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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00

AULA 0 - Oramento Pblico: PrincpiosSAIU O EDITAL PARA AGENTE DA POLCIA FEDERAL. SO 500 VAGAS! HORA DE REALIZAR O SEU SONHO!

Ateno: Se voc for fazer apenas a prova de Escrivo, cujo edital ainda no saiu, estude tambm por este curso. No ltimo edital a matria Noes de Administrao foi idntica tanto no cargo de Agente, como no de Escrivo.SUMRIO Apresentao do curso Princpio da Universalidade Princpio da Anualidade Princpio da Unidade Princpio do Oramento Bruto Princpio da Exclusividade Princpio da Quantificao dos Crditos Oramentrios Princpio da Especificao Princpio da Proibio do Estorno Princpio da Publicidade Princpio da Legalidade Princpio da Programao Princpio do Equilbrio Princpio da No Afetao das Receitas Princpio da Clareza Princpios Oramentrios Gerais e Especficos Mais Questes de Concursos Anteriores do CESPE Memento (resumo) Lista das questes comentadas nesta aula Gabarito Prof. Srgio Mendes PGINA 1 6 7 8 10 11 12 14 15 16 17 17 18 19 21 21 23 37 39 46

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Ol amigos! Como bom estar aqui! com enorme satisfao que iniciamos este Curso de Noes de Administrao para Agente da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE! casa nova! Novos desafios! Uma espetacular equipe de professores! Tudo voltado para a sua almejada aprovao!

Eu, Srgio Mendes, estarei com voc estudando os temas relacionados Administrao Financeira e Oramentria. Para os temas relacionados Administrao Geral, contaremos com o Prof. Rodrigo Renn. Vou comear com minha breve apresentao: sou Analista de Planejamento e Oramento do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Atualmente estou lotado na Secretaria de Oramento Federal (SOF) e sou instrutor da Escola Nacional de Administrao Pblica (ENAP) e das Semanas de Administrao Oramentria, Financeira e de Contrataes Pblicas da Escola de Administrao Fazendria (ESAF). Especializei-me em Planejamento e Oramento pela ENAP e sou ps-graduado em Oramento Pblico pelo Instituto Serzedello Corra do Tribunal de Contas da Unio (ISC/TCU). Fiz meu primeiro concurso pblico nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatria de Cadetes do Exrcito (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Cincias Militares com nfase em Intendncia (Logstica e Administrao). Como Oficial do Exrcito, exerci as funes de Pregoeiro e de Membro da Comisso Permanente de Licitaes e Contratos. Sou servidor pblico desde 2001 e professor das disciplinas Administrao Financeira e Oramentria (AFO), Direito Financeiro e Planejamento e Oramento Governamental. Com a palavra o Prof. Rodrigo Renn: Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: Sou carioca e formado em Administrao pela PUC do RJ, com Ps-Graduao em Gesto Administrativa. Como vocs, j fui concurseiro e disputei diversos concursos da rea de Administrao, sendo aprovado, entre outros, nos concursos: Analista de Finanas e Controle do DF - Administrao Financeira e Contbil - 2009 (cargo atual, que mudou de nome neste ano); Furnas - Administrador 2 2009; Professor Seplag/DF - Administrao 2010; Ministrio da Defesa DECEA/ Administrador 2009; Hemobras / Administrador 2008.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Atualmente sou servidor da Secretaria da Fazenda do Governo do Distrito Federal, no cargo de Auditor de Controle Interno na Subsecretaria do Tesouro. Sou professor de Administrao Geral, Administrao Pblica e Gesto de Pessoas desde 2007 e j participei de cursos escritos para concursos, como os do MPU, TCU, ICMS-RJ, EPPGG, TCEs e tribunais diversos. Tenho o hbito de escrever como se estivesse conversando com o aluno, portanto no estranhem o estilo leve, pois acredito que fica mais fcil de passar o contedo, e, principalmente, mais agradvel para vocs dominarem essa matria. Tenho certeza de que esse material far a diferena na sua preparao. Se aparecer uma dvida qualquer estarei disponvel para esclarecer de modo direto e individualizado. Passo a palavra de volta ao Prof. Srgio Mendes: Este o nosso edital para Agente da Polcia Federal 2012 elaborado pelo CESPE/Unb: NOES DE ADMINISTRAO: 1 Noes de administrao. 1.1 Abordagens clssica, burocrtica e sistmica da administrao. 1.2 Evoluo da administrao pblica no Brasil aps 1930; reformas administrativas; a nova gesto pblica. 1.3 Princpios e sistemas de administrao federal. 2 Processo administrativo. 2.1 Funes da administrao: planejamento, organizao, direo e controle. 2.2 Estrutura organizacional. 2.3 Cultura organizacional. 3 Administrao financeira e oramentria. 3.1 Oramento pblico. 3.2 Princpios oramentrios. 3.3 Diretrizes oramentrias. 3.4 SIDOR, SIAFI. 3.5 Receita pblica: categorias, fontes, estgios e dvida ativa. 3.6 Despesa pblica: categorias, estgios. 3.7 Suprimento de fundos. 3.8 Restos a pagar. 3.9 Despesas de exerccios anteriores. 3.10 Conta nica do Tesouro. 4 tica no servio pblico: comportamento profissional, atitudes no servio, organizao do trabalho, prioridade em servio. Assim, em uma diviso mais didtica que o edital, buscando ser o mais completo e objetivo possvel, sero 14 aulas, desenvolvidas da seguinte forma:AULA Aula 0 Aula 1 Aula 2 Aula 3 CONTEDO 3.2 Princpios oramentrios 3.3 Diretrizes oramentrias Parte I 3.3 Diretrizes oramentrias Parte II 3 Administrao financeira e oramentria. 3.1 Oramento pblico DATA Disponvel Disponvel Disponvel Disponvel

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00Aula 4 Aula 5 Aula 6 Aula 7 Aula 8 Aula 9 Aula 10 Aula 11 Aula 12 Aula 13 Aula 14 3.5 Receita pblica: categorias, fontes e dvida ativa. 3.6 Despesa pblica: categorias. 3.5 Receita estgios. pblica: estgios. 3.6 Despesa pblica: Disponvel Disponvel Disponvel Disponvel Disponvel Disponvel Disponvel 25/03 01/04 08/04 15/04

3.7 Suprimento de fundos. 3.8 Restos a pagar. 3.9 Despesas de exerccios anteriores. 3.4 SIDOR, SIAFI. 3.10 Conta nica do Tesouro. Comportamento organizacional: motivao e desempenho (est dentro do tpico 2.1, em Direo). 1.3 Princpios e sistemas de administrao federal. 1.1 Abordagens clssica, burocrtica e sistmica da administrao; Cultura organizacional 2. Processo administrativo. 2.1 Funes da administrao: planejamento, organizao, direo e controle. 1.2 Evoluo da administrao pblica no Brasil aps 1930; reformas administrativas; a nova gesto pblica. 2.2 Estrutura organizacional. 4. tica no servio pblico: comportamento profissional, atitudes no servio, organizao do trabalho, prioridade em servio.

