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Material Pedagógico Professora PDE: Bernardete Germani. Área PDE: Educação Física. NRE: Curitiba. Professor Orientador IES: Carlos Eduardo da Costa Schneider. IES vinculada: UTFPR.

363gico Bernardete Germani.doc) - Paraná...3 meditação, facilitando o alcance do autoconhecimento" (Slaiviero, 2004, p.55). Não há dúvidas de que nosso ritmo interno, nossa respiração

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Material Pedagógico

Professora PDE: Bernardete Germani.

Área PDE: Educação Física.

NRE: Curitiba.

Professor Orientador IES: Carlos Eduardo da Costa Schneider.

IES vinculada: UTFPR.

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As atividades de Expressão Corporal trabalham a coordenação, a sensibilidade

auditiva, o tempo, a dimensão de espaço, harmonia, ritmo e flexibilidade. Desta forma,

o trabalho de Expressão Corporal torna-se essencial para o desenvolvimento da

percepção das possibilidades e limitações do próprio corpo, além da satisfação da

descoberta e do alívio de tensões e ansiedades através da socialização do aluno (a) com

o mundo que o cerca interagindo especialmente por meio de gestos e atos, assim, vão

ampliando o conhecimento de si e suas possibilidades de movimentação e expressão.

Conforme Jesus

[...] percebo que a experiência corporal pode tornar-se um ato consciente. Pode tornar-se um ato reflexivo, na medida em que eu me perceba em ato e pensamento. Assim, vejo-me em dinâmica. Sou pura motricidade (1992, p.32).

É através da percepção que as pessoas organizam e

interpretam as suas impressões sensoriais para atribuir

significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação,

seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos.

O processo de percepção tem início com a atenção, em nós mesmos e nas

observações por nós efetuadas. Para tanto, nós utilizamos da percepção visual e

auditiva como principal meio de percepção, As demais formas de percepção, como a

olfativa, gustativa e tátil, embora não associadas às necessidades básicas, têm

importante papel na afetividade e na reprodução. Além da percepção ligada aos cinco

sentidos, os humanos também possuem capacidade de percepção

temporal e espacial (http://pt.wikipedia.org. página visitada no

dia 02/07/2008)

A consciência corporal é fruto de um processo diário e progressivo

de nossas vivências, permite o conhecimento de si mesmo, da nossa

expressão no mundo, da nossa comunicação com outros corpos, da nossa

constituição física (ossos, músculos, órgãos) e da nossa respiração.

"relaciona-se com as respostas emocionais, com os hábitos de vida, com o sono, o nascimento, a sexualidade, a alimentação, o descanso e com a

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meditação, facilitando o alcance do autoconhecimento" (Slaiviero, 2004, p.55).

Não há dúvidas de que nosso ritmo interno, nossa respiração e

freqüência cardíaca se modifica frente a diferentes sensações, como o

susto, o medo, a ansiedade, a paixão, etc...

Lembre-se de uma situação em que você se assustou. O que aconteceu com sua respiração por segundos... gerando, em seguida, a taquicardia). Lembre-se de uma situação em que você estava deprimido Como estava sua respiração? (geralmente curta, peito meio fechado, cabeça mais baixa). Lembre-se de uma situação em que você estava eufórico. Como estava a respiração? (Genalmente os ombros ficam mais abertos, a respiração média... com movimentos peitorais... e um pouco de taquicardia). Lembre-se de um momento que esteve tranqüilo... em paz. Como estava a respiração? (geralmente a respiração fica mais abdominal... profunda.. corpo mais solto... coração pulsando ritmado... calmo...) Qual destas respirações é melhor para você passar a maior parte do seu dia? Em taquicardia ou em pulsação calma? (Slaviero, 2004.p. 57).

