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V I V E N D O & A P R E N D E N D O I N F O R M A T I V O ANO I LORENA, ABRIL E MAIO DE 2007 Nº 3 EDITORIAL ÁGUA – O QUE NOS RESERVA O FUTURO – PARTE I João Bosco da Silva E-mail: [email protected] Livro dos Espíritos - "Questão 877: A necessidade para o homem viver em sociedade ocasiona-lhe obrigações particulares? R.: Sim, e a primeira de todas é respeitar o direito dos seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos será sempre justo. No vosso mundo, onde tantos homens não praticam a lei de justiça, cada um usa de represálias e é isso o que faz a perturbação e a confusão de vossa sociedade. A vida social confere direitos e impõe deveres recíprocos." Veja ainda, questões 717, 783, 793 e 797 como complemento. O ideal é estudar o Livro inteiro. Falaremos, nesse papo bimestral e no seguinte, sobre a Á G U A ( H 2 O ). "De todas as crises sociais e naturais que o homem enfrenta, a da água ocupa o centro de nossa sobrevivência e o do planeta Terra" ( Relatório World Water Development Report - 600 páginas coordenadas pela Unesco, com a participação de 23 agências da ONU e outras instituições ). "Um balanço dos progressos para superar os problemas no setor da água não é muito encorajador", diz o documento. Metade dos habitantes do planeta estão hoje sem acesso a esses bens ( 1,1 bilhões sem água de boa qualidade, 2,4 bilhões sem saneamento ) e exigiria atender a mais de 300 mil pessoas por dia até 2015. A crise não é exatamente a de recursos a serem captados e aplicados, embora possam ser escassos, faltar ou vir a faltar em pontos específicos: "É de gestão da água, essencialmente causado pelas formas como administramos esses recursos" e que enfatiza a contribuição da "inércia no nível de lideranças" e da "falta de consciência da população para a escala do problema", diz o documento. Ao todo, o mundo dispõe de um fluxo de 42,8 quilômetros cúbicos de água ( 1 km3 = 1 bilhão de litros ). E os aqüíferos subterrâneos armazenam mais de 500 vezes isso, mais de 20 milhões de quilômetros cúbicos. O que ocorre é que o uso per capita está aumentando, principalmente por causa da urbanização acelerada: o mundo já se aproxima de 50% da população total vivendo em ci - dades ( mais 160 mil pessoas por dia ). Que serão 60% em menos de três décadas. Dependendo do que façamos, em meados deste século, no mínimo, 2 bilhões de pessoas em 40 países sofrerão com a escassez; mas poderão ser até 7 bilhões, afirma o relatório. Ao contrário, se formos competentes e provermos todos os terráqueos de água de boa qualidade e saneamento básico, as diarréias infecciosas ( principal causa de internação e morte de crianças ) se reduzirão em 70%. No ano 2000, as mortes de crianças no mundo por doenças relacionadas ou agravadas por falta de saneamento chegaram a 2.213.000 óbitos. Não poderemos continuar despejando nos cursos d´água mais de 2 milhões de toneladas diárias de lixo ( doméstico, industrial, químico, rural ). Só os esgotos humanos são 1.500 km3/dia. Como um litro polui mais sete , são 12 mil km3 diários poluídos. Mudanças climáticas poderão agravar o problema, como o fator estiagem. Entre 1991 e 2000, o número de pessoas afetadas por desastres "naturais" ( inundação, deslizamentos, tufões ) subiram de 147 milhões anuais para 219 milhões. Nada mais do que 665 mil pessoas morreram na década em 2.257 desastres, 90% dos quais relacionadados com água. Com hidrelétricas ( 2 bilhões de pessoas não dispõe de energia elétrica no mundo ) prevê-se o crescimento agropecuário, já que haverá possível aumento de 20% nas áreas irrigadas até 2030. Para se produzir 1 kg de cereais exige, em média, 1.500 litros de água; para produzir 1 kg de carne bovina, 10 mil litros; para 1 kg de carne de porco, 6 mil litros; para 1 kg de batata, 1.000 litros d´ água ... ...continua no próximo número. Para refletirmos: " Os rios precisam de uma nascente. " ( G. HERBERT )

3ª Edição - Vivendo e Aprendendo

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Vivendo e Aprendendo - 3ª Edição

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Page 1: 3ª Edição - Vivendo e Aprendendo

V I V E N D O & A P R E N D E N D O I N F O R M A T I V O

ANO I LORENA, ABRIL E MAIO DE 2007 Nº 3

EDITORIAL

ÁGUA – O QUE NOS RESERVA O FUTURO – PARTE I João Bosco da Silva

E-mail: [email protected]

Livro dos Espíritos - "Questão 877: A necessidade para o homem viver em sociedade ocasiona-lhe obrigações particulares? R.: Sim, e a primeira de todas é respeitar o direito dos seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos será sempre justo. No vosso mundo, onde tantos homens não praticam a lei de justiça, cada um usa de represálias e é isso o que faz a perturbação e a confusão de vossa sociedade. A vida social confere direitos e impõe deveres recíprocos." Veja ainda, questões 717, 783, 793 e 797 como complemento. O ideal é estudar o Livro inteiro. Falaremos, nesse papo bimestral e no seguinte, sobre a Á G U A ( H 2 O ). "De todas as crises sociais e naturais que o homem enfrenta, a da água ocupa o centro de nossa sobrevivência e o do planeta Terra" ( Relatório World Water Development Report - 600 páginas coordenadas pela Unesco, com a participação de 23 agências da ONU e outras instituições ). "Um balanço dos progressos para superar os problemas no setor da água não é muito encorajador", diz o documento. Metade dos habitantes do planeta estão hoje sem acesso a esses bens ( 1,1 bilhões sem água de boa qualidade, 2,4 bilhões sem saneamento ) e exigiria atender a mais de 300 mil pessoas por dia até 2015. A crise não é exatamente a de recursos a serem captados e aplicados, embora possam ser escassos, faltar ou vir a faltar em pontos específicos: "É de gestão da água, essencialmente causado pelas formas como administramos esses recursos" e que enfatiza a contribuição da "inércia no nível de lideranças" e da "falta de consciência da população para a escala do problema", diz o documento. Ao todo, o mundo dispõe de um fluxo de 42,8 quilômetros cúbicos de água ( 1 km3 = 1 bilhão de litros ). E os aqüíferos