As aulas sero focadas exclusivamente no edital para a Polcia Federal e tenho certeza que com esforo e dedicao alcanar seu objetivo. Mesmo assim, gostaria de dar uma recomendao: estude com afinco nossas aulas que nossa matria est caindo de forma impressionante nos concursos. No ser uma matria que voc aproveitar s para a Polcia Federal, pois te habilitar para novos voos caso opte por outros horizontes que podem ser to interessantes em diversos concursos pelo Brasil. Como motivao, separei algumas frases: "A transformao pessoal requer substituio de velhos hbitos por novos." (W.A Peterson) "A nica coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida normalmente meramente a vontade de tentar e a f para acreditar que aquilo possvel. (Richard M. Devos) "Consulte no a seus medos mas a suas esperanas e sonhos. Pense no sobre suas frustraes, mas sobre seu potencial no usado. Preocupe-se no com o que voc tentou e falhou, mas com aquilo que ainda possvel a voc fazer." (Papa Joo XXIII) "Duas coisas que aprendi so que voc to poderoso e forte quanto voc se permite ser, e que a parte mais difcil de qualquer empreendimento dar o primeiro passo, tomar a primeira deciso." (Robyn Davidson)Prof. Srgio Mendes

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"Entusiasmo a inspirao de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado." (Christian Nevell Bovee) "Grandes resultados requerem grandes ambies." (Herclito) Conhea outros cursos do Prof. Srgio Mendes atualmente no site! Acesse http://www.estrategiaconcursos.com.br/professores/3000/cursos Conhea outros cursos do Prof. Rodrigo Renn atualmente no site! Acesse http://www.estrategiaconcursos.com.br/professores/2800/cursos Com dedicao, organizao, disciplina e objetividade, estudaremos nesta aula os princpios oramentrios, que so premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepo e execuo da lei oramentria. Visam a aumentar a consistncia e estabilidade do sistema oramentrio. Por isso, so as bases nas quais se deve orientar o processo oramentrio e so impositivos no oramento pblico, apesar de no terem carter absoluto por apresentarem excees. Veremos que alguns princpios so explcitos, por estarem incorporados legislao, principalmente na Constituio Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei 4.320/1964. Outros so implcitos, porque so definidos apenas pela doutrina, mas tambm so importantes para fins de elaborao, execuo e controle do oramento pblico. Ateno: um assunto importante para a compreenso geral da matria e tambm muito cobrado em concursos!

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 1. PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAO De acordo com o princpio da universalidade, o oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta. Tal princpio no se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem integrar o PPA. Est na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3. A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei. Art. 4. A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos rgos do Governo e da administrao centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.. O 5. do art. 165 da CF/1988 se refere Universalidade, quando o constituinte determina a abrangncia da LOA: 5. A lei oramentria anual compreender: I o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

Princpio da Universalidade A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta.

1) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princpio da universalidade est claramente incorporado na legislao oramentria, assegurando que o oramento compreenda todas as receitas e todas as despesas pblicas, possibilitando que o Poder Legislativo conhea, a priori, todas as receitas e despesas do governo e possa dar prvia autorizao para a respectiva arrecadao e realizao.Prof. Srgio Mendes

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De acordo com o princpio da universalidade, o oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo e dar prvia autorizao para a respectiva arrecadao e realizao. Resposta: Certa 2. PRINCPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Segundo o princpio da anualidade, o oramento deve ser elaborado e autorizado para um perodo de um ano. Est na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade. E tambm na nossa Constituio Federal de 1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos anuais. conhecido tambm como princpio da periodicidade, numa abordagem em que o oramento deve ter vigncia limitada a um exerccio financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil. Vrios artigos da Constituio remetem anualidade, como o 1. do art. 167: 1. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porm no desconfiguraria o princpio, pois o conceito de anualidade no est relacionado ao ano civil, mas com o exerccio financeiro e o perodo de 12 meses. Os crditos adicionais especiais e extraordinrios autorizados nos ltimos quatro meses do exerccio podem ser reabertos no exerccio seguinte pelos seus saldos, se necessrio, e, neste caso, viger at o trmino desse exerccio financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de excees ao princpio da anualidade. Mais algumas consideraes sobre o princpio da anualidade:Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Estamos tratando da anualidade oramentria. A anualidade tributria determinava que deveria haver autorizao para a arrecadao de receitas previstas na Lei Oramentria Anual. Assim, as leis tributrias deveriam estar includas na LOA, no se admitindo alteraes tributrias aps os prazos constitucionais do oramento anual. Tal princpio tributrio no foi recepcionado pela atual CF/1988 e foi substitudo pelo princpio tributrio da anterioridade; Anualidade princpio oramentrio, porm anterioridade no . O princpio constitucional da anterioridade princpio tributrio e no oramentrio; A existncia no ordenamento jurdico de um Plano Plurianual com durao atual de quatro anos no excepciona o princpio da anualidade, pois tal plano estratgico e no operativo, necessitando da Lei Oramentria Anual para sua operacionalizao.

2) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da anualidade ou da periodicidade estabelece que o oramento obedea a determinada periodicidade, geralmente um ano, j que esta a medida normal das previses humanas, para que a interferncia e o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados em prazos razoveis, que permitam a correo de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execuo. No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente federativo. O princpio da anualidade, tambm conhecido como princpio da periodicidade, determina que o oramento deva ter vigncia limitada a um exerccio financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964. Logo, a periodicidade de um ano. Resposta: Errada 3. PRINCPIO DA UNIDADE OU DA TOTALIDADE Segundo o princpio da unidade, o oramento deve ser uno, isto , deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. Objetiva eliminar a existncia de oramentos paralelos. Tambm est consagrado na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade.Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 importante destacar que autores como Jos Afonso da Silva (1999) defendem que o princpio da unidade oramentria, na concepo de oramento-programa, no se preocupa com a unidade documental; ao contrrio, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma unidade de orientao poltica, numa hierarquizao dos objetivos a serem atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se tambm a sntese de Ricardo Lobo Torres (2000), dispondo que o princpio da unidade no significa a existncia de um nico documento, mas a integrao finalstica e a harmonizao entre os diversos oramentos. Desta forma, houve uma remodelao pela doutrina do princpio da unidade, de forma que abrangesse as novas situaes, sendo por muitos denominado de princpio da Totalidade, sendo construdo, ento, para possibilitar a coexistncia de mltiplos oramentos que, entretanto, devem sofrer consolidao. A Constituio trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princpio da totalidade, pois a composio do oramento anual passou a ser a seguinte: oramento fiscal, oramento da seguridade social e oramento de investimentos das estatais. Tal tripartio oramentria apenas de cunho instrumental, no violando o princpio em estudo. Concluindo, o princpio da unidade ou da totalidade no necessariamente significa um documento nico, j que o processo de integrao planejamentooramento tornou o oramento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovao, por leis diferentes, dos vrios instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovao pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si.

Princpio da Unidade ou Totalidade

O oramento deve ser uno, isto , deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. H coexistncia de mltiplos oramentos que, entretanto, devem sofrer consolidao.

3) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) A existncia do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceo ao princpio oramentrio da unidade.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 A existncia do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, no constitui uma exceo ao princpio oramentrio da unidade. O princpio da unidade ou da totalidade no necessariamente significa um documento nico, j que o processo de integrao planejamento-oramento tornou o oramento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovao, por leis diferentes, dos vrios instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovao pelo Poder Legislativo. Resposta: Errada 4. PRINCPIO DO ORAMENTO BRUTO Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Pblico. Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. Por exemplo, quando o Governo paga salrios, realiza despesas. No entanto, a partir de determinado valor, comea a incidir sobre a remunerao o Imposto de Renda, que uma receita para o Governo, descontada diretamente pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salrio de um servidor, efetuada uma despesa (salrio) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). O princpio do oramento bruto veda que as despesas ou receitas sejam includas no oramento nos seus montantes lquidos. Note que a diferena entre universalidade e oramento bruto que apenas este ltimo determina que as receitas e despesas devam constar do oramento pelos seus totais, sem quaisquer dedues. Tambm est na Lei 4.320/1964: Art. 6. Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. 1. As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber. No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalo do Executivo, que tem como subsdio inicial R$ 13.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto de Renda e Previdncia Social, o lquido gira em torno de R$ 9.500,00. Na lei oramentria, segundo o princpio do oramento bruto, devero constar todos esses itens, de receitas de despesas, e no somente a despesa lquida da Unio de R$ 9.500,00.No importa se o saldo lquido ser positivo ou negativo, o princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues.

Princpio do Oramento bruto

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4) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) A aplicao princpio do oramento bruto visa impedir a incluso, no oramento, importncias lquidas, isto , a incluso apenas do saldo positivo negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas determinado servio pblico.

do de ou de

O princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, no importando se o saldo liquido ser positivo ou negativo. Resposta: Certa 5. PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE O princpio da exclusividade surgiu para evitar que o Oramento fosse utilizado para aprovao de matrias sem nenhuma pertinncia com o contedo oramentrio, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas. Exceo se d para as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Por exemplo, o oramento no pode conter matria de direito penal. Assim, o princpio da exclusividade tem o objetivo de limitar o contedo da lei oramentria, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurdicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rpido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinncia com seu contedo eram denominadas caudas oramentrias ou oramentos rabilongos. Por outro lado, as excees ao princpio possibilitam uma pequena margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realizao de alteraes oramentrias. Possui previso na nossa Constituio, no 8.o do art. 165: 8. A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. E tambm no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: Art. 7. A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para: I Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as disposies do artigo 43; II Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crditoProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO quando necessrio estudar os temas ligados ao endividamento pblico ou Lei de Responsabilidade Fiscal. Voltando ao nosso princpio, em resumo, significa que:Regra: LOA deve conter apenas previso de receitas e fixao de despesas. No entanto, admitem-se autorizaes para: crditos suplementares e apenas este; e

Princpio da Exclusividade

operaes de crdito, mesmo que por antecipao de receita.

Relembro que o gnero crditos adicionais possui trs espcies: suplementares, especiais e extraordinrios. Pelo princpio da exclusividade, a LOA poder autorizar a abertura de crditos adicionais suplementares, porm no permitida a autorizao para os crditos adicionais especiais e extraordinrios. No que se refere s operaes de crdito, entenda, por agora, que elas se assemelham a emprstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Finalizando, em relao ao princpio da exclusividade, fundamental guardar que as excees ao princpio da exclusividade so crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por ARO.

5) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado municpio precisar urgentemente aprovar a autorizao legal para a contratao de determinado emprstimo destinado a reformar as escolas locais antes do incio do perodo letivo, tal autorizao no poder ser includa na LOA, pois essa lei no pode conter dispositivo estranho previso das receitas e fixao das despesas. O princpio da exclusividade determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas.Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Exceo se d para as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria. Logo, no caso em tela, a autorizao legal para a contratao de determinado emprstimo destinado a reformar as escolas locais antes do incio do perodo letivo dever ser includa na LOA. Resposta: Errada 6. PRINCPIO DA QUANTIFICAO DOS CRDITOS ORAMENTRIOS O princpio da quantificao dos crditos oramentrios est consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concesso ou utilizao de crditos ilimitados: Art. 167. So vedados: (...) VII a concesso ou utilizao de crditos ilimitados. A dotao o montante de recursos financeiros com que conta o crdito oramentrio. O princpio da quantificao dos crditos oramentrios determina que todo crdito na LOA seja autorizado com uma respectiva dotao, limitada, ou seja, cada crdito deve ser acompanhado de um valor determinado. Assim, no so admitidas dotaes ilimitadas, sem excees. O art. 59 da Lei 4320/1964 exige a observncia do princpio: Art. 59 - O empenho da despesa no poder exceder o limite dos crditos concedidos. Para que o empenho no exceda o limite dos crditos concedidos, tal crdito deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a regra constitucional da quantificao dos crditos oramentrios.

6) (CESPE AUFC TCU 2009) A nica hiptese de autorizao para abertura de crditos ilimitados decorre de delegao feita pelo Congresso Nacional ao presidente da Repblica, sob a forma de resoluo, que fixar prazo para essa delegao. No so admitidas dotaes ilimitadas, sem excees. Resposta: Errada

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 7. PRINCPIO DA DISCRIMINAO) ESPECIFICAO (OU ESPECIALIZAO OU

O princpio da especificao determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo de acompanhamento e controle do gasto pblico, evitando a chamada ao guarda-chuva, que aquela ao genrica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. Para o PPA e a LDO no h necessidade de um detalhamento to grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA obrigada a seguir o princpio da especificao. O princpio veda as autorizaes de despesas globais. Atualmente, o princpio da especificao no tem status constitucional, porm est em pleno vigor por estar amparado pela legislao infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5.o dispe: Art. 5. A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu pargrafo nico. As excees do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa, como os programas de proteo testemunha, que se tivessem especificao detalhada, perderiam sua finalidade. Tais despesas so classificadas como despesas de capital e tambm chamadas de investimentos em regime de execuo especial. O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados na Lei de Oramento segundo os projetos de obras e de outras aplicaes. O 4. do art. 5. da LRF estabelece a vedao de consignao de crdito oramentrio com finalidade imprecisa, exigindo a especificao da despesa. Esse artigo apresenta outra exceo ao nosso princpio, que a reserva de contingncia (art. 5., III, da LRF). A reserva de contingncia tem por finalidade atender, alm da abertura de crditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsveis, so episdicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituio, com vistas a enfrentar provveis perdas decorrentes de situaes emergenciais. Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pblica, como uma enchente de grandes propores. Ateno: as excees dos programas especiais de trabalho e reserva de contingncia so quanto dotao global, pois no necessitam de discriminao. No deve ser confundido com dotao ilimitada, que aquelaProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 sem valores definidos. Exemplo: recursos para o programa de proteo testemunha. Dotao ilimitada seria no definir o valor no oramento ou colocar que se pode gastar o quanto for necessrio. No permitido, sem excees. J dotao global seria colocar dotao limitada, R$ 20 milhes para o programa, porm sem detalhamento. Tambm a regra seria no ser permitido, porm admite excees, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver risco de morte para as testemunhas. Ateno de novo: no confundir Oramento Bruto com Discriminao. O princpio da discriminao (ou especializao ou especificao) determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo de acompanhamento e controle do gasto pblico. J o princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, no importando se o saldo lquido ser positivo ou negativo. Por exemplo, a apurao e a divulgao dos dados da arrecadao lquida, sem a indicao das dedues previamente efetuadas a ttulo de restituies, fere o princpio do oramento bruto.

7) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) De acordo com o princpio oramentrio da exclusividade, deve-se evitar que dotaes globais sejam inseridas na LOA. De acordo com o princpio oramentrio da discriminao, deve-se evitar que dotaes globais sejam inseridas na LOA. Resposta: Errada 8. PRINCPIO DA PROIBIO DO ESTORNO O princpio da proibio do estorno determina que o administrador pblico no pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorizao. Quando houver insuficincia ou carncia de recursos, deve o Poder Executivo recorrer abertura de crdito adicional ou solicitar a transposio, remanejamento ou transferncia, o que deve ser feito com autorizao do Poder Legislativo. Veja o dispositivo constitucional: Art. 167. So vedados: (...) VI a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de umaProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. Os termos remanejamento, transposio e transferncia so relacionados pela Constituio Federal s situaes de destinao de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro. Foram introduzidos na CF/1988 em substituio expresso estorno de verba, utilizada em constituies anteriores para indicar a mesma proibio. Essa a origem do princpio da proibio do estorno. A doutrina considera que so conceitos que devem ser definidos em lei complementar (ainda no editada), portanto no poderiam ser definidos por lei ordinria ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram que no h distino entre os termos. Na verdade, a importncia do princpio est em evitar, no decorrer do exerccio financeiro, a desconfigurao da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para isso, necessrio autorizao legislativa. Por categoria de programao deve-se entender a funo, a subfuno, o programa, o projeto/atividade/operao especial e as categorias econmicas de despesas. Em geral, essa solicitao encaminhada pelos rgos setoriais de oramento para a Secretaria de Oramento Federal (SOF), onde efetuada a anlise do pedido de transposio, remanejamento ou transferncia de categoria de programao para outra ou de um rgo para outro.

8) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal promover a transposio de recursos de uma categoria de programao oramentria para outra, ainda que com autorizao legislativa, incorrer em violao de norma constitucional. O princpio da proibio do estorno faz restries a transposio de recursos de uma categoria de programao oramentria para outra caso no exista autorizao legislativa. Logo, se houver autorizao legislativa, o Poder Executivo no incorrer em violao de norma constitucional. Resposta: Errada 9. PRINCPIO DA PUBLICIDADE O art. 37 da Constituio cita os princpios gerais que devem ser seguidos pela Administrao Pblica, que so Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia.Prof. Srgio Mendes

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O princpio da publicidade tambm oramentrio, pois as decises sobre oramento s tm validade aps a sua publicao em rgo da imprensa oficial. condio de eficcia do ato a divulgao em veculos oficiais de comunicao para conhecimento pblico, de forma a garantir a transparncia na elaborao e execuo do oramento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado s informaes necessrias ao exerccio da fiscalizao sobre a utilizao dos recursos arrecadados dos contribuintes. 10. PRINCPIO DA LEGALIDADE Todas as leis oramentrias, PPA, LDO e LOA e tambm de crditos adicionais so encaminhadas pelo Poder Executivo para discusso e aprovao pelo Congresso Nacional. O art. 5. da Constituio determina em seu inciso II que ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei. O art. 37 cita os princpios gerais que devem ser seguidos pela Administrao Pblica, que so Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia. Para ser legal, a aprovao do oramento deve observar o processo legislativo. O respaldo ao princpio da legalidade oramentria tambm est na Constituio: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos anuais. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Em matria oramentria, a Administrao Pblica subordina-se s prescries legais. O oramento ser, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com caractersticas diferenciadas. Assim como toda lei ordinria, o oramento ser um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo, para apreciao e posterior devoluo, a fim de que ocorra a sano e a publicao. Logo, legalidade tambm princpio oramentrio. 11. PRINCPIO DA PROGRAMAO O oramento deve expressar as realizaes e objetivos de forma programada, planejada. O princpio da programao decorre da necessidade da estruturao do oramento em programas, dispondo que o oramento deva ter o contedo e a forma de programao. Assim, alguns autores defendem que o princpio daProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 programao no poderia ser observado antes da instituio do conceito de oramento-programa. O princpio da programao vincula as normas oramentrias consecuo e finalidade do Plano Plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 12. PRINCPIO DO EQUILBRIO ORAMENTRIO O princpio do equilbrio visa assegurar que as despesas autorizadas no sero superiores previso das receitas. A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Oramentrias trate do equilbrio entre Receitas e Despesas: Art. 4.o A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2.o do art. 165 da Constituio e: I dispor tambm sobre: a) equilbrio entre receitas e despesas. Outras reas, como as relacionadas s finanas pblicas, aplicam o princpio do equilbrio. Por exemplo, o art. 9. da LRF tambm trata do equilbrio das finanas pblicas, s que no aspecto financeiro. Determina que se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias. Outro exemplo o art. 42, o qual veda ao titular de Poder ou rgo, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. A CF/1988 realista quanto possibilidade de ocorrer dficit oramentrio, caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princpio do equilbrio no tem hierarquia constitucional. No entanto, contabilmente e formalmente o oramento sempre estar equilibrado, pois tal dficit aparece normalmente nas operaes de crdito que, pelo art. 3. da Lei 4.320/1964, tambm devem constar do oramento. A incluso da reserva de contingncia no oramento tambm visa, entre outras finalidades, assegurar o atendimento ao princpio do equilbrio no aspecto financeiro. Por exemplo, imagine uma situao de calamidade pblica, na qual o Poder Pblico Federal necessite de recursos para ajudar na reconstruo de um municpio destrudo por uma inundao. Como no h previso oramentria, poder ser utilizada a reserva de contingncia. Na ausncia dela, haveria um grande desequilbrio entre a previso inicial de receitas e oProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 aumento imprevisto execuo financeira. das necessidades de despesas, desestabilizando a

9) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) De acordo com o princpio da no afetao, o montante das despesas no deve superar o montante das receitas previstas para o perodo. De acordo com o princpio do equilbrio, o montante das despesas no deve superar o montante das receitas previstas para o perodo. Resposta: Errada 13. PRINCPIO DA NO AFETAO (OU NO VINCULAO) DAS RECEITAS O princpio da no vinculao de receitas dispe que nenhuma receita de impostos poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Est na Constituio Federal, no art. 167, IV: Art. 167. So vedados: (...) IV a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2., 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8., bem como o disposto no 4. deste artigo. Pretende-se, com isso, evitar que as vinculaes reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatrias. A principal finalidade do princpio em estudo aumentar a flexibilidade na alocao das receitas de impostos. No que couber, aos demais entes so permitidas as mesmas vinculaes da Unio previstas na CF/1988. Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculao, mesmo que em outro exerccio financeiro. Veja o pargrafo nico do art. 8. da LRF: Pargrafo nico. Os recursos legalmente vinculados finalidade especfica sero utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculao,Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Na Constituio Federal anterior (Emenda Constitucional n.1/1969), o princpio da no vinculao de receitas estava relacionado a todos os tributos. A denominao do princpio foi mantida pela maior parte da doutrina (no vinculao de receitas), entretanto agora abrange apenas os impostos, coadunando-se com a ideia de que o imposto o tpico tributo de arrecadao no vinculada. Assim, a regra geral que as receitas derivadas dos impostos devem estar disponveis para custear qualquer atividade estatal.

Na CF/1988, o princpio veda a vinculao de impostos e no de tributos.

A Constituio pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinria ou qualquer dispositivo infraconstitucional, no pode. Apenas os impostos no podem ser vinculados por lei infraconstitucional.a) Repartio constitucional dos impostos; b) Destinao de recursos para a Sade; c) Destinao de recursos para o desenvolvimento do ensino; d) Destinao de recursos para a atividade de administrao tributria; e) Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita; f) Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos para com esta.

