26

3061-7215-2-PB

Embed Size (px)

DESCRIPTION

3061-7215-2-PB

Citation preview

  • Uma anlise histrica do periodo mostra a vontade do governoportugus de povoar efetivamente o vasto territrio de seu dominio, atravs de uma politica urbanizadora (5). Esse proces~so urbanizador, especialmente na segunda metade do sculo, foidecorrente da politica geral do Marqus de Pombal, de O. Jos Ie dos tratados de limites do periodo. Para melhor explicaro processo de implantao de novos nucleos urbanos, tomamosduas regies: as antigas Capitanias de Porto Seguro e so Pau10.

    o exame da populao permite-nos constatar que a mudana dedomicilio era frequente. nessas duas regies. Seus habitantesno se apegavam terra. Foi preciso que em So Paulo, porexemplo, se proibisse a migrao e sitios volantes para fixaralgumas pessoas ao solo (6). At ento as vilas ou freguesiasreduziam-se a pequenos grupos bastante frouxos, pouco coere!!.tes, compostos de construes esparsas. Os habitantes se dis-punham em sitios isolados junto a elas. Quando, por exemplo,se pedia, em 1797, para elevara freguesia de Jaguari vila- futura Nova Bragana, em So Paulo - o Ouvi dor descreve-a,afirmando que o centro ou "capital" tinha 25 fogos (7). Todaa freguesia possuia 1.106 fogos, o que representa que apenas2,2% dos fogos estavam na "capital" da povoao.

    Visando viabilizar a politica de povoamento e urbanizao,Cartas Rgias e Instrues foram enviadas a todas as regloesdo Brasil, para que as autoridades locais promovessem a cria-o de povoaes e erigissem estas, e as aldeias indigenas,emvilas. A Carta Rgia de 3 de maro de 1765 mandava fundar po-voaes e vilas nas aldeias indigenas de Porto Seguro. A Car-ta Rgia de 10 de outubro de 1769 reforava a ordem. As Ins-trues Reais, de 23 de janeiro de 1765, mandavam que emSo PaQ10 se erigissem em vilas as aldeias dos indios "e que 0-6 va-c.0-6 C-6peJL60-6ou que vivem em c.,U,[0-6 votante-!>" se congregas-

  • sem em Upovoa.v.,vL6", em que pudessem receber os sacra-mentos e onde estivessem prontos para ":toda.!> M oc.c.av., do..seu Real SeJ[.v,[o". A Carta de 26 de janei ro de 1765, do Mi-nistro e Secretrio de Estado dos Negcios do Reino, Condede Oeiras (futuro Marqus de Pombal), Sebastio Jose de Car-valho e Me10, dirigida ao Vice-Rei do Estado do Brasil, Con-de da Cunha, mandava os artigos das Instrues para que sefundassem novas vilas, tanto nas aldeias dos indios, quantoem outros lugares que fossem tidos como prprios para essasfundaes. Em 1767, o Capito-General de So Paulo ainda notinha recebido as Instrues. Sabia de sua existncia e, porisso, mandara logo congregar vadios para servirem de povoadores(8). O programa foi desenvolvido pelos governadores em v;rias partes do territrio hispanoamericano (9).

    Para cumprir o projeto portugus foram enviados representan-tes do governo luso. Para Porto Seguro vieram Thome Couceirode Abreu, em 1763, e Jose Xavier Monteiro Machado, em 1767,para instalar a Ouvidoria da recem-criada Comarca de PortoSeguro que substituiu Capitania do mesmo nome que, desde1759, tinha revertido para a Coroa. Em So Paulo, o prprioGovernador e Capito-General teve a incumbncia, auxiliadopor seu Ajudante de Ordens. e Duvidores das Comarcas de SoPaulo e Paranagu, de implantar o citado projeto. Para essaCapitania foi mandado, em 1765, um homem obstinado e de pul-so: D. Luis Antonio de Souza Bote1ho Mouro, o Morqado deMateus (10) -

    Spix e Martius, em 1817, referem-se a esse projeto do gover-no portugus que visava criar o espirito de cidadania, asse-gurar toda a proteo e vigilncia da lei, promover a mora1idade e as virtudes civicas, fac!litar a administrao, perce~o de impostos, regular as mi1icias e o recrutamento. Segundoos autores, isso so era possive1 atraves da "benfi,[c.a. -i.n6.tuna. ci.6odeda.de (11); isto e, previa-se a convivncia de indio-;

  • e brancos para que aquel es se civil izassem "peJ.oJ.> J.>Uitv''J.>-t-moJ.>moJ.> do c.omVr.c.Lo e da c.omu.nJ..c.ao" (12) .

