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Profª. Leslie G. Moraes EDUCAÇÃO A A DVENTIST

30 Encontros do Mestre com os mestres

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30 Encontros do Mestre com os mestres EAIBES

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Profª. Leslie G. Moraes

EDUCAÇÃOA ADVENTIST

Revisão Teológica:

Pr. Aroldo Andrade

Revisão Ortográfica:

Profª. Ruth de Souza Dornelas Prof. Lucimar Américo Dantas

Apoio: USeB

Pr. Antônio Marcos da Silva Alves

Caros Colegas… “Todos quantos se acham sob as instruções de Deus

precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio

coração, com a natureza e com Deus. Neles se deve revelar

uma vida não em harmonia com o mundo,

seus costumes e práticas;

é-lhes necessário experiência pessoal em obter o

conhecimento da vontade de Deus.

Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração.

Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego,

esperamos diante dEle,

o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus.

Ele nos manda:

"Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus." Sal. 46:10.

Este é o preparo eficaz para todo trabalho

feito para o Senhor.

Entre o vaivém da multidão, e a tensão das intensas

atividades da vida, aquele que é assim refrigerado, será

circundado de uma atmosfera de luz e de paz.

Receberá nova dotação de resistência física e mental.

Sua vida exalará uma fragrância e revelará um poder divino

que tocarão o coração dos homens”.

A Ciência do Bom Viver, pág. 58.

“Cristo aplicava-Se diligentemente ao estudo das Escrituras,

pois sabia que estavam repletas de preciosas instruções para

todos os que quisessem torná-las seu conselheiro. Ele era

fiel no desempenho de Seus deveres domésticos,

e as primeiras horas da manhã, em vez de serem

esperdiçadas na cama, muitas vezes O encontravam num

lugar solitário, meditando, examinando as Escrituras

e orando. Toda profecia referente a Sua obra e mediação

Lhe era familiar, especialmente as que diziam

respeito a Sua humilhação, expiação e intercessão.

Na infância e juventude, sempre estava diante dEle, o

propósito de Sua vida,

como incentivo para que empreendesse a obra de mediar em

favor do homem caído.

Ele veria uma posteridade que prolongaria os seus dias,

e o bom prazer do Senhor prosperaria nas Suas mãos”.

Fundamentos da Educação Cristã, pág. 402.

"Portanto, nós também, pois,

que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de

testemunhas,

deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos

rodeia e corramos,

com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando

para Jesus, Autor e Consumador da fé, o qual, pelo gozo que

Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a

afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus."

Heb. 12:1 e 2.

Meu desejo é que, na comunhão pessoal ao raiar de um novo dia,

você possa obter poder e sabedoria para ser vitorioso.

Reserve um tempo especial para estar a sós com Deus.

Que nestes 30 encontros, possas desenvolver

um relacionamento íntimo com

o Mestre dos mestres.

Com carinho:

Leslie G. Moraes

Leia Gêneses 1:26-31

I – Uma Grande Ideia

“Façamos o homem à Nossa

imagem...” - Gêneses 1:26

Um dia Alguém teve uma grande ideia. Construiria um lindo jardim e

nele colocaria um belo casal. Plano perfeito! Todos os detalhes foram minuciosamente estudados para que nada falhasse. Aliás, o erro não poderia ser

possível, já que a autoria do planejamento provinha da Fonte de toda Sabedoria

– Deus. Com amor infinito, o próprio Idealizador coloca-se a trabalho na

construção deste lugar e quando finalmente se tratou do ser humano, Suas mãos

se moveram gentilmente transformando o barro em carne, o bruto em ser

vivente, um sonho em realidade! Milhares de súditos estavam dispostos a realizar a tarefa. Mas, era necessário que o próprio Deus a realizasse, a fim de

demonstrar Seu amor ao tocar cada tecido que se estendia, cada órgão que se

formava. O corpo ainda não possuía vida, mas nele já estava registrado o principal traço de caráter de seu Criador – O Amor.

Finalmente, através de um sopro, Deus doa vida. A partir de então,

passávamos a ser semelhantes a Ele, que é a própria vida. E por sermos semelhantes, deu-nos o privilégio da decisão. Não seríamos meros robôs.

Opinaríamos e decidiríamos obedecer por amor e não por força. Contudo,

tomou o cuidado de dar todas as instruções necessárias para que o grande

inimigo não se apoderasse de nós, seus amados filhos. Como temos lidado com este privilegio a nós confiado – o livre-

arbítrio? Temos ensinado nossos alunos a usá-lo? Essa primeira fase da vida

requer múltiplas escolhas, de grau elevado de importância, onde o livre-arbítrio é constantemente utilizado. Que contribuição temos dado para que tomem

decisões acertadas das quais não venham a se arrepender futuramente? Que

exemplo temos transmitido com nossas escolhas e decisões? Só há uma forma

de obtermos êxito nesta influência: total submissão a Deus. “Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus,

Satanás pode moldá-la segundo lhe apraz. Todas as faculdades racionais que

ele controla, torná-las-á carnais. Opõe-se diretamente a Deus em seus sentimentos, pontos de vista, preferências, gostos, desgostos, escolhas e

conduta; não tem prazer naquilo que Deus ama ou aprova, mas

deleita-se nas coisas que Ele despreza. Se Cristo habita no coração, Ele estará em todos os nossos pensamentos. Nossos

pensamentos mais profundos serão a Seu respeito, Seu amor, Sua pureza. Ele

preencherá todas as câmaras do espírito. Nossas afeições centrar-se-ão em

Jesus. Todas as nossas esperanças e expectativas serão relacionadas com Ele. Viver a vida presente pela fé no Filho de Deus, aguardando e amando Sua

vinda, será a maior alegria da alma. Ele será a nossa coroa de glória. Nosso

coração repousará em Seu amor”- Mente, Caráter e Personalidade, pág.238. Infelizmente, em troca de alguns momentos de satisfação, o homem

traiu ao Pai e entregou-se ao poderio satânico. Deus, porém, não se deu por

vencido e comprometeu-se a pagar o preço do resgate. Satanás pelejou com

todas as forças para que Cristo não fosse capaz de fazê-lo. Mas Ele estava decidido: desceria do Céu, deixaria ali Seu Pai e toda a honra que lhe era

cabida; aqui, enfrentaria rejeição e desprezo de seus próprios filhos. Sua vida

seria tirada, não pelo vil sequestrador, mas pelas próprias vítimas por quem viera oferecer libertação do cativeiro. Seu sangue era o preço exigido. Uma

troca de recompensa: a morte que merecíamos, pela vida que dEle provinha.

Troca injusta e cruel. Sacrifício inigualável. Ciente deste terrível futuro desceu e iniciou o processo de resgate.

Nada falhou! A operação foi um sucesso!!! O preço foi pago e

novamente pertencíamos a Deus, nosso amoroso Criador e Redentor, que

ofereceu-nos Sua própria vida. Porém, a história se repete e, por momentos de capricho, para satisfazer

desejos próprios e passageiros, muitas vezes rejeitamos este Grande Presente e

nos afastamos do nosso Salvador, fazendo com que, em nossas vidas, Seu sacrifício seja em vão.

Isso ocorre também na vida de nossos alunos e é nossa responsabilidade

alertá-los do perigo que enfrenta quem decide se afastar dos braços de Jesus,

mesmo que por algus instantes. “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em

derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” - I Pedro 5:8.

Mesmo quando estamos distantes, Cristo continua a apelar para que nos arrependamos e voltemos a Ele, que nos aguarda ansioso… saudoso… Nosso

afastamento, dói-lhe mais que os cruéis pregos que lhe foram cravados; mais

que a cortante espada que lhe traspassou; mais que todas as chicotadas que levou. Foram nossos pecados que Lhe mataram, partindo-lhe o coração e a

alma. Foram nossos pecados que O levaram ao desespero, fazendo-O sentir

distante e abandonado pelo Pai. Foram nossos pecados que lhe causaram a dor

da morte eterna – pagamento do pecado. Por Amor, fez tudo isso e saiu vitorioso. Hoje, sem

nenhum rancor continua oferecendo um presente que Ele já

comprou, pagou e nós estamos a rejeitar – a salvação.

É nosso dever transmitir aos nossos alunos estas boas-novas. Ele deu-

nos esta missão.

Precisamos, alertá-los de que o tempo da graça está se esvaindo e é chegada a hora de decidirmos a que senhor seguir. A justiça de Deus não mais

permitirá a existência do pecado. Sua santidade não mais suportará as trevas do

erro. É preciso que tudo volte a ser perfeito. Contudo, todos que teimarem em manterem-se presos ao pecado serão destruídos com ele. É chegada a hora de

valorizarmos cada decisão e compreendermos a consequência envolvida em

cada uma.

Cristo é nossa Salvação. Ele é nossa única saída. Entretanto, em busca de momentos de felicidade, deixamos de gozar felicidade plena; em busca de

sonhos pequenos, perdemos por não permitir a realização dos sonhos de Deus;

em busca de mísero dinheiro, perdemos a verdadeira riqueza; em busca das honras deste mundo, perdemos as glórias do Céu. E, finalmente, desprezamos a

Jesus.

Que neste dia, possamos decidir por Cristo, fazendo bom uso do livre-arbítrio para que esta cruel realidade não seja a nossa. Ensinemos às crianças e

jovens, a nós confiados, que Cristo está voltando e não há tempo a perder. Hoje

é o dia da salvação! Valorizemos este infinito Amor!!!

Amém!!!

Louvor: “Por que me amou assim?”

Hinário Adventista: 98

Leia Lucas 05:1 à 11

II - Chamado Para Uma Missão

“E disse Jesus a Simão: Não temas;

de agora em diante serás pescador de

homens” - Lucas 5:10

Logo após o batismo, Jesus iniciara Seu trabalho na Terra. Em bem

pouco tempo, teria que efetuar uma Grande Obra, que dividiria a história para

sempre e definiria o meu e o seu destino. Para este singular momento, escolhera

pessoas especiais para O acompanhar. Doze homens foram cuidadosamente selecionados e, teriam a partir dali, o privilégio

de serem testemunhas oculares de tudo que Ele fizesse. Essa era a

estratégia de ensino do Mestre para capacitar Seus sucessores na pregação do

evangelho: aulas práticas, dinâmicas, contextualizadas, ministradas vinte e

quatro horas por dia, em todos os dias do ano… Lições transmitidas a cada palavra, a cada ação, em todas as situações,a todo o tempo.

Algum tempo se passara desde a seleção, mas os discípulos ainda não

haviam compreendido a amplitude da Missão e por assim ser, não haviam se decido definitivamente ao lado de Jesus. A entrega à Causa ainda não era

completa. Haviam sido titulados, mas mantinham os corações divididos. Por

vezes, retornavam à antiga função a fim de buscar sustento; abandonavam a

Missão para, por suas próprias forças, buscarem o que consideravam prioridade. Estar trabalhando em uma instituição educacional cristã, não define

nosso grau de submissão a Deus. Quantas vezes, temos tido a mesma atitude

dos discípulos. Definimos o que nos é prioritário e não medimos esforços para alcançar êxito. Entretanto, para isso, deixamos Jesus de lado para lutarmos

sozinhos pela nossa própria sobrevivência física, emocional, profissional.

Muitas vezes, nossas prioridades divergem das prioridades divinas para nossa vida. E, nestes momentos, sozinhos, equivocados, passamos por terríveis

tempestades, dificuldades, escassez… Enquanto tudo poderia ter sido diferente

se de Deus dependêssemos completamente; se à Sua vontade nos

submetêssemos inteiramente. A bíblia nos adverte: “Buscai pois em primeiro lugar o reino de Deus e

Sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas" – Mat. 6:33.Não

se trata de uma busca superficial, rotineira, interesseira… Mas de uma busca plena, consciente, despretensiosa…

Os discípulos haviam se afastado de Jesus e, em vão buscaram durante

toda a noite, uma pesca bem-sucedida. Acreditavam piamente que dali,

retirariam o de que necessitavam.Porém, nada conseguiram. Desanimados e desalentados, remaram para a margem, desconsolados.

Raiava o dia sobre o Mar da Galiléia, e Jesus viera em busca de paz e

sossego. A agitação cotidiana O desgastava muito e necessitava de um tempo a Sós para recuperar as forças físicas e espirituais. Entretanto, não Lhe foi

possível, pois tão logo chegou, uma multidão se aglomerou a ponto de Se sentir

comprimido por todos os lados. Chamando a Pedro, entrou no barco e pediu que afastasse um pouco da praia. De dentro do barco, entre o farfalhar das ondas,

passou a ensinar a multidão.

Era, porém, intento do Mestre ensinar uma grande lição aos Seus

amados discípulos. Desejava mostrar-lhes a necessidade humana de total dependência de Deus. Por isso, encerrando o discurso, ordenou a

Pedro que retornasse ao alto mar e lançasse as redes. Por se

considerar especialista na área, Pedro questiona: "Mestre,

havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos…" - Luc. 5:5pp.Mas

felizmente completa: “…mas, sobre a Tua Palavra, lançarei a rede” - Luc.

5:5up. Amigo, quantas vezes temos, como Pedro, questionado as orientações e

as estratégias divinas, contestando a hierarquia de Suas prioridades. Quantas

vezes, acreditamos que nosso preparo intelectual nos basta para definirmos as estratégias, as ações… e, não buscamos saber a vontade do Mestre. Deus tem

profundo intesse em cada detalhe de nosso trabalho, em cada momento que

passamos em contato com nossos alunos. Ele sabe exatamente como devemos

agir, o que devemos falar, como devemos ensinar para atingir nossos objetivos. Mas, para que Sua intervenção e orientação aconteçam, como Pedro,

precisamos nos redimir e nos submeter à Sua vontade, mesmo que não a

compreendamos.Precisamos aceitar que sem Ele não há verdadeiro sucesso, verdadeira vitória, verdadeira felicidade.

“Durante aquela triste noite no lago, enquanto separados de Cristo, os

discípulos foram duramente premidos pela incredulidade, e cansaram-se num infrutífero labor. Sua presença, porém, lhes ateou a fé, e trouxe-lhes alegria e

bom êxito. O mesmo se dá conosco; separados de Cristo, nosso trabalho não dá

fruto, e fácil se torna desconfiar e murmurar. Quando Ele está perto, porém, e

trabalhamos sob Sua direção, regozijamo-nos nas demonstrações de Seu poder. É a obra de Satanás desanimar a alma; a de Cristo é inspirar fé e esperança. A

mais profunda lição que o milagre ensinou aos discípulos, é também uma lição

para nós - que Aquele cuja palavra pôde apanhar os peixes do mar, podia igualmente impressionar corações humanos, atraindo-os com as cordas de Seu

amor, de maneira que Seus servos se tornassem pescadores de homens” – O

Desejado de Todas as Nações, 249.

Cristo nos chamou para uma Grande Obra – uma Missão especial: pescadores de homens; arquitetos de caráter; restauradores da imagem de Deus

no ser humano. Para isso, além de um profundo preparo, necessita de nossa

inteira submissão, nossa entrega sem reservas. “Ao Professor é confiada importantíssima Obra – Obra para a qual ele

não deve entrar sem cuidadoso e completo preparo. Cumpri-lhe sentir a

santidade de sua vocação, e a ela entregar-se com zelo e dedicação” – Conselhos para professores, pais e estudantes,229

Cônscios de nossa pequenez, de nossa insignificância, de nossas

limitações, poderemos visualizar a grandiosidade do poder de Deus e

conseguiremos cumprir a Missão. “Pedro exclamou: "Ausenta-Te de mim, que sou um

homem pecador"; todavia, apegou-se aos pés de Jesus, sentindo

que dEle não se podia separar. O Salvador respondeu: „Não

temas; de agora em diante serás pescador de homens – Luc. 05:10‟.Foi depois

de Isaías haver contemplado a santidade de Deus e sua própria indignidade,

que lhe foi confiada a mensagem divina. Foi depois de Pedro haver sido levado à renúncia de si mesmo e à dependência do poder divino, que recebeu o

chamado para sua obra por Cristo” – O Desejado de Todas as Nações, 246.

“Todos quantos ensinam em nossas escolas devem estar em íntima comunhão com Deus e ter cabal conhecimento de sua palavra, a fim de darem

sabedoria e conhecimentos divinos na Obra de educar a juventude para

utilidade nesta vida e para a outra, futura e imortal. Precisam ser homens e

mulheres que não somente possuem certo conhecimento da verdade, mas que são observadores da palavra de Deus” - Conselho Sobre Educação pág. 138

Ao Pedro se submeter à vontade do Mestre, conseguiu um inimaginável

resultado numa pesca dada por perdida. Foi quando agiu pela fé que a vitória veio. Foi quando dependeu inteiramente do Pai que alcançou o que necessitava,

tanto fisico, quanto espiritualmente.“Simão e seu irmão deitaram juntos a rede.

Ao tentarem recolhê-la, tão grande era a quantidade de peixes apanhados, que começou a romper-se. Foram forçados a chamar Tiago e João em seu auxílio.

E havendo recolhido o conteúdo, tão grande era a carga em ambos os barcos,

que se viram ameaçados de ir a pique” – O Desejado de Todas as Nações, 246.

Que neste dia possamos depender inteiramente de Deus. Que possamos permitir a realização de Seus desígnios em nossa vida para que a Missão a nós

confiada possa ser fielmente cumprida.

Amém!

Louvor: “Eis-nos pronto”

Hinário Adventista: 299

Leia Gêneses 12:1 à 9

III – Vá e Serei Contigo

“... vá para uma terra que Eu te

mostrarei” - Gêneses 12:01

Era uma bela cidade! A economia parecia estar favorável,

proporcionando boa condição de aumento de patrimônio. Os

negócios iam bem; a boa vizinhança coroava de bons

relacionamentos a população de Ur. Uma vida calma, confortável, levava seus

habitantes a se orgulharem de ali morar.

Contudo, as influências pagãs tornaram essa aprazível cidade, imprópria para uma família cristã.

É bem verdade que temos o dever de influenciar para o bem e ajudar a

disseminar a verdade. Porém, muitas vezes, ao tentar influenciar, somos terrivelmente influenciados e contaminados com a sujeira do pecado. Neste

fértil terreno, os desejos, preferências e ambições do velho homem, parecem

prevalecer e superar ao novo homem, aquele um dia transformado pelo poder

dos Céus. Deus é ciente desta terrível luta e por isso aconselha: “Sai dela, povo meu...” Apoc. 18:04.

Este é o terno conselho do Pai preocupado com Seus amados filhos.

Ensinemos a nossos alunos sobre a importância de manterem distancia do pecado e estarem preparados para resistir à tentação quando esta lhes circundar.

“As crianças devem ser exercitadas e educadas de modo a esperarem

tentações, a contarem com dificuldades e perigos. Devem ser ensinadas a ter domínio próprio, e a vencer nobremente as dificuldades. E uma vez que não se

precipitem voluntariamente para o perigo, e se coloquem sem necessidade no

caminho da tentação, se fugirem às más influências e às companhias viciosas,

sendo então, de maneira inevitável compelidas a estar em perigoso convívio, terão suficiente força de caráter para ficar ao lado do direito e manter o

princípio, mantendo, com o poder de Deus, com sua moral incontaminada. Se

os jovens que foram devidamente educados puserem em Deus a confiança, sua força moral resistirá à mais severa prova” - Conselhos Professores, Pais e

Estudantes, pág. 85.

“Vá para uma terra que Eu te mostrarei” - foi a ordem. Para Abraão, não

era difícil obedecer às orientações divina. Sua vida, até então, era prova concreta de sua fidelidade e obediência. Mas, este era um pedido especial.

Exigia grande abnegação, total desprendimento; abandono de tudo que lhe era

certo, em troca do incerto; abandono do palpável, pelo invisível; abandono do conhecido, pelo desconhecido - uma vez que, nem ao menos, sabia para onde

iria: “... Eu te mostrarei” - era a promessa.

"Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia" - Heb. 11:8.

Deus poderia ter-lhe revelado Seus planos. Poderia ter desvendado seus

olhos com relação ao futuro que lhe aguardava. Certamente facilitaria sua

decisão. Sim, Ele o poderia, mas não o fez. Era preciso haver primeiro a decisão humana: decisão desinteressada, sem conhecimento da

recompensa - decisão por amor.

“Não fora uma pequena prova aquela a que foi assim submetido

Abraão, nem pequeno o sacrifício que dele se exigira. Fortes laços havia para o

prender ao seu país, seus parentes, seu lar. Ele, porém, não hesitou em obedecer à chamada. Não teve perguntas a fazer concernentes à terra da

promessa - se o solo era fértil, e o clima saudável, se o território oferecia um

ambiente agradável, e proporcionaria oportunidades para se acumularem riquezas. Deus falara, e Seu servo devia obedecer; o lugar mais feliz da Terra

para ele seria aquele em que Deus quisesse que ele se achasse” - Patriarcas e

Profetas, pág. 126.

Quantas bênçãos temos deixado de receber, por tardarmos decidir aceitar os planos de Deus em nossa vida. Muitas vezes, lutamos angustiados na

vã tentativa de conhecermos o que nos aguarda para, então, decidirmos por

Jesus. “Muitos ainda são provados como o foi Abraão. Não ouvem a voz de

Deus falando diretamente do Céu, mas Ele os chama pelos ensinos de Sua

Palavra e acontecimentos de Sua providência. Pode ser-lhes exigido abandonarem uma carreira que promete riqueza e honra, deixarem associações

agradáveis e proveitosas, e separarem-se dos parentes, para entrarem naquilo

que parece ser apenas uma senda de abnegação, agruras e sacrifícios. Deus

tem uma obra para eles fazerem; mas uma vida de comodidade, e a influência de amigos e parentes, embaraçariam o desenvolvimento dos traços essenciais

para a sua realização. Ele os chama para fora das influências e auxílio

humanos, e os leva a sentirem a necessidade de Seu auxílio, e a confiarem nEle somente, para que Ele possa revelar-Se-lhes. Quem está pronto, ao chamado da

Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares? Quem

aceitará novos deveres e entrará em campos não experimentados, fazendo a

obra de Deus com um coração firme e voluntário, considerando por amor a Cristo suas perdas como ganho? Aquele que deseja fazer isto tem a fé de

Abraão...” - Patriarcas e Profetas, pág. 126 - 127.

“Vá... que Eu te mostrarei”. É esta a metodologia celestial. Não adianta tentar mudar esta sequência. Deus nos conhece o suficiente para não o permitir.

Seu amor não concebe a possibilidade de macular a minha e sua decisão com

possíveis interesses; com possível ambição... E assim, insiste: Vá... Decida-se unicamente por mim! Já lhe dei inúmeras provas de que jamais se arrependerá.