Excees ao Princpio

da No Vinculao

10) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da administrao tributria no fere o princpio oramentrio da no afetao. O princpio da no vinculao ou no afetao de receitas dispe que nenhuma receita de impostos poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as excees constitucionais, como a possibilidade de vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da administrao tributria. Resposta: CertaProf. Srgio Mendes

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14. PRINCPIO DA CLAREZA O oramento pblico deve ser apresentado em linguagem clara e compreensvel a todas as pessoas que, por fora do ofcio ou interesse, precisam manipul-lo. Dispe que o oramento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito ao carter formal, tem grande importncia para tornar o oramento um instrumento eficiente de governo e administrao. 15. PRINCPIOS ORAMENTRIOS GERAIS E ESPECFICOS Para finalizar o tema, vamos abordar a classificao dos princpios oramentrios de Lino Martins da Silva (2008). Segundo o referido professor, os princpios objetivam assegurar o cumprimento dos fins a que se prope o oramento, o qual dividido em duas partes, receitas e despesas, tanto no aspecto jurdico como no aspecto contbil. Em decorrncia disso, os princpios podem ser resumidos em dois aspectos: gerais e especficos. Os princpios gerais so relacionados tanto a receita quanto a despesa. Podem ser materiais ou formais. Materiais ou substanciais: so os relacionados essncia do processo oramentrio. So eles: equilbrio, exclusividade, universalidade, unidade, anualidade. Atualmente, acrescento os seguintes princpios: oramento bruto, quantificao dos crditos oramentrios e proibio do estorno. Formais ou de apresentao: dizem respeito a formalidades, as quais no alteram o contedo da LOA: especificao, publicidade, clareza, uniformidade e precedncia. Acrescento os princpios da programao e da legalidade. J os princpios especficos so relacionados apenas receita: princpio da no afetao de receitas e da legalidade de tributao. Repare que o eminente professor cita alguns princpios que no so adotados mais pela doutrina dominante como princpios oramentrios. Vamos apenas cit-los para conhecimento: Princpio da uniformidade ou consistncia: o oramento deve manter uma mnima padronizao ou uniformidade na apresentao de seus dados, de forma a permitir que os usurios realizem comparaes entre os diversos perodos. Apesar de facilitar para os usurios, tal princpio perdeu um pouco de importncia, pois atualmente possvel fazer realinhamentos de sries histricas utilizando outros meios, que trazem dados passados para a formatao atual; Princpio da legalidade de tributao: relacionado s limitaes constitucionais ao poder de tributar, portanto estudado pelo direito tributrio;Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Princpio da precedncia: a autorizao prvia das despesas ato obrigatrio do Poder Legislativo, portanto dever dos congressistas votar todas as leis oramentrias nos prazos estabelecidos. Atualmente, estaria conjugado com o princpio da anualidade.

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MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

11) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princpio da discriminao ou especializao trata da insero de dotaes globais na lei oramentria, providncia que propicia maior agilidade na aplicao dos recursos financeiros. A regra geral do princpio da discriminao ou especificao a vedao s autorizaes de despesas globais. Resposta: Errada 12) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Segundo o princpio da anualidade, a LOA no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. Segundo o princpio da exclusividade, a LOA no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei Resposta: Errada 13) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) No h, na CF, vedao aos chamados oramentos rabilongos. O princpio da exclusividade tem o objetivo de limitar o contedo da lei oramentria, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurdicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rpido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinncia com seu contedo eram denominadas caudas oramentrias ou oramentos rabilongos. Logo, o princpio da exclusividade veda os oramentos rabilongos. Resposta: Errada 14) (CESPE Economista FUB 2009) A Lei Oramentria Anual (LOA) consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material e servios de terceiros. Contudo, os investimentos no podero ser custeados por dotaes globais, classificadas entre as despesas de capital. De acordo com o princpio da discriminao, a Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente aProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, com as ressalvas dos investimentos em regime de execuo especial. Resposta: Errada 15) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei oramentria anual no deve conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de despesa, admitindo-se, contudo, preceito relativo autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. O princpio da exclusividade determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas. Exceo se d para as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Resposta: Certa 16) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) Acerca dos princpios oramentrios, a Constituio Federal de 1988 (CF) prev a autorizao para a abertura de crditos especiais e extraordinrios. Acerca do princpio oramentrio da exclusividade, a Constituio Federal de 1988 (CF) prev a autorizao para a abertura de crditos suplementares. Resposta: Errada 17) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Por fora do princpio da exclusividade, a LOA no dever conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa. Por isso, a lei oramentria no pode ser aprovada se nela constar autorizao para a realizao de operaes de crdito. O princpio da exclusividade determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas. No entanto, em carter de exceo, so permitidas autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Resposta: Errada 18) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) O princpio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrncia das chamadas caudas oramentrias. O princpio da exclusividade tem o objetivo de limitar o contedo da lei oramentria, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurdicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rpido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinnciaProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 com seu contedo eram denominadas caudas oramentrias. Resposta: Certa 19) (CESPE - Oficial Tcnico de Inteligncia - Direito - ABIN - 2010) De acordo com o princpio da exclusividade oramentria, a lei oramentria anual no compreende dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, ressalvando-se a essa proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita. De acordo com o 8.o do art. 165 da CF/1988: 8. A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. Resposta: Certa 20) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN 2010) A ocorrncia de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui prova de que o oramento, no mbito do governo federal, no observa o princpio do equilbrio entre receitas e despesas. Contabilmente e formalmente o oramento sempre estar equilibrado, pois tal dficit aparece normalmente nas operaes de crdito que, pelo art. 3. da Lei 4.320/1964, tambm devem constar do oramento. Resposta: Errada 21 (CESPE - Administrador Min Sade 2010) O administrador pblico que respeita o princpio do oramento bruto, ao planejar o oramento do ano seguinte, deve fazer as devidas compensaes nas contas com a inteno de incluir em sua planilha os saldos resultantes dessas operaes. O princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais. Logo, no existem compensaes entre receitas e despesas para a incluso apenas dos saldos. Resposta: Errada 22) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanas pblicas, dispe que o oramento ser, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto , um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Legislativo, para apreciao e posterior devoluo ao Poder Executivo, para sano e publicao. Em matria oramentria, a Administrao Pblica subordina-se s prescries legais. O oramento ser, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com caractersticas diferenciadas. Assim como toda lei ordinria, o oramento ser um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo, para apreciao e posterior devoluo, a fim de que ocorra a sano e a publicao. Logo, legalidade tambm princpio oramentrio. Resposta: Certa 23) (CESPE Contador IPAJM 2010) vedado incluir na LOA autorizao para operaes de crdito por antecipao de receita. Consoante, o princpio da exclusividade, permitido incluir autorizao para operaes de crdito por antecipao de receita. Resposta: Errada na LOA

24) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Em respeito ao princpio oramentrio da no vinculao da receita, nenhum imposto ser vinculado a rgo, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinao de recursos para servios pblicos de sade e educao. O princpio da no vinculao ou no afetao de receitas dispe que nenhuma receita de impostos poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as excees constitucionais.EXCEES AO PRINCPIO DA NO VINCULAO: Repartio constitucional dos impostos; Destinao de recursos para a Sade; Destinao de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinao de recursos para a atividade de administrao tributria; Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita; Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos para com esta (art. 167, 4.).

