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ANO 9 – Nº 2050 / 2050 — SÃO PAULO, 03 A 06 DE JUNHO DE 2006 — R$ 2,00
A KIBÔ-NO-IÊ (Casa daEsperança) realiza amanhã (4),das 10h às 17h, o 6º Kiboi noRolete e Festa Junina. Todosos presentes poderão provaras carnes de boi e de porcoassadas que serão oferecidas,além das guarnições. A entra-da custa R$ 20,00. O Lar eOficina Abrigada fica na Trav.Hideharu Yamazaki, s/nº daEstrada Aracília, altura do km206 da Via Dutra, em Itaqua-quecetuba. Tel: 11/4648-1515.
O GRUPO ESCOTEIROCOOPERCOTIA realizaneste domingo (4), das 10h às17h, sua tradicional FestaJunina 2006. O evento terámuitos shows, jogos infantis,sorteios, bingo e bazar, além decomida preparada pela famíliade escoteiros. A entrada custaR$ 4,00 (adulto) e idosos e até14 anos não pagam. O ende-reço é Rodovia RaposoTavares, Km 19,5. Mais infor-mações pelo telefone 11/3782-1227. SHIMANE KENJIN DOBRASIL promove amanhã (4)o Festival do Yakisoba, que reu-nirá muitos associados e ami-gos na sede da entidade para oalmoço, servido das 11h30 às15h. O convite antecipado custaR$ 8,00 e no dia, R$ 9,00. Aentidade fica na Rua das Ro-sas, 86 (próximo ao Metrô Pra-ça da Árvore). Informaçõespelo telefone 11/5071-0082.
O GRUPO ESCOTEIROCARAMURU organiza naquarta-feira (7), às 19h30, apalestra “O sucesso está noequilíbrio”, ministrada pelo con-sultor Robert Wong. Na oca-sião, o especialista apresentauma lição de como conciliarmelhor a vida familiar, social eprofissional. O convite custaR$ 70,00 e pode ser adquiridono local da palestra, que seráno Espaço de Eventos Hakka,na Rua São Joaquim, 460. Tel:11/5549-8692.
A UNIÃO CULTURAL EESPORTIVA SUDOESTErealiza amanhã (4), a partir das8h, na sede da AssociaçãoCultural e Esportiva de CapãoBonito (Rua José Inácio, 525,Capão Bonito), o 50º Campe-onato Sudoeste de Sumô Mi-rim Infanto-Juvenil e Adulto.Na ocasião, a Uces, queabrange atualmente 24 muni-cípios, estará comemorando ocinqüentenário da fundação deseu Departamento de Sumô.
A CASA DE REABILITA-ÇÃO SOCIAL EM SAN-TOS promove neste domingo(4), a partir das 12h, em suasede (Av. Campos Salles, 60),sua tradicional Festa Junina.Com mais de 30 anos de histó-ria, a festa contará com comi-das típicas da época, além depratos japoneses, como yakis-soba, e churrasco. Haveráapresentação de taikô e kara-okê. O convite custa R$ 20,00(com direito a consumo). Maisinformações pelos telefones:13/3232-9615.
AGENDA
No ano em que comemoraseu cinqüentenário, a Associ-ação Cultural e EsportivaAtlântico de São Sebastião (li-toral norte de São Paulo) es-pera retomar suas atividades.A festa acontece no próximodia 25 e é aguardada com muitaexpectativa pelo atual presi-dente, Nilton Honuma. “Seráuma espécie de divisor deáguas”, admite ele, lembrandoque, no auge, a entidade che-gou a reunir cerca de 130 fa-mílias. “Tivemos um períodocrítico provocado pelo movi-mento dekassegui e pratica-mente paralisamos nossas ati-vidades”, diz Honuma, acres-centando que espera por diasmelhores. “Queremos resgatara participação dos jovens por-que dependemos das novasgerações para preservarmos edivulgarmos a cultura japone-sa na região”, explica. | pág 3
Associação Cultural e EsportivaAtlântico quer retomar atividades
COMUNIDADE
Fachada da Associação Cultural e Esportiva Atlântico, que está comemorando 50 anos de fundação: entidade quer retomar atividades
DIVULGAÇÃO
Jornal Nikkei inaugura novas seções
RESTAURANTES
Todos os sábados, o Jornal Nikkei vai brindar os leitores com a seção Restaurantes. Dicas,receitas, informações e prestação de serviços numa linguagem ágil e dinâmica são os nossosingredientes. Para inaugurar, apresentamos o restaurante Kinoshita. Comandada pelo chefTsuyoshi Murakami, que recebe os clientes num ambiente diferente e aconchegante, a casaoferece o que há de melhor em pratos típicos japoneses. “Tem de emocionar para o clientevoltar”, diz um sempre bem-humorado Murakami. | pág 5
TV
Com formato de revista eletrônica, estréia no próximo dia 10, na Band, o programa OKTV. Apresentado pelo ator Kendi Yamaie pelo locutor Mario Ikeda, o programa aposta numa linguagem descontraída e muito humor, sem deixar de lado a informação.Quadros como Perdidos na Selva, Balada JP, Bakatare, Hi-Tech e Bicão, em que os apresentadores visitam uma família debrasileiros no Japão a pedidos dos telespectadores, são algumas das atrações. | pág 8
OKTV estréia na Band no próximo dia 10
Em sua 26ª edição, a Exposição de Nishikigoi acon-tece este ano na Rua Pedroso, a 100 metros do me-trô Liberdade. Organizado pela Associação Brasilei-ra de Nishikigoi, o evento reunirá cerca de 250 car-pas de diversas variedades. Segundo o presidente daentidade, José Fabio de Moura, o objetivo da exposi-ção é divulgar a cultura do Nishikigoi entre os nãodescendentes de japoneses. | pág 8
LAZER
Exposição de carpasacontece em novo endereço
26ª Exposição deve reunir cerca de 250 carpas
Com lançamento previsto para o dia 7 de junho, olivro “Tênis de Mesa” aborda, em 13 capítulos, fun-damentos, histórias, regulamentos e até aspectos psi-cológicos da modalidade. Organizado por WelberMarinovic, Cristina Akiko Iizuka e Kelly TiemiNagaoka, o livro é considerado por especialistas comoum dos mais completos do gênero já publicado noBrasil. | pág 7
TÊNIS DE MESA
Publicação aborda aspectospráticos da modalidade
Welber e Cristina ajudaram a organizar o livro
A menos de uma semana do início da Copa do Mun-do da Alemanha, o Jornal Nikkei entrevistou a fa-mília de um brasileiro que é destaque na Seleção Ja-ponesa. Wilson dos Santos e Maria das Graças, paisdo ala Alessandro Santos, mais conhecido como“Alex”, estão em contagem regressiva para embar-car para Alemanha e conferir de perto o desempe-nho do filho.| pág 7
ESPORTES
Família de Alex está emcontagem regressiva
O brasileiro naturalizado Alex é destaque no Japão
ASSINE AGORA
(11) 3208-3977
2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006
P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka
A Associação dos Nikkeisno Exterior está com inscri-ções abertas para o “ProjetoRealização do Sonho”, umaoportunidade de bolsa de es-tudos para jovens descenden-tes de japoneses. O programavisa o desenvolvimento da so-ciedade local, e um maior ní-vel de entendimento entre oJapão e seu país de origem doparticipante.
São cinco vagas e podemse inscrever, até o dia 31 dejulho, aqueles que vivem naregião da América do Sul eCentral (Argentina, Bolívia,Brasil, Chile, Colômbia, Repú-blica Dominicana, México,Paraguai, Peru, entre outros),e os requisitos são: ser descen-dente de japoneses (nacionali-dade, escolaridade e experiên-cia no Japão não são requeri-dos), ter idade entre 18 e 35anos, ter recomendação deassociação nikkei local, inte-resse em adquirir conhecimen-tos especializados, para apóso retorno, aplicarem em seupaís de origem, interesse ematuar como um elo entre o Ja-pão e seu país.
Para a inscrição - São neces-sários curriculum vitae, reda-ção, plano de estágio, carta in-formal de consentimento de
ingresso (só para aqueles quejá tiverem a instituição de en-sino definida), atestado de saú-de, carta de recomendação daAssociação Nikkei, carta dejuramento e certificado de con-clusão de curso (ou de matrí-cula) com a devida tradução.Os modelos estão disponíveisno site www.jadesas.or.jp/k e n s h u / s c h o l a r s h i p /index_p.html.
Os documentos citados de-verão ser enviados, através docorreio, para a Associação dosNikkeis no Exterior, até o dia31 de julho. Deve se colocarna correspondência: 2-3-1,Shinko, Naka-ku, Yokohama-shi, Kanagawa, 231-0001, Ja-pão, JICA Yokohama 2F
“Kaigai Nikkeijin Kyokai /Nikkei Scholarship”.
Não serão aceitas inscri-ções através de fax ou e-mail.Os formulários podem ser pre-enchidos a mão ou no própriocomputador (pode-se digitar eimprimir, mas não é possívelsalvar o arquivo preenchido).
Algumas observações: osdocumentos acima podem es-tar na língua do país de origeme deverão ser fornecidos osoriginais dos seguintes docu-mentos (não serão aceitas có-pias):
Carta Informal de Consen-
timento de Ingresso, atestadode saúde, Carta de Recomen-dação da Associação Nikkei eCarta de Juramento. Se a es-cola não fornecer o certifica-do de Conclusão de Curso,pode-se apresentar uma cópiaautenticada do diploma. Nocaso de irregularidades ou fal-ta de documentos, a inscriçãopode ser recusada mesmo queeles sejam enviados no prazo.
Proficiência de língua japo-nesa: para Graduação, Pesqui-sa ou Pós-Graduação: equiva-lente ao nível 1 do Teste deProficiência da Língua Japo-nesa; para Escola Técnica:equivalente ao nível 2; e paraEscola de Língua Japonesa (oestagiário pode ter aulas dejaponês de seis meses a umano), pede-se o equivalente aonível 3 do Noryoukushiken.
O processo conta com trêsfases de seleção. A primeiraserá análise dos documentosno começo de setembro, a se-gunda, entrevista no começode outubro, e a terceira é oresultado final, divulgado emmeados de outubro. Será en-viado aviso de aprovação oureprovação para todos que seinscreverem. O resultado nãoserá fornecido através de ou-tros meios.
As instituições de ensino
não estão estabelecidas. Cadaum deverá escolher a sua en-tidade e efetuar a negociaçãopara a inscrição. As escolas dalíngua japonesa, no entanto,deverão ter a nossa indicação.
Instituições - Se a instituiçãoonde será realizado o estágio(pós-graduação ou graduação)a partir de 1º de abril de 2007estiver definida, apresentar a“Carta Informal de Consenti-mento de Ingresso”. Se não forpossível obtê-la até a inscrição,mencionar o nome da institui-ção pretendida no “Plano deEstágio”. Em ambos os casos,deve se apresentar o “Certifi-cado de Autorização de In-gresso” até o final de marçode 2007.
A partir de 1º de abril de2007, o bolsista passa a fre-qüentar escola de língua japo-nesa e nesse período deverá,por conta própria, realizar asnegociações para ingresso ouprestar os exames para a ins-tituição desejada. Se esta nãofor definida até o final demarço de 2008, a bolsa serácancelada.
Os bolsistas terão direito a:passagem aérea de ida e vol-ta, despesas escolares comotaxas de exames, aulas, matrí-culas e materiais didáticos de-
Associação inscreve até julho para programa de bolsa no Japãoterminados pela escola, subsí-dio para despesas gerais(¥130.000 por mês), subsídiopara habitação (aluguel até¥50.000 por mês/luva até¥200.000), passe escolar, se-guro médico (previdência mú-tua), etc.,despesas para parti-
cipação em estágios coletivos,congressos, etc.
