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ASSESSORIA JURÍDICA Do Processo nº 2010-0.345.158-2 Folha de Informação nº Em ........./......../........... 1 INTERESSADO: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano ASSUNTO: Contratação de empresa ou consórcio de empresas para elaboração de estudos urbanísticos e estudos complementares de subsídio à formulação dos projetos de lei das operações urbanas consorciadas Rio Verde-Jacu (Lote 01), Lapa-Brás (Lote 02) e Mooca-Vila Carioca (Lote 3). INFORMAÇÃO Nº 275/2012/SMDU.AJ SMDU.AJ Senhora Assessora Chefe O Consórcio AECOM+CNEC WorleyParsons apresentou, com fulcro no art. 109, I, “b”, da Lei Federal n. 8666/93, competente e tempestivo recurso administrativo contra a decisão da Comissão Especial de Licitação da Concorrência n. 01/2011/SMDU, publicada no Diário Oficial da Cidade de 04/06/12. Tal decisão teve por objeto análise da documentação complementar ao envelope “Proposta Técnica” apresentado pelo licitante, e acarretou a sua desclassificação do certame em razão de não obter a pontuação mínima no item por atingir ao menos 50% da nota final máxima no item A.3 do Anexo Elementos da Proposta Técnica (item 10.4 c/c item 15.4 do Edital). Arrola o recorrente, destarte, os seguintes argumentos: I – DOS ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL DA FERROVIA NORTE-SUL A argumentação do recorrente pretende afastar a cada uma das razões apresentadas pela Comissão Especial de Licitação para prolação de sua decisão.

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Do Processo nº 2010-0.345.158-2 Folha de Informação nº

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INTERESSADO: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano ASSUNTO: Contratação de empresa ou consórcio de empresas para

elaboração de estudos urbanísticos e estudos complementares de subsídio à formulação dos projetos de lei das operações urbanas consorciadas Rio Verde-Jacu (Lote 01), Lapa-Brás (Lote 02) e Mooca-Vila Carioca (Lote 3).

INFORMAÇÃO Nº 275/2012/SMDU.AJ

SMDU.AJ

Senhora Assessora Chefe

O Consórcio AECOM+CNEC WorleyParsons apresentou, com fulcro no

art. 109, I, “b”, da Lei Federal n. 8666/93, competente e tempestivo recurso

administrativo contra a decisão da Comissão Especial de Licitação da Concorrência

n. 01/2011/SMDU, publicada no Diário Oficial da Cidade de 04/06/12.

Tal decisão teve por objeto análise da documentação complementar ao

envelope “Proposta Técnica” apresentado pelo licitante, e acarretou a sua

desclassificação do certame em razão de não obter a pontuação mínima no item por

atingir ao menos 50% da nota final máxima no item A.3 do Anexo Elementos da

Proposta Técnica (item 10.4 c/c item 15.4 do Edital). Arrola o recorrente, destarte, os

seguintes argumentos:

I – DOS ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL DA FERROVIA NORTE-SUL

A argumentação do recorrente pretende afastar a cada uma das razões

apresentadas pela Comissão Especial de Licitação para prolação de sua decisão.

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Nestes termos, quanto ao item a1) da decisão1, alega que a empresa CNEC

WorleyParsons Engenharia S/A, ao contrário do constatado pela Comissão Especial

de Licitação em sua análise, de fato executou o EIA-RIMA da totalidade da Ferrovia

Norte-Sul e anexa, ao ensejo, atestado alegadamente comprobatório de tal afirmativa,

emitido pela VALEC. Informa o Consórcio AECOM+CNEC WorleyParsons que tal

documento vem esclarecer e elucidar a instrução do procedimento licitatório pois

complementa o significado dos demais documentos já juntados aos autos,

esclarecendo-se definitivamente sobre a abrangência dos serviços relativos ao EIA-

RIMA da indigitada ferrovia indicados na ficha técnica de fls. 12702/12710. O

atestado, continua, materializa a situação apontada na ficha técnica, configurando

sua apresentação praticidade, celeridade e otimização do certame, tudo em prol do

interesse público envolvido. Tal atestado, continua, acaba por afastar também o item

a2) da decisão2, em razão de deixar estreme de dúvida que os serviços do EIA-RIMA

englobaram as regiões metropolitanas de Imperatriz e Goiânia.