Normalmente, a nossa respiração varia muito, podendo prejudicar a todo o

metabolismo, no entanto, precisamos ter uma respiração tranqüila durante grande parte

do nosso dia, nos proporcionando mais calma e receptividade. Assim, os exercícios

respiratórios têm o intuito de promover saúde e bem-estar, tanto físico

e emocional quanto energético:

FÍSICO quando se massageia abdômen, tórax, ombros, etc.

através do movimento da musculatura utilizada no ato de respirar como o diafragma, os

retos abdominais, os intercostais e outros. Além disso, intensa sensação de relaxamento

e bem-estar é experimentada.

EMOCIONAL no momento em que se entra em contato com

conteúdos emocionais "esquecidos" ou guardados que podem estar

gerando tensões corporais de forma inconsciente, como por exemplo, as mágoas e

inseguranças. Saudável poderia ser entrar em contato com todas as possibilidades de

manifestações emocionais e encontrar o jeito próprio de lidar com elas.

(http://www.conscienciacorporal.com.br/ página visitada dia 01/07/2008)

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Estimular a percepção do seu próprio corpo, seus movimentos e

potencialidades;

Perceber as diversas formas de se expressar;

Estimular a percepção de que nosso corpo está constantemente se expressando;

Estimular a criatividade e a imaginação.

Individualmente, de olhos fechados, andar pela sala de aula lentamente, e quando

tocar em alguém, ainda de olhos fechados, tentar adivinhar quem é, apenas pelo

toque;

Ao comando do professor, colocar a mão nos diferentes segmentos do corpo,

acelerando cada vez mais a velocidade do comando. Idem, com olhos fechados;

Diálogo

corporal:

em

duplas, o

mestre comanda o movimento e o

aprendiz imita; por exemplo:

tocar as mãos do mestre com as

mãos do aprendiz e então o

mestre executa o movimento e o

aprendiz imita sem descolar as

mãos. Fazer a mesma coisa,

deixando costas com costas,

ombros com ombros, etc;

Atividade do cumprimento - Em

duplas, ao comando do professor,

encostar os segmentos iguais de

ambos os alunos: por exemplo, ao

comando joelho, encostar seus

joelhos com os joelhos do colega, e

assim por diante, acelerando cada

vez mais a velocidade do comando;

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Escultura em trios: um aluno é a estátua pronta, o outro é

o escultor (que fica no meio dos dois outros alunos) e o

outro a pedra a ser esculpida. Todos permanecem de olhos

fechados, enquanto o escultor toca a “estátua” e a esculpi

na “pedra”, até a escultura nova esteja pronta. Daí todos

abrem os olhos ao mesmo tempo, sem se mexer para ver

se estão parecidas. Inverter os papéis dos alunos até que

todos passem por todas as funções;

Observação do próprio pé, identificando diferença de espessura da pele, unhas,

veias aparentes, ossos, calos, bolhas, etc;

Levantamento de questões em torno dos pés: função,

diferenças de textura, de cor, presença de unhas, pêlos, pintas,

calosidades, etc;

Visualização dos pés no esqueleto e no Atlas Anatômico:

ossos, músculos, articulações, vasos e veias, pele. Observar

como os ossos se articulam entre si, com os músculos, etc.

Em pé, observar e sentir o apoio dos dois pés no chão: perceber se o peso do

corpo está na parte de dentro ou de fora dos pés, perceber se o apoio está na

parte da frente dos pés, atrás, ou dos lados, observando o arco dos pés,

brincando com o centro de gravidade e tentando achar o apoio ideal (três

apoios) e o apoio ótimo dos pés no chão;

Caminhar e depois correr se utilizando apenas da ponta dos pés, ou

dos calcanhares ou da lateral interna ou externa dos pés, variando

ainda as direções (para frente, trás e lados);

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Massagem em forma de trenzinho: sentados um atrás do outro, fazer massagem

nos ombros e nas costas do amigo da frente e depois girar 180º e fazer no amigo

que antes estava atrás; utilizar-se das técnicas de “amassar o pão", “conchinha”,

