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Boletim Informativo Nº 3 31 de Janeiro de 2014

31 Nº 3 de Janeiro de 2014 Boletim Informativo · Antes, todavia, o Tribunal de Justiça de Goiás, ... O pagamento da taxa é condição para a realização da fiscalização sanitária

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BoletimInformativo

Nº 3 31 de Janeiro de 2014

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Sumário1 ESPECIAL........................................................................................................................................22 CLIPPING PGE.................................................................................................................................33 BIBLIOTECA...................................................................................................................................54 LEGISLAÇÃO.................................................................................................................................6

4.1 Legislação Federal....................................................................................................................64.2 Legislação Estadual...................................................................................................................7

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO..................................................................................................105.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante ..............................................................................135.2 Tribunais Superiores................................................................................................................14

6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS..................................................................................................16

1 ESPECIAL

Comissionado não pode ter função de procurador, decide STF

Por Tadeu Rover

O Poder Executivo não pode atribuir a cargos em comissão o exercício de funções deassistência, de assessoramento ou de consultoria na área jurídica, que são próprias dosprocuradores do Estado. Seguindo esse entendimento, o ministro do Supremo TribunalFederal Celso de Mello concedeu liminar supendendo, até o julgamento do mérito de umaAção Direta de Inconstitucionalidade, trechos de uma lei da Paraíba que permitia aogoverno estadual criar cargos de livre provimento para exercer tais atribuições.

“A representação institucional do Estado-membro em juízo ou em atividade de consultoriajurídica traduz prerrogativa de índole constitucional outorgada, pela Carta Federal (art.132), aos Procuradores do Estado. Operou-se, nesse referido preceito da Constituição,uma inderrogável imputação de específica atividade funcional cujos destinatários são,exclusivamente, os Procuradores do Estado”, explicou o ministro em sua decisão.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi ajuizada pela Associação Nacional dosProcuradores de Estado (Anape) pedindo que fosse declarada a inconstitucionalidade detrechos da Lei 8.186/2007 da Paraíba que permitem ao Poder Executivo atribuir aassistentes jurídicos e demais cargos comissionados as mesmas atividades dosprocuradores estaduais.

“A exclusividade dessas atividades de representação e consultoria jurídica da unidadefederada não pode ser afrontada por dispositivo infraconstitucional estadual que delegueas mesmas funções e prerrogativas a outros agentes públicos. Por isso, a criação decargos de assessores jurídicos, sejam assistentes, consultores ou outra nomenclaturaatribuída pela norma, é totalmente inconstitucional”, afirma a Anape.

De acordo com a Associação, o artigo 132 da Constituição Federal determinou que apresença dos procuradores na organização administrativa do Estado é obrigatória einafastável. “Assim, a previsão, por qualquer lei, de que outros agentes públicos exerçam

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funções similares ou coincidentes representa uma burla à vontade do constituinte”,complementa.

Após consultar a Advocacia-Geral da União e Procuradoria-Geral da República, o ministroCelso de Mello deu razão à Anape. “A exclusividade dessa função de consultoriaremanesce, agora, na esfera institucional da Advocacia Pública, a ser exercida, no planodos Estados-membros, por suas respectivas Procuradorias-Gerais e pelos membros queas compõem, uma vez regularmente investidos, por efeito de prévia aprovação emconcurso público de provas e de títulos, em cargos peculiares à Advocacia de Estado, oque tornaria inadmissível a investidura, mediante livre provimento em funções ou emcargos em comissão, de pessoas para o desempenho, no âmbito do Poder Executivo doEstado-membro, de atividades de consultoria ou de assessoramento jurídicos”, explicou oministro.

Celso de Mello apontou ainda que o Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o alcance doartigo 132 da Constituição Federal, firmou diretriz jurisprudencial no sentido de que odesempenho das atividades relacionadas à consultoria e ao assessoramento jurídicosprestados ao Poder Executivo estadual traduz prerrogativa outorgada, pela Carta Federal,exclusivamente aos procuradores do Estado e do Distrito Federal.

Clique aqui para ler a liminar.