Vá... Abandone este mundo vil; abandone esta vida e tudo que lhe prende a ela.

Cumpra a Missão para a qual foi chamado. Escolha permitir a realização de

Meus planos em sua vida. E então... só então, poderei outorgar-lhe as grandes bênçãos que há muito lhe tenho guardado.

Que este dia possa proporcionar-nos momentos de real

entrega, de decisão sincera por Jesus. E que o amor, a gratidão e

o desejo de louvá-lo, possam ser os únicos impulsores desta grande decisão.

Amém!!!

Louvor: “Ao Deus de Abraão louvai”.

Hinário Adventista: 11

Leia Marcos 10: 17 a 22

VI – O que é preciso fazer?

“... Bom Mestre, que farei para

herdar a vida eterna?”- Marcos 10:17.

Já era tarde... o sol depunha seus últimos raios dourados na encosta da colina. Fora um dia tumultuoso e Jesus desejava descansar. Por isso, afasta-se

da multidão e tenta dirigir-se a um lugar de descanso, quando é interceptado por

um homem que durante todo o dia ansiara um momento a sós com Ele. Era preciso interrogá-lo longe dos olhares curiosos da multidão; longe dos

comentários maldosos dos líderes religiosos. Afinal, possuía um caráter

imaculado e uma boa reputação perante esses. Não desejava que este encontro

viesse macular, com dúvidas, o que pensavam a seu respeito. Por outro lado, acreditava que, no fundo, nem tudo estava perfeito. Sentia um vazio que não

conseguia entender.

Acreditando ser esta a necessidade da aprovação divina para uma vida que já vivia desde tenra idade, aproximou-se de Jesus, desejoso de ouvir

louvores por seus atos e palavras. Estava certo de que Cristo apenas lhe diria

que sua entrada no Céu estava garantida por sua reta conduta e então, poderia acalmar seu coração e preencher este vazio que tanto lhe atormentava.

Aproximando-se do Mestre, faz a presunçosa pergunta de quem está certo da

resposta: “...que farei para ser salvo?” - Mc. 10:17 up.

Quão enganado se encontrava... Pensava ter garantido a salvação com uma vida de obras, enquanto para Deus nada disto tem valor se, em primeiro

lugar, não estiver o nosso amor por Ele. Vivera cada dia procurando FAZER,

enquanto só necessitava SER. Como tem sido o nosso dia-a-dia? Temos nos desgastado na vã tentativa

de conquistarmos êxito profissional, êxito relacional... por nossas próprias

forças e „sabedoria‟? A que temos dado prioridade? TER /

FAZER ou SER? Por quanto tempo ainda nos martirizaremos tentando descobrir o que precisamos fazer para obter a salvação,

enquanto unicamente precisamos AMAR? É verdade que quando amamos,

surgem os atos como prova deste amor, mas tudo acontece de forma natural,

como consequência do amor. Era o que faltava ao jovem rico. Sua hierarquia espiritual estava

deturpada. Cumpria com todos seus deveres de cristão, guardava rigidamente

todos os mandamentos, mas suas aspirações estavam em favores próprios; seu amor estava desfocado e, quando ouviu de Jesus as duras palavras “Vende tudo

que tens e siga-Me”, preferiu perder a salvação a abrir mão do que realmente

amava.

“As palavras de Jesus ao príncipe representavam em verdade o convite: „Escolhei hoje a quem sirvais‟- Jos. 24:15.A escolha foi deixada ao seu

arbítrio. Jesus estava sequioso de sua conversão. Mostrara-lhe o foco

infeccioso no caráter, e com que profundo interesse observava o resultado, ao pesar o jovem a proposta! Se decidisse seguir a Cristo, deveria em tudo

obedecer-Lhe as palavras. Deveria dar as costas a seus ambiciosos projetos. ...

Sua elevada posição e os bens que possuía, estavam exercendo em seu caráter uma sutil influência para o mal. Se acariciados, suplantariam Deus em suas

afeições. Reter do Senhor pouco ou muito, era conservar aquilo que lhe

diminuiria a força e a eficiência moral; pois se as coisas deste mundo são

nutridas, embora incertas e sem valor, tornar-se-ão de todo absorventes. ... Queria o tesouro celestial, mas desejava igualmente as vantagens temporais

que as riquezas lhe trariam. Entristeceu-se de que existissem essas condições;

queria a vida eterna, mas não estava disposto a fazer o sacrifício. O custo da vida eterna afigurou-se-lhe demasiado grande e retirou-se triste; „porque

possuía muitas propriedades‟Mar. 10:22. ... Não podia guardar os

mandamentos de Deus, enquanto o mundo ocupasse o primeiro lugar em suas

afeições” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 520. O que temos amado mais do que a Deus? Parece uma pergunta

estúpida!? Mas se pararmos para analisar a que temos dado prioridade em nossa

vida, talvez cheguemos à triste conclusão de que exista algo que tem merecido nosso maior tempo, nossa maior devoção, nossa maior dedicação... e este pode

não ser Jesus. O trabalho? A família? A luta por status sociais? O desejo por

posses financeiras? O sonho de uma carreira intelectual invejável? A busca por amigos ou prazeres? O que tem sido prioridade em nossa vida? Tudo isto é

benéfico e louvável quando não usufrui o nosso melhor. “Agrada-te do Senhor

e Ele satisfará os desejos do teu coração” – Salmos 37:04

Cristo deve ser nosso alvo principal. Amá-lo e realizar Sua obra, deve ser nossa meta. Só assim, poderá acrescentar-nos todas as demais

coisas... Deus nos ama muito acima do que podemos imaginar.

Deseja proporcionar-nos tudo aquilo que sabe que gostaríamos de

alcançar. Mas para isso, precisamos ofertar-Lhe um pequeno órgão que para Ele

tem muito valor – nosso coração. Só assim, venceremos todas as nossas paixões

e fraquezas; só assim estaremos prontos a receber as bênçãos que há muito tem esperado por uma chance de concedê-las. Dê-Lhe o seu coração. Permita-Lhe

fazer morada eterna em seu ser. Ofereça-Lhe prioridade em sua vida. Não tarde

em outorgar-Lhe o 1º lugar. Faça deste dia um marco em sua vida com Cristo. Amém!!!

Louvor: “Dá teu coração à Jesus”.

Hinário Adventista: 183

Leia Lucas 10:39-42

V – Demore aos Pés de Cristo

“... assentando-se aos pés de

Jesus, ouvia sua palavra” - Lucas 10:39 .

Era uma casa humilde em um pequeno povoado. Três irmãos,

provavelmente órfãos, ali moravam. A vida restrita que levavam, roubava-lhes a regalia de manterem servos para os auxiliarem nos afazeres domésticos. Por

isso, no pouco tempo que lhes restava, após a luta diária pelo sustento da

pequena família, organizavam-se de forma que todos pudessem colaborar com os trabalhos domiciliares.

Aquele, entretanto, era um dia especial. Todo esforço fora colocado na

preparação da casa e do alimento para receber a magnífica visita do amigo Jesus. Porém, a despeito de todo esforço empenhado, não conseguiram concluir

todos os preparativos antes de Sua chegada.

Envergonhada, Marta desculpa-se e roga a Jesus que se acomode e

descanse um pouco, enquanto concluiria o preparo do alimento. Queria que tudo estivesse perfeito para oferecer ao Mestre. E, nesta tentativa, afastou-se

rapidamente de Cristo, voltou aos seus afazeres, deixando-O de lado.

Maria também ansiara estar pronta quando Jesus chegasse. Mas como não foi possível - ao contrário da irmã - abandonou tudo que fazia e jogou-se

aos Seus pés. Era ali que precisava estar; só ali poderia usufruir das Suas

abençoadas palavras; só ali poderia sentir o benefício da presença

de Deus; só ali obteria a paz e o refrigério que tanto almejava. Seria muito bom se tivesse conseguido aprontar-se antes, mas

como não o pôde, lançou-se aos pés de Jesus como estava e, ali permaneceu.

Marta indignou-se! Seria justa tal situação? Enquanto esforçava-se para

receber bem a Jesus, Maria nada fazia, a não ser usufruir da Sua presença?! Inconformada, não suportando silenciar-se, indagou ao Mestre: “Não Te

importas?... Dize-lhe que me ajudes!” - Lc. 10:40.Com certeza, aguardava que

Maria fosse severamente repreendida... Afinal, o que mais poderia esperar? Suas pretensões eram as melhores possíveis. Queria agradar ao Mestre e para

isso dispusera todo seu tempo e labor. Enquanto Maria simplesmente se

colocara aos pés do Salvador.

“Todos quantos trabalham para Deus, devem possuir um misto dos atributos de Marta e de Maria - a boa vontade para servir e sincero amor pela

verdade” - Evangelismo, pág. 478.

Marta não estava errada em querer empenhar todas as suas energias no trabalho para o Senhor. Seu erro foi não saber dar primazia à companhia de

Jesus. A que temos dado prioridade? Ao trabalho ou ao relacionamento com

Ele? Deus quer e deseja que efetuemos nossa missão com dedicação e esmero. Mas sozinhos, não conseguiremos. Só Deus pode nos capacitar para tal. Apenas

de mãos dadas com Ele, poderemos vencer as dificuldades diárias e

alcançarmos os objetivos que Ele traçou para cada um de nós. Mesmo

trabalhando na Obra do senhor, precisamos estar atentos para não nos tornarmos „profissionais do evangelho‟. Nossa transmissão da verdade não pode ser

robotizada, mecânica, mero dever cumprido... mas reflexo da nossa íntima

convivência com Deus, resultado natural dos momentos que passamos a sós com Ele. Testemunho assim tem poder. Tal ensino terá resultado permanente.

“A „uma só‟ coisa que Marta necessitava, era espírito calmo, devoto,

mais profundo anseio de conhecimento da vida futura, imortal, e as graças

necessárias ao progresso espiritual. Precisava de menos ansiedade em torno das coisas que passam, e mais pelas que permanecem para sempre. Jesus quer

ensinar Seus filhos a se apoderarem de toda oportunidade de adquirir o

conhecimento que os tornará sábios para a salvação. A causa de Cristo requer obreiros cuidadosos e enérgicos. Existe vasto campo para as Martas, com seu

zelo no culto ativo. Sentem-se elas primeiro, porém, com Maria aos pés de

Jesus. Sejam a diligência, prontidão e energia santificadas pela graça de Cristo; então a vida será uma invencível força para o bem” - O Desejado de

Todas as Nações, pág. 525.

Oh amigos, como nos enganamos quando ousamos inverter a óptica

divina! Como Marta, enchemo-nos de boas intenções e esforçamos ao máximo para oferecer o melhor a Deus. Mas para isso, por vezes,

distancia-nos dEle, procurando em vão colocar ordem em nossa

vida, para então oferecê-la a Cristo... quando a única coisa que

Lhe interessa é a nossa completa dependência dEle, nossa companhia contínua.

Por mais que lutemos por preparar nosso coração para recebê-Lo, não

conseguiremos sem Seu auxílio. Só Jesus pode fazer os reparos necessários; só Jesus pode preparar o alimento que nosso ser tanto necessita. Mas tudo isso, só

poderá efetuar, se nos jogarmos aos Seus pés e ali permanecermos por tempo

suficiente para toda esta transformação. É preciso ser humilde, reconhecer nossa pequenez e a necessidade de dependermos totalmente dEle na execução do

serviço para o qual fomos conclamados.

“Há para o consagrado obreiro uma maravilhosa consolação em saber

que mesmo Cristo, durante Sua vida na Terra, buscava diariamente Seu Pai em procura de nova provisão da necessária graça; e saía dessa comunhão com

Deus para fortalecer e abençoar a outros. Vede o Filho de Deus curvado em

adoração a Seu Pai! Conquanto seja o Filho de Deus, robustece Sua fé por meio da prece, e mediante a comunhão com o Céu traz a Si mesmo força para

resistir ao mal e ministrar às necessidades dos homens” –Meditação

Matinal:„E Recebereis Poder‟, pág.155. “Os que estão prontos para o serviço, são os que mais se alimentam de

Cristo. Lede e estudai Sua Palavra. Bebei da inspiração de Seu Espírito, e

recebei Sua graça, não para entesourar, mas para dar aos outros. Para instruir

aos outros, devem primeiro ser os professores discípulos de Cristo. Há Martas em cada igreja. Estão intensamente ocupadas com atividades religiosas, e

fazem muito bem; mas também necessitamos do lado do caráter de Maria. Os

mais zelosos obreiros necessitam aprender aos pés de Jesus” – Testemunho para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 346.

Querido educador, PARE... DECIDA-SE... Demore aos pés de Cristo.

Permita que Ele faça por você aquilo que jamais conseguirá fazer sozinho.

Entregue-se... É a única coisa que precisa fazer. Ele aguarda a oportunidade de entrar e reformar seu coração. Deseja ardentemente a chance de fazer dele um

lugar apropriado para Sua eterna morada. Mas isto só Ele poderá fazer. Por mais

que desejemos, jamais conseguiremos executar esta tarefa, esta reforma. Que neste dia, possamos compreender a importância da comunhão

diária com Deus, da busca do Poder do Alto nas primeiras horas do dia, dando-

Lhe prioridade. Que você e eu possamos nos colocar aos pés de Cristo para recebermos poder, sabedoria e dEle usufruirmos as bênçãos de Seu infinito

amor e transformação.

Amém!

Louvor: “Assentado aos pés de Cristo”.

Hinário Adventista: 422

Leia Lucas 21: 1 a 4

VI – Isto é tudo que tenho

“... Esta porém da sua pobreza deu

tudo que possuía, todo o seu sustento” -

Lucas 21: 4

Jesus estava em frente à arca do tesouro, contemplando uma triste cena.

Era o momento do culto e os que ali chegavam, traziam consigo suas

ofertas. Rezava o costume, depositá-las no recipiente apropriado, localizado à entrada do templo. Como estímulo a grandes arrecadações, construíam-no com

material retinente, a fim de inibir o ofertante a realizar pequena doação. Aos

poucos este cerimonial passou de demonstração de gratidão e louvor, à

expressão de riqueza e poder. Ansiavam pelo momento de, em público, provarem grandeza e superioridade. Para isso, erguiam bem alto a mão, fazendo

com que o som provocado pela queda das ricas moedas, alcançasse o ouvido de

todos. Contudo, para os poucos favorecidos, era momento de grande humilhação, pois a crença popular - tendenciosamente divulgada e propagada

pelos sacerdotes - afirmava que a quantidade ofertada, estava diretamente

associada ao amor e devoção do ofertante a Deus e, como consequência, a pessoa que pouco oferecesse seria menos merecedora dos favores divinos.

Foi em meio a este triste contexto, que uma pobre viúva aproximou-se

para ofertar a Deus. Sua condição civil e financeira já atraía os olhares críticos e

reprovadores dos arrogantes fariseus. Cabisbaixa, escondendo uma pequena quantia na mão, abaixou-se para ocultar o som das suas únicas duas moedas

retinindo na arca. Porém, não o conseguiu por completo e, tristemente, pôde

ouvir tecerem terríveis comentários a seu respeito. Jesus então intervém. Sua doce voz silencia as cruéis palavras e

pensamentos de todos ali e, dirigindo a seus discípulos, garante ter sido esta a

maior oferta ali depositada, pois simbolizava o TUDO de alguém.

Neste „tudo‟, estava estampado a renúncia do próprio sustento. Deixara de priorizar qualquer outro investimento, mesmo sendo esta sua única „fortuna‟.

Dera TUDO... Não dividira o que tinha com Deus. Nem tão pouco retirara a

parte que sobrepujava para oferecer, como o faziam os fariseus. Matematicamente, sabemos que estes homens doavam quantias

grandemente superiores à da viúva. Mas para Deus, isto não

importa. Ele não necessita do nosso dinheiro; não Lhe é necessário nosso tempo e labor; não lhe fará falta, nossos

talentos. Somos nós os beneficiados quando a Cristo ofertamos. Mas, esta oferta

precisa ser sincera, genuína, de coração... Precisa retratar uma vida de total

entrega, de completa submissão. Só então ser-Lhe-á possível efetuar em nós a transformação necessária para tornar-nos instrumentos úteis em Suas mãos.

“A viúva pobre que deitou suasmoedas na tesouraria do Senhor, longe

estava de imaginar o que fazia. Seu exemplo de sacrifício pessoal exerceu e exerce influência sobre milhares de corações em todas as terras e em todas as

eras. Tem trazido para o tesouro de Deus dádivas de altos e baixos, ricos e

pobres. Tem ajudado a manter missões, a estabelecer hospitais, a alimentar os

famintos, vestir os nus, curar os doentes e pregar o evangelho aos pobres. Multidões têm sido abençoadas pelo seu ato de desprendimento. E, no dia de

Deus, ser-lhe-á permitido ver os resultados de todas essas linhas de influência”

– Meditação Matinal: „Maranata‟, pág. 357. Façamos hoje, uma total entrega ao Salvador. Que doravante nossos

dias sirvam como estágio para os duros momentos finais, onde teremos que

abdicar de tudo por amor a Jesus. Que nosso exemplo possa servir de estímulo a muitos, levando-os a ser mordomos fiéis . Que hoje, nosso tempo, nossos

talentos e nosso tesouro, assim como nosso ser, possam ser uma oferta

agradável aos olhos de nosso Grande Rei.

Amém!!!

Louvor: “Tudo entregarei”.

Hinário Adventista: 295

Leia João 5: 1 á 18

VII – Há quanto tempo O aguardas?

“Estava ali um homem havia 38

anos” - João 5:5

Era um quadro triste e doloroso. Uma multidão de enfermos

aglomerava-se à procura de cura. O recinto era inapropriado a qualquer ser humano, principalmente

enfermo. Um ambiente úmido, sombrio, um tanto mal cheiroso, tornava aquele

local asqueroso e, os que ali estavam, eram pessoas socialmente

rejeitadas, pois criam que o nível de saúde física era conseqüência natural do nível de saúde espiritual.

Ali estava ele: uma „mancha da sociedade‟; motivo de „vergonha da

família‟; verdadeira „decepção dos amigos‟... Em resposta, todos o haviam

abandonado. Ninguém restara para lhe servir de ajuda na realização de seu maior sonho: ser curado. Na busca deste ideal, submetera-se ali estar durante

todos estes anos; com o pensamento preso a essa feliz recompensa. Não se

importara com o tempo de espera. O importante era receber essa graça. Tudo o mais valeria a pena! E por isso ali permanecera, junto a centenas de pessoas

com o mesmo sonho.

Rezava a tradição local que, uma vez ao ano, em data não estabelecida,

um anjo descia àquele poço, agitando-lhe as águas e o primeiro enfermo que mergulhasse nas „santas águas‟, seria curado. Alguns passavam a noite

arrastando-se para a margem do tanque; outros, dia após dia, na vã esperança de

cura. Muitos, porém, que conseguiam chegar à beira dele, ali morriam, pois a multidão que se precipitava para diante, quando as águas eram agitadas,

atropelava os mais fracos.

Sabemos, hoje, que nenhum ser angelical provocava aquele fenômeno. A agitação ocorria devido ao fato do poço ser alimentado por uma corrente

intermitente. Seu fluxo, interrompia-se e prosseguia repetidas vezes

provocando, nestas ocasiões, um movimento maior de suas águas.

Nada havia de sobrenatural no Poço de Betesda. Contudo, muitos eram realmente curados, não pelo contato físico com a água, mas pelo contato

espiritual com Deus através da fé.

Sozinho, porém, era-lhe impossível aproximar-se da água. Precisava de ajuda; precisava de apoio; precisava de uma mão amiga...

“O pobre e impotente enfermo não podia competir com a multidão mais

ágil e egoísta. Os persistentes esforços na perseguição daquele único objetivo,

e a ansiedade e contínua decepção, estavam minando rapidamente as forças que lhe restavam” –A Ciência do Bom Viver, pág. 82.

Quantos hoje, ao nosso redor, anseiam por nossa mão estendida, pronta

a ajudar. Para muitos, a salvação será inatingível, se não for por nosso intermédio. Temos a Missão de sermos „ponte entre Deus e o mundo‟ e, isto nos

será requerido no dia do Juízo Final.

Querido educador, Deus nos escolheu para uma nobre tarefa: moldar caracteres. Deseja que indiquemos aos nossos alunos o caminho celeste, que

leva à cura espiritual. Estamos nós cumprindo esta Missão?

“Esses jovens necessitam que se lhes estenda a mão da simpatia. Uma

boa palavra dita com sinceridade e uma pequena atenção para com eles varrerão as nuvens da tentação que se amontoam sobre suas

almas. A verdadeira expressão da simpatia filha do Céu tem o

poder de abrir a porta do coração que necessita da fragrância de

palavras cristãs, e do simples, delicado contato do espírito do amor de Cristo.

Se quiséssemos dar provas de algum interesse pela juventude, convidá-la a

nossa casa, e cercá-la aí de influências alentadoras e proveitosas, muitos haveria que de boa vontade dirigiriam seus passos numa escala ascensional” -

A Ciência do Bom Viver, pág. 354.

Aproximou-se Jesus desta “Casa de Misericórdia”. Por mais sombrio que fosse o local, não era o bastante para bloquear a presença do Filho de Deus,

o Médico dos médicos. E o mais importante é que, a despeito destas sombras, o

Salvador enxergou nitidamente aquele coração sofredor, suplicando

silenciosamente por alívio de uma vida marcada pelo sentimento de culpa, pelo remorso, pela mágoa... Ansiava libertar-se dos pensamentos que o martirizava e

destruía há anos, mantendo-o preso a um passado negro, sem Deus.

Jesus poderia ter escolhido um outro enfermo qualquer. Mas escolheu o menos provável aos olhos humanos, pois Deus não se importa com o exterior,

mas com o interior. Para Ele, não há situação sem saída. NADA Lhe é

impossível. Caro amigo, se você se encontra num momento sombrio, se é levado a

pensar que não há mais solução... lembre-se: “Deus está nas sombras”. Seu

amor jamais permitirá, lhe deixar lutando em dor a sós, a menos que O rejeite.

Não importa quanto tempo aguarda este livramento. Abra os olhos da fé e veja Jesus. Ele sempre esteve ao seu lado insistindo em perguntar: “Quer ser

curado?”

É preciso parar de lamuriar, para ouvi-lo e, então, responder à Sua doce voz. Ele vem até você, mas aguarda sua decisão. Agarre-se a Ele; diga-Lhe que

a cura é seu maior desejo. “Lance sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele

tem cuidado de você” – I Pedro 5:7 (adaptado).

