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3º SIMULADO (POR/FÍS/QUÍM/RED) 2016 PROVA DE PORTUGUÊS Escolha a única alternativa correta, dentre as opções apresentadas, que responde ou completa cada questão, assinalandoa, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas. Texto I O GRAMÁTICO Alto, magro, com os bigodes grisalhos a desabar, como ervas selvagens pela face de um abismo, sobre os cantos da funda boca munida de maus dentes, o professor Arduíno Gonçalves era um desses homens absorvidos completamente pela gramática. Almoçando gramática, jantando gramática, ceando gramática, o mundo não passava, aos seus olhos, de um enorme compêndio gramatical, absurdo que ele justificava repetindo a famosa frase do Evangelho de João: – No princípio era o VERBO! Encapado pela gramática, e às voltas, de manhã à noite, com os pronomes, com os adjetivos, com as raízes, com o complicado arsenal que transforma em um mistério a simplicíssima arte de escrever, o ilustre educador não consagrava uma hora sequer às coisas do seu lar. Moça e linda, a esposa pedialhe, às vezes, sacudindolhe a caspa do paletó esverdeado pelo tempo: – Arduíno, põe essa gramatiquice de lado. Presta atenção aos teus filhos, à tua casa, à tua mulher! Isso não te põe para diante! Curvado sobre a grande mesa carregada de livros, o cabelo sem trato a cair, como falripas de aniagem, sobre as orelhas e a cobrir o colarinho da camisa, o notável professor retirava dos ombros a mão cariciosa da mulher, e pedialhe, indicando a estante: – Dáme dali o Adolfo Coelho. Ou: – Apanha, aí, nessa prateleira, o Gonçalves Viana. Desprezada por esse modo, Dona Ninita não suportou mais o seu destino: deixou o marido com suas gramáticas, com os seus dicionários, com os seus volumes ponteados de traça, e começou a gozar a vida passeando, dançando e, sobretudo, palestrando com o seu primo Gaudêncio de Miranda, rapaz que não conhecia o padre Antônio Vieira, o João de Barros, o frei Luís de Sousa, o Camões, o padre Manuel Bernardes, mas que sabia, como ninguém, fazer sorrir as mulheres. – Ele não prefere, a mim, aquela porção de alfarrábios que o rodeiam? Então, que se fique com eles! E passou a adorar o Gaudêncio, que a encantava com a sua palestra, com o seu bomhumor, com as suas gaiatices, nas quais não figuravam, jamais, nem Garcia de Rezende, nem Gomes Eanes de Azurara, nem Rui de Pina, nem Gil Vicente, nem, mesmo, apesar do seu mundanismo, D. Francisco Manuel de Melo. Assim viviam, o professor, com seus puristas, e D. Ninita com o seu primo, quando, de regresso, um dia, ao lar, o desventurado gramático surpreendeu a mulher nos braços musculosos, mas sem estilo, de Gaudêncio de Miranda. Ao abrirse a porta, os dois culpados empalideceram, horrorizados. E foi com o pavor no coração que o rapaz se atirou aos pés do esposo traído, pedindo, súplice, de joelhos: – Me perdoe, professor! Grave, austero, sereno, duas rugas profundas sulcando a testa ampla, o ilustre educador encarou o patife, trovejando, indignado: – Corrija o pronome, miserável! Corrija o pronome! E, entrando no gabinete, começou, cantarolando, a manusear os seus clássicos... (Humberto de Campos) 1. No Evangelho de João, “Verbo” corresponde à pessoa de Jesus Cristo. Ao citar a frase do Evangelho, Arduíno Gonçalves emprega a palavra “VERBO” [A] isolada do contexto evangélico e com significado puramente gramatical. [B] no próprio sentido do Evangelho, para justificar o absurdo que era fazer do mundo “um enorme compêndio gramatical”. [C] para ressaltar a importância do conhecimento do Evangelho nos estudos gramaticais. [D] no sentido de ter sido o verbo a primeira palavra utilizada na comunicação humana. [E] referindose a ela como a primeira e mais importante classe de palavras enumerada pela gramática normativa. COMENTÁRIO: Por meio da leitura do texto, que se foca na obsessão de Arduíno pela normatização gramatical, percebese que o personagem só tem olhos para seu gramatiques. Assim, tudo lhe é ignorado: a mulher, a família, tudo. Esse fato no faz perceber que ele também não olha o aspecto religioso, mas sim o puramente normativo. 2. O pronome oblíquo pode substituir o possessivo, como na frase: [A] A esposa pedialhe que pusesse a gramática de lado. [B] “ ... sacudindolhe a caspa do paletó esverdeado pelo tempo”. [C] “– Dáme dali o Adolfo Coelho.” [D] “ ... deixou o marido com suas gramáticas...” [E] “ – Me perdoe, professor!” COMENTÁRIO: a leitura que permite perceber a ideia de posse é: “ ... sacudindo a caspa do SEU paletó esverdeado pelo tempo”. Assim, temse que os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes nessas estruturas frásicas são pronomes oblíquos desempenhando a função sintática de adjunto adnominal e com valor semântico de posse. 3

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3º SIMULADO (POR/FÍS/QUÍM/RED)

2016

PROVA DE PORTUGUÊS

Escolha a única alternativa correta, dentre as opções apresentadas, que responde ou completa cada questão, assinalando­a, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas.