A duração do programa éde no máximo cinco anos. Noentanto, em caso de repetênciaou violação dos princípios dabolsa, a mesma será cancela-da.
Fundada no início dos anos 60, a Livraria Fonomag (Rua da Glória, 242, tel.: 3104-3329) começou vendendo discos eem 1977 passou a comercializar livros. A segunda geração administra com otimismo o espaço, que hoje é especializadotambém em revistas e é muito freqüentado por jovens que gostam do desenho japonês, o “mangá” – o público japonês eseus descendentes é de 60% e dos não descendentes de 40%. Nas fotos abaixo, a freqüentadora Claudia Sayuri Yoshidae os funcionários Aparecida Fuziki, Keiko Ota e o gerente Joji Aso.
O bairro da Liberdade e suas lojas tradicionais japonesas (1)
Localizada no número 143 da Praça da Liberdade, a Livraria Sol (tel.: 3208-6588) existe há quase 50 anos e fica bem emfrente à estação do Metrô. No ínicio, o público era exclusivamente de japoneses e segundo a proprietária Mitie Urayama,ficou mais diversificado com a procura de livros de artesanatos, cerâmicas, origamis, etc. A proprietária Mitie Urayama,os funcionários Yukihisa Takayama e Toshiaki Tuskada e detalhes do estabelecimento (em sentido horário).
EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA.CNPJ 02.403.960/0001-28
Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP
Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 32085521E-mail: [email protected]
Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki
Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)
Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Cíntia Yamashiro, Juliana Kirihata e Gilson Yoshioka
Fotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka
Publicidade:
Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476
Periodicidade: quarta-feira e sábado
Assinatura semestral: R$ 80,00
E-mail: [email protected]
São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 3
No próximo dia 25, a co-munidade nipo-brasilei-ra de São Sebastião,
no litoral norte de São Paulo(distante cerca de 200 km daCapital), promete realizar umagrande festa para comemoraro cinqüentenário da Associa-ção Cultural e Esportiva Atlân-tico, único marco da presençajaponesa na região. A cerimô-nia terá início a partir das 9h econtará com a presença doprefeito Juan Pons Garcia(PPS), além de autoridadeslocais. A expectativa é rece-ber cerca de 300 convidados,incluindo caravanas de cidadesvizinhas como Caraguatatuba,Ubatuba e Ilhabela. A progra-mação prevê entrega de diplo-mas aos três fundadores ain-da vivos – Tetsuo Nagai,Sadaharo Kajiya e ShuzoMatsuyama –, celebração deum culto ecumênico, almoço eapresentação de atividadesculturais como danças folcló-ricas e show de taikô.
Até aí, nenhuma novidade.O que chama a atenção é o fatode a associação praticamenteter sucumbido ao tempo. A pon-to de o atual presidente, NiltonHonuma, filho de um dos fun-dadores da entidade, TakeshiOnuma, considerar o eventouma espécie de “divisor deáguas” de sua administração,iniciada em 2004. “O cinqüen-tenário será a nossa primeiraatividade após a retomada dasatividades”, confirma.
A preocupação não é paramenos. Fundada em fevereirode 1956, a associação contavacom departamentos de beisebol,sumô e tênis de mesa. “No auge,até a década de 80, chegamos areunir cerca de 130 famílias”,lembra Honuma, acrescentan-do que a fase áurea durou até omovimento dekassegui.
“Foi a partir daí que a asso-ciação começou a decair por-
que muitos filhos de imigrantesforam trabalhar no Japão e fo-mos obrigados a paralisar algu-mas atividades tal o processo deesvaziamento”, explicaHonuma, acrescentando que,“com a baixa freqüência de jo-vens a entidade passou a seradministrada pelos mais antigos,cerca de seis famílias, que nãosabiam como tocá-la”. “Asreuniões, muitas vezes, erammais um pretexto para encon-tros informais e não para deci-sões”, conta.
Dias melhores – Os eventostambém começaram a rarear.“Promovíamos apenas algumasatividades esporádicas. Até
COMUNIDADE/SÃO SEBASTIÃO
Associação Cultural e EsportivaAtlântico comemora 50 anos
mesmo as atas das reuniões nãoeram registradas”, comentaHonuma. Nesse período, a en-tidade só não entrou em panetotal graças ao fujinkai, que or-ganizava festivais anuais deyakissoba para arrecadar di-nheiro para a manutenção daassociação e, no início dos anos90, ao interesse dos associadospela prática de gatebol. “Foramesses dois departamentos quesustentaram a associação”,admite o atual presidente.
Em busca de uma luz no fimdo túnel, em 2004 os diretoreschegaram a conclusão que, paraevitar o fechamento da associ-ação, o ideal seria passar o bas-tão para as novas gerações.
“Mas não tão nova assim poisestávamos na casa dos 50, 60anos...”, corrige Honuma. “As-sim mesmo, faltava gente paracompor a nova diretoria. Con-sultamos um especialista na áreade contabilidade que nos orien-tou a reformular a associaçãocom a equipe que tínhamos”,disse, afirmando que a Associa-ção Cultural e Esportiva Atlân-tico “deve ser um dos únicos clu-bes nikkeis com frente para omar”.
Atualmente com cerca de30 famílias, a entidade esperapor dias melhores. “Por en-quanto, ainda estamosteorizando sobre o que podeser feito para garantir o futuroda associação. Uma delas é aregionalização porque tantoIlhabela, como Caraguatatubae Ubatuba enfrentam as mes-mas dificuldades, mas isso ain-da nem foi discutido. Outraidéia é atrair a participação dasnovas gerações para que elespossam preservar a cultura ja-ponesa”, ponderou Honuma,que não descarta apoio de ou-tras entidades nikkeis.
“Queremos ajuda sim, maso fato é que não podemos ofe-recer uma contrapartida. Hoje,nós temos que correr atrás detudo. Para falar a verdade,estamos de mãos atadas”, la-menta Honuma lembrandoque o primeiro registro da pre-sença de japoneses em São Se-bastião data de 1946. “As pri-meiras famílias que chegaramna região foi no pós-guerra eacabaram se isolando dos cos-tumes japoneses. Infelizmen-te, os filhos também se afas-taram e hoje estamos com di-ficuldades para resgatar nos-sas origens”, justifica.
A Associação Cultural eEsportiva Atlântico fica na Av.Emílio Granato, 5784 (Ensea-da). Tel.: 12/3892-1176.
(Aldo Shiguti)
ARQUIVO PESSOAL
Fachada da Associação Atlântico, que quase foi desativada...
... e hoje ressurge com atividades como o gatebol: dificuldades
Faltando quase doisanos para a comemo-ração dos cem anos de
imigração japonesa no Brasil,uma nova entidade começa ase movimentar visando os fes-tejos de 2008. A antiga deno-minada Ki-no-Kai tem agoraestatuto e diretoria. E tambémum novo nome: União Nikkeido Brasil.
A mudança aconteceu naAssembléia Geral realizada nodia 21 de maio, em que foi fei-ta uma votação entre os 50 as-sociados e a maioria achou queum novo nome destacaria maissua existência e atrairia maispessoas as suas atividades.“Queremos propagar muitacoisa. Ki-no-Kai significavasemear, crescer e desenvolveruma árvore que pudesse ge-rar flores, frutos e se enraizar,mas queríamos um nome parao futuro e que fosse em portu-guês”, conta o presidente YuhoMorokawa, eleito no último dia24 ao lado dos vice HachiroSato (para a coordenação),Keizo Nagatomo (tesoureiro),Keizo Tokuriki (relações públi-cas), Ryohei Kuwahata (pla-nejamento e desenvolvimento)e Katsuo Arai (área cultural)e do diretor superintendenteKatsutoshi Shinozaki.
A nova denominação pre-tende atingir novas gerações,“pensando no futuro, nos des-cendentes”, afirmou Kuwaha-ta, explicando que a troca sedeu em favor da maioria e emportuguês tem se também uma“melhor audição”.
Segundo o próprio presi-dente, a União Nikkei pode serdefinida como “uma associa-ção de pessoas interessadasem discutir assuntos da socie-dade nipo-brasileira”. E parafazê-la funcionar, a diretoria sereúne uma vez por semanapara discutir a situação e osproblemas da comunidade, asatividades do Bunkyo e o cen-tenário, um dos temas que le-vantou sua criação.
Histórico - A entidade nasceuhá cerca de três meses e cau-sou surpresa por se opor a al-gumas idéias da Associaçãopara Comemoração do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil. “O grupo era infor-mal e depois de várias discus-sões a nomeamos de Ki-no-kai. Estamos com 50 associa-dos-fundadores, e resolvemosformar uma entidade oficial,com estatuto e responsabilida-de jurídica, e dar-lhe uma novadenominação.”
A associação, no entanto,ainda não está registrada emcartório. Mas de acordo como vice-presidente Arai, “esta-mos na reta final, trocando idéi-as sobre o estatuto”, e preten-dem dar início à regularizaçãoaté a próxima semana.
Como ninguém se manifes-tou a assumir o cargo de pre-sidente no dia da assembléia,foi convocada uma reunião decaráter emergencial para umavotação secreta, e Morokawaatribui o fato de ter sido esco-lhido, entre outros motivos, porser o único nissei na diretoria.“Venho atuando entre os ami-gos e respeito muito os japo-neses. Houve dificuldade deelegermos um novo presiden-te, pois achamos que para de-senvolver atividades sócio-cul-turais deve se divulgá-las en-
tre os nisseis e sanseis”, anali-sou, comentando ser um car-go de grande responsabilidade.“Vejo que os isseis ainda têmmuita força, e nós precisamosdessa força. É importante con-gregar isso e receber apoio dosjovens, e me elegeram paralevar para frente essa entida-de. Nosso objetivo é muitogrande.”
Entre as idéias para os cemanos de imigração, estão a ins-talação de um relógio que mar-cará a contagem regressiva naPraça da Liberdade e a vendade produtos como camisetas ebonés com o logotipo da As-sociação para Comemoraçãodo Centenário, para que sejareconhecida a importância dadata. “Já entramos em conta-to com o Aurélio Nomura [ve-reador de São Paulo], queachou uma boa idéia, e preci-samos de patrocínio”, dizKuwahata.
E algumas propostas terãocomo finalidade suprir ativida-des que outras entidades nãorealizarão. “Vamos desenvol-ver atividades juntos com oCentenário [Associação paraComemoração, criada peloBunkyo para elaborar projetospara 2008], ajudar de algumaforma, independentemente.Uma atividade que talvez elesnão consigam fazer, vamosrealizar dentro de nossa força.Primeiro precisamos trocaridéia com eles”, afirmava Mo-rokawa em visita ao JornalNikkei na semana passada,antes do encontro com o co-ordenador geral da associaçãoque lidera os festejos em SãoPaulo, Reimei Yoshioka. Nãoera a primeira vez que fariamcontato com a Associação,mas agora o motivo do com-promisso agendado seria para“trocar idéia sobre o que cadaum pode ajudar”. “Vamos paradizer que somos uma entidadeformada com nova diretoria.Já formos lá uma vez e trêsrepresentantes deles tambémvieram na nossa reunião, quan-do inauguramos o escritório –localizado na Liberdade.”
Centenário - Em entrevistapor telefone, Yoshioka disse terrecebido a visita por ser edu-cado. “Vi o que tinham a colo-car e falei que quando tiveremuma associação criada legal-mente aí vamos conversar.Parecem ser de boa vontade,pelo menos demonstram isso,mas não precisam criar novaentidade, basta se associar ànossa”, sugeriu. “Seria maiscoerente, não?”
Ele conta que hoje a Asso-ciação tem cadastradas entre120 e 130 entidades nipo-bra-sileiras distribuídas pelo País,e que colaboram ou desenvol-vem projetos próprios para ascomemorações.