No tocante ao item a3) da decisão3, alega o recorrente que a Comissão

Especial de Licitação teria adotado uma premissa equivocada: a de que o fato de não

ter sido ainda criada, à época do estudo, a Região Integrada de Desenvolvimento do

Distrito Federal (Lei Complementar Federal n. 94/88) significa que o estudo não

tenha sido realizado em área urbana de região metropolitana. Segundo o Consórcio,

a condição urbanística da região de Brasília já a caracterizava como região

1 a1) a ficha técnica apresentada (fls. 12702/12710), referente a toda a Ferrovia Norte Sul, não é compatível com o atestado e os instrumentos contratuais oferecidos pela licitante (fls. 12712/12729), referente somente aos trechos entre Brasília e Anápolis e entre Brasília e Uruaçu, de tal ferrovia; 2 a2) embora, na apresentação dos documentos esteja declarado que o EIARIMA teria atingido as regiões metropolitanas de Imperatriz e de Goiânia (fls. 12694), o atestado apresentado refere-se somente aos trechos entre Brasília e Anápolis e entre Brasília e Uruaçu, da Ferrovia Norte Sul; 3 a3) nem mesmo os trechos de ferrovia referidos pelo atestado poderiam ter sido feitos em área urbana de região metropolitana, uma vez que os trabalhos apontados são de 1987 e a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno foi criada somente pela Lei Complementar n. 94/1998;

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metropolitana desde pelo menos 1985, e para comprovar tal assertiva cita estudo do

Departamento de Geografia e do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais/CEAM da

Universidade de Brasília. Como o edital não exigiu que as regiões metropolitanas

estivessem formalmente constituídas, o simples fato de o estudo ter ocorrido em área

com tais características atenderia à exigência editalícia. Pela mesma razão – o fato de

ter sido o EIA-RIMA em área urbana de região metropolitana – restaria afastado o

item a4)4 da decisão da Comissão Especial de Licitação.

II – DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO PORTO VELHO – ARARAQUARA

A Comissão Especial de Licitação considerou que a documentação

ofertada não atende ao edital de licitação em razão de não ter sido encaminhado o

seu termo de encerramento com declaração do recebimento do produto5. Contra tal

entendimento, argumenta o recorrente que foi contratada para executar o seguinte

objeto: (a) elaboração de EIA-RIMA; (b) requerimento de Licença Ambiental Prévia;

(c) requerimento de Licença Ambiental de Instalação; (d) elaboração do pedido de

Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) e (e) apoio técnico e institucional na

organização logística para a realização de audiências públicas, sendo certo que o item

(d) encontra-se em fase de finalização. Uma vez que as ASV solicitadas forem

concedidas, estará o contrato encerrado, sendo então possível emitir o seu termo de

encerramento com declaração de recebimento do produto, nos termos exigidos pelo

instrumento convocatório. Tendo em vista o fato de o EIA-RIMA ter sido

evidentemente realizado, a não aceitação do projeto se caracterizaria como excesso de

4 a4) o atestado e os instrumentos contratuais apresentados declaram que a empresa em pauta foi contratada para elaborar o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA de um trecho da ferrovia e a complementação de outro RIMA de outro trecho, não tendo sido atestado que a empresa elaborou os respectivos Estudos de Impacto Ambiental; 5 no caso das Linhas de Transmissão Porto Velho – Araraquara, verificou-se a ausência do termo de encerramento com declaração de recebimento do produto, documento expressamente exigido pelo edital, em seu anexo Elementos da Proposta Técnica (p. 16), não sendo possível atender ao pleito formulado pela licitante, no sentido de que fosse aceita documentação alternativa (fls. 12777/12780), tendo em vista a vinculação da concorrência ao respectivo edital;

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rigor por parte da Comissão Especial de Licitação, conduta considerada incompatível

com a finalidade pública do torneio licitatório. Encaminha, ao ensejo, excertos de

jurisprudência sobre o tema, e reafirma a notória experiência da CNEC

WorleyParsons Engenharia S/A no trabalho a ser elaborado.

Relatado o necessário, passamos a nos manifestar.

Esta Assessoria Jurídica da SMDU tem se manifestado, durante este

processo licitatório, com o desiderato de auxiliar o desenvolvimento dos trabalhos a

cargo da Comissão Especial de Licitação instituída para a condução do certame.