ADI 4.843

Fonte: ConJur

2 CLIPPING PGE

Procuradoria-Geral do Estado obtém decisão favorável para restabelecer a cobrança da taxa

de fiscalização sanitária animal e vegetal

No mandado de segurança impetrado pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás(FAEG) contra a cobrança de taxa de fiscalização sanitária animal e vegetal pela Agrodefesa (Processo 201400161546), a juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia extinguiu o processo sem resolução do mérito, tornando expressamente sem efeito a liminar concedida.Antes, todavia, o Tribunal de Justiça de Goiás, em sede de agravo de instrumento, já tinha suspendido os efeitos da liminar. Na retratação do agravo, a Juíza pôs fim ao próprio mandado de segurança, porque a FAEG combatia lei em tese, o que é vedado, conforme Súmula 266 do STF.O pagamento da taxa é condição para a realização da fiscalização sanitária animal e vegetal pela Agrodefesa, que agora pode continuar seu imprescindível trabalho de inspeção.A Agrodefesa foi representada pelo Procurador do Estado Glauco Henrique Matwijkow de Freitas, que contou com a colaboração dos Procuradores do Estado Frederico Antunes Costa Tormin e Bruno Bizerra de Oliveira. (Fonte:GAB/CEJUR)

Procuradoria-Geral do Estado de Goiás obtém liminar no Supremo Tribunal Federalpara compelir a União, por intermédio do Ministério das Cidades a restabelecerrepasses de recursos do PAC para obras de saneamento

Atendendo a pedido do Diretor-Presidente da SANEAGO, o Procurador-Geral do Estado,

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Dr. Alexandre Eduardo Felipe Tocantins, autorizou a propositura de ação em face daUnião Federal contra decisão do Ministério das Cidades que declarou encerrados Termosde Compromisso firmados com o objetivo de executar ações relativas a serviços urbanosde água e esgoto...

Leia Mais: PGE

Atuação proativa da Procuradoria Judicial possibilita economia de R$ 138.979,57aos cofres públicas, em ação movida por servidor

Trata-se, na origem, da execução do acórdão proferido no Mandado de Segurança nº161258.62.2001.809.0000, ajuizada por Sebastião Martins de Aquino, com base nosuposto direito de paridade entre aposentados e servidores ativos quanto aos reajustesda parcela intitulada Gratificação de Representação.O Estado opôs embargos à execução, os quais, num primeiro momento, foram rejeitadospelo Presidente da 2ª Câmara Cível do TJGO. No entanto, a Procuradoria Judicialrecorreu e obteve provimento favorável, com o reconhecimento da prescrição dapretensão executória, ficando o Estado desobrigado do pagamento.Atuaram no feito os Procuradores do Estado Aliny Nunes Terra (Procuradora Chefe daProcuradoria Judicial) e Rafael Carvalho da Rocha Lima.

Fonte: PGE

Procuradoria Judicial consegue decisão favorável, confirmando a tese de que anomeação tardia em cargo público não gera efeitos financeiros retroativos

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, deu provimento à apelação do Estado deGoiás, referente a ação ordinária proposta pelo Sindicato dos Servidores Públicos doEstado de Goiás (Sindipúblico) (Procotocolo nº73044-53.2012.8.09.0051), emconsonância com posição firmada também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), paradeclarar que a nomeação tardia em cargo público, decorrente de decisão judicial, nãogera efeitos financeiros retroativos.No caso particular, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás declarou inexistente o direitodos substituídos de serem reenquadrados, porquanto não foram preenchidos os requisitosdo efetivo exercício no cargo, em conformidade com o inciso II, do artigo 16, da LeiEstadual nº 16.921/10.O Sindicato buscava o reenquadramento dos seus substituídos, todos servidores públicosfiliados em seus quadros, oriundos do concurso da AGANP/2006, ocupantes do GrupoOcupacional Técnico Administrativo, independentemente da data da posse e/ou exercício,bem como o pagamento de diferenças salariais geradas, sob o argumento de que ademora na nomeação poderia prejudicar os substituídos aprovados em cadastro dereserva.Atuou no processo o procurador do Estado, Dr. Rafael Carvalho da Rocha Lima.

