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  • 8/13/2019 4 5 Navegacao e Comunicacoes NAC

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    MARINHA DO BRASIL

    DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS

    ENSINO PROFISSIONAL MARTIMO

    NAVEGAO E COMUNICAES

    (NAC)

    1 edio

    Belm-PA

    2009

  • 8/13/2019 4 5 Navegacao e Comunicacoes NAC

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    2009 direitos reservados Diretoria de Portos e Costas

    Autores:

    Professores: CLC.Jos Jacana Sales

    CLC.Jos Alves de Oliveira

    CLC.Jose Vivekananda Amorim do Nascimento

    Reviso Pedaggica: Erika Ferreira Pinheiro Guimares Suzana

    Reviso Ortogrfica: Prof. Esmaelino Neves de Farias

    Digitao/Diagramao: Roberto Ramos Smith

    Coordenao Geral: CC. Maurcio Cezar Josino de Castro e Souza

    ____________ exemplares

    Diretoria de Portos e Costas

    Rua Tefilo Otoni, no4 Centro

    Rio de Janeiro, RJ

    20090-070

    http://www.dpc.mar.mil.br

    [email protected]

    Depsito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto no1825, de 20 de dezembro de 1907

    IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

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    SUMRIO

    1.CONCEITOS BSICOS DE NAVEGAO .................................................................. 4

    1.1 - Paralelos, meridianos, latitude e longitude

    1.2 - principais caractersticas de uma carta nutica

    1.3- rumo, marcao, norte verdadeiro e norte magntico

    1.4plotagem de posio na carta nutica

    1.5traado de uma derrota simples na carta

    2. NAVEGAO FLUVIAL ............................................................................................ 22

    2.1 - Caractersticas da hidrovia

    2.2 - o ecobatmetro (ecossonda)

    2.3 - radar

    2.4 - outros equipamentos de auxlio navegao

    2.5 - regras de navegao por comboios

    2.6 - fundamentos da navegao por eclusas e canais artificiais

    2.7 - normas gerais para navegao de travessia

    2.8 - regras de navegao por empurra

    2.9 - regras de navegao com reboque pela popa e a contrabordo

    3. COMUNICAES ..................................................................................................... 46

    3.1 - Caractersticas bsicas de um transmissor e um receptor

    3.2 - operao do equipamento VHF

    3.3 - utilizao das faixas cidado, de radioamador e outros meios como recursosauxiliares na comunicao martima

    3.4 - regras de operao de rdio

    3.5 - frequncias de escuta, de chamada, de trabalho e suas finalidades

    3.6 - a fraseologia padro e a disciplina nos circuitos

    3.7 - servio mvel martimo

    REFERNCIAS ............................................................................................................. 62

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    1.CONCEITOS BSICOS DE NAVEGAO

    1.1- Paralelos, meridianos, latitude e longitude

    Tanto Paralelos como Meridianos so linhas notveis da Esfera Terrestre.

    Para efeito das Navegaes a Terra considerada de forma Esfrica.Mas para que possamos bem entender o que so esses Paralelos e Meridianos

    temos que estudar, antes, alguns outros conceitos bsicos de uma esfera qualquer

    (genrica), importantes porque ajudam a definir e entender os Paralelos e os

    Meridianos. So as LINHAS NOTVEIS DE UMA ESFERA QUALQUER.

    As linhas notveis de uma esfera so obtidas da intercesso de planos com a

    superfcie dessa esfera, isto : QUANDO UM PLANO INTERCEPTA UMA ESFERA

    FICA DETERMINADO, NA INTERCESSO DESSE PLANO COM A SUPERFCIE DAESFERA, UM CRCULO. O tamanho desse crculo vai depender da distncia que o

    plano se encontra do centro da esfera: ser tanto menor quanto mais afastado estiver o

    plano do centro da esfera, mas ter o mximo raio limitado pelo raio da esfera.

    figura 1Quando o crculo, obtido da intercesso de um Plano com uma Esfera, for o

    maior possvel (raio do crculo igual ao da Esfera) esse crculo ser chamado de

    CRCULO MXIMO e o plano estar passando pelo centro da Esfera.

    Caso o Plano no contenha o centro da Esfera, o crculo determinado por aquela

    intercesso ser chamado CRCULO MENOR.