“tocar piano”, "catar piolho" e por fim a limpeza;

Caminhar Imitando diferentes formas de andar, como se fosse: uma formiga,

um elefante, uma mulher de salto alto, um bêbado, um velho de bengala, uma

pessoa bem magra, bem gorda, etc. Perceber como o apoio dos pés muda em

cada uma das formas assumidas;

Estátua: dançando pelo espaço

livremente, quando a música parar,

também parar de dançar permanecendo

numa posição qualquer até que a música volte a

tocar. Variação da atividade: fazer estátuas com

diferentes sentimentos: triste, feliz, zangada,

chorando, com medo, etc;

Andar em diferentes velocidades (lento, médio, rápido) ao

som de palmas, de algum objeto que marque o ritmo ou de

músicas com diferentes pulsações;

Andar em duplas, trios, grupos num mesmo ritmo;

Andar mudando as direções (frente, trás, direita, esquerda,

diagonais) de acordo com um ritmo combinado;

Andar mudando os planos (alto, médio e baixo) de acordo

com um ritmo combinado;

Desenvolve a criatividade.

Melhora a expressão corporal.

Ótimo para perceber seu próprio corpo

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Deitar ou sentar de maneira confortável, fechar os olhos, soltar o corpo, se

permitir a vivenciar e perceber as sensações que nos rodeiam nos faz tomar

consciência de tudo que até então nos escapava, em nós e ao nosso redor. Bergé

(1988, apud Cavalari, 2005. p.103) acredita que

é através do relaxamento que descobrimos que não temos um corpo, mas que somos um corpo, e para ela este procedimento deve preceder toda sessão de educação corporal para se chegar a um estado de receptividade, de entrega de si, isto é, tornar-se uno com o chão e vigilante do que se passa em nós, trazendo a percepção de todo corpo: cabeça, segmentos, tronco, respiração, etc.

Neste sentido, destaca-se a importância das atividades de relaxamento e seus

benefícios para o corpo e para a mente. Proporcionando assim, tranqüilidade para os

alunos (as) através das dinâmicas, relaxamento da musculatura, melhorando dores

corporais, diminuindo o stress e, acima de tudo o respeito para consigo e para com o

colega.

Estimular o relaxamento corporal e mental entre

os alunos.

Desenvolver o respeito e limitação para com o

nosso corpo e mente.

Proporcionar através de vivências momentos de

tranqüilidade e bem-estar.

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Em duplas, conversar, sobre o que

sentem, e como agem num momento de

raiva. Procurando responder a seguinte

questão:

Qual a sua reação frente a uma

atitude de violência?

Em seguida, pedir para que o colega que o ouviu, falar

para o amigo se há um outro jeito de extravasar esse

sentimento.

Momento de reflexão juntamente com a professora.

Explicar aos alunos (as) que esse sentimento

acontece com muita freqüência entre as pessoas, não

podemos abafá-lo dentro da gente.

É preciso extravasar, colocá-lo para fora.

Entretanto, existem muitas maneiras para extravasar, sem que

se tenha atitude de violência nem com colega e nem com a gente

mesmo.

Promove sensação de tranqüilidade.

Alivia tensões corporais e mentais.

Promove a auto-análise e autoconhecimento

.

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Cada dupla com um colchonete, dobrado ao meio,

soltar a raiva contida, dando muitos socos no

colchonete e gritando bem forte RÁ. Depois que todos praticarem,

voltar e fazer uma reflexão sobre a vivência.

Sente-se confortavelmente, feche os olhos e

concentre a atenção na sua respiração, na medida em

que vai soltando o ar, vá se sentindo bem relaxada.

Leve sua atenção para o centro da roda, mande

muito amor para o

centro da roda, assim se forma o redemoinho do amor.

Imagine-se caminhando lentamente em direção

ao centro, estique o seu braço como se fosse tocar esse

amor, o meio da roda está cheio dele.

Sinta-se encher de energia.

