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ERSARENTIDADE REGULADORADOS SERVIÇOS DE ÁGUAS E RESiDUOS
Decisão sobre a definição dos velores de águ9 não feturade
informação 1-000069/2018
Serviço(s) Abastecimento de água
Data da decisão 2018-01-17
A taxa de recursos hídricos (TRH) foi criada pela Lei da Água (Lei n.^ 58/2005, de 29 de
dezembro, na redação em vigor), e posteriormente disciplinada pelo Decreto-Lei n.? 97/2008,
de 11 de junho (estabelece o regime económico financeiro dos recursos hídricos), visando
compensar o benefício que resulta da utilização privativa do domínio público hídrico do Estado,
a descarga, direta ou indireta, de efluentes sobre os recursos hídricos, suscetível de causar
impacte significativo, a extração de materiais inertes do domínio público hídrico do Estado, a
ocupação de terrenos ou planos de água do domínio público hídrico do Estado, a utilização de
águas, qualquer que seja a sua natureza ou regime legal, sujeitas a planeamento e gestão
públicos, suscetível de causar impacte significativo.
Posteriormente, através da Lei n.e 82-D/2014, de 31 de dezembro (procede à alteração das
normas fiscais ambientais nos sectores da energia e emissões, transportes, água, resíduos,
ordenamento do território, florestas e biodiversidade, introduzindo ainda um regime de
tributação dos sacos de plástico e um regime de incentivo ao abate de veículos em fim de vida,
no quadro de uma reforma da fiscalidade ambiental) foi aditada uma disposição que prevê que
o valor das componentes A, U e S (esta última aditada pelo Decreto-Lei n.? 46/2017, de 3 de
maio) repercutido sobre o utilizador final pelo sujeito passivo, deverá ser calculado
considerando o volume de água não faturada (ANF), incluindo perdas físicas e comerciais
verificadas pelas entidades gestoras dos serviços de abastecimento de água. Introduziu-se
assim, um mecanismo de incentivo à redução de perdas de água nos sistemas de
abastecimento, o qual limita a repercussão da TRH, e cria um incentivo para as entidades
gestoras melhorarem as suas redes.
O mencionado artigo 5.^ -A da Lei n.s 82-D/2014, de 31 de dezembro, prescreveu ainda que
cabe à ERSAR estabelecer os valores de água não faturada ANFa (percentagem de água não
faturada pela 'alta') e ANFb, (percentagem de água não faturada pela 'baixa'), aplicáveis a cada
tipo de entidade gestora para o ano subsequente, considerando os objetivos de eficiência
ERSAR
definido9 pgoa a gestão dos seoviços de abastecimento de água, não devendo os valores ser
superiores a 0,05 no caso da ANFa e 0,2 no caso da ANFb.
No âmbito da avaliação da qualidade dos serviços prestados aos utilizadores, a ERSAR avalia o
indicador "Água não faturada" com o objetivo de determinar o nível de perdas económicas e
físicas correspondentes à água que, apesar de ser captada, tratada, transportada, armazenada e
distribuída, não chega a ser faturada aos utilizadores.
A evolução da média do indicador, a nível nacional, tem apresentado uma evolução positiva,
com exceção da alta em 2016, conforme as figuras seguintes:
80.0-
70;0-
60.0-
SOjD -40.0 -30.0-
20.0-
m- ■ 10.0 - 2012* 2013' 2014' 2015' 2016
■ AAOeb-MMu do MdKador (%)
30.7 30,9 30,1 298
N* dt EG com fYSposU/N» total de EG
253/261 249/260 253/260 234/256 233/256
Fiabtlidad» dos dados (%) - 65 66 69 77 85
FWnlKiade dos dados IS 16 15 16 10
Fi^ilidad» dos dados M) - * 20 11 16 7 5
* Para os anos 2012 a 2015, o indkador "Água não faturada" corresponde à definição do indicador AA08 baixa da 2 ' geração do sistema de avaliação.
Figura 1- AA08 Baixa - Agua não faturada (%) - Evolução da média do indicador
10.0
7.5 -
5.0-
^5-
uu - 2012' 2013' 2014' 2015' 2016
■ AA06a-Mádi# do tntftcador (%}
45 4.7 4,7 5.0 92
N» de EG com resposUi'N" total de EG
15/15 15/15 15/15 9/9 9/9
Fubilidade dos dados 83 83 83 94 100
Fiabilidade dos dados (%)-"17 13 13 0 0
Fiabilidade dos dados <%) - ' 0 4 4 8 0
• Para os anos 2012 a 2015, o indicador "Agua n3o faturada" corresponde à definlfSo do indicador AA08 alta da 2.» geraçSo do sistema de avaliaçSo.
Figura 2- AA08 Alta - Água não faturada (%) - Evolução da média do indicador
ERSAR
No entgnto, após análise da informação reportada pelas entidades gestoras, em 7016, verifica-
se que cerca de 80% das entidades gestoras em baixa (70S) apresentam o indicador "Água não
faturada" com valores superiores a 70% enquanto que 86% das entidades gestoras em alta (5)
apresentam valores superiores a 5%.
Tendo em consideração o histórico da média nacional do indicador "Água não faturada" e o
número de entidades gestoras que se encontram com valores elevados, a E8SAR, no âmbito das
atribuições previstas na alínea e) do artigo 74.^ dos seus Estatutos, aprovados pela Lei n.^
10/2014, de 6 de março, e ao abrigo do n.^ 3 do artigo 8.2 -A do Decreto-Lei n.2 97/2008, de 11
de junho, na redação em vigor, propôs manter os valores ANFa de 0,05 e ANFbde 0,2 para 0 ano
de 2018, os quais se fundamentam e enquadram nos limites e valores definidos no n.2 2 do
artigo 5.2 -A do Decreto-Lei n.2 97/2008, de 11 de junho, na redação em vigor.
Tratando-se de matéria com eficácia externa e devido ao número elevado de interessados a
ouvir, o que torna impraticável a realização de audiência prévia, submeteu-se 0 projeto de
decisão a procedimento geral de consulta pública, ao abrigo da alínea d) do n.2 l do artigo 124.2
do C8A (Código do Frocedimento Administrativo), por um prazo de 15 dias úteis, com inicio a 22
de dezembro de 2017 e término a 15 de janeiro de 2018, no sítio institucional da ERSAR,
durante o qual se recebeu a pronuncia da Águas de Rortugal com o seguinte comentário: "(...)
nada tem a opor quanto à decisão de manutenção para 0 ano de 2018 dos valores previstos
para o ano de 2017, no que diz respeito definição dos valores de água não faturada ANF (índice
a) e ANF (índice b) para efeitos de repercussão da taxa de recursos hídricos, 0 que corresponde a
0,05 e 0,2, respetiva mente”.
Assim, o Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
decide manter os valores ANFa de 0,05 e ANFb de 0,2 para o ano de 2018, os quais se
fundamentam e enquadram nos limites e valores definidos no n.2 2 do artigo 5.2 -A do Decreto-
Lei n.2 97/2008, de 11 de junho, na redação em vigor.
Paulo Lopes Marcelo
O Conselho de Administração
(Vogal)Orlando Borges (Presidente)
Ana Barreto Albuquerque (Vogal)