    Como a Terra, considerada uma esfera para o estudo das Navegaes, tem um

    movimento natural de ROTAO, girando em torno de um Eixo Imaginrio...

    CCRRCCUULLOOMMEENNOORR

    EEiixxooddaatteerrrraa

    PP

    PP

    CCRRCCUULLOOSSMMXXIIMMOOSS

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    figura 2

    ... dizemos que MERIDIANOS so os crculos mximos originados da intercesso da

    superfcie da Terra com Planos que contm o Eixo de Rotao da Terra.

    figura 3

    PARALELOS (ou PARALELOS DE LATITUDE) so crculos determinados pela

    intercesso da Superfcie da Terra com Planos perpendiculares ao Eixo de Rotao

    terrestre.

    MERIDIANOS SO CRCULOS MXIMOS. ENTRE ELES O MAIS NOTVEL

    O MERIDIANO DE GREENWICH; J OS PARALELOS SO CRCULOS MENORES,

    EEIIXXOOTTEERRRREESSTTRREEPPNN

    MMEERRIIDDIIAANNOOSSMMEERRIIDDIIAANNOOSSPPSS

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    EXCETO O EQUADOR, QUE SE DESTACA DOS PARALELOS PORQUE DIVIDE A

    TERRA EM DOIS HEMISFRIOS.

    figura 41

    Agora, que sabemos o que so PARALELOS e MERIDIANOS, nos resta

    ressaltar que por qualquer ponto da superfcie da Terra imaginamos que sempre passa

    um paralelo (chamado PARALELO DO LUGAR ou PARALELO DO OBSERVADOR) e

    um meridiano (chamado MERIDIANO DO LUGAR ou MERIDIANO DO

    OBSERVADOR).

    LATITUDE e LONGITUDE So as coordenadas de um Sistema dito

    Geogrfico, que servem para definir a posio de um lugar (ou de um observador), na

    superfcie da Terra.

    LATITUDE de um observador (ou de um lugar) o arco de meridiano medido

    desde o Equador at o Paralelo do observador (ou do lugar), de 00oa 90o, para o Norte

    (N) ou para o Sul (S).

    1://....////010.

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    LONGITUDE de um observador (ou de um lugar) o arco de Equador medido

    desde o Meridiano de Greenwich at o Meridiano do observador (ou do lugar), de 000o

    a 180, para Leste (E) ou para Oeste (W).

    figura 5

    A Latitude e a Longitude, por serem arcos de crculos, so medidas em graus,

    ou radianos, ou grados. mais comum encontr-las medidas em graus e seus

    submltiplos (minutos e segundos de arco). Cada grau tem 60 (sessenta minutos de

    arco) e cada minuto de arco tem 60 (sessenta segundos de arco).

    Unidades de medida de distncia muito comum, a Milha Nutica, que nada mais do

    que UM MINUTO DE ARCO (de crculo Mximo). Pelas prprias definies de Latitude

    (cujo smbolo ) e Longitude (smbolo ), deduzimos:

    -TODOS OS PONTOS DO EQUADOR TM LATITUDE NULA.

    -TODOS OS PONTOS DO MERIDIANO DE GREENWICH TM LONGITUDE NULA.

    -OS PLOS TERRESTRES TM LATITUDE MXIMA.

    -O ANTI-MERIDIANO DE GREENWICH TEM LONGITUDE MXIMA

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    1.2 - principais caractersticas de uma carta nutica

    CARTA NUTICA a representao, em papel, das principais caractersticas de

    uma regio, um trecho da superfcie da Terra, cuja finalidade fazer Navegao,

    navegar.

    CACA:

    CDCA CCA AA

    figura 62

    : .

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    figura 7

    Nas cartas Nuticas os PARALELOS e os MERIDIANOS so representados por

    segmentos de retas horizontais e verticais, respectivamente, inclusive o Equador e

    Greenwich, como mostrado acima. Nas escalas de Latitude e de Longitude so

    medidas as Latitudes (verticais) e as Longitudes (horizontais). Ambas dependem da

    ESCALA em que a Carta foi produzida. ESCALA da Carta a relao entre ostamanhos reais e o nmero de vezes que foram reduzidos para representao na

    Carta. (1:50000 ; 1:1000 ; etc.)