subterrâneos armazenam mais de 500 vezes isso, mais de 20 milhões de quilômetros cúbicos. O que ocorre é que o uso per capita está aumentando, principalmente por causa da urbanização acelerada: o mundo já se aproxima de 50% da população total vivendo em ci - dades ( mais 160 mil pessoas por dia ). Que serão 60% em menos de três décadas. Dependendo do que façamos, em meados deste século, no mínimo, 2 bilhões de pessoas em 40 países sofrerão com a escassez; mas poderão ser até 7 bilhões, afirma o relatório. Ao contrário, se formos competentes e provermos todos os terráqueos de água de boa qualidade e saneamento básico, as diarréias infecciosas ( principal causa de internação e morte de crianças ) se reduzirão em 70%. No ano 2000, as mortes de crianças no mundo por doenças relacionadas ou agravadas por falta de saneamento chegaram a 2.213.000 óbitos. Não poderemos continuar despejando nos cursos d´água mais de 2 milhões de toneladas diárias de lixo ( doméstico, industrial, químico, rural ). Só os esgotos humanos são 1.500 km3/dia. Como um litro polui mais sete , são 12 mil km3 diários poluídos. Mudanças climáticas poderão agravar o problema, como o fator estiagem. Entre 1991 e 2000, o número de pessoas afetadas por desastres "naturais" ( inundação, deslizamentos, tufões ) subiram de 147 milhões anuais para 219 milhões. Nada mais do que 665 mil pessoas morreram na década em 2.257 desastres, 90% dos quais relacionadados com água. Com hidrelétricas ( 2 bilhões de pessoas não dispõe de energia elétrica no mundo ) prevê-se o crescimento agropecuário, já que haverá possível aumento de 20% nas áreas irrigadas até 2030. Para se produzir 1 kg de cereais exige, em média, 1.500 litros de água; para produzir 1 kg de carne bovina, 10 mil litros; para 1 kg de carne de porco, 6 mil litros; para 1 kg de batata, 1.000 litros d´ água ... ...continua no próximo número. Para refletirmos: " Os rios precisam de uma nascente. " ( G. HERBERT )

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1A VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

PROGRAMAÇÃO DO UNIÃO ESPÍRITA CRISTÃ Rua Joaquim Nabuco,70 Vila Buck, Lorena, SP Segunda-Feira 14:00h: Reforço Escolar 15:00h: Bazar 19:15h: Atendimento Fraterno 20:00h: Reunião Doutrinária: ESE Passes 20:00h: Evangelização Infantil Terça-Feira 14:00h: Reforço Escolar 14:00h: Oficina da Tricô 15:00h: Bazar 20:00h: Reunião Doutrinária: LE e Passes 20:00h: Curso de Esperanto 20:30h: Grupo de Estudos: Obras Póstumas Quarta-Feira 15:30h: Escola de Pais 15:30h: Evangelização Infanto-Juvenil Quinta-Feira 15:00h: Bazar 19:30h: Grupo de Estudos: Mediunidade 20:30h: Prática Mediúnica

EXPEDIENTE INICIATIVA DA UMEL – UNIÃO

MUNICIPAL ESPÍRITA DE LORENA PERIODICIDADE: BIMESTRAL TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 3a. EDIÇÃO: 01/04/2007

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO CARLOS JOSÉ DE CASTRO VASCONCELLOS

REVISÃO HERLEY DE AQUINO FORTES JORNALISTA RESPONSÁVEL

ANGÉLICA MONTEIRO – MTB 41451-SP

EDITORIAL JOÂO BOSCO DA SILVA

CONSELHO DE REDAÇÃO

ADILSON TROGLIO CARLOS JOSÉ DE CASTRO VASCONCELLOS

ISMAEL ARMOND JOÃO BOSCO DA SILVA

SONIA MARIA DA FONSECA CUNHA ROSANA CONTI

DALMO ALVES SAMPAIO

FILOSOFIA ESPIRITUALISTA – O LIVRO DOS ESPÍRITOS PRINCÍPIOS DA DOUTRINA ESPÍRITA

Sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com o homem, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e coordenados por ALLAN KARDEC.

Sumário Editorial Museu Espírita de São Paulo, pág. 2 Duas luzes que não se confundem mas como combinam!, pág. 2 Conceito e Objetivos da Evangelização, pág. 3 O Cristianismo, pág. 4 Reencarnação, por que não?, pág. 5 Palestras, Estudos e Clube de Esperanto, pág. 6 Lindos Casos de Chico Xavier - A Lição da Obediência, pág. 7 Lindos Casos de Chico Xavier – O Valor da Oração, pág. 7 Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita – A Alma (Parte II), pág. 8 Página Infantil - O Mutirão (Segunda Parte), pág. 9 Página Mulher – Anália Emília Franco(Parte II), pág . 10 Música - Parnaso de Além-túmulo, pág. 11 Poesia – Carma Danado, pág. 11

150 ANOS DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Lançado em 18 de Abril de 1857 , num sábado pela manhã, na Editora e Livraria Dentu Librairie, númer o 13 da Galerie de Orléans, nas dependências do Palais R oyal em Paris - França, O Livro dos Espíritos é o marco inicial da Doutrina Espírita , organizado por Allan Kardec . Este missionário interrogou os Espíritos Superiores , analisou e comparou as respostas e elaborou esta obra. Completando 150 anos em 2007, O Livro dos Espíritos nos revela os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis mo rais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humani dade.

Uma série de comemorações marcam a data histórica, como o Segundo Congresso Espírita Brasileiro , em Brasília, de 12 a 15 de Abril de 2007 e tantos outros eventos em todo meio espírita no Bra sil e no mundo.

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CULTURA E ARTE

2 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

MUSEU ESPÍRITA DE SÃO PAULO

Em 18 de Abril de 1997, era inaugurado, em sede própria, o MUSEU ESPÍRITA DE SÃO PAULO, situado à Rua Guaricanga, 157/ 359, no Bairro da Lapa , São Paulo – SP. O museu possui modernas instalações e dotado dos mais avançados recursos.

Hoje seu acervo bibliográfico é constituído com cerca de 4000 títulos em Português, Árabe, Espanhol, Esperanto, Francês, Grego, Inglês, Italiano, Japonês e com uma hemeroteca contendo mais de 1000 títulos sendo anuários, boletins, jornais e revistas, incluindo raridades do século

passado. Possui também todas as obras pedagógicas de Hippolyte Léon Denizard Rivail e parte de sua documentação pessoal, como certidão de nascimento, casamento, atestado de óbito, inventário, inclusive os de Amélie Gabrielle de Lacombe Boudet Rivail, sua esposa.

O MUSEU ESPÍRITA DE SÃO PAULO é uma das grandes conquistas para a preservação da memória da cultura espírita e sua perpetuidade.

O museu está aberto ao público das quartas-feiras aos sábados das 14:00h às 17:00h com entrada franca. Caravanas devem ser agendadas. Informações pelo telefone (11) 3834-6225.

ESPIRITISMO E ESPERANTO DUAS LUZES QUE NÃO SE CONFUNDEM MAS COMO COMBINAM!

