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Escola Bíblica Dominical
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2O TRIMESTRE – 2014 1
PARA COMEÇAR
Marcos pode ser resumido como o Evangelho do Filho de Deus, expressãoque aponta para uma filiação sobrenatural. Jesus é Filho de Deus de uma formaque ninguém pode ser. Deus é o Pai de Jesus, de um modo que não pode ser denenhum outro ser humano.
Em outros lugares, o Novo Testamento indicará que Jesus é o Filho de Deus porque participa da própria natureza divina (Jo 3.16; Rm 8.3; Hb 4.14).
Marcos ainda apresenta Jesus como o Filho do homem, expressão preferidade Jesus pelo fato de não ser usada comumente para se referir ao Messias. Des-ta forma, ele a carrega de um conteúdo completamente novo. Jesus combina o
personagem sobrenatural de Daniel (Dn 7.13) com o servo sofredor de Isaías(Is 53). Como Filho do homem, Jesus representa todos os seres humanos en-quanto faz o difícil caminho da cruz.
Ao usar um título novo, Jesus busca evitar falsas expectativas messiânicas populares de sua época. Os judeus imaginavam que o Messias viria libertá-losdos romanos e governar o mundo a partir de Jerusalém. Enquanto eles aguar-davam um Messias político, Jesus veio como um salvador individual. Nestesentido, o Filho do homem se mostra como o verdadeiro e único Filho deDeus.
A autora dos planos de aula deste trimestre é Marli Moura da Costa Dias Ca- valcanti. Pedagoga e teóloga, atua como missionária na cidade de Natal, RN.
Um bom trimestre.
O Evangelho doFilho de Deus
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ATITUDE PROFESSOR2
Todos os direitos reservados.Copyright © 2014 da Convenção Batista Brasileira
Proibida a reprodução deste texto total ou parcialpor quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, dados etc.), a não ser em breves citações, comexplícita informação da fonte
Publicação trimestral doDepartamento de Educação Religiosada Convenção Batista BrasileiraCNPJ (MF): 33.531.732/0001-67Registro nº 816.243.751 no INPI
EndereçosCaixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972
Rio de Janeiro, RJTel.: (21) 2157-5557 Eletrônico – [email protected]
Site – www.batistas.com
Direção Geral
Sócrates Oliveira de Souza
Coordenação Editorial
Redação
Produção EditorialOliverarteLucas
DistribuiçãoEBD-1 Marketing e Consultoria Editorial Ltda.
E-mail: [email protected]
Nossa missão: “Viabilizar a
cooperação entre as igrejas batistas
no cumprimento de sua missão como
comunidade local”
Literatura Batista
Ano CVIII – NO 430 – Abr.Maio.Jun. de 2014
ISSN 1984-8382
Pauta musical .............. ..................................... 3
Conversa de professor ....................................... 4
Tema do trimestre ..................................... ....... 7
Lição 1 – O início do ministério de Jesus ......10
.................13
Lição 3 – Parábolas e milagres ........... ...........16
Lição 4 – Eventos marcantes ......................... 19
Lição 5 – Viajando por outras paragens ........ 22
Lição 6 – ..........25
Lição 7 – .....................28
Lição 8 – ............................ 31
Lição 9 – Chegada a Jerusalém .... .................34
Lição 10 – Ensinos e exemplos ..... ................. 37
Lição 11 – O sermão profético ...............................40
Lição 12 – O caminho para a cruz ...... ..........43
Lição 13 – Julgamento, mortee ressurreição ...............................46
SUMÁRIO
Atitude Professor é uma revista de orientaçõesdidáticas para professores de jovens na EscolaBíblica Dominical seguindo a matriz curricular daedição do aluno
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2O TRIMESTRE – 2014 3
Pauta Musical
SUBSTITUIÇÃO
Estribilho
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Conversa de professor
Assim como o Mestre
A história de Jesus algo que apai- xona seus seguidores, desperta curiosi-dade por parte de alguns e profundaadmiraço entre outros. Seus ensinose feitos continuam ecoando nesses l-timos dois mil anos, transformando vidas, mudando destinos com a mes-ma força hoje como foi naquela po-ca. Penso nos tmidos pescadores en- volvidos em seus negócios, acordandomuito cedo e indo ao mar, recolhendo peixes, limpando as redes, revisando osbarcos e voltando para casa. No dia se-guinte esperavam por eles, novamente,o mar, os peixes, as redes, os barcos e ou-tra vez, o caminho de casa, numa rotinainterminvel. Esses tmidos pescadores,homens comuns em seu tempo, tiveramuma mudança radical em suas mentese corações quando, um dia, no cen-rio to conhecido da praia, uma gura
se apresenta a eles e os convida a serem pescadores de homens. Aquele convitefoi um marco na vida deles e suas almasforam tocadas pela vida do Mestre.