    As CARTAS NUTICAS contm as profundidades (em ps ou em metros) dos

    locais nela representados, como contm linhas, chamadas ISOBTICAS, que unem

    pontos de igual profundidade. Contm ainda pontos notveis, facilmente distinguveis

    nos continentes prximos s vias navegveis, como faris, morros, igrejas, pontas, etc.,

    que servem de referncia aos navegantes e contm tambm auxlios Navegaocomo Racon, e outras representaes.

    As cartas brasileiras usam smbolos para representar uma gama considervel de

    recursos e toda essa simbologia pode ser encontrada na carta-padro de nmero

    12000.

    Uma Carta Nutica exibe profundidades e linhas unindo pontos de igual

    profundidade (Isobticas), faris, faroletes, pontos notveis de terra e outras

    informaes importantes para o navegante e que sirvam como Auxlio Navegao.

    Toda a simbologia usada em uma Carta Nutica consta na Carta 12000, da DHN.

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    figura 83

    3C D (://...///.)

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    figura 9 Faris, faroletes, balizamento (bias), profundidades, isobticas e pontos notveis mostrados

    em uma carta nutica4.

    4www.puc-campinas.edu.br

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    figura 10 Extrato do Roteiro Costa Norte Cartas do rio Amazonas

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    figura 11 Carta nutica de um trecho do rio Amazonas. Observe que os parelelos emeridianos esto de acordo com a indicao do Nortes Verdadeiros5

    figura 12 Trecho do rio Amazonas6

    figura 13 Trecho do rio Amazonas7

    5http://www.mar.mil.br/dhn/dhn/index.html6

    www.salesdantas.com7www.h2oco2.blogger.com.br

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    figura 14 Balizamento do canal de acesso ao porto de Paranagu8- Costa Sul

    do Brasil.

    1.3 rumo, marcao, norte verdadeiro e norte magntico

    Uma agulha imantada, suspensa livremente na superfcie da Terra, tende a

    orientar-se segundo a tangente ao Meridiano Magntico daquele lugar, que representao Campo Magntico Local e conhecida como a DIREO NORTE SUL

    MAGNTICO do lugar.

    figura 15

    www.engesat.com.br

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    O Horizonte de um observador representado, em uma Carta Nutica, pela

    Rosa dos Ventos, com todos os seus Pontos Cardeais, Colaterais e Sub-Colaterais.

    Nela podemos tambm representar o Norte Magntico, prximo do Norte Verdadeiro:

    figura 16

    Rumos (Verdadeiros e Magnticos)

    Norte Verdadeiro o ponto cardeal, do Horizonte, para onde deve apontar uma

    AGULHA GIROSCPICA SEM ERROS.

    Rumo Verdadeiro o arco, medido no Horizonte, desde o Norte Verdadeiro at aproa da embarcao, de 000oa 360, no sentido horrio (NE).

    Norte Magntico a direo para onde aponta uma Agulha Magntica suspensa,

    livre para girar e influenciada to somente pelo magnetismo terrestre.

    Rumos e Marcaes Magnticosso, como os Verdadeiros, arcos horizontais,

    s que medidos a partir do Norte Magntico.

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    1.4 plotagem de posio na carta nutica

    Ao olharmos para uma direo ...

    figura 17

    ... e identificarmos um objeto, a reta imaginria traada de nosso olho ao objeto uma

    linha de visada.

    Considerando que todos os objetos a nosso redor encontram-se numa rea de

    visada de 360.

    Considerando que podemos imaginar que nos encontramos no centro de uma

    rosa dos ventos...

    figura 18

    ... cada uma das linhas de visada ao longo de nosso horizonte visual estar formando

    um ngulo com a direo do Norte Verdadeiro.

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    Assim, quando utilizamos uma alidade montada sobre uma repetidora de uma

    agulha giroscpica...

    figura 199

    ... estamos fazendo uma marcao, determinando o valor de ngulo que vai do objeto

    visado at a direo tomada como referncia.

    figura 2010

    Se a direo tomada como referncia for o Norte Verdadeiro...