Para o coordenador, o gru-po, quando chamado Ki-no-Kai, “não contribuiu positiva-mente no passado, por coloca-rem empecilhos em todas asoportunidades”, e não vê comseriedade a nova mudança.Por outro lado, a União Nikkeido Brasil objetiva se fortalecere para isso quer congregarmais simpatizantes. “Quere-mos convidar mais interessa-dos a se associarem, para ter-mos uma união”, evocaHachiro Sato, um dos vice-pre-sidentes.
CENTENÁRIO 1
Ki-no-Kai muda denominaçãopara União Nikkei do Brasil
Yuho Morokawa (centro), com membros da União Nikkei
JORNAL NIKKEI
Um encontro de cer-ca de uma hora, no fi-nal da tarde do último
dia 25 de maio, na sala da pre-sidência da Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa, re-sultou num compromisso for-mal da intenção de unir as for-ças das lideranças paranaen-se e paulista em prol das co-memorações do Centenário.
Esse foi o principal resulta-do do encontro entre o profes-sor Kokei Uehara, presidenteda Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e da Asso-ciação para Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil e o deputadoestadual Luiz Nishimori, pre-sidente da Liga-Aliança Cul-tural Paranaense. Participa-ram ainda do encontro: TakumiShimada e Seichi Kamiguchi(ambos integrantes do Conse-lho de Honra da Liga-AliançaCultural Paranaense), NicolauHirata (vice-presidente daLiga-Aliança), Takanori Sekine(vice-presidente do Bunkyo),Reimei Yoshioka (vice-presi-dente do Bunkyo e coordena-dor geral da Associação doCentenário), Nagato Hara (1º.tesoureiro e assessor da coor-denação geral da Associaçãodo Centenário) e EduardoNakashima (secretário admi-nistrativo do Bunkyo).
Nishimori relatou que, noúltimo mês de janeiro, foi rea-lizada a unificação de duas tra-dicionais entidades: a LigaDesportiva Norte-Paranaensefundada há 59 anos e a Alian-ça Cultural Brasil-Japão do
Paraná, criada há 38 anos.“Decidimos juntar as duas en-tidades com a finalidade depotencializar nossas forçaspara as comemorações doCentenário da Imigração Japo-nesa”, explicou. “Só que asminhas atribuições como pre-sidente dessa nova entidadeestão terríveis”, ressaltou, afir-mando que, com a unificação,“durante o ano são cerca de110 eventos culturais, esporti-vos e educacionais; ou seja, acada três dias está acontecen-do um evento”.
Mas, independente dessasquestões locais, Nishimori afir-ma que é grande a expectativapara o Centenário e que há maisde um ano a Comissão Organi-zadora vem trabalhando e jádefiniu “o esqueleto” das ativi-dades e a “sua execução sefortalece com a unificação daLiga e da Aliança”, garantiu.
Encontro no Bunkyo – Oencontro entre os represen-tantes da Liga-Aliança Cultu-ral do Paraná e os represen-tantes do Bunkyo de São Pau-lo e Associação do Centená-rio transcorreu num climaameno e fraternal.
“São Paulo tem o maior con-tingente de descendentes dejaponeses e, portanto, quere-mos desenvolver um trabalhode parceira com vocês”, afir-mou o deputado Nishimori. Ex-plicou que, “com o compromis-so formal de parceria, preten-demos levar essa proposta paraoutras lideranças do Paraná.Acredito que vamos estar jun-tos mais uma vez e crescer, jun-tos, em todos os sentidos”.
Durante o encontro, o pre-sidente Kokei Uehara de-monstrou muita satisfação coma possibilidade de ações con-juntas. “Assim, teremos
Entidades de São Paulo e do Paranáunem forças em prol das comemorações
CENTENÁRIO 2
Aperto de mãos entre Nishimori (à esq.) e Uehara sela a união de forças em prol do Centenário daImigração. Em pé, da esq. para dir., Sekine, Hara, Yoshioka, Shimada, Kamiguchi, Hirata e Nakashima
chances, por exemplo, de es-tabelecer um calendário co-mum de atividades, respeitan-do as necessidades e manifes-tações das regiões. Caso ve-nhamos a receber a esperadavisita de um representante dafamília imperial do Japão, te-remos mais facilidades paraorganizar a recepção”, enume-rou. “É vantagem para todomundo”, avaliou.
Proposta selada com calo-roso aperto de mão, o presi-dente Uehara aproveitou parafazer uma reivindicação.“Queria que o pessoal doParaná nos ajudasse a desen-volver o nosso projeto de re-gistro da história oral”, afirmou,pedido imediatamente aprova-do pelo presidente Nishimura.“Queremos registrar não so-mente a história dos proemi-nentes, mas do maior númerode pessoas, famosas ou não”.
JORNAL NIKKEI
4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006
“A ampliação do JornalNikkei acontece em um mo-mento propício com a proximi-dade das comemorações doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil. Creio que suaatuação, unindo os jovensnikkeis e os admiradores dacultura japonesa, intensificaráainda mais o intercâmbio en-tre o Japão e o Brasil. Desejosucesso em suas atividades”
MasuoNishibaya-shi, cônsulgeral doConsuladoGeral doJapão emSão Paulo
“Às vésperas de comemorar oCentenário, este será um dosprimeiros e, com certeza, dasmais significativas homenagensque receberá a comunidade.Graças ao seu descortínio ecoragem, finalmente teremosuma publicação impecável so-bre o que fazem os nipo-brasi-leiros, e suas aspirações e so-nhos, suas realizações e feitos.Num mundo globalizado, quemtem a informação tem tudo, eesta mudança vem suprir a ca-rência que a comunidade japo-nesa tem, de informações so-bre o acontece com ela aqui eem outros Estados e países.Receba, então, o mais caloro-so abraço, assim como a con-vicção de que o novo JornalNikkei irá ocupar um lugar dedestaque, merecido por sua his-tória pessoal de inovações e re-
alizações pi-oneiras”UshitaroKamia,vereadorde SãoPaulo peloPFL
“Acho importante manter aparte em japonês intacta e au-mentar em português para sedivulgar a cultura, os eventosda comunidade, porque cadavez mais as famílias são inter-raciais, e, em alguns casamen-tos, algumas pessoas lêem emjaponês e outras não. Na co-munidade ocidental tambémhá muitos interessados nessacultura e o jornal é o meiomais acessível, pois é maisbarato que uma revista, e maissimples que a literatura. As re-dações dos jornais em japo-
nês e português atuam inde-pendentemente, mas é impor-tante uma ponte entre elaspara quem está aprendendo alíngua ter uma tradução emportuguês para acompanhar oaprendizado”Takashi Fukushima,artista plástico
“Sou admirador do JornalNikkei, que é a publicação dogênero de maior circulação noPaís. Acredito no potencialpara aumentar o número depáginas para as comunidadesjaponesa e brasileira. Informaçõesa mais são sempre bem-vin-das para nós, que estamos noBrasil, e para os dekasseguisno Japão. O jornal está seantecipando ao Centenário, epoderá atender à sede de in-formações dos jovens e dosidosos também. Dois anos
passam rá-pido”LuizYabiku,vereadorde Campi-nas peloPDT
“A iniciativa do JornalNikkei, uma conceituada pu-blicação da comunidade nipo-brasileira que acompanho háanos, vem ao encontro dasatuais necessidades dosnikkeis. A cada ano que pas-sa, o número de pessoas quedominam a língua japonesa di-minui, devido ao falecimentodos imigrantes. Tentar atingir osdescendentes é uma forma degarantir não só a continuidadedas tradições nipônicas, comotambém a ligação das novas ge-rações com suas raízes”
WalterIhoshi,empresárioe vice-presidenteda Associa-ção Co-mercial deSão Paulo
“Acho uma ótima idéia, era oque estava faltando para a co-munidade. Com o aumento donúmero de páginas, as infor-mações vão ser mais detalha-das, e a abrangência de assun-tos vai ser muito maior”Jorge Kishikawa, funda-dor do Instituto Niten
“À medida que o tempo passa,o número de descendentes quenão sabe bem o idioma aumen-ta. Além disso, nossos ditchanse batchans precisam acompa-nhar as notícias do dia-a-dia noBrasil e no Japão. Por isso, amedida foi acertada”
JorgeOtsuka,presidenteda Confe-deraçãoBrasileirade Beise-bol eSoftbol
“Vejo a iniciativa com bonsolhos porque me parecia que ointeresse da comunidade pelosjornais havia diminuído. Achoque será possível reverter essequadro, principalmente para osjovens, que estão acostumadosa uma quantidade maior de in-formações. As ações do Jor-nal Nikkei vêm conseguindocobrir todos os assuntos da co-munidade e, assim, contribuir
para a socie-dade”VictorKobaya-shi, presi-dente doInstitutoPauloKobayashi
“As matérias do jornal sãomuito interessantes. Acreditoque se a qualidade for mantida,o aumento do conteúdo do jor-nal é bem-vindo”Luiz Fernando da Silva,presidente do SeinenBunkyo
“Informação é um compro-misso ético. Acho que é mo-tivo de aumentar o conheci-mento por meio da leitura dejornais. Parabenizo a todos doJornal Nikkei e desejo mui-to sucesso!Hiroyuki Minami, secretá-rio de Planejamento eTecnologia da Informaçãode São Bernardo
“Eu não tenho dificuldadescom o idioma e, por isso, o au-mento do número de páginas,tanto em japonês quanto emportuguês, será muito provei-toso para mim”
OlívioSawasato,presidenteda Federa-ção Paulis-ta deBeisebol eSoftbol
“Parabéns a todos do JornalNikkei. Acredito que o au-mento de leitores pode trazerum maior interesse das empre-sas japonesas para o jornal epara o País”Hirofumi Ikesaki, empre-sário e presidente daAssociação Cultural eAssistencial da Liberdade
“Vivemos uma fase de tran-sição do uso do idioma japo-nês para o português. A mai-oria dos descendentes não lêos kanjis, mas é importanteque tenham acesso a infor-mações a respeito da comu-nidade. O acesso a um jornalmais incrementado pode in-centivar as pessoas a apren-derem o idioma e a culturajaponesa”Hugo Kawauchi, empresá-rio e ex-presidente daAssociação Brasileira deCulinária Japonesa
“O aumento de matérias vaitrazer um maior interesse doleitor. O jornal vai trazer no-tícias mais atualizadas, alémde fazer uma cobertura maisaprofundada da agenda cul-tural da cidade. Para nós, daUPK, a divulgação dostaikais de karaokê será maiscompleta”
Luis Yuki, presidente daUnião Paulista de Kara-okê
“O Jornal Nikkei já contacom bons artigos. Com asmudanças, o veículo deve ga-nhar uma nova diagramaçãotambém, o que facilitará aleitura”
Teruo Makio, presidenteda Aliança Cultural Brasil-Japão
“É com grande satisfação vero Jornal Nikkei atender an-tiga reivindicação dos seusleitores que não lêem kanjis,mas querem ficar a par doque acontece na comunida-de nikkei. O aumento de nú-mero de páginas em portu-guês vem ao encontro de nos-sas necessidades. Cumpri-mentando o pessoal da reda-ção, faço votos de muitosêxitos com a nova edição”
Shigueyuki Yoshikuni,jornalista e colaborador deLins (SP)
“Mais espaço para o jornalis-mo nipo-brasileiro em portu-guês. Essa é uma conquistamuito importante para nós, lei-tores interessados em assun-tos do Japão e da comunida-de, mas analfabetos em japo-nês. Por isso, estou na primei-ra fila da torcida para que tudodê certo. Parabéns”
Célia Oi Abe, jornalista ediretora do Museu Histó-rico da Imigração Japone-sa no Brasil
“Eu acho importante aumen-tar as páginas em portuguêssobre a comunidade japonesaporque cada vez mais o núme-ro de pessoas que lêem em ja-ponês está diminuindo”
Roberto Okinaka, artistaplástico
Os primeiros imigrantesque aqui desembarcaram dei-xaram os funcionários daHospedaria dos Imigrantesperplexos. A organização, orespeito, a honestidade e osentimento comunitário os di-ferenciavam da grande mai-oria dos outros que por alipassaram.