Preconceito comum em nosso meio, infelizmente, é o que se expressa na frase infeliz: “Esperanto é língua de espíritas.” Triste equívoco, pelo que nos responsabilizamos os espíritas e os esperantistas. Deveríamos ser mais claros e atuantes no esforço de clarear os conceitos. O Espiritismo nasceu no século XIX, com a bela utopia de vir a ser uma religião-filosofia-ciência que pudesse convergir todos os crentes, toda a humanidade. O Esperanto, quase simultaneamente, veio propor a linguagem comum, neutra, democrática, fraterna, racional, visando o entendimento mais fácil entre todos os povos do mundo. O Espiritismo respeita todas as religiões; o Esperanto preserva todas as culturas. São ambos novas e revolucionárias propostas de convivência, para um mundo melhor. Mas o Esperanto é neutro: usado por espíritas, católicos, protestantes, budistas,

shintoistas, islamitas, ateus, filósofos, etc.. Sua proposta é de paz e livre comunicação entre todos os homens. Assim, como poderiam os Espíritos não aprovar e usar uma iniciativa tão nobre? Aliás, eles nos asseguram, que o Esperanto foi trazido ao mundo como missão, pelo médico polonês Zamenhof. Quem se interessar, leia a bela coletânea, de autoria de Espíritos diversos, edição CELD de 2004: “A Língua Que Veio do Céu – o que os Espíritos dizem do Esperanto”. O leitor saberá então por que os espíritas gostam tanto do Esperanto. Assim como o Papa, que saúda os fiéis, na Praça de S. Pedro, em Esperanto; assim como o Dalai-Lama, que foi recentemente fotografado segurando um livro em Esperanto. Eles não têm preconceito!

DO LIVRO – A LÍNGUA QUE VEIO DO CÉU ZAMENHOF (REFORMADOR, DEZEMBRO DE 1946, FEB)

Grande Irmão, Missionário e Mensageiro, Não acendeste, em vão, na noite escura, A estrela da esperança, terna e pura, Que brilha agora para o mundo inteiro. Não sofreste, debalde, o cativeiro Na carne que é flagelo e desventura; Tua mensagem lúcida fulgura Sob o amor do Divino Pegureiro.

Em teu apostolado augusto e santo, Desfraldaste a bandeira do Esperanto, Unindo os povos na Fraternidade!... Gênio Celeste entre os Celestes Gênios, Brilharás na memória dos milênios, Vanguardeiro da nova Humanidade!

Cruz e Souza

ABRIGO “MARIA DE NAZARETH” E ALBERGUE NOTURNO “BEZERRA DE MENEZES”

- ABRACE ESSA IDÉIA - CNPJ 51.783.728/0001-78

Rua Capitão Leovigildo Areco, 278-São Roque–Lorena/SP CEP 12.601-150 E-mail: [email protected] Tel/Fax:(0XX12)3153-3068

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EDUCAÇÃO

3 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTO-JUVENIL

I. Conceito:

A denominação de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, se dá à transmissão do conhecimento espírita e da moral evangélica pregada por Jesus que foi apontado pelos Espíritos superiores, que trabalharam na Codificação, como modelo de perfeição para toda a Humanidade. (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 60. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1984. Questão 625).

Como a preocupação não é somente com a transmissão de conhecimentos mas, sobretudo, com a formação moral, e como a formação moral se inspira no Evangelho, parece-nos muito apropriada a denominação de “evangelização espírita” dada a essa tarefa, por expressar, na sua abrangência, exatamente o que se realiza em nossos agrupamentos de crianças e jovens.

O ensinamento espírita e a moral evangélica são os elementos com os quais trabalhamos em nossas aulas. Esses conhecimentos são levados aos alunos através de situações práticas da vida, pois a metodologia empregada pretende que o aluno reflita e tire conclusões próprias dos temas estudados, pois só assim se efetiva a aprendizagem real.

“Devendo a prática geral do Evangelho determinar grande melhora no estado moral dos homens, ela, por isso mesmo, trará o reinado do bem e acarretará a queda do mal.” (KARDEC, Allan. Predições do Evangelho. A Gênese. Trad. de Guillon Ribeiro. 28. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1985. Item 58, p. 396.)

“Mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 60. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1984. Prolegômenos, 14º parágrafo, p. 50.)

II. Objetivos da Evangelização: a) promover a integração do

evangelizando:consigo mesmo; com o

próximo;com Deus. b) proporcionar ao evangelizando o estudo: da

lei natural que rege o Universo;da “natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com o mundo corporal”.

c) oferecer ao evangelizando a oportunidade de

perceber-se como:homem integral, crítico,

consciente,participativo,herdeiro de si

mesmo,cidadão do Universo,gente de

transformação de seu meio,rumo a toda

perfeição de que é suscetível.

PROGRAMAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA FRATERNIDADE

Rua Manoel Prudente, 55 Centro, Lorena, SP Segunda-Feira 19:00h às 21:30h: Atendimento Fraterno 19:45h às 21:30h: Evangelho, Harmonização e Passes Terça-Feira 14:00h às 16:00h: Evangelização Para Mães e Criança s 14:00h às 16:00h: Oficina de Corte e Costura 20:00h às 21:30h: Estudos das Obras de Joanna de Ângelis Quarta-Feira 14:00h às 16:00h: Estudos das Obras Básicas 15:00h às 16:30h: Estudos e Praticas Mediúnicas 19:45h às 21:30h: Estudo da Mediunidade 19:45h às 22:00h: Educação da Mediunidade (Pratico ) Quinta-Feira 14:00h às 16:00h: Alfabetização de Adultos e Crianç as 18:45h às 19:45h: Estudo - Obras de Andre Luiz 18:45h às 19:45h: Estudo - O que é o Espiritismo 20:00h às 21:30h: Estudo - O Livro dos Espíritos 20:00h às 21:30h: Grupo de Pais 20:00h às 21:30h: Evangelização Infantil Sexta-Feira 18:30h às 19:30h: Estudo - A História do Espiritis mo 20:00h às 22:00h: Trabalhos Práticos Mediúnicos de Desobsessão (Privado) Sabado 09:00h às 10:30h: Grupo de Teatro e Coral Espírita 10:30h às 12:00h: Mocidade Espírita CONHEÇA NOSSAS OBRAS SOCIAIS – PARTICIPE DE PALESTRAS E SEMINÁRIOS

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TEL (12)3152-6610 / 3152-7012 / 9778-5919

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RUA MANOEL PRUDENTE, 55 LORENA S P OFERTAS DO BIMESTRE

- O MUNDO INVISIVEL E A GUERRA (LEON DENIS) PREÇO À VISTA R$ 18,00 C/30 DIAS R$ 22,00 - OS FUNDAMENTOS HISTORICOS DA PEDAGOGIA ESPÍRITA (PINHEIRO MARTINS) PREÇO À VISTA R$ 13,00 C/30 DIAS R$ 16,00 - O MUNDO DESCONHECIDO DO ESPÍRITO (JOSÉ CARLOS LEAL) PREÇO À VISTA R$ 15,00 C/30 DIAS R$ 18,00 - FILHOS DE DEUS (JOSÉ LÁZARO BOBERG) PREÇO À VISTA R$ 13,00 C/30 DIAS R$ 17,00 - MEREÇA SER FELIZ (WANDERLEY DE OLIVEIRA) PREÇO À VISTA R$ 17,00 C/30 DIAS R$ 22,00 - CONSOLAÇÃO DIANTE DA MORTE (WASHINGTON L. N. FERNANDES PREÇO À VISTA R$ 12,00 C/30 DIAS R$ 14,90

Page 5: 3ª Edição - Vivendo e Aprendendo

RELIGIÃO

4 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

COBIANCHI CONFECÇÕES

RUA DR. RODRIGUES DE AZEVEDO, 70-78 TEL.: (12)3153-1668 – LORENA – SÃO PAULO

COBIANCHI JUNIOR

RUA DR. RODRIGUES DE AZEVEDO, 205 TEL.: (12)3152-2622 – LORENA – SÃO PAULO

O CristianismoA Palestina, na época de Jesus, era um

país do Oriente Médio, situado, às margens do Mar Mediterrâneo, entre a Fenícia, a Ituréia e a Síria, em sua fronteira norte, e o Egito ao sul. Era dividida em quatro regiões: a Judéia onde se encontrava sua capital, Jerusalém, a Galiléia, a Samaria e a Peréia. Esse território correspondia, aproximadamente, ao que hoje constitui o Estado de Israel.