    Marcao Verdadeira de um alvo o arco de horizonte medido desde o Norte

    Verdadeiro at a direo para onde est apontado esse alvo, de 000o a 360, no

    sentido horrio (NE).

    9 A Prtica da Navegao - Primeiro volume Comte. C.G. Caminha Sindicato Nacional dos Oficiais deNutica da Marinha Mercante 2 edio 1979 (Figura 8.3) Uso do aparelho azimutal Sperry, tipo Kelvin.10

    D

    NNVV

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    Se a direo tomada como referncia for a proa da embarcao...

    figura 21

    Marcao Relativade um alvo o arco de horizonte medido desde a proa daembarcao at a direo para onde est apontado esse alvo, tambm de 000oa 360,no sentido horrio (NE).

    Marcao Polar de um alvo o arco de horizonte medido desde a proa da

    embarcao at a direo para onde est apontado esse alvo, de 000oa 180, para

    boreste ou para bombordo

    APETRECHOS DE PLOTAGEM

    figura 22

    ProaProa

    Norte

    Verdadeiro

    Marc

    ao

    verd

    ad

    eir

    aM

    arca

    Marca

    oo

    relativ

    a

    relativ

    a

    ProaProa

    Norte

    Verdadeiro

    ProaProa

    Norte

    Verdadeiro

    Marc

    ao

    verd

    ad

    eir

    aM

    arca

    Marca

    oo

    relativ

    a

    relativ

    a

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    A rgua paralela , tradicionalmente, utilizada para traar retas de rumos e

    marcaes definidas, deslocando conveniente, e com cuidado, suas duas peas

    interligadas, a partir da rosa de rumos e marcaes, at a posio desejada, com o

    cuidado de mant-la sempre paralela a linha de referncia, ou ainda, trazer a direo

    de uma linha de rumo ou de uma marcao, para a rosa e determinando o valor do

    rumo ou da marcao.

    figura 23

    Os compassos so instrumentos necessrios para medidas de distncias e

    plotagem de posies na carta, usando convenientemente as escalas correspondentes.

    Podem ser usados em conjunto com a rgua paralela.

    A lupa, como lente de aumento, ajuda na identificao e leitura de pontos

    notveis, profundidades, etc.

    PLOTAGEM DE POSIO

    Plotar uma posio na Carta Nutica significa marcar, nela, Carta, um ponto

    exatamente no cruzamento do Paralelo com o Meridiano, correspondentes,

    respectivamente, s numeraes e sinais dados pelos valores Latitude e da Longitude.

    Por exemplo:

    = 02223 N e = 043480 W

    a) Traando o Paralelo: mede-se, com o compasso, na escala vertical mais

    prxima, a distncia de um dos paralelos j impressos na Carta at o valor

    correspondente exata latitude fornecida. Com a mesma abertura do compasso

    marca-se pelo menos em dois meridianos tambm impressos na Carta, esse

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    Valor Numrico (observando tambm o sinal, N ou S) da Latitude fornecida e

    unem-se, com a rgua, esses pontos marcados.

    b) Traando o Meridiano:abre-se o compasso em uma das escalas horizontais,

    desde um dos Meridianos impressos na Carta at o exato valor correspondente

    Longitude (observar o sinal). Mantendo essa abertura fazem-se duas

    marcaes, uma em cada um dos meridianos impressos, sempre a partir do

    mesmo paralelo impresso.

    c) Unem-se as marcas traadas.

    d) A interseo das linhas traadas (um paralelo e um meridiano) a posio

    plotada.

    3

    2

    30

    2

    3

    30

    4344 30

    44 30 43

    figura 24

    1.5 traado de uma derrota simples na carta

    Derrota Simples aquela que possui apenas uma pernada, isto , aquela

    representada por um nico segmento de reta, da origem ao destino, sem qualquermudana de Rumo (direo).

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    Para tra-la plotamos, simplesmente, cada um dos dois pontos (o de partida e o

    de chegada), como explicado no item anterior, e os unimos por um segmento de reta

    com o auxlio de uma Rgua.

    A derrota composta um conjunto de derrotas simples que indicam o caminho a

    ser navegado.