Volte para roda e mande um pouco desse amor

para outra pessoa da roda.

Agora, mande para outra pessoa que está aqui na escola.

Em seguida, mande para alguém que você gosta e está fora da escola.

Mande para alguém, que você tenha alguma dificuldade de relacionamento.

Mande também, para alguma pessoa que está doente ou está em outro país, quem

sabe em guerra, e você sabe que está precisando de muito amor (pausa).

Agora dê um abraço em si mesmo (a) e acredite você é uma pessoa muito

especial.

Promove sensação de tranqüilidade.

Promove a solidariedade e o bem estar.

Descontrai a mente.

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Na posição sentada ou deitada, feche os olhos e

concentre a sua atenção na respiração. Sinta um ar

fresquinho entrando e bem quentinho saindo. À medida que

vai respirando, vá sentindo o corpo cada vez mais relaxado.

Imagine agora, que você está caminhando num

campo bem verdinho, o céu está totalmente azul.

Você ouve o barulho de água caindo, você anda em direção a esse barulho,

entra numa mata fechada. E eis que de repente você avista uma cachoeira, para sua

alegria e espanto a era água colorida.

Parece um arco-íris.

Você anda em direção a cachoeira e toca a água com as

mãos.

Neste momento algo

surpreendente acontece, está água está

deixando as suas mãos, os seus braços,

seu cabelo e sua pele colorida.

Você decidiu entrar de corpo inteiro.

Você sente uma suave energia gostosa atravessando todo o seu cérebro e lhe

enchendo você por dentro.

Cada órgão, cada parte do seu corpo se tornou de outra cor.

Deixe essa energia tomar conta de todo o seu corpo e desfrute a tranqüilidade

que ela traz. (Pausa).

Vou contar até dez, quando chegar no dez, abra os olhos trazendo toda essa

energia para o presente sentindo-se bem relaxado.

Promove a auto-análise e autoconhecimento.

Desperta a consciência da influência das cores na vida.

Promove um gostoso relaxamento e tranqüilidade.

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A percepção tátil esta em cada momento de nossas vidas. O tato é

sentido: pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma

e tamanho de objetos em contato com o corpo e também sua

temperatura. Além disso, o tato é importante para o posicionamento do

corpo e a proteção física.

O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos das

mãos são mais sensíveis do que o resto do corpo.

Estimular a percepção de diversos tipos de texturas.

Estabelecer comparações de tipos de objetos.

Aguçar a percepção tátil.

Explicação sobre tato.

Relaxamento com imagens mentais (a casa dos sentidos).

Deslocamento por todos os ambientes da escola sentindo e percebendo os

diferentes tipos de texturas. Levantamento de questões em torno da pele: suas

funções (proteção, limite aparente entre eu e o mundo, processamento de

informações vindas do ambiente, regulagem da temperatura); as diferenças de

textura e de cor; a presença de pêlos, de pintas, de calosidades, etc;

Tocar diferentes objetos sendo eles fino, grosso, áspero, quente, frio, macio,

leve, pesado, etc.

Caminhar descalço. No chão de madeira, cimento, pedras, areia, grama, etc.

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Reflexão sobre o tema desenvolvido, destacando os pontos importantes

(positivos ou negativos) dessas vivências.

Numa folha de papel, expressar em forma de desenho ou escrita o que sentiu

durante as atividades.

O escultor: esculpir o corpo do colega em diversas posições.

Cobra-cega mudo: no momento em que um dos alunos for pego, o cobra cega

terá que adivinhar quem é o colega.

O ambiente escolar é repleto de sons, muitas vezes

desnecessários, que tornam o espaço escolar com poluição

sonora.