    A fundao de povoaes elou vilas pretendia reunir os habi-tantes para que os mesmos se agregassem e no morassem somen-te em sitios dispersos. As instrues da citada carta ordena-vam quP todos os lavradores construissem casas nos centros u!banos para, pelo menos de tempos em tempos, reunirem-se em"Mc.,dade c.Lvil" (13). Ao ver do Morgado de Mateus, os habi-tantes viviam "pOIt hum tal modo, qe no J.>o u.:tw palta nem paJta o E6.tado" (14). As autoridades pretendiam, alem domais, povoar o territrio para "aca.rt.taIt a c.uLtUlta e fuvoUltadoJ.> c.ampoJ.> qu.e Mc.am m-.,tic.OJ.> J., Povoae;.,"para produzir osuficiente para o abastecimento local e um excedente para ex-portao (15). Na verdade, Portugal estava bastante preocupa-do com a perda dos territrios para os espanhis, em especialnas regies que, ate a sua expulso, estavam sob o dominio dosjesuitas. Todas as providncias tomadas foram no sentido dereaver os territrios, fixar o homem e defend-los. No sedescuidou tambem do litoral (16). D. Jose ordenava que se estab!lecessem povoaes civis d~ indios livres que, assim, deixa-riam de ser inimigos dos portugueses e dos espanhis e no a~saltariam os caminhos, as cidades, vilas e aldeias das duasnaes (17). O Conde deOei ras, num parecer a uma carta doMorgado de Mateus, de 17 de setembro de 1765, mandava os"ave~.tUltltOJ.>" (bandeirantes) irem fundando povoaes para alem daSerra de Apucarana e civilizando os indios que fossem encon-trando, dando-lhes ferramentas, criando vilas e aldeias comoo tinha feito o Governador Francisco de Mendona Furtado noserto do Para (18). O exemplo do Gro-Para e Maranho deve-ria ser seguido por toda a Colnia dados os resultados queaquele Governador tinha consegui~o.

  • davam conta das principais dificuldades. As duas regies erampovoadas dispersamente por dois tipos de habitantes: indios eportugueses. Os negros eram, ento, em numero reduzidissimo ,quase insignificante. Entre as dificuldades apontadas pelosCapites-Generais e Ouvidores, encontramos: falta de gente eestgio de "civilizao" dos indios, tipos de recrutados paraos povoamentos, dificuldade de recrutamento de habitantes efixao de degredados, falta de assistncia espirital e maqualidade dos religiosos, falta de mo-de-obra especializadapara os servios publicos. Ainda: falta de oficiais da cmarae mecnicos, dinheiro, instrumentos de trabalho, material con~trutivo de maior durabilidade; ignorncia e pobreza dos povo~dores, dificuldades administrativas, juridicas e ,jurisdicio-nais,corrupo e boatos, condies locais adversas e diver-sas, especialmente falta de infra-estrutura urbana e mesmo

    b . - . (19)para so reVlvenCla .

    Em Porto Seguro houve, alem de tudo, o problema de civilizaros indios que constituiam a maior parte da populao. A prtica civilizatria s foi levada a efeito pelo Ouvidor MachadoMontei ro que ,em 1767, dava as lvu,:t!uL.e6 paJLa o goveJ[no d01>IncD!.l da Cap.U:ala de PolLto Segww, que oJ.>J.>eu;., Vbr.ectOlLe6

    ho de p'lft;ti.caJt em tudo aqlLUo que J.>eno encontJuvL com o W.-tLecto/o doJ.>IncoJ.> do GtLan paJl (20). Civilizar os ;ndiossignificava faze-los vestirem-se, ter uma vida espiritual etempora 1 igua 1 dos brancos, bem como "ajudaJt O!.l me6moJ.> naag/cu.Uwta e no comJtc.io". Isto vale dizer impor os valoresdos brancos: vida sedentria, moral, ambio, acumulo de bens,vida unifamiliar, etc. Em relao a isso, o Morgado de Mateusrecomendava tambem que se seguisse o Diretrio dos Indios,da~do-lhes bons diretores, recolhendo-os todos, terminando comas administraes particulares, formando companhias militarespara que reconhecessem a superioridade e a obedincia, "ob/-

  • gando-o-6 a vu..tUtem--6 e. e. apa!le.c.Vt M ge.ntu, dxando 0-6 ma-:t0-6, e. vindo ma.i-6 ve.zu. a povoao", s permitindo trnsitodas pessoas entre as Comarcas e Capitanias com "passaporte"para que no ficassem vadiando de um lugar para outro (21). -

    Os empecilhos encontrados em So Paulo diferem um pouco daqu!les de Porto Seguro, porque j existiam mais ncleos urbanos- pelo menos delimitados -, e menos indios bravios.

    Ai, os obstculos apareciam quando se defrontavam com os pro-blemas de regular os distritos das freguesias e das cmarascircunvizinhas; pagar as cngruas dos procos, aumentar o n-mero de casamentos, pagar os corregedores e satisfazer os gastos das cmaras das vilas novas (22). O prprio povo opunha~se para faze-las frustras (23). Podiam aparecer dificuldadesquanto localizao da nova povoao (24) e quanto ao localonde seria melhor recrutar povoadores. Contava-se, ainda, comrevoltas ou amotinados cont~a o Diretor da povoao ou eramos Diretores das povoaes que agiam em seu prprio benefi-cio (25). Tanto numa quanto na outra regio, foram feitos v-rios projetos de elevao de povoaes em vila. Essas dificuldades impediram que os mesmos fossem executados na integra.Mesmo assim, podemos verificar pelos mapas, em anexo, que gra~de parte das vilas existentes nos tres primeiros seculos decolonizao, surgiram a partir da implantao do projeto quetratamos, principalmente em So Paulo.