Neste sentido, cumpre trazer aos autos razões de ordem jurídica que digam respeito

ao recurso em tela, cabendo a decisão sobre o tema à indigitada Comissão Especial de

Licitação e ao DD. Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano. Sob tal aspecto,

portanto, parece ser preciso considerar os seguintes elementos:

1) Do atestado AT 337, emitido pela VALEC, e da possibilidade de alteração de

critério de julgamento por parte da Comissão Especial de Licitação

Encaminha o Consórcio recorrente o atestado de fls. 13.162 (At. 337),

emitido pela empresa Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S/A. Tal

instrumento atesta que as empresas CNEC – Consórcio Nacional de Engenheiros

Consultores S/A, Natran Consultoria e Projetos S/A, Engevix S/A – Estudos e

Projetos de Engenharia Ltda., IESA – Internacional de Engenharia S/A, Themag

Engenharia Ltda. E Hidroservice Engenharia de Projeto Ltda. executaram os serviços

relativos ao EIA-RIMA para o Projeto da Ferrovia Norte-Sul. Argumenta o

recorrente que tal atestado elucida a instrução do procedimento licitatório,

complementando a informação trazida na ficha técnica de fls. 12702/12710.

A possibilidade de juntada de nova documentação em sede de recurso

deve ser avaliada à luz da regência normativa sobre o tema. Inicialmente mister se

faz deitar olhos sobre a Lei n. 8666/93, que assim dispõe:

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Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a

administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será

processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da

probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do

julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

(...)

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

(...)

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

(...)

§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

O Edital da Concorrência nº 01/2010/SMDU, por seu turno, assim

dispõe:

8.2. Não serão aceitos documentos ou propostas enviados pelo correio ou outros serviços de entrega, bem como após o horário estabelecido neste Edital.

(...)

12. DO RECEBIMENTO DA DOCUMENTAÇÃO E DAS PROPOSTAS

12.1. Os envelopes contendo as propostas de participação nesta Concorrência serão recebidos até as 11h00 do dia 26 de Agosto de 2.011, no protocolo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, localizado na Rua São Bento, 405, 17º andar, sala 171B.

12.2. Os envelopes deverão ser entregues conjuntamente, não sendo admitido, em nenhuma hipótese, o seu protocolo em momentos distintos.

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12.3. Uma vez feita a entrega, não serão aceitas modificações ou substituições da proposta ou quaisquer documentos.

(...)

22.3. Os licitantes deverão analisar cuidadosamente os elementos fornecidos para a licitação, levantando todas as dúvidas ou falhas nos documentos, de forma que sejam elucidadas as pendências antes da apresentação dos envelopes.

Os excertos da legislação e do instrumento convocatório colacionados

evidenciam dois importantes aspectos do processo de licitação: a necessidade de

garantir-se a isonomia entre os participantes do certame e um seu sucedâneo, qual

seja, a vedação de apresentação de documentação em momento inadequado do

processo licitatório.

Com efeito, é cediço que aos licitantes é obrigatório apresentar, em seus

envelopes, toda a documentação que possibilite a avaliação e julgamento da sua

proposta. O procedimento previsto na legislação de licitação, de cunho

eminentemente formal, prevê o avanço do processo de escolha da melhor proposta

para a Administração com base na satisfação, por parte dos licitantes, das exigências

pertinentes a cada etapa do torneio licitatório. Assim, em uma concorrência do tipo

técnica e preço, somente serão abertos os envelopes habilitação se o licitante

protocolizar regularmente sua proposta; somente serão avaliados os documentos de

proposta técnica dos licitantes habilitados; e somente serão abertos os envelopes da

proposta de preços dos concorrentes classificados. Quanto a tais elementos, de

entendimento comezinho a qualquer agente que participa de um procedimento

licitatório desta espécie, não há qualquer dúvida, razão pela qual não é necessário

maior detença.

A própria lei federal de licitações, entretanto, traz ao menos dois

temperamentos a esta estrita vinculação do procedimento licitatório aos documentos

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apresentados no momento inicial da licitação. O primeiro deles é já colacionado § 3º

do art. 43, e segundo é o previsto no art. 48, § 3º, que assim dispõe:

Art. 48. Serão desclassificadas:

I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;

II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

(...)

§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.

Tal dispositivo foi utilizado no presente procedimento licitatório.