(Com informações da Procuradoria Judicial [PJ-PGE] e do Centro de Estudos Jurídicos[CEJUR-PGE])

Fonte: APEG

PGE, MP e TJ discutem políticas públicas sobre criança e adolescente

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A convite da Coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Infância eJuventude, Promotora de Justiça Karina D’Abruzzo, o Procurador do Estado RafaelArruda Oliveira (Casa Civil), juntamente com o Secretário de Estado de Cidadania eTrabalho, Francisco de Assis Peixoto, o Presidente do Grupo Executivo de Apoio aCrianças e Adolescentes (GECRIA), Cel. André Luiz Gomes Schroder, e o Juiz Auxiliar daCorregedoria-Geral de Justiça, Dr. Sival Guerra Pires, participaram, na sede do MinistérioPúblico, de reunião técnica para discutir a regulamentação da lei que instituiu, no Estadode Goiás, o Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes (GECRIA), o FundoEspecial de Apoio à Criança e ao Jovem (FCJ) e o sistema de atendimentosocioeducativo.

Em fase final de formatação na Casa Civil, o decreto regulamentador da Lei nº 17.887/12deverá ser editado nos próximos dias pelo Chefe do Executivo.

Fonte: PGE

3 BIBLIOTECA

O acervo da Biblioteca Ivan Rodrigues recebeu a Revista Brasileira de Estudos

Políticos, Nº 106, Janeiro / Junho de 2013, Belo Horizonte – MG / Brasil. ISSN: 0034-

7191. Contendo os seguintes artigos:

Editorial ..........................................................................................................................9

Artigos Internacionais

JESTAEDT, Matthias. A Ciência como visão de mundo: ciência do direito e concepção

de democracia de Hans Kelsen .........................................................................................13

CORREAS, Óscar. "Razón, retórica y derecho: laracionalización de la retórica" ........69

Artigos Nacionais

FIUZA, César ; POLI, Luciana Costa. Autonomia privada e intervenção no Estado

Democrático de Direito: a (im)possibilidade de casamento entre homossexuais ..............95

BARBOSA, João Mitia Antunha ; BARBOSA, Marco Antonio. Povo e Estado no século

XXI e a atualização semântica do direito de autodeterminação dos povos .....................133

PIRES, Maria Coeli Simões Pires. Federalismo brasileiro: emergência de um

redesenho institucional do modelo ..................................................................................163

AGUIAR, Marcelo Souza. A tríplice perspectiva metodológica da Filosofia do

Direito ...............................................................................................................................191

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ZAMBAM, Neuro José ; BOFF, Salete Oro. A compreensão de sustentabilidade para

uma política de desenvolvimento a partir da teoria de Rawls ..........................................215

CAMARGO, Ricardo Antonio Lucas. Comunicação social na ordem econômica

constitucional ...................................................................................................................241

BUSTAMANTE, Thomas da Rosa de. Sobre o caráter argumentativo do direito: uma

defesa do pós-positivismo de MacCormick .....................................................................263

Resenha

BORGES, Alexandre Walmott ; COELHO, Saulo Pinto. "On political authority in the

ancient world, de Benjamin Constant" .............................................................................315

Normas para os colaboradores ..................................................................................329

4 LEGISLAÇÃO

4.1 Legislação Federal

Leis Complementares

Não Houve Publicação.

Leis Ordinárias

Não Houve Publicação.

Decretos

Nº do Decreto Ementa

8.192, de 30.1.2014Publicado no DOU

de 31.1.2014

Fixa, para a Aeronáutica, os quantitativos de vagas para promoçõesobrigatórias de oficiais, para os Quadros que menciona, no ano-

base de 2013 .

8.191, de 30.1.2014Publicado no DOU

de 31.1.2014

Fixa, para o Exército, os quantitativos de vagas para promoçõesobrigatórias de Oficiais das Armas, Quadros e Serviços que

menciona, no ano-base de 2013.

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8.190, de 30.1.2014Publicado no DOU

de 31.1.2014

Fixa, para a Marinha do Brasil, os quantitativos de vagas parapromoções obrigatórias de oficiais para os Corpos e Quadros que

menciona, no ano-base de 2013.

4.2 Legislação Estadual

Leis Complementares

Não Houve Publicação.

Leis Ordinárias

Nº da Lei Ementa

18.392Publicada no D.O. de

27-01-2014

Fixa o valor do auxílio moradia para os Deputados Estaduais.

18.391Publicada no D.O. de

27-01-2014

Autoriza a transferência de recurso financeiro, na forma desubvenção social, à entidade filantrópica que especifica.

18.390Publicada no D.O. de

27-01-2014

Dá denominação ao próprio público que especifica.

18.389Publicada no D.O. de

27-01-2014

Altera a Lei no 17.871, de 24 de dezembro de 2012, que dádenominação a próprio público que especifica.