Hoje, os filhos, netos, bis-netos e até tataranetos des-tes imigrantes são parte inte-grante e participativa da so-ciedade brasileira. Influenci-aram a formação cultural,social e econômica do Brasildas mais diversas formas. Emcidades tão próximas e tãodistantes como Mogi das Cru-zes (SP) e Tomé-Açu (PA),Curitibanos (SC) e Brasília(DF), Campo Grande (MS) eRio de Janeiro (RJ) ou SãoGotardo (MG) e Londrina(PR) os nikkeis gozam de boareputação e reconhecimentopelo seu trabalho, herança dospioneiros.
Em 1998, com a fusão dedois dos principais jornais delíngua japonesa editados noBrasil, o Jornal Paulista,fundado em 1947, e o DiárioNippak, em 1948, surgiam oNikkey Shimbun e o Jornaldo Nikkey.
Naquele ano, o movimen-to dekassegui estava comgrande força; a Seleção Bra-sileira de futebol, comRonaldo e companhia, acaba-va de perder a Copa do Mun-do para a França; FernandoHenrique Cardoso tentava areeleição e o Centenário daImigração Japonesa era ain-da uma realidade distante.
Os anos se passaram e asmudanças tornaram-se inevi-táveis. Sinais dos tempos.
Não foram apenas oitoanos que ficaram para trás.Muitas coisas aconteceram.Algumas mudaram o curso
da história enquanto outraspermaneceram as mesmas, eaí, para o melhor ou para pior,de acordo com o ponto de vis-ta de cada um.
O movimento dekasseguiestagnou; o Centenário é umarealidade cada vez mais pró-xima; Lula, um presidente dachama esquerda, busca a re-eleição e, mais uma vez, es-taremos torcendo pela Sele-ção Brasileira na Copa doMundo da Alemanha.
Novas realidades que nosfizeram refletir sobre a neces-sidade de um jornal que cum-prisse, efetivamente, o papelde integrar a comunidadenipo-brasileira, comunidadecada vez mais miscigenada ecarente de informações. Umjornal que não apenas apre-sentasse as notícias, mas queinteragisse com os leitores etrouxesse uma nova realida-de para a imprensa nikkei.
Assim, o JORNALNIKKEI surge com o papelprincipal de suprir esta lacu-na na comunidade. Notician-do e interagindo, assumimoso compromisso de trazer in-formações sobre economia,política, esportes, artes, cul-tura, atividades da comunida-de no Brasil (seja nas maisdistantes regiões) e no Japão,de maneira objetiva e impar-cial, virtudes que sempre nosacompanharam em quase 60anos de história.
Essa mudança, no entan-to, não seria possível semnossos parceiros, colaborado-res e amigos. Por isso, todosque nos acompanharam nes-sa longa trajetória estão con-vidados a seguir juntos nessanova empreitada, com a cer-teza de que teremos o objeti-vo de integrar e participar ati-vamente de nossa comunida-de e que faremos jus à he-rança de nossos ancestrais.
EDITORIAL
Comunidade nipo-brasileira elogianovo projeto gráfico do Jornal Nikkei
MÍDIA
Na quinta-feira (1º),foi realizada a tercei-ra reunião para a dis-
cussão do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil queteve, além da comissão orga-nizadora, a participação de re-presentantes do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa), do Enkyo (Bene-ficência Nipo-Brasileira deSão Paulo), da Câmara de Co-mércio e Indústria Japonesa noBrasil, do Kenren (Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão no Brasil) e daAliança Cultural Brasil-Japão.Na sexta-feira (2), ReimeiYoshioka e Kagetaka Toyama,respectivamente, coordenadorgeral e porta-voz do Comitê,convidaram a imprensa nipo-brasileira para um segundoencontro informal que serviupara relatar os assuntos empauta.
Segundo Yoshioka, o atualembaixador do Japão no Bra-sil, Takahiko Horimura deixa-rá o cargo em julho, devido aopedido do Ministério das Re-lações Exteriores. “Ele era ummembro ativo, que enfatizavamuito a participação dos jo-vens. Além disso, já tinha sidocônsul em São Paulo e estavamuito à vontade no posto. Semdúvida, o impulso que o Cen-tenário teve deve-se muito aele”, diz Yoshioka.
A contratação de um secre-tário executivo foi outro assun-to em pauta. Yoshioka disseque o nome não foi decididoainda porque é necessário al-guém com fluência no idiomaportuguês, além da possibilida-de de “dedicação full-time aoprojeto”.
“Outra dificuldade para opreenchimento das vagas é porse tratar de uma função tem-porária, isto é, até 2008. Alémdisso, a pessoa deve ter conhe-cimento da cultura nipo-brasi-leira e, de preferência, da ja-ponesa também”, declarou o
coordenador. O cargo de co-ordenação financeira tambémtem o cargo vago, mas o pre-sidente do Hospital SantaCruz, Paulo Yokota se colocouà disposição para colaboraraté a escolha do nome defini-tivo.
O deputado estadual doParaná, Luiz Nishimori(PSDB), o vice e dois ex-pre-sidentes da Aliança CulturalBrasil-Japão do Paraná tam-bém estiveram presentes paraconfirmar a participação con-junta com a comissão do Cen-tenário, além das atividadesindependentes, como inaugura-ção de escola, faculdade e jar-dim japonês em Maringá (vejamatéria na página 3).
Yoshioka informou aindaque a Fundação Japão planejauma exposição de livros japo-neses, por enquanto, sem liga-ção com as comemorações doCentenário. Ressaltou, porém,que é possível que a data co-incida com o evento, o que se-ria mais um atrativo. Dissetambém que o jornal O Estadode São Paulo colocou seu au-ditório de 230 lugares à dispo-sição para a realização de se-minários e que o InstitutoManabu Mabe, que estava tra-balhando de forma indepen-dente, solicitou a participaçãonos projetos do Centenário.
Campanha – A agência depublicidade DPZ apresentoua logomarca do Centenário.Informou também sobre osoutdoors, alguns anexos nosjornais e o material a ser pu-blicada no Estadão. Além dis-so, a empresa informou que aRede Globo está disposta acolaborar com a divulgaçãoapós a Copa do Mundo. A TVCultura e a Bandeirantes tam-bém já manifestaram apoio.De acordo com Yoshioka, nãohaverá exclusividade para ne-nhuma TV.
(Gilson Yoshioka)
EM CIMA DA HORA/CENTENÁRIO
Associação lamenta saída doatual embaixador do Japão
São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 5
Com 63 anos de tradiçãoe um catálogo de mais de 70produtos alimentícios, aSakura entra no mercado desaquês nacionais com o DaitiEver. Produzido na fábricada Sakura, em São Paulo, abebida é feita à base de ma-téria-prima selecionada, im-portada dos Estados Uni-dos.
O Daiti Ever possui aro-mas florais e frutas secas dotipo avelã, com suavidadecomo característica predo-minante, devido à pureza dogrão com que é feito. “Du-rante a produção, o arroz élapidado para eliminar a pro-teína, já que o saquê é feito
a partir da fermentação ape-nas do amido. Nos EUA, obeneficiamento do arroz eli-mina 30% do peso do grão,que corresponde a 100% daproteína. No Brasil, o benefi-ciamento elimina apenas 30%do peso”, diz o consultor emsaquês, Michiru Sano.
Foram necessários trêsanos de trabalho para a cria-ção do novo produto. A em-presa pesquisou amostrasdas melhores matérias-pri-mas do Japão, China e EUAantes de definir o fornecedor.A demanda foi resultado depesquisas realizadas comproprietários de restaurantesorientais, bares, casas notur-
nas e consumidores finais.Cada vez mais, as pessoaspedem um sakê leve, asso-ciado a momentos de des-contração. Uma bebida queremeta à tradição orientalcom certa modernidade. Tan-to que os barmen passarama usar a bebida como basepara drinques, à exemplo dofrozen saquê e dasaquerinha, a caipirinha desaquê.
O Daiti Ever segue a ten-dência. É indicado para be-ber puro, frio (sabor de fru-tas exóticas misturado comflores), em temperatura am-biente ou quente, como man-da o costume milenar, este úl-
timo mantendo as caracterís-ticas da bebida, com sabormais cítrico (limão amarelo).
Já a inventiva saquerinhatambém é uma boa pedidapara o Daiti Ever, principal-mente quando mesclado comuva e kiwi. “No país, a cadadez garrafas de saquês, novesão vendidas na dose e umano varejo”, diz RobertoOhara, diretor de projetos daSakura, acrescentando quenos EUA e no Japão a bebi-da é consumida apenas pura,nunca em drinks.
Mercado – Segundo Ohara,o mercado de saquê no Paísdivide-se em três segmentos.
“A estimativa é que 15% sejaequivalente ao uso culinário,10% ao importado e 75% aonacional.” O Daiti Ever inau-gura a atuação da Sakura noterceiro e maior segmento desaquês do Brasil.A empresa já fabricava doistipos para uso culinário e im-portava outros dois, um dosEUA e outro do Japão, pro-duzidos sob encomenda.Todos já rotulados comoDaiti, marca criada nos anos80, que homenageia o Bra-sil no nome. Em japonês,Daiti quer dizer terra gran-de. Outra bebida que leva onome da empresa é o licorde umê (cereja japonesa).
Sakura entra no mercado de saquê nacional com o Daiti Ever
“Hai, Irasshai(mase)!” Edepois um “olá, tudo bem?”,responde o chef TsuyoshiMurakami ao cliente que nãoé japonês. Assim que vocêentra no restaurante, percebeum ambiente diferente e aco-lhedor. O tratamento busca serpersonalizado. O Kinoshitatem 30 anos de história, umahistória de família. E que co-meçou com Toshio Kinoshita(veja box), issei de 70 anos queaté hoje supervisiona e traba-lha na cozinha.
Do público, noventa por cen-to dos freqüentadores já conhe-ce o estilo e a comida locais.
Os outros dez por centopodem se assustar ao abrir aporta e ouvir alguém com umavoz alta, dando-lhe um boa-vin-da em nihongô. Se vão embo-ra, Murakami vai atrás e ex-plica que tudo está tranqüilo.“É interessante ver a reaçãode quem entra. Ele se sentenum ambiente japonês, semprecoloco uma música de fundo– de preferência jazz –, e te-mos também carta de vinho, omelhor café [o expresso itali-ano Illy]; quando você imagi-naria isso num restaurante ja-ponês?”, questiona.
Claro que não impede nin-guém que nunca tenha entra-do na casa de conhecer seucardápio ou provar o que eletem a oferecer, e criações quepodem ser do jeito que o chefmanda. Mas é preferível quese avise sobre a visita ao esta-belecimento da Liberdade portelefone. O menu degustaçãosai por R$ 150,00, com a re-serva um dia antes. “Faço umaviagem para ele, se quer umaexperiência diferente. Sousuperflexível, o cliente podedecidir os ingredientes e o res-to eu executo, porque ele medeu a responsabilidade.”
E então pode escolher sen-tar se ao balcão, nos tatamisou às mesas (na parte da fren-te ou na sala ao fundo). A ca-
pacidade, que antigamente erapara 50 pessoas, hoje acolhe40, para dar mais atenção acada um. Quando possível, elemesmo prepara o temaki e oleva até a mão do cliente. Ejunto, pode vir a explicação, decomo comer ou qual o segre-do do prato.