    Figura 21 Roteiro Brasil Costa Norte

    Os pontos de guinada esto indicados na carta pelo smbolo . Em uma

    navegao costeira normalmente usamos pontos observados, que podem ser definidos

    por marcao e distncia radar de alvos bem definidos na carta de navegao. Na

    navegao ocenica comum usarmos pontos definidos em Latitude e Longitude.ETA (Estimated Time Arrival), hora estimada da chegada. Determinada quando

    dividimos a distncia a ser percorrida pela velocidade da embarcao. Determinando

    dessa maneira os pontos de guinada, se faz antecipadamente uma programao da

    navegao e da chegada do navio a seu destino, programao antecipada do prtico e

    da manobra de atracao para iniciar as operaes.

    ETD (Estimated Time Departure), hora estimada da partida. Previso do tempo

    de operao para analise das condies de tempo e mar na hora da sada eprogramao antecipada para marcar prtico e rebocadores quando necessrio.

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    2. NAVEGAO FLUVIAL

    HIDROVIAS - DEFINIO

    Hidrovias so caminhos pr-determinados para o trfego aqutico, bastante

    utilizadas em pases desenvolvidos para transportes de grandes volumes a longas

    distncias, pois o meio de transporte mais barato do que o rodovirio, ferrovirio e o

    aeronutico.

    O Brasil tem mais de 4.000km de costas navegveis e milhares de quilmetros

    de rios, navegveis. Apesar das grandes bacias hidrogrficas existentes, o Brasil optou

    por transportes rodovirios construindo grandes rodovias paralelas a locais navegveis

    que diminuiriam o custo dos transportes.

    Grande parte das bacias Amaznica e do Paraguai so perfeitamente

    navegveis, mas em alguns trechos h a necessidade de correes para a utilizao

    como vias de transporte mais baratas e menos poluidoras.

    2.1- Caractersticas da hidrovia

    Considerando que o funcionamento da infra-estrutura hidroviria est atrelado a

    outras atividades, torna-se evidente que o modal hidrovirio tem caractersticas

    operacionais totalmente diferentes dos demais meios de transportes.

    exceo da bacia do Rio Amazonas, onde em milhares de quilmetros a

    navegao acessvel ao trfego de embarcaes de grande porte, as que navegam

    por hidrovia compartilham do mesmo espao fsico das barragens das usinas

    hidreltricas que fornecem energia ao mesmo tempo em que possibilitam a navegao,

    a irrigao de culturas agrcolas, o turismo fluvial, os esportes nuticos e o lazer, entre

    outras atividades.

    Como meios de transporte, para que a carga transportada chegue a seu destino,

    necessrio que a hidrovia esteja integrada a outros modais como o rodovirio, o

    martimo, o dutovirio, o ferrovirio e o aerontico.

    Altineu Pires Miguens no volume 3 de seu Navegao: a Cincia e a Arte:

    Excludos os lagos e lagoas navegveis, podemos dividir as vias navegveis

    interiores em 3 classes:

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    rios de corrente livre;

    rios canalizados;

    canais.

    rios de corrente livre

    Os rios de corrente livre so os naturalmente navegveis, em que no h barragens em

    seu curso. Sem perder, entretanto, esta caracterstica, eles podem ter as suas

    condies de navegabilidade sensivelmente melhoradas, por meio de trs principais

    processos,que podem ser usados isolada ou conjuntamente, a saber:

    regularizao do leito;

    regularizao da descarga; e

    dragagem.

    Alm disso, outros servios tambm contribuem significativamente para melhoria

    das condies de navegabilidade, como a existncia de cartas nuticas adequadas, de

    um balizamento eficiente e de um sistema de divulgao do nvel do rio em diversas

    estaes fluviomtricas ao longo da hidrovia.

    rios canalizados

    Construindo-se uma srie de barragens com eclusas (ou outro meio detransposio de desnvel) ao longo de um curso dgua, teremos um rio canalizado.

    canais

    Os canais podem ser definidos como vias navegveis interiores completamente

    artificiais, em oposio s vias navegveis naturais. H duas classes principais de

    canais:

    canais laterais; ecanais de partilha.

    Os canais laterais so usados quando o melhoramento de um trecho do rio de

    tal todo difcil ou oneroso que se torna prefervel construir lateralmente um canal

    inteiramente artificial, que pode ser dividido em vrios planos dgua, ligados por

    eclusas ou elevadores.