18.388Publicada no D.O. de

27-01-2014

Dá denominação ao próprio público que especifica.

18.387Publicada no D.O. de

27-01-2014

Dá denominação ao próprio público que especifica.

18.386Publicada no D.O. de

27-01-2014

Institui a Semana Estadual de Enfrentamento ao SedentarismoHumano.

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18.385Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.384Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.383Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.382Publicada no D.O. de

22-01-2014

Concede título de cidadania que especifica.

18.381Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.380Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.379Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica

18.378Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.377Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.376Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.375Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.374Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.373Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

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18.372Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.371Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.370Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.369Publicada no D.O. de

22-01-2014

Declara de utilidade pública a entidade que especifica.

18.368Publicada no D.O. de

22-01-2014

Concede título de cidadania que especifica.

18.367Publicada no D.O. de

22-01-2014

Altera a Lei nº 12.082, de 30 de agosto de 1993, que declara deutilidade pública a entidade que especifica.

Decretos Numerados

Nº do Decreto Ementa

8.075Publicado no D.O. de

23-01-2014

Qualifica como organização social, no âmbito do Estado deGoiás, a entidade que especifica.

8.074Publicado no D.O. de

23-01-2014

Altera dispositivo do Decreto nº 3.588, de 14 de fevereiro de1991, e dá outras providências.

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5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO

5.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante

5.2 Tribunais Superiores

5.2.1 Supremo Tribunal Federal

Liminar suspende lei de Santa Catarina sobre formação de condutores de veículos

O Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu liminar para suspender dispositivos de uma lei doEstado de Santa Catarina que autorizam o Poder Executivo a delegar, como serviço público na áreade trânsito, a formação de condutores de veículos. A Lei catarinense 13.721/2006 foi questionada noSTF pela Procuradoria Geral da República (PGR) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)4707.

Segundo a PGR, o tema da formação de condutores é de competência da União, abordado noCódigo Brasileiro de Trânsito, que submete a matéria a um regime de autorização. A lei catarinense,diz a PGR, além de invadir área normativa própria da União, converte uma atividade econômica emum serviço público.

Petição encaminhada esta semana pela PGR ao Supremo noticia o surgimento de fato novo, com apublicação, no dia 20 de janeiro, de edital de concorrência para promover a delegação da prestaçãodo serviço de formação de condutores sob o regime de permissão, com base na legislaçãoimpugnada pela ADI.

Urgência

O vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da Presidência, deferiu opedido para suspender o inciso II do artigo 1º e o artigo 3º da Lei 13.721/2006, assim como aconcorrência aberta pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina para oserviço de formação de condutores por meio da Concorrência 042/2011.

Segundo o ministro, a relatora da ADI, ministra Cármen Lúcia, já havia vislumbrado a necessidadede urgência na definição da ação, incluída em pauta do plenário desde o início do ano passado, eainda aguardando julgamento. Ele destacou ainda dispositivos da Lei das ADIs (Lei 9.868/1999) edo Regimento Interno do STF que autorizam a Presidência do Tribunal a decidir sobre questõesurgentes no período de recesso ou férias.

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“Considerando a relevância dos fundamentos deduzidos na inicial e a proximidade do julgamentode mérito desta ação direta de inconstitucionalidade, tudo recomenda, neste momento, a suspensãoliminar dos dispositivos impugnados, bem como dos atos administrativos que buscam efetivá-losem toda a sua amplitude”, afirmou o ministro Ricardo Lewandowski.

FT/RR

Governadora do RN questiona lei que altera teto do funcionalismo estadual

A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, ajuizou Ação Direta deInconstitucionalidade (ADI 5087), com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF),pedindo a suspensão de alterações feitas na Constituição estadual, pela Assembleia Legislativapotiguar, que flexibilizaram o teto salarial do funcionalismo público no estado.

Segundo a governadora, os artigos 2º da Emenda 11/2013 e 31 do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição estadual afrontam princípios da ConstituiçãoFederal, tais como a separação dos Poderes, a iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo paraestabelecer despesas e criação de cargos e o limite remuneratório para servidores públicosestabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003.

Na ação, a governadora sustenta que a Assembleia alterou o projeto de lei original por ela enviado,de forma a onerar os cofres estaduais em mais de R$ 3 milhões, ao permitir a incorporação deadicional por tempo de serviço e de vantagens pessoais recebidas até 31/12/2003 – data dapromulgação da emenda constitucional que estabeleceu o teto remuneratório para o funcionalismopúblico em todo o país.