Descansa no Senhor e repita com o salmista: “Com todo o coração espero pela ajuda do Deus Eterno e confio na Sua palavra” – Salmos 130:5

(BLH).

Que este dia sirva-lhe de palco para esse grande encontro com o Sol da Justiça, capaz de dissipar toda e qualquer sombra do viver! E que, uma vez são,

possa servir de conduto de esperança a aflitos corações.

Amém!!!

Louvor: “ Deus está nas sombras”.

Hinário Adventista: 385

Leia Gêneses 39

VIII – Por que Senhor???

“Agarrando a José o pôs na cadeia

onde ficavam os presos do rei” –

Gen. 39:20

Fora uma longa e triste viagem. Para trás deixara a segurança do lar, o calor do abraço paterno, o sonho de um futuro livre e feliz em seu país... e

seguira rumo à incerteza, à solidão, ao pesadelo da escravidão em um país

estranho. Pesara-lhe ao coração as cruéis interrogações: Por que Senhor? O que

fiz para merecer isto?

Era difícil entender algo tão horrendo provindo de seus próprios irmãos.

Por isso tentara evitar deter-se na procura de nulas explicações e empenhara-se em fazer da sua nova realidade a menos triste possível.

Já na casa de Potifar, José dedicara-se ao máximo. Cumprira todas as

tarefas que lhe foram designadas, com extremo zelo e dedicação; apresentara-se sempre honesto e leal; revelara, em cada atitude, os perfeitos traços de caráter

de seu inseparável amigo Jesus.

Sim, este amigo viajara com ele; não o abandonara um só momento; dera-lhe forças para suportar todas as humilhantes e difíceis situações a que fora

submetido. Por isso merecia sua total lealdade.

As pessoas que conviviam com José viam-no como alguém especial. E

não foi diferente com Potifar, o qual colocou-o como chefe em sua casa, entregando-lhe todos os seus bens.

“José considerou o ser vendido para o Egito como a maior calamidade

que lhe poderia haver sobrevindo; viu, porém, a necessidade de confiar em Deus como nunca o fizera quando protegido pelo amor de seu pai. José levou

Deus consigo para o Egito, e isto se tornou patente pela sua atitude animosa

em meio da aflição. Como a arca de Deus trouxe descanso e prosperidade a

Israel, assim esse jovem amante de Deus e a Ele temente, levou uma bênção ao Egito. Isto se manifestou de maneira tão assinalada, que Potifar, em cuja casa

ele servia, atribuiu todas as bênçãos que fruía ao escravo que comprara, e dele

fez mais um filho que um servo. O propósito de Deus é que aqueles que amam e honram o Seu nome também sejam honrados, e que a glória dada a Deus por

seu intermédio seja refletida sobre eles mesmos” –

MeditaçãoMatinal: „E Recebereis Poder‟, pág. 258.

Estava novamente em uma situação confortável. Já lhe era possível, em

alguns momentos, esquecer as tristes lembranças. Era respeitado por todos os

demais servos - um escravo de elite. Já podia ousar sonhar novamente. Mas Deus chega e diz: “NÃO! Meus planos são diferentes dos seus.

Mas para alcançá-los, Terei que „frustrar‟ os seus. Perderá o que tem”.

Você já enfrentou situação semelhante? Já se viu perdendo aquilo que achava ser sua única salvação? Talvez um emprego que lhe trazia estabilidade;

uma bolsa de estudo que lhe garantia a possibilidade de sonhar com um futuro

melhor; ou, quem sabe, uma propriedade que lhe oferecia tanta segurança. Pode

ser que aquela sociedade, na qual tanto confiava, deixou de existir; ou veja ruir, de repente, um relacionamento que acreditava ser eterno...

Parece que é o fim? Foste tentado perguntar: “POR QUE?”

Pare!!! Reflita! Os planos de Deus podem ser diferentes dos seus, mas certamente são melhores.

“Nossos planos nem sempre são os planos de Deus. Ele pode ver que

vale mais para nós e para a Sua causa recusar nossas melhores intenções, como fez no caso de Davi. Mas de uma coisa podemos estar certos: é de que

abençoará e empregará no avanço da Sua causa aqueles que sinceramente se

consagram à Sua glória, com tudo o que possuem. Se vir que é melhor não

atender os desejos, compensará a recusa dando-lhes provas do Seu amor e confiando-lhes outro serviço” - A Ciência do Bom Viver, pág. 473.

José foi injustamente caluniado e levado à prisão. Parecia ser o fim –

mas era apenas o começo. Se não fosse esta hedionda experiência, jamais havia se tornado

governador do Egito. Ali, no fundo do poço, estava a oportunidade que seria

usada por Deus para a execução de Seus planos.

É possível que, se José tivesse implorado a Deus que amenizasse a prova, Ele o tivesse atendido. Talvez se insistisse em conduzir sozinho sua

medíocre vida, Deus proveria um livramento. Quem sabe seria comprado

novamente por um outro senhor de escravos, ou ainda, receberia o „perdão‟ de Potifar. Tudo voltaria a ser como antes - seria eternamente um escravo.

Mas, felizmente, Deus sonha mais alto que o ser humano e Seus planos

para José eram infinitamente superiores, assim como o são para nós. Basta nos depositarmos confiantes em Suas mãos sem questionar. Ele não agirá contra

nossa vontade. Aguarda ansioso, nossa permissão, nossa total entrega.

José a fez na prisão. Permitiu que Jesus fosse O único condutor de sua

vida, de seu futuro e, dali saiu para conduzir uma nação. “Muitos, planejando um futuro brilhante, sofrem um

desastre completo. Deixai que Deus faça os Seus planos para

vós. Como criancinhas, confiai-vos à guia dAquele que "guarda

os pés dos Seus santos". I Sam. 2:9. Deus não conduz jamais Seus filhos de

maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o

princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” - A Ciência do Bom Viver, pág. 479.

Caro amigo, quando Satanás lhe tentar desanimar, levando-o a pensar

que chegou ao fim, que não há mais solução, lembre-se: É apenas o começo de seu livramento! Basta depositar-se inteiramente nas mãos do Senhor. Não se

martirize, tentando descobrir o PORQUÊ. Deus o sabe. Isto basta! Confie…

Espere… “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração” –

Sl.37:04. Pode ser que, assim como o ouro, precise passar por provas de fogo.

Suporte! Vale a pena! É grande a recompensa.

“Todos os que estão buscando trabalhar de acordo com os planos de educação de Deus hão de ter Sua graça mantenedora, Sua contínua presença,

Seu poder protetor. A todos Ele diz: "Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes,

nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo. ... Não te deixarei nem te desampararei (Jos. 1:9 e 5)” - A Ciência do Bom Viver, pág. 405.

Deus sabe o PORQUÊ! Ele tem sonhado em conduzir sua vida. Deseja

ardentemente fazê-lo ouro reluzente de grande valor. Mas para isso, precisa

permitir ser lapidado. Então verá o quanto valeu a pena! Entregue hoje os seus PORQUÊS a Jesus e, permita-Lhe conduzir o seu

viver neste dia e por toda a eternidade. “Entrega o teu caminho ao senhor,

confie nEle e o mais Ele fará” – Sl. 37:05. Amém!!!

Louvor: “Minha entrega”.

Hinário Adventista: 287

Leia Lucas 15: 11 à 32

IX – Volte... O Pai Te Aguarda!

“... Vinha ele ainda longe quando o

pai o avistou e, compadecido dele,

correndo, o abraçou e beijou” –

Lucas 15:20

O tempo havia passado... Tempo suficiente para levar um coração

paterno padecer de preocupação e saudade, mas jamais o bastante para fazê-lo

perder a esperança de rever o filho. Diariamente se punha a observar a solitária estrada à procura de uma

imagem conhecida. Mas, dia após dia, retirava-se desolado. Mal sabia ele que

este dia estava bem próximo. Distante dali, o filho pródigo sofria com sua atual situação: não mais

dinheiro, não mais orgia, não mais amigos, não mais “alegrias”. Parecia ter

perdido o controle. Não sabia como solucionar a situação.

Tudo que lhe restara fora um humilhante emprego como agregado de um fazendeiro criador de porcos. Mas até a comida lhe fora negada.

Num momento de fraqueza, chega a pensar em se alimentar da comida

dos porcos. Porém, neste exato momento, resolve pôr de lado todo o orgulho e voltar para os braços do pai.

É bem verdade que nem ousava sonhar obter novamente seu posto de

filho. No momento, isto pouco importava. Se, ao menos, lhe fosse concedido um lugar entre os demais servos, seria o bastante. O importante era regressar ao

pai. E foi o que fez. Mal sabia que ele o esperava de braços e coração abertos.

“A lição do pródigo é dada para ensino dos jovens. Em sua vida de

prazeres e pecaminosa condescendência, gasta sua parte da herança numa vida desregrada. Acha-se sem amigos, e em terra estranha; em andrajos, faminto,

anseia a própria refugada comida dada aos porcos. Sua última esperança é

voltar, arrependido e humilhado, à casa de seu pai, onde é bem-vindo, perdoado, e novamente recebido num coração de pai. Muitos jovens estão

fazendo como ele, vivendo uma vida descuidosa, amante de prazeres, dissipada,

abandonando a fonte de águas vivas, a fonte da verdadeira alegria, e cavando

para si cisternas rotas, incapazes de reter as águas. A cada jovem, chega o convite de Deus: "Dá-Me, Filho Meu, o teu coração" (Prov. 23:26); Eu o

conservarei puro; satisfar-lhe-ei os anseios com verdadeira felicidade. Deus Se

compraz em tornar feliz a juventude, e é por isso que quer que Lhe dêem a guardar o coração, para que todas as faculdades por Ele concedidas ao ser

possam manter-se em condições de saúde e vigor. Eles estão de posse desse

dom de Deus que é a vida. Ele faz pulsar o coração; dá vigor a cada faculdade. A pura alegria não rebaixa nenhum dos dons de Deus. Pecamos contra nosso

próprio corpo, e pecamos contra o Senhor, quando buscamos prazeres que dEle

separam as nossas afeições. Os jovens devem considerar que são postos no

mundo para uma prova a ver se têm caráter que os habilite a viver com os anjos.” - Mensagens aos Jovens, pág. 408-409.

Quanto tempo temos passado longe dos braços do Pai?

Meses, semanas, dias, horas? Para Deus não importa o tempo.

Um segundo longe dEle, já O faz sofrer amargamente. Não suporta nos ver

distanciar. Sabe, exatamente, quão terríveis consequências, um simples passo

para longe dele, nos pode acarretar. Conhece este mundo o suficiente para saber que sem Ele, jamais seremos felizes.

Por isso, espera que como coobreiros Seus, vivamos em intimidade com

Ele e induzamos nossos alunos a fazer o mesmo. Que cada contato com Ele, potencialize nossa influência sobre os que nos foram confiados.

Amigos, voltemos diariamente aos braços do Pai! Ele nos aguarda! Mas

voltemos por completo – corpo e mente.

Não deixemos que os efêmeros prazeres terrenos coloquem em risco os prazeres celestiais. Não permitamos que nada, nem ninguém nos distancie deste

Pai de amor.

Todavia, se isto ocontecer, que o retorno não seja adiado. Jamais permitamos que o pensamento satânico que „fomos longe demais e para nós não

há mais perdão‟, nos leve para mais longe dEle.

“Deus é amor” – I Jo 04:16. Seu perdão é imensurável. Não compensa passar um minuto longe dEle. Nossa vida é incerta e uma única escolha pode

definir nosso futuro.

Venha… Escolha neste dia, Jesus! Achega-se a Ele e usufrua Seu amor.

Amém!!!

Louvor: “Pai, eu me achego a Ti”

Hinário Adventista: 286

Leia Lucas 19: 1 à 10

X – Hospedando Jesus

“... desce depressa, porque hoje me

convém passar em sua casa”.

Lucas 19:05 up.

Jericó imergira num terrível período político. Roma os incitava e

constrangia, cada vez mais, quanto ao pagamento dos impostos. Era momento de revolta e descontentamento. Como agravante, alguns compatriotas

colocavam-se a serviço dos adversários, traindo seu povo. Estes

eram nomeados publicanos – cobradores de impostos, súditos de Cezar, o poderoso governador de Roma. A partir de então

recebiam dele autoridade e imunidade para a prática de atos desumanos e cruéis

no momento da coleta. Em contrapartida, seus amigos e parentes passavam a

odiá-los. Eram vistos como traidores, pérfidos, desleais, ladrões, pois muitos usufruíam deste poder como meio de angariar riqueza pessoal.

Zaqueu, um homem de estatura anormalmente baixa, era o chefe dos

publicanos em Jericó e região. Sua reputação era a pior possível aos olhos dos seus conterrâneos. Adquirira um vasto patrimônio às custas das injustas e

absurdas quantias cobradas. Como resultado, perdera o respeito, a dignidade e a

felicidade que antes possuía e não valorizava.

Seus planos e sonhos para um futuro abastado e feliz, haviam desmoronado. Mas, por mais que fosse tentado a arrepender-se, pensava não

haver volta. Obtivera completa aversão e ódio de todos. Fora considerado

grande pecador e, por isso, todos procuravam manter distância dele. De nada lhe adiantava seu dinheiro, sua bela e confortável casa, seu

„honrado emprego‟... Era infeliz, solitário e vazio. Sua consciência o

atormentava constantemente. Ansiava paz, mas proporcionava tormento; buscava alívio, mas causava aflição; necessitava de luz, mas mergulhava-se nas

trevas...

Você já parou para pensar que muitas vezes nos encontramos em igual

situação? Já se viu em desespero à procura de paz, alívio, luz, compreensão, amigos, perdão... Alguma vez já chegaste a pensar que para você não há

solução? Que foste longe demais?

Desça da árvore da prepotência, da autossuficiência... Salte nos braços de Cristo. Ele deseja pousar em sua casa. Não importa o que pensam de você.

“Porque o Filho do homem veio busca e salvar o que se havia perdido” – Lucas

19:10. Entretanto, é preciso que junto ao arrependimento, haja um genuíno

desejo de reforma. “Não é genuíno nenhum arrependimento que não opere a reforma. A

justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não confessados e não

abandonados; é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta. Santidade é integridade para com Deus; é a inteira entrega da alma e

da vida para habitação dos princípios do Céu” - O Desejado de Todas as

Nações, pág. 555. Diariamente, Jesus tem cruzado o nosso caminho procurando, de várias

formas, atrair nossa atenção. Contudo teimamos manter nosso olhar longe do

rosto de Cristo; resistimos permitir que Ele controle nossa vida e continuamos

lutando em vão por dirigi-la e conduzi-la a um porto seguro.

“O mundo necessita atualmente daquilo que tem sido

necessário já há mil e novecentos anos - a revelação de Cristo. É

preciso uma grande obra de reforma, e é unicamente mediante a

graça de Cristo que a obra de restauração física, mental e espiritual se pode

efetuar” - A Ciência do Bom Viver, pág. 143.

Caro amigo, não há porto seguro que não seja Jesus; não há felicidade longe dEle; não há paz, distante de Seus braços de amor; não há luz verdadeira,

que não provenha de Seus olhos; não há completo alívio que não origine de Seu

perdão; não há amigo mais fiel que este : Jesus. Não adianta sonhar, planejar, lutar... Se Ele não estiver no comando,

tudo será passageiro. Só Ele é eterno e pode conceder atributos eternos.

Não espere colocar a “casa em ordem” para depois hospedá-lo. Jamais o

conseguiremos fazer sozinhos. Só Deus pode reformar nossa vida e isso só poderá fazer se O permitirmos entrar nela.

Pare hoje! Agora! Olhe para Jesus e veja como Ele já o olha com terno

amor e ansioso desejo de pernoitar com você. “Zaqueu, apressando-se, desceu e recebeu-O alegremente” – Lc. 19:06.

Só assim pôde ouvir as doces palavras de Jesus: “Hoje veio a salvação a esta

casa...” – Lc. 19:09. Jesus é a salvação e deseja nos dizer o mesmo. Basta O permitirmos

pousar em nosso coração. Onde Ele está, tudo se transforma; não conhece

limites ou dificuldades; com Ele, para tudo há solução.

Não aguarde mais. Aproveite este dia para oferecer hospedagem a Este Santo Ser. E que você, sua família e todos que lhe rodeiam, possam ser

abençoados com a certeza da salvação.

Amém!!!

Louvor: “Jesus me transformou”.

Hinário Adventista: 109

Leia Gêneses 32

XI – Negra Noite

“... Não te deixarei ir se não me

abençoares” - Gêneses 32:26 up.

Era noite! As trevas haviam coberto toda a paisagem com seu negro

manto. Tudo parecia triste e amedrontador.

Porém, nada se comparava à angustia interna que Jacó sofria, sentado

numa pedra à beira do Rio Jaboque. Vivia sua pior noite, seu pior momento.

Uma mistura amarga de medo, remorso, ansiedade, desespero, inundava seu coração e, paulatinamente, o mortificava.

Um momento!!!

Após um prolongado suspiro, relembra rapidamente todos os preparativos efetuados. Procurara pensar nos mínimos detalhes. Não poderia

haver falha. Por que temer?

Três diferentes grupos de presentes haviam sido enviados a Esaú, a fim

de abrandar-lhe o coração; palavras humildes e lisonjeiras haviam sido treinadas com os servos responsáveis pela entrega. Finalmente, dividira em dois grupos

sua família, para que, se um deles fosse atacado, o outro tivesse a chance de

escapar. Seu lugar era o último da fila... Nada conseguiria atingi-lo! Mas... Por que o temor ainda o atormentava tanto, a ponto de roubar-lhe

o sono?

O silêncio era sepulcral. Afastara-se de todos e, permanecera a sós naquela margem do rio, à procura de paz. Mas… em vão.

Quantas vezes nos encontramos nesta mesma situação. Por maiores que

sejam nossos esforços em manter o controle da situação, mais rapidamente

somos tragados pelo redemoinho da angústia, da incerteza, do temor. Quantos em nossos dias têm sofrido os terríveis efeitos da ansiedade.

Tentam de todas as formas resolver o que lhes angustia e não alcançam êxito.

Talvez você, há muito tempo, esteja lutando e fazendo o seu máximo a fim de vencer um problema particular. É possível que algumas vezes se

encontre sozinho e, em lágrimas, tem reclamado as prometidas bênçãos de

Deus. Mas a noite continua lhe torturando o ser.

O que há de errado? O que é preciso fazer? NADA! Eis o segredo!!!

O quê??? – você pode estar a perguntar. Como não fazer nada? Como

permanecer inerte perante tal tribulação? “Em sua noite de angústia, ao lado do Jaboque, quando a destruição

parecia estar precisamente diante dele, ensinara-se a Jacó quão vão é o auxílio

do homem, quão destituída de fundamento é toda a confiança na força humana. Viu que seu único auxílio devia vir dAquele contra quem tão ofensivamente

pecara. Desamparado e indigno, rogou a promessa de misericórdia de Deus,

ao pecador arrependido. Aquela promessa foi a sua certeza de que Deus lhe

perdoaria e o aceitaria. Mais facilmente poderiam o céu e a Terra passar do que falhar aquela palavra; e foi isto o que o alentou durante

aquele terrível conflito” - Patriarcas e Profetas, pág. 200.

Jacó tentou fazer tudo: planejou, agiu, rogou, cobrou a proteção

prometida por Deus... Mesmo assim, não obteve sucesso. Nem mesmo

conseguiu aquietar seu coração. Por último, tentou angariar salvação através da luta física, corporal e, tenazmente, lutou o restante da noite com um

desconhecido. Infelizmente só conseguiu evidenciar sua fraqueza e limitação.

Quanto esforço e sofrimento poderia ter sido evitado se tão somente tivesse confiado nas providências divinas e se agarrado ao Salvador,

aguardando pacientemente o livramento, ao invés de tentar vencer pelas

próprias forças. “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus...” - Salmos 46:10.

“Pare de lutar; pare de se angustiar...” É tudo o que o Senhor nos pede. “Permita-Me agir em vosso lugar. Sou onisciente. Sei o que lhe é melhor.

Porém, não posso agir se você não Me permitir. Desejo, ardentemente, lhe

conceder a vitória. Mas não posso fazê-lo enquanto não Me confiar a situação”. Não adianta uma entrega parcial. Enquanto continuarmos confiando em

nós mesmos, em nossas astúcias, sabedoria, preparo, maturidade... Deus estará

de fora. Somente quando percebermos que só Ele é a solução, só Ele é a saída, conseguiremos nos limitar a fazer apenas o que nos pede: “Entrega o teu

caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará” – Sl. 37 : 5.

Não é preciso mais temer, “...por que o Senhor teu Deus é o que vai

contigo; não te deixará desamparado” – Deut. 31 : 06. “Sejam quais forem vossas ansiedades e provações, exponde vosso

caso perante o Senhor. Vosso espírito será fortalecido para a resistência. O

caminho se abrirá para vos libertardes de todo embaraço e dificuldade. Quanto mais fraco e impotente vos reconhecerdes, tanto mais forte vos tornareis em

Sua força. Quanto mais pesados vossos fardos, tanto mais abençoado o

descanso em os lançar sobre vosso Ajudador. As circunstâncias podem separar

amigos; as ondas desassossegadas do vasto mar podem rolar entre nós e eles. Mas nenhuma circunstância, distância alguma nos pode separar do Salvador.

Estejamos onde estivermos, Ele Se acha à nossa mão direita para sustentar,

manter, proteger e animar. Maior que o amor de uma mãe por seu filho, é o de Cristo por seus remidos. É nosso privilégio descansar em Seu amor; dizer:

„Nele confiarei; pois deu a Sua vida por mim‟. O amor humano pode mudar;

mas o amor de Cristo não conhece variação. Quando a Ele clamamos por socorro, Sua mão está estendida para salvar” - A Ciência do Bom Viver, pág.

72.

Portanto, “entrega os seusproblemas ao Senhor e Ele o ajudará; Ele

nunca deixa que fracasse a pessoa que lhe obedece” – Salmos. 55 : 22 (LH). Felizmente, a tempo, Jacó entendeu este segredo e, ali

mesmo, agarrado aos pés daquEle estranho ser, reconhece-se

indigno e roga intervenção divina.

O livramento, bem como bênçãos inimagináveis, surgem como

consequência desta total entrega. Alcança, finalmente, não só a paz tão

almejada, como o alvorecer daquela tão terrível e negra noite. A Missão da Educação não é fácil. Mas ao escolher-nos para o serviço,

Deus prometeu capacitar-nos. Mais que isso, Ele quer nos abençoar. Deseja,

ardentemente, oferecer-nos livramento, paz, tranquilidade, felicidade... Não importa quão negra noite nos sobrevenha. Ele é a Luz da Aurora, o Sol da

Justiça, a Estrela da Manhã. Pode desvanecer a mais densa treva e fazer raiar o

belo amanhecer.