Não basta ouvir, nascemos com esse dom. Mas,

precisamos exercitar a ouvir com consciência, percebendo o

som que mais lhe traz prazer, alegria e tranqüilidade. E, além

disso, ter a consciência da sua participação na produção dos

sons, sabendo respeitar o ambiente. “Todas as pessoas

deveriam ter o mesmo direito de ouvir Beethoven, Mozart ou

Bach.com a hipótese educacional, segundo a qual as pessoas precisam ser educadas

para ter acesso a uma cultura mais elaborada". (FREIRE, 2003. p.126).

Sábia Audição

O ser humano muitas vezes sofre de solidão porque poucas pessoas ao seu lado sabem escutar.

Muitas só sabem falar. Blá, blá, blá .. Ás vezes sem sentido algum.

O sábio sabe a hora de falar, ouvir e silenciar.

Cuidado: de acordo com nossa história de vida, usamos um filtro ao ouvir. Interpretamos e rotulamos sem maldade, mas distorcemos a realidade. Isto pode gerar confusão. Hora de ouvir sem julgar, respeitando as diferenças. Quando eliminamos o julgamento o sofrimento desaparecerá.

Ao ouvirmos alguém, limpe sua mente e preste atenção em quem esta a sua frente. Esteja totalmente presente. Tenha compaixão. Se não entendeu, tenha coragem de perguntar com gentileza e orientar se necessário, com firmeza.

Descubro muito em mim, ouvindo a natureza, as pessoas e o meu coração (Slaviero, 2008, p.29).

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Estimular a percepção dos diversos sons no ambiente escolar.

Estabelecer comparações dos sons nos diferentes tipos de objetos.

Oportunizar os alunos (as) a perceber a sua parcela de contribuição para a

poluição sonora.

Oportunizar os alunos (as) a produzir som musical.

Explicação sobre audição.

Relaxamento com. observação dos diversos sons do ambiente.

Jogo da memória auditiva:

Relaxamento com observação dos diversos sons do ambiente.

Apitos, chocalhos, latas, etc., andar lentamente aos sons desses instrumentos.

Em duplas imitar os sons que o colega faz.

Com os olhos vendados identificar o ruído que ouviram.

Cada criança confeccionou seu próprio instrumento.

Ao som de uma música os alunos acompanham o ritmo com seus instrumentos.

Ao som de uma música os alunos dançam tocando os seus instrumentos e

tentando acompanhar o ritmo.

Alunos em duplas dançam acompanhando o ritmo de uma música.

Assistir um DVD de uma Orquestra Sinfônica.

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A percepção dos sabores e odores se dá a partir de

uma experiência primária (primeira vez que as pessoas

entram em contato com as coisas que nos rodeiam). Por isso é

importante trabalhar estes dois temas no ambiente escolar

oportunizando aos alunos, novas vivencias com sabores e odores

desconhecidos a muitos deles.

Como a gente sente o gosto das comidas?

Isso é um trabalho para as pequenas e incríveis papilas gustativas. São milhares

delas, por toda a superfície da língua. Também há algumas na garganta. Quando

colocamos uma comida na boca e mastigamos, estamos espalhando suas substâncias na

saliva. As papilas gustativas pegam os diferentes gostos e mandam essas sensações

para o cérebro através de uma rede de neurônios. Nós sentimos quatro gostos básicos:

doce, salgado, azedo, amargo.

O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado

ao de outros mamíferos.

O olfato tem uma grande importância para o paladar,

pois, quando colocamos algum alimento na boca, a mesma

libera odores que se espalham pelo nariz. As sensações

olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no controle do apetite

e da quantidade de alimentos que são ingeridos.

Estimular a percepção dos diversos sabores e odores no ambiente

escolar.

Estabelecer comparações dos sabores nos diferentes tipos de alimentos e

condimentos.

Oportunizar os alunos (as) a perceber as diferenças de sabores.

Desenvolver o gosto, introduzir as noções de: doce, salgado, amargo e

azedo.

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Explicação sobre paladar e olfato.

Relaxamento com observação dos diversos paladares e odores guardados na

memória.

