquel Total (mg/L) <LD ≤ 0,025

Mercúrio Total (mg/L) 0,0011 ≤ 0,0002Índice (IT) 0 -

IQAc 0 -Qualidade Muito Ruim -

IET 67 -

Categoria Supereutrófico -

Cianobactérias (cél./mL) 4.176 50.0002 ; 20.000MS

COT (mg/L) - -Teor de Óleos e Graxas (mg/L) 8,0 Virtualmente ausentes

Clorofila ‘a’ (µg/L) 20,26 ≤ 30Salinidade (‰) 1,064 < 0,5

Nitrogênio Amoniacal (mg N/L) 0,09 (pH < 7,5): 3,7; (7,5 < pH < 8,0): 2,0;(8,0 < pH < 8,5): 1,0; (pH > 8,5): 0,5

Data da coleta jul-14 -*VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005. 1Águas doces, 2Águas salobras, 3Águas salinas; + ambientes lênticos; ++ ambientes Intermediários; +++ ambientes Lóticos.

Page 154: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

145

A Figura 4-10 apresenta uma comparação entre os índices de qualidade da água segundo o IQA, IQAc e o IET dos rios e/ou trechos de rio e pontos estuarinhos analisados da bacia do Rio Apodi-Mossoró. Pela figura, é possível observar que os pontos monitorados apresentam qualidade entre Média e Boa, e estados tróficos variando entre eutróficos à hipereutróficos, com atenção especial para os pontos APM21 e APM30, cujos estados de trofia foram altos, devido às elevadas concentração de clorofila ‘a’. Desta forma, pode-se afirmar que quase todos os pontos da bacia encontram-se com qualidade comprometida, provavelmente devido à usos agropastoris e despejos urbanos ao longo da bacia do Rio Piranhas-Açu, o que deve ser controlado e fiscalizado pelo Poder Público.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

APM18 APM19 APM20 APM21 APM22 APM25 APM26 APM30

IQA/

IQAc

/IET

ÍNDICES DA BACIA DO APODI-MOSSORÓ

IQA

IQAc

IET

Excelente (≥ 90)

Bom (70-89)

Médio (50-69)

Ruim (25-49)

Muito Ruim (<25)

Figura 4-137 – Comparação entres os índices de qualidade da água dos rios e ponto estuarino da Bacia do Rio Apodi-Mossoró

Page 155: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

146

4.4 MONITORAMENTO DA PRESENÇA DE AGROTÓXICOS NAS BACIAS LITORÂNEAS, PIRANHAS-AÇÚ

Os resultados referentes às Bacias Litorâneas e Bacia do Rio Piranhas-Açu em relação a presença de resíduos de agrotóxicos na água são apresentados a seguir, apenas para alguns rios de maior relevância, no intuito de facilitar a comparação e a avaliação geral da qualidade da água nos diferentes corpos hídricos. Assim, neste item são apresentados os resultados referentes à presença de agrotóxicos em 22 pontos amostrais das 2 bacias hidrográficas monitoradas pelo Programa Água Azul, sendo 19 rios das Bacias Litorâneas (BOQ01 - Lagoa do Boqueirão; PUN01 – Rio Punaú; CEA01 - Açude de Poço Branco; CEA02 - em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; CEA04, em Extremoz ; DOC03 - Lagoa Extremoz; DOC04 - no Rio Doce; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR 5 – Rio Pitimbu - Ponte trampolim da Vitória, em Parnamirim; POT15 – Rio Jundiaí – BR-226; POT16 – Ponte Peri-Peri; JAC01 - açude Japi II, em São José de Campestre; JAC02 - rio Jacu, no Sítio Choar - Espírito Santo; CUR01 - rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz; CUR02 - a jusante de Pedro Velho; e CUR04 - o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho, e 03 rios da Bacia do Piranhas-Açu (PIA29- Rio Piranhas-Açu, em Pendências); PIA35- Rio Piranhas-Açu, DIBA, Alto do Rodrigues; e PIA36- Rio Piranhas-Açu, em Acauã.

Os resultados apresentados foram comparados com os Valores Limites Permitidos – VLPs da Resolução CONAMA 357/2005, para águas doces, classe 2. Os resultados das análises foram avaliados quanto ao Índice de Toxicidade – IT e ao Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc, pois o Limite de Detecção – LD para todos os compostos orgânicos analisados pelo equipamento no NUPPRAR/UFRN apresentou-se inferior aos VLPs definidos pela Resolução CONAMA n° 357/2005.

Assim, como é possível ver pela Tabela 4-24, todos os pontos de monitoramento analisados apresentaram valores inferiores aos respectivos limites de detecção do método/equipamento utilizado, que foram por sua vez, inferiores aos VLPs. Isso mostra que, a qualidade do pontos quanto a presença de agrotóxicos é “Excelente”, pois não há presença de nenhum dos compostos monitorados, inclusive o Glifosato, que é bastante utilisado no Brasil pelo nome comercial “Roundup”, como herbicida sistêmico pré-plantio.