Logo, as destinaes de recursos para servios pblicos de sade e educao (desenvolvimento do ensino) so excees ao princpio oramentrio da no afetao. Resposta: ErradaProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 25) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princpio oramentrio da especificao ou especializao no est explicitado no texto da CF. Atualmente, o princpio da especificao no tem status constitucional, porm est em pleno vigor por estar amparado pela legislao infraconstitucional. Resposta: Certa 26) (CESPE AFCE TCU 2009) Em que pese o princpio da no vinculao da receita de impostos a rgo, fundo ou despesas, a Constituio Federal de 1988 (CF) no veda tal vinculao na prestao de garantais s operaes de crdito por antecipao de receita. A CF/1988 no veda a vinculao de impostos na prestao de garantais s operaes de crdito por antecipao de receita, j que se trata de uma das excees ao princpio da no vinculao de receitas. Resposta: Certa 27) (CESPE - Oficial Tcnico de Inteligncia - Direito - ABIN - 2010) A lei de oramento no consigna dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal, excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa. De acordo com o princpio da discriminao, a Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, com as ressalvas dos programas especiais de trabalho. Resposta: Certa 28) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) Uma das excees ao princpio da exclusividade a autorizao para contratao de operaes de crdito, desde que se trate de antecipao da receita oramentria. Uma das excees ao princpio da exclusividade a autorizao para contratao de operaes de crdito, ainda que se trate de antecipao da receita oramentria. Ao trocar ainda que por desde que, a questo limita o princpio apenas s operaes de crdito por antecipao da receita oramentria, excluindo as operaes de crdito convencionais. Resposta: Errada 29) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) Ao se analisar os trs oramentos que compem a lei oramentria anual o fiscal, o deProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 investimentos e o de seguridade social , torna-se evidente a contradio com o princpio da unidade. Houve uma remodelao pela doutrina do princpio da unidade, de forma que abrangesse as novas situaes, sendo por muitos denominado de princpio da Totalidade, sendo construdo, ento, para possibilitar a coexistncia de mltiplos oramentos que, entretanto, devem sofrer consolidao. A Constituio trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princpio da totalidade, pois a composio do oramento anual passou a ser a seguinte: oramento fiscal, oramento da seguridade social e oramento de investimentos das estatais. Resposta: Errada 30) (CESPE - Especialista - Administrao - SESA/ES - 2011) O princpio da no afetao das receitas envolve apenas o produto da arrecadao de impostos e impraticvel no caso de operaes de crdito por antecipao de receita. O princpio da no afetao das receitas envolve apenas o produto da arrecadao de impostos. Uma de suas excees a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita. Resposta: Certa 31) (CESPE Contador IPAJM 2010) Os princpios oramentrios so linhas norteadoras da programao e da execuo oramentrias. Preconiza-se, nessa direo, a no vinculao das receitas, com a finalidade precpua de aumentar a flexibilidade na alocao das receitas de impostos. Os princpios oramentrios so premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepo e execuo da lei oramentria. Visam a aumentar a consistncia e estabilidade do sistema oramentrio. O princpio da no afetao de receitas visa evitar que as vinculaes reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatrias. Resposta: Certa 32) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN 2010) De acordo com o princpio oramentrio da no afetao das receitas, a Lei Oramentria Anual (LOA) deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global em que no haja receitas estranhas ao controle da atividade econmica estatal.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 De acordo com o princpio oramentrio do oramento bruto, a LOA deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos, vedadas quaisquer dedues. Resposta: Errada 33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) O princpio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prvio do oramento pblico pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar anualmente autorizao para arrecadar receitas e executar as despesas pblicas. O princpio da anualidade ou periodicidade dispe que o oramento deva ser elaborado e autorizado para um perodo de um ano. Logo, obriga o Poder Executivo a solicitar anualmente autorizao para executar as despesas pblicas. Resposta: Certa 34) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN 2010) Do princpio oramentrio da universalidade decorre a recomendao de que cada esfera da administrao Unio, estados, Distrito Federal e municpios tenha seu prprio oramento. Do princpio oramentrio da unidade decorre a recomendao de que cada esfera da administrao Unio, estados, Distrito Federal e municpios tenha seu prprio oramento. Resposta: Errada 35) (CESPE Administrador IBRAM/DF - 2009) A pea oramentria pode conter a previso de criao de cargos pblicos, desde que acompanhada da sinalizao das receitas necessrias para seu pagamento. A previso de criao de cargos na LOA afronta o princpio da exclusividade. Resposta: Errada 36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A existncia da abertura de crditos suplementares por meio de operaes de crdito, inclusive por antecipao da receita na LOA, implica violao ao princpio da exclusividade. So excees ao princpio da exclusividade as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Assim, a existncia da abertura de crditos suplementares por meio de operaes de crdito, inclusive por antecipao da receita na LOA, no implica violao ao princpio da exclusividade.Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Resposta: Errada 37) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a no afetao da receita constitua um dos princpios oramentrios, h vrias excees a essa regra previstas na legislao em vigor. O princpio da no afetao de receitas dispe que nenhuma receita de impostos poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, ressalvadas as excees constitucionais. Resposta: Certa 38) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Contabilidade - ABIN 2010) A incluso de dotaes para despesas sigilosas no oramento da ABIN uma decorrncia do princpio da publicidade. A incluso de dotaes para despesas sigilosas no oramento da ABIN uma decorrncia de uma exceo ao princpio da discriminao. So os chamados programas especiais de trabalho. Resposta: Errada 39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A abertura de crdito suplementar e a contratao de operaes de crdito so excepcionalidades em relao ao princpio da exclusividade, previstas na CF e em legislao especfica. So excees ao princpio da exclusividade as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Resposta: Certa 40) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Um importante princpio oramentrio estabelece que todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza. A igualdade sem distino de qualquer natureza (CF/1988, art. 5, caput), ou seja, de sexo, raa, trabalho, credo religioso e convices polticas, consectria de tratamento igual a situaes iguais e tratamento desigual a situaes desiguais. No entanto, no se trata de um princpio oramentrio. Resposta: Errada 41) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) A autorizao para um rgo pblico realizar licitaes no pode ser includa na lei oramentria anual em observncia ao princpio da exclusividade.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 O princpio da exclusividade tem o objetivo de limitar o contedo da lei oramentria, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurdicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rpido (caudas oramentrias). Logo, a autorizao para um rgo pblico realizar licitaes no pode ser includa na lei oramentria anual. Resposta: Certa 42) (CESPE Analista Judicirio Administrativo STM - 2011) O princpio do oramento bruto se aplica indistintamente lei oramentria anual e a todos os tipos de crdito adicional. O princpio do oramento bruto, o qual impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, se aplica indistintamente LOA e a todos os tipos de crdito adicional. Resposta: Certa 43) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da especificao determina que, como qualquer ato legal ou regulamentar, as decises sobre oramento s tm validade aps a sua publicao em rgo da imprensa oficial. Alm disso, exige que as informaes acerca da discusso, elaborao e execuo dos oramentos tenham a mais ampla publicidade, de forma a garantir a transparncia na preparao e execuo do oramento, em nome da racionalidade e da eficincia. O princpio da publicidade que determina que as decises sobre oramento s tenham validade aps a publicao em rgo da imprensa oficial. condio de eficcia do ato a divulgao em veculos oficiais de comunicao para conhecimento pblico, de forma a garantir a transparncia na elaborao e execuo do oramento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado s informaes necessrias ao exerccio da fiscalizao sobre a utilizao dos recursos arrecadados dos contribuintes. Resposta: Errada 44) (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TRE/AL - 2004) O princpio da anualidade considerado um princpio oramentrio geral e substancial. Segundo a classificao do Professor Lino Martins da Silva, os princpios oramentrios podem ser resumidos em dois aspectos: gerais e especficos. Os princpios gerais so relacionados tanto a receita quanto a despesa, podendo ser ainda divididos em materiais (ou substanciais) ou formais. Os princpios materiais ou substanciais so os relacionados essncia do processo oramentrio, como o princpio da anualidade. Resposta: Certa

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 45) (CESPE Oficial Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN 2010) O princpio da no afetao de impostos de que trata o art. 167, inciso IV, da CF aplica-se aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios, sendo permitida a vinculao de impostos da competncia desses entes federativos somente para a prestao de garantia ou contragarantia Unio e para o pagamento de dbitos com ela contrados.EXCEES AO PRINCPIO DA NO VINCULAO: Repartio constitucional dos impostos; Destinao de recursos para a Sade; Destinao de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinao de recursos para a atividade de administrao tributria; Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita; Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos para com esta (art. 167, 4.).