    Os canais de partilha (ou canais de ponto de partilha) so os de interligao de

    hidrovias (ou de bacias hidrogrficas). O canal Pereira Barreto, interligando o rio Tiet

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    com o rio Paran a montante da barragem de Ilha Solteira, constitui um exemplo deste

    tipo de canal.

    2.2 ecobatmetro (ecossonda)

    DEFINIO

    O ecobatmetro constitui um recurso essencial para a segurana da navegao.

    um aparelho utilizado para sondagens, que se baseia na medio do tempo

    decorrido entre a emisso de um pulso sonoro, de frequncia snica ou ultra-snica, e

    a recepo do mesmo sinal aps ser refletido pelo fundo do mar. O tempo que o som

    leva entre o momento de sua emisso e o de sua recepo determina a profundidade

    entre a superfcie da gua e o leito do canal.

    Na ausncia de qualquer outra informao externa ao navio e na impossibilidade

    de obteno de uma linha de posio, o ecobatmetro pode fornecer dados para

    orientar a navegao ou confirmar uma posio estimada.

    Preste ateno contnua s profundidades indicadas, comparando-as com as

    sondagens representadas na carta.

    figura 2211

    11freehost02.websamba.com

  • 8/13/2019 4 5 Navegacao e Comunicacoes NAC

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    figura 2312- Imagens indicativas de profundidades

    A observao contnua da sondagem nos mostra a distncia entre o fundo da

    embarcao e o fundo do rio (do mar), e a indicao da aproximao de guas rasas

    e/ou profundas.

    2.3 radar

    Definio

    So equipamentos eletrnicos destinados deteco de alvos no visveis a

    vista desarmada, por estarem ocultos na escurido da noite ou sob nevoeiro, que

    usam, para isso, a reflexo de ondas rdio.

    figura 24 Radar FURUNO

    12 images.quebarato.com.br;www.teotec.com.br

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    figura 25 Em A o sinal rdio est sendo emitido pela antena; em B est percorrendo a

    distncia entre a antena e o alvo; em C atinge o alvo; em D o eco do sinal est retor-

    nando; em E o eco captado pela antena e em F a imagem mostrada na tela13

    Sendo bem utilizado e estando bem sintonizado, a identificao de alvos fixos e mveis

    torna-se fcil.

    13BDC, . A . , 1966

  • 8/13/2019 4 5 Navegacao e Comunicacoes NAC

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    figura 2614 Compare com a figura 27

    BDC, . A . , 1966

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    figura 2715- Compare com a figura 26

    BDC, . A . , 1966

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    figura 2816

    16, C . C A 2 1984

    .

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    figura 29 Usando o crculo mvel e a linha de marcar

    O crculo mvelpermite controlar adistnciadosalvos e a linha de marcaocontrola a posio em relao proa e/ou norte.

    2.4 outros equipamentos de auxlio navegao

    Seja qual for a condio de navegabilidade, independente da classe de guas

    interiores, a navegao, nestas regies, deve ser sempre considerada como

    NAVEGAO EM GUAS RESTRITAS;por esse motivo, permanentemente cercadadas atenes inerentes a esse tipo de navegao.

    O uso de todos os equipamentos e dispositivos de segurana disponveis deve

    ser assim aplicado:

    1) as cartas nuticas (figura 11) e croquis de navegao devem ser mantidas

    atualizadas permitindo comparaes seguras com dados obtidos dos

    equipamentos eletrnicos (ecobatmetro e radar) e Roteiros Fluviais;

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    2) o conhecimento do balizamento fluvial fundamental e, quando a

    visibilidade no permitir o reconhecimento e identificao de sinais cegos, o

    holofote deve ser usado;

    3) a coleta de informaes de avisos aos navegantes, atravs dos folhetos de

    Avisos aos Navegantes e escuta das estaes de radiodifuso e televises

    locais, como tambm, pela troca de informaes entre as prprias

    embarcaes, mediante o sistema de comunicao regulamentar (VHF),

    deve ser uma prtica constante;

    4) importante a familiarizao com o trajeto;

    5) obedincias s regras do RIPEAM;