Dicionário - E tem mais.Para deixar a pessoa mais àvontade, há revistas japonesasà disposição encomendadas davizinha livraria Fonomag, numambiente com suas lumináriasjaponesas na parede, e um di-cionário Houaiss no canto dobalcão, se necessário consul-tar, para não haver dificuldadena comunicação, explicaMurakami.
Na parede do corredor, al-gumas placas de premiação:das revistas Veja São Paulo,Gula e Guia Josimar Melo.
Kinoshita alia pratos tradicionaiscom atendimento personalizado
Kinoshita obedece a linha tra-dicional da culinária japonesa,e no seu menu, claro, não po-dem faltar pratos como sushi,sashimi, teishoku, nabemono,teppanyaki, o forte karê. Asvariações do peixe e outrosfrutos do mar são: atum (daspartes akami, chutoro e toro),salmão, linguado, robalo, olho-de-boi, pargo, carapau, sardi-nha, cavalinha, camarão, pol-vo, lula e vieira viva.
Mas o chef chama maisatenção ao karasumi (ovas detainha) com daikon (nabo), queoferece a R$ 150,00 cada um.É algo especial, sofisticado,indica, de preparação própria.
“Em primeiro lugar vem aqualidade. Para comida, é cla-ro, tem de usar um bom pro-duto, mas o lado humano émuito importante.” Essa filo-sofia de atendimento e prepa-ro dos alimentos vem de boas
escolas. Tsuyoshi, que foi cri-ado no Rio, foi mandado pelopai para viajar e trabalhar fora.Ficou dois anos no Ozushi (Tó-quio), dois anos no ShabuShabu (Nova York) e mais doisno Kiyokata (Barcelona).
E voltou ao Brasil, mas paraficar em São Paulo. “Nós com-binamos muito bem, acho quefoi coisa do destino”, brinca ochef Tsuyoshi sobre a parceriacom o genro nesta aposta. En-quanto um abusa das risadas eperformances e do falar emportuguês, o pioneiro prefereadotar o japonês ao conversarcom alguém. E concordam emum ponto. Condimentos indus-trializados estão proibidos den-tro do Kinoshita. “A casa nãousa condimentos, é tudo natu-ral. Mudamos para orgânico etrabalhamos com amor”, de-creta Murakami. São dez pes-soas trabalhando na casa, en-
tre cozinha e atendimento.Uma intercalação de japo-
nês, português, espanhol e in-glês. A cada preparo de umnovo sushi, Murakami solta um“yes!”, não perdendo o ritmonem o humor. À pergunta dareportagem, uma brincadeira,ele confirma: “Sim, estudei te-atro, e gostaria de voltar.” Nãoprecisa, já exerce esse talentopor trás do balcão. Mas semencenação, todo seu compor-tamento é natural.
Entre uma conversa e ou-tra, Suzana Murakami trazia assobremesas. Primeiro, umatortinha de chocolate com tru-fa por cima. Segundo ela, ma-nufaturado com chocolate bel-ga, que é mais amargo, e emcuja massa, de boa consistên-cia, não vai farinha. Experimen-te com chá verde. Depois, doisdocinhos, de coco e chocolate,que derretem na boca. “Senti
que você gosta de chocolate”,adivinha ela, que nem apreciatanto o açúcar. “Na verdadenão gosto muito de doce, masadoro fazer sobremesa e nãosei de onde surgiu isso. Achoque é o prazer de ver a pessoadegustando”, afirma.
Um gohan macio e o pratoprincipal fica à sua escolha.Como diz o marido, “se sirvouma coisa, tem de fluir na co-mida”. “Tem de emocionar,para o cliente voltar.” Ao ter-minar a refeição, é hora de irembora. “Arigatou gozaimashi-ta”, agradece os proprietários.
(Cíntia Yamashiro)
RESTAURANTE KINOSHITARUA DA GLÓRIA, 168, LIBERDADE,SÃO PAULO
TEL.: 11/3105-4903 OU 3241-3586DE SEGUNDA A SÁBADO, DAS 11H30 ÀS
14H00 (ALMOÇO) E DAS 18H30 ÀS 22H00(JANTAR). ACEITA VISA E VISA ELECTRON.
O chef Tsuyoshi Murakami, do Kinoshita: “Tem de emocionar para o cliente voltar”
Legenda
MARCUS HIDE
R E S T A U R A N T E S
O Restaurante Kinoshitaestá completando 30 anos.Mas quando Toshio Kinoshitaveio ao Brasil, em 1961, pri-meiro foi trabalhar como bar-beiro, algo que já fazia emHokkaido, onde nasceu.
O talento que tem com asmãos era aproveitado numaprofissão bem diferente da deagora. “Fui barbeiro no Japão,vim de Hokkaido em 1961 etrabalhei aqui por 15 anos nes-ta área, no Salão Kinoshita,que já funcionou na GalvãoBueno, Conselheiro Furtadoe São Luis. E gostava de co-zinhar.” Por isso trocou deprofissão. “Tanto como a na-valha e a tesoura, a técnicapara afiar é igual à faca. Efaço isso com o mesmo sen-timento”, afirma o experien-te sushiman, que aprendeu acozinha na prática, com oscozinheiros que contratou vin-dos do Japão.
Quando abriu, em 1976, acasa estava instalada na RuaTomás Gonzaga. Hoje funci-ona na Rua da Glória, maispróximo à Praça João Men-
des, uma portinha de corrercom uma cortininha oriental eque tem ao lado seu nome emkanji. Pode imaginar. A inten-ção é fazer o cliente se sentirno Japão. “Hoje a clientela émais selecionada”, informa ochef Tsuyoshi Murakami.
Sobre a divulgação e“popularização” da cozinha ja-ponesa, com uma expansãoda ala contemporânea para asregiões de Pinheiros, Itaim-Bibi, Vila Olímpia, acha queisso dividiu o público.“Mesmoassim hoje atendemos muitagente de fora que vem presti-giar o Centro. Pois foi aqui quea história começou.” E contaKinoshita-san como era o res-taurante naquela época:“Lotado. Tinha muitos japone-ses chuzain [homens de ne-gócio que vinham trabalharaqui e traziam a família], o quediminuiu hoje, mas procuramossempre manter o sabor origi-nal do Japão.” E o genro diz oporquê: “prefiro o conceito na-tural de sabor, sem conservan-tes, porque quando não se usa,zera o paladar”. (CY)
De barbeiro a sushiman
Tsuyoshi Murakami ao lado de Toshio Kinoshita
6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006
O grupo Nagauta Haya-shi Kai desembarca noBrasil no dia 8 de ju-
nho para apresentações no Riode Janeiro, São Paulo, PortoAlegre e Mogi das Cruzes.Além do Brasil, o grupo seapresenta também na Argen-tina. Para esta temporada, ogrupo estará se apresentandocom 13 profissionais (cantores,instrumentistas e uma bailari-na) e tem como objetivo divul-gar a música Nagauta, cantoacompanhado de shamisen,originário do período Edo que,muitas vezes, acompanha aspeças de Kabuki.
Além de divulgar a músicaNagauta, o grupo pretendeaprofundar o intercâmbio comos apreciadores e praticantesde Nagauta no Brasil, ofere-cendo-lhes aulas práticas decanto e de shamisen.
Para esta temporada, o gru-po Nagauta Hayashi, traz can-tores, instrumentistas de sha-misen (espécie de alaúde de 3cordas), flauta, tamboris e ou-tros instrumentos de percus-são. No elenco, estão: KikuyuKatada, Kishun Katada,Kyoko Mochizuki, KikanKineya, Keiko Shiina Toon,Kazuko Sugiura Toon, entreoutros.
Ainda no elenco, está a bai-larina, Toyoo Fujima, que apre-sentará um número de bailadotradicional acompanhado dosmúsicos.
Programação – Serão exe-cutadas peças em sua formaintegral - com a presença deinstrumentos de cordas, depercussão e flauta - apresen-tações raramente vistas forado Japão. Na programação,números de canto e instru-mentos de Nagauta“Renjishi”, bailado tradicionalacompanhado de Nagauta“Miyako Furyu”,“Fujimusume”, “Tsurukame”,Nagauta “Kanjincho” e, fina-lizando o espetáculo,“Genroku Hanami Odori”,com bailado e acompanha-
mento musical reunindo todoo elenco.
Durante as apresentações,o grupo também estará fazen-do uma demonstração dos di-versos instrumentos, mostran-do sua forma de execução,timbre, ritmo, etc. Nessa par-te, detalhe para a demonstra-ção de efeitos sonoros do“Odaiko” (tambor grande),para representar os fenôme-nos da natureza no acompa-nhamento das peças deKabuki.
Na Capital – O espetáculoem São Paulo está programa-do para o dia 11 de junho, às15h, no Grande Auditório daSociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa (Bunkyo), Li-berdade. Nesse dia, além daapresentação do grupo, tam-bém está programada a parti-cipação especial das bailari-nas dos dois maiores estilos,Fujima e Hanayagi. Elas es-tarão participando na parterelativa aos bailados tradicio-nais (Nihon Buyo.
No dia 10 de junho, a partirdas 16h30, haverá umworkshop dirigido ao públicoinfantil, também no GrandeAuditório da Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa.
Além de virem e ouviremde perto todos os instrumen-
tos, as crianças terão a opor-tunidade de aprender os diver-sos ritmos dos instrumentosatravés de batidas de mão edo shoga (aprendizado da me-lodia e do ritmo por meio desílabas melódicas), e tambémpoderão experimentar tocar oshamisen.
O espetáculo do GrupoNagauta Hayashi no Kai doJapão é realização da Socie-dade Brasileira de Cultura Ja-ponesa (SP), Instituto Cultu-ra Japonesa da PUC (RioGrande do Sul), AssociaçãoCultural de Mogi das Cruzese Prefeitura Municipal deMogi das Cruzes e co-reali-zação do Instituto CulturalBrasil-Japão e Comissão deComemoração do Cinqüente-nário da Imigração Japonesano Rio Grande do Sul.
Conta com o apoio da Fun-dação Japão, Nagauta Wa-no-kai de São Paulo, FujimaCompanhia de Dança Kabuki,Kinryukai (Hanayagi), TakiyGraphics, Coral do Carmo deMogi das Cruzes, EntidadeEspírito Caritas, MMC-Metaldo Brasil Ltda, Maruichi Ltda,S.E.Alimentos Ltda.
Tem o apoio cultural doConsulado Geral do Japão emSão Paulo, São Paulo Shimbun,Nikkey Shimbun e Tomo-no-kai de Mogi das Cruzes.