    Os metodos de recrutamento de pessoas para povoar as novasregies eram diversos. Iam desde a conquista do indio ate oindulto a criminosos que se refugiavam na Capitania (26). Fi-xar o homem - indio ou portugus - ao solo e conseguir no-vos povoadores, constituia uma das dificuldades mais serias econstantes. O ouvidor Machado Monteiro projetou trs povoa-es, instalando indios e degredados solteiros - que fazia

  • casar com as indias - ou famil ias j formadas sob a obedin-cia a um diretor. Pretendia, com isso, que essa populao au-mentasse em numero suficiente para erigir os lugarejos em vi-las, especialmente para que estas servissem de defesa contraos gentios que constantemente atacavam as povoaes pelo ladode terra. Fez vrias solicitaes s autoridades da Bahia pa-ra que aplicassem a "lei de policia" na cidade e recncavo emandassem os ociosos e vadios, que povoavam especialmente es-te ultimo, para habitar e fazer crescer as novas vilas (27).Pedira tambm o mesmo tipo de individuos Relao do Rio deJaneiro (28). De inicio foram enviados em maior numero, po-rem, com o tempo, foram escasseando. O povoamento de Porto S!guro dependia, pois, da civilizao de indios e do envio devadios e degredados. O processo de arregimentao de povoado-res em So Paulo diferia um pouco daquele de Porto Seguro. Apessoa que se encarregasse do povoamento, como Diretor, deviamudar-se para a nova localidade com a familia e casa. A arre-gimentao dos demais povoadores dependia do Governador e Ca-pito-General e do Diretor nomeado. Aquele publicava um bandoconvocando os que quisessem acompanhar o segundo e este usavaseu prprio prestigio para aumentar o numero de pessoas dis-postas a fundar um novo lugar (29). Cada povoao devia pos-suir, no minimo, cinquenta vizinhos. Aqueles que se dispunhampovoar uma regio prometia-se premi aes . "A e-6.ta.6 pe-6f.>OlUque houveJtem de f.>eJtvi.!t de Povoado!tv.,", dizia o Morgado de Ma-teus em 1767, dirigindo-se aos oficiais da Cmara de Curitiba,"depo de f.>eJtem v.,c.olldof.> e appttovadof.> po!tm-ll, lhe-6 env-ta.-!tu lU o!tdeM e a planta. pMa. f.>'abeJtem c.omo hade f.>eJt 6ei:ta aPovoao, e lhe pttome;t:to em nome de Sua Maqe-6.ta.de. mL.ta.6 m0:;c.J." e-6peua.-tmente M do habilo de Chttto c.om tenlU, c.oYl6o!tme aof.>f.>eJtv-que c.ada h dellv., MzeJt a e-6M Ef.>tado" (30)~

    Essa premi ao era prometida tambm aos povoadoresde PortoSeguro (31). As pessoas arregimentadas nem sempre eram volun-

  • trias. Umas no queriam mudar-se, outras faziam muitas exi-gncias, escondiam-se ou ate choravam. A maior parte era com-posta por miserveis que no podia "JtaJt -6 Mma1a." , crimino-sos de pequenos del itos "na. MpVta.na. de viveJtem o..t-l Mc.ega.-dO-6, devedo~M 6a.ttido-6 a6im de obteJtem huma mo~o~ po~c.eJtto numeJto de anno-6 " (32). S depois de quatro anos, nom;nimo, de instaladas as vilas, e que os indiv;duos podiamser considerados vizinhos. Antes disso no podiam exercer oscargos da cmara. As vilas recem-criadas eram formadas por i~dios, vadi os e crimi nosos. Previ a'-se que as "pM-6oM ~evoUo-2M, e de mo viveJt" deviam ser expulsas para no pervertera boa educao e harmonia dos povoadores. Ma~ na maioria doscaso~ era justamente para essas novas povoaes que se manda-vam os individuos de m conduta. Para elas eram enviadas asprostitutas, mulheres adulteras cujos maridos no as queriamde volta, bem como todo tipo de criminosos (33). No era dificil arregimentar-se povoadores "i fora", principalmente en-tre vadios, possuidores de sitios volantes e criminosos. Es-tes ultimos constituiam o quadro dos chamados degredados (34)Tambem eram ameaadas de priso, e de serem conduzidas para acabea da Capitania a ferros, as pessoas que num tempo deter-minado no constru;ssem suas casas arruadas (35). A instala-o desses povoadores no significava que as povoaes progr~madas fossem definitivas. Se o meio natural, por exemplo, fo~se inadequado, as pessoas se mudavam da mesma forma como ti-nham se instalado. A mudana de local para melhores condiesde vida correspondia menos i busca de atividades rentveis, p~ra enriquecimento, que pelo prprio instinto de sobrevivnciae auto-defesa.

    Periodicamente as duas regies sofriam o impacto de despovoa-mento, provocando tambm descontinuidade e regresso ~a estr~turao dos ncleos. Os movimentos demogrficos mostram comoeram precrias as relaes sociais. Eram fatores de despovoa-

  • mento: descoberta de ouro, recrutas, expedies de exploraoe conquista, guerras, esgotamento do solo, epidemias, faltade gua, luta entre brancos e indios e mesmo recenseamento(que era tomado como recruta) ou mudana obrigatria de reli-giosos e militares. O abandono do nucelo era considerado de-sero. Os novos moradores s podiam mudar de lugar com ordemexpressa das autoridades (36). Podiam ser presos e a suascustas remetidos para a priso (37). Com a diminuio da pop~lao, algumas povoaes regrediram. A adversidade do meio p~dia provocar mudanas. Deste modo, novas povoaes apareciam,enquanto as anteriores, se no desapareceriam, permaneciam comum numero diminuto de povoadores, quase sempre miserveis. Porisso mesmo, alguns desses nucleos pregramados no se desenvolveram a contento e foram alvo de nova politica de fixao dehabitantes nos finais do seculo XVIII. Citamos como exemplo aVila de So luis de Guaratuba, fundada desde 1770 (38). Guar~tuba possuia, em 1797, 58 fogos e 317 almas. ~uitos de seusmoradores tinham desertado e boa parte fora obrigada a ir naexpedio de Tibagi (39). Em 1799 mandava-se povoar esse nu-cleo com familias vindas das Ilhas da Madeira e outros natu-rais do Rio Grande do Sul, aorianos ou seus descendentes (40).Tanto os aorianos quanto os madeirenses foram tidos como bonscolonizadores, no s por terem o hbito do trabalho na lavo~ra, como por usarem nela tecnicas novas que os demais se .recusavam a utilizar, como o arado e a adubagem da terra com es-trume.