    6) o conhecimento das qualidades de evoluo da embarcao, dos efeitos de

    guas pouco profundas e de interao; importante, tambm, conhecer o

    regime de guas da hidrovia, os perodos de vazante e de cheia do rio, assim

    como a velocidade da correnteza nos vrios perodos do regime; e

    7) na navegao fluvial, deve-se ter em mente que as cartas e croquis de

    navegao no tm a mesma preciso de uma carta nutica martima,a

    prpria natureza dos rios altera os contornos, a profundidade da carta

    diferente da real (corresponde profundidade do nvel de reduo). Em vista

    disso, a navegao radar, por distncias da margem e o acompanhamento

    das indicaes do ecobatmetro so fundamentais para a segurana da

    navegao em guas restritas.

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    2.5 - regras de navegao por comboios

    figura 3017

    De acordo com a Regra 9 (a) do RIPEAM:

    Uma embarcao que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou

    numa via de acesso, dever se manter to prxima quanto seja possvel e seguro do

    limite exterior desse canal ou via de acesso que estiver a seu boreste.

    A Regra 34 (e) estabelece:

    Quando uma embarcao estiver se aproximando de uma curva ou de uma

    rea de um canal estreito ou via de acesso onde outras embarcaes podem estar

    ocultas devido a obstculos, ela deve soar um apito longo. Este sinal deve ser

    respondido por um apito longo por qualquer embarcao que o tenha ouvido, que se

    esteja aproximando do outro lado da curva ou detrs da obstruo.

    As normas em vigor regulamentando a navegao em hidrovias interiores do

    Brasil determinam que devem ser obrigatoriamente observadas as regras do RIPEAM,

    MIGUEN,S Altineu Pires Navegao: a Cincia e a Arte

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    complementadas por regras especiais estabelecidas pela Autoridade Martima (Marinha

    do Brasil).

    Regras que prescrevem manobras especiais e definem termos como guas

    interiores brasileiras, embarcao restrita, comboio, unidade integrada, jangada,

    banzeiro, barcaa, dracones, etc., conceituando embarcao com capacidade de

    manobra restrita, apontando normas para evitar o banzeiro e para as passagens em

    pontes e eclusas, alm de dispositivos sobre Luzes e Marcas, Luzes de Reboque e

    Empurra etc.

    As principais regras de manobra e velocidade estabelecidas especialmente para

    as guas interiores brasileiras (vias navegveis interiores, como rios, canais, lagos e

    lagoas em que ambas as margens, ou limites, esto em territrio nacional) so:

    (a) Nas guas interiores brasileiras, a embarcao restrita devido ao seu

    comprimento e boca (isto , a embarcao de propulso mecnica que, devido s suas

    dimenses em relao s profundidades ou rea de manobra disponvel, est com

    severas restries para se desviar do rumo que est seguindo) deve ser considerada

    como embarcao com capacidade de manobra restrita, tendo a precedncia

    estabelecida no RIPEAM para este tipo de embarcao;

    (b) as embarcaes transportando, rebocando ou empurrando carga explosiva

    ou inflamvel tambm devero ser consideradas como embarcaes com capacidade

    de manobra restrita, adquirindo a precedncia estabelecida no RIPEAM para este tipo

    de embarcao;

    (c) toda embarcao dever navegar com velocidade apropriada sempre quecruzar com embarcaes pequenas e embarcaes empurrando ou rebocando, que

    devem ser protegidas contra avarias causadas pela ao de maretas ou banzeiros

    (ondas provocadas pelo deslocamento de uma embarcao);

    (d) toda embarcao dever navegar com velocidade apropriada sempre que se

    aproximar de qualquer embarcao amarrada a trapiche, cais ou barranco, de modo a

    evitar a formao de maretas ou banzeiros, que podem provocar avarias nas referidasembarcaes;

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    (e) uma embarcao no dever cruzar ou ultrapassar outra sob vos de pontes,

    a menos que o canal oferea uma largura compatvel para a passagem simultnea;

    (f) as embarcaes, aproximao para passagem sob pontes mveis,

    obedecero s ordens eventualmente dadas pela administrao da ponte;

    (g) as embarcaes, aproximao de eclusas, obedecero s normas vigentes

    e s ordens eventualmente dadas pela administrao da eclusa;