Façamos deste dia o palco de uma sincera confissão: “Eu sou pobre e necessitado, mas Tu, Senhor, cuida de mim. Tu és a minha ajuda e o meu

libertador, não Te demores em me socorrer, ó meu Deus! – Sl 40 : 17.

Amém!!!

Louvor: “Sombras”

Hinário Adventista: 364

Leia Marcos 6 : 45 à 51

XII – Fantástico, porém, inesperado encontro

”... Já de madrugada... Jesus foi até

lá, andando em cima da água...” -

Marcos 6 : 48 up.

“Os discípulos haviam testemunhado naquele dia as maravilhosas obras de Cristo. Dir-se-ia que o Céu baixara à Terra. A lembrança daquele dia

precioso, glorioso, devera tê-los enchido de fé e esperança. (…) Foram horas

de grandes bênçãos para os discípulos, aquelas, mas tudo esqueceram.

Achavam-se em meio das turbadas águas. Tinham os pensamentos tempestuosos e desarrazoados, e o Senhor lhes deu alguma coisa mais para

lhes afligir a alma e ocupar a mente. Deus assim faz muitas vezes, quando os

homens criam preocupações e aflições para si mesmos. Os discípulos não tinham necessidade de criar perturbação. Já se avizinhava o perigo. Violenta

tempestade se viera imperceptivelmente aproximando deles, e

não estavam preparados para ela. Era um súbito contraste, pois o dia fora perfeito; e, quando o vento soprou sobre eles,

atemorizaram-se. Esqueceram o aborrecimento, a incredulidade e impaciência.

Todos trabalharam para impedir que o barco fosse a pique. Era pequena a

distância, por mar, de Betsaida para o ponto em que esperavam encontrar-se com Jesus, e com um tempo normal não levava senão poucas horas; agora,

porém, eram tangidos cada vez mais longe do local que buscavam. Até a quarta

vigília da noite, lutaram com os remos. Então, deram-se por perdidos. O mar, tempestuoso, imerso em trevas, fizera-os sentir seu desamparo, e anelavam a

presença de seu Senhor” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 380-381.

Era a hora mais escura da noite. A quarta vigília. Horário temido por

qualquer pescador experiente. E ali estavam os discípulos à deriva de uma terrível tempestade. Um

agitado vento atirava o pequeno barco de um lado para o outro, fazendo-os

perder o controle da embarcação. Haviam lutado durante toda a noite! Onde estaria Jesus que não os viera

socorrer? Onde estaria o Mestre que não atendia-lhes as súplicas? Viviam,

agora, no limite tanto das forças físicas como da esperança. Não havia mais o que fazer! Certamente iriam naufragar.

Pode ser que você, ou alguém bem próximo, se encontre em situação

semelhante. Parece ser o fim... Todos os esforços foram empenhados na

esperança de resolver o problema. Mas... de repente, um agravante... e não mais se é possível lutar. É o pior momento já enfrentado! E onde está Jesus que não

oferece alívio e salvamento???

Angustiados e desalentados, os discípulos reconhecem a própria incapacidade de vencer as gigantescas ondas e o impetuoso vendaval. Admitem

as limitações e fragilidades.

Entretanto, “Jesus não os esquecera. O Vigia vira, da praia, aqueles

homens possuídos de temor, em luta com a tempestade. Nem por um momento perdeu de vista aos discípulos. Com a mais profunda solicitude acompanhavam

Seus olhos o barco, sacudido pela tempestade, com sua preciosa carga; pois

esses homens deviam ser a luz do mundo. Como a mãe amorosa a velar o filho, assim cuidava dos discípulos o compassivo Mestre. Rendidos os corações,

acalmadas as ambições profanas, e pedindo eles humildemente auxílio, este

lhes foi dado.”– O Desejado de Todas as Nações, pág. 381. Então, Jesus aparece!

Surge de repente, em resposta ao reconhecimento da debilidade

humana. Surge trazendo paz à tormenta, no momento que tudo parecia perdido;

surge oferecendo salvação, quando o homem havia desistido de lutar; surge trazendo luz à hora mais escura da noite...

Mas, infelizmente, não é reconhecido.

“No momento em que se julgavam perdidos, o clarão de um relâmpago

revela-lhes um misterioso vulto que deles se aproxima, vindo sobre as águas.

Não sabem, todavia, que é Jesus. Consideram um inimigo, Aquele que os vinha ajudar. Apodera-se deles o terror. Afrouxam-se as mãos que haviam

empunhado o remo com pulso de ferro. O barco ondula ao sabor das ondas; os

olhares acham-se voltados para essa visão de um homem a caminhar sobre as alvacentas vagas do mar todo espumejante.”– O Desejado de Todas as Nações,

pág. 381.

Os discípulos haviam ansiado Sua presença e, insistentemente, rogado

por ela. Mas em vão! Durante toda a noite acreditaram que o Jesus que, a pouco, alimentara uma multidão com 5 pães e 2 peixes, poderia lhes salvar, se estivesse

embarcado com eles. Alguns, um tanto mais ousados, criam que se pedissem

com fé, Jesus, de alguma forma os alcançaria e os ajudaria a remar até o porto seguro. Mas Ele não apareceu!

Que tristeza! Não haviam entendido a essência do milagre que horas

antes presenciaram; não haviam entendido que Deus é o „Deus do impossível‟ e age sozinho; não necessita do homem para prover livramento.

Deus não os abandonara. Apenas esperara, ansioso, a oportunidade de

poder correr em socorro daqueles indefesos filhos. E foi com tristeza que

verificara que estiveram, por tanto tempo, com os olhos fixos nas amedrontadoras ondas, que haviam esquecido o Seu semblante. Suas crenças no

próprio potencial, os mantiveram distantes durante toda a noite, ansiosos à

espera do real reconhecimento da necessidade de ajuda. Sofreu por ver a cegueira espiritual que lhes havia assaltado. Chorou por vê-los sofrendo. Mas

nada pôde fazer, a não ser olhar. E no cume do monte manteve-Se toda a noite à

espera de uma chance para agir.

Por que esperar tanto? Por que aguardar até o momento crucial para depois entregar o leme a Jesus?

É nosso dever orientar cada educando a entregar a direção da vida a

Jesus durante o tempo de bonança. Não há motivo para aguardar as tormentas. Ele almeja conduzir-nos. Não é Seu desejo apenas ajudar-nos chegar a

um porto seguro. Ele é O Porto Seguro no qual devemos aportar. Basta

confiarmos a Ele a direção de nossa vida e seremos guiados por terrenos aplanados e seguros.

Afastemos nossos olhos dos nossos problemas e fixe-mo-los no

Salvador. Então não será preciso temer, porque “o Senhor Deus irá à nossa

frente; ele mesmo estará conosco e não nos deixará, não nos abandonará. Não nos assustemos, nem tenhamos medo” – Dt. 31 : 08.

Cristo é o Príncipe da Paz e está disposto a oferecer esta

paz a todos que a buscarem na verdadeira fonte. “Deixo-vos a

paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o

vosso coração, nem se atemorize” – Jo 14 : 27. Esse Deus “faz cessar a

tormenta, e acalma a tempestade” – Sl. 107:29. Ele pode andar por sobre as ondas das tribulações e nos segurar nos braços, se o permitirmos.

Paremos hoje e olhemos para Jesus. Não permitamos mais que nossa

prepotência nos mantenha distantes dEle. Oremos e supliquemos a Ele que nos liberte da cegueira espiritual que nos impede de O reconhecermos e de termos

um fantástico encontro com Ele. E ao encontrá-lo, possamos “de joelhos, ouvir-

Lhe a doce voz. Ele quer ser nosso fiel amigo e companheiro; quer passar tempo

a sós conosco; quer implantar Seu Amor em nosso coração”. Que a benção sacerdotal de Deuteronômio, possa nos ser uma realidade

hoje e para todo sempre: “Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. Que o

Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. Que o Senhor sobre nós levante o Seu rosto e nos dê a paz” - Dt 6 : 24 (adaptado).

Amém!!!

Louvor: “Que tempo já faz?”

Hinário Adventista: 425

Leia Marcos 11 : 12 à 14

XIII – Aparência Enganosa

“...Quando chegou perto, encontrou

somente folhas...” - Marcos 11:13

O dia anterior fora fadigante. Haviam percorrido muitos quilômetros a

pé, enfrentado a multidão exorbitante na entrada triunfal em Jerusalém e, finalmente encontraram descanso em Betânia, na casa de bons amigos. O

cansaço, porém, lhes tirara a fome. A exaustão predominava e tudo que mais

ansiavam era um lugar pra repousar. A noite pareceu-lhes pequena para o descanso de que necessitavam e,

por isso, acabaram por usufruir um pouco mais do aconchegante leito nas

primeiras horas do dia.

Entretanto, muito havia para ser feito e precisavam apressar. Num instante, se preparam e novamente estavam a

caminho do dever. Algo, porém, fora deixado de lado: não haviam alimentado.

E após aquela vespertina caminhada, a fome os incomodava bastante.

Foi nesta circunstância que Jesus visualizou, ao longe, uma linda figueira. A magnitude de sua folhagem apregoava, à distância, a existência de

suculentos frutos. Esperançosos, apressaram os passos em direção à árvore.

Mas... Que decepção! Não passava de aparência enganosa. Sua robustosa copa era um falso atrativo aos pobres viajantes. Anunciava o que não

podia oferecer; insinuava possuir o que, na verdade, não tinha para dar;

demonstrava estar repleta, porém era vazia... Só aparência! Só exterior!

“O reino de Deus não vem com aparência exterior. Vem mediante a suavidade da inspiração de Sua Palavra, pela operação interior de Seu

Espírito, a comunhão da alma com Ele que é sua vida. A maior manifestação de

Seu poder se observa na natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo. Os seguidores de Cristo devem ser a luz do mundo; mas Deus não lhes

manda fazer um esforço para brilhar. Ele não aprova nenhum esforço de

satisfação própria para exibir uma bondade superior. Deseja que sua alma esteja imbuída dos princípios do Céu; então, ao se porem em contato com o

mundo, revelarão a luz que neles está. Sua firme fidelidade, em todos os atos da

vida, será um meio de iluminação. Riqueza ou elevada posição, caros

equipamentos, arquitetura ou mobiliários, não são essenciais ao progresso da causa de Deus; tampouco o são as realizações que atraem o aplauso das

pessoas e fomentam a vaidade. As exibições mundanas, conquanto imponentes,

são de nenhum valor aosolhos de Deus. Acima do que é visível e temporal, aprecia Ele o invisível e eterno. O

primeiro só tem valor na medida em que exprime o segundo. As mais belas

produções de arte não possuem beleza que se possa comparar à beleza de

caráter, que é o fruto da operação do Espírito Santo na alma.” – A Ciência do Bom Viver, pág. 36-37.

O que temos aparentado ser, mas na verdade não somos? Talvez

fingimos ser amigos fiéis e abnegados, mas no fundo só buscamos satisfazer nossos próprios interesses; ou quem sabe passamos uma imagem de parceiros

leais e dedicados, e na intimidade somos egoístas e ranzinzas; pode ser que o

mundo nos veja como um exemplo de pais, mas na verdade temos sido ausentes e egocêntricos; talvez haja uma grande contradição entre nossas atitudes na

igreja e aquelas executadas no recôndito espaço doméstico, junto a nossos

familiares... Quais máscaras têm feito parte de nosso dia-a-dia? Que disfarce

temos usado na tentativa de distrair a atenção dos outros daquilo que realmente somos?

“Vivemos nos derradeiros dias da história terrestre, e é

possível que não nos surpreendamos com coisa alguma no que

respeita a apostasias e negações da verdade. A incredulidade tornou-se agora

uma fina arte em que os homens trabalham para destruição das próprias almas.

Há constante perigo de haver falsas aparências nos pregadores do púlpito, cuja vida contradiz as palavras que proferem; mas a voz da advertência e da

admoestação será ouvida enquanto o tempo durar; e aqueles que estiverem

culpados de transações em que nunca devemos entrar, quando reprovados ou aconselhados mediante os instrumentos designados pelo Senhor, resistirão à

mensagem e se recusarão a ser corrigidos. Irão avante como fizeram Faraó e

Nabucodonosor, até que o Senhor lhes tire a razão, e seu coração se torne

insusceptível à impressão. A palavra do Senhor virá a eles; caso, porém, prefiram não lhe dar ouvidos, o Senhor os tornará responsáveis por sua

própria ruína.” – Mensagens Escolhidas – vol. 02, pág. 147.

A Bíblia relata que “não era tempo de figos” – Mc 11 : 13 up. Isso parece ser uma convincente justificativa para o fato da figueira estar sem frutos.

Por que razão recebeu tamanha punição? Foi Jesus justo com a árvore? Levou

em consideração os aspectos naturais ou apenas fez uso do poder que possuía para amaldiçoá-la, por não ter conseguido satisfazer uma necessidade pessoal?

Porventura, conhecia Jesus o cronograma natural daquela figueira? O que O

levou a tomar uma atitude tão radical?

Deus jamais deixa de ser justo e amoroso. Jamais deixa de levar em consideração nossas fraquezas e dificuldades. Seria-lhe impossível deixar de

analisar alguns fatores por os desconhecer. Afinal, tudo lhe é conhecido. Ele

sabe até onde vai nosso limite. Sabe do que somos capazes. Conhece o mais intimo do nosso ser e pode ver através de nossas máscaras. Não adianta

tentarmos fingir. A Ele não é possível enganar. Por que, então, se indigna tanto

com nossa dupla personalidade?

A figueira à beira do caminho não foi punida por não oferecer fruto ao Senhor quando dela precisou. Foi castigada por aparentar ser o que não era

realmente. Por atrair a si e não oferecer o que dela esperavam. Muitos há que

por manterem uma vida espiritual dúbia, são responsáveis por desviarem muitos dos caminhos de Deus, maculando até mesmo o nome da igreja. Eis o motivo da

santa indignação divina. “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente,

vomitar-te-ei da minha boca” – Ap. 3:16. É desejo de Deus que todos aceitem a salvação, e para isso todo o céu tem se esmerado. Entretanto, por nos amar

concede-nos o livre arbítrio através do qual podemos optar aceitá-la ou não.

Existe, porém, uma classe de pessoas, que garante almejar a vida eterna, mas

em seu dia-a-dia busca os prazeres terrenos; declaram ser servos de Cristo, mas não se submetem à Sua vontade; rotulam-se filhos de Deus, mas

suas atitudes diferem completamente das do Pai. Pura aparência!

Completa enganação! Podem conseguir enganar aos homens, mas jamais a

Deus.

Mas... não era época de figos. Como poderia a figueira agradar a Jesus? Se a mesma árvore, mesmo não ofertando seus frutos aos famintos

viajantes, deixasse de lado sua performance enganosa, e optasse por ser

transparente, fiel ao seu atual estado, além de agradar ao Mestre por sua fidelidade, quem sabe poderia ter se tornado instrumento nas mãos de Jesus para

a execução de um milagre, fazendo dela surgir deliciosos frutos. Entretanto,

„decidiu‟ por negar sua deficiência, esconder sua fraqueza, disfarçar a realidade,

e apresentar uma falsa aparência. Triste decisão que a levou perder a oportunidade de transformar-se em vaso de bênçãos, recebendo, em vez disto,

maldição.

Quantas bênçãos temos perdido por não expormos nossas fraquezas e debilidades ao Mestre. É certo que tudo Lhe é conhecido. Porém, ao nos

colocarmos aos Seus pés como indignos, reconhecemos nossa incapacidade e O

Vemos como superior e Senhor sobre todas as coisas. Sem este reconhecimento, Deus não pode operar em nós. Ele não impõe mudanças, conversões, decisões...

Aguarda, ansioso, que sintamos a necessidade de Sua atuação: “...o que é que o

Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a beneficência, e andes

humildemente com o teu Deus?” – Mq. 6:8. Mas para isso, precisamos assumir o que realmente somos, nossas fraquezas, incapacidades e concluiremos que

dEle precisamos depender completamente.

“Precisamos humilhar o coração e examinar a Palavra da Vida com sinceridade e reverência; pois só a mente que é humilde e contrita pode ver a

luz. O coração, o espírito e a alma têm de ser preparados para receber a luz.

Deve haver silêncio na alma. Os pensamentos precisam ser levados cativos a

Jesus Cristo. O jactancioso conhecimento pessoal e a auto-suficiência precisam estar sob reprovação em presença da Palavra de Deus. O Senhor fala ao

coração que se humilha diante dEle. Junto ao altar da oração, ao ser o trono

da graça tocado pela fé, recebemos da mão de Deus a tocha celestial que ilumina a nossa escuridão e nos convence de nossa necessidade espiritual. O

Espírito Santo toma as coisas de Deus e as revela àquele que sinceramente

procura o tesouro celestial. Se nos submetemos a Sua orientação, Ele nos guia a toda a luz. Contemplando a glória de Cristo somos transformados à Sua

imagem. Temos aquela fé que atua pelo amor e purifica a alma. Nosso coração

é renovado e somos levados a obedecer a Deus em todas as coisas.” -

Meditação Matinal: „E Recebereis Poder‟, pág. 111. Enquanto mantivermos nossa autossuficiência,

afastaremos de nossa vida a Jesus e muitos que, em outras

condições ,poderiam se aproximar de nós e por nosso exemplo

descobrir também sua vital necessidade de Deus. Destas almas Deus nos pedirá

conta no dia do juízo.

Para a figueira, à beira do caminho, aquela foi a última chance de se humilhar perante Deus, reconhecer sua pequenez e sobre o altar depor todo seu

ser, permitindo ser usada por Ele. Uma vez não aproveitada, passou-se

oportunidade para nunca mais voltar: “...Nunca jamais coma alguém fruto de ti!...” – Mat. 11:14.

Felizmente, ainda temos hoje a oportunidade de decidir nos entregar nos

braços de Jesus reconhecendo ser esta nossa única saída para a vitória. Por nós

mesmos, não podemos vencer as tentações, não podemos ser úteis aos nossos semelhantes e nem mesmo servir ao Salvador. Dependemos dEle, do seu amor,

do seu perdão, da Sua direção e transformação.

Humilhemo-nos, hoje, ao pés de Cristo, reconhecendo o quanto carecemos dEle. Só assim, poderá operar em nós verdadeiros milagres.

“Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará” – Tg. 4:10.

Amém!!!

Louvor: “De Ti Careço, Ó Deus”.

Hinário Adventista: 394

Leia Gênesis 29 : 01 à 30 / 35 : 16 à 19

XIV – Em Busca da Felicidade

“Assim, por amor a Raquel, serviu

Jacó sete anos: e estes lhe pareceram

como poucos dias, pelo muito que a

amava.” - Gênesis 29:20

Foi amor à primeira vista!!!

Depois de uma longa jornada, enfrentando durante o dia o sol

causticante e, à noite, o penetrante frio do deserto; após conviver com momentos de aflição e angústia sob a ameaça de morte feita pelo irmão Esaú…

NADA, NINGUÉM pôde ofuscar aquele momento. Bastou um olhar… um

instante… para concluir que estava apaixonado! Qualquer sacrifício valeria a pena para estar ao seu lado. Estaria disposto a tudo para tê-la

como esposa. Sim, sem sombra de dúvidas, Raquel era tudo o

que mais desejava.

Jacó havia crescido num contexto familiar inoportuno, onde o

favoritismo e a inveja prevaleciam, trazendo discórdia entre os membros da

família. A luta pela primogenitura havia sido sua meta de vida por muitos anos. Acreditava estar nela sua felicidade. Por isso, não hesitou em fazer uso da

trapaça e da mentira para possuí-la. Entretanto, viu-se frustrado ao comprovar

as consequências de seus atos. Apesar de ter usufruído a tão esperada bênção patriarcal, não era feliz! Muito pelo contrário. Foi obrigado a fugir de casa e se

separar de sua amada mãe, a qual nunca mais veria. Sob ameaça de morte,

trilhou mais de 600km em busca de refúgio na casa dos parentes maternos em

Padã-Arã. Sua busca pela felicidade havia sido frustrada. Vivemos em uma sociedade na qual o ser humano busca a felicidade de

forma intensiva.

Basta olharmos ao nosso redor e, constataremos a luta frenética em busca da conquista de algo que possa trazer alegria e imediato prazer. Mas, o

que é felicidade? Onde deve ser buscada?

Desde os primórdios, o homem mostra-se insatisfeito e, por isso, sente a necessidade de buscar a felicidade. Falta-lhe a compreensão de que a felicidade

está no essencial e não no supérfluo, transitório, fugaz... Ela tende a ser perene,

por isso, não pode estar nas coisas efêmeras, passageiras e transitórias.

Como educadores, temos a missão de esclarecer isto aos nossos alunos. Precisamos levá-los a entender que a felicidade está unicamente em Deus. Por

mais belas que sejam nossas conquistas não nos farão completamente felizes.

“Buscai, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” – Mateus 6:33.

Jacó não aprendeu a lição. Continuou procurando motivos para ser feliz.

Permaneceu sustentando sua felicidade em sonhos humanos. Sua meta agora era

Raquel. E por ela, estava disposto a tudo. Mais uma vez se predispunha a usar as próprias forças e estratégias, como meios de angariar a felicidade. Era um

homem destemido, diligente, tenaz… Perseguia com bravura seu intento, seus

sonhos, seus objetivos… Nisso não pecava. Muito menos em se apaixonar por uma bela jovem. Afinal, um dos objetivos de ter sido enviado a Padã-Arã, foi

poder encontrar uma esposa temente a Deus. Seu pecado estava em priorizar

seus objetivos, seus desejos, sua vontade… Pecava quando não buscava conhecer a vontade de Deus e Sua orientação.

“Aqueles que se aplicam a conhecer os caminhos e a vontade de Deus

estão recebendo a mais alta educação que é dado aos mortais receber. Estão

edificando sua experiência, não nos sofismas do mundo, mas em princípios eternos. Cabe a todo estudante o privilégio de fazer da vida e

exemplos de Cristo seu estudo diário. Educação cristã quer dizer

aceitação, em sentimento e em princípio, dos ensinos do

Salvador. Isso inclui andar diária e conscienciosamente nas pegadas de Cristo,

que consentiu em vir ao mundo na forma humana, a fim de dar à humanidade

um poder que por nenhum outro modo lhe seria dado adquirir. Qual seria esse poder? O de apoderar-se dos ensinos de Cristo e segui-los à risca” - Conselhos

aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 36.