No entanto, mais análises devem ser feitas para avaliar a qualidade desses pontos, inclusive, podendo ser utilizado um maior volume de amostra para concentração (5 litros, ao invés do volume atual, de apenas 1 litro, que está em acordo com a resolução), o que poderá indicar, no futuro, alguma concentração, embora esta possa estar ainda abaixo dos VLPs.

Page 156: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

147

Tabela 4-43 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas

PARÂMETROLimite de

Detecção (LD em µg/l)

BOQ01 - Lagoa do Boqueirão

PUN01 - Rio Punaú - Ponte

BR-101

CEA01 - Açude Poço

Branco

CEA02 – Rio Ceará-Mirim - Ponte BR

406

CEA03 - Rio Ceará-Mirim -

Jusante Usina S. Francisco

CEA04 - Rio Ceará-Mirim - Ponte BR-101

DOC03 - Lagoa de Extremoz

DOC04 - Rio Doce -

Gramorezinho - Natal

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,02,4,5-TP 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0Alacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005Atrazina 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Carbaril 0,0060 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Dodecacloro pentaciclodecano 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056Endrin 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 3,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0Glution 0,0012 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01Hexaclorobenzeno 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065Lindano (g-BHC) 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Metolacloro 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0Metoxicloro 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,00015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009Simazina 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Toxafeno 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2Parationa Metílica 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 - *VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

Page 157: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

148

Tabela 4-44 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)

PARÂMETROLimite de

Detecção (LD em µg/l)

PIR02 - Rio Pitimbu -

Passagem Areia - Parnamirim

PIR03 - Rio Pitimbu - Ponte

BR 304

PIR04 - Rio Pitimbu - BR-101

PIR05 - Rio Pitimbu - Ponte Trampolim da

Vitória

POT15 – Rio Jundiaí - BR226 -

Macaíba

POT16 – Ponte Peri-Peri

JAC01 - Açude Japi II - S.J. Campestre

JAC02 – Rio Jacu - Sítio Choar -

Espírito Santo

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,02,4,5-TP 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0Alacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005Atrazina 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Carbaril 0,0060 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Dodecacloro pentaciclodecano 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056Endrin 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 3,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0Glution 0,0012 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01Hexaclorobenzeno 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065Lindano (g-BHC) 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Metolacloro 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0Metoxicloro 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,00015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009Simazina 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Toxafeno 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2Parationa Metílica 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 - *VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

Page 158: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

149

Tabela 4-45 – Monitoramento da qualidade de água pela presença de agrotóxicos nos rios das bacias analisadas (continuação)

PARÂMETROLimite de

Detecção (LD em µg/l)

CUR01 - Rio Curimataú -

Jusante de Nova Cruz

CUR02 - Rio Curimataú -

Jusante de Pedro Velho

CUR04 - Rio Piquiri - Captação CAERN

Pedro Velho (PIQ01)

PIA29 - Rio Piranhas-Açu -

captação CAERN Pendências

PIA35 - DIBA – Alto do Rodrigues

PIA36 - Rio Piranhas-Açu -

Acauã

VMP*

(µg/l)

2,4,5-T 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,02,4,5-TP 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0

2,4-D 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 4,0Alacloro 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 20,0

Aldrin+Dieldrin 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005Atrazina 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Carbaril 0,0060 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Clordano (Cis+Trans) 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04DDT (p,p-DDT + p,p-DDE + p,p-DDD) 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,002

Demeton (Demeton-O +Demeton-S) 0,009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Dodecacloro pentaciclodecano 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,001

Endossulfan (a+b+sulfato 0,0150 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,056Endrin 0,0003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,004

Glifosato 3,0 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 65,0Glution 0,0012 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,005

Heptacloro epóxido + Heptacloro 0,0009 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01Hexaclorobenzeno 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,0065Lindano (g-BHC) 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,02

Malation 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,1Metolacloro 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 10,0Metoxicloro 0,0015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,03

Pentaclorofenol 0,00015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,009Simazina 0,03 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 2,0Toxafeno 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,01

Trifluralina 0,015 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,2Parationa Metílica 0,003 < LD < LD < LD < LD < LD < LD 0,04

Data da coleta - ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 ago-14 - *VLP–Valores Limites Permitidos em mg/L para águas doces classe 2, segundo Resolução CONAMA N° 357/2005.

Page 159: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

150

5. CONCLUSÕES

A seguir são apresentadas as principais conclusões sobre o monitoramento dos corpos d’água superficiais pelo Programa Água Azul, no período de Julho a Agosto de 2014, para as principais bacias hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte.

BACIAS DA REGIÃO COSTEIRA LESTE DO RN

As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias da Região Costeira Leste do RN nesta 1ª campanha foram realizadas no período de Julho à Agosto de 2014.