O país era ocupado politicamente por forças do Império Romano, que mantinham o controle territorial e a arrecadação de impostos. O poder romano deixava, no entanto, a cargo da realeza hebraica o controle das atividades públicas e ao Sinédrio, o tribunal dirigido pelos sacerdotes judeus, as atividades controladas pela Lei judaica que regulava a maioria das atividades e comportamentos sociais.

Herodes, o Grande, aliado dos romanos, foi o rei dos hebreus até o ano 4 AC, quando ocorreu sua morte. Depois disso o território foi dividido entre seus quatro filhos.

O povo judeu, totalmente controlado pelo Sinédrio e pela lei judaica, era dividido em seitas com características bastante distintas. As principais eram: a dos Saduceus; a dos Fariseus; a dos Escribas e a dos Essênios.

Para que possamos ter uma visão mais clara do ambiente em que Jesus viveu, é necessário que conheçamos as características de cada uma dessas seitas.

A que detinha maior poder político, inclusive no Sinédrio, por ser composta dos cidadãos mais ricos e influentes, era a dos Saduceus. Aceitavam a Lei, mas não acreditavam na vida após a morte. Acreditavam na ação divina recompensando ou punindo os homens, durante a atual vida material. A religião era para eles um meio de agradar a Deus, esperando dEle benefícios materiais, e, ao mesmo tempo, de controlar o povo ignorante segundo seus interesses.

Os Escribas e Fariseus mantinham boa representação no Sinédrio; eram os doutores da Lei, os responsáveis por sua interpretação. Eram

conhecidos por exigirem o cumprimento de seus preceitos, mas não os seguirem. Como Jesus chegou a afirmar, inúmeras vezes, eram hipócritas e exibicionistas.

Os Essênios representavam o grupo mais espiritualizado. Não aceitavam a instituição do sacerdócio, eram simples e humildes, possuidores de moral ilibada, habitavam as montanhas e se dedicavam ao atendimento dos doentes e necessitados. Essas comunidades eram dirigidas por um grupo de doze anciãos escolhidos entre seus integrantes. Tinham o hábito de repartir o pão e o vinho, durante as refeições e admitiam o princípio da reencarnação. Muitas informações sobre eles são encontradas nos Manuscritos do Mar Morto.

Nascido naquele país, Jesus, também sentia a pressão dos sacerdotes e da própria sociedade, no sentido da obediência cega a essa Lei.

Alguns historiadores admitem que o Mestre tenha sido iniciado entre os Essênios, e que, seguindo essas praticas teria cumprido a tarefa de apresentar uma nova cultura. Apresentou um outro mundo, o mundo que pertencia ao Reino de Deus. O mundo onde a Lei ao invés de impor um Deus que falava da punição, do ódio, da discriminação, dos interesses materiais, apresentou um Deus de amor que se interessava por todos os seus filhos, independentemente da religião que professassem e do local onde tivessem nascido. Ao invés do preceito ¨olho por olho, dente por dente¨, falava do ¨amai ao próximo como a si mesmo¨, e que ¨não devemos fazer aos outros o que não desejamos que nos façam¨.

Ao afirmar que não teria vindo destruir a Lei (Mateus 5:17), entende-se que Jesus se referia aos aspectos da lei moral existente no Antigo Testamento, que se constitui na lei judaica, pois o Mestre apresentou, como podemos facilmente entender, um novo modo de agir por meio de ensinamentos que contrariam totalmente a cultura social e a lei judaicas.

Um Aprendiz do Evangelho.

ESPIRITISMO EXPERIMENTAL – O LIVRO DOS MÉDIUNS OU G UIA DOS MÉDIUNS E DOS EVOCADORES Ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo constituindo o seguimento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Page 6: 3ª Edição - Vivendo e Aprendendo

CIÊNCIA

5 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

REENCARNAÇÃO, POR QUE NÃO? Para os esotéricos, as religiões orientais e os cultos afros, a reencarnação sempre foi plenamente estabelecida. Porém, para a maioria dos adeptos das religiões ocidentais, este conceito, há bem pouco tempo, era tido como, no mínimo, bizarro, fruto de seitas exóticas e muito apartadas do pensamento vigente do ocidente. Através de Kardec, as coisas começaram a mudar, e hoje, mesmo entre os que se auto - denominam católicos, a reencarnação já é aceita por mais de 50% dos praticantes. Antes, os meios de comunicação eram restritos e as pessoas viviam limitadas ao seu pequeno círculo social. Assim, poucos tinham a coragem de questionar os dogmas de fé que eram passados de geração em geração, desde a mais tenra idade, prendendo a maioria dos neófitos a conceitos ilógicos, mas, impressionáveis e difíceis de libertar. Aos poucos, porém, a lógica do pensamento racional que o próprio Deus nos outorgou foi prevalecendo: como explicar tantas injustiças humanas? Como explicar a morte de prematuros, de criança e jovens, perfazendo mais de 30% de toda população mundial? E mesmo para aqueles que vivem muito, como evoluir intelectual e moralmente numa única encarnação? E principalmente: como igualar as oportunidades para as pessoas que viveram em diferentes épocas e sob diferentes situações numa única e tão breve vida? Será mesmo que devemos atribuir tudo isto aos “mistérios insondáveis do Criador”? Os grandes filósofos do catolicismo, como Santo Agostinho, nada falaram sobre o assunto, o que anula em parte suas belas assertivas, pois Deus continua muito injusto e arbitrário, senão indiferente, diante de tantas disparidades que ocorrem em nosso orbe. A “reencarnação evolutiva” explica tudo e é bom que se coloque a palavra “evolutiva”, pois, mesmo entre iniciados, muitos tendem a encarar a reencarnação como um castigo. Deus não é algoz e a evolução é complexa, assim como cada um de nós; então, nossas oportunidades também serão às vezes misteriosas e somente entendidas após a morte. Alguns opositores da reencarnação afirmam que não podemos pagar pelo que não nos lembramos. Porém, eles é que não lembram que o esquecimento é algo perfeitamente normal, pois, para se proteger , a mente manda para o inconsciente a maioria das boas ou más lembranças. Por que então deveríamos ter que nos lembrar de outras vidas? O fato de nos lembrarmos dificultaria a evolução, pois ficaríamos atavicamente ligados ao passado: família,