Texto I

O GRAMÁTICO

Alto, magro, com os bigodes grisalhos a desabar, como ervas selvagens pela face de um abismo, sobre os cantos da funda boca munida de maus dentes, o professor Arduíno Gonçalves era um desses homens absorvidos completamente pela gramática. Almoçando gramática, jantando gramática, ceando gramática, o mundo não passava, aos seus olhos, de um enorme compêndio gramatical, absurdo que ele justificava repetindo a famosa frase do Evangelho de João:

– No princípio era o VERBO! Encapado pela gramática, e às voltas, de manhã à noite, com os pronomes, com os adjetivos, com as raízes, com o

complicado arsenal que transforma em um mistério a simplicíssima arte de escrever, o ilustre educador não consagrava uma hora sequer às coisas do seu lar. Moça e linda, a esposa pedia­lhe, às vezes, sacudindo­lhe a caspa do paletó esverdeado pelo tempo:

– Arduíno, põe essa gramatiquice de lado. Presta atenção aos teus filhos, à tua casa, à tua mulher! Isso não te põe para diante!

Curvado sobre a grande mesa carregada de livros, o cabelo sem trato a cair, como falripas de aniagem, sobre as orelhas e a cobrir o colarinho da camisa, o notável professor retirava dos ombros a mão cariciosa da mulher, e pedia­lhe, indicando a estante:

– Dá­me dali o Adolfo Coelho. Ou: – Apanha, aí, nessa prateleira, o Gonçalves Viana. Desprezada por esse modo, Dona Ninita não suportou mais o seu destino: deixou o marido com suas gramáticas,

com os seus dicionários, com os seus volumes ponteados de traça, e começou a gozar a vida passeando, dançando e, sobretudo, palestrando com o seu primo Gaudêncio de Miranda, rapaz que não conhecia o padre Antônio Vieira, o João de Barros, o frei Luís de Sousa, o Camões, o padre Manuel Bernardes, mas que sabia, como ninguém, fazer sorrir as mulheres.

– Ele não prefere, a mim, aquela porção de alfarrábios que o rodeiam? Então, que se fique com eles! E passou a adorar o Gaudêncio, que a encantava com a sua palestra, com o seu bom­humor, com as suas

gaiatices, nas quais não figuravam, jamais, nem Garcia de Rezende, nem Gomes Eanes de Azurara, nem Rui de Pina, nem Gil Vicente, nem, mesmo, apesar do seu mundanismo, D. Francisco Manuel de Melo.

Assim viviam, o professor, com seus puristas, e D. Ninita com o seu primo, quando, de regresso, um dia, ao lar, o desventurado gramático surpreendeu a mulher nos braços musculosos, mas sem estilo, de Gaudêncio de Miranda. Ao abrir­se a porta, os dois culpados empalideceram, horrorizados. E foi com o pavor no coração que o rapaz se atirou aos pés do esposo traído, pedindo, súplice, de joelhos:

– Me perdoe, professor! Grave, austero, sereno, duas rugas profundas sulcando a testa ampla, o ilustre educador encarou o patife,

trovejando, indignado: – Corrija o pronome, miserável! Corrija o pronome! E, entrando no gabinete, começou, cantarolando, a manusear os seus clássicos...

(Humberto de Campos)

1. No Evangelho de João, “Verbo” corresponde à pessoa de Jesus Cristo. Ao citar a frase do Evangelho, Arduíno Gonçalves emprega a palavra “VERBO”

[A] isolada do contexto evangélico e com significado puramente gramatical. [B] no próprio sentido do Evangelho, para justificar o absurdo que era fazer do mundo “um enorme compêndio gramatical”. [C] para ressaltar a importância do conhecimento do Evangelho nos estudos gramaticais. [D] no sentido de ter sido o verbo a primeira palavra utilizada na comunicação humana. [E] referindo­se a ela como a primeira e mais importante classe de palavras enumerada pela gramática normativa. COMENTÁRIO: Por meio da leitura do texto, que se foca na obsessão de Arduíno pela normatização gramatical, percebe­se que o personagem só tem olhos para seu gramatiques. Assim, tudo lhe é ignorado: a mulher, a família, tudo. Esse fato no faz perceber que ele também não olha o aspecto religioso, mas sim o puramente normativo. 2. O pronome oblíquo pode substituir o possessivo, como na frase:

[A] A esposa pedia­lhe que pusesse a gramática de lado. [B] “ ... sacudindo­lhe a caspa do paletó esverdeado pelo tempo”. [C] “– Dá­me dali o Adolfo Coelho.” [D] “ ... deixou o marido com suas gramáticas...” [E] “ – Me perdoe, professor!” COMENTÁRIO: a leitura que permite perceber a ideia de posse é: “ ... sacudindo a caspa do SEU paletó esverdeado pelo tempo”. Assim, tem­se que os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes nessas estruturas frásicas são pronomes oblíquos desempenhando a função sintática de adjunto adnominal e com valor semântico de posse.

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3. Para o narrador, a arte de escrever

[A] é muito simples, desde que sejam abandonados os pronomes, os adjetivos, as raízes, enfim, as normas gramaticais. [B] pode transformar­se em um mistério, se não se conhecer o arsenal das normas gramaticais. [C] é muito simples, mas a preocupação excessiva com a gramática pode torná­la impenetrável. [D] exige preocupação constante com os mistérios que a envolvem, como os pronomes, os adjetivos e as raízes. [E] é simplicíssima, quando se consagra um pouco do tempo às coisas do lar. COMENTÁRIO: Conforme a linha 7 do texto, o “complicado arsenal que transforma em um mistério a simplicíssima arte de escrever” provoca essa impenetrabilidade. 4. "E passou a adorar o Gaudêncio, que a encantava com a sua palestra..."