Bacia Hidrográfica do Rio Boqueirão

O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Boqueirão (BOQ01), onde nesta campanha, o IQA e IQAc resultaram “Bom”, mesmo com a falta de alguns resultados que não foram completamente fornecidos pelos laboratórios. Historicamente, a água na lagoa tem boa qualidade, mas eventualmente apresenta concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas, devido a atividades agropastoris que ocorrem em seu entorno.

Bacia Hidrográfica do Rio Punaú

O único ponto monitorado nesta bacia é o Rio Punaú (PUN01), cuja qualidade da água foi boa (IQA e IQAc) nesta campanha, devido principalmente à concentração relativamente elevada de fósforo e nitrogênio totais. Historicamente, este ponto apresenta eventualmente concentrações de DBO e coliformes termotolerantes relativamente elevadas e baixo OD, devido à poluição decorrente dos usos agropastoris (pecuária, agricultura, etc.) que ocorrem na bacia.

Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape

Esta bacia é monitorada em dois pontos, sendo um no Rio Maxaranguape, em Dom Marcolino (MAX01) e outro no estuário do Rio Maxaranguape (MAX02). A qualidade da água nesta campanha foi classificada pelo IQA e IQAc como “Boa” em MAX01 e MAX02, devido principalmente às concentrações elevadas de DBO e sólidos totais, principalmente MAX02. O Rio Maxaranguape apresentou elevadas concentrações de coliformes termotolerantes e DBO em seus histórico, devido provavelmente a usos agropastoris em sua bacia. Como este rio deverá se tornar, em um futuro próximo, uma importante fonte de abastecimento para a Região Metropolitana de Natal, há a necessidade de maior proteção deste manancial.

Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim

Nesta bacia são monitorados o Açude de Poço Branco (CEA01) e três pontos no rio Ceará-Mirim (CEA02, em Taipu; CEA03, em Ceará-Mirim; e CEA04, em Extremoz). Nesta campanha, a água nesta bacia foi classificada como de “Boa” qualidade nos pontos CEA01 e CEA02, e “Média” qualidade nos demais pontos da bacia. Nos pontos CEA03 e CEA04, a qualidade da água classificada como “Média”, apresentou elevada concentração de coliformes termotolerantes e DBO,

Page 160: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

além de sólidos totais (principalmente, CEA03). Isto é consequência do lançamento dos esgotos não tratados ou tratados precariamente pela cidade. Historicamente, os pontos monitorados na bacia do rio Ceará-Mirim apresentam geralmente águas salobras (salinidade > 0,5‰), com concentrações relativamente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO, em virtude dos lançamentos de resíduos agroindustriais (pecuária, usina de cana-de-açúcar, etc.) e urbanos (esgotos, águas de drenagem urbana etc.) que ocorrem na bacia, com destaque para os lançamentos de esgotos na cidade de Ceará-Mirim e a intensa ocupação das áreas de proteção permanente (APPs) às margens do rio, o que requer medidas de controle urgentes do Poder Público.

Bacia Hidrográfica do Rio Doce

Nesta bacia são monitorados os riachos do Mudo (DOC01) e Guajiru (DOC02), a Lagoa Extremoz (DOC03) e o Rio Doce (DOC04). Nesta campanha, não foi possível calcular o IQA e o IQAc para monitorar a qualidade da água nos quatro pontos desta bacia, pela falta de resultados de turbidez e OD. O histórico do monitoramento, no entanto, indica que há uma redução da qualidade em todos os pontos da bacia, devido a concentrações elevadas de coliformes termotolerantes, acima dos valores limite permitidos (VLPs), alémda baixa concentração de OD em três os pontos, exceto na Lagoa de Extremoz, que é o principal manancial para abastecimento da Zona Norte de Natal. Isto se deve à poluição difusa (áreas agrícolas, com criação de animais) e pontual (principalmente esgotos) observada em toda a bacia, o que tem sido ressaltado nos dados históricos de todos os pontos da bacia, com concentrações eventualmente elevadas de coliformes termotolerantes e DBO. A densidade de cianobactérias na Lagoa de Extremoz foi extremamente elevada nesta campanha, que resultou em 195.000 cél./mL. Assim, sugere-se que o manancial e os efluentes dos filtros da ETA de Extremoz sejam monitorados regularmente pelo operador do sistema de abastecimento (CAERN), nos termos da Portaria 2.914/2011.

Bacia Hidrográfica do Rio Potengi

Nesta bacia são monitorados dezesseis pontos no total, quatro situados em rios (POT01- Rio Camaragibe, em Ielmo Marinho; POT03 – Rio Potengi, Telha, em São Pedro do Potengi: POT15 e POT16, no Rio Jundiaí), um reservatório (POT02 – Açude Campo Grande, em São Paulo do Potengi) e onze pontos estuarinos (POT04, POT05, POT06, POT07, POT08, POT09, POT10, POT11, POT12, POT13 e POT14. Os pontos POT15 e POT16 não tiveram os IQA e IQAc calculados nesta campanha, pois alguns dados não foram fornecidos pelos laboratórios responsáveis.