Especificamente no tocante ao Lote 2, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento

Urbano convocou os licitantes para complementação da documentação referente à

habilitação em decisões datadas de 16/12/11 e 13/02/12, e para complementação de

documentação de proposta técnica em decisão datada de 13/04/12. Tais

convocações, determinadas em razão da relevância do projeto para o Município,

demonstram, sem sombra de dúvida, que todos os licitantes tiveram oportunidades

de juntar documentação complementar à originalmente ofertada ao Poder Público

para avaliação e julgamento. Em outros termos, houve plenas condições do consórcio

recorrente inovar em sua documentação de modo a tornar sua proposta, na dicção

legal, escoimada de falhas que impedissem a continuação de sua avaliação pela

Administração.

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Observando-se o recurso protocolizado, entrementes, verifica-se que

pretende o Consórcio AECOM+CNEC WorleyParsons que o atestado por si

apresentado seja compreendido como documento que complemente informação

anteriormente constante dos autos, dando significado a material já ofertado em fase

adequada. Cremos, no entanto, s.m.j., que tal entendimento não deve prosperar. Com

efeito, assinala Jessé Torres Pereira Junior sobre a possibilidade de adição de

documentação ao processo de licitação em momento não formalmente adequado – in

casu, analisando o § 3º do art. 436:

“A Comissão ou autoridade está proibida de deferir ou ordenar a diligência se esta tiver por objeto a inclusão de documento ou informação que deveria haver acompanhado a proposta (também a documentação). A vedação guarda simetria com os arts. 396 e 397 do Código de Processo Civil, dos quais resulta que a petição inicial deve vir instruída com os documentos destinados a provar as alegações do autor, sendo-lhe vedado trazê-los posteriormente, a menos que comprove que deles não dispunha ou se referirem a fatos ocorridos depois dos articulados na peça vestibular.

No caso do processo administrativo da licitação, cada licitante sabe, em face das exigências do edital, quais os documentos e informações que deverão estar nos respectivos envelopes. Não os trazer significa descumprir o edital. a proibição de serem aceitos posteriormente respeita o direito dos demais licitantes ao processamento do certame de acordo com a exigência do edital.”

Wellington Pacheco Barros, no mesmo sentido, alerta que a diligência

não pode7

“... ferir o princípio da isonomia no sentido de determinar a produção de documento que deveria ser produzido particularmente por um licitante, não pode retroagir para determinar a juntada de documento que deveria ter sido produzido pelo licitante em momento anterior do processo, em respeito até mesmo à preclusão administrativa”

Para Maria Sylvia Zanella di Pietro, não há que falar sequer em

princípio da razoabilidade para aceitar a validade de eventual documento entregue a

destempo pelo licitante. Para a autora, “o que não é possível, de forma alguma, é permitir

6 Comentários à Lei das Licitações e Contratações da Administração Pública, 8ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2009, pp. 525/256. 7 Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Atlas, 2009, p. 210.

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a qualquer dos licitantes que complete dados exigidos expressamente no edital e por ele

omitidos ao apresentar a documentação para a habilitação e proposta”8. No entendimento de

Marçal Justen Filho9,

“O problema prático é estabelecer limites. Todo e qualquer defeito é suprível? A resposta é negativa. Deve-se verificar se a lei ou o Edital estabelecem determinada exigência, prevendo uma única e inquestionável alternativa para atendimento ao requisito, sem qualquer margem de dúvida. Quando tal se passar, o defeito é impossível de ser sanado”.

No caso em tela, o que deve ser averiguado é se a possibilidade de

encaminhamento de documento tendente a comprovar o atendimento a exigência ao

instrumento convocatório em sede de recurso pode aceita, uma vez que tal

possibilidade não foi estendida, em nenhum momento, aos outros licitantes. Essa

resposta é dada pelo próprio autor, que assevera sobre a isonomia durante o

processo licitatório10:

“Depois de editado o ato convocatório, inicia-se a chamada fase externa da

licitação. Os particulares apresentam suas propostas e documentos, que serão

avaliados de acordo com os critérios previstos na Lei e no ato convocatório.

Nesta segunda fase, a Administração verificará quem concretamente, preenche

mais satisfatoriamente as condições para ser contratado. Também nesta etapa

exige-se tratamento isonômico. Trata-se, então, da isonomia na execução da

licitação. Todos os interessados e participantes merecem tratamento

equivalente”.