Como, porm, suas vidas foramtransformadas? Ao lermos as narrati- vas dos Evangelhos, percebemos que
Jesus, em todo tempo, ensinava a seusdiscpulos, s multidões, aos religiosose esses ensinos moldaram vidas. E oque fez o ensino de Jesus to ecaz? Seolharmos para a vida de Jesus, vamosencontrar segredos para um ministriode ensino ecaz.
AMAR“...E tendo amado os seus que estavam nomundo, amou-os até o fim” – João 13.1b.
Jesus demonstrou um amor pro-fundo pelos seus discpulos, um amordesinteressado, amando-os, apesarde seus erros e acertos. Simplesmenteamou-os. O amor de Jesus pelos seustraduzia-se no só no cuidado, mastambm na correço que em momentoalgum se furtou de aplicar. A plenitudedesse amor consistiu no só na dedica-ço do tempo, mas na entrega, que foi
total. Amou-os at o m, porque suamorte foi prova desse grande amor. Jesus no teve sua vida por preciosa,mas a entregou, sem cobrança, aos queeram objetos de seu amor, sem esperardeles uma contrapartida, um retorno,uma recompensa.
Marli Moura da Costa Dias Cavalcanti – Natal, RN
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2O TRIMESTRE – 2014 5
Jesus, ao ensiná-los, desejou que eles vivessem a plenitude do amor do Paiem suas vidas, tal como ele tinha com oPai. O amor de Jesus por seus discípulosformou um ambiente propício para oaprendizado e desenvolvimento de seusseguidores. Eles foram gerados no amorde Jesus e isso moldou o caráter de cadaum deles, fazendo-o sentir a importân-cia e o privilégio de ser amado.
A igreja de Cristo precisa oferecerum ambiente propício para o desen- volvimento das pessoas, ambiente quereflita o amor de Jesus, que leve as pes-soas a se sentirem protegidas, cuidadas,amparadas. Elas precisam saber quesão amadas sem interesses ocultos, quesão avaliadas não por aquilo que pos-suem ou podem realizar, mas porquesão alvos do amor de Deus.
Para ministérios prósperos é necessá-rio que eles sejam envolvidos, revestidos pelo amor. Você ama seus alunos? Vocêos conhece? É um amor permanente,que tem raízes profundas, ou descartá- vel, como muitos relacionamentos denossa sociedade? Ame seus alunos, im- porte-se com eles e deixe que eles sintamque são amados por você.
OUVIR“Mas ós, perguntou ele, quem dizeis
que eu sou?” – Lucas 9.18.
Começar um grande ensinamentoacerca do que Jesus era deveria iniciarcom um belo e grande discurso. Jesus poderia mostrar suas virtudes, seus
poderes, a glória deixada. Perito emoratória, a fala poderia ter se estendi-do por toda a noite. E depois de todoo sermão, algumas perguntas para afixação poderiam ser feitas. Mas Jesusinicia de forma exatamente oposta. “E vocês?” Ouvi-los era realmente muitoimportante. Saber o que vai na men-te e no coração, ver se o pensamento écoerente ou se precisa de alguns ajus-tes. Entender que as pessoas não sãodepósitos, mas seres pensantes que têmuma percepção do mundo e dos fatosque acontecem ao seu redor. E é porisso que Jesus inicia questionando-os, para ver o que eles haviam absorvidode todo o convívio com ele.
É claro que a passagem bíblica cita-da tem muitas implicações – a confis-são de Pedro, a revelação do Espírito
Santo, mas o que me apaixona no tex-to é o desejo de Jesus de ouvir os seus.Hoje, muitas pessoas estão “morren-do” por não ter quem as ouça, pessoasque têm suas opiniões, sonhos, desejos,mas não conseguem compartilhá-loscom ninguém.
Os líderes precisam aprender como Mestre Jesus. Ouvir as pessoas aquem ensinamos e convivemos é uma
tarefa importantíssima, que não podeser relegada. Os discípulos precisamse sentir pessoas importantes, que têmsuas ideias e pensamentos valorizados.
ualquer pessoa pode falar; mas sóos sábios sabem a importância de ouviros outros.