A governadora lembra que o teto estadual (subteto) equivale à remuneração recebida pelosdesembargadores do Tribunal de Justiça (TJ-RN), que é de 90,25% do subsídio pago aos ministrosdo STF. Ao pedir a concessão de liminar, com efeito retroativo (ex tunc) e para todos (erga omnes),Rosalba Ciarlini afirmou que não há previsão orçamentária para fazer frente ao pagamento deservidores públicos ativos, inativos e pensionistas.

Conforme a ADI, com a alteração, o estado está obrigado a “restabelecer o pagamento de vantagenshá muito atingidas pelo teto remuneratório anterior [à publicação da EC 41/2003], causando, assim,grande impacto nas finanças públicas”. No mérito, pede a procedência da ação e a confirmação daliminar.

5.2.2 Superior Tribunal de Justiça

Segunda Turma afasta estado de Minas do polo passivo em ação sobre cobrança deICMS Por maioria de votos, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento arecurso especial interposto pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em ação ajuizada contra oestado de Minas Gerais e o estado do Rio de Janeiro, relativa a créditos de ICMS. O colegiadomanteve decisão que extinguiu o processo, sem julgamento do mérito, em relação ao estado deMinas.

Nas transferências de mercadorias dos estabelecimentos da CSN localizados em Minas Gerais paraos estabelecimentos localizados no Rio de Janeiro, a companhia incluiu os custos na base de cálculoem conformidade com a legislação mineira, mas o fisco do Rio glosou o crédito, exigiu o imposto e

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aplicou-lhe multa.

Como o ICMS correspondente ao crédito glosado pelo Rio foi recolhido ao estado de Minas, acompanhia moveu ação contra os dois estados, na Justiça do Rio de Janeiro. Pediu que fossereconhecido seu direito ao crédito e declarada a improcedência dos autos de infração emitidos pelafazenda fluminense ou a devolução dos valores pagos ao estado de Minas, acrescidos dos jurosmoratórios e compensatórios cabíveis à espécie.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) extinguiu o processo, sem julgamento do mérito, emrelação ao estado de Minas Gerais. Para o TJRJ, são demandas autônomas, que devem ser ajuizadasperante a Justiça de cada estado.

No STJ, os ministros da Segunda Turma chegaram à mesma conclusão. Para o colegiado, como setrata de um tributo estadual, Minas Gerais pode estar certo na cobrança de seu tributo, de acordocom sua legislação, assim como também o estado do Rio.

Segundo o acórdão, “os pedidos sucessivos cuidam de situações autônomas que não guardamrelação de sucessividade, sendo descabida a eventual apreciação pela Justiça fluminense de questãoque deveria estar afeita à Justiça de Minas Gerais”.

Candidato tem mandado de segurança negado por falta de comprovação daautoridade coatora

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, negou mandado desegurança impetrado por um candidato aprovado em concurso público para o cargo de escrivão daPolícia Civil do Distrito Federal. Ele buscava assegurar a expedição do seu diploma de tecnólogoem gestão pública, mas a ausência de comprovação da autoridade coatora comprometeu alegitimidade passiva da ação.

O candidato alegou que concluiu o curso de gestão pública da Faculdade de Tecnologia EquipeDarwin (Faceted), em 2 de julho de 2010. Após isso, foi aprovado no concurso da Polícia Civil doDF, o que gerou a urgência para apresentação do respectivo diploma, requerido em 4 de dezembrode 2013.

A informação obtida na secretaria do curso, entretanto, foi de que o diploma ainda estava emprocesso de reconhecimento e que dependia do aval do Ministério da Educação e da Universidadede Brasília.

O candidato sustentou que, como já se passaram três anos e quatro meses da data de conclusão docurso, não poderia “ficar jogado à sorte, aguardando a emissão do diploma”. No mandado desegurança, requereu determinação para que a Faceted, a Universidade de Brasília e o Ministério daEducação “tomem as providências necessárias para que se proceda à expedição do diploma detecnólogo em gestão pública”.

O presidente do STJ, entretanto, entendeu que não se verifica qualquer ato que possa ser atribuídoao ministro da Educação. “A segurança é manifestamente incabível, uma vez que o impetrante nãodemonstrou que a autoridade apontada como coatora efetivamente tenha praticado ou deixado depraticar qualquer ato ilegal ou abusivo que violasse direito líquido e certo seu, limitando-se aafirmar, de forma genérica, a demora na emissão do diploma requerido em dezembro de 2013”,

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explicou Fischer.