    Em Porto Seguro, alem da falta de povoadores, as autoridadese os poucos habitantes ressenti'am-se da falta de ferramentas.Referindo-se Vila Verde e Vila de Trancoso, o Duvidor Cou-ceiro de Abreu dizia que seus habitantes haviam construidosuas casas sem ferramentas. Procurou-se, por todos os meios,fazer com que os povoadores adquirissem ferramentas - em lu-gar de despender o que ganhavam em aguardente (41) erigi~

  • sem igreja e cobrissem suas casas de telha em vez de palha,c~mo ainda eram quase todas as habitaes da Vila de Porto Ale-gre e de Alcobaa Ror volta de 1771 e 1772 (42). Alem da fal-ta de ferramentas, no havia mo-de-obra especializada, comobem indicava Machado Monteiro. Assim, era o povo, em especialos indios, que, em Porto Seguro, construiam as vilas ou curi~sos, como eram chamados, pois em 1773 havia na regio oito pedreiros apenas. Eram poucos e maus oficiais mecnicos(43). E;So Paulo deslocavam-se escravos - indios ou negros - que aj.!!davam na edificao,oficiais de pedreiros, carpinteiros, instr.!!mentos, imagens, ornamentos e emol umentos para a construo de ca

    .. t -. d 1-. (44 ) -sas, 19reJas e manu enao e um c erlgo .Seria longo listarmos todas as dificuldades enfrentadas pelasautoridades locais que se dispunham a esse Servio Real decriar e fazer desenvolver as povoaes e vilas programadas.D~vemos ressaltar que os prprios moradores e autoridades locaispodiam solicitar a elevao de uma povoao ou freguesia vila (45), partindo de um nucleo j povo~gg.Pelos documentos do periodo, verificamos que os prprios Ouvidores e Capites-Generais foram os urbanistas, arquitetos emestres de obra, e o povo, na ausncia dos oficiais mecnic$'especializados, os construtores. Coube a eles a urgftizaoespacial dos nucleos urbanos programados e a expanso da redeurbana (46). Sendo duas regies extremamente pobres, s tar-d;amente puderam contar com a presena de engenheiros mHTt-res em suas obras publicas e civis. Segundo o que ordenavam,os edificios deviam inserir-se num espao determinado. Em PO!to Seguro e em So Paulo predominou a uniformidade terica naorganizao do espao, em nome da "boa. peJt.6pec.tiva", sem que osedificios estabel ecessem diferenciao social. Com o transc!rer do tempo, o que se fez ressal tar foi a diferena econmica eno especificamente a social. Alguns tinham-conseguido seguir odeterminado, fazendo suas casas de tijolos ecobertas de telhas

  • e ombreavam-se com aquelas cujos donos no tinham tido possi-bilidades econmicas de coori-las com material mais nobre,co~tinuando a usar a palha. Esse tipo de povoaes e vilas plan!jadas do resposta a uma das trs solues hipoteticamente co-locadas, para explicar a regularidade dos espaos urbanos,porNestor Goulart, vlidas, segundo o autor, para os seculos XVIe XVII (47).

    Nas povoaes planejadas, a Igreja, ao contrrio do que acon-tecia normalmente, aparece depois de tomadas outras iniciati-vas. A capela-mor era feita s custas da Fazenda Real. Cabiaao Rei mand-la executar como padroeiro e senhor dos dizi-mos (48). O corpo da Igreja deixava-se para o povo construir.Davam, inicialmente, as condies minimas para a fundao de~sas povoaes, ficando "a c.omocdade. e. aume.nto dc>.1MpaJta. o6~o". A localidade era escolhida segundo determinadas cir-cunstncias. O nome da povoao era dado pelas prprias auto-ridades, por ordem de Sua Majestade. ~ mesma autoridade cabiaa escolha do padroeiro da matriz (49) e o fornecimento da imagem desse padroeiro (50). Com a fundao de novas povoaes~as sesmarias que se encontrassem no local perdiam a validade,prevalecendo o bem comum contra os interesses particulares. Ossesmeiros, no entanto, podiam recorrer justia para dar-lhesoluo ou conseguir outra sesmaria (51).Cabe ressaltar que a regularidade que os ncleos urbanos p-S-saram a ter, mesmo baseados num traado empirico, foi adotadoem toda a rede urbana que ento se estabelecia, tanto em Por-to Seguro, quanto em So Paulo. Mesmo empirico, esse traadoalicerava-se numa experincia anterior, pelo menos tica,das autoridades que traaram os "fL.,c.0-6" dos ncleos que fun-daram. Essa experincia anterior e lusa, com base no traadoregular renascentista, "ponto de. paJltida paJta o v..tudo da g.-nU'e. dol.l tJta..adol.ldaI.l c.J c1adu nM AmJc.M poJr:tuguv..a e. v.. pa-nho-ta.", segundo Paulo Santos (52) O traado desses ncleos