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SERVIR“ Não é o servo maior do que seu Se-nhor, nem o enviado maior do que
aquele que o enviou” – João 13.16.Próximo de sua prisão, Jesus começa
a dar instruções que preparassem os seusdiscípulos para os momentos dolorosos pelos quais, Mestre e discípulos, passa-riam. Nessa preparação, durante a ceia, Jesus levanta-se, troca de roupa, colocaágua em uma bacia, atuação própria deum escravo, e começa a lavar os pés deseus discípulos. ue lição Jesus queriaensinar o seu grupo? ue valores passa- vam pela cabeça do Mestre com o desejode comunicá-los aos seus? A lição, semdúvida, é a do serviço. O Mestre estava aserviço da humanidade e seus discípulosdeveriam estar também. Jesus serviriaaos seus com a sua própria vida, com
uma entrega total que não negou nadaàqueles a quem amava. E isso Jesus dese- jou comunicar, pois os discípulos preci-savam aprender essa lição e não há nadamelhor do que aprender pelo exemplo.
Ensinar pelo exemplo é um dos desa-fios para os professores da nossa geração.Em meio a tantos escândalos e decep-ções, somos chamados a ensinar pesso-as acerca das verdades de Deus e de sua
Palavra, mas precisamos antes de tudo vivê-la, praticar os ensinamentos. Jesusdisse: “Porque eu vos dei o exemplo” (Jo13.15). É assim que o Mestre quer que,como ele fez, nós façamos também.
ORAR“É por eles que eu rogo” – João 17.9.Um dos textos mais belos do Evan-
gelho de João é a oração sacerdotal de Jesus. Ele, depois de dar palavras deinstrução a seus discípulos, volta osolhos aos céus e, num momento de ín-tima comunhão, começa a apresentarao Pai as ovelhas que ele recebeu. Emsua oração, apresenta o trabalho que
realizou, mostra como cumpriu suamissão, como os discípulos recebe-ram e creram na palavra ministradae suplica ao Pai que os seus discípu-los sejam amparados pelo SupremoCriador.
Jesus não se preocupou apenas emrealizar a missão que ele tinha. Pre-ocupou-se também em como os dis-cípulos ficariam quando, sozinhos, precisassem colocar à prova os ensi-namentos. Por isso, ora ao Pai, o úni-co que poderia livrá-los do mal e dar-lhes a força necessária para permane-cerem firmes.
uanto tempo nós gastamos oran-do por aqueles que nos são confiados?uanto tempo passamos em íntimacomunhão com o Pai, rogando poraqueles que estão sob os nossos cui-dados? Estas perguntas devem nos fa-
zer pensar no privilégio que temos deensinar a Palavra de Deus e o compro-misso que devemos assumir com o Paiem relação aos alunos que nos são en- viados.
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2O TRIMESTRE – 2014 7
Neste trimestre, estaremos estudan-do o Evangelho de Marcos, colocadoem nossas Bíblias como o segundo li- vro do Novo Testamento. Dos Evange-lhos, o de Marcos foi o primeiro a serescrito e serviu de fonte para a escritade dois outros Evangelhos: Mateus eLucas. Estes três primeiros Evange-lhos são chamados Sinóticos, termo
que vem da palavra grega “sunoráo”,que significa “ver junto”. Essa “visãoem conjunto” apresenta uma narrativasimilar da vida e ministério de Jesus eindica que quando estudados juntos podem oferecer uma melhor compre-ensão dos fatos narrados.
Todos os quatro Evangelhos sãoanônimos, isto é, não trazem no corpodo livro a identificação de quem tenhasido seu autor. Para determinarmos aautoria, precisamos levar em conta atradição da igreja e as evidências inter-nas do livro, quando existentes.
A igreja atribuiu a autoria desseEvangelho a João Marcos, que foi com- panheiro de Paulo e Barnabé na pri-
Tema do Trimestre
A ação redentorade Deus
Marli Moura da Costa Dias Cavalcanti
Natal, RN
meira viagem missionária (At 12.25)e de Pedro. A Bíblia mostra que JoãoMarcos abandonou Paulo e Barnabéem Perge (At 13.13), voltando a Jeru-salém. Na segunda viagem missionária,aconteceu, uma controvérsia por causade João Marcos. Barnabé queria levá-loconsigo, mas Paulo não aceitou a pro- posta, o que resultou na separação dos
dois. Barnabé seguiu viagem com seu primo João Marcos para Chipre e Pau-lo faz a segunda viagem missionáriacom Silas, passando pela Síria e Cilícia(At 15.36-41). A Bíblia registra quePaulo e João Marcos tempos depoisse reconciliam. Marcos é encontradocom Paulo, quando este escreve Cartaaos Colossenses (Cl 4.10,11) e a File-mom ( Fl 1.24). Em outra passagem,Paulo pede a Timóteo que vá a Roma vê-lo e que leve consigo João Marcos(2Tm 4.11).