Sem a devida comprovação de que o ministro da Educação praticou o ato coator, a competênciajurisdicional do STJ foi afastada e o mandado de segurança negado liminarmente.

5.2.3 Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Ex-secretária de educação de Itapaci condenada por dispensa indevida de licitação

A ex-secretária municipal de Educação de Itapaci, Maria de Lourdes Pereira, foicondenada a três anos de detenção, em regime aberto, além do pagamento de multa deR$1.429,13, por dispensa indevida de licitação. A sentença é do juiz Eduardo Alvares deOliveira.

Consta do autos que, entre os meses de janeiro e junho de 2004, ela também era gestorado Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dosProfissionais da Educação (Fundeb) e comprou material escolar, sem licitação.

O artigo 24 da Lei 8.666/93 dispensa de licitação para serviços e compras de até R$ 8 milmas, segundo o Ministério Público (MP) as aquisições em questão foram superiores ecausaram prejuízo aos cofres públicos. Para o magistrado, ficou claro que o valor totaldas despesas foi fracionado entre vários fornecedores. "O fracionamento das comprasimpede de selecionar a proposta mais vantajosa para a administração pública, ascompras que são realizadas em pequenas quantidades afastam a possibilidade demaiores descontos nas aquisições", frisou.

Maria de Lourdes negou ser a responsável pela gestão das verbas públicas, entretanto,Eduardo observou que todas as notas de empenhos e ordens de pagamentos emitidaspelo Fundeb eram assinadas por ela. Segundo ele, na condição de gestora do fundo eordenadora de despesas, Maria de Lourdes tinha obrigação de conhecer as normas legaisque disciplinam a aquisição de bens e serviços para a administração pública. "É insensatoa gestora do fundo afirmar que não tinha conhecimento da necessidade de licitação paraesta hipótese, se aceitou o cargo, deve ser conhecedora das normas a que se submete,respondendo pelos atos ilegais praticados", afirmou.

Eduardo Alvares ressaltou, que a pena de multa deverá ser revertida em favor domunicípio de Itapaci. Ele concedeu a Maria a substituição da pena privativa de liberdadepor duas restritivas de direitos; prestação de serviços gratuitos à comunidade ou aentidade de caráter assistencial e prestação pecuniária, que consiste no pagamento decinco salários mínmos a entidade beneficente. (Texto: Brunna Ferro - estagiária do Centrode Comunicação Social do TJGO)

Fonte: TJ GO

Estado terá de indenizar homem agredido por PM's em Novo Gama

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O juiz Cristian Battaglia de Medeiros , da comarca de Novo Gama, julgou parcialmenteprocedente pedido de indenização para condenar o Estado de Goiás ao pagamento de R$20mil por danos morais a Luís César de Sousa Martins. Ele foi espancado por policiaismilitares da cidade...

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5.2.4 Tribunal Superior do Trabalho

TST abre os trabalhos de 2014 no dia 3

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) abre os trabalhos judiciários deste ano na próximasegunda-feira (3). A convocação dos ministros para a sessão do Órgão Especial foi feitanesta quarta-feira (29) pelo ministro Carlos Alberto Reis de Paula. A sessão será realizadaàs 14 horas, na sala de sessões do 6º andar, do bloco B. A partir de segunda-feira voltama funcionar normalmente todas as turmas e seções do tribunal e também serãoretomados os prazos recursais suspensos no dia 20 de dezembro de 2013.

(SECOM)

Fonte: TST

Empresa é condenada por pedir antecedentes criminais em processo admissional

A exigência de certidão de antecedentes criminais para admissão em emprego é umamedida extrema. A avaliação foi feita pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)Aloysio Corrêa da Veiga, no julgamento de recurso de revista de uma atendente detelemarketing da AEC Centro de Contatos S.A., da Paraíba. A conduta foi consideradadiscriminatória, e a empresa terá de pagar R$ 2 mil de indenização à trabalhadora...

