Upload
vfq3481
View
10
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Engenharia da Soldadura - Comportamento das Juntas Soldadas em Diferentes Condições de Solicitações
A. Chaves e Sousa 1
Módulo: 3.5. – Comportamento das Juntas Soldadas em Diferentes
Condições de solicitação
Formador: A. Chaves e Sousa
Alfragide, 2014-06
Pós Graduação em Engenharia da Soldadura
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 2
Tipos de Carga
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 3
Cargas estáticas de curta duração
• A carga é aplicada até à rotura do material, sendo o período
de duração desta não superior a alguns minutos. Ex.: a tensão
de rotura, a tensão de cedência são determinados à
temperatura ambiente por meio de carga estáticas de curta
duração.
Cargas estáticas de longa duração • É aplicada uma carga até um valor máximo e depois mantida
nesse valor. A resistência à fadiga é determinada por aplicação
deste tipo de carga.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 4
Cargas repetidas
• A carga é aplicada de seguida retirada. Tem grande
importância quando são aplicadas cargas de valor
elevado num pequeno número de ciclos ou cargas de
valor baixo num grande número de ciclos.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 5
• Resistência Estática: uma
propriedade dos materiais
ou de qualquer elemento
mecânico.
•É através dos ensaios
uniaxiais de tracção que se
determina a resistência dos
materiais, obtendo-se os
diagramas tensão-extensão.
• A tensão máx. admissível é
dada pela equação, sendo n
o coeficiente de segurança.
adm /ced n
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 6
Resistência a altas temperaturas
• Os ensaios de tracção são normalmente
efectuados à temp. ambiente.
• Quando ensaiados a temperaturas mais elevadas
os valores são diferentes.
• Todos os materiais diminuem o ponto de cedência
e o módulo de elasticidade com o aumento da
temperatura (os aços diminuem cerca de 50%
quando a temperatura varia de 300º para 600º).
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 7
Fluência
• Um metal sujeito a um carregamento de
intensidade constante sofre uma deformação e pode
atingir a rotura mesmo p/ valores de tensão
inferiores à tensão de limite elástico.
•Variação da extensão de um material quando
solicitado por uma tensão constante.
• Parte da deformação originada por uma solicitação
constante, que é definida em função do tempo
(ASTM E 139).
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 8
•Nos materiais metálicos verifica-se geralmente para as
tensões elásticas ou plásticas e a temperaturas
elevadas.
•A tabela abaixo apresenta resultados de resistência à
tracção em diversos materiais em função da duração
dos ensaios a uma temperatura constante.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 9
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 10
•Da tabela anterior podemos retirar a tabela de valores
obtidos para diversas temperaturas
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 11
•
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 12
•
Comportamento de Juntas Soldadas
•As curvas deslocam-se para cima quando a tensão
aumenta.
•Destas curvas conclui-se:
• a extensão de fluência aumenta com o tempo da tensão aplicada
• a inclinação das curvas aumentam com a tensão aplicada e
correspondentemente a tensão.
•o tempo de ruptura diminui quando a tensão aumenta.
•a extensão inicial aumenta com a tensão
A. Chaves e Sousa 13
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 14
• As curvas de fluência apresentam três regiões ou
fases de fluência I , II e III, bem distintas.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 15
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 16
• Período Primário (zona I): a variação da deformação
decresce com o tempo.
• Período secundário (zona II): a variação da
deformação é sensivelmente constante com o tempo
(dε/dt=const.)
• Período terciário (zona III): com a velocidade de
deformação a aumentar grandemente até se atingir a
fractura (pontos A,B, C e D).
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 17
Concentração de tensões
• No cálculo das tensões admite-se que os materiais
não apresentam irregularidades, ou seja: têm
secção transversal constante ou pequenas
variações, o que nem sempre se verifica.
•Verifica-se que na proximidade dos pontos de
acidentes geométricos (furos, variações bruscas de
secção, etc,) as tensões são mais elevadas do que
em pontos afastados
• A concentração de tensões é um fenómeno
normalmente localizado.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 18
No dimensionamento de algumas peças há que
considerar este fenómeno, uma fez que a tensão
admissível deverá ser superior à tensão máxima
calculada onde existir uma concentração de tensões.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 19
valor máx da tensão
- tensão calculada sem o efeito concentrador das tensões
- factor de concentração de tensões
máx t
máx
t
K
K
• Este factor é constante no domínio elástico do material.
• Os entalhes surgem num grande número de
equipamentos mecânicos, tendo surgido diversos estudos
e elaborados tabelas para esta situação.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 20
• Representação da distribuição de tensões devido ao efeito de entalhe
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 21
Medição fotoeléctrica da concentração de tensões numa barra à flexão
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 22
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 23
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 24
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 25
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 26
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 27
A forma do cordão de soldadura pode ter influência no
factor de concentração de tensões, sendo influenciado
pelo raio de concordância R e o ângulo θ, da tangente ao
reforço no pé da soldadura.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 28
O factor Kt aumenta com diminuição de R e com a
diminuição de θ. Assim com R a tender para infinito o
valor Kt é mínimo.
Outro parâmetro a considerar é o desalinhamento
nas juntas topo a topo:
• desalinhamentos axiais
• desalinhamentos angulares
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 29
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 30
Factor de concentração de tensões para
desalinhamentos axiais
• Kt= 1+(3e/t)
• e – excentricidade
• t – espessura da placa, placa mais fina
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 31
2L – largura do
desalinhamento angular
D – diâmetro do tubo
t – espessura do tubo
26 21 1t
L LK
Dt D
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 32
Impacto - aplicação de uma força externa por um
período de tempo pequeno (inferior a 1/3 do mais
pequeno período natural de vibração).
Diversos tipos de provetes com entalhes são utilizados
para o ensaio ao impacto.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 33
Comportamento de Juntas Soldadas
A utilização de provetes entalhados, permite a localização da fractura e desenvolve na extremidade do entalhe um estado de tensão triaxial que contribui para a ocorrência da ruptura frágil.
A. Chaves e Sousa 34
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 35
Efeito da temperatura nos ensaios de impacto
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 36
Temperatura de transição
É a temperatura em que o material evidencia uma
mudança de comportamento dúctil para frágil. No
entanto este valor não é fácil de determinar, uma
vez que a mudança de comportamento não é
normalmente brusca.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 37
Estes ensaios informam o projectista que a partir de
uma dada temperatura, uma pequena diminuição
desta provoca um decréscimo da resistência ao
impacto do material.
O conhecimento, relativamente ao impacto dos
materiais, permite ao projectista executar estruturas
com capacidade de absorção ao impacto.
Comportamento de Juntas Soldadas
A. Chaves e Sousa 38
Referências Bibliográficas:
• Carlos A. G. de Moura Branco, “Mecânica dos
Materiais”, Edição Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, 2006
• A. Correia da Cruz e João Carreira, “Ensaios
Mecânicos”, Edições técnicas ISQ
•J.E. Shigley e C. R. Mischke, “Mechanical Engineering
Design” 5ª ed, Edição McGraw-Hill International Editions”
1989