Aturdido pelo efeito de tão imenso amor, propõe a Labão um dote em tempo de serviço: sete anos trabalharia pelo direito de se casar com Raquel.

“Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como

poucos dias, pelo muito que a amava” – Gênesis 29:20.

Foram sete anos de espera, de sonhos, de expectativa... Também, sete anos de muito trabalho. Finalmente chega o dia do casamento. Mas qual não foi

a sua surpresa ao descobrir que havia sido enganado. (Como foi enganado?)

Mais uma vez, frustrara sua busca pela felicidade. A mesma estratégia, anos atrás usada por ele para obter a primogenitura, agora era usada por seu

fraudulento sogro como garantia do seu valioso serviço. Labão, não se

importava nem mesmo com os sentimentos de suas filhas. Sua ganancia o impedia de enxergar as consequências de suas ações. Embora tivesse a cultura

popular a seu favor, se fosse um homem íntegro e honesto, teria avisado Jacó

quando o contrato original foi feito.

Ao descobrir que havia sido enganado, sentindo-se acuado entre a realidade e os sentimentos, Jacó se dispõe a trabalhar mais sete anos por sua

amada. Finalmente a teve em seus braços. Havia alcançado seu intento. A

felicidade, porém, ainda não era plena. As consequências naturais da poligamia, a amargura de Raquel por sua esterilidade, as contínuas trapaças de Labão, a

saudade que sentia do lar, o medo de um encontro com Esaú… Tudo isso

pesava-lhe o coração, impedindo-o de ser feliz. Esquecia-se de praticar a ordem

divina: "Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” - I Pedro 5:07.

Amigo, temos, a cada dia, inúmeros motivos para manter-nos aflitos e

ansiosos. Deus, porém, nos orienta a descansar em Seus braços de amor e nEle buscar poder e sabedoria para qualquer situação.

“Sejam quais forem nossas ansiedades e provações, expondemos nosso

caso perante o Senhor. Nosso espírito será fortalecido para a resistência. O caminho se abrirá para nos libertar de todo embaraço e dificuldade. Quanto

mais fraco e impotente nos reconhecermos, tanto mais forte nos tornaremos em

Sua força. Quanto mais pesados nossos fardos, tanto mais abençoado o

descanso em nos lançar sobre nosso Ajudador” - A Ciência do Bom Viver, pág. 72 (adap.).

Sem dúvida esta é uma das maiores histórias de amor de

todas as épocas. Em uma cultura do Antigo Testamento em que

os casamentos eram arranjados pelos pais, Jacó e Raquel se distinguem como

exemplo de união por amor. Este amor adquiriu reputação lendária…

Entretanto, esta relação não pode ser classificada no estilo "felizes para sempre". Muitos foram os obstáculos, muitas as dificuldades, muitas as

frustrações… A felicidade parecia cada vez mais distante, mais inatingível. É

uma história repleta de inveja, tristeza, favoritismo, desapontamentos e artimanhas.

Após 20 anos, ao sair de Padã-Arã, Jacó havia se tornado um homem

rico. Mas sua relação sofreu muitas provações e dificuldades, o que o levou a

aprender que as consequências de nossos atos e enganos vão muito além de nós mesmos.

Uma lição ainda restava-lhe assimilar: “Não por força nem por poder,

mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" – Zacarias 04:06. Faltava-lhe entender que é vã nossa busca independente por felicidade e realizações. Só

em Deus, submissos às Suas orientações, podemos ser plenamente felizes!

Nosso Pai celeste tem um plano de amor para a nossa vida e a nossa felicidade está profundamente unida aos Seus planos para cada um de nós. Mas

este plano só nos fará plenamente felizes e só será cumprido, se obedecermos ao

Senhor (Deuteronômio. 04:1,5-9).

Que neste dia, possamos compreender que a verdadeira felicidade encontra-se em Deus! Que possamos fazer, da comunhão diária com Ele, nossa

BUSCA DA FELICIDADE. Que possamos entregar-Lhe nossa vida, por O

reconhecermos como a fonte que nos satisfaz. Amém!

Louvor: “Eu Achei”.

Hinário Adventista: 476

Leia Gênesis 7 e 8

XV – Um Exemplo de Perseverança “Durou o dilúvio quarenta dias sobre

a terra; acrescentaram as águas e

levantaram a arca de sobre a terra” -

Gênesis 07:17

O mal havia se espalhado de forma avassaladora por sobre a face da

Terra. Blasfêmia, idolatria, poligamia, feitiçaria e todo tipo de engodo,

permeavam o dia-a-dia dos seres humanos, levando o próprio Deus a Se arrepender de tê-los criado.

Chegara a hora de um juízo... Entretanto, o grandioso amor divino, não

poderia deixar de alertar e oferecer oportunidade ao arrependimento. Para isso, escolheu Noé - um homem justo e íntegro, que andava com Deus.

Por mais de 100 anos, esteve Noé admoestando a todos. Entretanto, em

lugar de aceitar as advertências dadas e correrem a Deus em busca de perdão,

zombaram das palavras do patriarca e ridicularizaram a construção daquele imenso navio em terra seca. Dia após dia, Noé percebia que seu esforço era vão

e que seu objetivo não seria alcançado. Mas não desistiu... Permaneceu firme

apregoando a mensagem que recebera. Cada pancada desferida sobre a arca pregava para o povo. Ele dirigia a obra, trabalhava e pregava, enquanto o povo

olhava com espanto e o considerava um fanático.

Caro educador, Deus nos escolheu para divulgar uma urgente mensagem em nosso ambiente de trabalho. Deseja que, alertemos a nossos

alunos sobre o juízo final. É certo que, como nos tempos antediluvianos, poucos

atentarão. Mas, a todo instante - seja falando ou apenas vivendo - precisamos

testemunhar. Para tanto, faz-se necessário uma vida de inteira consagração, de completa submissão.

Satanás usará de todos os seus ardis para desviar nosso foco, nosso

objetivo. Pelejará por fascinar-nos com metodologias mundanas e levar-nos a dar primazia às conquistas acadêmicas.

É intento do Salvador que busquemos o crescimento intelectual. Deseja

usar homens e mulheres preparadas para grandes obras, assim como o fez nos

tempos bíblicos. Mas, nossa prioridade deve ser buscar o crescimento e preparo espiritual.

“É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à

maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há

constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus,

conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao

amor de vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse

dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão

aos alunos uma instrução deficiente e errônea. Os espíritos são desviados de um positivo "Assim diz o Senhor", que envolve interesses eternos

para teorias e ensinos humanos. A verdade infinita e eterna, a

revelação de Deus, é explicada em face de interpretações

humanas, quando unicamente o poder do Espírito Santo pode revelar as coisas

espirituais. A sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das

providências de Deus que visam a vida eterna” – Conselho sobre Educação, pág. 136 – 137.

A que temos dado prioridade em sala de aula? Onde estão firmados

nossos objetivos, nossas metas? Temos imprimido em nossos alunos a urgência do preparo espiritual? Temos sido perseverantes na divulgação da breve volta

de Jesus?

Depois de ter suportado escárnios e zombarias, Noé ainda precisou

exercitar a fé, durante os sete dias de espera dentro da arca. Por uma semana, ali permaneceu sem ver o cumprimento da promessa. Em meio aos animais, junto à

sua família, podia ouvir a multidão frenética acusando-o de delírio. Foi um

longo tempo de prova. Mas perseverou e pôde testemunhar o cumprimento da palavra de Deus.

Mesmo tendo sido fiel e perseverante, não se livrou das dificuldades.

Imagine oito pessoas vivendo, por 145 dias, num espaço restrito de 133m. Espaço este, dividido com aproximadamente 20.000 espécies, ou seja, 40.000

animais. Não deve ser uma situação desejável… No mínimo, bastante

desconfortável! Mesmo possuindo três pavimentos, a Arca não era um lugar

agradável para se viver. Mas foi a salvação daquela família, a salvação da humanidade…

Enquanto ali estavam, fora da Arca a situação era catastrófica. A chuva

caía do céu como poderosas cataratas. Os rios ultrapassavam as margens e inundavam os vales. Jatos de água irrompiam da terra com força indescritível,

arremessando pedras maciças a muitos metros para o ar, que ao caírem,

sepultavam-se profundamente no solo. A destruição era total, chegando a

inundar os mais altos montes. A chuva lavou a Terra e sepultou tudo que fazia alusão ao pecado.

“Aqueles que haviam ignorado as advertências de Noé e ridicularizado

o fiel pregador da justiça, arrependeram-se demasiado tarde de sua descrença. A arca era severamente agitada e sacudida. Os animais, dentro, em suas

variadas vozes, exprimiam medo selvagem; mas em meio a toda fúria dos

elementos, a elevação das águas e o arremesso violento de pedras e árvores, a arca flutuava em segurança. Anjos magníficos em poder guiavam a arca,

preservando-a de danos. Cada momento, durante a terrível tempestade de

quarenta dias e quarenta noites, a preservação da arca foi um milagre do

Todo-poderoso” – História da Redenção, pág. 68. Amigo, por mais difícil que esteja a nossa luta, por mais

forte que soprem os ventos, por mais densa a tempestade...

precisamos manter firme a nossa fé e permanecermos fiéis à

divulgação da mensagem a nós confiada. A palavra de Deus já nos adverte:

“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições,

mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” – João 16:33. Sim, Cristo é fiel em suas promessas. Nosso sofrimento não significa

que fomos esquecidos… O próprio Senhor Jesus Cristo não foi exceção ao

sofrimento. Podemos estar certos de que “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou… nem a morte, nem a vida, nem os

anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá

separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” - Romanos 8 37-39.

Que neste dia possamos olhar para as dificuldades e lutas que nos

sobrevierem com os olhos da fé, certos da vitória em Cristo Jesus. Que possamos ser perseverantes e lembrarmos que “ninguém será levado para o

alto sem árduo e perseverante esforço em prol de si mesmo. Todos têm de se

empenhar por si nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. Somos individualmente responsáveis pelos resultados do conflito;

ainda que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, não poderiam, por sua justiça,

livrar nem filho nem filha” – A Ciência do Bom Viver, pág. 453.

Que hoje seja um dia de entrega especial ao Salvador. Que nos ofereça oportunidades de testemunharmos da nossa fé, da nossa esperança. Que

possamos ser perseverantes ao divulgarmos a breve volta de Jesus.

Amém!!!

Louvor: “Anunciai pelas montanhas”

Hinário Adventista: 137

Leia Números 13 : 1 à 33 / 14 : 1 à 12

XVI – Enxergando Além dos Gigantes

“Então Calebe fez calar o povo

perante Moisés, e disse: Certamente

subiremos e a possuiremos em herança;

porque seguramente prevaleceremos

contra ela” - Números 13:30

Após quatrocentos anos de cativeiro, Deus liberta o Seu povo de forma

inaudita. O período de pragas no Egito, a travessia do mar vermelho, as

inúmeras providências no deserto, garantindo-lhes a sobrevivência, não deixou dúvida quanto ao poder e amor de Deus.

Finalmente estavam às margens da terra prometida e Moisés é orientado

pelo Senhor a enviar à Canaã doze líderes, representantes das doze tribos de Israel, a fim de espiar o lugar e seus habitantes. Era intento divino que cientes

da realidade, entendessem melhor o milagre que estavam prestes a presenciar.

Por isso solicitou que realizassem um inventário no local.

Findo o período de quarenta dias, retornam trazendo consigo magnífica amostra dos frutos da terra, prova de que Deus não lhes enganara quando

garantiu que habitariam uma terra em que manavam leite e mel. Porém, houve

divergência no relato prestado. Dez espias enxergando apenas os gigantes, disseminam dúvida,

incredulidade, desânimo… “…A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra

que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes

dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também

éramos aos seus olhos” - Números 13:32-33.

Outros dois, Josué e Calebe, garantem ser possível a vitória. “…Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente

prevaleceremos contra ela”- Números 13:30. Estes dois espias enxergaram

além dos gigantes. Pelos olhos da fé, vislumbraram o livramento. Tinham convicção de que o mesmo Deus que outrora lhes protegera e guardara de

inúmeros perigos estaria à frente da batalha.

Amigo, Deus deseja estar à frente das nossas batalhas. Mas para isso,

frente às dificuldades, precisamos olhar além, olhar para o alto em busca de socorro. “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu

socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” - Salmo 121:1-2

Israel decidiu dar ouvidos aos dez espias em lugar de imitar a fé de Josué e Calebe. “Então toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou

naquela noite. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra

Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito ou, mesmo neste deserto!” - Números 14:1-2. O resultado desta

escolha foi catastrófico. Toda aquela geração deixou de entrar na terra

prometida e, por quarenta anos peregrinaram no deserto.

Dez líderes incrédulos levaram uma nação a perder a bênção que lhes estava tão próxima. Dez homens decidiram focar o problema em

lugar de concentrar no poder do Deus que serviam.

“Não é sábio ajuntar todas as penosas recordações da vida passada -

injustiças e decepções - e falar tanto sobre elas e lamentá-las tanto, que nos

sintamos esmagados pelo desânimo. Uma alma desalentada acha-se rodeada de trevas, excluindo a luz de Deus de si própria, e lançando sombras sobre o

caminho dos outros” – Caminho a Cristo, pág. 117.

Muitas vezes, nos encontrando no limiar da bênção, deixamos de obtê-la por falta de fé. Esquecemo-nos de que“…sem fé é impossível agradar a

Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele

existe, e que é galardoador dos que o buscam” - Hebreus 11:6

Nada é difícil para Deus. Suas promessas jamais falharão. O impossível se torna possível quando Deus age em nós; quando Deus age por nós, e quando

Deus age através de nós. “Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os

homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis” - Marcos 10:27.

Que neste novo dia possamos olhar além das dificuldades e

exclamarmos de todo coração: “Oh Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o Teu nome sobre toda a terra!” - Salmos 8:9.

Amém!!!

Louvor: “Nada Impossível É” Hinário Adventista: 498

Leia II Reis 05 : 01 à 27

XVII - Servindo, Apesar das Circunstâncias

“E disse esta à sua senhora: Antes o

meu senhor estivesse diante do profeta

que está em Samaria; ele o restauraria da

sua lepra” - 2 Reis 5:3

Um rosto anônimo, registrado nas páginas sagradas. Apesar de marcado por lágrimas, decepções e angústia, manter-se à margem da mágoa, do rancor e

da vingança. Sim, a menina cativa, a despeito das circunstâncias, permitiu ser

usada por Deus como instrumento de bênção àquele que um dia lhe causara

tanto sofrimento, que lhe roubara o aconchego do lar, a oportunidade de conviver com os seus, para oferecer-lhe uma

vida de escravidão num país distante.

Naamã… homem respeitado e estimado pelo rei da Síria, cheio de

prestígio, fama e poder, estava à frente do exército real. Era herói de guerra!

Sua farda exibia inúmeras condecorações por seus atos de bravura. Era uma celebridade, pois conquistara a vitória para o seu país, angariando assim o

respeito de todos.

Duas figuras distintas, duas vidas diversas, que se cruzam para dar testemunho do poder de Deus.

Como serva, aquela pobre menina devia obediência ao seu senhor.

Porém, decidiu ir além e, na primeira oportunidade, expressou bondade para

com seu algoz. Tinha tudo para silenciar-se e acreditar ser a lepra juízo divino em reprovação à idolatria e crueldade de Naamã. Este homem tornara-se um

grande sucesso público, sendo, entretanto, um imenso fracasso pessoal. Por isso,

via-o como alguém que necessitava do toque restaurador de Deus, de transformação. Ao saber de sua doença, de seu destino, apressou-se em informar

a possibilidade de cura, de salvação.

Entretanto, para obter a benção, era preciso se despojar de todo orgulho e humilhar-se perante o Senhor. E foi isso o que fez o poderoso capitão.

“Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome se humilhar e orar e

buscar a Minha face e se arrepender dos seus maus caminhos, então Eu ouvirei

dos céus, perdoarei seu pecado e sararei a sua terra” - II Crônicas 7:14. Podemos compreender o pecado como a lepra espiritual. Assim como a

doença física, o pecado causa morte espiritual que futuramente levará à morte

física. Só há cura para aqueles que humildemente recorrerem ao tratamento divino e permitirem ser restaurados pelo médico dos médicos.

Naamã necessitou submeter-se ao um penoso tratamento onde seu

caráter foi restaurado. A cada mergulho no rio Jordão, foi se despindo do velho

homem e assumindo uma nova identidade. Sua soberba, orgulho, arrogância, egoísmo, incredulidade, ira… deram lugar à obediência. Finalmente estava

pronto para ser usado por Deus como testemunha em seu país e até mesmo em

Israel. Tudo isso foi possível, porque uma menina decidiu se apegar aos

ensinamentos aprendidos em seu lar e compartilhar as boas novas da salvação.

“A conduta da menina cativa, a maneira como se comportou neste lar pagão, é um forte testemunho do poder dos primeiros ensinamentos do lar. Não há mais

alto encargo do que o confiado aos pais e mães no cuidado e educação de seus

filhos. Os pais têm que tratar com os próprios fundamentos de hábito e caráter.

Por seu exemplo e ensino é o futuro de seus filhos em grande medida decidido. Felizes são os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da

divindade, de maneira que as promessas e ordens de Deus

despertem na criança gratidão e reverência; os pais cuja ternura

e justiça e longanimidade interpretam para a criança o amor e a justiça e a

longanimidade de Deus; que ensinam a criança a amá-los e obedecer-lhes,

estão ensinando-as a amar ao Pai do Céu, a obedecer-Lhe e nEle confiar. Os pais que repartem com o filho tal dom o estão dotando com um tesouro mais

precioso que as riquezas de todos os séculos - um tesouro tão perdurável como

a eternidade... Os pais da menina hebréia, ao ensinar-lhe a respeito de Deus, não sabiam o destino que lhe tocaria. Mas foram fiéis em seu mister; e no lar

do capitão do exército sírio, sua filha testemunhou do Deus a quem tinha

aprendido a honrar.” – Profetas e Reis, pág. 245 e 246.

Como educadores cristãos, fomos chamados a inculcar em mentes infantis e jovens, as verdades eternas. “Restaurar no homem a imagem de

Deus” – eis a nossa Missão. Como os pais da menina cativa, não sabemos ao

certo os limites de nossa influência, mas os Céus nos revelarão. Precisamos estar dispostos a servir, apesar das circunstâncias.

“Aqueles que devotam a existência a um ministério semelhante ao de

Cristo, conhecem o que significa a verdadeira felicidade. Seus interesses e orações estendem-se muito além de si mesmos” - Serviço Cristão, pág. 269.

Querido amigo, podemos servir a Deus em todos os lugares. Somos

todos missionários, seja em casa ou distante dela. As pessoas percebem quão

fiéis somos em nossos deveres e como representamos o que alegamos crer. Por isso, que neste dia, possamos decidir servir independente do que nos sobrevier.

Que sirvamos de conduto das boas novas de salvação. E, que a nossa vida, sirva

de palco para a atuação divina. Amém!!!

Louvor: “A Todo Semelhante Meu”

Hinário Adventista: 320

Leia Marcos 2 : 1 à 12

XVIII – Rappel da Fé

“E não podendo aproximar-se dele,

por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo uma

abertura, baixaram o leito em que jazia o paralítico” – Marcos 2:4

Ao saber que Jesus estava novamente na cidade de Cafarnaum,

hospedado na casa de Pedro, a multidão buscou ter com Ele. Pessoas de

diferentes nacionalidades e de todas as classes sociais, portando diferentes objetivos, ali compareceram. A casa estava lotada! Não mais era possível

transitar no ambiente. Ninguém conseguia mais ali entrar.

Havia naquela cidade um homem que a muito estava doente. Sua moléstia tinha origem emocional, psicológica, espiritual… Remorso de um

passado tortuoso o afligia. O peso do pecado lhe fazia enfraquecer a cada dia.

Por vezes, buscara o auxílio dos fariseus e doutores da lei, ansioso pela cura

espiritual. Mas a acusação e discriminação que recebera o levou ao desespero. Suas esperanças já estavam se esvaindo, quando ouviu falar de Jesus. Bons

amigos trouxeram as boas novas. Não poderia deixar passar aquela

oportunidade. Por isso, foram à procura de Cristo – o Médico dos médicos. Se tão somente obtivera a cura da alma, já se daria por satisfeito e morreria feliz.

Desejava, de todo o coração, poder experimentar o poder da graça e assim,

alcançar a certeza da salvação. A cada passo que davam, sobre um leito móvel amparado por quatro

amigos, o paralítico louvava a Deus pela bênção por vir, pois tinha certeza de

que daquele encontro não sairia mais o mesmo. Um milagre estava para

acontecer e ele podia pela fé pressentir. Essa convicção lhe deu forças para suportar a dor e o desconforto causado pelo translado e ânimo frente aos

obstáculos que se sucederam.

“E não podendo aproximar-se dEle, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito

em que jazia o paralítico” – Marcos 2: 4.

Imagine a dificuldade dessa passagem. Um verdadeiro rappel da fé.

Precisaram, primeiramente, descobrir o local exato onde Jesus estava. Então, alguns preparativos foram necessários para garantir o mínimo de

segurança ao enfermo. Em seguida, a escalada.

Quanto sacrifício! Quanto sofrimento! Sua pele e músculos, repletos de feridas e com pouca vitalidade, dificultavam o processo. Mas nada os deteve.

Aqueles quatro homens haviam saído de casa com o objetivo de apresentar

Jesus àquele moribundo e, não descansariam enquanto não cumprissem a missão. Fé e compromisso, eis o que lhes motivavam. Por isso, não se

intimidaram diante dos obstáculos.

“Existem hoje milhares de pessoas a sofrer de doenças físicas, as quais,

como o paralítico, estão ansiando a mensagem: „Perdoados te são os teus pecados” - Mat. 9:2. O fardo do pecado, com seu desassossego e

desejos não satisfeitos, é o fundamento de sua doença. Não

podem encontrar alívio enquanto não forem ter com o Médico da

alma. A paz que tão-somente Ele pode comunicar restituiria vigor à mente e

saúde do corpo” – A ciencia do bom viver, pág. 77.

Muitas dessas pessoas serão encaminhadas às nossas Escolas pela ação do Espírito Santo e Deus espera que nós O apresentemos a eles. Não faltarão

dificuldades. Satanás se encumbirá de prover obstáculos exteriores e interiores.

Mas Cristo nos garante a vitória! “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” - João 16:33.