No que couber, aos demais entes so permitidas as mesmas vinculaes da Unio previstas na CF/1988. Resposta: Errada 46) (CESPE Analista em Cincia e Tecnologia - CNPq - 2011) So excees ao que determina o princpio da discriminao ou especializao os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no podem ser cumpridos em subordinao s normas gerais de execuo da despesa. O princpio da discriminao determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. As excees so os programas especiais de trabalho, como os programas de proteo testemunha, que se tivessem especificao detalhada, perderiam sua finalidade. Resposta: Certa 47) (CESPE Administrador IBRAM/DF - 2009) No caso dos oramentos estaduais, permitida a vinculao de impostos estaduais para a prestao de garantia Unio. No que couber, aos demais entes so permitidas as mesmas vinculaes da Unio previstas na CF/1988 Resposta: CertaProf. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 48) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio do oramento bruto determina que o oramento deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado. O princpio da universalidade determina que o oramento deva abranger todo o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo Estado. O princpio do oramento bruto veda que as despesas ou receitas sejam includas no oramento nos seus montantes lquidos. Note que a diferena entre universalidade e oramento bruto que apenas este ltimo determina que as receitas e despesas devam constar do oramento pelos seus totais, sem quaisquer dedues. Resposta: Errada 49) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da totalidade, explcito de forma literal na legislao brasileira, determina que todas as receitas e despesas devem integrar um nico documento legal. Mesmo sendo os oramentos executados em peas separadas, as informaes acerca de cada uma dessas peas so devidamente consolidadas e compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos. O princpio da totalidade no est explcito de forma literal na legislao brasileira. Alm disso, o princpio da unidade ou da totalidade no necessariamente significa um documento nico, j que o processo de integrao planejamento-oramento tornou o oramento necessariamente multidocumental, em virtude da aprovao, por leis diferentes, dos vrios instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para aprovao pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. Resposta: Errada 50) (CESPE Analista em Cincia e Tecnologia - CNPq - 2011) O princpio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize qualquer operao de receita e despesa sem prvia autorizao, bem como possibilita que se reconheam, no oramento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores brutos, sem qualquer tipo de deduo. O princpio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize qualquer operao de receita e despesa sem prvia autorizao, j que todas devem estar no oramento. No entanto, o fim da assertiva se refere ao princpio do oramento bruto. A diferena entre universalidade e oramento bruto que apenas este ltimo determina que as receitas e despesas devam constar do oramento pelos seus totais, sem quaisquer dedues.Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 Resposta: Errada 51) (CESPE - Analista - SERPRO - 2008) Segundo o princpio da universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua anlise e compreenso. Segundo o princpio da discriminao ou especificao, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua anlise e compreenso. Resposta: Errada 52) (CESPE - Tcnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O princpio da unidade estabelece que todas as receitas e despesas constaro da LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. O princpio do oramento bruto estabelece que todas as receitas e despesas constaro da LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. Resposta: Errada 53) (CESPE Analista Judicirio Administrao TJCE - 2008) Se um parlamentar apresentar projeto de lei permitindo s entidades estatais publicar suas demonstraes contbeis de forma condensada, a pretexto de reduzir suas despesas, a aprovao dessa medida ferir o princpio do oramento bruto. O fato de uma entidade publicar demonstraes contbeis de forma condensada no fere o princpio do oramento bruto, pois no haver dedues de receitas ou despesas. O princpio violado seria o da especificao, pois a conciso das informaes acarretaria em diminuio da descriminao de receitas e despesas. Resposta: Errada 54) (CESPE Analista SERPRO 2008) Segundo o princpio da anualidade, as previses de receita e despesa devem fazer referncia, sempre, a um perodo limitado de tempo. O examinador usou o termo previso em um sentido genrico, tanto para receita quanto para despesa. O ideal e mais comum utilizar previso de receitas e fixao de despesas. No entanto, isso no invalida a questo. Segundo o princpio da anualidade, as receitas e despesas devem fazer referncia, sempre, a um perodo limitado de tempo, que no caso brasileiro de um ano. Resposta: Certa 55) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) De acordo com o princpio da especializao, as receitas e as despesas devem aparecer no oramento de maneira discriminada para permitir o conhecimento da origem dos recursos e sua aplicao.Prof. Srgio Mendes

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O princpio da especificao determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Resposta: Certa 56) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Conforme o princpio oramentrio da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o oramento pblico. Conforme o princpio oramentrio da universalidade, todas as receitas e despesas devem integrar o oramento pblico. Resposta: Errada 57) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) O princpio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei oramentria, em razo da natural celeridade de sua tramitao no legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovao de matrias diversas s questes financeiras. O princpio da exclusividade surgiu para evitar que Oramento fosse utilizado para aprovao de matrias sem nenhuma pertinncia com o contedo oramentrio, em virtude da celeridade do seu processo. Resposta: Certa 58) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princpio oramentrio da programao no poderia ser observado antes da instituio do conceito de oramento-programa. O oramento deve expressar as realizaes e objetivos de forma programada, planejada. O princpio da programao decorre da necessidade da estruturao do oramento em programas, dispondo que o oramento deva ter o contedo e a forma de programao. Assim, alguns autores defendem que o princpio da programao no poderia ser observado antes da instituio do conceito de oramento-programa. Resposta: Certa 59) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Como parte integrante do processo oramentrio, o PPA deve obedecer ao princpio da universalidade. O princpio da universalidade no se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem integrar o PPA. Resposta: Errada 60) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as trs leis ordinrias previstas pela CF para dispor sobre oramento, somente a LOA obrigada a observar o princpio da especificao.Prof. Srgio Mendes

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Para o PPA e a LDO no h necessidade de um detalhamento to grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA obrigada a seguir o princpio da especificao. Resposta: Certa

E aqui terminamos nossa aula demonstrativa. Segue ao final de cada aula o memento do concurseiro, a lista de questes comentadas e os seus respectivos gabaritos. O memento apenas um lembrete dos principais pontos do contedo abordado. Logo, uma diretriz para o estudante, porm recomendo que voc o complemente de acordo com suas necessidades e no deixe de constantemente consultar o contedo da aula. No se prenda apenas ao memento. Na prxima aula trataremos das Diretrizes Oramentrias. Forte abrao! Srgio Mendes

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MEMENTO 0 PRINCPIOS DESCRIO DOS PRINCPIOS ORAMENTRIOS O oramento deve ser uno, isto , deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. H coexistncia de mltiplos oramentos que, entretanto, devem sofrer consolidao O oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta. O oramento deve ser elaborado e autorizado para um perodo de um ano. Todas as receitas e despesas constaro da lei oramentria pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. Regra: O oramento deve conter apenas previso de receita e fixao de despesas. Exceo: Autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Regra: Receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Exceo: Programas especiais de trabalho ou em regime de execuo especial e reserva de contingncia. As excees so quanto dotao global. No so admitidas dotaes ilimitadas, sem excees. So vedados a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa.