Há uma tradição eclesiástica antigaque faz referência à autoria do Evan-gelho de Marcos, onde Papias, bispode Hierápolis (cerca de 140 d.C.), diz
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que Marcos se tornou um intérpretedas memórias de Pedro, escrevendocom exatidão, de acordo como se lem-brava dos ensinos de Pedro, as coisasditas e feitas pelo Senhor, ainda quenão em ordem cronológica dos fatos.Marcos não foi discípulo de Jesus, masem um determinado momento de sua vida passou a seguir o apóstolo Pedro,de quem aprendeu os ensinos. Outros
pais da igreja, como Justino Mártir (c.150 d.C.), Irineu (c.180 d.C.) e Cle-mente de Alexandria (200 d.C.) con-cordaram com a declaração de Papias.Com o testemunho antigo da igreja, pouca dúvida resta em relação ao fatode João Marcos ter escrito o Evangelhoque leva seu nome.
Uma característica marcante no li- vro de Marcos é a ação. Ele narra seu li- vro com movimentos rápidos, apresen-tando Jesus como Filho de Deus, comgrande poder, traduzido na operaçãode muitos milagres, entre eles as curase exorcismos, onde o reino de Deusinvade as esferas do mal, na pessoa eobras de Jesus de Nazaré. Marcos pare-ce ter pressa em demonstrar essa verda-de. Várias vezes encontramos a palavra“imediatamente” ou “logo”, mostrandoa urgncia de Marcos em demonstrar
toda atividade redentora de Deus em Jesus, que culmina na narrativa da pai- xão, morte e ressurreição do Senhor.Esses eventos ocupam boa parte do seulivro, quase 20% dele sendo dedicadosa esses ensinos.
A segunda característica impressio-nante do livro é a vivacidade de deta-lhes que Marcos emprega em seus rela-tos. Ele inclui detalhes vívidos que pas-sam despercebidos em relatos como osde Mateus e Lucas. Outra característicaé a descrição pitoresca que ele faz. Ape-sar de ser o menor entre os Evangelhose ser um Evangelho de ação e não delongos discursos, existem passagens em
que que ele se preocupa em dar deta-lhes, como montando um quadro vivoaos olhos de seus leitores.
Para entender o propósito de Mar-cos ao escrever seu livro precisamoslembrar do contexto em que a igreja vi- veu à época da escrita do Evangelho. Aigreja de Jesus estava enfrentando per-seguições políticas. Depois do incn-dio que destruiu metade de Roma em64 d.C., a culpa recaiu sobre os cristãos. Vários historiadores da época acredi-tam que Nero, o imperador do período,mandou incendiar a cidade, acabandocom os bairros pobres, para construiruma nova cidade. Para desviar-se daculpa que começou a recair sobre ele,Nero resolveu culpar os cristãos peloincndio. A igreja era vista como pra-ticando sedição (eram leais somente a Jesus), canibalismo (comiam carne e
bebiam sangue – a ceia do Senhor) eresistncia às leis imperiais e da socie-dade (já que eram apenas leais às leis doSenhor Jesus). Nero acusa esse grupo etoda a sociedade inicia uma campanha para a punição dos culpados. As vias
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públicas testemunharam o horrível es- petáculo de crucificações e piras fune-rais. Uns foram rasgados em pedaços por cães selvagens; outros, crucificadose, ainda, outros queimados vivos parailuminar os jardins de Nero.
Essa igreja perseguida já havia en-frentado a morte de vários de seus líde-res, os apóstolos, e necessitava de umadeclaração bastante clara e completa
sobre Jesus Cristo. Ela precisava ter as verdades dos fatos que aconteceram aoMestre. E também do consolo que es-sas verdades trariam a suas vidas.
Marcos, ao escrever seu livro,criou não uma biografia ou coleçãodos ditos do Senhor, mas uma novacategoria literária: o evangelho. Oinício de Marcos apresenta esta sen-tença: “O evangelho de Jesus Cristo”.O termo evangelho significava recom- pensa pela transmissão da boa-nova.Depois, evangelho igualou-se à própriaboa nova. Evangelho é, então, a boa-no- va que Deus trouxe aos homens pormeio de Jesus Cristo. Sua vida, suamorte e sua ressurreição representamos atos de poder operados por Deus para resgatar os homens pecadores,sob a vista de muitas pessoas que fo-ram testemunhas dos acontecimen-
tos, que presenciaram os milagres deDeus sobre os poderes do mal e sobrea natureza.