A classificação morfológica da palavra sublinhada é idêntica à encontrada na alternativa:

[A] "E foi com o pavor no coração que o rapaz se atirou..." [B] "...aquela porção de alfarrábios que o rodeiam?" [C] "...e a cobrir o colarinho da camisa, o notável professor retirava..." [D] "­ Ele não prefere, a mim, aquela porção..." [E] "...o desventurado gramático surpreendeu a mulher nos braços..." COMENTÁRIO: Nessa frase, o verbo encantar tem a letra “a” funcionando como seu complemento, tal como a letra “o” na alternativa correta. Observe que tais letras não podem ser consideradas artigos, visto que não acompanham substantivos. 5. “E foi com o pavor no coração que o rapaz se atirou aos pés do esposo...” (linhas 29 e 30). Na frase, as locuções adverbiais expressam as ideias de [A] causa e consequência [B] consequência e lugar [C] concessão e finalidade [D] modo e lugar [E] finalidade e modo COMENTÁRIO: Nessa frase, os adjuntos adverbiais respondem às indagações circunstanciais “Como?” e “Onde?”, respectivamente, o que justifica a alternativa. 6. D. Ninita disse ao marido: Deixo­ ______ com suas gramáticas, não pelo muito que eu __________, mas pela nenhuma conta ________ você________ tem. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase adaptada do texto é: [A] o – valha – em que – me [B] o – valhe – em cuja – lhe [C] lhe – valha – na qual – o [D] te – valhe – em que – me [E] o – valha – que – me COMENTÁRIO: Na primeira lacuna, não se pode colocar “lhe”, visto ser o verbo um VTD, nem se deve colocar “te”, visto que no decorrer do período o interlocutor já ser tratado em 3ª pessoa “você”. Na segunda lacuna, tem­se o presente do subjuntivo, obtido a partir da primeira pessoa do presente do modo indicativo menos a desinência número­pessoal “­o” acrescida da desinência modo­temporal “­a­”. Na terceira lacuna, o pronome deve se referir à primeira pessoa do singular, visto estabelecer correlação verbal. 7. Levando­se em conta sua capacidade de interpretar pequenos textos, qual a propaganda que apresenta linguagem denotativa? [A] Você economiza na compra, depois navega, envia, roda, escuta e grava usando a sua voz. Transglobe MULTIMÍDIA

modelo i 1000. [B] Previdência: mexeram no meu queijinho. (Ato público dos servidores do RS — veja/agosto/03). [C] A vida passa voando. Mas com este carro você alcança. Ford Fiesta. [D] Veja cobras, antas, tubarões, traíras e jaburus em seu hábitat natural: fora do seu escritório. Palio Adventure ­ FIAT. [E] Se o estudo é a luz da sabedoria, o seu investimento é o interruptor. (Revista veja na sala de aula ­ Fundação Victor

Civita). COMENTÁRIO: Como a proposta é que se vejam os animais fora do escritório (isso porque no escritório já se tem isso, como metáfora de alguns funcionários), o sentido passa ser real, próprio e não figurado. Leia o fragmento que segue e responda à questão 8.

“Domina, se vive; Se morre, descansa Dos seus na lembrança, Na voz do porvir. Não cures da vida! Sê bravo, sê forte!

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Não fujas da morte, Que a morte há­de vir!”

8. A alternativa que apresenta o verbo conjugado no mesmo modo, tempo, pessoa e número que os destacados no sexto verso da estrofe acima é:

[A] “Hás de ficar sem tua régia crista!” [B] “Hei de ensopar meu triunfante bico.” [C] “Vem beber excelente estilo.” [D] “Vinde, ó filhas do oco do pau.” [E] “Ide já procurar­me a bandurra.” COMENTÁRIO: No texto, o verbo está flexionado no imperativo afirmativo, tal como na letra “C”. 9. Observe as frases abaixo:

I. A pessoa ____________ lhe falei irá procurá­lo ainda hoje. II. A casa ___________ parede o carro colidiu teve sérios danos estruturais. III. O dentista _____________ fui encaminhado é um reconhecido profissional IV. O assunto _____________ fizeram referência não era de conhecimento geral.

A alternativa cuja sequência de pronomes e complementos completem corretamente os períodos na sequência dada é:

[A] sobre a qual — contra cuja — para o qual — a que [B] que — cuja — a que — para que [C] de cuja — em que sua — cujo — ao qual [D] de quem — contra qual — ao qual — de que [E] a que — na qual — por quem — que COMENTÁRIO: O pronome relativo deve ser empregado levando­se em conta o nome ou verbo que norteia a oração subordinada. Assim tem­se “falar sobre”, “colidir com”, “encaminhado para”, “referência a” 10. Leia o texto abaixo e, a seguir, responda o que se pede.

"Sentir as virações do paraíso; E a teus pés, de joelhos, crer ainda Que não mente o amor que um anjo inspira,"

(Álvares de Azevedo)

A palavra sublinhada no fragmento acima é:

[A] conjunção integrante [B] conjunção explicativa [C] pronome relativo [D] palavra expletiva [E] preposição COMENTÁRIO: Nesse caso, a palavra “que” inicia uma oração substantiva, sendo, portanto, uma conjunção integrante. 11. Assinale a única alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo.

O rapaz tinha ___________ a condição: a luz só seria ___________ depois que tudo estivesse ___________ e devidamente ___________.