Foi uma verdadeira aventura! Uma aventura de fé em busca de paz

interior. Não foi fácil descer do telhado. Para o paralítico foi preciso pôr de lado

todo orgulho, medo, insegurança, autocomiseração… Para os quatro amigos, foi necessária boa dose de empatia, altruísmo, fé, amor… Finalmente, as doces

palavras de Jesus fizeram valer a pena todo contratempo: “Filho, perdoados são

os teus pecados” – Marcos 2:5. Estava são físico e espiritual. Aleluia! Não importa o que enfrentaremos, precisamos ir a Jesus e conosco levar

pessoas que só o encontrarão por nosso intermédio. São paralíticos espirituais à

espera da cura. Precisamos descobrir o melhor acesso entre elas e Cristo. De onde precisamos descer para encontrar o Salvador? Que telhas

necessitamos remover? Que estrutura desmontar? Talvez nosso ego, nossa

prepotência e nossa arrogância estejam impedindo o encontro com o Senhor. Ou

ainda, nosso egoísmo nos impede de enxergar as dificuldades alheias e por isso, temos deixado de carregar „o fardo uns dos outros‟. Cristo nos conclama para

proclamar aos perdidos as boas novas da salvação. Convoca-nos a servirmos de

guias espirituais até a Sua volta. Que neste dia possamos nos dispor a trabalhar para Deus e levar outros

a ter um encontro especial com ele.

Amém!!!

Louvor: “Cristo Nos Conclama”

Hinário Adventista: 307

Leia I Crônicas 4 : 9 à 10

XIX – Expandindo Fronteiras

“Oh! Que me abenções e me alargues as fronteiras; que seja comigo a Tua mão e me preservas do mal” - I Crônicas4:10

A bíblia está repleta de narrativas emocionantes e ricas descrições que,

ocupando poucos ou muitos capítulos das Escrituras, transmite-nos poderosos

ensinamentos. Entre tais relatos, um nome ganha destaque, para o qual são dedicados dois únicos versículos: JABEZ – homem que se distinguia entre os

demais.

Ao ouvirmos falar sobre uma pessoa ilustre, duas questões são inevitáveis: Quem é? O que a levou a esse patamar?

Em relação a Jabez, conhecemos bem pouco a seu respeito. Porém, o

suficiente para apreciarmos sua atitude e com ele aprendermos grandes lições.

“E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe deu-lhe o nome de Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz” - 1 Crônicas 4:9.

Que perspectiva de vida pode ter alguém que carrega a dor no próprio

nome? Com certeza, ser chamado de “pesar” ou “fruto das dores”, não lhe era um bom prognóstico para o futuro. Imagine quanta zombaria nos tempos de

criança; quanto motivo para depressão e revolta durante a juventude…

Em nossos dias, não é usual a preocupação com a etimologia dos nomes. Entretanto, nos tempos bíblicos, um homem e seu nome estavam

intimamente relacionados. Entretanto, percebendo não poder mudar o nome,

Jabez decidiu mudar de atitude. Não se permitiu deter ao passado, mas focou o

futuro que Deus poderia lhe proporcionar se a Ele buscasse. Em lugar de lamentar o pouco que possuia, procurou o dono do Universo para solicitar

ampliação das fronteiras.

“Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde

do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado

de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa,

desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte” – A ciência do bom Viver, pág. 241.

Jabez rompeu o ciclo da maldição e do sofrimento, iniciado com o seu

nascimento e rogou uma bênção especial a Deus. Onde temos fixado o nosso olhar? Nas agruras desta vida ou no Deus do

impossível? Temos permitido que as sequelas do passado nos persigam no

presente e anuviem nosso futuro? “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o

alvo…” – Filipenses 3:13. Eis o terno conselho do apóstolo Paulo.

Por assim crer, Jabez orou: “Oh! Que me abençoes e me alargues as

fronteiras; que seja comigo a Tua mão e me preservas do mal” - 1 Crônicas 4:9.

Todo previlégio vem carregado de responsabilidades. Ao

pedir a expansão das fronteiras, o que lhe significaria

prosperidade, Jabez estava ciente da necessidade de maior comprometimento,

maior dedicação e acréscimo de trabalho... Mas não se acovardou.

Deus aprecia nossa ousadia em buscar a realização de grandes sonhos. Seus propósitos sempre superarão os nossos. Por mais auspicioso que seja nosso

projeto de vida, o de Deus vai além. Por isso, não devemos nos contetar com a

mediocridade. Precisamos estar sempre buscando expandir nossos limites, superar nossas dificuldades… Mas esta busca, deve ocorrer com os joelhos

dobrados.

Sim, apenas uma oração... Foi tudo o que este homem fez para ser

considerado notável. Oração simples, porém sincera, permeada de sabedoria. “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” - 1 Crônicas 4:9up.

Apesar de desejarmos muitas coisas que julgamos nos serem boas e

necessárias à nossa felicidade, somente Deus sabe o que é melhor para nós. Por isso, como Jabez, devemos escolher invocar Sua atuação e estar prontos para

aceitá-la.

“Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições.

Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos

escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em

nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo” – A Ciência do Bom Viver, pág. 176.

Amigo, que como Jabez possamos buscar a orientação e a proteção

divinas para nossas atividades deste dia. Que a certeza de que „Deus deseja derramar sobre nós bençãos sem medida‟, possa nos fortalecer e nos motivar

hoje e sempre.

Amém!!!

Louvor: “Chuva de Bençãos”

Hinário Adventista: 159

Leia I Reis 3 : 1 à 15

XX – Um Pedido Inteligente

"Dá-me sabedoria para que eu possa

governar o teu povo com justiça e saber a

diferença entre o bem e o mal" -

I Reis 3:9

Salomão foi criado em berço de ouro. Como filho de um rei próspero e

querido por toda a nação, tinha tudo para ser mimado, egocêntrico, arrogante, presunçoso e até mesmo pedante.

Não enfrentou dificuldades como seu pai, que necessitou inúmeras

vezes de fugir de inimigos e travar ferrenhas batalhas, pois viveu em tempo de paz. Cresceu acostumado a ser servido e a ter satisfeito todo e qualquer

capricho. Como príncipe, recebeu a melhor educação e por possuir uma mente

inquiridora, foi aos poucos angariando muito conhecimento. Amava ao Senhor e

seguia os estatutos que Davi lhe ensinara desde a tenra idade. “Há um tempo para instruir as crianças, e um tempo para educar os

jovens; e é essencial que essas duas coisas sejam combinadas em alto grau na

escola. As crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da justiça. A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na

vida secular, como na religiosa. Diz Salomão: „Instrui o menino no caminho em

que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.‟ Prov. 22:6. Esta linguagem é positiva. O ensino recomendado por Salomão é dirigir,

educar e desenvolver. Para que os pais e mestres façam essa obra, devem eles

próprios compreender „o caminho‟ em que a criança deve andar. Isto abrange

mais que mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade

fraternal, e amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir

esse objetivo, é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança” – Conselho Sobre Educação, pág. 1-2.

Mesmo tendo sido preparado para herdar o trono, ao ser coroado

Salomão sentiu o peso da responsabilidade que a liderança lhe imputava.

Reconheceu suas limitações e a necessidade do auxílio divino. Por isso, ao receber de Deus a oportunidade da realização de um desejo, não titubeou na

escolha. Com toda convicção, declarou desejar sabedoria para governar e

distinguir entre o bem e o mal. E seu pedido agradou a Deus, que lhe concedeu o que pedira e muito mais.

“Compreendendo alguma coisa da magnitude dos

deveres relacionados com o ofício real, Salomão sabia que os que levam pesados fardos precisam buscar a Fonte de sabedoria

para orientação, se desejam desempenhar suas responsabilidades de maneira

aceitável. Isto levou-o a encorajar seus conselheiros a se unirem com ele em

sinceridade, a fim de estarem seguros da aceitação de Deus. Acima de todo o bem terrestre, o rei desejava sabedoria e entendimento para a realização da

obra que Deus lhe havia dado a fazer. Ele ansiava por acuidade mental,

largueza de coração, brandura de espírito” - Profetas e Reis, pág. 27-28. Caro colega, Deus nos outorgou grande responsabilidade. Todavia, não

nos basta o conhecimento, não nos são suficiente os dons… Necessitamos de

sabedoria e essa, só dEle pode provir. "Se algum de vós tem falta de sabedoria,

peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada” – Tiago 1:5.

Quanto mais alta for nossa posição, maior será a responsabilidade e

mais amplamente necessitaremos de depender do Senhor. Devemos andar, falar, agir de modo circunspectante, pois exercemos grande influência por onde

quer que passamos. Não podemos esquecer que “A posição não dá santidade de

caráter. É por honrar a Deus e obedecer a Seus mandamentos que o homem se torna verdadeiramente grande” – Profetas e Reis, pág. 29.

Deus está desejoso de repartir conosco a capacidade de discernimento,

assim como o fez com Salomão que, enquanto fez uso dessa bênção, prosperou.

No momento em que decidiu se emancipar da direção celeste e fazer uso das próprias estratégias permitindo que crescesse-lhe a autoconfiança se inclinando

à presunção, fracassou e levou o povo à apostasia.

A busca pela sabedoria divina deve ser diária, ininterrupta… Por mais sincera que seja nossa entrega hoje, por maior que seja nosso desejo de

submissão, não nos garantirá o sucesso se não for uma constância em nossa

vida. A cada passo que damos, a cada decisão, estamos decidindo o nosso

destino e contribuindo com o destino dos que nos circundam. As crianças e os jovens a nós confiados estarão de forma direta e/ou indireta sendo influenciados

pelo nosso modo de viver. O caráter que aqui formamos determinará se

estaremos ou não aptos a viver no Céu. “Mediante oração fervorosa e confiança em Deus, Salomão obteve a

sabedoria que provocou o assombro e admiração do mundo. Quando, porém,

se desviou da Fonte de sua força, e passou a confiar em si mesmo, caiu presa da tentação. Então as maravilhosas faculdades concedidas ao que foi o mais

sábio dos reis, apenas o tornaram um agente mais eficaz do adversário das

almas” - O Grande Conflito, pág. 509.

Que possamos confiar inteiramente em Deus. Que a cada dia nossos sentidos e o nosso coração possam ser abertos para receber dEle

a verdadeira sabedoria.

Amém!!!

Louvor: “Abre, Senhor, os Olhos Meus” Hinário Adventista: 401

Leia Marcos 13 : 16

XXI - Mãos a Serviço do Mestre

“E, tomando-os nos seus braços, e

impondo-lhes as mãos, os abençoou” -

Marcos 10:16

Prosseguia Jesus com o seu ministério e por onde passava, atraía

ouvintes, com o objetivo de fazê-los semelhantes a Si mesmo, em cada área da vida, transmitindo-lhes conhecimento, sabedoria e comportamento ético. Não

perdia oportunidade de educar. Via o magistério com prazer infatigável, porque

cria ser o ensino a oportunidade de formar os ideais, as atitudes e a conduta do povo em geral. Embora algumas vezes operasse a cura, outras vezes milagres,

pregava frequentemente e foi sempre O Mestre. Ele fez do ensino o agente

principal da redenção. Um dia, durante uma de suas aulas ao ar-livre, aproximaram-se

inúmeras crianças. Com seu jeito espontâneo e ingênuo, desejavam usufruir da

companhia dAquele Mestre singular, que exalava amor e exibia um terno olhar.

Aos galopes aproximam-se, sedentas de carinho, carentes de atenção. Mas foram abruptadamente impedidas pelos zelosos discípulos, os quais não as viam

como participantes do Reino ao qual Jesus sempre se referia. De acordo com a

perspectiva dos discípulos, os embates com os fariseus, o ensino em parábolas, o atendimento aos enfermos e o aconselhamento dos ricos, eram a missão de

Jesus. As crianças eram uma intromissão, um estorvo…

Felizmente, Jesus intervém a tempo e não só permite que elas se

aproximem, mas também Se indigna com a atitude dos discípulos. “Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os

meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em

verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele” - Marcos 10:14-15.

Deus tem colocado inúmeros garotos e garotas em nosso

caminho e espera que os encaminhemos aos Céus e que

estejamos dispostos a aprender com estes pequeninos. Sim, é intento divino que

usemos nossas mãos para apoiá-las, ampará-las, confortá-las, conduzi-las, amá-

las… e não repudiá-las, acusá-las, criticá-las. “E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou” - Marcos 10:16.

Jesus fez uso das mãos para abençoar. Que uso temos feito de nossas

mãos? Em Salmos 24:3-4, somos advertidos a refletir sobre o uso das mãos. Estamos nos dedicando ao Senhor, conservando-as limpas, puras, consagradas a

Seu serviço? “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar

santo?Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua

alma à vaidade, nem jura enganosamente”. Caro amigo, o que fazemos hoje com nossas mãos pode ter repercussão

eterna. Poderá, até mesmo, definir o futuro espiritual de alguém…

“Se nos fosse revelada a vida posterior daquele pequenino grupo, veríamos as mães recordando aos filhos a cena daquele dia, e repetindo-lhes as

amoráveis palavras do Salvador. Veríamos também quantas vezes, nos anos

que se sucederam, a lembrança daquelas palavras guardou os filhos de se desviarem do caminho traçado para os remidos do Senhor” - A Ciência do Bom

Viver, pág. 41.

Cristo convida-nos a dedicar as mãos a Seu serviço e a serviço do

semelhante. Deseja usá-las para abençoar a muitos. Que neste dia possamos refletir sobre essa importante responsabilidade e compreendermos que um dia

responderemos por aqueles que foram confiados aos nossos cuidados nesta

caminhada rumo ao Céu. Portanto, “não deixemos que nosso caráter não cristão represente mal

a Jesus. Não conservemos os pequeninos afastados dEle pela nossa frieza e

aspereza. Nunca nos demos motivo de pensar que o Céu não seria um lugar

aprazível para eles, se lá estivéssemos. Não falemos de religião como de uma coisa que as crianças não possam compreender, nem procedemos como se não

se esperasse delas que aceitassem a Cristo em sua infância. Não lhes demos a

falsa impressão de que a religião de Cristo seja uma religião sombria, e que, indo ao Salvador, elas devem renunciar a tudo quanto faz a vida agradável. Ao

tocar o Espírito Santo o coração das crianças, cooperemos com Sua obra.

Ensinemos que o Salvador as está chamando, que coisa alguma Lhe poderá causar maior alegria do que se entregarem a Ele na florescência e vigor de

seus anos” - A Ciência do Bom Viver, pág. 43 e 44 (adaptado) .

Amém!!!

Louvor: “Mãos”

Hinário Adventista: 324

Leia Marcos 5 : 25 à 34

XXII – Um Toque Especial

“E logo Jesus, percebendo em si

mesmo que saíra dele poder, virou-se no

meio da multidão e perguntou: Quem me

tocou as vestes?” – Marcos 5:30

Caminhava apressadamente Jesus em direção à casa de Jairo – um

respeitado rabino que possuía uma filha enferma. Com ele seguia a multidão sedenta por recompensas terrenas. Por onde passavam, atraíam mais seguidores,

o que dificultava a caminhada. Empurrões e cotoveladas davam o ritmo à

marcha, tornando o acesso a Jesus quase impossível.

Nesse cenário surge uma mulher. Seu semblante pálido, desfigurado, explicitava sua condição física. A mais de 4.000 dias – 12 anos – estivera à

espera da cura, lutando contra a morte física, social e emocional. Acometida de

hemorragia, tornara-se escória de uma sociedade preconceituosa e tradicionalista que a considerava imunda.

Na ânsia por mudar tal situação, empenhara todos os seus recursos em

tratamentos, sem nada aproveitar, antes indo a pior. Rejeitada por seu gênero, condição física e financeira, era desprezada

por todos e, seu caso, considerado sem solução. Entretanto, nada disso lhe

erradicou a fé. Ao ouvir falar que Jesus Se aproximava, decide ir ao Seu

encontro. Era sua última esperança… sua oportunidade de salvação. Não poderia perder esta chance! Em seu íntimo cria que “se tão-somente tocasse-lhe

as vestes, ficaria curada‟ – Marcos 5:28.

Reunindo a pouca energia que lhe restara, arrastando-se com muita dificuldade, penetra a multidão de forma sigilosa e toca o manto de Jesus.

Imediatamente, sente-se transformada. Sim, estava curada!

Sem dúvida foi um ato de coragem e determinação. Não se limitara à

própria dor, não medira esforços. Superara o problema da maldição da lei levítica - que a rotulava como imunda, da aglomeração da multidão, da

limitação física… Mantivera a esperança, a convicção, a fé… por isso, agiu.

Tal atitude não poderia ser passada despercebida. Por isso, para espanto da multidão, Jesus interroga: “Quem me tocou?...” – Marcos

5:30up.

Aquele havia sido um toque especial, singular… “Ele podia distinguir o

toque da fé do contato casual da multidão descuidosa. Alguém O tocara com

um desígnio profundo, e recebera resposta” – A Ciência do Bom Viver, pág. 60. Como temos „tocado‟ o Salvador? Temos feito de nossa comunhão

pessoal e diária, mais que uma mera rotina, mais que um ato de obrigação?

Temos um desígnio claro ao recorrer ao grande Médico? Estamos cônscios de nossa lamentável condição e temos feito disso nossa motivação de busca da

cura?

“Aos curiosos da turba que se comprimia em volta de Jesus, não havia

sido comunicado nenhum poder vital. Mas a sofredora mulher que Lhe tocara com fé recebera cura. Assim nas coisas espirituais difere o contato casual do

toque da fé. Crer em Cristo meramente como o Salvador do mundo jamais trará

cura à alma. A fé que é para salvação não é um simples assentimento à verdade do evangelho. Fé verdadeira é a que recebe a Cristo como Salvador pessoal.

Deus deu Seu Filho unigênito, para que eu, crendo nEle, „não pereça, mas

tenha a vida eterna‟. João 3:16. Quando me aproximo de Cristo, segundo a Sua palavra, cumpre-me acreditar que recebo Sua graça salvadora. A vida que

agora vivo, devo viver „na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a

Si mesmo por mim‟. Gál. 2:20. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé

salvadora é um acordo pelo qual os que recebem a Cristo se unem em concerto com Deus. Uma fé viva quer dizer aumento de vigor, segura confiança, pela

qual, mediante a graça de Cristo, a alma se torna um poder vitorioso.” - A

Ciência do Bom Viver, pág. 62. Que neste dia possamos estar dispostos a buscar a restauração

proveniente do toque divino. E, uma vez curados, possamos servir como

condutos das bênçãos celestes. Muitos virão até nós em busca de auxílio

emocional e espiritual. Que possamos ser sensíveis às suas necessidades e sábios ao direcioná-los aos pés do Médico dos médicos.

Amém!!!

Louvor: “Cristo Tocou-me”

Hinário Adventista: 197

Leia Salmos 42 / Filipenses 01

XXIII – Enfrentando a Depressão

“As minhas lágrimas têm sido o meu

alimento de dia e de noite, porquanto se

me diz constantemente: Onde está o teu

Deus?” – Salmos 42:03

“Depressão: mal do século!”

A cada dia que passa, essa afirmação se torna mais real. Milhares se

definham emocionalmente concomitante à frenética busca científica pela solução deste mal, caracterizado pelo transtorno do humor. Perdas, insultos,

rejeições, injustiça… somados à tristeza e à raiva, são ingredientes básicos da

depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão será

a segunda moléstia que mais roubará tempo de vida útil da população, perdendo apenas para as doenças cardíacas. Psicólogos afirmam que, na presença de

alguma outra enfermidade, a depressão contribui negativamente para o avanço

da mesma, dificultando ou impossibilitando a cura. Como vimos no texto acima, o salmista nos deixa claro que nossa

geração não é a única a lidar com este mal. Na verdade, desde os primórdios a

humanidade enfrenta essa batalha e tenta vencê-la. O próprio Senhor Jesus orou assim certa vez: “A minha alma está profundamente triste” - Marcos 14:34.

Ciente dos prejuízos físicos e espirituais provenientes de um emocional

doente, Satanás empenha-se em proporcionar meios de proliferar a depressão,

muitas vezes se utilizando de pessoas que nos são próximas para nos acusar, injuriar, desanimar... É bem verdade que a depressão é uma doença para a qual

temos que abandonarmos qualquer tipo de preconceito e buscar auxílio de

especialistas. Entretanto, podemos estar certos de que além de procurar um médico, a fé é um elemento fundamental no processo da cura e muitas vezes o

fator decisivo. É preciso confiar em Deus e pensar positivamente, desviando o

foco do nosso olhar.

No Salmo 42, o salmista nos ensina que se olharmos para nós mesmos ficaremos desanimados; se esperarmos o conforto dos homens, ficaremos

decepcionados; se permitirmos que a dureza das palavras dos inimigos nos

atinjam, ficaremos esmigalhados; mas se olharmos para Deus, se esperarmos nEle, se buscarmos a Sua presença, encontraremos auxílio.

Foi o que fez o apóstolo Paulo, quando esteve preso em um escuro e

úmido calabouço romano. Não faltaram-lhe motivo para desânimo e incredulidade. Mas em lugar de lamúria, ressentimento e raiva, decidiu fazer

uso de sua experiência para fortalecer a outros. “Mas que importa? Contanto

que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja

anunciado, nisto me regozijo, sim, e me regozijarei; porque sei que isto me resultará em salvação, pela vossa súplica e pelo

socorro do Espírito de Jesus Cristo” – Filipeses 01:18-19.

Certamente, o dia que doravante se inicia, além de vitórias, reserva-nos

algumas decepções. Que a despeito das circunstâncias, possamos erguer os

olhos aos Céus e buscar força do alto, por estarmos certos de que nada pode ser ocultado aos olhos do Pai. E, como Paulo, possamos fazer de nossas

dificuldades meio de testemunharmos do poder de Deus, glorificando-O em

toda e qualquer situação. Que nossa meta seja: “Esquecendo-me das coisas que para traz ficam, prossigo para o alvo…" - Filipenses 3:13-14

Amém!!!

Louvor: “Deus é Sabedor” Hinário Adventista: 263

Leia I Reis 19 : 1 à 18

XXIV - Superando o Medo

“… Já basta, ó Senhor; toma agora a

minha vida, pois não sou melhor do que

meus pais” – I Reis19:4

O povo de Deus estava sendo dirigido por governantes infiéis que

influenciavam negativamente a nação. A idolatria se alastrava e os princípios

eram gradativamente esquecidos. Novas gerações cresciam desconhecendo o

poder e as orientações divinas. Cada líder que se erguia, ignorava a influência inerente a uma liderança, agindo de forma irresponsável, tornando-se

instrumento nas mãos de Satanás.