  • caracterizado, pois, pela regularidade, ordem, simetria,retomando as caracteristicas tipicas do sculo XVI em toda aAmrica Latina (53). A partir da praa central - contendo p~lourinho, Matriz e Casa de Cmara e Cadeia -, as construesparticulares acresciam-se, num traado regular, numa ordemcentripeta, mas guardando um relacionamento centrifugo. O tr~ado regular das vilas, fundadas a partir do fim do reinadode D. Joo V e, principalmente, sob o dominio do Marqus dePombal, substituiu a morfologia li~re do urbanismo, tambm l~so, e comeava a assimilar a experincia hispano-americana, segundo Ramn Gutierrez (54) e anteriormente j constatada po~Paulo Santos (55). Vale dizer que algumas das povoaes form~das espontaneamente nos sculos XVI e XVII, e mesmo algumasdeixadas pelos donatrios das Capitanias, foram retraadas ereurbanizadas no sculo XVIII, dentro dessa mesma ordenao.O traado regular fazia parte do projeto portugus de que tr~tamos, portanto uniforme para toda a rede urbana brasileiraque, ent~ se criava. A regularidade do traado foi,como aco~teceu com as casas, o padro estabelecido para a implantaode novas vilas, mais fcil de ser imposto e de adequar s lo-calidades to diversas em que foram erectas. A irregularidadedos riscos se opunha prpria politica urbanizadora que tra-zia embutida no seu mago o conceito de ordem. Um documentode Machado Monteiro se refere planta de Vila Viosa, conte~do a descrio do nucleo urbano da forma como foi idealizadae implantada por ele. Segundo esse Ouvidor, na falta de ar-quiteto, ele prprio havia delineado o risco (56). O mesmoplano, com ligeiras modificaes, e vlido para as demais vi-las implantadas pela mesma autoridade (57).

    Nesse sentido, os nucleos planejados no foram produto de umaordem socia:J, mas consequncia de uma ordem econmica e deuma politica colonizadora e urpanizadora. O traado da redeurbana previa o tipo de povoamento aglomerado ou concentrado,

  • ao contrrio do que existia at ento, disperso e disseminadoO projeto visava a aglomerao seriada de casas, sem interpo-sio de espaos cultivados, em que as casas pegam-se umascom as outras. Os quintais ficavam no fundo, geralmente invi-siveis da rua (58). Em alguns casos o povoamento se fez pordisseminao consecutiva, isto , foram combinadas formas su~sistentes de aglomerao anterior com os novos acrescentamen-tos. Podemos citar o exemplo de Vila' de Nova Bragana, antigaJaguari, em So Paulo. As casas eram erigidas de acordo commodelos pr-estabelecidos. Os Ouvi dores Couceiro de Abreu eJos Xavier Machado Monteiro, em Porto Seguro, e D. Luis Ant~nio de Souza Botelho Mouro, em So Paulo, alm de traaremas plantas das vilas criadas ou eretas por eles, estabelece-ram o padro das casas e sua contri buio no espao urbano. E~sa descrio das casas pode ser encontrada nas "Instrues p~ra o Governo dos Indios da Capitania de Porto Seguro ...", jcitadas (59), no documento que trata da criao de Vila Viosa, datado de 1769 da Comarca de Porto Seguro (60) e em v~rios outros documentos referentes a So Paulo (61). Esses do-cumentos determinavam o arruamento, tamanho dos quintais, orecuo da rua, altura, largura e comprimento das casas, nume-ro de cmodos, de vos e sua disposio. Por esses mesmos do-cumentos percebemos que os portugueses trataram de destriro mdulo de composio formado por casas coletivas, encontra-das na maioria das aldeias jesuiticas do Brasil e Paraguaf,e edificar nucleos familiares individualizados, capazes deabrigar uma unica familia. Basicamente, a politica de urbani-zao ligava-se estrutura familiar, povoamento, loteamentoe solidariedade comunitria. A criao, seguida de medio edemarcao, da nova vila tinha um cerimonial prprio com apresena de autoridades. A planta da praa, ruas e travessase suas medidas eram registradas no livro de provimentos dacorreio. Na ocasio, escolhiam-se os arruadores, ajudantes

  • da corda e picadores de mato para delimitar os espaos (62)

    Para essas novas vil as eram dadas as ".tw murii.up

  • Deu inicio a trs aldeias: uma na enseada do rio Camujutiba,outra na barra dq rio de So Mateus e a ltima junto ao rioDoce, pois eram lugares de terras ferteis e possibilitavam, !traves da estrada que abriu, comunicao com a Capitania doEsp;rito Santo. Aoenas no as elevou vila pela falta de ge~te que as povoasse, j porque no havia ;ndios nas redonde-zas, j porque poucos degredados 1he eram enviados. Estas sesomaram Trancoso e Vila Verde, que foram reurbanizadas peloDuvidor anterior, Prado e Belmonte. Formam o conjunto de vilasfundadas dentro do projeto portugus. As demais vilas e fre-guesias foram melhoradas, como Porto Seguro e Santa Cruz (69).A maior parte delas pouco progrediu como registra o relato doCapito-mr de Porto Seguro, Joo da Silva Santos, em 1803 (70).Por esse per;odo a Comarca possu;a nove vilas (71), incluindoSo Mateus, hoje pertencente ao territrio do Esp;rito Santo.Trancoso e Vila Verde nunca se desenvolveram como centros ur-banos e so hoje distritos qe Porto Seguro. Nasceram de a1de!mentos ind;genas e foram, ate o secu10 XIX, povoadas exclusi-vamente por ;ndios. Tanto o Ouvidor Couceiro de Abreu, queelaborou o seu -traado urbano, quanto Machado Monteiro, esfo!aram-se para povo-1as e desenvo1v-1as. Em 1803, entretanto,Trancoso, como Vila Verde, era descrita da sequinte forma: "E!.ta. villa f.a..Yl..a.daum de Lute a Oute, ou paJul me1.hoJt c:UzeJtum c.om pouca c:U66eJte.n.ada 60JtmaUdade de hum quaMo, c.uja~~han.a tenho v~to em to~ ~ Atdei~ da CJte.odo~ ex-tin.c..to~ PaMu JUlWt:.tu>,,(72). A vila que ento se desenvolve-ra, inclusive mais que a de Porto Seguro, fora a de Carave-1as (73).