É importante destacar que a Administração não desclassificou o

consórcio ora recorrente por uma questão meramente formal, colmatável

eventualmente por intermédio de diligências a qual está autorizada por lei e pelo

8 “Do Princípio do Formalismo no Procedimento da Licitação” in Temas polêmicos sobre licitações e contratos. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, RAMOS, Dora Maria de Oliveira, BATISTA DOS SANTOS, Márcia Walquiria e D’AVILA, Vera Lucia Machado (orgs.), 5ª ed., rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 45. 9 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 13ª ed. São Paulo: Dialética, 2009, p. 76. 10 op. cit., p. 69.

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instrumento convocatório. Houve, isto sim, a avaliação técnica que concluiu pelo não

atendimento aos requisito do instrumento convocatório – neste caso específico,

comprovou o licitante tão somente a elaboração de Relatório de Impacto no Meio

Ambiente – RIMA de parte do empreendimento noticiado em sua ficha técnica. Em

outros termos, o concorrente comprovou o que efetivamente encaminhou à

apreciação da Comissão Especial de Licitação para exame, e agora pretende, em sede

de recurso, trazer novos elementos que, pretensamente, atestariam a execução dos

trabalhos que o tornariam habilitado a continuar no certame. O atestado não

esclarece ponto em que houve dúvida por parte da Comissão Especial de Licitação, e

sim inova em termos de documentação a ser analisada – aceitar este atestado,

portanto, aparentemente configuraria conduta tendente a vulnerar a inafastável

isonomia entre os licitantes.

Há mais, contudo.

Ainda que, por hipótese, fosse possível aceitar o atestado de fls. 13.162

como complemento de informação anteriormente encaminhada à Administração, o

texto do atestado não permite concluir, de forma cabal, que a empresa CNEC

realizou trabalhos de EIA-RIMA no antigo projeto da Ferrovia Norte-Sul.

Com efeito, o atestado é claro ao afirmar que a licitante executou

serviços relativos ao EIA-RIMA para a Ferrovia Norte-Sul, sendo certo que tais

serviços (isto é, os serviços de EIA-RIMA) foram realizados por várias empresas,

entre as quais a ora recorrente. O instrumento apresentado, desta forma, confirma a

informação extraída dos atestados juntados a fls. 12712/12729 dos autos, não

trazendo ao processo qualquer informação nele não constante anteriormente – é

inegável que a CNEC realizou tarefas no empreendimento contratado pela VALEC, e

o atestado confirma tal assertiva, reforçando, e não complementando, o significado

do AT. 360, juntado a fls. 12712.

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Há que se ponderar, ainda, acerca dos outros pontos do recurso

manejado pelo Consórcio recorrente.

Nestes termos, no que toca ao fato de o estudo entabulado pela CNEC

ter sido realizado na região de Brasília antes da criação da Região Integrada de

Desenvolvimento do Distrito Federal, é preciso remeter ao já salientado na

Informação nº 108/2012/SMDU.AJ, que assim dispôs:

Como já esclarecido, a avaliação técnica das propostas da Concorrência nº 01/2010/SMDU, veiculada com o tipo “Técnica e Preço”, é realizada tendo por base o anexo “Elementos da Proposta Técnica”. Neste anexo, importante desde já destacar, há dois critérios distintos para a caracterização de EIA-RIMA a ser avaliado pela Comissão Especial de Licitação: o primeiro diz respeito ao estudo apresentado pelas empresas licitantes para atendimento ao item A.3 do Edital; o segundo, por seu turno, versa sobre projetos apresentáveis para avaliação técnica da capacidade profissional do Coordenador de EIA-RIMA de cada licitante (item B.3).

No que toca aos EIA-RIMA apresentados para avaliação técnica das empresas licitantes, assim dispõe apontado anexo:

A.3. CAPACIDADE TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E DO RELATÓRIO DE IMPACTO NO MEIO AMBIENTE (10 PONTOS) (...) No que toca ao produto “Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente”, a pontuação da capacidade técnica das empresas/consórcios será distribuída de acordo com os seguintes critérios de experiência em elaboração de projetos de EIA-RIMA. - Definição do quesito: Avaliação da experiência em elaboração de EIA-RIMA em área urbana de regiões metropolitanas. - Forma de entrega: Ficha técnica e atestados devidamente acervados, ou, no caso de projeto realizado para pessoas jurídicas de direito privado, por cópia do contrato acompanhado do termo de encerramento com declaração de recebimento do produto, devidamente acompanhados de cópia da respectiva licença expedida pelo Poder Público (se houver). Verifica-se que o critério a observar para a elegibilidade de projetos para avaliação técnica de EIA-RIMA é o de realização do estudo em regiões metropolitanas. Tal critério, aponte-se, não é coincidente com o exigido etapa