amigos, raça, pátria, profissão, negócios e pior, ao mal praticado. O questionamento dos católicos é ademais incoerente quanto à crítica do esquecimento, pois eles mesmos consideram a sina de um pecado original que, além de não nos lembrarmos, nem foi cometido por nós!? Isto sim é que é uma paga injusta! Finalmente, podemos citar até os evangelhos para defender a reencarnação: em alguns evangelhos ditos apócrifos, a reencarnação é clara e existem trechos que complementam os evangelhos canônicos. Isto poderia nem ser mencionado pelos antigos escribas, não fosse a reencarnação uma verdade bem aceita naquela época. Nos próprios evangelhos canônicos, encontramos algumas passagens que aludem à reencarnação, como se os antigos exegetas tivessem “comido mosca” e deixado passar algo “comprometedor”, provavelmente por não dar muita importância ao tema na época. E por que seria a reencarnação tão comprometedora? Simplesmente, porque reduz o poder temporal, a importância de uma única vida, diluindo, assim, o poder do clero e das religiões. Jesus, o mestre, veio para nos ensinar a nos salvar e não para ele próprio nos salvar. Se assim não fosse, a humanidade já estaria salva, redimida e, neste caso, talvez não necessitássemos mais da reencarnação. Tudo isto, sem considerar os inúmeros casos altamente sugestivos de reencarnação que aparecem todos os dias, lembranças de vidas passadas em crianças e, ainda, as “terapias de vidas passadas” TVP, praticada por vários especialistas no mundo todo, psicólogos, médicos, com a finalidade da cura de traumas. As religiões que não aceitam a reencarnação só podem admitir o final dos tempos para o homem (apocalipse, armagedon), como se o orbe estivesse dominado pelo demônio. Elas não compreendem que o mal é relativo e passageiro, e o bem, absoluto e evolutivo. Só que o mal, para ser expurgado, precisa primeiro vir à tona, como tem vindo cada vez mais, e isto é muito melhor do que viver das aparências, na fácil hipocrisia do passado. Concluímos apenas que, no atual nível, nós ainda não conseguimos evoluir só pelo amor. Um dia, certamente aprenderemos... Casa do Caminho (Oscar Wilde).

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por ALLAN KARDEC. Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

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MOVIMENTO ESPÍRITA EM LORENA

6 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

UNIÃO ESPÍRITA CRISTÃ RUA JOÃO ALFREDO DOS SANTOS, No. 55 VILA - BUCK – LORENA - SP

PALESTRA - “O PROBLEMA DA INSATISFAÇÃO - EXERCÍCIO DO AMOR” DIA 14/04/2007 ÀS 20:00 HORAS

ORADOR – EDUARDO VALÉRIO – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

CASA DO CAMINHO – OSCAR WILDE RUA CAETÉS, No. 255, VILA HEPACARÉ – LORENA - SP

PALESTRA – NA MEDIUNIDADE, COMO IDENTIFICAR OS ESPÍ RITOS? DIA 11/05/2007 ÀS 19:30 HORAS

EXPOSITOR – CARLOS JOSÉ DE CASTRO VASCONCELLOS – LORENA

UNIÃO ESPÍRITA CRISTÃ RUA JOÃO ALFREDO DOS SANTOS, No. 55 VILA - BUCK

– LORENA – SP

ESTUDO SOBRE AS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ

MECANISMOS DA MEDIUNIDADE DIA 19/05/2007 ÀS 20:00 HORAS

ORADOR – ANTONINHO BISCARO

SÃO CAETANO

PALESTRAS, ESTUDOS E CLUBE DE ESPERANTO

PROGRAMAÇÃO DA CASA DO CAMINHO (O. W.) Segunda-Feira 19:30h às 21:00h: Palestra de Temas Doutrinários e Trabalhos Práticos Distribuição de Pão e Leite para 75 Famílias Quarta-Feira 19:30h às 21:00h: Palestra de Temas Doutrinários e Trabalhos Práticos Quinta-Feira 14:00h às 15:00h: Aulas de Artesanato Distribuição de Pão e Leite Para 75 Famílias Sábados 15:00h às 17:00h: Palestras Com Temas Livres A semana toda distribuição de alimentos quando a casa dispõe dos mesmos

CASA DA CULTURA RUA VISCONDESSA DE CASTRO LIMA, No. 10, CENTRO - L ORENA – SP

CLUBE DE ESPERANTO REUNIÕES ÀS 4a. FEIRAS ÀS 20:00 HORAS

CENTRO ESPÍRITA FRATERNIDADE RUA MANOEL PRUDENTE, No. 55 – CENTRO – LORENA – SP

PALESTRA PREPARATÓRIA PARA O ENCONTRO JOANNA DE ÂNG ELIS DIA 21/04/2007 ÀS 20:00 HORAS - TEMA:- AMOR IMBATÍV EL AMOR

ENCONTRO JOANNA DE ÂNGELIS - TEMA:- AMOR IMBATÍVEL AMOR DIA 22/04/2007 DAS 08:30 ÀS 12:00 HORAS

ORADOR E EXPOSITOR – UBIRAJARA FROTIM – RIO DE JANE IRO

UNIÃO ESPÍRITA CRISTÃ RUA JOÃO ALFREDO DOS SANTOS, No. 55, VILA BUCK – LORENA - SP

DOMINGO FRATERNO – “A EDUCAÇÃO DO SENTIMENTO SOCIAL ” DIA 06/05/2007 ÀS 10:00 HORAS

ORADOR – ANDRÉ LUIZ DO NASCIMENTO RAMOS – CACHOEIRA PAULISTA

CENTRO ESPÍRITA JESUS DE NAZARETH RUA CAPITÃO LEOVIGILDO ARECO, No. 256, BAIRRO DE

SÃO ROQUE – LORENA – SP

PALESTRA PREPARATÓRIA PARA O I ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE O LIVRO

“O CÉU E O INFERNO” DIA 26/05/2007 ÀS 19:30 HORAS

I ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE O LIVRO “O CÉU E O INFERNO”

DIA 27/05/2007 DAS 08:30 ÀS 13:00 HORAS EXPOSITORES – GRUPO DE ESTUDOS DO CELD

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LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

7 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER A LIÇÃO DA OBEDIÊNCIA

De novo reunido à familia, Chico Xavier, fosse por que tivesse retornado à tranqüilidade ou por que houvesse ingressado na escola, não mais viu o Espírito da mãezinha desencarnada.

Entretanto, passou a ter sonhos. À noite, no repouso, agitado, levantava-se do leito,

conversava com interlocutores invisíveis e, muitas vezes, despertava pela manhã, trazendo notícias de parentes mortos, contando peripécias ou narrando sucesso que ninguém podia compreender.