O Evangelho de Marcos foi estrutu-rado sobre o kerigma. Kerigma é a pro-clamação, a mensagem pregada pelos
apóstolos. A mensagem era de que, em Jesus, Deus havia cumprido as promes-sas do Antigo Testamento. Promessade enviar seu Messias que, finalmente, veio, andou nas ruas empoeiradas daPalestina, foi incompreendido pelo povo judeu, que o entregou à morte,mas Jesus enfrentou as forças do male na sua morte no Calvário e com suaressurreição derrotou o inimigo para
todo o sempre.É por isso que os cristãos perse-
guidos não precisam temer. Se en-frentarem lutas e oposições aqui naterra é porque as hostes demoníacasse levantam contra Deus e seu povo,na tentativa de minar a fé dos cristãose fazê-los desistir. Mas Cristo já en-frentou essas forças e foi vitorioso, podendo dar vitória também ao seu povo.
Em Marcos, os cristãos são cha-mados à fé. Fé para enfrentar os perigos e seguir a Jesus. Ao seguir a Jesus, o homem entra no reino deDeus, passando a ter comunhão como Deus do reino e tornando-se parteintegrante de sua família. Esse é um privilégio que só foi possível porque Jesus, aquele que veio cumprir as pro-messas de Deus, cumpriu cabalmente
sua missão.Então, o Evangelho de Marcosfoi escrito “com intenção de fornecerorientação e consolo a igreja que esta- va atravessando grave crise” (Russel N.Champlim).
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ATITUDE PROFESSOR10
Plano de aula 1SUGESTÕES DIDÁTICAS
O PREPARO
Objetivos
Identificar Jesus como o Messiasde Deus.
Reconhecer a importância de João Batista como precursor do mi-
nistério de Jesus.
Entender o significado do batis-mo de Jesus e em que circunstânciasocorreu a tentação no deserto.
Material didático utilizado
Faixa de cartolina ou folhas de papel ofício.
DESENVOLVIMENTO DA AULA
Para começar
Iniciar a aula apresentando aosalunos o assunto a ser estudado nestetrimestre e, em especial, o tema dessaaula, o primeiro capítulo de Marcos.
Marcos 1 Marcos 1.36,37
O início do ministériode Jesus
Escolher dois ou três alunos e per-guntar o que eles esperam aprender nessaaula. Registrar as informações. Encerraresse momento orando, apresentando seusalunos e você diante de Deus.
Trabalhando o texto bíblico
PARTE 1: Jesus, o Cristo de Deus
1. Escrever o primeiro versículo dolivro de Marcos em uma faixa (de car-tolina ou folhas de papel ofício coladas)e fixá-la na parede ou mural. Pedir a umaluno que faça a leitura da sentença.
2. Distribuir pedaços de papel paraque seus alunos escrevam o significadodas palavras princípio, evangelho eCris-to. Colar os significados ao redor da
sentença e levá-los a entender o sentidoque Marcos quis dar ao texto ao iniciarseu Evangelho com essa sentença.
3. Respostas possíveis: princípio =início, começo; evangelho = boa nova;Cristo = Messias, ungido.
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2O TRIMESTRE – 2014 11
4. Destacar os seguintes princípiosespirituais:
Jesus é apresentado no início do livrode Marcos como Cristo e Filho de Deus.
Cristo, expressão grega que corres- ponde ao hebraico Messias, significa“ungido”.
Crer que Jesus é o Messias é impor-tante, pois representa o cumprimentoda promessa de Deus.
Jesus foi alguém incomparável e ahumanidade precisa crer nele.
Em Jesus, Deus inaugura o reino vindouro, iniciando o processo de re-denção da humanidade.
PARTE 2: O Batista e sua mensagem
1. Mostrar como era o cenário em Israelem relação ao ministério profético e pediraos alunos que socializem suas impres-sões sobre o impacto que o aparecimentode João trouxe àquela comunidade.
2. Expor os seguintes princípios espi-rituais:
A vinda de Jesus foi uma atividade
planejada por Deus. Nada fugiu ao seudesígnio;
João tinha consciência que suatarefa era “preparar o caminho” parao Messias;
João apresentava-se nos moldes deum profeta e sua mensagem incisivaconclamava as pessoas ao arrependi-mento;
João anunciava o reino chegadoe batizava os que recebiam sua men-sagem.
PARTE 3: O batismo e a tentação
de Jesus
1. Pedir a alguns alunos que respon-dam as seguintes perguntas:
a) Por que Jesus se submeteu ao ba-tismo?
b) Como Jesus estava física e emo-cionalmente quando Satanás o tentou?