Deus é Santo e espera que seus líderes sejam santos. A consequência disto é a crescente capacidade de influenciar pessoas que o líder discipulador

adquire. Como líderes de uma nova geração, não devemos esquecer que “O

futuro da sociedade é indicado pelos jovens de hoje. Neles vemos os futuros mestres, legisladores e juízes, os líderes e o povo que determinam o caráter e

destino dá nação. Quão importante, pois, é a missão dos que devem formar os

hábitos e influenciar a vida da geração nascente! Tratar com a mente é a maior

obra já confiada aos homens” - Mente, Caráter e Personalidade (vol. 1), pág. 04. Eis nossa grande responsabilidade: participar da formação dos líderes que

nos substituirão, inculcando nesses a vontade do Criador.

Após a morte de Onri, seu filho Acabe herda o trono de Israel e, a exemplo do pai, escolhe trilhar caminhos tortuosos distantes dos planos divinos.

Como esposa, escolhe Jezabel - fiel adoradora do deus Baal – e,

com ela cultua a deuses estranhos, ofendendo profundamente a

Deus. Como fruto desta má influência, a nação cai em apostasia,

carecendo uma intervenção divina. Chegou o momento de evidenciar a

unicidade de Deus.

Elias, fiel e destemido profeta, pronto a dar provas da existência e do poder de divino a uma geração apóstata e a um rei idólatra… Por sua lealdade e

fidelidade, é escolhido para uma grande missão: restaurar a aliança entre Israel e

Deus. Mas, para isso seria preciso enfrentar Acabe. Confiando no cuidado e proteção dos anjos, notifica ao rei sobre o

castigo vindouro. “Então Elias, o tisbita, que habitava em Gileade, disse a

Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, em cuja presença estou, que nestes anos

não haverá orvalho nem chuva, senão segundo a minha palavra” – I Reis 17:01.

Em lugar de se arrepender e rogar o perdão divino, Acabe passa a odiar

Elias, considerando-o um inimigo. Inicia-se uma ferrenha perseguição. Deus, porém, de forma milagrosa, mantém a vida do profeta. Utilizando-Se de corvos,

de anjos ou dos préstimos da viúva de Sarepta, por três anos providenciou-lhe

alimento e abrigo. Finda essa temporada, mais uma vez Elias necessitou de coragem e fé

para ir ao encontro de Acabe e desafiar os 400 profetas de Baal.

“Diante do rei Acabe e dos falsos profetas, e rodeado das tribos

reunidas de Israel está Elias, o único que apareceu para reivindicar a honra de Jeová. Aquele a quem todo o reino tinha responsabilizado por sua carga de

flagelo, está agora perante eles, aparentemente sem defesa na presença do

soberano de Israel, dos profetas de Baal, dos homens de guerra e dos milhares que o rodeavam. Mas Elias não está sozinho. Acima e ao redor dele estão as

forças protetoras do Céu - anjos magníficos em poder” - Profetas e Reis, pág.

147.

Ao findar do dia, após provar a todos a existência e o poderio divino, vê-se recompensado e feliz. Havia cumprido a missão. “Então caiu fogo do

Senhor, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e o pó, e ainda lambeu a

água que estava no rego. Quando o povo viu isto, prostraram-se todos com o rosto em terra e disseram: O senhor é Deus! O Senhor é Deus!” – I Reis 18:38-

39.

Porém, a história não termina aqui. Ao ter conhecimento do ocorrido no monte Carmelo e do assassinato dos profetas de Baal, a perversa rainha jura

Elias de morte.

Ao saber da ameaça, o corajoso profeta é arrebatado pelo medo. Este

gélido sentimento cegou-lhe os olhos da fé. Por isso fugiu… Quantas vezes temos permitido que Satanás utilize o

medo para paralisar nosso potencial, destruir nossos sonhos,

embotar nossa visão? Deus, entretanto nos adverte que, "nada

temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos como Deus tem

nos conduzido no passado." - Caminho a Cristo, pág. 72. Por mais que

tenhamos perdido a fé e, à procura da própria sobrevivência tenhamos fugido ou nos refugiado dentro de nós mesmos, chegando a desejar a morte, Ele nos

compreende e continua a oferecer a paz que só dEle pode provir. Aguarda

ansioso que O permitamos vencer por nós as nossas batalhas, se nEle confiarmos.

“No deserto, em solidão e desencorajamento - depois de sua

experiência no topo do Monte Carmelo - Elias dissera que já havia vivido

bastante, e orara pedindo a morte. Mas o Senhor em Sua misericórdia não o tomara pela palavra. Grande obra havia ainda para ser feita por Elias” -

Profetas e Reis, pág. 228.

O medo mantém-nos prisioneiros das circunstâncias, enquanto a ansiedade e a angústia vão minando as nossas forças, nossa vitalidade, nos

tornando vulneráveis. Amedrontados, não conseguimos enxergar soluções.

Olhamos para o futuro sem esperança, nos sentindo fracos e impotentes. Aos poucos vai corroendo nossa confiança na bondade de Deus. Finalmente,

enfraquece nossa memória e não mais nos lembramos da maravilhosa graça de

Deus já derramada sobre nossa vida. Amnésia espiritual - eis o intento satânico.

Elias precisou ser tratado para se livrar do medo. Sob o sereno, ali no deserto, utilizando de intervenção terapêuticas, Deus restabeleceu a vitalidade

do profeta, preparando-o para uma nova missão.

Que neste dia possamos permitir que Deus nos cure de todo temor, de toda angústia, de toda e qualquer ansiedade. Que possamos confiar plenamente

em seu poder e usufruir de sua doce paz.

“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que

haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do

que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem

ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,

acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais

solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se

vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que

hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós,

homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas

coisas os gentios procuram. De certo vosso Pai celestial bem

sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro

o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de

si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” - Mateus 6:25-34 Amém!!!

Louvor: “Oh, Não Temas, Sou Contigo” Hinário Adventista: 355

Leia I Reis 19 : 16 à 21

XXV - Um Aluno Aplicado

“…chegando-se Elias a Eliseu, lançou a sua capa sobre ele” – I Reis 19:19

Eliseu era um jovem solteiro, cheio de ideais e vigor, filho de uma

abastada família de agricultores que mantivera obediência ao Deus do Céus num país mergulhado em apostasia. Seu pai – Safate – estava entre aqueles que

não dobraram os joelhos a Baal. Fiel a Jeová, havia educado seus filhos nos

caminhos do Senhor e, mesmo sendo dono de uma grande propriedade e possuidor de inúmeros servos, educou-os na simplicidade, ensinando-os a

importância da humildade, da obediência e do serviço.

Outra qualidade dessa família era a hospitalidade. Costumavam hospedar Elias, quando esse passava pela região. E foi assim que o profeta

começou a observar as atitudes de Eliseu enquanto avaliava sua educação.

“O chamado profético veio a Eliseu enquanto arava o campo com os

servos de seu pai. Ele havia assumido o trabalho que estava mais próximo. Possuía ambas as qualidades: de um líder entre os homens e a mansidão de

quem está pronto para servir. De espírito quieto e gentil, era não obstante

enérgico e firme. Possuía integridade, fidelidade e o amor e temor de Deus; e na humilde rotina da labuta diária, ganhava força de propósito e nobreza de

caráter, crescendo constantemente em graça e conhecimento. Enquanto

cooperava com seu pai nos deveres do lar, estava aprendendo a cooperar com

Deus” – Profetas e Reis, pág. 218 Deus escolheu Eliseu para um trabalho especial enquanto esse se

esmerava na execução de um trabalho simples. Foi fiel nas

pequenas coisas e por isso foi exaltado.

Não importa a tarefa para a qual formos chamados, precisamos fazer o

nosso melhor. Podemos trabalhar para Jesus onde quer que estejamos, mesmo

nos deveres comuns do cotidiano. Deus almeja muito em breve poder nos dizer: “…Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei…” – Mateus 25:23.

“Pela fidelidade em pequenas coisas, Eliseu estava-se preparando para

encargos mais pesados. Dia a dia, mediante experiência prática, capacitava-se para uma obra mais ampla e mais alta. Ele aprendeu a servir; e havendo

aprendido isto, aprendeu também como instruir e dirigir. A lição é para todos.

Ninguém pode saber qual é o propósito de Deus em Sua disciplina; mas todos

podem estar certos de que a fidelidade em pequenas coisas é a evidência da capacidade para responsabilidades maiores. Cada ato da vida é uma revelação

do caráter; e unicamente aquele que nos pequenos deveres prova-se um

"obreiro que não tem de que se envergonhar" (II Tim. 2:15), pode ser honrado por Deus com mais alto serviço. Aquele que sente não ser de qualquer

conseqüência a maneira como realiza suas pequenas tarefas, prova-se incapaz

para uma posição mais honrosa.” - Profetas e Reis, pág. 218. Na quietude da vida campestre, Eliseu aprendeu as maiores lições de

vida que o levou a grandes realizações. Por isso estava pronto ao ser chamado

para o serviço. Tão logo foi convocado, partiu. Prontamente deixou o que estava

fazendo e seguiu o profeta, detendo-se apenas para se despedir da família e queimar aquilo que poderia servir-lhe de armadilha para um retrocesso, um

recuo, um olhar para trás. Algumas coisas precisam ser deixadas para que a

vontade de Deus se estabeleça. De filho de fazendeiro para servo; de uma vida de opulência para uma

vida intinerante repleta de privações. Simplesmente aceitou sem questionar, sem

inquirir sobre as vantagens dessa nova função. Entendia ser uma honra trabalhar

para o Senhor e onde quer que o enviasse, seria feliz. Assim, durante os sete anos que serviu prazeirosamente a Elias aprendeu tudo que necessitava para

poder assumir tão importante posto. Ao renunciar os bens materiais, nos leva a

compreender que precisamos nos dispor à Obra de Deus na terra. Assim como Deus chamou o profeta Elizeu, Ele chama a mim e a você.

Possui elevada aspiração para cada um de nós. Mas, pode ser necessário que,

momentaneamente, desempenhemos tarefas simples, para que nelas nossa fidelidade seja provada.

Uma vida de bênção em troca de uma entrega completa e sem reservas.

Sua vida foi levar salvação a toda à nação de Israel e circunvizinhança. Um

ministério repleto de milagres. Mesmo depois de morto, Deus o utilizou para ressuscitar alguém que foi lançado em sua sepultura.

Poderia ter decidido continuar em seu lar auxiliando sua

família na agricultura e sendo uma bênção ali. Com certeza,

permaneceria fiel e influenciaria positivamente muitas pessoas. Mas, Deus o

chamou para ser um vaso de bênção e de salvação para um número bem maior

de pessoas, e lhe deu porção dobrada de seu Espírito, para que pudesse influenciar gerações.

Hoje somos chamados a ser vasos de bênção escolhidos por Deus para

transmitirmos a mensagem de amor ao mundo. Que possamos nos consagrar e aceitar o convite do Senhor!

Amém!!!

Louvor: “Vaso de Benção” Hinário Adventista: 326

Leia Mateus 5 : 1 à 12

XXVI – Discípulos à Procura da Felicidade

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a

um monte, e, assentando-se, proximaram-

se dEle os Seus discípulos” - Mateus 1:1

Ser discípulo significa seguir as ideias ou imitar o exemplo de outrem.

No contexto do primeiro século, os discípulos desejavam ser como o mestre.

Por isso, muitas vezes, abdicavam do próprio saber para apreender o saber que

lhes era transmitido. Tal renúncia ocorria não de modo impensado e inconsequente, mas movida pela grande estima ao estilo de vida do guia.

Com Jesus não foi diferente. Seus discípulos desejavam seguir-Lhe o

exemplo e viver como Ele vivia. É bem verdade que, por vezes, exprimiam certo grau de egoísmo em sua devoção. Entretanto, é inegável a admiração que

nutriam pelo Mestre e a transformação que esta convivência foi efetuando

paulatinamente, chegando a levá-los a ofertar a própria vida.

Por toda a Galileia ouvia-se falar de Jesus. Por onde passava, operava cura, milagres e principalmente pregava. Sim, Ele fez do ensino o agente

principal da redenção.

Quão honroso é pensar que temos o mesmo privilégio que Cristo, de poder influenciar através do ensino. A extensão da nossa influência, só poderá

ser medida no Céu. Por isso, devemos buscar diariamente o poder

que Deus promete pôr ao nosso dispor.

“Não sabemos que consequências terão um dia, uma hora ou um

momento, e nunca devemos começar o dia sem encomendar nossos caminhos

ao Pai celeste. Anjos Seus são comissionados para cuidarem de nós, e se nos colocarmos sob sua proteção, no tempo de perigo estarão ao nosso lado.

Quando inconscientemente estivermos em perigo de exercer influência má, os

anjos estarão ao nosso lado, orientando-nos para um melhor procedimento, escolhendo-nos as palavras, e influenciando-nos as ações” - Parábolas de

Jesus, pág. 341.

Certo dia, ao iniciar seu itinerário na costa norte do Mar da Galileia,

percebeu que uma multidão se aproximava, sedenta por aprendizado. Imediatamente decidiu aproveitar a oportunidade para ensinar-lhes o segredo da

felicidade. Subindo ao monte, assentou-Se e tendo os discípulos bem próximo a

Si, começou a ensinar sobre o estilo de vida dos súditos do Reino dos Céus. Tais ensinamentos atravessaram gerações alcançando-nos com valiosas

instruções.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Ser pobre de espírito é ter uma natureza humilde e submissa, que

reconheça o pecado e a necessidade de perdão, submetendo-se à graça

redentiva.

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”. Nosso sofrimento nunca fez parte dos planos divinos. Mas quando nossas

lágrimas retratam profundo arrependimento ou descontentamento com o

pecado, passam a ter um outro significado. Por isso, Ele garante que são felizes os que choram…

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Os

mansos enfrentam a adversidade com placidez. Não são contenciosos nem se

vingam de seus algozes. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão

fartos”. Vivemos em um mundo corrupto, impregnado pela maldade e

desonestidade. Deus procura por homens que destoam desta realidade e procuram praticar a justiça, a honestidade e a integridade.

“A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se

comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato;

homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo;

homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” –

Educação, pág. 57. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles

alcançarão misericórdia”. O fato da misericórdia do Senhor se

renovar a cada manhã, garante-nos a possibilidade de salvação.

Como Seus imitadores, detemos o dever de usarmos de misericórdia para com

nosso semelhante.

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. Humanamente, é-nos impossível permanecer limpo de coração. Mas a graça

divina, mediante o sangue de Jesus, purifica-nos de todo o mal e assim podemos

ir à presença de Deus. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos

de Deus”. Como promotores da paz, seremos exímios embaixadores do Céu.

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,

porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por

minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos

céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”. O mundo odeia a justiça de Deus, pois esta aponta para sua própria degradação. Por isso,

ao carregarmos o estandarte celeste, tornamo-nos alvo da perseguição dos

inimigos de Deus. Porém, grande será a nossa recompensa ao final desta batalha espiritual.

Amigo, no Sermão da Montanha, Jesus apresentou o caminho da real

felicidade e explicou como segui-lo. Temos nós desenvolvido tais

características? Como Seus discípulos, devemos andar por ele e levar outros a fazê-lo.

Decidamos hoje trilhar por esta vereda e, que nosso testemunho possa

atrair muitos a serem fiéis imitadores de Cristo. “Os que se entregam à obra que lhes é designada não somente serão

uma bênção a outros, como hão de ser eles próprios abençoados. A consciência

do dever bem cumprido exercerá uma influência reflexa sobre sua própria

alma. O acabrunhado esquecerá seu acabrunhamento, o fraco se tornará forte, o ignorante inteligente, e todos encontrarão um infalível auxiliador nAquele

que os chamou” – A Ciência do Bom Viver, pág. 148.

Amém!!!

Louvor: “Ser Igual a Cristo”

Hinário Adventista: 288

Leia João 3:16 à 21

XXVII - O Maior Presente

“Por que Deus amou ao mundo de tal

maneira, que deu Seu Filho unigênito,

para que todo aquele que nEle crer não

pereça mais tenha a vida eterna” –

João 3:16

Se pudéssemos humanizar a cena daquele momento, certamente

vislumbraríamos um céu invadido por densas ondas de tristeza, proporcionando

um clima carregado da cruel mistura: preocupação e medo. Terrível angústia

dominava os seres celestiais, acostumados a gozar eterna felicidade. Era a febre da incerteza que os queimava obrigando-os a manterem-se atentos a toda e

qualquer atitude.

Ousando um pouco mais, conseguimos ouvir toda a torcida angelical à espera da vitória. Não era uma simples vitória , mas uma vitória eterna do bem

contra o mal. Era Cristo Jesus que se expunha no “ringue Getsêmani”, enquanto

todo o Universo se posicionava nas arquibancadas para presenciar um Deus

trocando de papel com o homem. Não era Jesus quem deveria estar ali. Este era o meu e o seu destino.

Nós é que merecíamos esta recompensa – a morte eterna. Mas por amor -

infinito amor - trocou de papel conosco, oferecendo-nos vida eterna que só dEle pode jorrar.

Agora, ali estava frente a frente com o Diabo, que empenhava todos os

seus esforços para vencer a batalha. Descaso, humilhação, ingratidão, calúnia, difamação, solidão... haviam feito parte da trajetória de Jesus aqui na Terra. Era,

agora, a última luta, momento decisivo. A minha e a sua vida estavam em jogo.

Bastava um deslize, um vacilo… e estaríamos perdidos eternamente.

Quanto esforço temos empenhado a fim de não vacilarmos em nossa caminhada rumo ao Céu? Quanto temos lutado para sermos vencedores a cada

dia? Jesus a tudo suportou porque sabia que da Sua vitória dependia a nossa

salvação. Caro colega, da nossa postura em sala de aula, dependerá a salvação de

muitos alunos. Temos dado a devida importância a esta verdade? Cristo

sacrificou tudo em prol da nossa salvação. O que temos sacrificado em prol da salvação destes que nos foram confiados?

“Certificai-vos de que vosso contato com cada uma dessas crianças

seja de tal maneira que não tenhais do que envergonhar-vos quando vos

encontrardes com elas no grande dia em que toda palavra e açãopassarão em revista diante de Deus” - Fundamentos da Educação Cristã, pág.

261

Vivemos em meio a uma luta espiritual, mas certos da vitória em Cristo Jesus. Entretanto, necessitamos ensinar, com

palavras e ações, os segredos de uma vida submissa à vontade de Deus e

direcionada pelo Espírito Santo. Para este fim fomos chamados.

Jesus com toda honra que lhe é cabida, venceu o mal, venceu a morte e retornou triunfante ao Céu para preparar o momento de nossa chegada. Hoje, ali

está à nossa espera, aguardando ansioso o momento de concretizar o Plano da

Redenção, por quem pagou tão alto preço. Maior presente, não se pode imaginar: uma eternidade de plena

felicidade ao lado de quem tanto nos ama. Teremos coragem de rejeitá-lo?

Tornaremos em vão tamanho sacrifício? Ou o desfrutaremos sozinhos?

Que hoje possa ser um dia vitorioso! Que inspirados neste grande presente – o Plano da Redenção - possamos ponderar cada palavra, cada ação…

a fim de sermos fieis testemunhas de Cristo. Que a Ele possamos entregar nosso

coração e levar outros a fazê-lo, numa demonstração sincera de que Sua morte, em nossa vida, alcançou seu principal objetivo: transformação e redenção.

Amém!!!

Louvor: “Ao ver a cruz”

Hinário Adventista: 61

Leia João 13 : 1 à 20

XXVIII – JESUS, O Grande Mestre

“Vós Me chamais Mestre e Senhor; e

dizeis bem, porque Eu o Sou”. Jo 13:13

O ministério de Jesus chegara ao fim. Por três anos ensinara sobre as

verdades celestes e minimizara o sofrimento por onde passava. Chegara agora o momento de voltar ao Pai. Antes porém, passaria pelo momento mais dificil: a

morte de cruz - pagamento do pecado.

Analisando sua trajetória, podemos observar que, embora operasse cura

e milagres, Jesus pregava frequentemente e foi sempre O MESTRE.Ele fez do ensino,o agente principal da redenção.Viu no ensino a oportunidade de formar

ideais, atitudes, conduta...restaurar caracteres.

Era Páscoa e, como estava escrito, seria oferecido como sacrifício em favor da humanidade.“Eis o cordeiro de Deus que

tira o pecado do mundo” – Jo 01:29. Restara-Lhe apenas

algumas horas tranquilas, as quais escolhera passar a sós com os

discípulos, num recanto especial.Enquanto celebravam juntos a Páscoa,

aproveitava cada oportunidade para instruí-los, orientá-los, confortá-los…

Mesmo na hora da morte, o Grande Mestre não deixou de ensinar e de Se preocupar com o futuro de seus educandos. A salvação de cada um era Seu

principal intento.

Quanto tempo temos gasto nos preocupando e trabalhando para a salvação de nossos alunos? Deus deseja usar-nos como instrumentos, a fim de

“promover, através da Educação Cristã, o desenvolvimento integral do

educando, formando cidadãos autônomos e comprometidos com o bem-estar da

comunidade, da pátria e com Deus”. Esta é a Missão da Educação Adventista. Esta é nossa Missão. E para cumpri-la, precisamos alcançar o coração de cada

educando.

“Cristo poderia ter ocupado a mais elevada posição entre os maiores mestres da nação judaica. Ele, porém, escolheu de preferência levar o

evangelho aos pobres. Foi de um lugar a outro, a fim de que os que se achavam

nos caminhos e atalhos pudessem compreender as palavras do evangelho da verdade. Trabalhou da maneira pela qual deseja que seus obreiros trabalhem

hoje. Junto ao mar, no sopé das montanhas, nas ruas das cidades, ouvia-se-Lhe

a voz a explicar as escrituras do Antigo Testamento. Tão diferente era a Sua

explicação da que os escribas e fariseus davam, que a atenção do povo estava presa. Ensinava como alguém que tem autoridade, e não como os escribas.

Com clareza e poder proclamava Ele a mensagem do evangelho” – Conselho

sobre Saúde, 318. Apesar de terem convivido com Jesus por três anos consecutivos e, aos

Seus pés terem estudado a cada dia, os discípulos ainda não haviam aprendido

por completo a lição da humildade. Por isso, nesta última ceia, Jesus muda a

estratégia de ensino e, através de uma ulustração inesquecível, grava no coração de cada um a importância da abnegação e do serviço. Não aceitava a

possibilidade de reprovar seus alunos nesta vital disciplina espiritual.Por isso,

empenhou-Se de tal forma a romper todas as dificuldades, mesmo as culturais. “Como havia Cristo de levar essas pobres almas a um ponto em que

Satanás não obtivesse sobre elas decidida vitória? Como poderia mostrar que

uma simples profissão de discipulado não os tornava discípulos, nem lhes garantia um lugar no reino? Como lhes mostraria que é o amoroso serviço, a

verdadeira humildade, que constitui a genuína grandeza? Como haveria Ele de

acender amor no coração deles, e habilitá-los a compreender aquilo que lhes

ansiava dizer? Os discípulos não fizeram nenhum gesto no sentido de se servirem uns aos outros. Jesus esperou por algum tempo a ver o

que fariam. Então Ele, o divino Mestre, Se ergueu da mesa.