Unidade ou Totalidade

Universalidade ou Globalizao Anualidade ou Periodicidade Oramento Bruto

Exclusividade

Especificao (ou Discriminao ou Especializao)

Proibio do Estorno Quantificao dos Crditos Oramentrios Publicidade

vedada a concesso ou utilizao de crditos ilimitados. condio de eficcia do ato a divulgao em veculos oficiais de comunicao para conhecimento pblico. Para ser legal, a aprovao do oramento deve observar o processo legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. O oramento deve expressar as realizaes e objetivos da forma programada, planejada. Vincula as normas oramentrias

Legalidade Oramentria

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00consecuo e finalidade do PPA e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. Equilbrio Visa a assegurar que as despesas autorizadas no sero superiores previso das receitas. Regra: vedada a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa. Excees: a) Repartio constitucional dos impostos; b) Destinao de recursos para a Sade; c) Destinao de recursos para o desenvolvimento do ensino; d) Destinao de recursos para a atividade de administrao tributria; e) Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita; f) Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos para com esta. O oramento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.

No afetao (ou No vinculao) de Receitas

Clareza

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princpio da universalidade est claramente incorporado na legislao oramentria, assegurando que o oramento compreenda todas as receitas e todas as despesas pblicas, possibilitando que o Poder Legislativo conhea, a priori, todas as receitas e despesas do governo e possa dar prvia autorizao para a respectiva arrecadao e realizao. 2) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da anualidade ou da periodicidade estabelece que o oramento obedea a determinada periodicidade, geralmente um ano, j que esta a medida normal das previses humanas, para que a interferncia e o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados em prazos razoveis, que permitam a correo de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execuo. No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente federativo. 3) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) A existncia do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceo ao princpio oramentrio da unidade. 4) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) A aplicao do princpio do oramento bruto visa impedir a incluso, no oramento, de importncias lquidas, isto , a incluso apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de determinado servio pblico. 5) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado municpio precisar urgentemente aprovar a autorizao legal para a contratao de determinado emprstimo destinado a reformar as escolas locais antes do incio do perodo letivo, tal autorizao no poder ser includa na LOA, pois essa lei no pode conter dispositivo estranho previso das receitas e fixao das despesas. 6) (CESPE AFCE TCU 2009) A nica hiptese de autorizao para abertura de crditos ilimitados decorre de delegao feita pelo Congresso Nacional ao presidente da Repblica, sob a forma de resoluo, que fixar prazo para essa delegao. 7) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) De acordo com o princpio oramentrio da exclusividade, deve-se evitar que dotaes globais sejam inseridas na LOA. 8) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal promover a transposio de recursos de uma categoria de programao oramentria para outra, ainda que com autorizao legislativa, incorrer em violao de norma constitucional.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 9) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) De acordo com o princpio da no afetao, o montante das despesas no deve superar o montante das receitas previstas para o perodo. 10) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da administrao tributria no fere o princpio oramentrio da no afetao. 11) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princpio da discriminao ou especializao trata da insero de dotaes globais na lei oramentria, providncia que propicia maior agilidade na aplicao dos recursos financeiros. 12) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Segundo o princpio da anualidade, a LOA no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. 13) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) No h, na CF, vedao aos chamados oramentos rabilongos. 14) (CESPE Economista FUB 2009) A Lei Oramentria Anual (LOA) consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material e servios de terceiros. Contudo, os investimentos no podero ser custeados por dotaes globais, classificadas entre as despesas de capital. 15) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei oramentria anual no deve conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de despesa, admitindose, contudo, preceito relativo autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. 16) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) Acerca dos princpios oramentrios, a Constituio Federal de 1988 (CF) prev a autorizao para a abertura de crditos especiais e extraordinrios. 17) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Por fora do princpio da exclusividade, a LOA no dever conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa. Por isso, a lei oramentria no pode ser aprovada se nela constar autorizao para a realizao de operaes de crdito.

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 18) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) O princpio da exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrncia das chamadas caudas oramentrias. 19) (CESPE - Oficial Tcnico de Inteligncia - Direito - ABIN - 2010) De acordo com o princpio da exclusividade oramentria, a lei oramentria anual no compreende dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, ressalvando-se a essa proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita. 20) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN - 2010) A ocorrncia de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui prova de que o oramento, no mbito do governo federal, no observa o princpio do equilbrio entre receitas e despesas. 21) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) O administrador pblico que respeita o princpio do oramento bruto, ao planejar o oramento do ano seguinte, deve fazer as devidas compensaes nas contas com a inteno de incluir em sua planilha os saldos resultantes dessas operaes. 22) (CESPE Analista Tcnico Administrativo - DPU - 2010) O princpio da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanas pblicas, dispe que o oramento ser, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto , um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciao e posterior devoluo ao Poder Executivo, para sano e publicao. 23) (CESPE Contador IPAJM 2010) vedado incluir na LOA autorizao para operaes de crdito por antecipao de receita. 24) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Em respeito ao princpio oramentrio da no vinculao da receita, nenhum imposto ser vinculado a rgo, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinao de recursos para servios pblicos de sade e educao. 25) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princpio oramentrio da especificao ou especializao no est explicitado no texto da CF. 26) (CESPE AFCE TCU 2009) Em que pese o princpio da no vinculao da receita de impostos a rgo, fundo ou despesas, a Constituio Federal de 1988 (CF) no veda tal vinculao na prestao de garantais s operaes de crdito por antecipao de receita.

Prof. Srgio Mendes

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Noes de Administrao p/ Agente e Escrivo da Polcia Federal Teoria e Questes Comentadas do CESPE Profs. Srgio Mendes e Rodrigo Renn Aula 00 27) (CESPE - Oficial Tcnico de Inteligncia - Direito - ABIN - 2010) A lei de oramento no consigna dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal, excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa. 28) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) Uma das excees ao princpio da exclusividade a autorizao para contratao de operaes de crdito, desde que se trate de antecipao da receita oramentria. 29) (CESPE - Administrador Min Sade 2010) Ao se analisar os trs oramentos que compem a lei oramentria anual o fiscal, o de investimentos e o de seguridade social , torna-se evidente a contradio com o princpio da unidade. 30) (CESPE - Especialista - Administrao - SESA/ES - 2011) O princpio da no afetao das receitas envolve apenas o produto da arrecadao de impostos e impraticvel no caso de operaes de crdito por antecipao de receita. 31) (CESPE Contador IPAJM 2010) Os princpios oramentrios so linhas norteadoras da programao e da execuo oramentrias. Preconiza-se, nessa direo, a no vinculao das receitas, com a finalidade precpua de aumentar a flexibilidade na alocao das receitas de impostos. 32) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN - 2010) De acordo com o princpio oramentrio da no afetao das receitas, a Lei Oramentria Anual (LOA) deve apresentar todas as receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global em que no haja receitas estranhas ao controle da atividade econmica estatal. 33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) O princpio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prvio do oramento pblico pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar anualmente autorizao para arrecadar receitas e executar as despesas pblicas. 34) (CESPE - Agente Tcnico de Inteligncia Administrao - ABIN - 2010) Do