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Hospital prova inexistência de vínculo com 868 médicos e reverte multa

O Instituto Materno Infantil de Minas Gerais conseguiu reverter na Justiça do Trabalhoautos de infração que o obrigavam a recolher mais de R$ 1 milhão para o pagamento deverbas trabalhistas de 868 médicos. A entidade hospitalar comprovou que não existiasubordinação ou vínculo entre ela e os profissionais da saúde e que estes atuavam deforma autônoma, ligados à Cooperativa dos Médicos do Instituto Materno Infantil de MinasGerais (Coopimimg).

O Instituto ajuizou a ação anulatória de ato administrativo contra a União Federal parareverter as notificações lavradas por um auditor fiscal do Trabalho em 26/3/2008. Deacordo com a notificação, a entidade hospitalar deveria pagar as parcelas de FGTS econtribuições previdenciárias dos 868 médicos.

O Instituto sustentou a incompetência do auditor para declarar a existência de vínculo

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empregatício e, no mérito, afirmou que a fiscalização era ilegal porque os médicosflagrados sem registro eram todos terceirizados. Eles utilizavam as instalações doInstituto, mas sem pessoalidade, vínculo empregatício e sem que salários pagos pelohospital.

Para a União, os elementos da pessoalidade, não-eventualidade, subordinação eonerosidade foram identificados na relação existente entre os médicos e o Instituto,demonstrando a "fraude perpetrada pela empresa ao tentar encobrir, através domecanismo da terceirização, as relações de emprego entre si e os trabalhadoresterceirizados".

Ao analisar o caso, a 22ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte não enxergou subordinaçãona prestação de serviços, deixando expresso que os médicos eram profissionais liberaiscom autonomia para exercer a atividade. Ainda para o juízo de primeiro grau, a relação sedava da seguinte forma: a entidade hospitalar oferecia o local e equipamentos para otratamento das doenças e os médicos exerciam sua atividade sem subordinação jurídico-trabalhista. Com base nesses argumentos, a primeira instância declarou a nulidade dosautos de infração.

Recursos

A União Federal recorreu, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MinasGerais) também não verificou subordinação. Ressaltou que o pagamento pelos serviçosera feito pelos pacientes e operadoras de planos diretamente à Coopimimg, nãopassando pelo crivo do hospital.

A União novamente recorreu, desta vez ao TST, mas a Segunda Turma negou provimentoao agravo. No entendimento da Turma, o Regional, com base no conjunto fático-probatório, concluiu que não estavam presentes os requisitos configuradores da relaçãode emprego. A decisão foi unânime, nos termos do voto do desembargador convocadoValdir Florindo.

(Fernanda Loureiro/CF)

Processo: AIRR-597-74.2012.5.03.0022

Fonte: TST

Cooperativa é impedida de obrigar empregado a trabalhar nos feriados

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Carazinho (RS) conseguiu impedir aCoagrisol – Cooperativa Agroindustrial de exigir que seus empregados trabalharem emferiados. A decisão saiu no recurso do sindicato, julgado pela Oitava Turma do TribunalSuperior do Trabalho. A cooperativa tem como atividade principal o comércio desupermercado.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) decidiu em favor da cooperativa,entendendo que não existia impedimento legal para a convocação dos empregados.Contrariamente, o sindicato interpôs recurso ao TST, sustentando a necessidade denorma coletiva autorizando o trabalho nos feriados, o que não ocorreu.

Segundo o relator do recurso, ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, o TST já firmou oentendimento de que o artigo 6º-A da Lei 10.101/2000, que trata do trabalho em feriadosno âmbito do comércio em geral, permite o funcionamento dos estabelecimentos, taiscomo os supermercados, "desde que haja expressa autorização em norma coletiva detrabalho e se observe, ainda, a legislação municipal vigente".

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Assim, o relator restabeleceu a sentença de primeiro grau que condenou a Coagrisol a"abster-se de exigir o trabalho de seus empregados nos feriados, sem autorizaçãoprevista em convenção coletiva de trabalho". Em caso de descumprimento, ela terá depagar multa diária no valor de R$ 1 mil por empregado, a quem a verba será revertida. Adecisão foi unânime.

(Mário Correia/CF)

Processos: RR-266-67.2012.5.04.0571

Fonte: TST

6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

letim Informativo CEJUR, ano IX, n. 03/2014.

31 de Janeiro de 2014.

ELABORAÇÃO:

Cláudia Marçal de Souza - Procuradora-Chefe do CEJUR

Mariana Milena Marinho - Estagiária em Direito

Dalvino Gonçalves de Almeida Junior – Estagiário em Design

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