[A] aceito – acendida – limpo – enxugado [B] aceitado – acendida – limpado – enxugado [C] aceitado – acesa – limpo – enxugado [D] aceitado – acesa – limpo – enxuto [E] aceitado – acendida – limpo – enxuto COMENTÁRIO: O emprego dos pronomes oblíquos deve seguir a uniformização do tratamento dos interlocutores em todo o discurso, fato que se observa na alternativa “B” 12. Assinale a única alternativa que completa corretamente as lacunas do trecho abaixo.

“Adeus, ignaro. Não contes a ninguém o que ___ acabo de confiar, se não queres perder as orelhas. Cala­___, guarda, e agradece a boa fortuna de ter por amigo um grande homem, como eu, embora não ___ compreendas. Hás de compreender­___. Logo que tornar a Barbacena, dar­___­ei em termos explicados, simples, adequados ao entendimento de um asno, a verdadeira noção do grande homem. Adeus; lembranças ao meu pobre Quincas Borba. Não esqueças de ___ dar leite; leite e banhos; adeus, adeus... teu do coração.”

Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 1988.

[A] te – se – me – me – lhe – te [B] te – te – me – me – lhe – lhe [C] lhe – se – se – me – te – lhe [D] se – te – lhe – lhe – te – te

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[E] te – te – me – me – te – lhe COMENTÁRIO: A flexão verbal deve seguir rigorosamente a derivação verbal a partir dos tempo primitivos, a saber, o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. 13.Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo. Tu ________ por caminhos tortuosos. Agora, apesar de cansado, __________ a sabedoria tão __________; ________, pois, em nós, os teus conhecimentos!

[A] viestes – possuís – ansiada – asperge [B] vieste – possui – ansiada – aspirja [C] viestes – possuis – anciada – aspirja [D] vieste – possuis – ansiada – asperge [E] viestes – possuís – ansiada – aspirja COMENTÁRIO: O verbo “conhecer” é VTD, logo rejeita o pronome “lhe”. Já o verbo “falar” está empregado no infinitivo, aceitando tanto pronome antes como após. 14. Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

[A] Não o conheço; como se atreve a falar­me? [B] Não lhe conheço; como se atreve a falar­me? [C] Não lhe conheço; como te atreves a me falar? [D] Não o conheço; como atreves­te a me falar? [E] Não conheço tu; como atreve a me falar? O texto abaixo integra o Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende; trata­se, portanto, de uma poesia palaciana. Leia­o e responda ao item 15.

Acho que Deus me deu tudo para mais meu padecer: os olhos – para vos ver, coração – para sofrer, e língua – para ser mudo. Olhos com que vos olhasse, coração que consentisse língua que me condenasse: mas não já que me salvasse de quantos males sentisse. Assim que me deu Deus tudo para mais meu padecer: os olhos – para vos ver, coração – para sofrer, e língua – para ser mudo.

Francisco de Souza

Acerca do poema e das características da poesia palaciana podemos afirmar:

I. Esse texto é exemplo de uma poesia mais bem elaborada em relação às cantigas trovadorescas, tanto em sua estrutura quanto nos recursos sonoros. Isso se deve, entre outros aspectos, à separação entre texto e música.

II. O eu lírico continua sendo masculino, semelhante ao das cantigas de amor. No entanto, na poesia palaciana esse eu lírico não se submete à condição de superioridade da mulher, já que é um texto de cunho popular.

III. Nos três últimos versos temos as seguintes figuras de linguagem: “os olhos – para vos ver,” = pleonasmo estilístico; “coração – para sofrer” = sinédoque; “e língua – para ser mudo” = paradoxo.

15. Está correto o que se afirma em

[A] I, apenas. [B] I e II, apenas. [C] II e III, apenas. [D] I e III, apenas. [E] I, II e III.

Afirmativa I ­ correta Afirmativa II está incorreta porque o homem ainda se submete à superioridade da mulher e a poesia não é de cunho popular. Afirmativa III – correta – todas as figuras de linguagens mencionadas estão corretas.

16. Sobre o teatro de Gil Vicente é correto afirmar que

[A] seus autos e farsas mesclam crítica à nobreza e ao clero, com uma linguagem clássica e conservadora, além de um caráter filosófico.

[B] embora ainda expresse uma visão medieval (teocêntrica), em pleno mundo renascentista, critica duramente a ambição, a imoralidade, os maus costumes sociais e não poupa de suas críticas nenhuma classe social.

[C] suas peças possuem densidade psicológica porque analisam profundamente os tipos sociais portugueses de seu tempo.

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[D] as peças trágicas, clássicas e satíricas por ele elaboradas recebem nítida influência greco­romana, por isso se tornou o precursor do teatro clássico português.

[E] sua primeira peça é a célebre Floresta de Enganos, de 1536, declamada nos aposentos reais por ocasião do nascimento de um príncipe.

O teatro de Gil Vicente se enquadra no Humanismo – fase de transição entre a Idade Média Teocêntrica e a Idade Moderna Antropocêntrica. A religião cristã está mesclada de críticas sociais

17. Considere as afirmações, abaixo, relacionadas ao episódio do embarque do fidalgo, da obra "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente: I. A acusação de tirania e presunção dirigida ao fidalgo configura uma crítica não ao indivíduo, mas à classe a que ele pertence.

II. Gil Vicente critica as desigualdades sociais ao apontar o desprezo do fidalgo aos pequenos, aos desfavorecidos. III. No momento em que o fidalgo pensa ser salvo por haver deixado, em terra, alguém orando por ele, evidencia­se a

crítica vicentina à fé religiosa.