Pondo de lado a veste exterior, que Lhe poderia estorvar os

movimentos, tomou uma toalha e cingiu-Se. Com surpreendido interesse

olhavam os discípulos, esperando em silêncio ver o que se ia seguir. „Depois

deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido‟ – Jo 13:5. Esta ação abriu os olhos

deles. Profunda vergonha e humilhação os possuiu. Entenderam a muda

repreensão, e viram-se a si mesmos sob um aspecto inteiramente novo” –O Desejado de todas as Nações, 644.

Caro amigo, estar inserido em uma instituição cristã, não garante o Céu

para nossos alunos. Assim como nossa profissão - educador cristão - não nos

garante salvação. Deus espera que nós indiquemos o caminho a estes seus filhos. Mas, isso não ocorrerá sem uma vida de abnegado serviço e sincera

humildade.

“A verdadeira humildade é receber com coração agradecido qualquer providência tomada em nosso favor, e prestar fervoroso serviço a Cristo”– O

Desejado de Todas as Nações,646.

Com um simples gesto, Jesus ensinou lições que as palavras não conseguiram. Com um planejamento diferenciado e nova didática, alcançou a

aprendizagem e evitou o fracasso.

Como educadores, o que temos focado mais: o ensino ou a

aprendizagem? Temos sido humildes o suficiente para enxergar e aceitar a necessidade de alterarmos nossa metodologia para alcançarmos os diferentes

aprendizes que nos foram confiados pelo próprio Deus? Temos consciência de

que é nosso dever amar e ensinar a todos, independente da sua postura e/ou comportamento?

Entre os demais discípulos, estava Judas Iscariotes. Seu intento de

vender o Mestre já havia sido concretizado. Entretanto, misturara-se entre o

grupo a fim de não levantar suspeita. Nada, porém, era segredo para o Mestre que, apesar de tudo conhecer, não o expôs. Pelo contrário, desejava

ardentemente salvar-lhe e por ele sofria. Este imenso amor, por um instante,

alcançou o coração de Judas, mas este fazendo uso do livre-arbítrio, decidiu endurecer o coração e avançar no projeto.

”O empolgante poder daquele amor foi sentido por Judas. Quando as

mãos do Salvador estavam lavando aqueles empoeirados pés, e enxugando-os com a toalha, o coração de Judas comoveu-se intensamente com o impulso de

confessar no mesmo instante e ali mesmo o seu pecado. Mas não se queria

humilhar. Endureceu o coração contra o arrependimento, e os velhos impulsos,

no momento postos de lado, dominaram-no novamente. Judas escandalizou-se então com o ato de Cristo, de lavar os pés dos discípulos. Se

Jesus assim Se humilhava, pensou, não podia ser o Rei de Israel.

Estava destruída toda esperança de honra mundana num reino

temporal. Judas ficou convencido de que nada tinha a ganhar por seguir a

Cristo. Depois de O ver rebaixar-Se a Si mesmo, segundo pensava, confirmou-

se em seu propósito de negar a Cristo e confessar-se enganado. Foi possuído por um demônio, e resolveu completar a obra que concordara em fazer,

entregando seu Senhor” – O Desejado de Todas as Nações, 645.

Judas decidiu não ceder ao amor de Deus, mas Este não deixou de amá-lo; decidiu não pôr em prática as lições apreendidas - mesmo assim, o Mestre

não o excluiu. Não nos cabe o papel do convencimento. Esta é a obra do

Espírito Santo. Nossa tarefa é ensinar… e, ensinar a todos.

A cada dia Deus nos dá uma nova oportunidade de aceitarmos seu imenso amor e por Ele sermos transformados. Resta-nos escolher: permitir a

ação do Espírito Santo ou o resistirmos.Que neste dia, possamos tomar a

decisão de aceitar a Sua atuação. Que o amor de Deus possa inundar nosso ser e que, através de nós, possa alcançar a todos com quem nos relacionarmos hoje.

Amém!!!

Louvor: “Meu Redentor, Meu Amigo e Irmão”

Hinário Adventista: 89

Leia Êxodo 3 e 4

XXIX – Uma Grande Obra

“... Tire as sandálias de teus pés,

porque o lugar em que estás, é terra

santa” - Êxodo 03:05

O vento soprava refrescantemente sobre a pouca vegetação daquela região desértica. A tarde declinava rapidamente e já se podia sentir a fria noite

se aproximar. Recostado sob um arbusto, Moisés passara o dia meditando em

sua vida, enquanto velava o rebanho de seu sogro. Nascera em um lar cristão, onde o temor do Senhor era ensinado como

princípio de sabedoria. Entretanto, os dias de seu nascimento foram dias

amargos para todas as famílias israelitas. Faraó havia predito àquele povo a

terrível sentença de morte para todo menino que lhes nascessem. Na tentativa de salvar-lhe a vida, sua mãe, Joquebede, depois de esconder-lhe

durante três meses, depositara-lhe em um cestinho de junco e o

lançara nas águas do Rio Nilo. Ao longe, sem levantar suspeitas,

Miriã, sua irmã, ficara observando-o, enquanto rogava a Deus por sua vida.

Anjos, enviados por Deus, também protegeram aquele „pequeno berço‟

e conduziram a princesa até aquele local para que pudesse salvar-lhe das águas. Aliás, este era o significado de seu nome: “Moisés – salvo das águas”. Por

providência divina sua mãe consanguínea fora escolhida como sua ama, tendo a

oportunidade de educar-lhe nos princípios de Deus, imprimindo em sua alma a imagem do divino. Durante seus doze primeiros anos de vida, dedicou-se a

empenhar todo o tempo necessário na construção se seu caráter a fim de

preservar-lhe de toda influência corruptora que estaria submerso dentro do

palácio do rei. Horas de oração e comunhão, haviam sido rotina na vida daquela mãe que compreendia a total responsabilidade de seu papel como educadora

cristã.

Já na corte, recebera o mais elevado ensino civil e militar. Como sucessor do rei, fora educado para sua elevada posição futura. O propósito

maligno de tirar-lhe a vida, fora transformado por Deus em oportunidade de

ensino e educação que necessitaria como futuro chefe do Povo de Israel. Infelizmente, durante todos estes anos, acreditara que poderia salvar seu povo

fazendo uso do conhecimento angariado ao longo do tempo nas academias reais,

ou mesmo utilizando as estratégias de guerra apreendidas como chefe militar do

exército egípcio. Deus, porém, tinha um plano diferente para sua vida. Depois de tentar libertar um israelita das mãos de um egípcio, fazendo

uso das próprias forças, necessitou fugir do Egito, para escapar da sentença de

morte do rei. Era hora de compreender os métodos de Deus para solucionar problemas. “Não por força nem por violência... mas pelo Meu Espírito...” – Zac.

4 : 6.

Quantas vezes temos tomado o rumo de nossa vida em nossas mãos e

tentado agir por nossas próprias forças? Ao planejarmos e nos prepararmos para nossas atividades profissionais, temos rogado sabedoria divina? Ao

enfrentarmos as dificuldades relacionais tão comuns no dia-a-dia letivo, temos

buscado orientação nas cortes celestes? Quantas vezes, acreditamos saber a melhor forma de agir, as melhores palavras a proferir e deixamos de depender

de Deus quando dEle mais necessitamos. Muitas bênçãos temos perdido, por

não reconhecermos nossa total impotência perante os problemas e por deixarmos de buscar em Deus a solução dos mesmos.

Moisés necessitou passar quarenta anos desaprendendo a confiar em si e

aprendendo a confiar exclusivamente em Deus. Quarenta anos trabalhando

como pastor de ovelhas lhe possibilitaram ter mais comunhão com os Céus e sentir a necessidade de buscar diariamente a instrução divina para

vencer as ciladas do inimigo e poder ser útil na Obra de Deus.

Quanto tempo necessitaremos para aprender esta mesma lição? O que

precisaremos passar, em que „desertos‟ necessitaremos nos refugiar para

permitir que o Espírito Santo opere em nós a obra da conscientização da nossa fraqueza perante os ardis de Satanás?

Deus em um papel especial para cada um de nós em Sua Grande Obra.

Deseja utilizar-nos como instrumentos Seus para apressar Seu retorno a este mundo, mas nossa prepotência e orgulho têm retardado os planos de Deus para

nossa vida. E o mundo, assim como o povo de Israel, continua a clamar por

livramento enquanto permanecemos sonolentos e indiferentes à nossa missão.

Finalmente, Moisés estava pronto para executar a Obra. E através de uma sarça ardente, Deus lhe chama a iniciar seu ministério. A princípio, Moisés

contesta alegando sua incapacidade de atender o chamado. Deus, porém,

promete remover todas as dificuldades e conceder-lhe êxito ao final de seu intento. Mesmos assim, Moisés apresenta provas de desconfiança no poder

onisciente de Deus e em Sua sabedoria ao escolhê-lo como guia do Povo de

Israel. “Os israelitas não vão acreditar em mim...” – Ex 4 : 1. “...Tenho dificuldade no falar...” Ex. 4 : 10.

Deus destinou uma parte de Sua Obra, especificamente, a você e a mim.

Escolheu-nos para uma Missão especial. Entretanto, precisamos permitir Sua

atuação em nossa vida para que Seu desígnio seja alcançado. Nenhum pensamento negativo deve ser acariciado a ponto de fazer-nos crer que não

seremos capazes de realizar nossa missão. Deus promete capacitar àqueles a

quem escolheu para o serviço. “O homem adquirirá forças e eficiência ao aceitar as

responsabilidades que Deus põe sobre ele, e procurar de toda sua alma

qualificar-se para arrostar devidamente com ela. Por mais humilde que seja

sua posição ou limitada as suas habilidades, atingirá a verdadeira grandeza o homem que, confiando na força divina, procurar efetuar sua obra com

fidelidade”. – Patriarcas e Profetas, pág. 255.

Finalmente, Moisés entrega-se nas mãos de Deus e sai para o trabalho. Uma coisa apenas restava-lhe fazer. Deus havia ordenado a circuncisão de todo

filho israelita como sinal de separação e consagração de seu povo. Atendendo

ao apelo de Zípora - sua esposa - Moisés negligenciara efetuar este rito em seu filho mais moço. Por tal motivo, a caminho do Egito, um anjo apareceu-lhe de

maneira ameaçadora cobrando sua total obediência às ordens divinas. No

mesmo instante, Zípora efetuou o rito e, o anjo permitiu que prosseguissem a

jornada. Deus deseja escudar-nos de todo perigo e proteger-nos de

todos os ardis de Satanás. Mas só poderá fazê-lo se nos

entregarmos 100% a Ele. A desobediência a um só mandamento

ou a um só princípio bíblico poderá nos colocar longe das asas protetoras do Pai

e assim, correremos o perigo de nos perder eternamente.

Não vale a pena arriscar perder as bênçãos celestes e a eternidade com Cristo para usufruirmos míseros momentos de felicidade terrena.

Que neste dia, possamos realizar uma nova aliança com Deus

comprometendo-nos com Ele e efetuando uma entrega total de nosso ser, para que possa moldar-nos e capacitar-nos a cumprir a missão. Que possamos ser

instrumentos em Suas mãos e meio de livramento de muitos, do cativeiro do

pecado.

Amém!!!

Louvor: “Tal qual estou”

Hinário Adventista: 278

Leia Mateus 25: 01 à 13

XXX – Ele Vem…

“Vigiai, pois, pois não sabeis o dia

nem a hora” - Mateus 25:13

Era um vilarejo bastante arraigado às tradições. Os velhos costumes

eram levados a sério e seguidos a risca a fim de os conservarem vivos de geração em geração.

Entre todas as cerimônias, o casamento se destacava , honradamente,

pela elegância de seus cortejos e o grande número de envolvidos. Ninguém ousava desrespeitar a tradição num momento tão especial. E para tanto, se

incubiam de conhecer bem as regras e normas para estarem preparados quando

fosse necessário.

Rezava a tradição que o noivo deveria, juntamente com seus convidados, partir da casa paterna em direção à casa da noiva, para encontrá-la

e levá-la para a própria casa, onde era oferecida uma honrosa recepção.

Dando um toque especial à cerimônia, dez virgens eram escolhidas para recepcionarem o noivo e, deveriam permanecer nos arredores da casa da noiva

até que este viesse. Lindos vestidos eram confeccionados e qualquer donzela

ansiava por fazer parte deste grupo.

Portando uma lamparina a óleo, tinham o dever de manterem-se alerta à

espera do noivo que, ao chegar, com alegria faziam-nas adentrar às bodas.

Aquele, porém, era um dia diferente. O momento marcado para a chegada do noivo havia passado e ele não aparecera. Ansiosas, as belas damas

esticavam o pescoço na tentativa de avistarem ao longe algum movimento. Em

vão! As horas passavam rapidamente e o noivo não chegava. Se pudessem saber o motivo de tanta demora, ou ao menos fossem avisadas do momento exato de

sua chegada, poderiam descansar tranquilas e estarem, novamente, prontas

quando viesse. Porém, nada lhes havia sido revelado. O que lhes restava era

aguardar, pois a qualquer momento poderiam ouvir os passos do tardoso noivo. E foi exatamente o que fizeram. À beira do caminho permaneceram fiéis, à

espera. Entretanto, o cansaço e o sono acabaram por vencê-las e ali mesmo

todas adormeceram. Quantos de nós permanecemos hoje fiéis ao nosso posto do dever?

Cristo prometeu voltar e ainda não o fez. Há quase 2.000 anos esta promessa foi

proferida e Ele ainda não voltou. Qual será o motivo de tamanha delonga? Quando será que virá?

Por mais que nos esforcemos à procura destas respostas, não as

encontraremos, porque “ daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que

estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” – Mc. 13 : 32. “As dez virgens estão esperando na noite da história da Terra. Todas

dizem ser cristãs. Todas têm uma vocação, um nome, uma lâmpada, e todas

pretendem fazer a obra de Deus. Todas aguardam, aparentemente, o Seu aparecimento. Cinco, porém, estão desprevenidas. Cinco serão encontradas

surpreendidas, aterrorizadas, fora do recinto do banquete.” - Meditação

Matinal:„Maranata!‟, pág. 52.

A que grupo pertencemos? Cristo voltará! Não sabemos a hora, nem o dia, mas sabemos que Suas

promessas jamais falham. Ele voltará!!! Nosso papel, no entanto, é manter-nos

alerta, fazendo uso constante da lâmpada que é a Palavra de Deus embebecida no óleo – o Espírito Santo.

Infelizmente, ao longo dos anos, muitos têm desistido e abandonado

seus lugares na Grande Obra!Um grande número, porém, ainda declara aguardá-Lo, mas isso não é sinal de que estarão prontos quando Ele chegar.

“Muitos há que não querem demorar-se aos pés de Jesus e aprender

dEle. Não têm conhecimento de Seus Caminhos; não estão preparados para

Sua vinda. Tinham a pretensão de estar aguardando o seu Senhor. Não vigiaram e oraram com aquela fé que atua por amor e purifica a

alma. Levaram uma vida de negligência. Ouviram a verdade e

concordaram com ela, mas nunca a introduziram na vida

prática.... O óleo da graça não está abastecendo suas lâmpadas, e não se

acham preparados para entrar na ceia das bodas do Cordeiro.” - Meditação

Matinal:„Maranata!‟, pág. 52. À meia noite, ouviu-se o clamor: “Aí vem o noivo, saí-lhe ao

encontro!” Radiante ele se aproximava. Chegara a tão esperada hora.

Subitamente, as adormecidas jovens levantam e se preparam para o encontro. Já se podia ouvir as vozes dos nubentes. Cinco delas, porém, não se

preparam para uma emergência e não haviam levado uma quantidade extra de

óleo.

Agora, após horas de espera, esvaíam-se as últimas gotas do combustível e necessitavam de urgente auxílio. Correndo até suas amigas,

reclamam um empréstimo, o que lhes é negado. Cada uma possuía apenas o

suficiente para si e nada poderiam fazer para ajudar. “Na parábola, todas as dez virgens saíram ao encontro do esposo.

Todas tinham lâmpadas e frascos. Por algum tempo não se notava diferença

entre elas. Assim é com a igreja que vive justamente antes da segunda vinda de Cristo. Todos têm conhecimento das Escrituras. Todos ouviram a mensagem da

proximidade da volta de Cristo e confiantemente O esperam. Como na

parábola, porém, assim é agora. Há um tempo de espera; a fé é provada; e

quando se ouvir o clamor: "Aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!" (Mat. 25:6), muitos não estarão preparados. Não têm óleo em seus vasos nem em

suas lâmpadas. Estão destituídos do Espírito Santo. Sem o Espírito de Deus, de

nada vale o conhecimento da Palavra. A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a mente, nem santificar o coração. Pode

estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da Bíblia, mas se o

Espírito de Deus não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será

transformado. Sem a iluminação do Espírito, os homens não estarão aptos.” – Parábolas de Jesus, pág. 408.

Jesus está voltando! Mas ainda vivemos num tempo de graça, onde

podemos e devemos nos preparar e abastecer-nos com todo conhecimento possível. Mas isso não é suficiente! É preciso buscar ardentemente a presença

do Espírito Santo. Ele ainda está à nossa disposição ansioso por inundar nossa

vida deste poder, mas chegará uma hora, que apesar de O buscarmos, não mais O encontraremos. Apenas aqueles que houverem feito uma reserva extra,

poderão continuar fazendo uso da benção da Sua presença. A experiência de um

viver repleto do Espírito é individual. Não se é possível transmiti-la a ninguém.

Cabe a cada um buscá-lo enquanto há tempo. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto”- Is 55 : 06.

Entretanto, Deus quer contar conosco como cooperadores

Seus na nobre tarefa de levar outros a compreenderem esta

necessidade. Quer hoje poder usar-nos como porta-vozes celestiais. Para isso

fomos chamados.

“Todos os que se empenham no ministério constituem mão ajudadora de Deus. Não há setor de trabalho em que seja possível à juventude receber

maior benefício. Eles são coobreiros dos anjos; ou melhor, são agentes

humanos por cujo intermédio os anjos cumprem sua missão. Os anjos falam pela voz deles e por suas mãos trabalham. E os obreiros humanos, cooperando

com os instrumentos celestiais, recebem o benefício de sua educação e

experiência.” – Beneficicência Social, pág. 109.Que privilégio!!!

Por que não fazer um plano de intensa busca deste poder? Hoje é o tempo que nos resta. Não adianta manter-nos à espera e no momento final

sermos deixados para trás.

“E tendo elas ido a procura de óleo, chegou o noivo e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas e fechou-se a porta” – Mt. 25 : 10.

Querido amigo, a qualquer hora a porta da graça será fechada e não

mais haverá oportunidade para arrependimentos, mudanças, arranjos, buscas... Hoje é o momento que temos e não podemos desperdiçá-lo.

Dez virgens foram escolhidas por serem igualmente especiais aos olhos

do noivo; dez virgens se afligiram com a demora; dez virgens decidiram

permanecer à beira do caminho, mesmo que o noivo demorasse, pois ansiavam encontrá-lo; dez virgens adormeceram. Onde está a diferença?

A diferença é que apenas cinco possuíam seus recipientes repletos de

óleo. Sua vida e a minha vida estão repletas do Espírito? Para Deus não

adianta possuí-Lo por um dia, por um ano, ou rogar o Seu poder em algumas

ocasiões. É preciso estar encharcado deste poder o tempo todo. É preciso buscá-

Lo sempre… diariamente. O noivo veio, e não as encontrou com suas lâmpadas acessas. E ao

regressarem na tentativa de entrarem e participarem do banquete ouvem a triste

declaração: Não vos conheço!!! Cristo, hoje, anseia por este encontro. É Seu desejo que todos nós

estejamos preparados para adentrarmos com Ele os portões da Cidade Santa.

Muitos, porém, serão encontrados portando suas Bíblias, declarando servi-Lo e aguardá-Lo, mas vazios do Espírito. Sem o Espírito Santo, não é válido o

conhecimento da Palavra de Deus. O simples fato de conhecermos não nos

garante a transformação e a santificação. Nosso caráter só poderá ser

transformado mediante a constante presença do bom e fiel Espírito. “Desde o princípio tem Deus operado por Seu Espírito

Santo, mediante agentes humanos, para a realização de Seu

propósito em benefício da raça caída. Isto se manifestou na vida

dos patriarcas. À igreja no deserto, no tempo de Moisés, também deu Deus Seu

"bom Espírito, para os ensinar". Nee. 9:20. E nos dias dos apóstolos Ele atuou

poderosamente por Sua igreja através do Espírito Santo. O mesmo poder que susteve os patriarcas, que a Calebe e Josué deu fé e coragem, e eficiência à

obra da igreja apostólica, tem sustido os fiéis filhos de Deus nos séculos

sucessivos. Foi mediante o poder do Espírito Santo que na idade escura os cristãos valdenses ajudaram a preparar o caminho para a Reforma. Foi o

mesmo poder que deu êxito aos esforços de nobres homens e mulheres que

abriram o caminho para o estabelecimento das modernas missões, e para a

tradução da Bíblia para as línguas e dialetos de todas as nações e povos.” – Atos dos Apóstolos, pág. 53.

Amigo, Deus quer hoje poder contar comigo e com você para alcançar

muitos corações com o Seu poder. Mas para isso, precisamos estar repletos dEle.

Que neste dia, possamos buscar de forma intensificada a presença do

Espírito de Deus. Que doravante possamos rogar diariamente Sua atuação em nossa vida. E que no dia final, ao regressar o Noivo, possamos ouvir-lhe a doce

voz convidando-nos a fazer parte do banquete celestial: “...Bem está, servo bom

e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu

Senhor”. Amém!!!

Louvor: “Será de Manhã?” Hinário Adventista: 143

“Quando a mente de um homem é posta em comunhão com a mente de Deus,

o finito com o infinito, o efeito sobre o corpo, a mente e a alma vai além do admissível.

Em comunhão tal é encontrada a mais alta educação. É o método de desenvolvimento usado por Deus.

Une-te, pois, a Ele", é a mensagem do Senhor à humanidade.”.

Atos dos Apóstolos, pág. 126.