A TURNÊ DO GRUPO NAGAUTA HAYASHI
NO KAI INICIA NO RIO DE JANEIRO, PAS-SANDO POR SÃO PAULO, MOGI DAS CRU-ZES, PORTO ALEGRE E BUENOS AIRES. EM
SÃO PAULO, ONDE O ESPETÁCULO SERÁ
BENEFICENTE, SERÁ COBRADA UMA COLA-BORAÇÃO DE R$ 10,00 (GRATUITO PARA
MENORES DE 6 ANOS). NÃO SERÁ COBRA-DA TAXA PARA O WORKSHOP, PORÉM, OS
PARTICIPANTES TERÃO DE SE INSCREVER
PREVIAMENTE.EM SÃO PAULO
DATA: 11 DE JUNHO, 15H
LOCAL: BUNKYO (RUA SÃO JOAQUIM,381 – LIBERDADE. TEL.: 11/3208-1755INGRESSO (COLABORAÇÃO): R$10,00WORKSHOP PARA CRIANÇAS:DATA: 10 DE JUNHO, 16H30LOCAL: BUNKYO
INSCRIÇÃO: A PARTIR DE 29 DE MAIO DE
2006, JUNTO À SECRETARIA DO BUNKYO
NÚMERO DE VAGAS: 50 , PARA CRIANÇAS
ENTRE 7 E 14 ANOS
ESPETÁCULO EM OUTRAS LOCALIDADES:RIO DE JANEIRO
DATA: 8 DE JUNHO, 18H
LOCAL: CENTRO CULTURAL E INFORMA-TIVO – CONSULADO GERAL DO JAPÃO NO
RIO DE JANEIRO (AV. PRES. WILSON,231, 15º ANDAR)
RIO GRANDE DO SULDATA: 15 DE JUNHO, 20H
LOCAL: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL (AV.IPIRANGA, 6681 – AUDITÓRIO DO
PRÉDIO 09 – PORTO ALEGRE)MOGI DAS CRUZES
DATA: 18 DE JUNHO, 20H
LOCAL: TEATRO MUNICIPAL DE MOGI
DAS CRUZES (R. DR. CORREA, 515 –MOGI DAS CRUZES
DANÇA
Nagauta Hayashi vem ao Brasilpara série de apresentações
Grupo desembarca no Brasil no dia 8 de junho para apresentações no Rio, Porto Alegre e São Paulo
DIVULGAÇÃO
Em seminário realizado naúltima quarta-feira (31) emBrasília pela comissão de Re-lações Exteriores e de DefesaNacional da Câmara dos De-putados e a Embaixada do Ja-pão no Brasil para discussãosobre parcerias econômicasentre Brasil e Japão, represen-tantes de ambos os países des-tacaram os pontos fortes e queainda devem ser trabalhadospara um melhor aproveitamen-to dos investimentos japonesesno Brasil.
Durante o evento, os parti-cipantes destacaram dois pon-tos cruciais para o futuro dasrelações econômicas e comer-ciais entre ambos os países. Oprimeiro, alentador para osempresários nacionais, é queo Brasil ocupa hoje a sextaposição entre os países quemais recebem se relacionamcom os japoneses na área co-mercial da América Latina. Jáo segundo ponto diz respeito àdificuldade encontrada para seconcretizar novos investimen-tos por parte dos nipônicos e oque se pode trabalhar paraagilizar futuros negócios.
De acordo com o represen-tante do Banco Internacionalde Cooperação Japonês(JBIC), Kan Bito, o valor deempréstimos do Japão nos úl-timos anos para o Brasiltotaliza US$ 2,427 bilhões, des-tinados a projetos de infra-es-trutura, energia e recursos na-turais, empresas japonesas eprojetos do Mecanismo deDesenvolvimento Limpo( C l e a n D e v e l o p m e n tMechanism - CDM) do proto-colo de Quioto.
Se para os japoneses o oti-mismo nos números apontauma melhoria para o futuro,
RELAÇÕES BILATERAIS
Seminário aponta otimismo deinvestidores japoneses no País
pelo lado brasileiro as princi-pais questões levantadas pelosparticipantes dizem respeito àações que poderiam contribuirainda mais na questão bilate-ral. Entre as medidas que po-deriam ajudar nesse relaciona-mento, o representante daConfederação Nacional da In-dústria (CNI) José AugustoFernandes defendeu a forma-lização de acordos de parce-ria econômica (EPA, na siglaem inglês). “O EPA é impor-tante para o Brasil porque oJapão é um país que tem de-manda para os produtos brasi-leiros”, disse Fernandes.
Já o vice-presidente daCâmara de Comércio e Indús-tria Japonesa do Brasil, TakaoOmae, foi temeroso na análi-se feita sobre as atuais rela-ções comerciais entre os doispaíses. Segundo ele, atualmen-te há uma tendência declinanteno fluxo de investimentos doJapão no Brasil, ressaltandoque os obstáculos ao ingressode novos investimentos japo-neses são a carga tributária, osgastos públicos, a baixa ofertade crédito e o grau de abertu-ra comercial. Para a revitali-zação dos investimentos japo-neses, o presidente da Câma-ra preconiza a proteção ao pa-trimônio intelectual; a raciona-lização de normas e padrões;a garantia de acesso ao mer-cado brasileiro dos bens de altatecnologia; a alteração das re-gras de investimentos com re-lação a riscos de desapropria-ção; ações para evitar abitributação; e transferênciasharmoniosas de recursos hu-manos. “Esse é o caminhopara o incremento das rela-ções entre os dois países noséculo 21”, concluiu.
Faleceu na quinta-feira emSão Paulo, aos 76 anos, um dosnomes que contribuíram parao desenvolvimento do beisebolno País, Issao Nishi. Nascidoem Bastos, o ex-presidente daFederação Paulista de Beise-bol e Softbol (FPBS) e quetambém foi diretor do DiárioNippak, Issao Nishi (1965-
1984) já estava hospitalizado.O velório, realizado na
quinta, e o enterro, na sex-ta, aconteceram no Cemité-rio de Congonhas, Capital.A missa de sétimo dia seráno dia 7 de junho (quarta-feira), às 19h30, na IgrejaSão Francisco de Assis, naRua Borges Lagoa, 1.209.
FALECIMENTO
Issao Nishi, ex-presidente daFPBS falece em São Paulo
Em um encontro periódicoque o cônsul geral do Japão emSão Paulo realiza com a im-prensa nipo-brasileira, MasuoNishibayashi destacou três te-mas de maior importância paradivulgar as atividades do Con-sulado nos últimos dias. Oanúncio dos novos condecora-dos a honrarias, a discussãosobre os crimes de dekasse-guis no Japão e a demora ainformar japoneses aqui resi-dentes sobre os ataques doPCC [Primeiro Comando daCapital] no Estado.
Na reunião do dia 25, eledivulgou os nomes dos home-nageados. A primeira a rece-ber tal prêmio foi a professoraEmília Ryoka Tanaka, 77, pre-sidente da Associação de Ike-bana Kado Iemoto Tatibana daAmérica Latina, pela sua“grande contribuição na divul-gação da cultura”. A cerimô-nia ocorreu na tarde da terça-feira (30), na residência oficialdo cônsul. As condecoraçõesdo governo japonês são direci-onadas a estrangeiros e japo-neses residentes no exterior etêm sido importantes para sepromover a relação bilateral.
Outros condecorados comojaponeses residentes no exteri-or são Chuyu Nakanishi, 95,que imigrou ao Brasil antes daguerra e atuou intensivamenteem associação regional de San-tos, já foi presidente do Kenren(Federação das Associações deProvíncias do Japão no Brasil)e apoiador das eleições japone-
sas no Brasil, e Jiro Nomura,82, diretor do Enkyo (Benefi-cência Nipo-Brasileira de SãoPaulo), nascido em Gunma eque “tem se dedicado a partesocial”. As cerimônias aconte-cem nos próximos dias 6 e 8,respectivamente.
Sobre a tumultuada sema-na de violência em São Paulo,o Consulado admitiu a demoraem enviar uma notificação aosseus contatos por e-mail, infor-mando sua visão sobre o fatoque ocorria. “Vínhamos acom-panhando desde sábado e re-latando a Tóquio esses acon-tecimentos. As informaçõeschegaram tarde, devíamos teratendido as pessoas antes.Mas nós também não sabíamoso que estava acontecendo, poishavia muitos boatos e tínhamosde verificar a veracidade dosfatos”, desculpou-se o cônsul.
Ele aproveitou a oportunida-
DIPLOMACIA
Para o cônsul Nishibayashi, crimes praticados por dekasseguisé um tema que preocupa as autoridades japonesas
de para apresentar o novo côn-sul do setor de segurança,Toshiaki Shimizu, no cargo háum mês. E tocando nesse tema,Nishibayashi abordou ainda so-bre a visita que recebeu do Ins-tituto de Direito ComparadoBrasil-Japão (IDCBJ), na últi-
ma semana, em que foram dis-cutidos os crimes cometidospor dekasseguis em terras bra-sileiras. “Estamos conversandosobre a possibilidade de umaextradição entre os governos.O Japão tem parceria com osEstados Unidos e a Coréia, masno Brasil tem o problema daConstituição – que não permi-te a entrega do criminoso aopaís. Uma solução mais realis-ta seria que o julgamento ocor-resse no Brasil, o que está sen-do discutido, mas na prática écomplicado”, lamenta.
Masuo Nishibayashi afirmaque o tema tem preocupado asautoridades japonesas e apa-recido na mídia local, já que onúmero de incidentes aumen-tou nos últimos anos. Foramregistrados, em 2000, 27 ca-sos; 56 em 2003 e as ocorrên-cias subiram para 86 no anopassado.
Nishibayashi (esquerda) durante encontro com a imprensa
JORNAL NIKKEI
A Toyota lançou no dia 1ºde junho uma nova campanhapublicitária nacional para oCorolla com o slogan “Meucarro é número 1. Corolla: pai-xão mundial”, assinada pelaagência Dentsu. A nova estre-la da marca é o ator RodrigoSantoro.
Com 10.258 unidadescomercializadas de janeiro aabril deste ano, o Corolla vemmantendo regularidade no mer-cado concorrido dos sedãs mé-dios. O objetivo da montadoracom esta nova campanha demídia é alavancar ainda mais asvendas do modelo. “Estamosmostrando ao consumidor bra-sileiro que o Corolla é um carroencantador, contemporâneo e
desejado, enfim, uma comprasegura, fator de decisão impor-tante neste mercado de cons-tantes mudanças”, afirma LuizCarlos Andrade Junior, vice-presidente sênior da ToyotaMercosul.
O Toyota Corolla é o carromais vendido na história da in-dústria automobilística mundi-al, com mais de 32 milhões deunidades vendidas. No Brasil,a Toyota começou a produziro Corolla em 1998 na cidadede Indaiatuba (SP). Em 2002,com investimento de US$ 300milhões na fábrica, o modelofoi apresentado em sua nonageração. Até hoje, já foramvendidas 170 mil unidades domodelo no País.
VEÍCULOS 2
Toyota lança nova campanhapublicitária do Corolla
O presidente mundial daHonda Motor Co., TakeoFukui, anunciou em Tóquio asestratégias e os investimentosglobais da empresa que terãoinício já no próximo ano e se-rão concluídos até 2010. En-tre as principais medidas es-tão a construção de novas fá-bricas no Japão, Estados Uni-dos, Canadá e Índia, o desen-volvimento de produtos comfoco na redução de emissão degases poluentes, bem como oincremento da produção emdiversas plantas.
A partir de 2007, a Hondainvestirá US$ 1,3 bilhão naconstrução e na ampliação defábricas na Ásia e na Améri-ca do Norte, o que incremen-tará a produção de automóveisem 30% no próximo triênio.
No Japão, na cidade deYorii, uma nova planta terácapacidade para produzir 200mil automóveis por ano. O in-vestimento de US$ 630 mi-lhões permitirá que os veícu-los sejam inteiramente fabrica-dos no novo pólo, inclusive osmotores. Quando a fábrica deYorii iniciar sua operação em
2010, a capacidade produtivada Honda japonesa passará de1,3 milhão para 1,5 milhão deunidades anuais.
Simultaneamente, a fábricade Saitama passará por um pro-cesso de modernização e abri-gará a mais avançada linha pro-dutiva da empresa, com a apli-cação das últimas tecnologiasdisponíveis para elevar a efici-ência e a qualidade. Juntas, asplantas de Yorii e Saitama fica-rão responsáveis pelo desenvol-vimento dos sistemas de pro-dução empregados nas outrasfábricas ao redor do mundo.
No Brasil, a ampliação dafábrica de Sumaré (SP), jáanunciada no final do ano pas-sado, fará com que a produçãoduplique até 2008, quando serãofabricados 100 mil automóveis.