Está correto o que se afirma em

[A] II, apenas. [B] I e II, apenas [C] I e III, apenas. [D] II e III, apenas. [E] I, II e III.

Afirmativa I – correta Afirmativa II – correta Afirmativa III – incorreta. Gil Vicente não critica a religião, nem a fé religiosa

18. Considere as seguintes afirmações sobre a fala do velho do Restelo, em Os Lusíadas: I. No seu teor de crítica às navegações e conquistas, encontra­se refletida e sintetizada a experiência das perdas que

causaram, experiência esta já acumulada na época em que o poema foi escrito. II. As críticas aí dirigidas às grandes navegações e às conquistas são relativizadas pelo pouco crédito atribuído a seu

emissor, já velho e com um “saber só de experiências feito”. III. A condenação enfática que aí se faz à empresa das navegações e conquistas revela que Camões teve duas atitudes em

relação a ela: tanto criticou o feito quanto o exaltou.

Está correto apenas o que se afirma em: [A] I, apenas. [B] II, apenas. [C] III, apenas. [D] I e II, apenas. [E] I e III, apenas.

Afirmativa I – correta Afirmativa II – incorreta. A fala do velho não é desacreditada por sua experiência ser proveniente apenas da “vida”.

Leia o texto, abaixo, e responda ao item 19.

Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio; O mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora certo. Estando em terra, chego ao Céu voando; Numa hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém por que assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora.

Luis Vaz de Camões. 19. A leitura do poema permite afirmar que o eu lírico se sente [A] confuso, provavelmente pelo amor que sente por uma senhora.

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[B] alegre, provavelmente porque seu amor é correspondido. [C] triste, provavelmente porque não consegue amar ninguém. [D] desconcertado, provavelmente porque a senhora o ama demais. [E] perdido, provavelmente porque foi rejeitado pela amada.

a) O eu lírico encontra­se confuso em virtude do Amor. Observar, principalmente, a segunda estrofe. 20. O movimento literário que retrata as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento e durante o século XVI, é conhecido como Quinhentismo. Analise as proposições em relação a este período: I. A produção literária no Brasil, no século XVI, era restrita às literaturas de viagens (de informação) e jesuíticas de

caráter religioso. II. A obra literária jesuítica está relacionada às atividades catequéticas e pedagógicas. O nome mais destacado é o do

padre José de Anchieta. III. O nome Quinhentismo está ligado a um referencial cronológico — as manifestações literárias no Brasil tiveram início

em 1500, época da colonização portuguesa — e não a um referencial estético. IV. As produções literárias neste período prendem­se à literatura portuguesa, integrando o conjunto das chamadas

literaturas de viagens ultramarinas e aos valores da cultura greco­latina. V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do Brasil colônia, retratando os

primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova terra. Está correto o que se afirma em

[A] II, IV e V, apenas. [B] II, III e IV, apenas. [C] I, II, III e V, apenas. [D] I, III e IV, apenas. [E] III, IV e V, apenas.

Apenas a alternativa IV está incorreta porque os textos quinhentistas não se baseiam nos valores da cultura greco­latina.

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PROVA DE FÍSICA

21. Dadas as afirmações abaixo, qual(is) está(ão) correta(s)?

I. A amplitude A de um movimento oscilatório é a metade da distância entre a posição de equilíbrio do corpo que executa esse movimento e a posição extrema que ele alcança ao oscilar.

II. O tempo que um corpo em movimento oscilatório gasta para efetuar uma vibração completa (ou um ciclo) é o período (T) desse movimento.

III. O número de vibrações completas (ou ciclos) que um corpo em oscilação efetua, por unidade de tempo, é denominado frequência (f) do movimento.

IV. Em uma onda, há transporte de matéria de um ponto a outro do meio, sem que haja transporte de energia entre esses pontos.

V. O comprimento de onda λ representa a distância entre duas cristas ou entre dois vales sucessivos de uma onda. Estão corretas: [A] I, II, III, IV e V. [B] somente II, III e V. [C] somente II, III, IV e V. [D] somente I, II, III e V. [E] somente I, II e III.

22. Duas cordas, de densidades lineares diferentes, são unidas conforme indica a figura. As extremidades A e C estão fixas e a corda I é mais densa que a corda II. Admitindo­se que as cordas não absorvam energia em relação à onda que se propaga no sentido indicado, pode­se afirmar que: [A] o comprimento de onda é o mesmo nas duas cordas. [B] a velocidade é a mesma nas duas cordas. [C] a velocidade é maior na corda I. [D] a frequência é maior na corda II. [E] a frequência é a mesma nas duas cordas.

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23. Considere as afirmativas.

I. Os fenômenos de interferência, difração e polarização ocorrem com todos os tipos de onda. II. Os fenômenos de interferência e difração ocorrem apenas com ondas transversais. III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenômeno de polarização, pois são ondas longitudinais. IV. Um polarizador transmite os componentes da luz incidente não polarizada, cujo vetor campo elétrico é perpendicular à direção de transmissão do polarizador.