João Cândido Xavier, a conselho da segunda esposa, que se interessava maternalmente pela criança, conduziu Chico ao padre Sebastião Scarzelli, antigo vigário da cidade de Matozinhos, nas vizinhanças de Pedro Leopoldo, que depois de ouvir o menino, por algumas vezes, em confissão, aconselhou João Cândido a impedir que o rapazelho lesse jornais, livros ou revistas.

Chico devia estar impressionado com más leituras — dizia o sacerdote — aqueles sonhos não eram outra coisa senão perturbações, porque as almas não voltam do outro mundo...

Intrigado por ver que ninguém dava crédito ao que via e escutava, em sonhos, certa noite, rogou, em lágrimas, alguma explicação da progenitora de quem não se esquecia.

Dona Maria João de Deus apareceu-lhe no sonho, calma e bondosa, e o Chico deu-lhe a conhecer as dificuldades em que vivia.

Ninguém acreditava nele — clamou. Mas o conselho maternal veio logo:

— Você não deve exasperar-se. Sem humildade, é impossível cumprir uma boa tarefa.

Mas, mamãe, ninguém acredita em mim... — Que tem isso, meu filho? — Mas eu digo a verdade. — A verdade é de Deus, e Deus sabe o que faz, — disse

a generosa entidade. Chico, porém, choramingou: — Não sei se a senhora sabe, papai e o padre estão

contra mim... Dizem que estou perturbado... Dona Maria abraçou-o e disse: — Modifique seus pensamentos. Você é ainda uma

criança e uma criança indisciplinada cresce com a desconfiança

e com a antipatia dos outros. Não falte ao respeito para com seu pai e para com o

padre. Eles são mais velhos e nos desejam todo o bem. Aprenda a calar-se. Quando você lembrar alguma lição ou alguma experiência recebidas em sonho, fique em silêncio. Se for permitido por Jesus, então, mais tarde virá o tempo em que você poderá falar. Por enquanto, você precisa aprender a obediência para que Deus, um dia, conceda ao seu caminho a confiança dos outros.

Desde essa noite, Chico calou-se e Dona Maria João de Deus passou algum tempo sem fazer-se visível.

O VALOR DA ORAÇÃO A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos

entregue a obsessão. Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais

forte. Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a

vários dias de fome. Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em

completo jejum. À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha

desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.

— Então, a senhora não sabe — explicou o Chico — tenho passado muita fome.

— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João de Deus — menino guloso tem sempre indigestão.

— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa... A mâezinha abraçou-o e recomendou: — Continue na oração e espere um pouco. O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e

daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal. Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro. Era um jatobá saboroso... Chico recolheu, alegre, O pesado fruto, ao mesmo tempo

que reviu a mãezinha ao seu lado, acrescentando. — Misture o jatobá com água e você terá um bom

alimento. E, despedindo-se da criança, acentuou: — Como você observa, meu filho, quando oramos com

fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus.

PROGRAMAÇÃO DO C.E.”JESUS DE NAZARETH” Rua Cap. Leovigildo Areco, no. 256, Bairro de São Roque, Lorena, SP

Atividades Semanais Segunda-Feira -Das 19:00h às 20:00h: Atendimento Fraterno Pré-agendado pelos telefones: (0XX12) 3152-2649 (Lia) (0XX12) 3153-1302 (Adilson Troglio) (0XX12) 8128-0073 (Adilson Fco. Gonçalves) -Das 20:00h às 21:00h: Estudo do Evangelho, Passes e Vibrações Quinta-Feira -Das 19:15h às 20:05h: Estudo do Livro dos Médiuns -Das 20:15 às 21:30h: Reunião Prática Mediúnica

O CÉU E O INFERNO OU A JUSTIÇA DIVINA SEGUNDO O ESPIRITISMO

Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte. Por ALLAN KARDEC “ Por mim mesmo juro – disse o Senhor Deus – que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva.” (EZEQUIEL, 33:11.)

FONE:(12)3157 - 1266

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FILOSOFIA

8 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA–A ALMA(PARTE II)

Na falta de uma palavra especial para cada uma das

outras duas idéias, denominamos princípio vital o princípio da vida material e orgânica, qualquer que lhe seja a origem, e que é comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Podendo existir vida sem depender da capacidade de pensar, o princípio vital é assim uma propriedade distinta e autônoma4. A palavra vitalidade não daria a mesma idéia. Para alguns, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz quando a matéria se encontra em determinadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a idéia mais comum, ele se encontra num fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parte durante a vida, como vemos os corpos inertes absorverem a luz. Este seria, então, o fluido vital, que, segundo algumas opiniões, seria o fluido elétrico animalizado, designado também sob os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc.O que quer que ele seja, há um fato que não se poderá contestar, porque é resultante da observação: é que os seres orgânicos têm em si uma força íntima que produz o fenômeno da vida, enquanto essa força dure; que a vida material é comum a todos os seres orgânicos e é independente da inteligência e do pensamento; que a inteligência e o pensamento são capacidades próprias de algumas espécies orgânicas; e que, enfim, entre as espécies orgânicas dotadas de inteligência e de pensamento, há uma que é dotada de um senso moral especial que lhe dá uma incontestável superioridade sobre as outras: é a espécie humana.Concebe-se assim que nem o materialismo nem o panteísmo excluem em suas teorias

a noção de alma por causa do significado abrangente que se lhe pode atribuir. Mesmo o espiritualista pode entender muito bem a alma segundo uma das duas primeiras definições, sem reduzir o ser imaterial distinto ao qual dará um nome qualquer. Assim, a palavra alma não representa uma idéia única; é um Proteu5 que cada um acomoda a seu gosto, daí a fonte de tantas disputas intermináveis.Ao se utilizar da palavra alma em qualquer dos três casos, teríamos uma idéia clara ao lhe acrescentar um qualificativo que especificasse o ponto de vista a que se refere, ou a aplicação que se faz dela.Seria, então, uma palavra genérica, representando ao mesmo tempo o princípio da vida material, da inteligência e do sentido moral, mas que se diferenciaria por um atributo, como o gás, por exemplo, que se distingue quando lhe acrescentamos as palavras hidrogênio, oxigênio ou azoto. Assim é que deveríamos compreender a alma vital para designar o princípio da vida material; a alma intelectual para o princípio da inteligência que se expressa enquanto há vida e a alma espírita para o princípio de nossa individualidade após a morte. Como se vê, tudo isso é uma questão de palavras, mas uma questão muito importante para entender. De acordo com isso, a alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas, animais e homens; a alma intelectual seria própria dos animais e dos homens; e a alma espírita,apenas do homem.Acreditamos dever insistir nessas explicações, porque a Doutrina Espírita baseia-se naturalmente na existência em nós de um ser independente da matéria e que sobrevive à morte do corpo. Como a palavra alma deve aparecer freqüentemente no decorrer desta obra, é importante saber o exato sentido que lhe damos, a fim de evitar qualquer equívoco.Vamos, agora, ao ponto principal desta instrução preliminar.

PROGRAMAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA PAULO FERREIRA RUA 21 DE ABRIL, 395

Segunda-Feira Das 20:00h às 21:15h: Trabalho Doutrinário Prático - Mediúnico Terça-Feira Das 14:00h às 16:00h: Trabalho Doutrinário Prático – Passes Quarta-Feira Das 20:00 às 21:15h: Educação da Mediunidade Quinta-Feira Das 20:00h às 21:15h: Evangelho e Vibrações

A GÊNESE – OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO – POR ALLAN KARDEC

A Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das sua leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.

PALAVRAS DE CHICO CHAVIER ESPÍRITO DE EMMANUEL

Aprendi desde muito cedo a venerar Nosso Senhor Jes us Cristo, na fé que minha mãe me transmitiu desde os 2 anos de idade. Um dia, tendo perguntado a ela como orientar minhas preces, minha mãe ensinou-me a considerar Jesus como Nosso Senhor e Mestre.

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INFANTIL

9 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

O MUTIRÃO SEGUNDA PARTE

PSICOGRAFADO PELO MÉDIUM – GUILHERME NASCIMENTO(LEL É) PELO ESPÍRITO – M. ANDRADE

- E a resposta é essa e eu sei que não irei agradar a muita de meus amigos, mas ela precisa ser dita, eu preciso abrir seus olhos, alertá-los para o perigo que os campeia. Meus companheiros, tendo sido solicitada por vários irmãos para socorrer em caso de doença e outros males em outros matos e florestas nunca vi uma igual a esta! Sujeira por todos os cantos, as suas casas sem pintura sem vidros nas janelas, sem flores no jardim. Seus esposos sem emprego, sem obrigação, vivendo só no boteco, sem um trabalho honesto. Suas crianças sujas, tristes, sem nenhum sorriso gostoso na boca. Todos de mãos vazias sentados esperando cair do céu o alimento e o remédio. Será que vocês não podem mudar essa situação? - Mas como? Perguntou seu Papagaio. - Através das mãos ocupadas, do trabalho, da ajuda, do mutirão. - Mutirão? Que vem a ser isso? Perguntou de novo o papagaio. - É uma reunião de moradores com a finalidade de ajudar o amigo, um vizinho. É cada um ajudando o outro no que sabe, pode e quer ajudar gratuitamente. É dando uma hora de seu dia, de sua tarde em benefício dos outros. Se todos ajudarem em breve a floresta estará limpa e cheirosa, livre de doenças e moscas. Por exemplo o seu Tatu é pedreiro, está sem serviço. Sua casa está certinha, limpa arrumadinha, mas lhe falta alimento. Seu Castor tem um boteco que tem alimento, comida bebida e que vende para todos. Sua casa e seu boteco estão precisando de consertos. O telhado está caindo e chove dentro de sua casa. O que fazer então? Seu Castor contrata o Seu Tatu para fazer os consertos e o paga com alimentos, remédios quando sua família precisar. Todos gostam um dos outros, são amigos. Todos sabem trabalhar em alguma coisa, todos tem um ofício, como: Pedreiro, Carpinteiro, Eletricista, Enfermeiro, Professor, Costureira, Cozinheira, Dona de Casa, Médico e muitos outros. E todos podem dar um pouco de seu tempo para ajudar o seu irmão. Que comecem a limpeza em seus próprios lares. Limpe seus quartos, e demais cômodos, lavem seus filhos, cozinhem suas comidas com cuidado, com gosto. Ah, e não se esqueçam de enfeitar seus lares com flores que alegram e perfumam o ambiente. Quem pode que auxilie o vizinho que está ocupado.

Depois de suas casas, seus familiares, procurem limpar as ruas e praças. Coloquem cartazes incentivando a população a manter as ruas, as praças limpas sem papéis sem sujeira. Procurem ensinar, mas principalmente exemplifiquem, não sujando esses locais, não arrancando flores dos canteiros, não destruindo a Natureza. Assim cada um tendo as mãos ocupadas, pensando só no bem, no amor, no auxílio mútuo, logo estarão felizes e contentes, todos trabalhando para o bem comum. Quando acabou de falar, todos os animais estavam comovidos e de novo o Seu Papagaio foi o porta voz da floresta e disse:- Obrigado, D. Coruja, com os seus ensinamentos em breve teremos bons resultados, vamos po-los em prática agora mesmo. Que as donas de casa, mães que são, retornem aos seus lares e cuidem de seus filhos, da comida e da limpeza de seus lares. Os bichos machos que cuidem de trabalhar, cada um no seu ofício e que nas horas vagas auxiliem seu vizinho. Que não fiquem no boteco do Seu Castor bebendo, jogando, perdendo tempo de descanso, de brincar com sua família. As mulheres que depois do trabalho, não fiquem nas janelas jogando conversa fora, falando mau de suas vizinhas, fazendo mal juízo das mesmas. Que procurem um crochet, um bordado, uma pintura, um artesanato. Assim empregaram melhor suas folgas. Muito obrigado, vamos agora mesmo dar cumprimento aos seus conselhos. Assim dito foi bendito, pois todos: homens, mulheres, crianças, jovens e velhos transformaram tudo que era sujeira, doença, preguiça, tristeza em limpeza, saúde, trabalho e alegria. Hoje todos se reuniram na praça para homenagear a D. Coruja com um busto feito pelo Seu Pica-Pau. E ela toda contente agradece dizendo:- Obrigada a todos vocês. Mas o mérito é mais de todos do que meu, pois se não seguissem os meus conselhos não estaríamos aqui em festa. - A senhora é muito simples e bondosa, falou o Papagaio. Mas se não fosse seus estudos, seus ensinamentos, nada poderia ser feito. - Então meus amigos o mérito é de todos nós. Então, viva todo mundo! Vamos festejar com alegria nossa vitória. E assim foi feito, só alegria e paz na comemoração.

OO

O LIVRO DOS ESPÍRITOS PARTE SEGUNDA – MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS CAPÍTULO 7 – RETORNO A VIDA CORPORAL – INFÂNCIA

379 O Espírito que anima o corpo de uma criança é tã o desenvolvido quanto o de um adulto?

– Pode até ser mais, se progrediu mais. São apenas órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Ele age em razão do instrumento, com que pode se manifestar.