Este conjunto de investi-mentos permitirá à HondaMotor Co. fabricar 4,5 milhõesde automóveis em 2010. Umincremento de 30% sobre oúltimo ano fiscal, encerrado nodia 31 de março, que registrou3,44 milhões de unidadesfabricadas nas Américas, naÁsia e na Europa.
VEÍCULOS 1
Honda anuncia investimentosglobais para o triênio 2007-2010
São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 7
Amenos de uma sema-na para a tão espera-da Copa do Mundo na
Alemanha, uma família emespecial se destoa das demaisquando o assunto é prepara-ção para a Copa do Mundo.Trata-se da família Santos, dacidade paranaense de Marin-gá, cujo filho é nada menos doque Alessandro “Alex” Santos,único brasileiro naturalizadojaponês que irá vestir a cami-sa do Japão na Copa.
Em meio à ansiedade emrelação à estréia da seleção ni-pônica na competição, marca-da para o dia 12 de junho con-tra a Austrália, os pais do atle-ta se preparam mais que de-pressa para assistir aos jogosdo filho “de camarote”, poisestão de malas prontas paraassistir aos jogos na própriaAlemanha, com direito a pas-sagens, estada e visitas ao paísda Copa. Tudo, claro, banca-do pelo filho pródigo que quersentir a presença afetuosa dospais durante a competição.
Para a mãe do atleta, Ma-ria das Graças Santos, a ex-pectativa quanto ao embar-que, marcado para quinta-fei-ra (8), é grande, principal-mente por ser um país “total-mente desconhecido”. “Pen-sávamos que toda a famíliairia ver os jogos do meu filhopela televisão. Mas, no come-ço do ano, quando o Alex es-teve por aqui de férias, nos deuuma grande surpresa ao con-vidar eu, meu marido e meusobrinho para viajar à Alema-nha e assistir aos jogos. Foium grande presente para nós,pois teremos a oportunidadede ver de perto ele jogando.No total, foram poucas as ve-zes que o vi jogando pela se-leção”, explica Graça emmeio a correria para arrumaras malas.
Mesmo sem saber se irãoencontrar com o filho – o Ja-pão, assim como os demais ti-mes, está concentrado emuma área inacessível –, o ca-
sal promete fazer de tudo paraconseguir dar um abraço deboa sorte antes da estréia ja-ponesa, além de entregar pe-quenas lembranças ao joga-dor. E vale de tudo: fitinhas deamarrar no pulso, santinhos eaté mesmo fotos da família.Tudo para deixar Alex maispróximo do contato com osparentes. “Quero que meu fi-lho entre em campo bem pro-tegido. Coração de mãe é as-sim né, nem sabemos se ire-mos encontrá-lo, mas de an-temão já estamos levando unsamuletos para que corra tudobem dentro de campo. E, cla-
ro, muitos presentes do Brasilpara ele matar um pouco dasaudade”, explica.
Enquanto a mãe se preo-cupa com o bem-estar do la-teral-esquerdo em campo, opai, Wilson dos Santos, mos-tra-se mais preocupado com ofutebol do filho. Ex-jogador, opai crê que Alex tem tudo paraestourar e ser considerado umdos melhores alas da competi-ção durante a Copa, além depoder levar o Japão às vitóriascom seus chutes fortes e cru-zamentos perigosos. “Acredi-to que o Alex tem um grandepreparo e técnica suficiente
para levar o Japão a uma gran-de competição. Semana pas-sada mesmo tive uma conver-sa com ele e dei alguns conse-lhos, como explorar mais a li-nha de fundo e trocar passes.Ele me assegurou que está100% e pronto para estrear”,diz ele, fazendo uma análisegeral da seleção japonesa.“Contra a Alemanha (amisto-so realizado no último dia 30 eque acabou empatado em 2 a2), os japoneses demonstraramum grande futebol, mas aca-baram cedendo o empate. Peloresultado, podemos sentir queo Japão pode ir longe.”
Família de Alex Santos embarca para a Alemanhapara conferir, ao vivo, a estréia da Seleção Japonesa
COPA DO MUNDO
Logo os amado-res do ping- pong te-rão um incentivopara levar o esportemais a sério. Dia 7de junho acontece olançamento do livroTênis de Mesa, orga-nizado por WelberMarinovic, CristinaAkiko Iizuka e KellyTiemi Nagaoka. 13capítulos abordamdesde o histórico atéos aspectos psicoló-gicos do esporte, in-cluindo fundamentose programação detreinos. Além dos or-ganizadores, 10 au-tores participaram doprojeto, o que expli-ca a variedade deassuntos. “Aproxi-madamente em2003, percebemos aescassez de materi-al escrito em português sobretênis de mesa, principalmenteabordando aspectos teóricosjuntamente com a parte práti-ca”, conta Cristina Iizuka, ex- atleta da Seleção Brasileirade Tênis de Mesa e tambémMestre em Ciências daMotricidade Humana.
O ex-jogador Marcos Ya-mada, hoje diretor técnico daADM Itaim Keiko, gostou doresultado. “É o melhor livrotécnico em português”, clas-sifica, mas diz que o livro “émais interessante para os já
praticantes do esporte”.Se depender das estatísti-
cas, isso não chegará a serum problema para as vendas.Segundo a CBTM (Confede-ração Brasileira de Tênis deMesa), aproximadamente 12milhões de brasileiros já jo-gam o ping- pong- como éconhecida a forma mais in-formal do tênis de mesa-,apesar do número de filiadosà Confederação estar em tor-no dos 5 mil.
Um dos capítulos desta-cados por Kelly Nagaoka é
o que trata dos as-pectos psicológicosna modalidade. Pra-ticante desde os seisanos, a jornalista che-gou a sofrer de ansi-edade durante os trei-nos, mas diz que, “setivesse lido sobre issoantes, não teria acon-tecido”. Para ela, o li-vro dá motivaçãopara o atleta.
Além de fotosilustrativas, Tênis deMesa também trazquadros explicativos,com dicas para ini-ciantes e treinadores.
Esporte democráti-co - Segundo MarcosYamada, ninguém ébaixinho nem alto de-mais para praticar otênis de mesa. “Nãotem biotipo necessário,
qualquer um pode jogar”, diz oex-comentarista da ESPN.Para ele, a idade ideal para secomeçar no esporte é por vol-ta dos seis anos, e explica: “Co-meçamos a treinar com ativi-dades lúdicas”.
Yamada aponta, ainda, ou-tras vantagens do esporte:“Não há violência, porque nãohá contato físico. Além disso,toda família pode jogar, até osavós, então integra a família”.
Na divulgação do esporte,o baixo-custo também é impor-tante. As raquetes mais cobi-
Unhas e gargantas – Contu-do, uma dúvida que paira noar quando se fala de familia-res e mesmo jogadores brasi-leiros atuando com camisas deoutras seleções é: como rea-gir quando os jogadores enfren-tam a própria seleção de seupaís natal, como no caso deAlex? Segundo o próprio joga-dor, o profissionalismo vem emprimeiro plano. “Sou profissi-onal e vou fazer de tudo paradefender a seleção do Japão.Claro que é difícil jogar contrao país que você nasceu, mas,a partir do momento que menaturalizei, sou um japonês”,definiu ele antes do início dostreinamentos quando ainda es-tava no Brasil, confirmandoque o jogo contra o Brasil, nodia 22 de junho, não será tãoespecial quanto o a grandemaioria imagina. “Tem todoesse lado de rivalidade, mas,para mim, será um jogo comoos demais. São desafios que agente tem de conviver. Sabe-mos que o Brasil tem o melhortime do mundo, mas os japo-neses estão preparados paraenfrentar qualquer seleção.”
Se para o jogador tal ques-tão está bem resolvida, para ospais de Alex o mais que espe-cial jogo entre Brasil e Japãotambém terá somente uma tor-cida: na hora do jogo, todos vi-ram japoneses, independente dojogo ser contra australianos,croatas ou brasileiros. “Sou bra-sileira, mas tenho um filho quejoga hoje pela seleção japone-sa, então, nada mais natural doque torcer para ele. Inclusive,vou ficar na torcida do Japão ecomemorar todos os gols dotime. Mesmo contra o Brasil”,frisa Graça, arriscando um pal-pite para o jogo entre japone-ses e brasileiros: “Vai ser 0 a0. Apesar de ser brasileira egostar muito do time, acreditoque o Japão não irá dar molepara o Brasil. Hoje eles têmum time muito bom. O próprioAlex já me falou que estãoconfiantes, principalmente por
TÊNIS NA MESA
Publicação aborda aspectos teóricos e práticos da modalidade
Quando o assunto é tênisde mesa, um dos nomes maislembrados é o de CláudioKano. O atleta brasileiro foiganhador de inúmeros títulosbrasileiros e tetracampeãopor equipes nos jogos Pan-Americanos. “Ele era umafigura extraordinária, muitobrincalhão e extrovertido”,conta Kelly Nagaoka, ex-atleta da seleção brasileira detênis de mesa, que chegou atreinar com Cláudio. O mesa-tenista, que participou váriosmundiais, ficou em 6º lugar naCopa do Mundo de 1989. Jo-gou também nas olimpíadasde Seul, em 1988, e nas deBarcelona, em 1992. Classi-ficado para as Olimpíadas de1996, Kano sofreu um aci-dente de moto às vésperas de
sua viagem à Atlanta.Deixou uma lacuna não só
naquela olimpíada, mas emtodos os outros campeonatosque poderia ainda ter partici-pado. O acidente foi fatal.
Para um de seus principaistreinadores, Maurício Kobaya-shi, atualmente técnico da Se-leção Brasileira Infantil de Tê-nis de Mesa e de São Bernar-do do Campo, “Kano era bas-tante dedicado, treinava firme”.Ele diz que, na época, foi umaperda muito grande.
Cláudio Mitsuhiro Kanoganhou 12 medalhas em Pan-Americanos, 7 delas de ouro.Existem atletas hoje que seigualam a Kano? A resposta,pelo menos do professor Ko-bayashi, é: “Por enquanto não”.
(JK)
10 anos sem Cláudio Kano
ter o Zico como técnico.”Como última mensagem
antes do embarque, dona Gra-ça afirma que o principal con-selho para as mães de jogado-res que também irão à Alema-nha é tentar manter a calma,mesmo que isso custe as unhase a garganta. “Com certeza vouroer muito as minhas unhas. Jáfico assim quando assisto pelatelevisão, imagina ao vivo ven-do meu filho jogar. Contudo, eudou um conselho para todas asmães de jogadores: fiquemdespreocupadas porque todoseles vão para lá muito bem pre-parados. Uma oração tambémajuda muito para proteger con-tra lesões ou jogadores maldo-sos. De resto, é torcer e vibrarcom os gols”, finaliza.
Perfil - Alex nasceu em Ma-ringá e despontou como joga-dor de futebol atuando nas di-visões de base do Grêmio deEsportes Maringá. Curiosa-mente, o jogador é filho do tam-bém ex-atleta Wilson Capeta,que atuou por vários anos nalateral direita do extinto timemaringaense.
Selecionado por olheirosjaponeses que vieram ao Bra-sil em busca de novos talen-tos, Alex chegou no Orienteem 1994, aos 17 anos, para jo-gar no time do Shizuoka´sMeitoku Gijuku. Três anos de-pois foi descoberto peloShimizu S-Pulse. Em 1999marcou 10 gols e foi eleito omelhor jogador da liga japone-sa. Em 2002 pediu cidadaniajaponesa e disputou dois jogosda Copa do Mundo.
De lá para cá já atuou peloselecionado japonês em 66partidas, marcando cinco golse se revelando um dos princi-pais atletas no esquema táticomontado pelo treinador brasi-leiro Zico. Para a Copa, o la-teral é uma das armas no meiocampo japonês, justamente porarticular jogadas com os mei-as e chegar com facilidade àlinha de fundo.