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anterior do certame – a habilitação – e, por expressa previsão editalícia, deve ser o utilizado nesta etapa. Não há, por seu turno, conceito de “regiões metropolitanas” no Edital. Deve ser utilizado, assim, para identificação de tais aglomerações urbanas, dois critérios distintos: um para as regiões metropolitanas localizadas no Brasil e outro para as regiões metropolitanas localizadas no exterior. Em nosso país, deve ser observada a legislação de regência, que tem por base o art. 25, § 3º da Constituição Federal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as regiões metropolitanas brasileiras são as seguintes: (...)

Para as regiões metropolitanas localizadas no exterior, deverá ser utilizado o critério urbanístico, a ser obtido na doutrina. Como exemplo, para José Afonso da Silva, o que dá essência ao conceito de região metropolitana é a “existência de núcleos urbanos contíguos, contínuos ou não, subordinados a mais de um município, sob a influência de um Município-pólo”11.

Tais argumentos foram expressamente aceitos pela Comissão Especial

de Licitação por ocasião da sessão de avaliação de documentação do dia 14/03/2011,

que elegeu este critério objetivo para o julgamento das propostas. Desta forma, a

possibilidade de eventual mudança de entendimento por parte da Comissão Especial

de Licitação sobre o critério anteriormente adotado estará condicionada, por uma

questão de isonomia, à viabilidade de aplicação da novel orientação às avaliações já

realizadas no curso deste processo licitatório com a obtenção do mesmo resultado em

termos de pontuação dos concorrentes. Em outros termos, eventual mudança de

critério pela Comissão Especial de Licitação não poderá ocorrer em prejuízo dos

demais licitantes anteriormente concorrentes neste lote – a tais deverá ser garantido o

direito de ter suas propostas julgadas sob a nova orientação adotada. Desta forma,

prima facie, caso ultrapassadas todas as considerações inicialmente arroladas e

convencendo-se a Administração da nova diretriz para a avaliação deste item do

Edital, a adoção do novo critério terá como conditio sine qua non a inalterabilidade do

resultado das avaliações anteriormente realizadas. 11 Direito Urbanístico Brasileiro, 5ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 159.

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2) Do EIA-RIMA das linhas de transmissão de energia elétrica Porto Velho-

Araraquara

No tocante a este item, a Comissão Especial de Licitação considerou

haver óbice formal intransponível à avaliação do projeto encaminhado pelo

concorrente - não foi encaminhado o termo de encerramento contratual com

declaração do recebimento do produto.

Novamente o recorrente aventa eventual excesso de formalismo por

parte do Poder Público, em medida que restaria desatendido interesse público

ignorar-se o fato de o EIA-RIMA apresentado na ficha técnica ter sido, de fato,

elaborado pela empresa CNEC.

Acerca de tais assertivas, é preciso inicialmente destacar que o

argumento do excesso de formalismo por parte da Administração é recorrente por

parte de licitantes não habilitados ou classificados em processos licitatórios.

Perfeitamente legítimo e adequado seu manejo contra as decisões do Poder Público

em sede de licitação – o excesso de formalismo sem dúvida não deve obliterar o

interesse público envolvido no procedimento licitatório – tal argumentação, contudo,

não merece guarida no processo ora em análise.

Com efeito, o ponto de partida de qualquer análise sobre o tema é o de

que a observância de exigências trazidas no instrumento convocatório é dever de

todos os licitantes – participar de uma licitação significa aceitar tal premissa. O

argumento de excesso de formalismo poderia em tese prosperar caso houvesse uma

pequena irregularidade em documento apresentado (ex: a falta de rubrica em

documento de autoria incontroversa), ou mesmo se o houvesse a não apresentação

de documento obtenível em simples consulta à internet. No caso em tela, o

documento não apresentado pelo licitante é informação de real importância para o

procedimento licitatório - somente com o termo de encerramento de contrato com

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declaração de recebimento do produto poderá a Administração aferir, com toda a

segurança jurídica exigida no processo de licitação, que os trabalhos realizados pelo

ora recorrente foram adequadamente executados. A obtenção de licenças ambientais

não supre a omissão de tal documento, que tem por específico objeto atestar a

perfeita idoneidade da execução contratual – repise-se: a única forma de constatação

de execução de EIA-RIMA nos termos contratados pelo Poder Público é o termo

exigido pelo instrumento convocatório.