Nesta bacia, com exceção dos pontos POT3, POT 15 e POT16, todos os pontos apresentaram águas salobras (POT01, POT02, POT04, POT13 e POT14) ou salinas (demais pontos no estuário do Rio Potengi) nesta campanha. A qualidade geral da água pelos valores dos IQA e IQAc foi classificada como Boa apenas nos pontos POT02 e POT10 (mesmo assim, muito próximo à “Médio”) e classificada como “Média” nos demais pontos, devido principalmente às concentrações muito elevadas de sólidos totais (devido a salinidade), DBO (em 5 pontos), coliformes termotolerantes (apenas POT01 e POT15), e baixa concentração de OD (parâmetro mais grave, abaixo do VLP em 14 pontos). A concentração de coliformes termotolerantes foi elevada em apenas dois pontos da bacia, em virtude dos diversos lançamentos de esgoto, principalmente no estuário do Rio Potengi. Devido a isso, o OD foi inferior ao recomendado pela legislação (6 mg/L) em todos os pontos do estuário, exceto nos POT02 e POT03, demonstrando que o Rio Potengi encontra-se poluído por material orgânico, o qual provém principalmente de esgotos domésticos e industriais, mas também de fontes difusas, como a drenagem urbana. Observa-se, portanto, que a carga de poluentes recebida

151

Page 161: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

pelo rio ultrapassa seu limite de assimilação, o que vem sendo comprovado em todas as campanhas já realizadas (a partir do histórico do PAA entre 2008 e 2012). A reversão da poluição do Rio Potengi e seus afluentes demanda diversas ações do poder público, com vultosos investimentos, com destaque para a implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Natal.

Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi

Nesta bacia são monitorados seis pontos situados em rios (PIR01 – Rio Pitimbu – Lamarão – Macaíba; PIR02 – Rio Pitimbu - Passagem de Areia – Parnamirim; PIR03 – Rio Pitimbu - Ponte BR 304, em Parnamirim; PIR04 – Rio Pitimbu - Ponte velha da BR 101, em Parnamirim; PIR 5 – Rio Pitimbu - Ponte trampolim da Vitória, em Parnamirim; e PIR07 – Rio Pirangi, Balneário de Pium, em Nísia Floresta), duas lagoas (PIR06 – Lagoa do Jiqui, e PIR09 – Lagoa Azul (ou de Pium)) e um ponto estuarino (PIR08 – Estuário do Rio Pirangi - Ponte velha na RN 063, em Parnamirim).

Nesta campanha, a qualidade da água (IQA) foi considerada “Boa” em todos os pontos da bacia, embora os pontos PIR06, PIR07, PIR 08 e PIR09, apresentaram classificação ainda “Boa”, mas muito próxima à “Média”. Em geral, a concentração de OD do ponto PIR06 ficou abaixo do valor mínimo permitido pela legislação. As concentrações de coliformes termotolerantes (que são indicadores de contaminação da água por material fecal), contudo, apresentaram-se abaixo do VLP em todos os pontos monitorados, com valor mais preocupante para o PIR05 e, em menor grau, PIR07, PIR06 e PIR04, o que indica que os mananciais monitorados (principalmente os rios Pitimbu e Pirangi) recebem esgotos e outros poluentes, que prejudicam a qualidade da água. O grau de trofia resultou entre Ultraoligotrófico e Oligotrófico em todos os pontos da bacia.

Os resultados obtidos nesta campanha são coerentes com os observados nas campanhas anteriores do PAA entre 2008 e 2012, e evidenciam que o Rio Pitimbu, que é um dos mananciais mais importantes para a cidade de Natal, recebe esgotos e outros poluentes, que são lançados no rio principalmente nos trechos que atravessam áreas urbanas. Este fato aponta para a necessidade de ações para proteção do manancial e também a atualização tecnológica dos sistemas de abastecimento de água que utilizam o manancial, com destaque para a ETA do Jiqui, como forma de garantir a segurança sanitária da população abastecida.

Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso

O único ponto monitorado nesta bacia é a Lagoa do Bonfim (FLL01), em um local junto à captação da CAERN. Nesta campanha, a lagoa apresentou água com qualidade “Excelente”, baixa concentração de DBO, coliformes, fósforo e ambiente Oligotrófico. Embora esta seja a condição típica deste manancial também nas campanhas anteriores, é importante destacar que a Lagoa do Bonfim tem apresentado concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas campanhas (embora abaixo do VLP), o que pode ser atribuído à intensa e desordenada ocupação que se processa no entorno da lagoa, o que é incompatível com sua grande importância no abastecimento de diversas cidades do RN (através da adutora Monsenhor Expedito) e demanda a intervenção do Poder Público, principalmente dos órgãos ambientais.

