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351trica no Ambiente Hospitalar. 2002. 1 .docx) · PDF file · 2017-08-04(Microsoft Word - [F] Artigo - ROSA_M\334HLEN. Gerenciamento de Energia El\351trica no Ambiente Hospitalar

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Page 1: 351trica no Ambiente Hospitalar. 2002. 1 .docx) · PDF file · 2017-08-04(Microsoft Word - [F] Artigo - ROSA_M\334HLEN. Gerenciamento de Energia El\351trica no Ambiente Hospitalar

Fichamento Artigo Título: Gerenciamento de Energia Elétrica no Ambiente Hospitalar

Autores: José Eduardo Zagato Rosa, Sérgio Santos Mühlen

Referência: ROSA, J.; MÜHLEN, S. Gerenciamento de Energia Elétrica no Ambiente Hospitalar. UNICAMP: São Paulo, 2002.

Resumo: Diante da crise de energia elétrica e a escassez de recursos, os hospitais, grandes consumidores de energia elétrica, porém com orçamentos restritos, devem realizar um programa de gerenciamento de energia, para economizar o recurso e reduzir os gastos. Esse programa pode envolver de ações simples e de baixo custo, como campanhas de conscientização, até soluções complexas envolvendo maiores investimentos e retorno à longo prazo, como a instalação de um sistema de cogeração. Deve abranger todas as formas de energia empregadas na unidade, como elétrica, gás e óleo combustível. Uma dificuldade encontrada na implantação de um programa de gerenciamento de energia é a obtenção do comprometimento e apoio da comunidade do hospital, o que pode ser conquistado através da apresentação de uma avaliação prévia das perspectivas de economia de energia.

Em 1996, a COGERBA realizou auditorias no setor de saúde do estado da Bahia, mostrando a distribuição do consumo de energia em um hospital de médio porte em Salvador-BA e o potencial médio de economia de recursos. Nesse hospital, os maiores responsáveis pelo consumo de energia eram o sistema de ar condicionado (49% do consumo), a iluminação (23%) e o aquecimento de água (13%).

O programa de gerenciamento de energia não deve prejudicar a qualidade do ambiente e dos serviços prestados pelo hospital, nem comprometer a segurança de pacientes e funcionários. Para elaboração do programa, dão-se as seguintes medidas e recomendações:

● Analisar as faturas de eletricidade dos últimos dois anos ou mais, extraindo os dados de consumo, seus componentes de custo e detalhes e cláusulas do contrato com a concessionária, para identificar o perfil característico de consumo e demanda do hospital, bem como anormalidades, além de auxiliar na projeção do consumo dos próximos anos.

● Fazer um levantamento dos períodos de operação das unidades e dos equipamentos e sistemas de maior consumo (ou de todos) e suas características operacionais, dados essenciais para a identificação e avaliação de possibilidades de conservação.

● Projetar adequadamente e realizar a manutenção adequada das instalações elétricas, por questão de segurança e confiabilidade e também para a conservação de energia, devido às perdas que acontecem em instalações mal projetadas ou sem manutenção.

● Iluminação: ○ Fazer levantamento dos tipos, quantidades e potências de luminárias e

lâmpadas instaladas na unidade, podendo substituir as utilizadas por lâmpadas mais eficientes que permitam melhorar o nível de iluminação com um consumo menor.

○ Dividir o circuito de iluminação em setores, permitindo a iluminação de cada ambiente separadamente e utilizar sensores de presença, temporizadores e fotosensores para controle dos níveis de iluminação.

○ Adequar os níveis de iluminação para cada ambiente, de acordo com as normas.

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○ Realizar manutenção e limpeza de lâmpadas e luminárias. ○ Alterar a disposição das luminárias, para aproveitamento da iluminação

natural.

● Ar condicionado: ○ Empregar sistemas de condicionamento de ar com a melhor relação entre

potência consumida e produzida. O dimensionamento adequado é importante, e normalmente os sistemas de grande porte possuem melhor rendimento.

○ Realizar manutenção periódica dos equipamentos do sistema de ar condicionado, incluindo a limpeza de trocadores de calor, desobstrução das saídas de ar, inspeção e reparo de dutos e troca ou limpeza de filtros.

○ Garantir a isolação adequada dos ambientes condicionados, mantendo portas, janelas e outros meios de passagem do ar fechados, evitando a troca de calor com outras áreas, para reduzir a carga de trabalho do equipamento.

○ Instalar sistemas de automação para o controle dos níveis adequados de temperatura para cada ambiente e desligamento automático do sistema.

● Realizar adequação tarifária do contrato de fornecimento de energia elétrica, evitando desperdício de recursos financeiros por parte do hospital, que acaba gastando mais com multas, tarifas mais caras ou uma com demanda contratada maior que a necessária.

● Realizar controle da demanda nos horários de ponta (período definido pela concessionária e composto por três horas diárias consecutivas) ou quando houver a possibilidade do hospital ultrapassar a demanda contratada:

○ Evitar a operação de equipamentos de grande consumo nesse horário, como equipamentos de raios-X, tomografia e mamografia, exceto em casos de emergência e considerando a demanda do hospital.

○ Utilizar geradores para suprir parte da demanda do hospital nesse horário, já que muitos hospitais possuem geradores de emergência pouco utilizados, porém realizando estudo do desgaste, manutenção e depreciação do gerador.

○ Desligar equipamentos da lavanderia, concentrando o trabalho em atividades de dobramento e guarda de roupa.

○ Restringir o uso de destiladores e autoclaves com gerador de vapor. ● “(...)aquecedores solares de água e sistemas de cogeração representam uma boa

oportunidade para conservação de energia em grandes hospitais. Além destes sistemas, pode-se citar também aquecedores de água a gás e diferentes tipos de caldeiras de vapor que operam com combustíveis mais baratos que a energia elétrica. Os sistemas de cogeração podem ser muito interessantes economicamente, pois possuem alta eficiência energética devido ao fato de gerarem energia elétrica, e a energia térmica que seria perdida no processo é aproveitada para aquecimento de água ou outros trabalhos. Mas, apesar de atrativa, a implantação de um sistema de cogeração exige um investimento elevado e pode ser inviável para pequenos hospitais.”