É de apontar-se, ainda, que eventual discordância com os termos do

Edital deveria ter sido manifestada em tempo e modo adequados – nos termos do art.

41 da lei federal de licitações:

Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.

§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113.

Uma vez lícita a exigência do instrumento convocatório e ultrapassado

o prazo legal para impugnação, opera-se verdadeira preclusão do direito de

impugnar o conteúdo do instrumento convocatório, com todas as suas exigências a

serem cumpridas pelos licitantes. De fato, ainda que característico do regime jurídico

de direito público que a Administração possa reconhecer, a qualquer tempo e de

ofício, eventual ilegalidade do ato administrativo, é preciso afirmar, de maneira

peremptória, que tal situação não ocorre no caso em tela – por tal razão, eventual

ilegalidade da exigência prevista no item A.3 do Anexo Elementos da Proposta

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Técnica tampouco foi arguida pelo recorrente. Sob este aspecto, colaciona-se o

ensinamento de Jessé Torres Pereira Junior12,

“o objeto da impugnação é a suposta presença, nas regras do edital, de

contrariedade à lei. Não é a via adequada para debater com a Administração

sobre a conveniência ou a oportunidade da compra, obra, serviço ou alienação.

(...) O direito de impugnação é meio de controle de legalidade e funda-se no

direito constitucional de petição aos poderes públicos, assim devendo ser

exercitado e conhecido.”

Inviável, destarte, considerar excessiva a exigência do instrumento

convocatório que acabou por acarretar a desclassificação do recorrente. Ao revés,

caracteriza-se o item do Edital da Concorrência nº 01/2011/SMDU ora guerreado

como eficiente e necessário modo de comprovar qualificação técnica dos licitantes,

observado por todos os concorrentes (inclusive o ora recorrente, em seus outros

projetos de EIA-RIMA) sem que tenha havido impugnação ao seu conteúdo nos

termos previstos pela legislação de regência.

Novamente, contudo, e à guisa de argumentação, ainda que fosse

possível ultrapassar o óbice formal ora exposto, aparentemente melhor sorte não

teria a licitante na avaliação do mérito de seu projeto. Com efeito, o web-site do

IBAMA – Instituto Nacional do Meio Ambiente, traz os estudos de impacto

ambiental e respectivos relatórios de impacto no meio ambiente das linhas de

transmissão de energia elétrica objeto do licenciamento ambiental oferecido à análise

pelo Consórcio recorrente13. Em tais relatórios, destacam-se os quadros abaixo:

12 op. cit., p. 502. 13

http://siscom.ibama.gov.br/licenciamento_ambiental/LT/LT%20Coletora%20Porto%20Velho%20-

%20Araraquara%202%20e%20demais%20instala%C3%A7%C3%B5es%20associadas/RIMA%20Madeira/RIM

A_IE.pdf e

http://siscom.ibama.gov.br/licenciamento_ambiental/LT/LT%20Coletora%20Porto%20Velho%20%20Araraquar

a%202/RIMA_NORTE/RimaFinal.pdf, acesso em 19/06/2012.

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Em nenhuma das alternativas tecnológicas abordadas no EIA-RIMA

previu-se interferência direta da instalação das linhas de transmissão em área

urbana, havendo apenas tangenciamento de zonas urbanizadas. A análise de tal

tema, à evidência, compete à Comissão Especial de Licitação, que deverá, caso

entenda ultrapassada a questão formal avaliada na presente manifestação, cotejar tal

informação com o exigido no item A.3 do Anexo Elementos da Proposta Técnica

(Definição do quesito: Avaliação da experiência em elaboração de EIA-RIMA em área

urbana de regiões metropolitanas.).

Com tais esclarecimentos, sugerimos o encaminhamento do feito à

Comissão Especial de Licitação, para análise e deliberação.

São Paulo, 19 de junho de 2012.

JOSÉ ANTONIO APPARECIDO JUNIOR Procurador do Município – Assessor

OAB/SP 228.237 SMDU.AJ

SMDU.CEL

Senhor Presidente

Nos termos da informação supra, encaminho a Vossa Senhoria para

deliberação da Comissão Especial de Licitação.

São Paulo, 19 de junho de 2012.

HELOISA TOOP SENA REBOUÇAS

Chefe da Assessoria Jurídica

OAB/SP nº 110.310

SMDU