Então, está(ão) correta(s):

[A] nenhuma das afirmativas. [B] apenas a afirmativa I. [C] apenas a afirmativa II. [D] apenas as afirmativas I e II. [E] apenas as afirmativas I e IV.

g 24. Um músico sopra a extremidade aberta de um tubo de 25 cm de comprimento, fechado na outra extremidade, emitindo um som na frequência f = 1.700 Hz. A velocidade do som no ar, nas condições do experimento, é v = 340 m/s. Dos diagramas abaixo, aquele que melhor representa a amplitude de deslocamento da onda sonora estacionária, excitada no tubo pelo sopro do músico, é:

25. Quando em repouso, uma corneta elétrica emite um som de frequência 512 Hz. Numa experiência acústica, um estudante deixa cair a corneta do alto de um edifício. Qual a distância percorrida pela corneta, durante a queda, até o instante em que o estudante detecta o som na frequência de 485 Hz? Despreze a resistência do ar. [A] 13,2 m [B] 15,2 m [C] 16,1 m [D] 18,3 m [E] 19,3 m

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26. Quando afinadas, a frequência fundamental da corda lá de um violino é de 440 Hz e a frequência fundamental da corda mi deste mesmo instrumento é de 660 Hz. A que distância da extremidade da corda lá se deve colocar o dedo para se obter o som correspondente ao da corda mi? O comprimento total da corda lá é igual a L e a distância pedida deve corresponder ao comprimento vibratório da corda. [A] 4L/9 [B] L/2 [C] 2L/3 [D] 3L/5 [E] Não é possível a experiência.

27. Um professor de ensino médio deseja determinar o coeficiente de atrito cinético entre dois tênis e o chão dos corredores da escola, supostamente horizontais. Para tanto, ele mede inicialmente a massa dos dois tênis, A e B, encontrando um valor de 400 g e 500 g respectivamente. Após, solicita que um aluno puxe horizontalmente os tênis com um dinamômetro, verificando a sua marcação quando o tênis está se movendo com velocidade constante, sendo que são registrados os valores de 2,8 N para o tênis A e 3,0 N para o tênis B. Com base nessas informações e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2 é correto afirmar que:

[A] O coeficiente de atrito cinético determinado para o tênis A é um valor entre 0,4 e 0,6 [B] Mesmo sem ser realizada uma medida para o atrito estático, o valor do coeficiente desse atrito será menor do que o

encontrado para o atrito cinético em cada caso. [C] O tênis B possui maior coeficiente de atrito cinético do que o tênis A. [D] Foi determinado um valor de 0,6 para o coeficiente de atrito cinético para o tênis B. [E] Em nenhuma das medidas foi determinado um valor maior ou igual a 0,7

Para a velocidade ser constante, a força resultante é nula, portanto a força aplicada deve ser igual em módulo à força de atrito.

Para o tênis A:

Para o tênis B:

Sendo assim, a única alternativa que concorda com os cálculos é a da opção [D].

28. O equipamento representado na figura foi montado com o objetivo de determinar a constante elástica de uma mola ideal. O recipiente R de massa desprezível, contém água; na sua parte inferior, há uma torneira T que, quando aberta, permite que a água escoe lentamente com vazão constante e caia dentro de outro recipiente B inicialmente vazio (sem água), que repousa sobre uma balança. A torneira é aberta no instante t=0 e os gráficos representam, em um mesmo intervalo de tempo (t’), como variam o comprimento L da mola (gráfico 1), a partir da configuração inicial de equilíbrio, e a indicação da balança (gráfico 2).

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Analisando as informações, desprezando as forças entre a água que cair no recipiente B e o recipiente R e considerando g=

10 m/s2 é correto concluir que a constante elástica da mola, em N/m, é igual a

[A] 120 [B] 80 [C] 100 [D] 140 [E] 60

[A] De t = 0 até t = t':

Aplicando a expressão da força elástica (Lei de Hooke)

29. Uma estação espacial foi projetada com formato cilíndrico, de raio R igual a 100 m, como ilustra a figura abaixo. Para simular o efeito gravitacional e permitir que as pessoas caminhem na parte interna da

casca cilíndrica, a estação gira em torno de seu eixo, com velocidade angular constante

As pessoas terão sensação de peso, como se estivessem na Terra, se a velocidade for de, aproximadamente, Note e adote: A aceleração gravitacional na superfície da Terra é g = 10 m/s2. [A] 0,1 rad/s [B] 0,3 rad/s [C] 1 rad/s [D] 3 rad/s [E] 10 rad/s

A normal, que age como resultante centrípeta, no pé de uma pessoa tem a mesma intensidade de seu peso na Terra.

30. O sistema da figura é formado por um bloco de 80 kg e duas molas de massas

desprezíveis associadas em paralelo, de mesma constante elástica. A força horizontal mantém o corpo em equilíbrio estático, a deformação elástica do sistema de molas é 20 cm e a aceleração da gravidade local tem módulo 10 m/s2. Então, é correto afirmar que a constante elástica de cada mola vale, em N/cm: [A] 10 [B] 20 [C] 40 [D] 60 [E] 80

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Notamos que 2 molas seguram o bloco. Desta forma,

31. Uma pequena esfera de massa m, eletrizada com uma carga elétrica q > 0, está presa a um ponto fixo P por um fio isolante, numa região do espaço em que existe um campo elétrico uniforme e vertical de módulo E, paralelo à aceleração

gravitacional g, conforme mostra a figura. Dessa forma, inclinando o fio de um ângulo em relação à vertical, mantendo­o esticado e dando um impulso inicial (de intensidade adequada) na esfera com direção perpendicular ao plano vertical que contém a esfera e o ponto P, a pequena esfera passa a descrever um movimento circular e uniforme ao redor do ponto C. Na situação descrita, a resultante das forças que atuam sobre a esfera tem intensidade dada por

[A]

[B]

[C]

[D]

[E]

As figuras ilustram a situação descrita.

A Fig. 1 mostra as forças que atuam sobre a esfera.

Força Peso: ;

Força Elétrica: ;

Tração no fio:

A Fig. 2 mostra a soma dessas forças (regra da poligonal) e a força resultante . Nessa figura:

32. Três blocos A, B e C, de massas MA = 1,0 kg e MB = MC = 2,0 kg, estão acoplados através de fios inextensíveis e de pesos desprezíveis, conforme o esquema abaixo.

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Desconsiderando o atrito entre a superfície e os blocos e, também, nas polias, a aceleração do sistema, em m/s2, é igual a [A] 2,0. [B] 3,0. [C] 4,0. [D] 5,0. [E] 6,0

Dados: MA = 1 kg; MB = MC = 2 kg; sen 30° = 0,5.

A intensidade da resultante das forças externas no sistema é a diferença entre o peso do corpo C (PC) e a componente tangencial do peso do corpo A (Px = PA sen 30°). PC – Px = (MA + MB + MC) a 20 – 10 (0,5) = 5 a 15 = 5 a

PROVA DE QUÍMICA 33. Existem vários modelos para explicar as diferentes propriedades das substâncias químicas, em termos de suas estruturas submicroscópicas.

Considere os seguintes modelos:

I. moléculas se movendo livremente; II. íons positivos imersos em um “mar” de elétrons deslocalizados; III. íons positivos e negativos formando uma grande rede cristalina tridimensional.

Assinale a alternativa que apresenta substâncias que exemplificam, respectivamente, cada um desses modelos.

I II III [A] Gás nitrogênio Ferro sólido Cloreto de sódio sólido [B] Água líquida Iodo sólido Cloreto de sódio sólido [C] Gás nitrogênio Cloreto de sódio sólido Iodo sólido [D] Água líquida Ferro sólido Diamante sólido [E] Gás metado Água líquida Diamante sólido

moléculas se movendo livremente (deve ser gás), íons positivos imersos em um “mar” de elétrons deslocalizados; (deve ser um metal); íons positivos e negativos formando uma grande rede cristalina tridimensional.(deve ser um sal)

34. Cinco cremes dentais de diferentes marcas têm os mesmos componentes em suas formulações, diferindo, apenas, na porcentagem de água contida em cada um. A tabela a seguir apresenta massas e respectivos volumes (medidos a 25ºC) desses cremes dentais. Supondo que a densidade desses cremes dentais varie apenas em função da porcentagem de água, em massa, contida em cada um, pode­se dizer que a marca que apresenta maior porcentagem de água em sua composição é Dado: densidade da água (a 25ºC) = 1,0 g/mL. [A] A. [B] B. [C] C. [D] D. [E] E.

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35. Considere as figuras a seguir, em que cada esfera representa um átomo. As figuras mais adequadas para representar, respectivamente, uma mistura de compostos moleculares e uma amostra da substância nitrogênio são

[A] III e II. [B] IV e III. [C] IV e I. [D] V e II. [E] V e I.

Observando as figuras: I – 2 átomos com tripla ligação= provável nitrogênio; II­ provável átomos isolados; III moléculas iguaisIV – retículo cristalino; V mistura de compostos moleculares ALTERNATIVA E

36. Amônia e gás carbônico podem reagir formando ureia e água. O gráfico ao lado mostra as massas de ureia e de água que são produzidas em função da massa de amônia, considerando as reações completas. A partir dos dados do gráfico e dispondo­se de 270 g de amônia, a massa aproximada, em gramas, de gás carbônico minimamente necessária para reação completa com essa quantidade de amônia é [A] 120 [B] 270 [C] 350 [D] 630 [E] 700

Observando o gráfico: NH3 + CO2 → ureia + H2O 40g + x 70 g + 20g x = 50 g Se usarmos 270 g de amônia : 40 g­­> 50 g 270g­­> x x = 337,5 g ALTERNATIVA C 37. Observe a posição do elemento químico ródio (Rh) na tabela periódica. Assinale a alternativa correta a respeito do ródio. [A] Possui massa atômica menor que a do cobalto (Co). [B] Apresenta reatividade semelhante à do estrôncio (Sr),

característica do 5º período. [C] É um elemento não metálico. [D] É uma substância gasosa à temperatura ambiente. [E] É uma substância boa condutora de eletricidade.

O ródio (Rh) é um metal e, de modo característico, é uma substância química condutora de eletricidade.

38. O trecho seguinte foi extraído de uma revista de divulgação do conhecimento químico, e trata de alguns aspectos da lavagem a seco de tecidos. “Tratando­se do desempenho para lavar, o tetracloroetileno é um solvente efetivo para limpeza das roupas, pois evita o encolhimento dos tecidos, já que evapora facilmente, dada sua baixa pressão de vapor (0,017 atm., 20ºC), e dissolve manchas lipofílicas, como óleos, ceras e gorduras em geral...” A leitura desse trecho sugere que o tetracloroetileno é um líquido apolar e sua alta volatilidade se deve ao seu baixo valor de pressão de vapor. Levando em conta o conhecimento químico, pode­se [A] concordar parcialmente com a sugestão, pois há argumentos que justificam a polaridade, mas não há argumentos que

justifiquem a volatilidade.

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[B] concordar totalmente com a sugestão, pois os argumentos referentes à polaridade e à volatilidade apresentados no trecho justificam ambas.

[C] concordar parcialmente, pois não há argumentos que justifiquem a polaridade, mas há argumentos que justificam a volatilidade.

[D] discordar totalmente, pois não há argumentos que justifiquem a polaridade nem a volatilidade. [E] discordar totalmente, pois não há como justificar a apolaridade da molécula citada.

A parte do texto “o tetracloroetileno é um líquido apolar” está correta. Mas, a parte do texto “e sua alta volatilidade se deve ao seu baixo valor de pressão de vapor” está incorreta, pois a sua alta volatilidade se deve ao seu alto valor de pressão de vapor. Letra A

39. Prazeres, benefícios, malefícios, lucros cercam o mundo dos refrigerantes. Recentemente, um grande fabricante nacional anunciou que havia reduzido em 13 mil toneladas o uso de açúcar na fabricação de seus refrigerantes, mas não informou em quanto tempo isso ocorreu. O rótulo atual de um de seus refrigerantes informa que 200 ml do produto contêm 21g de açúcar. Utilizando apenas o açúcar “economizado” pelo referido fabricante seria possível fabricar, aproximadamente, [A] 124 milhões de litros de refrigerante. [B] 2,60 bilhões de litros de refrigerante. [C] 1.365 milhões de litros de refrigerante. [D] 273 milhões de litros de refrigerante. [E] 1,83 bilhões de litros de refrigerante.

1 tonelada = 109 g e 1 L = 1000 mL Portanto: 0,2 L 21g X 13 x 109g X = 0,124 X 109 = 124 milhões de litros de refrigerante.

40. A figura representa o processo de obtenção de leite de castanha­do­brasil, um sub­produto da castanha, utilizado na alimentação infantil e em pratos regionais. Um técnico precisa substituir a centrifugação na etapa final de obtenção do leite. Para realizar a separação final, ele deve utilizar a [A] diluição. [B] filtração. [C] destilação. [D] evaporação. [E] condensação.

Como ele deseja separar um solido de um líquido poderia usar a filtração.

41. Utilizando um exemplo de situação do cotidiano, um jovem estudante deseja explicar à sua família o que é que se entende por fenômeno químico. Entre as situações indicadas a seguir, é correto escolher como exemplo [A] o borbulhar de gás quando se abre um refrigerante. [B] o brilho de pedras quando polidas com cera de parafina. [C] o aroma que exala de uma carne assando na churrasqueira. [D] a espuma que se forma na lavagem das mãos com sabonete. [E] a mudança de cor quando se adiciona café a uma xícara de leite.

Apenas no churrasco ocorre uma alteração produzindo um novo composto, que dá o cheiro do churrasco. 42. Considere a seguinte reação:

4 Al (s) + 3 O2 (g) 2 Al2O3 (s)

Sabendo que a massa molar do alumínio é igual a 27 g/mol, a quantidade de óxido de alumínio, em mol, formado numa reação em que foram colocados 10 g de Al para reagir com excesso de O2 é, aproximadamente, igual a

[A] 0,7. [B] 0,6. [C] 0,4. [D] 0,2. [E] 0,1.

4 Al (s) + 3 O2 (g) 2 Al2O3 (s)

4.27g 2. 102g // 1mol óxido 102g 10g x 18,88g // y 18,88g y = 0,186 mol

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43. A classificação periódica contida no final deste caderno de questões nem sempre apresentou o atual formato. Em 1862, o geólogo francês Chancourtois (1820­1886) havia organizado os elementos químicos na forma de um parafuso. Tal organização ficaria conhecida como “parafuso telúrico” e encontra­se esquematizada na figura. Considerando os três elementos químicos alinhados verticalmente e que estão mais próximos à faixa azul, na figura, o que apresenta maior raio atômico e a carga do seu íon mais estável são, respectivamente, [A] Li e +1. [B] K e +1. [C] K e +2. [D] Na e +1. [E] Na e +2.

(www.mundoeducacao.com. Adaptado.) O que apresenta maior raio é o potássio, sua valência + 1 então será letra B

Texto para o item 45

Disponível em: <http://tribunadainternet.com.br/category/boff>.Acesso em: 30 Dez. 2014.

Nas últimas décadas, a polêmica sobre um possível aquecimento global do nosso planeta, decorrente de uma exacerbação

do efeito estufa, passou a fazer parte das preocupações da humanidade, com constante cobertura pela mídia. Esse efeito ocorre devido à presença de gases­estufa como, por exemplo, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), entre outros. O dióxido de carbono tem sido apontado como o grande vilão da exacerbação do efeito estufa, já que sua presença na atmosfera decorre, em grande parte, de atividades humanas, com maior crescimento no final do século XVIII em decorrência do aumento no uso de combustíveis fósseis. Atualmente o teor de CO2 na atmosfera terrestre oscila em torno de 365 mL/m3.

TOLENTINO, M. ROCHA­FILHO, R. C. A Química no Efeito Estufa.Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc08/quimsoc.pdf>.Acesso em: 20 Nov. 2014.

44. Considerando que o gás carbônico tenha o comportamento de um gás perfeito e que esteja nas CNATP (Condições Normais Atmosféricas de Temperatura), indique o número de mols desse gás presente em cada metro cúbico de gás atmosférico. Dados: T = 25 ºC ou 298K; p = 1 atm e R= 0,082 L. atm. K–1. mol–1) [A] 14,1 mols [B] 178,0 mols [C] 0,01 mols [D] 17,8 mols [E] 0,1 mols

PV = nRT :. 1.0,365 = n 0,082.298

n = 0,01 mol

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