çadas passam dos 600 reais,mas há modelos de todos ospreços. Para Kelly, uma dasorganizadoras do livro Tênis deMesa, a popularização tam-bém depende de exemplos:“Para difundir o esporte, pre-cisa ter grandes atletas, espe-lhos”. O treinador, hoje repre-sentante de uma marca de pro-dutos para tênis de mesa, aButterfly, diz que um meio deincentivar as pessoas a come-çarem a treinar é através dedemonstrações. “Quem vê ficaimpressionado”, afirma.
(Juliana Kirihata)
LANÇAMENTO DO LIVRO TÊNISDE MESA, PHORTE EDITORAQUANDO: DIA 07 DE JUNHO, ÀS 19H30.ONDE: LIVRARIA CULTURA- SHOP.VILLA-LOBOS
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REPRODUÇÃO
Capa do livro que será lançado no dia 7 de junho
O jogador brasileiro naturalizado Alex é destaque da Seleção Japonesa e terá a companhia dos pais
DIVULGAÇÃO
8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 03 a 06 de junho de 2006
Hoje (3) e amanhã (4),as pessoas interessa-das nas chamadas
“jóias que nadam” pode-rão admirá-las na 26ª Ex-posição Brasileira de Ni-shikigoi, encontro dos mai-ores criadores de carpasdo país, que ocorrerá naRua Pedroso, nº 229,promovida pela Associ-ação Brasileira de Nishi-kigoi.
O evento acontecepela primeira vez na BelaVista, num terreno deaproximadamente 1000m². Segundo o presidenteda Associação, José Fábiode Moura, nesse ano a ex-posição estará mais acessívelque nos anos anteriores.“Está mais perto da Liber-dade, e talvez seja cobradosomente um valor simbólico deum ou dois reais”, diz ele. Eacrescenta: “O lugar é cheio delanchonetes e a 100 metros dometrô. Tudo de bom para aspessoas irem a pé”.
Cerca de 250 carpas de di-versas variedades serão ex-postas. Um concurso elege asmais bonitas, segundo critéri-os como coloração, estampa eformato. Os peixes campeõestêm em comum cores vibran-tes, e estampas que lembrampinturas abstratas. “É comoum concurso de Miss: tem queter um corpo perfeito, beleza,saúde e saber desfilar bem”,compara o vice- presidente daAssociação Carlos Cyrillo,criador há 26 anos. Nas edi-ções anteriores, o vermelho eo branco apareceram em qua-se todos os ganhadores. “Es-sas cores são valorizadas por-que lembram a bandeira japo-nesa”, explica Fábio de Moura.
Todo ano, a Zen Nippon
Airinkai, maior associaçãodos amantes do Nishikigoi,
envia juízes ao Brasil para ojulgamento das carpas. Funda-
da em 1968, ela conta com só-cios de todas as províncias ja-ponesas e também de outrospaíses. Além do concurso, ha-verá palestras sobre lagos de
jardim e produtos para lagos,cerâmica artística com car-pas e jardim japonês. O vi-sitante também poderá ad-
quirir o seu exemplar.Para o presidente
Moura, o objetivoda exposição é
difundir a cul-tura do Ni-
shikigoie da
cultu-ra ja-p o n e s aem geral:“Quem tem opeixe quer ter umlago, um jardimjaponês, quelembra plan-tas orna-mentais. Acultura ja-ponesa pra-ticamente se entrelaça numacoisa só”. Entre oito e dez milpessoas visitaram o evento nosanos anteriores, média espera-da para essa exposição.
Curiosidade - Nishikigoi é otermo genérico que denominaa carpa colorida, criada parafins ornamentais. A palavravem de Nishiki, que significabrocado, êxito da vida, e Koi,carpa. Apesar da Pérsia ser re-
Exposição de Nishikigoi será mais perto da Liberdade
Segundo o vice- presiden-te Carlos Cyrillo, a AssociaçãoBrasileira de Nishikigoi quasefoi fechada no ano passado,por falta de sócios. “Quandoeu me associei existiam 80 só-cios. Em 2005 havia somente17”. Aposentado da Aeronáu-tica, Cyrillo hoje cria comoamador. Sem descendência ja-ponesa e casado com umanikkei, conta que a diminuiçãose deu porque os antigos só-cios não divulgaram o Nishiki-goi entre os não-descenden-tes.
“Os isseis não se deram con-ta que eles tinham que se adap-tar ao brasileiro, a língua e aosolo do Brasil. O Sr Wakabayashi(um dos fundadores da Associa-ção) tinha essa visão de expan-são da cultura, mas muitos ou-tros não”.
Para ele, a ameaça de fim daAssociação “é um desrespeitocom os fundadores e associadosque se esforçaram para construí-la”. A procura pelo Nishikigoiestá crescendo, inclusive entreos não-nikkeis, mas, na visão dovice- presidente, o problema é a
Associação quer conquistar novos sóciosconhecida como o lugar de ori-gem do Koi, foi no Japão queo peixe, considerado um dosmaiores de água doce, come-çou a ser criado pela beleza dascores, resultado de mutaçõesgenéticas. Além da beleza, aagilidade, a longevidade e otemperamento calmo são fa-tores pelos quais estes peixesficaram conhecidos. Resisten-tes, eles vivem em torno de 70anos em tanques e, em lagosabertos, já chegaram a atingir225 anos. Por desafiar corren-tezas, também é chamado depeixe samurai.
Acredita-se que, no Brasil,o interesse pelo chamado “pei-xe nacional” do Japão foi des-pertado por Yosasuke Okaue,em 1929. Uma outra versãoaponta Ryuichi Matsumoto
como o introdutor desse tipode carpa no país, quan-
do, em 1956, trouxealguns exemplares
de Niigata. 22anos depois,
já comoutros
cria-
dores, sur-gia a AssociaçãoBrasileira de Nishikigoi, que,desde 1979, promove a exposi-ção.
(Juliana Kirihata)
26ª EXPOSIÇÃO DE NISHIKIGOIQUANDO: HOJE (3), DAS 12H ÀS 17H, EAMANHÃ (4), DAS 10H ÀS 17H
ONDE: RUA PEDROSO Nº 229- BELA
VISTA
ENTRADA: (NÃO CONFIRMADA ATÉ O
FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO)INFORMAÇÕES: (12) 39221570
falta de organização.Ele orienta os interessados
a procurarem a Associação,onde poderão obter todas asinformações necessárias sobreinfra-estrutura dos tanques elagos, alimentação dos peixese cuidados na criação. Apesarda falta de recursos, os orga-nizadores do evento não pre-tendem desistir, e querem in-centivar cada vez mais a cria-ção e o aprimoramento do Ni-shikigoi. “A idéia é difundirmais, formar laços”, diz JoséFábio de Moura”. (JK)
Perdidos na Selva – pontos da ci-dade com concentração nikkei emtodo o país (associações, festas,eventos etc).
Balada JP – as casas noturnas, ba-res e outros locais freqüentados pelacomunidade jovem nipo-brasileira.
Hi-Tech – as novidades tecnológi-cas japonesas são o destaque nestequadro.
Ikendicas – dicas culturais, gastro-nomia, moda, restaurantes, Internetnikkei etc.
Bakatare – erros de gravação e si-tuações engraçadas pelas quais pas-saram os repórteres e apresentado-res durante a gravação do programa.
Boca-livre – discussões sobre as-suntos atuais com muita descontra-ção.
Centenário – preparativos para acomemoração dos 100 anos da imi-gração japonesa.
In Japan – os principais pontos tu-rísticos e de concentração brasileirado Japão e suas curiosidades.
Bicão – pedidos dos telespectado-res para visitas à casa de brasileirosno Japão.
Servirá como o elo entre as famíliasseparadas nos dois países.
CARPAS
MÍDIA
Assuntos abordados pelosquadros do OKTV:
Entretenimento e infor-mação sobre a culturajaponesa com umalinguagem des-contraída emuito hu-mor. Essaé a pro-posta do“OKTV”,que es-t r é i as á b a d(10) naB a n d ,trazendoc o m oapresenta-dores o atorKendi Yamai e olocutor MarioIkeda.
Com formato de revis-ta eletrônica, o programa seráparecido com um apresenta-do atualmente no Japão e quecompleta seis anos no ar. Ani-mado com a estréia, Kendiafirma que o “OKTV” tevegrande receptividade por lá,de acordo com pesquisas emeventos e enquetes com a po-pulação brasileira presente nopaís. E espera que o mesmoaconteça no Brasil. “A ex-pectativa é que o programatenha tanto sucesso quanto noJapão, investindo sempre na
qualidade das produções paraque tenha uma longevidade”,diz ele, afirmando que a idéiade trabalhar a cultura japone-sa em uma tv de rede abertacomeçou há alguns meses.
Para o apresentador eidealizador do projeto, o dife-rencial do programa será a for-ma que os assuntos serãoabordados, diferenciando-sedos programas nikkeis do pas-sado. “A comunidade nipo-bra-sileira perdeu muito com o fimdos programas de TV comtemática japonesa. Acreditotambém que é nosso compro-misso manter viva as tradiçõesdo país dos nossos avós, prin-cipalmente para as novas ge-rações, menos familiarizadascom as suas raízes”, afirmaele, assegurando que paraatrair tanto os jovens quanto asgerações mais antigas lançarámão de uma linguagem des-contraída.
“Vamos abordar questõesde interesse geral, mas semser aquele negócio sério queestamos acostumados. Se tra-çarmos um comparativo entreAmaury Júnior e Otávio Mes-quita (apresentadores de tv),podemos dizer que será maisou menos no estilo do segun-do.”
Ansiedade – O OKTV con-tará com diversos quadros, queterão como temas os pontos deconcentração de nikkeis, novi-dades tecnológicas, dicas gas-tronômicas, moda, visita à casade brasileiros e pontos turísti-cos no Japão, entre outros (verbox). Contudo, o carro-chefe
deve ser mesmo o “Bicão”,quadro que atende pe-
didos de visita àcasa de paren-
tes no Brasil eno Japão.
“Os des-cenden-tes e osprópri-os ja-pone-ses secomo-v e mcom o
quadro.V a m o s
mostrar ocotidiano dos
trabalhadoresbrasileiros no Ja-
pão, bem como levarpara lá algo do tipo para osdekasseguis. A idéia é gravartanto cenas de famílias noJapão quanto no Brasil”, afir-ma ele.
Por falar em cultura japo-nesa, é fato também que umdos pontos mais em alta hojena comunidade é o centená-rio da imigração japonesa, aser comemorado em 2008.Como não poderia deixar deser, o assunto também ganha-rá destaque dentro do progra-ma, mostrando fatos curiosossobre os primeiros imigrantes,além de retratar as prepara-ções dos nikkeis para 2008.
Segundo Kendi, mesmotendo um currículo recheado– já atuou em novelas nacio-nais e japonesas, filmes,shows e mais de 400 comer-ciais -, a estréia de um novoprograma “sempre causamuita ansiedade”. Em fasefinal de produção para as pri-meiras edições, ele afirmaque a experiência como apre-sentador ao lado de Ikedavem sendo “muito desafiantee enriquecedora”.
“Qualquer trabalho, pormais simples que seja, acabaagregando novos conheci-mentos. Cada lugar que visi-tamos encontramos pessoase situações diferentes, com asquais precisamos saber lidarpara obter a melhor reporta-gem possível. Agora, é espe-rar para ver na telinha”.
Com produção feita pelosdois apresentadores em con-junto com a ON Produções, oprograma será veiculado todosos sábados, das 8 às 8h30.
(Gilson Yoshioka)
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