Bacia Hidrográfica do Rio Trairi

152

Page 162: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

Nesta bacia são monitorados três reservatórios (TRA01- Açude Inharé; TRA02 – Açude Santa Cruz; e TRA03 – Açude Trairi) e o rio Trairi (TRA04), em Monte Alegre. Nesta campanha, os três reservatórios apresentaram águas salobras (salinidade >0,5‰). A qualidade da água (IQA) foi Boa nos pontos TRA01 e TRA02, e Média no TRA03 (não foi calculado o IQA no ponto TRA04), devido principalmente às concentrações de nitrogênio, fósforo e sólidos totais muito elevadas, e elevada concentração de DBO (exceto TRA04). No ponto TRA04, a concentração de coliformes termotolerantes foi bastante elevada. A densidade de cianobactérias foi muito elevada no açude Inharé (TRA01), com dominância da espécie Cylindrospermopsis raciborskii (potencialmente produtora de cianotoxinas).

Historicamente, todos os pontos da bacia do Rio Trairi têm apresentado águas salobras, com qualidade da água média, agravada por concentrações elevadas de sólidos (parcialmente decorrentes da salinidade das águas) e, eventualmente, de coliformes termotolerantes. As densidades de cianobactérias nos açudes Inharé (TRA01) e Trairi (TRA03) (o açude Santa Cruz não é monitorado para este parâmetro) têm sido muito elevadas, com eventual dominância de espécies produtoras de cianotoxinas. Percebe-se, portanto, que, afora a condição salina natural desses mananciais, os mesmos sofrem poluição decorrente das atividades agropastoris (p.ex., pecuária) e ocupação urbana (no caso do açude Santa Cruz) em suas bacias.

Bacia Hidrográfica do Rio Jacu

Nesta bacia são monitorados o açude Japi II (JAC01), em São José de Campestre; o rio Jacu,no Sítio Choar - Espírito Santo (JAC02), e dois pontos na Lagoa das Guaraíras (JAC03 e JAC04). Nesta campanha, a qualidade da água (IQA) foi Boa no Açude Japi II (JAC01) e em um ponto na Lagoa das Guaraíras (JAC03), e Média no rio Jacu (JAC02) e no ponto JAC04, devido principalmente às elevadas concentrações nitrogênio, sólidos totais e , especificamente nos pontos JAC01 e JAC02, elevadas concentrações de fósforo e DBO, provavelmente devido a lançamentos de esgoto e atividades agropastoris, incluindo a criação de animais. Historicamente o açude Japi II (TRA01) apresenta qualidade média; o Rio Jacu (TRA02), qualidade ruim; e a Lagoa de Guaraíras (TRA03 e TRA04) qualidade média, sendo que em todos os pontos a qualidade da água é prejudicada pelas elevadas concentrações de sólidos totais (que se deve à condição natural da bacia, de elevada salinidade) e de coliformes termotolerantes (decorrente da poluição urbana e agropastoril) na água.

Bacia Hidrográfica do Rio Curimataú

Nesta bacia, são monitorados: o rio Curimataú, a jusante de Nova Cruz (CUR01) e a jusante de Pedro Velho (CUR02), o rio Piquiri, na captação da CAERN em Pedro Velho (CUR04 – que não foi monitorado nesta campanha) e o estuário de Barra de Cunhaú (CUR03). A qualidade da água (em relação ao IQA e ao IQAc) não pôde ser calculado nesta campanha, devido a falta de alguns resultados não fornecidos pelos laboratórios responsáveis. No entanto, chama a atenção a elevada concentração de coliformes termotolerantes em todos os pontos da bacia (acima do VLP), decorrente da poluição por esgoto não tratado ou tratado precariamente., além do elevado pH dos pontos CUR01 e CUR02.

Historicamente os pontos CUR01 e CUR02 apresentam qualidade da água média, com águas salobras e elevadas concentrações de coliformes termotolerantes na maioria das campanhas. O Estuário de Barra de Cunhaú apresenta qualidade média, agravada pela elevada concentração de sólidos totais (devido à elevada salinidade, 30.038‰) e, em algumas campanhas, de coliformes

153

Page 163: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

termotolerantes. Na captação do Rio Piquiri (CUR04) a qualidade da água é historicamente boa, exceto pelas concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em algumas campanhas, o que aponta para a necessidade de melhor proteção sanitária da bacia.

BACIA DO RIO PIRANHAS-AÇU E FAIXA LITORÂNEA NORTE DE ESCOAMENTO DIFUSO (FLNED)

As coletas das amostras de águas superficiais das Bacias do Rio Piranhas-Açu e da Faixa Litorânea Norte do RN nesta 1ª campanha foram realizadas no período de Julho à Agosto de 2014.