2. Deixar que alguns alunos apresen-tem suas ideias.
3. Expor as seguintes ideias:
O batismo de Jesus marca sua aceita-ção pública da tarefa messiânica e revelaainda a aprovação de Deus em relação à vida e ministério de Jesus.
Após o batismo, Jesus é condu-zido ao deserto e jejua por 40 dias.
É tentado por Satanás, mas triunfasobre o mal.
A vitória cristã é baseada na obe-diência a Deus e conhecimento de suaPalavra.
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ATITUDE PROFESSOR12
ENCERRANDO
Fazer aplicação das verdades apren-didas à vida dos presentes e orar, pe-dindo a Deus que você e seus alunostenham uma vida cristã vitoriosa.Agradecer a presença e participaçãodos alunos e visitantes.
DICAS
Evite fazer “longas” leituras dotexto da lição. Isso cansa a turma.Estude, extraia as sentenças-chave dotexto bíblico, lance questionamentos para seus alunos, ouça suas conclusõesacerca do material exposto. Termi-ne apresentando suas consideraçõesfinais.
RECURSOS ADICIONAIS
O surgimento de João Batista teveuma relevância e significado especial para as primeiras igrejas. Ele é o per-sonagem mais citado nos Evangelhos,depois de Jesus e Pedro.
Em todos os momentos em queaparece, João Batista cumpre o papelde precursor do ministério de Jesus.Ele é uma figura-chave em todos osEvangelhos. Mas o que significava,nas concepções da época, ser um pre-cursor?
A ideia do profeta-precursor, comoum novo Elias, mencionada no interior
do Evangelho de João (Jo 1.6,7), basea- va-se numa convergência de expectati- vas sobre a vinda do Messias, conformeensinada pelos mestres religiosos daépoca (Mt 11.10).
Em diferentes comentários, osrabinos mencionavam as profecias deMalaquias e Isaías, e as usavam paraensinar que a vinda do Messias depen-dia do arrependimento e conversão.
Para isso, era indispensável que vies-sem profetas que pudessem realizar aconversão e pusessem todas as coisasem ordem.
Entre as diversas tradições está atradição do profeta-precursor, mensa-geiro, preparador de um novo caminhode Deus em meio a seu povo. O próprio Jesus deu testemunho disso claramente(Mt 17.10,11).
No Evangelho de João, a leituraé feita basicamente a partir de Isaías40.3. Este texto era visto como o abrirde um caminho de redenção, retornodo exílio e da opressão, o caminho àterra da promessa.
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2O TRIMESTRE – 2014 13
Plano de aula 2SUGESTÕES DIDÁTICAS
O PREPARO
Objetivos
Reconhecer que Jesus, em suamissão messiânica, tinha poder para perdoar pecados.
Identificar a importância dosmilagres no ministério de Jesus.
Entender que a associação de Jesus com os pecadores mostravasua própria identificação com a hu-manidade perdida.
Estabelecer a base do ensino de Je-sus acerca do sábado.
Material didático utilizado
Folhas de papel ofício;
anetas hidrocor.
DESENVOLVIMENTO DA AULA
Para começar
1. Começar a aula perguntandoaos alunos como foi a semana, se elesdesejam compartilhar algo que tenha
acontecido com eles. Seja atencioso,mas não perca o controle do tempo.
2. Fazer uma oração, você ou umaluno escolhido, agradecendo as bên-çãos ou intercedendo pelas questõesapresentadas.
3. Em seguida, conversar com aturma sobre o tema da aula de hoje ecomo ele será desenvolvido.
4. Dividir a turma em quatro grupose sortear entre eles os quatro tópicos su-geridos para estudar o texto bíblico da se-mana. Caso o professor deseje, os grupos
O ministériona Galileia
Marcos 2 e 3 Marcos 2.27,28
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também podem discutir os tópicos da re- vista do aluno (Relacionamentos sem ró-tulos; A questão do jejum; A questão dosábado). Eles devero identicar os pon-tos importantes dos tópicos e apresentar para os outros grupos. Estabelecer o tem- po que cada grupo terá e distribuir folhasde ofcio para anotaões.
5. Na apresentao dos grupos, ve-
ricar se eles enfocaram os pontos maisimportantes do texto e aplicar suasconclusões nais utilizando os princ- pios espirituais sugeridos abaixo.