    Embora com processo um pouco diverso, a criao das vilas pr~gramadas em So Paulo seguiu mais ou menos os mesmos padresdaquelas de Porto Seguro. O Morgado de Mateus programou fun-dar seis povoaes: uma na barra do rio Piracicaba com o rioTiet, outra em Botucatu sobre o rio Paranapanema, na paragem

  • I,,,II

    I

    /-'

  • denominada Faxina, ainda nos campos de Lajes, na enseada deGuaratuba e a ultima no Rio Sabauna entre Iguape e Canane(74).Pretendia ainda povoar o serto sujeito invaso espanhola,como Tibagi e as chapadas de Vacaria (75). Ate o fim do sec~10, seus sucessores continuaram a obedecer Carta Rgia fundando vilas. Francisco da Cunha e Menezes fundou Cunha (76):Antonio Manoel de Melo Castro e Mendona fundou Antonina, Porto Feliz, Nova Bragana e So Carlos (77); Berhardo Jos d;Lorena fundou a vila com o seu nome - Lorena - na antiga fr!guesia de N.Sra. da Piedade. Desse programa de criao de p~voaes, elevao destas, das freguesias e aldeias em vilas,nasceram em So Paulo: So Jos do Paraiba do Sul (dos Campos),Guaratuba, Mogimirim, So Luis do Paraitinga, Piracicaba, At:!,.baia, Bragana, Apiai, So Carlos, Cunha, Lorena, Faxina,Itapetininga, Sabauna, Porto Feliz, Antonina, Lages (78).A gra;de maioria dessas vilas foram posteriormente elevadas cid~de. Pelo traado descrito nos documentos, podemos percederque a mesma regularidade de Porto Seguro foi recomendada pa-ra as novas vilas paulistas(79). Tambm em relao a So Pa~lo,como no caso da vila de Sabauna, o Morgado de Mateus man-dava "hum pM.6pecto da. MguJut da..6 ca.ZM paJta. que :toda..6 .6ej.o6eUa.6 pela me.6ma. pf.a.nta. paJta. McaJt a. teNta. ma.i6 bonUa." (80),porque a maioria das povoaes e vilas estavam "6uYlda.da..6 .6emCltec...o alguma., e MAeJn de p.o a. yU.que, c.ubeJl.tiU, de c.a.ym e1..Ylc:U.gYlM de hablia...o" (81). Mesmo as aldeias indigenas queforam formadas a partir dos meados do sculo, seguiam os pa-dres estabelecidos para as outras povoaes e vilas, emboramais simples, levando-se em considerao tambm o sitio esc~lhido, como foi o exemplo da Aldeia de So Joo de Queluz,nome dado em hom(nagem a D. Joo VI (82). Em So Paulo avana~va-se para o serto, procurando povo-lo ou conquist-l o. Gra~de parte da~ vilas fundadas local izavam-se no Vale do Paraiba,que permitia a comunicao terrestre com o Rio de Janeiro. Ao

  • I1"",-_- ....._-, '1\ -r-,

    "./ ' ...\J1I

    /

    frJ

    //

    ....-" - /" ,/::."-:~----I , - ...--,_----, 1'" .\ ,/) '\\, I\ ~_ I fQ.I I'-~ 'r"t' .,.