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MULHER

10 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

ANÁLIA EMÌLIA FRANCO – PARTE II

Nesse ano, na data de 17 de novembro, Anália

Emília Franco inaugurava, com estatutos então aprovados em Assembléia Geral, a “ Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São Paulo”. Na realidade, essa Associação fora organizada antes da mencionada data. Tanto é verdade, que num despacho assinado a 29 de outubro de 1901, favoravelmente a uma representação subscrita em 17 de setembro por 200 sócios daquela Entidade, o Secretário dos Negócios do Interior e da Justiça de São Paulo, congratulava-se pela nobre iniciativa de Anália Franco, pondo à disposição da novel agremiação o edifício da escola do 8º. Distrito, para nele funcionarem as primeiras escolas maternais. Destinadas, de início, a amparar, instruir e ducar as crianças pobres e indigentes da capital paulista, sem qualquer distinção de crença ou raça, essa Associação feminina teve em sua presidência, de 1901 à 1919, a grande benfeitora Anália Franco, que, reagindo contra o indiferentismo do meio, tomou a si, com a fé e a energia de um apóstolo, a sagrada tarefa de erradicar o analfabetismo e combater a miséria e a ignorância que flagelam as ínfimas camadas sociais. Essa Associação, acentuava ela, “ não visa tão-somente a amparar e educar aos desvalidos; tem um fim mais elevado, que é reunir em torno de uma idéia santa todas as senhoras de inteligência e boa vontade, para trabalharem de comum acordo no bem social”. Ao que tudo indica, a essa época Anália Franco já era espírita, mas extremamente liberal e tolerante, tanto assim que a sua obra jamais imprimiu caráter nitidamente espírita, mesmo porque, conforme ela própria explicava, recebendo a Associação crianças de todas as crenças religiosas, bastava o ensino das verdades fundamentais das religiões em geral, como a existência de Deus, a imortalidade da alma, e o ensino da mais pura moral, para desperetar no coração delas a atividade espiritual no sentido do amor a Deus e ao próximo. Com uma tenacidade sem par, e rodeada de um grupo de cooperadores e auxiliares que muito a ajudaram Anália Franco deu início ao vasto programa que tinha em mente. Conforme ela mesma tinha dito, “ conhecer o bem não basta;é preciso fazê-lo frutificar”. O período da organização foi exaustivo para a grande missionária, que era obrigada muitas vezes, a exercer todos os cargos, por força de circunstâmcias inerentes a uma associação recém criada e que ainda não inspirava confiança em todos. Em fins de 1903, o Senador paulista Dr. Paulo Egídio de Oliveira Carvalho, notável jurisconsulto e homem de letras, pronunciava no Senado Paulista, brilhante discurso em que punha os seus colegas a

par do alcance social do empreendimento “ audaz” que a “ Associação Feminina” e sua fundadora levavam adiante no Estado, numa promoção, acrescentava ele, das mais benéficas ao País. Num certo trecho de seu discurso, o senador Dr. Paulo Egídio, referindo-se, de modo especial, a Anália Franco, afirmou, cheio de admiração por esse vulto: “... realmente, não conheço no Brasil uma senhora da sua estatura em dedicação e espírito”. E mais adiante: “Esta mulher está fazendo o que os mais intrépidos homens não fizeram ainda.” Em sessão de 4 de agosto de 1904, o mesmo Senador enaltecia novamente a figura apostólica de Anália Franco, a sua vontade heróica, a sua energia, a sua rara abnegação à causa da instrução pública no Estado de São Paulo, terminando por solicitar ao Senado maior consignação de verba à “ Associação Beneficente e Instrutiva”. Seis anos depois de fundada, essa Instituição já mantinha e orientava 22 escolas maternais e 2 noturnas, só na capital paulista, enquanto 5 escolas maternais funcionavam no interior do Estado bandeirante. Todas ministravam a instrução e a educação de cerca de 2.000 crianças pobres. Afora isso, estava em pleno funcionamento um Liceu Feminino Noturno na cidade de São Paulo, com uma freqüência de mais de 100 alunas, e outro em Santos. Os cursos do referido Liceu Feminino, que igualmente formavam professores para as escolas maternais, foram inaugurados em 25 de janeiro de 1902, nos salões do Largo do Arouche no. 58 e 60, tendo presidido à sessão solene da instalação o Secretário dos Negócios do Interior e da Justiça de São Paulo, o Dr. Bento Bueno, que fez lisonjeiras referências à “ Associação Feminina” , prometendo dispensar-lhe o apoio que estivesse ao seu alcance. Foi esse generoso homem público que deu nome à primeira escola maternal criada por Anália Franco. As professoras de todas essas casas de ensino, geralmente normalistas, trabalhavam gratuitamente na benemérita cruzada dirigida por Anália Franco, a alma mater da Instituição, a quem nunca faltou incentivo de respeitáveis órgãos da imprensa brasileira. A grande benfeitora encontrou sempre a defesa esclarecida, justa e espontânea, por parte da imprensa digna, quer da capital e cidades do interior do Estado de São Paulo, quer de outros Estados do Brasil. Na capital paulista, podemos citar “ O Estado de São Paulo”, o “Correio Paulistano”, a “Platéia”, etc., em Santos, a “Tribuna de Santos”, em Ribeirão Preto, o “Diário da Manhã”, e a “Cooperação”; em Jaú “ O Correio de Jaú”; em Dois Córregos. “A Republica” e “O Bandeirantes”: e assim por diante...

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CURIOSIDADE E ENTRETENIMENTO

11 VIVENDO E APRENDENDO – ABRIL E MAIO DE 2007

Parnaso de Além-Túmulo Texto: João de Deus (Chico Xavier) - Música: Gleika Veras

C G/B Am Am/G Além do túmulo o Espírito inda canta F Am Dm G Seus ideais de paz, de amor e luz C G/B Am Am/G No ditoso país onde Jesus F Am Dm G Impera com bondade sacrossan...ta C G/B Am Am/G Nessas mansões a lira se levanta F Am Glorificando o amor Dm G Que em Deus transluz C G/B Am Am/G Para o bem exalçar que nos conduz F Am A À divina alegria, pura e santa

D A/C# Bm Bm/ A Dessa Castália Eterna da harmonia G D/F# Em Em/D Transborda a luz excelsa da poesia C G/B A A7 Que a Terra toda inunda de esplendor D A/C# Bm Bm/A Hinos das esperanças espargidos G Sobre os homens, D/F# Em Em/D Tornando-os mais unidos C G/B A Na ascensão para o belo e para o amor C D E (para o amor para o amor)

CARMA DANADO Nasci azarado, com um carma danado, Corri pela vida sem força ou estima; Fui peça, fui trouxa, alguém muito louco, Fui rato, fui pato, algoz, mentecapto. Não quis esta vida que eu fosse enquadrado, Nas regras, nas piegas dos dogmas fechados; Nos ritos, nos cultos, nas festas ou no luxo, Não quis esta vida que eu fosse um letrado.

Mas, quis esta vida que eu fosse moldado, Sem a fúria ou revolta de fatos passados; E, quer esta vida que eu seja elevado, Pra outra em que esteja melhor ajustado ...E que eu nasça feliz sem este carma danado. Justino Ventura

INFORMATIVO – VI VENDO & APRENDENDO (Distribuição gratuita)

INICIATIVA DA UMEL DE LORENA – UNIÃO MUNICIPAL ESPÍ RITA DE LORENA COMPOSTA PELAS SEGUINTES CASAS

- CASA DO CAMINHO (O. W.)

- CENTRO ESPÍRITA FRATERNIDADE

- CENTRO ESPÍRITA “ JESUS DE NAZARETH “

- CENTRO ESPÍRITA PAULO FERREIRA

- GRUPO ESPÍRITA MISSIONÁRIOS DA LUZ

- UNIÃO ESPÍRITA CRISTÃ

- ACESSE AO SITE WWW.INFORMATIVOVIVENDOAPRENDENDOUMEL.HPG.COM.BR

- Contato pelo E-mail: [email protected]