Trabalhando o texto bíblico
PARTE 1 – Jesus e o perdo dos pecadores
Destacar os seguintes princpios:
Jesus possua poder para perdoar pecados, apesar da comunidade judaicano ter assimilado esse fato;
Perdoar pecados é uma das prerro-gativas do Messias;
O sofrimento humano é uma consequ-ência do pecado cometido pelo homem;
Ao perdoar os pecados do paraltico, Jesus no trouxe, aos olhos dos especta-dores, nenhum resultado visvel.
As pessoas que trouxeram o para-ltico a Jesus desempenharam o papelde pescadores de homens.
PARTE 2 – Jesus e a cura
Princípios espirituais:
Cura signica restaurao de um paciente que sofre desordem fsica oumental;
O paralítico não podia ir até Jesus pelas vias normais;
A fama de Jesus espalha-se e es-cribas e fariseus vieram verificar osfatos;
A cura apresenta dois pré-requisitosfundamentais: fé e vontade de Deus;
Jesus curou o paralítico para de-monstrar sua divindade;
A pior enfermidade que o homem
pode enfrentar é o pecado.PARTE 3 – Jesus e os pecadores
Princípios espirituais:
Os discípulos abandonaram suasatividades para seguir o Mestre;
A comunhão à mesa, de Jesus com os pecadores, trouxe novos conflitos comos escribas;
É preciso reconhecer a si mesmocomo pecador para atender ao chama-do de Jesus;
uando o homem atende ao cha-mado do Mestre, Jesus transforma a
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do estudo. Leia o material, anote su-as dúvidas. Verifique se as sugestões podem ser aplicadas ou se necessitamde adaptações.
RECURSOS ADICIONAIS
Tinha muita gente doente nocaminho de Jesus. O Evangelho deMarcos está cheio de enfermos e en-
fermidades. São apenas alguns casos.Possivelmente, muitos outros acon-teceram e não foram relatados peloevangelista. Isso levou uma determi-nada corrente teológica a afirmar quea principal tarefa de Jesus é a cura. E,como consequência, as igrejas de hojetambém precisariam focar na cura.
As pessoas adoecem. E isso nãodepende de condição social, idade,estatura, escolaridade ou cor. To-dos os seres vivos que caminham pela terra adoecem. As doenças nosacompanham faz muito tempo. Deonde vieram?
A Bíblia responde a esta perguntade uma forma indireta. Ela não diz arazão exata de cada doença em cada pessoa, mas afirma que a origem de
tudo está no Jardim do Éden e no atode desobediência do primeiro casal.uando Adão e Eva pecaram, elesabriram as portas para todas as enfer-midades.
sua vida elevando-o a uma nova vidade especial dignidade.
PARTE 4 – Jesus e a lei
Princpios espirituais:
Os fariseus não entenderam os man-damentos acerca do sábado;
Jesus se apresenta como superior ao
sábado ou a qualquer outra convençãohumana;
Os escribas e fariseus entendiamque suas tradições não poderiam ser emhipótese alguma alteradas;
O sábado foi feito por causa do ho-mem. Todo decreto que não seja parahonrar a Deus e beneficiar sua criaçãodeve ser reavaliado.
ENCERRANDO
Após a apresentação de todos osgrupos, fixar as informações que cadagrupo apresentou e pedir que o alunoapresente, com uma frase ou palavra,qual foi, em sua opinião, o aspecto maisimportante na lição.
Terminar a aula com uma oração.
DICAS
Desenvolva o hábito de preparar suaaula durante a semana e não na véspera
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Plano de aula 3SUGESTÕES DIDÁTICAS
Marcos 4 e 5 Marcos 5.19
Parábolas emilagres
O PREPARO
Objetivos
Identificar o que são parábolas ea função delas nos ensinos de Jesus.
Entender qual foi a relevânciados milagres no ministério de Jesus.
Reconhecer que a salvação do pecador é o maior milagre operado por Jesus Cristo.
Material didático utilizado
Texto da parábola e do testemu-nho;
CD “Preciso de Ti” (Grupo Dian-te do Trono), faixa “Deus de Milagres”(caso não seja possível, usar o hino 328do Cantor cristão);
Aparelho de som.
DESENVOLVIMENTO DA AULA
Para começar
1. Começar a aula pedindo a um alu-no que compartilhe com a classe uma li-ção que tenha aprendido na semana.
Após a apresentação do aluno, lera parábola do bom samaritano (se for possível, tente decorar o texto e dar en-tonação à voz que desperte a atenção detodos os alunos).
2. Em seguida, lançar os seguintesquestionamentos:
ual a lição aprendida com essa
parábola? ualquer pessoa poderia apren-
der essa lição? Por quê?