Cheirar e provar diversos produtos (amostras de perfumes, sabonete, canela,

páprica, cravo, alecrim, pétalas de rosa, cominho, sal, açúcar mascavo, açúcar

refinado, chá de boldo, chá de capim limão, limonada sem açúcar).

Nós, seres humanos, temos cinco sentidos

fundamentais, são eles: audição, olfato, paladar, tato e visão.

Eles propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Com esses sentidos, o nosso

corpo percebe o que está ao nosso redor, e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o

ambiente em que vivemos.

Pelo tato – pegamos algo, sentimos os objetos, sentimos o calor ou frio, áspero

ou macio.

Pela audição – captamos e ouvimos sons.

Pela visão – vemos as pessoas, observamos contornos, as formas, cores e

muitos outros.

Pelo olfato – identificamos os cheiros ou os odores. (bons e ruins)

Pelo paladar – sentimos os sabores (doce, azedo, amargo e salgado).

Oportunizar a todos os alunos da escola a percepção dos cinco sentidos.

Estabelecer comparações de tipos de objetos tocados, aguçando a percepção

tátil.

Proporcionar, por alguns momentos, a experiência do cotidiano dos cegos

para os visitantes da sala dos sentidos.

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A “Sala dos Sentidos” é uma sala onde os convidados, com uma venda nos olhos

(privados do sentido da visão) são convidados a identificar objetos pelo tato, olfato e

paladar.

A sala é composta de três mesas:

A primeira é a mesa do tato, nela o aluno (a) pode tocar e sentir em

objetos, observando a textura áspera, macio, o quente ou frio.

A segunda é a mesa do olfato, nela o aluno (a) poderá sentir os aromas e

os odores.

A terceira mesa o aluno (a) poderá degustar.

Desenvolve a capacidade de compreensão.

Promove a percepção dos sentidos.

Conscientiza os pensamentos e as sensações.

Promove a auto autoconhecimento.

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A importância da massagem e seus benefícios para o

corpo e para a mente, proporcionando tranqüilidade para o

aluno através dos movimentos, relaxamento da musculatura

melhorando dores corporais diminuindo o stress e o respeito

para com o corpo do colega. Temos vários tipos de massagem,

como por exemplo: reflexologia, estética, Do-in, e massagem

de relaxamento, pode ser feita em todo o corpo ou só no local

em que pessoa está com algum problema.

O Do-in é uma técnica milenar de massagem chinesa. Utilizada

amplamente no Oriente durante milênios, vem despertando interesse do

Ocidente já há algumas décadas. Caracteriza-se pela pressão de

determinadas regiões do corpo, chamadas de meridianos, que são

canais de energias assim como os chakras.

Após o aprendizado da técnica, a prática diária de Do-in

permite a prevenção e o tratamento de doenças, além de agir no

atendimento de situações de emergência. Na profilaxia de doenças e de

stress tem-se revelado extremante potente. Em

situações emergenciais, com atendimento de

primeiros socorros, observa-se resultado

instantâneo. Nos tratamentos de determinados problemas de

saúde, com aplicação de Do-in em pontos específicos, os

resultados são sempre muito animadores, pois os sintomas

regridem após algumas aplicações.

Mantendo-se a sua regularidade, verifica-se que a causa do problema muitas

vezes é eliminada. As aplicações de Do-in são feitas pela própria pessoa e podem ser

utilizadas para fins de relaxamento, consciência corporal e harmonização interior.

Ao se tocar durante a prática, a pessoa entra em contato com todo seu potencial de

auto-estima, de cuidados para consigo e a consciência de si mesmo. As pessoas que

praticam regularmente o Do-in adoecem menos, manifestam mais vitalidade,

equilibram suas emoções e percebem suas mentes mais claras e lúcidas. Muitas pessoas

no mundo reservam alguns minutos todos os dias para equilibrar suas energias,

vitalizar seu corpo e serenar seu espírito. É uma prática que dura apenas sete minutos,

mas que vai fazer você se sentir melhor o dia inteiro.