    I

    IIIII,l-,.,..-,I \

    I \I 1--_ ,// ' ---..._-- ...._,

    --/r, - /

    ,I

    _/"""L. .J' _ ,~

    /,~(-'.-

    //

    //

    L....f ---.-- ...71- . - -I , I

  • mesmo tempo, algumas serviam como posto avanado para as es-tradas do serto. Expedies, especialmente formadas, trata-vam, ento, de conquistar Tibagi, Ivai e Iguatemi, esta conh!cida, na epoca, como o "cemiterio dos paulistas". Em Porto S!guro, antes de tudo tratou-se de defender e povoar o litoral.Aldeias indgenas foram criadas perto das vilas litorneas r!cem-instaladas para servirem de postos avanados de defesacontra os ndios bravios - aimores, tamoios e pataxs -, queatacavam constantemente as povaes, vindos do continente c,2.mo j foi referido. Ate o fim do seculo XVIII no encontramosnotcias da criao de ncleos urbanos afastados do litoral~Eles serviam tambem para resguardar a entrada terrestre queligava a Capitania de Porto Seguro do Esprito'Santo. Em1800, Cndido Xavier de Almeida comprometia-se a povoar a re-gio de Sorocaba, em So Paulo, mas queria recrutar gente or-deira, trabalhadora, dotada de algumas posses, de trato urba-no e civi1. "Pe.It6ava que. o a:tIta.6o dM c.o.tYI.iU> poJt.tu.gue.6a.6 It!.6uUa.va do an:U..go eNtO de. .6e.ltem povoadM ape.na.6 de. home.n6 .w.-cUge.nte..6, de.glte.dad.o.6 e. 60ltagido.6, .6em c.abe.cla.e., Item abol1.O.6,Itemc.JtcU:to.6, que. pde..6.6em coo peJuVt pa!ta o aumento do.6 f..ugaltU Oltde. Jte..6icUam" (83). Apesar disso, algumas vilas sobreviveram ~prosperaram, a populao ativa aumentou, tanto quanto a prod~o agrcola e o comercio. No devemos esquecer que para esseaumento contribuiu muito a abertura das novas vias de comuni-cao por terra (84), o que se fazia antes apenas por ma~rioou rsticos caminhos. Por outro lado, assistimos regress!'ode algumas delas, nas duas regies, mostrando que mesmo a po-ltica urbanizadora dirigida no provocou transformaes qua~titativas e qualitativas no processo de formao da rede denucleos urbanos. Muitos ncleos fracassaram como fracassaramaqueles implantados sob o sistema de capitanias hereditarias.

  • que o Brasil absorveu, numa proporo esmagadora, os fluxosemigratrios da Metrpole e'ilhas adjacentes. Ao iniciar-se osculo XIX o Brasil teria cerca de trs milhes de habitantes,sendo um tero de escravos. A rede urbana estendia-se consid~ravelmente, mas com cinquenta, duzentos ou quatrocentos habi-tantes por vila. Aqui perguntamos, como Godinho o fazia em r~lao a Portugal: seria o Brasil uma colnia urbanizada, comnucleos urbanos to fouxos, pouco povoados e com populao toinstvel? (85)

    (I) AZEVEDO, Aroldo de. "Vi Ias e cidades do Brasi 1 colonial;ensaio de geografia retrospectiva". so Paulo, USP,Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras. Boletim(208): 193-250, 1956.

    (2) Cito por TOLEDO, Bened~to Lima de. "Do sculo XVI ao incio do sculo XIX; maneirismo, barroco e rococ". In:Histria geral da arte no Brasil. so Paulo, Institu-to Walther Moreira Salles/Fundao Djalma Guimaraes ,1983, v.l, p. 114-116.

    (3) SANTOS, Paulo F. Formao de cidades no Brasil colonial.Coimbra, 1968, p. 70-71, (V Colqui Internacional d~Estudos Luso-Brasileiros).

    (4) OMEGNA, Nelson. A cidade colonial. 2a. ed. Brasl ia,EBR~SA/lnstituto Nacional do Livro, p. 65-82.

    (5) Esta poltica se enquadra na definio dada por NestorGoulart para a origem dos ncleos nos dois sculos anteriores. Vide REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribui-o ao estudo da evoluo urbana do Brasil: 1502-1720.so Paulo, Pioneira, 1968, p. 66.

  • (6) A Proviso de D. Joo v, de 1720, proibia a migrao e aCarta Rgia de 2 de julho de 1766 proibia os srtiosvo 1antes, p.or exemplo.

    (7) DOCUMENTOS INTERESSANTES PARA A HISTORIA E COSTUMES DEsAO PAULO. so Paulo, Departamento de Arquivo do Estado de So Paulo, v. 15, p. 103-105. Esta srie de pu-blicaes ser designada DI nas outras notas.

    (8) Vide DI, v ..23, p. 192,400; REVISTA DO INSTITUTO HISTO-RICO E GEOGRAFICO BRASILEIRO. Rio de Janeiro, Depar~~mento de Imprensa Nacional, 1957, Esp., v. 5, p. 178;v. 11, p. 185, de ora em diante designada RIGHB; AN-NAES DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO. Rio deJaneiro, Officinas Graphicas da Biblioteca Nacional,1914, v. 32, p. 353; v. 36, p. 145 designados daquiem diante por ANNAES; SANTOS, Paulo F. Op. ci.t.,p.45-48, 49-50. A Carta Rgia de 22 de julho de 1766 davainstrues para o Governador, Conde de Azambuja,criarvilas na Capitania da Bahia, ANNAES, v. 32, p. 353v. 36, p. 145. Vide tambm o "Registro dos autos deereco da real vil1a de Montemr-o-Novo na capitaniado Cear Grand~' e a Carta Rgia de 19 de junho de1761, mandando elevar oito povoaes em vila e a Vilade Mcha cidade, com o nome de Oeiras, noPiauf, tran.!critos por SANTOS, P. F. Ob. cit., p. 45-48, 49-50.

    (9) GUTIERREZ, Ramn. Arguitectura y urbanismo en Iberoame-rica. Madrid, Catedra, 1983, p. 221-222.

    (11) SPIX, J. B. e von MARTIUS, C.F.P. Viagem pelo Brasil.trad. Lucia Furquim Lahmeyer. Rio de Janeiro, Impren-sa Nacional, 1938, v. 1, p~ 182.

  • (12) ANNAES, v. 36, p. 21.( 13)

    ( 14)

    (15)

    ( 16)

    (17)

    (18)

    (19) RIHGB, Esp., v. 6, p. 61, 74; ANNAES, v. 32, p. 52, 208,255, 257, 372; li. 36, p. 217; DI, v. 23, p. 285.

    DI, v. 23, p. 192.DI, v. 73, p. 60.DI, v. 67, p. 148.RIHGB, Esp., v. 5, p. 384.Idem, p. 353-356.Idem, p. 384.

    (20) O Diretrio do Gro-Par e Maranho data de 29 dede 1678, ANNAES, v. 32, p. 373-377.

    (21) DI, v. 73, p. 93.(22) RIHGB, Esp., v. 6, p. 74.(23) DI, v. 67, p. 106, 160-161.(24) Idem, p. 166.(25) DI, v. 64, 214.(26)

    (27)

    (28)

    (29)

    (30)

    (31)

    (32) DI, v. 23, p. 415. Mais tarde foi necessrio garantir aposse da terra aos primeiros moradores, pois algunspovoadores que apareciam posteriormente aproveitavam-se da misria daqueles, pediam carta de sesmaria e se

    ANNAES, v. 32, p. 38.Idem, p. 240.Idem, p. 272.DI, v. 23, p. 35.DI, v. 67, p. 137-138; v. 85, p. 120, 175.ANNAES, v. 32, p. 213.

  • apossavam das propriedades que tinham sido beneficia-das a custa do sacrifcio dos primeiros, DI, v. 29p. 96-97.

    (33) DI, v. 87, p. 47, 74-75.(34) Entenda-se como degredados no apenas aqueles que eram

    expatriados da Metrpole e outras colnias para oBrasi1, mas tambm aqueles que, devido a seus crimesram expulsos de suas povoaes e vilas "paJut nunca.ml.6 vof.:toJt"

  • (52) SANTOS, P. F. Op. cito , p. 25.(53) GUTIERREZ, R. op. cito , p. 226.(54) Idem, p. 235.(55) SANTOS, P. F. Op. ci t., p. 64.(56) ANNAES, v. 32, p. 207.(57) Idem, p. 211-213, 267.(58) E o tipo mais corrente ainda utilizado nas aldeias do

    Alentejo, em Portugal. SERMO, J. Dicionrio da histo-ria de Portugal e do Brasil; at a Independncia. Lisboa, Lell0, 1971, v. 8, p. 466.

    (59) ANNAES, v. 32, p. 376. No item 29 das Instrues encon-tramos, por exemplo, as medidas das casas: "TenMoquando meno:6 de nltente 42 paimO-6 e 30 de nundo pa!W.-6e ltepaM:.Lem em 1 -6a.f.a.e 3 c.amaJut6 ou quaJt:tO-6, humna palLte da. !tua. j urr:to Mia. e 2 da. ba.nda. do qln:ta..e.;e de a1.:twut nem meno-6 de 14, nem mt.6 de 15 dude opa.v.rre.n:toe o Y.vel em que houveJt de 6-[c.a.Jta.!tua. ato :telhado; huma. -6poltta. pa.Jta.a.!tua., um c.om 5 deia.Jtgo e 10 de a.Uo, ou:tJta. pa.Jta.o qln:ta..e.e M mt.6pOIt dentlto nec.U-6JM; :todM de 4 1/2 de ia.Jtgo e 9de ai..:to e 3 ja.neiiM, 2 pa.Jta.a. .!lua de 4 1/2 de ia.Jtgoe 7 de ai..:to e huma. pa.Jta.o qln:ta..e.que pde -6eJt mt.6pequena.. 0-6 nogu pa.Jta.a. c.ozinha. -6e 6aJto no-6 qln-:tau a.o p dM c.a.ZM, mM n0fta. do peJgo de M -tc.e-c.a.Jl.em".

    (60) Idem, p. 212-213.(61) DI, v. 67, p. 104-105, 108; v. 23, p. 408; v. 87, p. 202-

    206.(62) ANNAES, v. 32, p. 269.

  • (63) ANNAES, v. 32, p. 210.

    (64) Idem, p. 240, 256, 267, 272, 273, 277, 293.

    (65) Idem, p. 325.

    (66) Idem, p. 268.

    (67) Idem, p. 371-373.

    (68) Idem, p. 371.

    (69) Idem, p. 372.

    (70) Idem, v. 37, p. 230, 236, 242, 244.

    (71) Idem, p. 230.

    (72) Idem" p. 242, 244.

    (73) Idem, v. 32, p. 230, 272.

    (74) DI, v. 23, p. 40-43; v. 85; p. 118-120; RIHGB, Esp., v.

    6, p. 53.

    (75) RIHGB, Esp., v. 5, p. 392.

    (76) DI, v. 85, p. 120.

    (77) DI, v. 29, p. 45; R!HGB, Esp., v. 11, p. 179-181.

    (78) A Capitania de so Paulo englobava, ento, o Paran e

    parte de Santa Catarina.

    (79) DI,v.67,p. 104-105.

    (80) Idem, p. 108.

    (81) DI, v. 23, p. 408.

    (82) DI, v. 87, p. 205-206.

    (83) HOLANDA, Srgio Buarque de. Mones. 2a. ed. So Paulo,

    Alfa-Omega, 1976, p. 45~

  • (84) Especialmente a j citada ligao de So Paulo ao Rio deJaneiro pelo Vale do Parafba e ligao de Porto Segu-ro ao Espfrito Santo pela estrada litornea.

    (85) GODINH~Vitorino Magalhes. A estrutura da antiga socie-dade portuguesa. Lisboa, Arcadia, 1971, p. 18, 50-51.