Reservatórios da Bacia do Piranhas-Açu

O Programa Água Azul monitora 20 reservatórios na bacia do Piranhas-Açu, com a finalidade de avaliar a qualidade das águas superficiais. Nesta campanha, todos os pontos foram devidamente monitorados, de maneira que o IQA e o IQAc resultaram na classificação entre “Boa” à “Média” para todos os pontos. A classificação dos reservatórios quanto a salinidade foi, em geral, de águas doces, com exceções para os pontos PIA04, PIA07, PIA10, PIA15, PIA23, PIA25 e PIA26, que apresentaram águas salobras. Houve elevadas concentrações de coliformes termotolerantes nos pontos PIA13, PIA16 e PIA30, acima dos VLPs, enquanto os demais apresentaram concentrações desse parâmetro baixa, ou até, ausência. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos foram as elevadas concentrações de sólidos, fósforo e nitrogênio. Em diversos pontos, a densidade de cianobactérias foi superior aos VLPs estabelecidos, em especial nos pontos PIA02, PIA03 e PIA 07, o que demonstra que a qualidade geral da bacia já é bastante comprometida. Em apenas um ponto, o PIA20, o IQAc resultou nulo, devido à elevada concentração de cobre dissolvido na água. Elevadas concentrações de clorofila ‘a’ também foram comuns em vários pontos analisados.

Rios da Bacia do Piranhas-Açu

Nesta campanha, apenas seis dos quatorze pontos foram devidamente monitorados pelo PAA. A qualidade da água (IQA e IQAc) resultou “Excelente” apenas no ponto PIA32, e “Boa” apenas no ponto PIA29. Nos demais pontos monitorados, a qualidade da água foi classificada como “Média”. Os parâmetros que mais contribuíram para a redução no IQA e IQAc de todos os pontos foram as elevadas concentrações de sólidos, fósforo e nitrogênio. Em apenas um ponto (PIA36), a DBO resultou acima do VLP. Em dois pontos, a densidade de cianobactérias foi superior aos VLPs, pontos PIA32 e PIA36, o que demonstra que a qualidade da bacia em alguns pontos já é bastante comprometida.

Estuários da Bacia do Piranhas-Açu e Faixa Litorânea

Nesta campanha, os 3 pontos estuarinos na bacia do rio Piranhas-Açu: PIA17- Estuário do Rio Piranhas-Açu, em Macau; PIA18- Estuário do Rio dos Cavalos, em Pendências; e PIA28 – Estuário do Rio das Conchas, em Porto do Mangue, foram devidamente monitorados, e o IQA e IQAc resultaram “Médio” para os pontos PIA 18 e PIA28, e “Ruim” para o ponto PIA17. Neste último ponto, além da elevada concentração de sólidos (devido a elevada salinidade), houve elevada concentração de DBO e baixa concentração de OD, o que contribuiu muito para este resultado tão crítico. Os pontos PIA18 e PIA28 apresentaram elevada concentração de coliformes termotolerantes

154

Page 164: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

(acima do VLP), e o ponto PIA18, em especial, apresentou elevadíssima densidade de cianobactérias, muito acima dos VLPs.

Considerações finais sobre a Bacia do Piranhas-Açu

A presença de metais pesados nas águas superficiais da bacia do Piranhas-Açu foi recorrente em campanhas anteriores de monitoramento do Programa Água Azul, ocorrendo em todos os reservatórios, rios e pontos estuarinos da bacia, na maioria das campanhas. Embora esta característica não tenha se repetido nesta campanha, com exceção do ponto PIA20, que parece ser natural das águas da bacia, é necessáio que estudos sejam realizados para que se esclareça as causas (ou a origem) da presença dos metais pesados na água, além dos riscos à população e às espécies aquáticas. Além disso, observa-se que as densidades de cianobactérias na maioria dos reservatórios da bacia frequentemente são elevadas. Como muitas dessas águas são utilizadas para abastecimento, muitas vezes sem tratamento adequado, recomenda-se fortemente que sejam tomadas medidas urgentes e prioritárias sobre as Estações de Tratamento de Água (ETAs) que tratam esses mananciais, no intuito de adotar tecnologias e operações adequadas, que reduzam os riscos à saúde da população, principalmente devido à ocorrência de florações de cianobactérias e de concentrações elevadas de fósforo, nitrogênio e sólidos totais nas águas superficiais.

Estuário da Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso (FLNED)

Na FLNED é monitorado apenas o ponto estuarino FLN01 - Rio Camurupim, em Guamaré (antigo PIA27). Nesse campanha, o IQA e o IQAc neste ponto resultaram “Médio”, agravado pelas elevadas concentrações de sólidos totais (provavelmente devido a elevada salinidade), e relativamente alta concentração de DBO (acima do VLP).

BACIA DO RIO APODI-MOSSORÓ

As coletas das amostras de águas superficiais da Bacia do Rio Apodi-Mossoró nesta 1ª campanha foram realizadas no período de Julho de 2014.

Reservatórios da Bacia do Apodi-Mossoró

Nesta campanha o Programa Água Azul monitorou 18 reservatórios (açudes) na bacia do rio Apodi-Mossoró, com a finalidade de avaliar a qualidade das águas superficiais. Desses reservatórios (açudes), segundo o IQA, 12 apresentaram água com Boa qualidade e 6 com Média qualidade (de acordo com o IQA). Entretanto, 4 reservatórios não foram monitorados. De acordo com o IQAc, entretanto, sete dos dezoito reservatórios da bacia apresentaram qualidade “Muito Ruim” nesta campanha, devido às concentrações elevadas de metais pesados na água (superiores aos VLPs). Dos dezoito reservatórios da bacia, todos apresentaram concentrações elevadas de fósforo total, alguns superiores ao padrão recomendado para cursos d’água lênticos de águas doces, classe II, de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005. Estes valores comprometem o estado trófico dos corpos d’água e propiciam florações de cianobactérias (fato este, observado em 7 reservatórios do 8 em que este parâmetros foi analisado, com concentrações acima dos VLPs). Em relação ao estado trófico, dos 18 reservatórios amostrados, nove pontos foram classificados como “Mesotróficos”, três pontos como “Supereutróficos”, um ponto como “ultraoligotróficos” e os demais (cinco) como

155

Page 165: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

“Hipereutróficos”. Nesta campanha, dentre os oito açudes desta bacia em que se monitorou a densidade de cianobactérias, seis apresentaram densidades superiores a 50.000 cél./mL.

Rios da Bacia do Apodi-Mossoró

Nesta campanha, foram monitorados sete pontos situados em rios na bacia do rio apodi-Mossoró: APM18 - Rio Apodi/Mossoró - Felipe Guerra, APM19 - Rio Apodi/Mossoró - Gov. Dix-Sept Rosado, APM20 - Rio Apodi/Mossoró - Barragem do Genésio, APM21 - Rio Apodi/Mossoró - Passagem de Pedra, APM25- Rio do Carmo – Upanema, APM26 - Rio do Carmo - Fazenda Angicos e APM30 - Rio do Carmo - Ponte BR110. O IQA resultou Bom nos pontos APM18, APM19, APM25 e APM26, e Médio nos pontos APM20, APM21 e APM30. Já o IQAc resultou Muito Ruim apenas no ponto APM18, devido a concentração de mercúrio na água acima do VLP. De maneira geral, os trechos perenizados desta bacia recebem esgotos não tratados ao atravessar as áreas urbanas das cidades, além das contribuições decorrentes de atividades agropastoris nas áreas rurais, o que contribui para piorar sua qualidade. Historicamente, com base na média histórica do IQAdo PAA entre os anos de 2008 e 2012, pode-se considerar com boa qualidade apenas o Rio de Carmo (APM25 e APM26), embora mesmo estes pontos apresentem excesso de metais em algumas campanhas.

Estuário da Bacia do Apodi-Mossoró

O Programa Água Azul monitora apenas o ponto estuarino APM22 - Rio Apodi/Mossoró, em Areia Branca, na bacia do rio Apodi-Mossoró. Nesta campanha, o IQA resultou Médio, devido a elevada concentração de nitrogênio, DBO, fósforo e sólidos totais neste ponto, e o IQAc qualificou o ponto como Muito Ruim, que, assim como no ponto APM18, este também apresentou concentração de mercúrio acima do VLP. Historicamente, contudo, o valor médio do IQA resulta em qualidade média neste ponto, sendo Muito ruim segundo o IQAc, devido ao excesso de metais pesados na água em quase todas as campanhas. Merece destaque ainda a elevada concentração de óleos e graxas observada em várias campanhas (nesta, este parâmetro resultou em 8,0 mg/L, onde o desejado é a ausência destes), que pode se dever aos campos petrolíferos situado a montante da região.

Considerações finais sobre a Bacia do Apodi-Mossoró

Na 1ª campanha de coletas foi observada a presença recorrente de metais pesados nas águas dos reservatórios e rios da bacia do Apodi-Mossoró (principalmente mercúrio, zinco e cromo, que ocorreram em quase todos os pontos), fato que já tinha sido observado em campanhas anteriores do PAA entre os anos 2008 e 2012. Assim, acredita-se que a detecção de metais pesados nesta bacia constitui um fator de preocupação que deve ser mais bem investigado, principalmente quando esses mananciais forem usados para abastecimento. De modo semelhante ao observado nos reservatórios das demais bacias hidrográficas do RN, vários dos reservatórios da bacia do Apodi-Mossoró apresentam florações intensas de cianobactérias, sendo que em alguns casos ocorre a dominância de espécies potencialmente produtoras de toxinas, o que representa um risco significativo aos que usam as águas desses mananciais para abastecimento e deve ser considerado na operação de sistemas de abastecimento que utilizam essas águas.

156

Page 166: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

Considerações finais

Tendo em vistas que as Estações de Tratamento de Água (ETAs) do Rio Grande do Norte, de maneira geral, não são projetadas para remover adequadamente metais pesados e cianobactérias (e cianotoxinas), observados em alguns reservatórios do estado, considera-se urgente que tais ETAs sejam adequadas às atuais condições desses mananciais, com a melhoria de suas instalações (atualização das tecnologias de tratamento) e da operação das mesmas. Além disso, é urgente que a companhia de saneamento responsável pelo serviço de abastecimento (CAERN) faça o monitoramento periódico dos metais pesados e das cianobactérias nesses reservatórios (e das cianotoxinas nas saídas da ETAs), de acordo com as frequências indicadas na Portaria MS 2.914/2011, o que não é feito a contento atualmente.Quanto a presença de compostos orgânicos nas bacias, em especial agrotóxicos, embora nesta 1ª campanha não se tenha detectado nenhum composto em nenhum ponto monitorado, é necessário que essas análises, que são complexas, sejam revistas, e que se continue coom o monitoramento, uma vez que o controle sobre o uso e comercialização destes compostos em todo o território nacional ainda é bastante precário, e pode haver a presença destes em campanhas futuras.

157

Page 167: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION – APHA. 2005. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21ª ed. Washington: APHA, 526 p.

BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

CETESB-COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, Modelo matemático para cálculo do índice de qualidade da água (IQA). Relatório R.176. Contrato DAEE/CETESB, termo 49/79. CETESB, São Paulo.96 p. 1979

CETESB-COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Guia de coleta e preservação de amostras de água. CETESB, São Paulo, Brasil. 1987.

CETESB -COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo: 2006. São Paulo: CETESB, 2007. ( Série Relatórios)

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (BRASIL). Resolução n° 274 de 29 de novembro de 2000. Define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=272. Acesso em: 14. Abr. 2008.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (BRASIL). Resolução n° 357 de março de 2005. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf Acesso em: 14. Abr. 2008.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. 1987. Guia de coleta e preservação de amostras de água. CETESB, São Paulo, SP, Brasil.

GUEDES, J.A. Diagnóstico geoquímico-ambiental do Rio Jundiaí nas imediações da cidade de Macaíba/RN. 2003. 120p. Dissertação (Mestrado em Geociências). Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2003.

HANEY, J. F. (1987). Field studies on zooplankton-cyanobacteria interactions. New Zealand L. J. Mar. Freshwat. Res. 21:467-475.

Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM. Relatório. Monitoramento das Águas Superficiais na Bacia do São Francisco Norte em 2004. Qualidade das Águas Superficiais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2004. Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br.

KOMÁREK, J.& ANAGNOSTIDIS, K. Cyanoprokariota I. TeilChroococcales. – In: ETTL, H., et. al.. (Ed). Süsswasserflora von Mitteleuropa. Jena: J. Fischer, 19 (1): 1-548. 1998.

LAMPARELLI, M. C. Grau de trofia em corpos d’água do estado de São Paulo: avaliação dos métodos de monitoramento. 238 p. Tese (Doutorado). Instituto de Biociências. USP. São Paulo. 2004.

LIBÂNIO, M. Fundamentos de Qualidade e tratamento de água. Campinas, SP: Editora Átomo, 2005.

158

Page 168: 3 · Web viewFigura 4118 – Histórico da qualidade da água no Açude Apanha Peixe (APM16)130 Figura 4119 – Histórico da qualidade da água na Barragem de Santa Cruz, em Apodi

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria no2.914, 12 de dezemdro de 2011.

MONITORAMENTO DA QUALIDADEDAS ÁGUAS DOS RIOS JUNDIAÍ E POTENGI-RN Relatório Final do IDEMA, 2007.

OTT, W.R. Environmental indices-theory e practice. Ann arbor science publishers. Ann Arbor. Mich. 1978.

QUEIROZ, A. B. J. Análise ambiental do estado de conservação do baixo curso do Rio Pacoti Ceará/CE. 2005. 117p.Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) Programa Regional de Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005.

REYNOLDS, C. S. (1987). Cyanobacterial water-blooms. Advances in Botanical Research, 13:67-143.

SHAPIRO, J. (1990). Current beliefs regarding dominance by blue green-algae: the case for the importance of CO2 and pH.Verh. int. Ver. Theor. Angew.Limnol. 24: 38 – 54.

SMITH, V. H. (1983). Low nitrogen to phosphorus ratios favor dominance by blue-green algae in lake phytoplankton. Science. 221: 669-671.

U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Acid digestion of waters for total recoverable or dissolved metals for analysis by FLAA or ICP spectroscopy.Method 3005A. 1992.

ÜTERMOL, H. Zur vervollkommung der quantitativen phytoplankton methodik. Mitt IntcerTheorAngewLimnol.. 9: 1-38. 1958.

159