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Colaborar para que o aluno (a), através do toque, vivencie momentos de

relaxamento.

Promover a compreensão de conceitos básicos sobre massagem.

Desenvolver o respeito e limitação para com o nosso corpo e mente.

Proporcionar através da vivência da massagem momentos de

tranqüilidade e bem-estar

Estimular o relaxamento corporal e mental entre os alunos

Explicação sobre a importância da massagem, seus benefícios.

Enfatizando para o respeito para com o corpo do colega.

Em duplas, cada qual no seu tempo, fazer massagem no colega seguindo

a orientação da professora.

Reflexão sobre o tema desenvolvido, destacando os pontos importantes

(positivos ou negativos) dessas vivências.

Numa folha de papel, expressar em forma de desenho ou escrita o que

sentiu durante as atividades.

Duplas, serão ensinadas algumas técnicas seguindo a orientação da

professora.

Exercícios respiratórios, alongamentos e relaxamento individual.

Relaxamento.

Desperta a consciência corporal.

Descontrai a mente.

Harmonização da saúde corporal e mental

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Um filme iraniano que conta à história de um menino que

perde o sapato da irmã, aí começa o drama. A mãe fica doente,

pois ajuda a vizinha a lavar um tapete muito pesado, o pai ganha

pouco e deve o aluguel, na quitanda. E a menina não tem o que

colocar no pé para ir à escola. Como eles resolveram este

problema? Como era a relação entre os irmãos, pais e filhos, com os vizinhos? A

determinação do menino em resolver o problema? São algumas das questões a serem

observadas. Como conta a história de duas crianças de sete e nove anos, o filme se

torna envolvente. Um filme belíssimo com muitas lições de vida, principalmente o

amor, carinho, solidariedade e determinação.

- fazer uma resenha do filme.

Uso do filme como recurso na aula

“Filhos do Paraíso” pode ser utilizado sob vários ângulos.

É um material interessante para os alunos se sentirem estimulados a

pesquisar sobre o Irã, visualizarem o seu entorno social, econômico e cultural.

Por exemplo:

A Língua: Farsi, em que o filme é falado, é a língua falada por metade

da população do Irã.

A Cultura:"Filhos do Paraíso" permite uma agradável visão de aspectos

da cultura e da vida dos iranianos, como, por exemplo: Sobre o chá – o pão -

a casa

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Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual,

da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem

os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José

Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o

fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver

Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre

outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão:

o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a

personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e

também a importância das emoções como elemento transformador da realidade se é

que ela é a mesma para todos.

-

Fazer uma resenha do filme.

Promover discussão sobre os filmes assistidos.

Promove momentos de reflexão.

Possibilita a percepção de outra cultura.

Reflexão sobre a importância dos sentidos.

Descontrai.

Desperta a sensibilidade.

Page 21: 363gico Bernardete Germani.doc) - Paraná...3 meditação, facilitando o alcance do autoconhecimento" (Slaiviero, 2004, p.55). Não há dúvidas de que nosso ritmo interno, nossa respiração

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Bibliografia

JESUS, Rita de Cássias Dias P. O respeito às diferenças: um caminho rumo à paz. In: MILANI, Feizi Masrour; JESUS, Rita de Cássias Dias P. de (orgs.). Cultura de paz: estratégias, mapas e bússolas. Salvador: INPAZ, 2003. p. 175-193.

SLAIVIERO, Vânia Lúcia. De bem com a vida na escola: relaxamento corpo-mente e emoções em sala de aula. São Paulo. Ed. Ground. 2004.

http://pt.wikipedia.org. página visitada no dia 02/07/2008.

BERGÉ, Yvonne.Viver o seu corpo. Por uma pedagogia do movimento. Trad. Estela de Santos Abreu e Maria Eugênia de Freitas Costa. 4ª. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. In: CAVALARI, Tais Adriana. Consciência corporal na escola. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas.