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.1. 3º SIMULADO - MODELO UERJ • 3ª SÉRIE E CURSO PREPARATÓRIO DO ENSINO MÉDIO • LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASN Texto para as questões 1 e 2 LIBERDADE Cecília Meireles “Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se tem até morrido com alegria e felicidade. Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam “Liberdade, Igualdade e Fraternidade!”. Nossos avós cantaram: “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Bra- sil!”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade! – abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos – brilhou no céu da Pátria…” – em certo instante. Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela. Ser livre – como diria o famoso conselheiro… – é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo que partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho… Enfim, ser livre é ser responsável, é repu- diar a condição de autônomo e de teleguiado – é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Supondo que seja isso.) Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sono das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso…). Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!…) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!… Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida. E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!… São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la, esta- mos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato. Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios fúlgidos – linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel…” 1) As expressões que iniciam os dois primeiros parágrafos do texto sugerem que tipo de encaminhamento em relação ao que Cecília Meireles tinha a dizer? a) Generalização da abordagem a fim de encaminhar o posicionamento para especificações, ainda que também em um âmbito genérico. b) Imprecisão do ponto de vista pelo fato de não haver exemplos válidos que o defendessem. c) Especificação do tema para ampliá-lo e defendê-lo ao encaminhar o posicionamento. d) Hipóteses sobre o real valor e sentido que a liberdade tem para cada um. 2) Em qual alternativa o termo destacado é anafórico em relação a seu referente? a) “Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo...” b) “Para alcançá-la, estamos todos os dias expostos à morte.” c) “...sobre ela se têm escrito poemas e hinos...” d) “Mas os sonhadores vão para a frente...”

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Page 1: 3º Simulado UERJ

.1.

3º SIMULADO - MODELO UERJ

• 3ª SÉRIE E CURSO PREPARATÓRIO DO ENSINO MÉDIO •

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASN

Texto para as questões 1 e 2LIBERDADE

Cecília Meireles

“Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm

escrito poemas e hinos, a ela se tem até morrido com alegria e felicidade.

Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde

não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria

condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos

bisavós gritavam “Liberdade, Igualdade e Fraternidade!”. Nossos avós cantaram: “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Bra-

sil!”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade! – abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da

liberdade em raios fúlgidos – brilhou no céu da Pátria…” – em certo instante.

Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente

morrer por ela.

Ser livre – como diria o famoso conselheiro… – é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração,

mesmo tendo que partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho… Enfim, ser livre é ser responsável, é repu-

diar a condição de autônomo e de teleguiado – é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Supondo que seja isso.)

Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É

não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.

Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sono das crianças deseja

ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso…).

Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!…) não acreditavam que se pudesse

chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!…

Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.

E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram

queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!…

São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la, esta-

mos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes

e não pensar em assunto tão ingrato.

Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os

loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios fúlgidos – linguagem de seus antepassados, estranha linguagem

humana, nestes andaimes dos construtores de Babel…”

1) As expressões que iniciam os dois primeiros parágrafos do texto sugerem que tipo de encaminhamento em relação

ao que Cecília Meireles tinha a dizer?

a) Generalização da abordagem a fim de encaminhar o posicionamento para especificações, ainda que também em

um âmbito genérico.

b) Imprecisão do ponto de vista pelo fato de não haver exemplos válidos que o defendessem.

c) Especificação do tema para ampliá-lo e defendê-lo ao encaminhar o posicionamento.

d) Hipóteses sobre o real valor e sentido que a liberdade tem para cada um.

2) Em qual alternativa o termo destacado é anafórico em relação a seu referente?

a) “Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo...”

b) “Para alcançá-la, estamos todos os dias expostos à morte.”

c) “...sobre ela se têm escrito poemas e hinos...”

d) “Mas os sonhadores vão para a frente...”

Page 2: 3º Simulado UERJ

.2.

Texto para a próxima questãoLIBERDADE, LIBERDADE! ABRA AS ASAS SOBRE NÓS

G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense (RJ)

Seja sempre a nossa voz, mas eu digo que vemVem, vem reviver comigo amorO centenário em poesiaNesta pátria mãe queridaO império decadente, muito rico incoerenteEra fidalguia e por isso que surgemSurgem os tamborins, vem emoçãoA bateria vem, no pique da cançãoE a nobreza enfeita o luxo do salão, vem viverVem viver o sonho que sonheiAo longe faz-se ouvirTem verde e branco por aíBrilhando na Sapucaí e da guerraDa guerra nunca maisEsqueceremos do patrono, o duque imortalA imigração floriu, de cultura o BrasilA música encanta, e o povo canta assim e da princesaPra Isabel a heroína, que assinou a lei divinaNegro dançou, comemorou, o fim da sinaNa noite quinze e reluzenteCom a bravura, finalmenteO Marechal que proclamou foi presidenteLiberdade!, Liberdade!Abre as asas sobre nósE que a voz da igualdade Seja sempre a nossa voz,

3) Os versos finais do samba enredo da Imperatriz Leopoldinense remetem-nos a uma construção personificada quandoa) apresenta a liberdade como uma figura feminina.b) dá voz à liberdade.c) menciona as asas.d) evoca a liberdade.

Texto para a próxima questão

4) A tira acima contrapõe liberdade e aprisionamento. No início, o “sentir-se livre” é ressaltado pelos elementos não verbais, o que se confirma no final, entretanto, pela sensação de restrição, de limitação. Por que essa contraposição?a) O meio de transporte em questão sugere apenas liberdade sem qualquer sugestão de restrição de movimento.b) O personagem tem consciência crítica acerca da política e seus trâmites legais.c) A paisagem não condiz com o aprisionamento econômico pressuposto pela taxação da gasolina.d) O destino do personagem é resultado de seu livre arbítrio.

Page 3: 3º Simulado UERJ

.3.

Texto para a próxima questãoMEMÓRIAS DO CÁRCERE

1Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos − e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, 16com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. 2Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, 9dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de 5utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

(...)O receio de cometer indiscrição exibindo em público pessoas que tiveram comigo convivência forçada já não me

apoquenta. Muitos desses antigos companheiros distanciaram-se, apagaram-se.10Outros permaneceram junto a mim, ou vão reaparecendo ao cabo de longa ausência, alteram-se, completam-se,

avivam recordações meio confusas − e não vejo inconveniência em mostrá-los.(...)E aqui chego à última objeção que me impus. 13Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de

observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. 6Certamente me irão fazer falta, mas terá sido uma perda irreparável? Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material. 17Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, 11quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol pálido, em manhã de bruma, a cor das folhas que tombavam das árvores, num pátio branco, a forma dos montes verdes, tintos de luz, frases autênticas, gestos, gritos, gemidos. Mas que significa isso? 15Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis. E se esmoreceram, deixá-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagino que valiam pouco. Outras, porém, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e é inevitável mencioná-las.

7Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (...)14Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuça-mento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. 3Outros devem possuir lembranças diversas. Não as contesto, mas espero que não recusem as minhas: 4conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade. Formamos um grupo muito complexo, que se desagregou. De repente nos surge a necessidade urgente de recompô-lo. Define-se o am-biente, as figuras se delineiam, vacilantes, ganham relevo, a ação começa. 18Com esforço desesperado arrancamos de cenas confusas alguns fragmentos. Dúvidas terríveis nos assaltam. De que modo reagiram os caracteres em determinadas circunstâncias? O ato que nos ocorre, nítido, irrecusável, terá sido realmente praticado? Não será incongruência? Certo a vida é cheia de incongruências, mas estaremos seguros de não nos havermos enganado? Nessas vacilações dolorosas, 12às vezes necessitamos confirmação, apelamos para reminiscências alheias, convencemo-nos de que a minúcia discre-pante não é ilusão. Difícil é sabermos a causa dela, 8desenterrarmos pacientemente as condições que a determinaram. Como isso variava em excesso, era natural que variássemos também, apresentássemos falhas. Fiz o possível por entender aqueles homens, penetrar-lhes na alma, sentir as suas dores, admirar-lhes a relativa grandeza, enxergar nos seus defeitos a sombra dos meus defeitos. Foram apenas bons propósitos: devo ter-me revelado com frequência egoísta e mesquinho. E esse desabrochar de sentimentos maus era a pior tortura que nos podiam infligir naquele ano terrível.

GRACILIANO RAMOS

Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2002.

5) Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. (ref.13)

O fragmento acima poderia ser reescrito com a inserção de um conectivo no início do trecho sublinhado. Esse conec-tivo, que garantiria o mesmo sentido básico do fragmento, está indicado em: a) porque b) embora c) contudo d) portanto

Texto para a próxima questão

SOBRE A ORIGEM DA POESIA

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso

não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, 1a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas.

Page 4: 3º Simulado UERJ

.4.

4Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade entre nome e coisa − que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história.

A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos flashbacks de uma possível infância da lingua-gem, antes que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando essas duas metades − significante e significado.

Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia? Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, seu tamanho, seu peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras?

2Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança cria, com sua ocorrência, um pouco desse passado.

Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que ele chamava a atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas próprias (substantivos), 5não numa partícula verbal externa a elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à composição analógica.

3Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios americanos falando, na maioria dos filmes de cowboy − eles dizem “maçã vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; em vez de “a maçã é vermelha”, “essa água é boa”, “aquele cavalo é veloz”. Essa forma mais sintética, telegráfica, aproxima os nomes da própria existência − como se a fala não estivesse se referindo àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se apresenta).

6No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. 7A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo.

(...)Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os

olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. 8Mas temos esses pequenos oásis − os poemas − contaminando o deserto da referencialidade.

ARNALDO ANTUNES

www.arnaldoantunes.com.br

6) A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo. (ref.7)

O vocábulo destacado estabelece uma relação de sentido com o que está enunciado antes. Essa relação de sentido pode ser definida como:

a) explicação b) finalidade c) conformidade d) simultaneidade

Texto para as próximas 2 questões COMO E PORQUE SOU ROMANCISTA

Minha mãe e minha tia se ocupavam com trabalhos de costuras, e as amigas para não ficarem ociosas as ajudavam. Dados os primeiros momentos à conversação, 2passava-se à leitura e era eu chamado ao lugar de honra.

Muitas vezes, confesso, essa honra me arrancava bem a contragosto de um sono começado ou de um folguedo que-rido; 3já naquela idade a reputação é um fardo e bem pesado.

Lia-se até a hora do chá, e tópicos havia tão interessantes que eu era obrigado à repetição. Compensavam esse excesso, as pausas para dar lugar às expansões do auditório, o qual desfazia-se em recriminações contra algum mau personagem, ou acompanhava de seus votos e simpatias o herói perseguido.

Uma noite, daquelas em que eu estava mais possuído do livro, 4lia com expressão uma das páginas mais comoventes da nossa biblioteca. As senhoras, de cabeça baixa, levavam o lenço ao rosto, e poucos momentos depois não puderam conter os soluços 8que rompiam-lhes o seio.

Com a voz afogada pela comoção e a vista empanada pelas lágrimas, eu também cerrando ao peito o livro aberto, disparei em pranto e respondia com palavras de consolo às lamentações de minha mãe e suas amigas.

Nesse instante assomava à porta um parente nosso, o Revd.º Padre Carlos Peixoto de Alencar, já assustado com o choro que ouvira ao entrar – 6Vendo-nos a todos naquele estado de aflição, ainda mais perturbou-se:

– Que aconteceu? Alguma desgraça? Perguntou arrebatadamente.As senhoras, escondendo o rosto no lenço para ocultar do Padre Carlos o pranto e evitar seus 1remoques, não profe-

riram palavra. Tomei eu a mim responder:7– Foi o pai de Amanda que morreu! Disse, mostrando-lhe o livro aberto.Compreendeu o Padre Carlos e soltou uma gargalhada, como ele as sabia dar, verdadeira gargalhada homérica, que

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.5.

mais parecia uma salva de sinos a repicarem do que riso humano. E após esta, outra e outra, que era ele inesgotável, quando ria de abundância de coração, com o gênio prazenteiro de que a natureza o dotara.

Foi essa leitura contínua e repetida de novelas e romances que primeiro imprimiu em meu espírito a tendência para essa forma literária [o romance] que é entre todas a de minha predileção?

1Não me animo a resolver esta questão psicológica, 5mas creio que ninguém contestará a influência das primeiras impressões.

JOSÉ DE ALENCAR

Como e porque sou romancista. Campinas: Pontes, 1990.

1remoque: zombaria, caçoada

7) que rompiam-lhes o seio. (ref. 8) O vocábulo sublinhado faz referência a uma palavra já enunciada no texto. Essa palavra a que se refere o vocábulo lhes é:

a) soluços b) páginas c) senhoras d) momentos

8) Vendo-nos a todos naquele estado de aflição, (ref. 6) O fragmento acima poderia ser reescrito, com o emprego de um conectivo. A reescritura que preserva o sentido original do fragmento é:

a) caso nos visse a todos naquele estado de aflição. b) porém nos viu a todos naquele estado de aflição. c) quando nos viu a todos naquele estado de aflição. d) não obstante nos ver a todos naquele estado de aflição.

Texto para as questões 9 e 10

MORALIZA O POETA NOS OCIDENTES DO SOL AS INCONSTÂNCIAS DOS BENS DO MUNDO.

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,Depois da Luz se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosura,Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?Se formosa a Luz é, por que não dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,Na formosura não se dê constância,E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,E tem qualquer dos bens por naturezaA firmeza somente na inconstância. (GUERRA, Gregório de Matos. ANTOLOGIA POÉTICA. Rio, Ediouro, 1991. p. 84.)

9) Um dos aspectos da arquitetura do poema barroco é aquele em que conceitos e/ou palavras são inicialmente citados ao longo do poema, para mais adiante, serem retomados conclusivamente. Este recurso, no soneto de Gregório de Matos, acontece respectivamente: a) nos dois quartetos e no 2º terceto. b) no 1º quarteto e no 2º quarteto. c) nos dois quartetos e nos dois tercetos. d) no 2º quarteto e no 1º terceto.

10) O texto de Gregório de Matos possui muitas antíteses, que são usadas nos textos barrocos para: a) traduzir o conflito humano. b) rejeitar o vocabulário popular. c) personificar seres inanimados. d) detalhar a arte poética.

Page 6: 3º Simulado UERJ

.6.

Texto para a próxima questão LEIA O TRECHO A SEGUIR.

Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quando as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as pedras.

(Sermão da Sexagésima, de Pe. Antônio Vieira.)

11) Pelo trecho reproduzido, pode-se concluir que o Sermão da Sexagésima trata da a) problemática da pregação religiosa, considerando as figuras dos pregadores e dos fiéis. b) necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra os holandeses. c) perseguição sofrida pelo pregador em função de apoio que emprestava a índios e negros. d) condenação aos governantes locais que desobedeciam os princípios do mercantilismo seiscentista.

Textos para as questões 12, 13 e 14LIRA XV

Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,Fui honrado Pastor da tua aldeia;Vestia finas lãs, e tinha sempreA minha choça do preciso cheia.Tiraram-me o casal, e o manso gado,Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.(...)Se não tivermos lãs, e peles finas,Podem mui bem cobrir as carnes nossasAs peles dos cordeiros mal curtidas,E os panos feitos com as lãs mais grossas.Mas ao menos será o teu vestidoPor mãos do amor, por minhas mãos cosido.

Nós iremos pescar na quente sestaCom canas, e com cestos os peixinhos:Nós iremos caçar nas manhãs friasCom a vara envisgada os passarinhos.Para nos divertir faremos quantoReputa o varão sábio, honesto e santo.(...)

FONTE: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.

AMOR DE ÍNDIO

Tudo o que move é sagradoE remove as montanhasCom todo cuidado, meu amor(...)Sim, todo amor é sagradoE o fruto do trabalhoÉ mais que sagrado, meu amorA massa que faz o pãoVale a luz do seu suorLembra que o sono é sagradoE alimenta de horizontesO tempo acordado de viver

No inverno te protegerNo verão sair pra pescarNo outono te conhecerPrimavera poder gostar

Page 7: 3º Simulado UERJ

.7.

No estio me derreterPra na chuva dançar e andar juntoO destino que se cumpriuDe sentir seu calor e ser tudo FONTE: GUEDES, Beto & BASTOS, Ronaldo. In GUEDES, Beto. Amor de Índio. EMI Music, 1978.

12) Nos dois textos anteriores, percebe-se a) divisão métrica irregular. b) intertextualidade denominada paródia. c) composição lírica em terceira pessoa. d) construção poética como espaço utópico.

13) São temas presentes nos textos 3 e 4, EXCETO a) bucolismo. b) amor idealizado. c) simplicidade existencial. d) desprezo ao trabalho urbano.

14)

Aleijadinho, Cristo do carregamento da Cruz. "Enciclopédia Barsa", 1998

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,Da vossa alta clemência me despido;Porque quanto mais tenho delinquido,Vos tenho a perdoar mais empenhado. "Obra poética de Gregório de Matos". Rio de Janeiro: Record: 1990.

Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, populares ou eruditas, foram, assim como

nos demais aspectos da vida cotidiana, marcadas pela influência da religiosidade. Nesse sentido, com base na análise

da presença da religiosidade na obra de Aleijadinho e Gregório de Matos, é CORRETO afirmar:

a) Ambas são modelos da arte barroca, uma vez que se inspiram mais na temática cristã do que em elementos oriun-

dos da mitologia greco-romana.

b) A presença da temática religiosa em ambos deve-se à influência protestante holandesa na região da Bahia e de

Minas Gerais.

c) No trecho do poema, tem-se a expressão de um pecador que, embora creia em Deus, não tem certeza de que

obterá o perdão divino.

d) A pobreza estética da obra de Aleijadinho e Matos deriva da censura promovida pela Santa Inquisição às obras

artísticas no Brasil.

15) Associe os movimentos literários aos seus respectivos exemplos.

(1) Barroco

(2) Arcadismo

( ) "Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado

Da vossa Alta piedade me despido

Porque quanto mais tenho delinquido

Vos tenho a perdoar mais empenhado."

Page 8: 3º Simulado UERJ

.8.

( ) "Em lugar delicioso e triste, Cansada de viver, tinha escolhido Para morrer a mísera Lindóia. Lá reclinada, como que dormia, Na branda relva e nas mimosas flores, ..."

( ) "Nasce o sol, e não dura mais que um dia, Depois da luz se segue a noite escura, Em tristes sombras nasce a formosura, Em contínuas tristezas, a alegria."

( ) "Ah! minha Bela, se a Fortuna volta, Se o bem, que já perdi, alcanço e provo; Por essas brancas mãos, por essas faces Te juro renascer um homem novo Amar no céu a Jove e a ti na terra."

( ) "Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. "

A sequência encontrada foi a) 1, 1, 2, 1, 2 b) 1, 2, 1, 2, 1 c) 1, 2, 1, 2, 2 d) 2, 2, 1, 1, 2

Texto para a próxima questãoTRECHOS DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns, que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha; outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meio e os dois nos cabos. Aí andavam outros, quartejados de cores, a saber, metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, a modos de azulada; e outros quartejados de esca-ques. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até a outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa.

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.

Águas são muitas: infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.

(Carta de Pero Vaz de Caminha In: PEREIRA, Paulo Roberto (org.) Os três

únicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda,

1999, p. 39-40.)

Vocabulário1 - "espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha": associação de imagem, com a tampa de um vasilhame de

couro, para transportar água ou vinho, que recebia o nome de "espelho" por ser feita de madeira polida.2 - "tintura preta, a modos de azulada": é uma tintura feita com o sumo do fruto jenipapo.3 - "escaques": quadrados de cores alternadas como os do tabuleiro de xadrez.4 - "parma": lisa como a palma da mão.5 - "chã": terreno plano, planície.

Page 9: 3º Simulado UERJ

.9.

16) No período compreendido entre o descobrimento do Brasil e o ano de 1601, produziu-se, no Brasil a literatura infor-

mativa, cuja temática está resumida na opção:

a) a vida dos habitantes nativos.

b) o perfil físico, étnico e cultural da nova terra.

c) o modelo de catequese adotado pelos jesuítas.

d) as aventuras do europeu descobridor.

Com base no texto abaixo, responda às questões de números 17 a 22.James Cameron's Avatar delivers a powerfull message of connectedness with Mother Nature

Saturday, December 26, 2009

by Mike Adams, the Health Ranger Editor of NaturalNews.com

17) The construction of Belo Monte Hydroelectric Dam has received great attention in the media raising pro and cons opinions.

Check the option that contains James Cameron’s opinion about it.

a) The construction will benefit hundreds of people who depend on Xingu River.

b) The hydroelectric will be seriously harmful for local people who live along the river.

c) The dam will be essential to the survival of people of the forest.

d) The hydroelectric would booster economic and agriculture activities in the region.

Page 10: 3º Simulado UERJ

.10.

18) To Mike Adams, the important themes explored in AVATAR call our attention to

a) The preservation of the life line along the Xingu River.

b) The issues of the International Forum on Sustainability held in Manaus.

c) James Cameron’s cinematographic connections.

d) The voracious ambition of corporations and people’s ecological disrespect.

19) “(…) the message of Avatar is both deeply moving and highly relevant to the future of human civilization.” (lines 12 – 14)

In this statement, the author expresses his worries about the future of our planet.

Mark the excerpt which best reflects his opinion.

a) “James Cameron’s Avatar is a powerful, inspiring film that demonstrates movie-making at its best…” (lines 1 – 2)

b) “With Avatar, Cameron has delivered a fast-paced fantasy adventure that creates a stream of powerful themes”(lines 6 – 7)

c) “That all living beings are connected and that those who seek to exploit nature rather than respect it will only destroy

themselves.” (lines 3 – 5)

d) “ It speaks to viewers at many different levels” (lines 19 – 20)

20) In the film AVATAR, the connectedness with Mother Nature is best demonstrated through

a) The neural connection fibers that allow creatures to connect to each other.

b) A concern for the future of the movie industry.

c) The large swaths of territory in the heart of Manaus.

d) A powerful message in favor of the Xingu river.

21) “That all living beings are connected and that those who seek to exploit nature rather than respect it will only destroy

themselves.” (lines 3 – 5)

The notion expressed by the underlined words is that of

a) Exemplification

b) Consequence

c) Opposition

d) Reiteration

22) The main aim of the author’s words and ideas expressed in AVATAR when he shows his concern about Nature is to

promote the following result:

a) continuous update of information

b) awareness and change in behavior

c) controversy over beliefs

d) comparison between cultures

Com base no quadrinho abaixo, responda às questões de números 23 e 24.

Page 11: 3º Simulado UERJ

.11.

23) Why is the man going to sleep in the doghouse? a) Probably because he had an argument with his wife.b) Because he didn’t remember to celebrate his wedding’s anniversary.c) Because he’s planning on being a guest.d) Maybe he’s in a discussion about his good relationship with his wife.

24) We can infer thata) for the first time the man doesn’t have a house to live in.b) Relationships between pets and owners are more important than family’s rifts. c) The man would rather be in the dog’s house than at home.d) It’s not the first time the man is going to sleep in the doghouse.

PARA VIVIR 100 AÑOS : MÁS SUERTE QUE VIDA SANA BBC Salud, 04.08.2011

Durante mucho tiempo se ha debatido si para vivir una vida larga influyen más los genes o el estilo de vida. Los estudios hasta ahora sugerían que ambos son igualmente importantes.

Un reciente estudio analizó a judíos asquenazi, que son excepcionalmente longevos.La investigación fue llevada a cabo con cerca de 500 centenarios y encontró que la respuesta para una vida larga

parece estar en los genes.El estudio comparó el estilo de vida de 477 personas, todos judíos asquenazi, de entre 95 y 112 años con el de otros

3.000 individuos de la población general nacidos durante la misma época.Los resultados mostraron que aquéllos que han logrado una vida excepcionalmente larga comían tan mal, hacían tan

poco ejercicio, consumían tanto alcohol y tabaco y tenían tanto sobrepeso como aquéllos que se habían muerto hacía mucho tiempo.

La investigación ,llevada a cabo en el Instituto de Investigación del Envejecimiento del Colegio de Medicina Albert Einstein de la Universidad Yeshiva, en Nueva York, forma parte del Proyecto de Genes de Longevidad.

Este proyecto intenta entender por qué la comunidad judía asquenazi – que desciende de un mismo grupo europeo y por lo tanto son más uniformes genéticamente que otras poblaciones – logra vivir vidas tan longevas.

Los participantes respondieron a cuestionarios sobre su estilo de vida a los 70 años, y se tomaron mediciones de su peso y altura para calcular su índice de masa corporal (IMC ).

Asimismo dieron información sobre su consumo de alcohol, hábitos de tabaco y actividad física, y si consumían una dieta de bajas calorías, baja en grasas o baja en sal.

Los científicos compararon esa información con datos de 3.164 individuos de la población general que habían nacido en la misma época que los centenarios y que participaban en el Sondeo Nacional de salud y Nutrición de Estados Unidos.

Encontraron que en general la gente con una longevidad excepcional no había llevado a cabo un estilo de vida más sano en términos de su IMC, tabaquismo, nivel de actividad física o dieta.

Por ejemplo, dicen los investigadores, solo 27% de las mujeres centenarias y un porcentaje similar en las mujeres de la población general intentaban consumir una dieta de bajas calorías.

Entre los hombres, 24% de los ancianos consumían alcohol todos los días, mientras que en la población general la cifra era de 22%.

Y sólo 43% de los hombres centenarios dijeron llevar a cabo con regularidad actividad física de intensidad moderada, comparado con 57% de los hombres de la población general.

“En estudios previos de nuestros centenarios, identificamos variantes genéticas que ejercen efectos fisiológicos parti-culares , como provocar niveles significativamente elevados de colesterol HDL (el colesterol “bueno”), afirma el doctor Nir Barzilai , quien dirigió el estudio.

“Este estudio sugiere que los centenarios quizás poseen genes de longevidad adicionales que los ayudan a protegerse de los efectos de un estilo de vida poco sano” agrega.

Los expertos afirman, sin embargo, que a pesar de que la genética pueda beneficiar a algunos pocos individuos, los factores de estilo de vida siguen siendo de vital importancia para la mayoría de la población.

Tal como expresa el doctor Barzilai, “debemos vigilar nuestro peso, evitar el tabaco y ejercitarnos con regularidad porque se ha demostrado que esto puede tener enormes beneficios, incluida una vida más longeva”.17) El reciente estudio tomó como base de comparación:

a) judíos asquenazi y judíos de otras regiones nacidos en la misma época.b) judíos asquenazi y personas de la población en general de edad similar.c) personas nacidas en la misma época y en la misma región.d) personas con hábitos de vida saludables y no saludables.

Page 12: 3º Simulado UERJ

.12.

18) El texto se refiere a un proyecto que busca:a) señalar los factores de estilo de vida que no favorecen a las personas mayores.b) estudiar genes de longevidad adicionales que protegen a partir de los 70 años.c) comprobar que la genética puede beneficiar a algunos pocos individuos.d) entender poe qué la comunidad judía asquenazi logra vivir vidas tan longevas.

19) Según el texto, los investigadores del proyecto afirman que:a) el 24% de los ancianos no bebía con regularidad.b) 27% de la población general de mujeres no intentaban seguir una dieta de bajas calorías.c) poco más de la mitad de la población de hombres en general practicaban actividad física y 22% de la población

consumía alcohol todos los días.d) todos los ancianos y ancianas afirmaron que practicaban con regularidad actividades físicas y que mantenían una

dieta saludable.20) Según el texto los participantes del Sondeo Nacional de Salud y Nutrición de Estados Unidos eran:

a) hombres y mujeres de edades similares.b) hombres y mujeres de 70 años exclusivamente.c) mujeres centenarias.d) hombres de edades similares.

21)Según el texto, los que poseen genes de longevidad adicionales que los ayudan a protegerse de los efectos de un estilo de vida poco sano serían:a) todos los seres humanos.b) las personas que practican actividad física con regularidad.c) las personas que llegan a centenarias.d) las personas que siguen una dieta de bajas calorías.

22) En el enunciado “Los expertos afirman, sin embargo, que a pesar de que la genética puede beneficiar a algunos pocos individuos…” podemos sustituir la expresión subrayada, sin modificar el sentido de la frase por:a) siendo así.b) no obstantec) sin sentidod) sin discusión

TEXTO 2 (PARA LA CUESTIÓN 23)

23) En: “¡Voy a ser madre! La perífrasis verbal destacada expresa:a) futuro inmediatob) fuerte probabilidadc) obligación personald) acción en curso

TEXTO 3 (PARA LA CUESTIÓN 24)

Page 13: 3º Simulado UERJ

.13.

24) En: “...y todos los meses de todo un largo año” El heterosemántico destacado significa:

a) largo

b) estreito

c) pequeño

d) longo

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

25) Um bufê produz 6 tipos de salgadinhos e 3 tipos de doces para oferecer em festas de aniversário. Se em certa festa devem ser servidos 3 tipos desses salgados e 2 tipos desses doces, o bufê tem x maneiras diferentes de organizar esse serviço. O valor de x é:a) 180b) 360c) 440d) 720

26) Um balão viaja a uma altitude de cruzeiro de 6.600 m. Para atingir esta altitude, ele ascende 1.000 m na primeira hora e, em cada hora seguinte, sobe uma altura 50 m menor que a anterior.

Quantas horas leva o balonista para atingir a altitude de vôo?a) 112 horasb) 33 horasc) 8 horasd) 20 horas

27) Um capital de R$12.000,00 é aplicado a uma taxa anual de 8%, com juros capitalizados anualmente. Considerando

que não foram feitas novas aplicações ou retiradas, o número inteiro mínimo de anos necessários para que o capital

acumulado seja maior que o dobro do capital inicial é:

(use log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477)

a) 10

b) 12

c) 15

d) 18

28) Em uma tribo indígena, o pajé conversava com seu totem por meio de um alfabeto musical. Tal alfabeto era formado

por batidas feitas em cinco tambores de diferentes sons e tamanhos. Se cada letra era formada por três batidas, sendo

cada uma em um tambor diferente, pode-se afirmar que esse alfabeto possuía

a) 15 letras.

b) 20 letras.

c) 49 letras.

d) 60 letras.

29) A bandeira representada ao lado mede 4 m de comprimento por 3 m de largura. A faixa escura cobre 50% da superfície

da bandeira. A medida x vale:

a) 1,4 m

b) 1,2 m

c) 1,0 m

d) 0,8 m

30) Considere um polígono regular de 7 lados, inscrito em uma circunferência. Fixando-se um vértice, escolhendo-se,

aleatoriamente, 2 outros vértices desse polígono e, construindo com os mesmos um triângulo, pode-se afirmar que a

probabilidade do centro da circunferência pertencer ao interior desse triângulo é igual a:

a) 2/5

b) 6/25

c) 4/5

d) 12/35

Page 14: 3º Simulado UERJ

.14.

31) O paralelogramo ABCD está dividido em triângulos equiláteros congruentes, de lados unitários, conforme sugere a figura: A distância é igual a

a) 4 3 .

b) 2 7 .

c) 3 5 .

d) 5 2 .

32) Na figura abaixo, a circunferência maior tem raio 4 cm, há duas circunferências de raio 2 cm, quatro circunferências

de raio 1cm, quatro de raio 0,5 cm, quatro de raio 0,25 cm, e assim por diante. Considere que:

• a é a área da região branca interior à circunferência de raio 4 cm e exterior às circunferências de raio 2 cm,

• b é a soma das áreas das demais regiões brancas, ou seja, interiores às circunferências de raio 2 cm,

• c é a soma das áreas de todas as regiões pintadas de cinza.

Segue que:

a) a < b < c

b) b < a < c

c) a = b = c

d) a + b = c

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS33)

Com base neste conhecimento, Galileu, antes mesmo de realizar seu famoso experimento da torre de Pisa, afirmou

que uma pedra leve e outra pesada, quando abandonadas livremente de uma mesma altura, deveriam levar o mesmo

tempo para chegar ao solo.

Tal afirmação é um exemplo de:

a) lei

b) teoria

c) modelo

d) hipótese

Utilize os dados abaixo para responder às questões de números 34 e 35

Durante um experimento, um pesquisador anotou as posições de dois móveis A e B, elaborando a tabela abaixo.

O movimento de A é uniforme e o de B é uniformemente variado.

Page 15: 3º Simulado UERJ

.15.

34) A aceleração do móvel B é, em m/s2, igual a:a) 2,5b) 5,0c) 10,0d) 12,5

35) A distância, em metros, entre os móveis A e B, no instante t = 6 segundos, corresponde a:a) 45b) 50c) 55d) 60

36) A velocidade angular W de um móvel é inversamente proporcional ao tempo T e pode ser representada pelo gráfico

ao lado.

Quando W é igual a 0,8 π rad/s, T, em segundos, corresponde a:

a) 2,1

b) 2,3

c) 2,5

d) 2,7

37) Um estudante, no laboratório, deveria aquecer uma certa quantidade de água desde 25 °C até 70 °C. Depois de iniciada

a experiência ele quebrou o termômetro de escala Celsius e teve de continuá-la com outro de escala Fahrenheit. Em

que posição do novo termômetro ele deve ter parado o aquecimento?

Nota: 0 °C e 100 °C correspondem, respectivamente, a 32 °F e 212 °F.

a) 102 °F

b) 38 °F

c) 126 °F

d) 158 °F

38) Duas lâmpadas iguais, de 12 V cada uma, estão ligadas a uma bateria de 12 V, como mostra a figura a seguir. Estando

o interruptor C aberto, as lâmpadas acendem com intensidades iguais. Ao fechar o interruptor C observaremos que:

a) A apaga e B brilha mais intensamente.

b) A apaga e B mantém o brilho.

c) A apaga e B apaga.

d) B apaga e A brilha mais intensamente.

39) O gráfico adiante representa o comportamento da resistência de um fio condutor em função da temperatura em K.

O fato de o valor da resistência ficar desprezível abaixo de uma certa temperatura caracteriza o fenômeno da super-

condutividade. Pretende-se usar o fio na construção de uma linha de transmissão de energia elétrica em corrente

contínua. À temperatura ambiente de 300K a linha seria percorrida por uma corrente de 1000A, com uma certa perda

de energia na linha. Qual seria o valor da corrente na linha, com a mesma perda de energia, se a temperatura do fio

fosse baixada para 100K?

a) 500A

b) 1000A

c) 2000A

d) 3000A

Page 16: 3º Simulado UERJ

.16.

40) Considere os gráficos a seguir, que representam a tensão (U) nos terminais de componentes elétricos em função da

intensidade da corrente (i) que os percorre.

Dentre esses gráficos, pode-se utilizar para representar componentes ôhmicos SOMENTE

a) I

b) I e IV

c) I, II e III

d) I, II e V

41) A cúpula central da Basílica de Aparecida do Norte receberá novas chapas de cobre que serão envelhecidas artifi-

cialmente, pois, expostas ao ar, só adquiririam a cor verde das chapas atuais após 25 anos. Um dos compostos que

conferem cor verde às chapas de cobre, no envelhecimento natural, é a malaquita, CuCO3.Cu(OH)2. Dentre os cons-

tituintes do ar atmosférico, são necessários e suficientes para a formação da malaquita:

a) nitrogênio, dióxido de carbono e água.

b) dióxido de carbono e oxigênio.

c) dióxido de carbono, oxigênio e água.

d) nitrogênio, oxigênio e água.

42) No passado, alguns refrigerantes à base de soda continham citrato de lítio e os seus fabricantes anunciavam que o

lítio proporcionava efeitos benéficos, como energia, entusiasmo e aparência saudável. A partir da década de 1950, o

lítio foi retirado da composição daqueles refrigerantes, devido à descoberta de sua ação antipsicótica. Atualmente, o

lítio é administrado oralmente, na forma de carbonato de lítio, na terapia de pacientes depressivos. A fórmula química

do carbonato de lítio e as características ácido-base de suas soluções aquosas são, respectivamente,

a) Li2CO3 e ácidas.

b) Li2CO3 e básicas.

c) Li2CO3 e neutras.

d) LiCO3 e ácidas.

43) Vidros fotocromáticos são utilizados em óculos que escurecem as lentes com a luz solar. Estes vidros contêm nitrato

de prata e nitrato de cobre I, que reagem conforme a equação:

com luz 2

sem luzAg Cu Ag Cu+ + +

+ +� � � � � ��� � � � � ��

Em relação a essa reação, é correto afirmar que

a) com luz a prata se oxida.

b) com luz o cobre se reduz.

c) com luz a prata é agente oxidante.

d) sem luz o cobre é agente redutor.

44) O bromo, líquido castanho-avermelhado formado por moléculas apolares, ataca a pele do ser humano, causando feri-

das que cicatrizam muito lentamente. Do grupo 17 da tabela periódica, à temperatura ambiente, este é o único líquido.

Em relação ao bromo, assinale a alternativa correta.

a) O bromo líquido é muito solúvel em água.

b) Uma solução de bromo em tetracloreto de carbono não conduz corrente elétrica.

c) A intensa força de atração que atua entre as moléculas faz com que o bromo líquido tenha elevado ponto de fusão

e ebulição.

d) As forças de atração que atuam entre as moléculas de bromo são do tipo dipolo-dipolo.

Page 17: 3º Simulado UERJ

.17.

45) As fórmulas estruturais de alguns componentes de óleos essenciais, responsáveis pelo aroma de certas ervas e flores, são:

Dentre esses compostos, são isômeros:

a) anetol e linalol.

b) eugenol e linalol.

c) citronelal e eugenol.

d) linalol e citronelal.

46) Um dos produtos intermediários do processo de produção de resina PET é o p-xileno (1,4−dimetil-benzeno), cuja

estrutura é mostrada na figura a seguir:

A partir da análise da estrutura desse composto, identifique as afirmativas corretas:

I- O p-xileno é solúvel em benzeno.

II- O p-xileno é insolúvel em água.

III- O p-xileno apresenta isomeria ótica.

IV- O p-xileno é isômero de posição do 1,2−dimetil-benzeno.

V- O p-xileno é isômero de função do 1,3−dimetil-benzeno.

a) I, II e IV apenas.

b) I, II, III e V apenas.

c) II, III e IV apenas.

d) I, II, III e IV apenas.

47) A sibutramina, cuja estrutura está representada, é um fármaco indicado para o tratamento da obesidade e seu uso

deve estar associado a uma dieta e exercícios físicos.

Com base nessa estrutura, pode-se afirmar que a sibutramina:

a) é uma base de Lewis, porque possui um átomo de nitrogênio que pode doar um par de elétrons para ácidos.

b) é um ácido de Brönsted-Lowry, porque possui um átomo de nitrogênio terciário.

c) é um ácido de Lewis, porque possui um átomo de nitrogênio capaz de receber um par de elétrons de um ácido.

d) é uma base de Lewis, porque possui um átomo de nitrogênio que pode receber um par de elétrons de um ácido.

48) Os sais minerais constituem parte essencial da nutrição, são chamados oligoelementos e participam, em nível molecu-

lar, de vários processos biológicos e fisiológicos. Um exemplo é o ferro (Fe) constituinte da heme, o grupo prostético

na hemoglobina:

A respeito desse composto organometálico, é correto afirmar:

a) Possui somente carbonos sp2.

b) Possui ligações caracterizando éster.

c) O átomo de ferro é catiônico, ou seja, ácido de Lewis.

d) Possui somente nitrogênios amida.

Page 18: 3º Simulado UERJ

.18.

49) ESQUECI A PÍLULA! E AGORA?Tomo pílula há mais de um ano e nunca tive horário certo. Em geral, tomo antes de dormir, mas, quando esqueço,

tomo de manhã ou, na noite seguinte, uso duas de uma só vez. Neste mês, isso aconteceu três vezes. Estou protegida? (Carta de uma leitora para a coluna Sexo & Saúde, de Jairo Bouer, Folha de S. Paulo, Folhateen, 29.06.2009.)

Considerando que a pílula à qual a leitora se refere é composta por pequenas quantidades dos hormônios estrógeno e progesterona, pode-se dizer à leitora que:a) sim, está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, ainda que em baixa dosagem, induzem a produção de FSH

e LH e estes, por sua vez, levam à maturação dos folículos e à ovulação. Uma vez que já tenha ocorrido a ovulação, não corre mais o risco de engravidar.

b) sim, está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, ainda que em baixa dosagem, induzem a produção de FSH e LH e estes, por sua vez, inibem a maturação dos folículos, o que impede a ovulação. Uma vez que não ovule, não corre o risco de engravidar.

c) não, não está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, em baixa dosagem e a intervalos não regulares, inibem a produção de FSH e LH os quais, se fossem produzidos, inibiriam a maturação dos folículos. Na ausência de FSH e LH ocorre a maturação dos folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de engravidar.

d) não, não está protegida de uma gravidez. Esses hormônios, em baixa dosagem e a intervalos não regulares, não inibem a produção de FSH e LH os quais, sendo produzidos, induzem a maturação dos folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de engravidar.

50) Ao longo da evolução dos vertebrados, a anatomia e a fisiologia dos sistemas vitais apresentaram algumas modifica-ções, tais como a:a) digestão tornou-se cada vez mais complexa. A tomada do alimento pela boca e sua passagem pelo estômago e

intestino são características apenas do grupo mais recente.b) circulação apresentou poucas mudanças. O número de câmaras cardíacas aumentou, o que não influenciou a

circulação pulmonar e a sistêmica, que são completamente separadas em todos os grupo.c) respiração, no nível celular, manteve-se semelhante em todos os grupos. Houve mudança, porém, nos órgãos

responsáveis pelas trocas gasosas, que diferem entre grupos.d) excreção sofreu muitas alterações, devido a mudanças no sistema excretor. Porém, independentemente do ambiente

em que vivem, os animais excretam ureia, amônia e ácido úrico.51) Os beta-bloqueadores são empregados na terapêutica para o tratamento de hipertensão, Arritmias cardíacas, enxa-

quecas e tremores musculares. Por outro lado, eles têm sido utilizados para dopagem de atletas de esportes como tiro ao alvo, o arco e flecha e o golfe, para melhorar o desempenho através da redução dos batimentos cardíacos, tremores e efeitos da ansiedade. Esta utilização tem sido motivo de preocupação nos grandes eventos esportivos como os Jogos Pan-americanos.Os beta-bloqueadores atuam sobre os receptores de:a) acetilcolina e noradrenalina.b) serotonina e histamina.c) histamina e adrenalina.d) adrenalina e noradrenalina.

52) Considere o texto a seguir:"Um implante de células nervosas, já testado com sucesso em ratos para recuperar lesões cerebrais, foi feito pela

primeira vez em seres humanos nos EUA, por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, segundo informou ontem o jornal "The Washington Post". [...] O material implantado, extraído de um tumor de testículo, foi cultivado em laboratório por 20 anos. Nesse período, os cientistas foram capazes de 'forçar' quimicamente a transformação das células cancerosas em neurônios. As células de tumor foram escolhidas porque têm grande poder de multiplicação. [...] Cerca de 2 milhões de novas células nervosas foram aplicadas na região lesada de uma mulher de 62 anos, parcialmente paralisada por um derrame cerebral ocorrido há 19 anos. [...] Segundo os pesquisadores, a eficácia da operação só poderá ser comprovada em alguns meses".

(FOLHA DE SÃO PAULO, 3 de julho de 1998).

Ao transformar células cancerosas em células nervosas, os cientistas conseguiram que estas últimas passassem a ter a seguinte constituição básica:a) corpo celular, parede celular e flagelos.b) parede celular, axônio e dendritos.c) corpo celular, axônio e dendritos.

d) axônio, dendritos e flagelos.

Page 19: 3º Simulado UERJ

.19.

53) Células de determinada linhagem foram colocadas em meios com diferentes concentrações osmóticas. As curvas

identificadas pelas letras Z, J, Y e W se referem a cada um destes meios e representam o comportamento desse tipo

de célula ao longo do tempo em cada um deles.

A partir das curvas desse gráfico, podemos concluir corretamente que:

a) Z é o mais hipertônico dos meios observados.

b) Y é um meio isotônico em relação à linhagem celular testada.

c) Y é um meio mais hipotônico do que Z.

d) J é um meio isotônico em relação à linhagem celular testada.

54) Num experimento, algas verdes nutridas em meio de crescimento adequado são colocadas em uma caixa. A seguir,

a caixa é vedada e mantida no escuro. Foram medidas as concentrações de O2 e de CO2 no ar contido na caixa, em

dois momentos: no instante de seu fechamento e no final do experimento. No gráfico abaixo, o ponto P define as

concentrações dos dois gases, medidas no instante do fechamento da caixa.

No final do experimento, o sentido do deslocamento do ponto que define as

concentrações desses gases na caixa está identificado pela seta de número:

a) 1

b) 2

c) 3

d) 455) Uma mutação, responsável por uma doença sanguínea, foi identificada numa família. Abaixo estão representadas sequências

de bases nitrogenadas, normal e mutante; nelas estão destacados o sítio de início da tradução e a base alterada.

O ácido nucleico representado acima e o número de aminoácidos codificados pela sequência de bases, entre o sítio de início da tradução e a mutação, estão corretamente indicados em:a) RNA; 8.b) RNA; 24.c) DNA; 12.d) DNA; 8.

56) O esquema representa um cloroplasto. A propósito desse esquema são feitas três afirmações:

I- É nas lamelas(tilacóides) que se processa a fase luminosa da fotossíntese.II- É no estroma que se processa a síntese final da glicose.III- A seta 1 indica gás carbônico e a seta 2, oxigênio.

Assinale:a) se somente I for verdadeirab) se somente I e II forem verdadeirasc) se somente II e III forem verdadeirasd) se somente I e III forem verdadeiras

Page 20: 3º Simulado UERJ

.20.

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

57) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: enquanto o país era

governado por regentes, as diversas forças políticas lutavam pelo poder; o país perdia espaço na concorrência por

mercados econômicos e aumentava sua dependência das potências estrangeiras; as reivindicações populares por

melhores condições de vida se acirravam, ocasionando revoltas em diversos pontos do país.

O Período Regencial apresentou as seguintes características, menos:

a) durante as Regências surgiram nossos primeiros partidos políticos: o Liberal e o Conservador.

b) o Partido Liberal representava plenamente as aspirações populares, revolucionárias e republicanas.

c) foi um período de crise econômica e social que resultou em revoluções como a Cabanagem e a Balaiada.

d) houve a promulgação do Ato Adicional à Constituição, pelo qual o regente passaria a ser eleito diretamente pelos

cidadãos com direito de voto.58)

No início do governo Abraão Lincoln, os Estados Unidos apresentavam-se divididos e, nas palavras desse Presidente,

o país era "uma casa dividida contra si mesma", uma vez que:

I - os sulistas, favoráveis ao sistema escravista, reagiram com hostilidade à eleição de um Presidente contrário à ex-

pansão desse sistema;

II - a secessão sulina era um rude golpe para o país, face ao caráter complementar das economias do norte e do sul;

III - os Estados nortistas não abriram mão da política livre-cambista, condenada pelo Sul protecionista;

IV - divididos internamente, os Estados Unidos não poderiam prosperar economicamente e enfrentar desafios externos.

Assinale se estão corretas apenas:

a) I e II

b) I e III

c) II e IV

d) I, II e IV

Page 21: 3º Simulado UERJ

.21.

59) INDEPENDÊNCIA OU MORTE!

Essa tela foi produzida entre 1886 e 1888, momento de crise do Estado Imperial e de expansão do republicanismo.

A imagem da independência do Brasil nela representada enfatiza uma memória desse acontecimento político en-

tendido como:

a) ação militar dos grupos populares

b) fundação heróica do regime monárquico

c) libertação patriótica pelos líderes brasileiros

d) luta emancipadora face ao domínio estrangeiro

60) Com o termo Caudilhismo nos referimos ao regime imperante na maior parte dos países da América espanhola, no

período que vai dos primeiros anos da consolidação definitiva da Independência, em torno de 1820, até 1860, quando

se concretizaram as aspirações de unificação nacional.

(BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília: Editora da UnB, 1986).

Levando-se em consideração o período citado por Bobbio, o Caudilhismo é caracterizado, quase sempre, por:

a) centralizar o poder nas mãos das elites criollas e utilizar-se do paternalismo;

b) disputar o poder local e defender as estruturas socioeconômicas tradicionais;

c) incentivar o desenvolvimento de manufaturas e defender uma maior mobilidade social;

d) possuir lideranças originárias de grupos étnicos discriminados e apoiar a rebelião popular.

61) QUE É O TERCEIRO ESTADO?

Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que tem sido até agora na ordem política? Nada.

Que deseja? Vir a ser alguma coisa...

O Terceiro Estado forma em todos os setores os dezenove/vinte avos, com a diferença de que ele é encarregado de

tudo o que existe de verdadeiramente penoso, de todos os trabalhos que a ordem privilegiada se recusa a cumprir. Os

lugares lucrativos e honoríficos são ocupados pelos membros da ordem privilegiada...

Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário para formar uma nação

completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privile-

giada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre

e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros...

(Abade Siyes, final do século XVIII).

O texto acima se relaciona a importante(s) evento(s) histórico(s) na Europa Ocidental, conhecido como:

a) Iluminismo e Despotismo Esclarecido

b) Revolução Liberal na França

c) Revolução Industrial e Revolução Francesa

d) Expansão Napoleônica e Congresso de Viena

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.22.

62)

Revolução Industrial teve na exploração do trabalho infantil e feminino um dos seus aspectos mais dramáticos. Na foto acima se vê uma criança descalça trabalhando num máquina. Dentre as reações dos trabalhadores à intensa exploração do trabalho nos primórdios da Revolução Industrial, podemos mencionar:a) Jacobinismob) Ultramontanismoc) Ludismod) Anarquismo

63)

A imagem acima é de Luiz XIV, o Rei-Sol francês, considerado por muitos o ápice do absolutismo na França da Época Moderna. A respeito das políticas do Estado francês no período, podemos assinalar:a) Absolutismo e parlamentarismob) Bullionismo e Comercialismoc) Colbertismo e “industrialismo” de manufaturados de luxod) Metalismo e Despotismo

64)

O Renascimento e o Humanismo estão intimamente interligados nas transformações do final da Idade Média e início da Idade Moderna. Dentre as características destes movimentos não podemos afirmar:a) Predestinação e salvação pela féb) Valorização do antropocentrismoc) Naturalismod) Individualismo

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.23.

65)

A charge acima foi publicada no site do escritor, dramaturgo e humorista Millôr Fernandes. Para o autor do desenho, a globalização é um processo:a) Assimétrico na medida em que permite melhor e mais justa distribuição da riqueza mundial.b) Excludente, uma vez que aprofunda o abismo entre nações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico.c) Simétrico na medida em que permite maior interação econômica entre as mais distantes regiões do planeta.d) Integrador, uma vez que favorece os países pobres em detrimento das nações mais desenvolvidas.

66) Leia o texto:... a existência de país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é acompanhada da posse de

um território e nem sempre supõe a existência de um Estado.Pode-se falar, portanto, de territorialidade sem Estado, mas é praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território.

(Milton Santos, O Brasil, 2000)

Das palavras de Milton Santos, podemos deduzir:a) Nação, Estado e território são categorias excludentes.b) Não existe nação sem Estado.c) A categoria território é imprescindível à existência de um Estado.d) As fronteiras delimitam os territórios, mas não os Estados.

67) Por aqui pouco se fala, mas a Bélgica, que nos aprendemos como sendo o lado bom da chamada “Belíndia”, também tem os seus problemas. Sobre o tema, julgue os itens:I- As divergências entre as partes emergem de questões culturais que há muito geram tensões dentro do país. O

norte flamengo, mais pobre e com raízes culturais nos Países Baixos e o sul valão, mais rico e com raízes culturais francesas.

II- Se no passado era a Valônia que se destacava como região mais rica, hoje a situação se inverteu e muitos flamen-gos defendem a separação da região de Flandres do restante do país.

III- As divergências costumam ficar bastante claras em períodos eleitorais, quando representantes de partidos radicais acabam ganhando cada vez mais espaço. Em 2010, a Bélgica chegou a ficar mais de 200 dias sem governo por falta de acordo entre parlamentares.

É ou são correta(s):a) I e IIb) Somente IIc) I, II e IIId) II e III

68) “Como? Vocês não sabiam? Está aberta a passagem para todos os que queiram se dirigir a Berlim Ocidental.”. Com essa declaração estranhamente casual, há vinte anos, no 9 de novembro de 1989, o porta voz do governo da Alemanha Oriental anunciou a queda do Muro de Berlim. Naquela hora, encerrava-se a guerra-fria e, na definição de Eric Hobs-bawn, o “curto século XX”.

Mesmo depois de passados vinte anos a União Europeia oscila entre o impulso supranacional de integração e uma renovação da tentação nacionalista, que se expressa de forma extremada pela voz da direita xenófoba.Sobre os temas que envolvem a União Europeia atualmente, assinale a afirmativa ERRADA:a) Países do antigo bloco soviético ingressaram na União Européia. Entretanto, a unificação geopolítica da Europa

está longe de se tornar uma realidade.b) Atualmente, cerca de um em cada três cidadãos da União Europeia vive em regiões definidas como pobres. Os

sucessivos alargamentos do bloco ajudaram a reduzir as desigualdades socioeconômicas entre os países. Entre-tanto, aumentaram as disparidades no interior de cada país.

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.24.

c) A integração econômica surgiu como “tábua de salvação” para a Europa Ocidental, pois serviu para aproximar

economias tradicionalmente rivais como França e Alemanha, por exemplo. Entretanto, ainda hoje se vê claros exem-

plos de que governos preferem agir pensando em seus interesses nacionais, passando ao largo da burocracia de

Bruxelas.

d) Diante da crise atual ganham espaço os chamados “eurocéticos” e com eles às ideias dos que rejeitam o princípio

supranacional.69)

Os quadrinhos apresentados abordam simultaneamente um aspecto da crise urbana brasileira e a dinâmica popula-

cional do país.

O processo espacial urbano e o indicador demográfico correlacionados na situação apresentada nos quadrinhos são,

respectivamente:

a) conurbação e migração interna.

b) verticalização e expectativa de vida.

c) segregação e crescimento vegetativo.

d) suburbanização e taxa de mortalidade.

70) A NOVA FRONTEIRA URBANA

Por que tantas áreas centrais na Europa, América do Norte e Austrália vêm sendo tão radicalmente renovadas nas

últimas três décadas, convertendo decadência urbana em novo chic? O processo vai continuar no século XXI ou acabou?

O que ele significa para as pessoas que moram lá?

(Traduzido de SMITH, Neil. "The new urban frontier". Londres: Routledge, 1996.)

A NOVA APOSTA DO SETOR IMOBILIÁRIO

A venda, em menos de duas horas, dos 688 apartamentos do Cores da Lapa, em pleno coração do Rio, mostra o acerto

da aposta num bairro até há pouco tempo esvaziado economicamente e há três décadas sem um único grande lançamento

imobiliário. Os mais céticos duvidavam do sucesso de um condomínio de classe média, encravado na Rua do Riachuelo,

onde funcionava uma antiga fábrica da Antárctica.

(Adaptado de "Jornal do Brasil", 12/11/2005)

Os textos abordam o atual processo de reabilitação de áreas urbanas que se encontravam decadentes em várias

cidades do mundo, inclusive no Rio de Janeiro.

Uma causa e uma das conseqüências que se pode esperar desse processo são, respectivamente:

a) reativação das funções urbanas para a população de média e alta renda - expulsão da população de baixa renda

pela valorização do solo urbano.

b) especulação imobiliária ligada ao setor financeiro - descentralização dos serviços ligados ao lazer e à cultura pela

reordenação dos critérios de construção.

c) construção de elevados e vias de ligação da Área Central aos bairros residenciais - redução da densidade da ocu-

pação do solo urbano pelo novo código de obras.

d) remoção das atividades terciárias para os subcentros comerciais - elevação dos índices de crescimento da popu-

lação dos bairros centrais pela reurbanização das áreas de periferia.

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71) CIDADE LAGOAEsta cidade que ainda é maravilhosatão cantada em verso e prosadesde o tempo da vovótem um problema crônico renitentequalquer chuva causa enchentenão precisa ser toró...basta que chova mais ou menos meia horaé batata não demora, enche tudo por aítoda cidade é uma enorme cachoeiraque da Praça da Bandeiravou de lancha ao Catumbi(...) Cícero Nunes / Sebastião Fonseca - 1959)

O problema das enchentes na cidade do Rio de Janeiro é muito antigo, conforme reforça a letra do samba acima. Considerando a Área Central da cidade, uma causa natural desse fenômeno e uma característica urbana que o agrava

são, respectivamente:a) pluviosidade elevada no verão - ruas muito estreitasb) bacia de rios temporários - galerias pluviais insuficientesc) maciço coberto por floresta tropical - desmonte dos morrosd) topografia plana - alto índice de impermeabilização do solo

72) A degradação ambiental que se observa na periferia das regiões metropolitanas brasileiras manifesta-se, principal-mente, em função de:a) Clima tropical úmido que concorre para acelerar os processos erosivos e os deslizamentos de encostas instáveis.b) Chuvas convectivas que se concentram em áreas de fundo de vale, muito vulneráveis a enchentes e assoreamentos.c) Situação predominantemente litorânea da maioria dessas áreas urbanas, onde as condições climáticas são mais

úmidas e sujeitas a instabilidades.d) Crescimento desordenado da mancha urbana com ocupação de espaços inadequados e grave insuficiência de

infraestrutura.