Fazer apresentação da lição des-tacando os princípios espirituais.
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Trabalhando o texto
PARTE 1 – O significado das pará-bolas e dos milagres
Princípios espirituais:
Parábola é uma forma de expor umensinamento de modo comparativo,nem sempre fazendo uso de histórias verídicas – usa-se, no caso, histórias
fictícias – mas nunca fugindo da rea-lidade dos fatos;
As parábolas são janelas que nos permitem ver as verdades divinas;
Os mistérios de Deus são enigmasindecifráveis que, porém, quando re- velados, por meio da fé e atuação doEspírito Santo, passam a ser um ver-dadeiro porto seguro;
Como forma de confirmar aoshomens seu poder e mostrar que erarealmente o Messias, Jesus operou vá-rios milagres.
PARTE 2 –A parábola do semeador
Princípios espirituais:
Jesus fez uso das parábolas paraesclarecer o ensino aos seus discí- pulos;
O ensino por meio de parábolas faci-litava a compreensão de seus seguidoresao mesmo tempo em que ocultava aessência do seu ensino aos opositoresde seu ministério;
A afirmação de Marcos 4.12 refere - seao cumprimento da profecia proferidaem Isaías 6.9,10;
Os diferentes solos da parábolado semeador representam os diferentes posicionamentos dos corações huma-nos ao receber a mensagem de salvaçãoe edificação;
O homem é livre diante de Deus
para tomar qualquer posicionamentoem relação à mensagem de Cristo:aceitá-la verdadeiramente ou rejeitá-la.
PARTE 3 – Jesus e os milagres
1.Antes de iniciar essa parte, per-guntar se algum aluno gostaria de darum testemunho sobre algum milagreque Deus fez na sua vida ou na vidade alguém perto dele. Caso não haja
participação, conte a história de umaatuação milagrosa de Deus na atuali-dade. As revistas missionárias podemfornecer esses testemunhos.
2. Após o testemunho, lançar para aclasse novos questionamentos:
Deus ainda cura nos dias de hoje?
O que você achou de mais importan-te no relato desse testemunho?
3. O importante é demonstrar para osalunos que o mesmo Deus que operouontem pode operar hoje.
4. Os milagres precisam glori-ficar ao Criador e não a criatura.
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Apresentar o tópico utilizando as sen-tenças-chaves e as informações adicio-nais ao texto.
Princpios espirituais:
Milagre é uma aão extraordi-nária de Deus que pode extrapolar os poderes comuns da natureza;
Os termos utilizados no Novo
Testamento para descrever a aão ex-traordinária de Deus são “obras”, “si-nais”, “prodígios” e “milagres”;
Os milagres só podem ser com- preendidos por meio da fé;
Além dos milagres, os discípulos precisavam ter suas vidas edificadas pelos ensinos de Jesus;
A finalidade de Jesus ao curar o
paralítico foi provar seu poder para perdoar pecados;
Tudo que a igreja realiza precisaser para a glória de Deus;
Ainda hoje há pessoas que dese- jam cura física, mas não estão preocu- padas em ter uma vida reta diante deDeus. Buscam prosperidade, mas nãoatentam para as riquezas eternas. En-
fatizam milagres, mas negligenciam aPalavra de Deus;
O nosso maior zelo deve ser pre-gar o “Cristo crucificado”;
A conversão de um pecador é omaior e mais sublime milagre da vida;
ualquer outro milagre é tem- porário: o vento voltará a soprar, odemônio aterrorizará outras vidas.Devemos falar incansavelmente domilagre que Deus opera ao salvar a vida de um pecador.
ENCERRANDO
Providenciar cópias com a letra da
música “Deus de Milagres” e cantarcom a turma. Destacar os versos: “Eo maior milagre já operou em mim, eo maior milagre quer operar em ti” .Evidenciar que Deus pode operarqualquer sinal ou maravilha, mas asdoenas ainda existirão, os ventos ain-da voltarão a soprar, pessoas, mesmoque ressuscitem, ainda morrerão outra vez. O maior milagre, sem dúvida,é aquele que permanece para toda
a eternidade: um pecador salvo porCristo Jesus.
Caso não seja possível utilizar amúsica “Deus de Milagres”, encerrarcantando o hino 328 do Cantor Cris-tão, dando destaque à terceira estrofe.Ou utilizar outra música que fale sobreesse tema.
DICAS
É sempre bom ler um livro que tratedo livro bíblico que está sendo estudado. Normalmente, a biblioteca da igreja possui estes livros. Caso sua igreja não possua algo assim, veja se o seu pastor ou algum seminarista pode ajudar.
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