    (h) uma embarcao que estiver navegando ao longo de um canal estreito ou

    numa via de acesso dever se manter to prxima quanto seja possvel e seguro do

    limite exterior desse canal, ou via de acesso, que estiver a seu boreste. Isto , deve-se

    navegar to prximo quanto possvel e seguro da margem de boreste do rio e dar um

    apito longo antes das curvas, ou quando se aproximando de obstculos;

    (i) uma embarcao com propulso mecnica navegando em rios ou canais com

    a corrente a favor ter preferncia de passagem quando cruzar com uma embarcao

    navegando contra a corrente. A embarcao com preferncia indicar a maneira e o

    local da passagem e efetuar os sinais de manobra prescritos no RIPEAM, segundo as

    circunstncias. A embarcao que estiver navegando contra a corrente se manter

    parada, para possibilitar uma passagem segura;

    (j) nenhuma embarcao de comprimento inferior a 20 metros, ou veleiro,

    cruzar o rio estando no visual, com risco de abalroamento, uma embarcao de

    propulso mecnica navegando no canal, a favor ou contra a corrente;

    l) nas guas interiores brasileiras, as Regras para Conduo de Embarcaes

    em Visibilidade Restrita aplicam-se quando navegando dentro ou prximo de uma rea

    onde a visibilidade, embora restrita, , ainda, superior a 1.000 metros. Quando a

    visibilidade for inferior a 1.000 metros e as circunstncias e caractersticas fsicas do

    rio, ou outra via navegvel, determinarem, as embarcaes no prosseguiro

    navegando, devendo fundear ou atracar, se possvel o mais afastado do canal de

    navegao;

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    (m) no caso de reboque e empurra, quando se aproximar uma embarcao, o

    rebocador poder direcionar um feixe de luz para o reboque, a fim de indicar sua

    presena; e

    (n) o Comandante ou Patro das embarcaes com propulso prpria, com 12

    metros de comprimento ou mais, dever levar a bordo um exemplar das Regras

    Especiais Complementares ao RIPEAM para Navegao nas guas Interiores

    Brasileiras, para consulta imediata quando seja necessrio.

    2.6 - fundamentos da navegao por eclusas e canais artificiais

    O captulo nove (9) das Normas da Autoridade Martima Para Embarcaes

    Empregadas na Navegao Interior (NORMAM 02) estabelece:

    TRFEGO EM CANAL ARTIFICIAL

    a) Todas as embarcaes que estiverem navegando em canal artificial devero,

    obrigatoriamente, ser providas de equipamento de comunicao, de forma a possibilitar

    o contato com o servio de controle do trfego do canal a ser estabelecido pela

    Administrao;

    b) As embarcaes ao chegarem no PPO devero fundear ou pairar sob

    mquinas, na sequncia de chegada, e aguardar autorizao do operador, atravs dosistema de comunicaes, para adentrar o canal;

    c) O trfego de embarcaes em canais artificiais poder ser interrompido pela

    administrao, quando as condies de operao das usinas hidreltricas possam

    provocar fortes correntes, ou em situaes de obstruo do canal por acidente da

    navegao ou em condies meteorolgicas ou hidrolgicas adversas;

    d) Fica a exclusivo critrio do comandante da embarcao prosseguir viagem,

    em direo ao canal, nas condies de tempo e correnteza desfavorveis;e) Dentro do canal, os comandantes e demais usurios devem observar as

    orientaes que lhe forem dadas pelo operador, com vistas a assegurar a rapidez de

    passagem pelo mesmo, assim como a sua plena utilizao e segurana da operao;

    f ) A ultrapassagem de embarcaes trafegando no mesmo sentido s poder

    ser feita com autorizao do controlador do canal;

    g) proibido o trfego de embarcaes rebocadas por trao no interior dos ca-

    nais artificiais; e

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    h) proibido o estacionamento, fundeio e travessia no interior dos canais

    artificiais.

    CONDICIONANTES DE PASSAGEM POR ECLUSAS

    a) O trnsito das embarcaes pelas eclusas das usinas hidreltricas s

    ocorrer quando no acarretar prejuzo operacionalidade daquelas instalaes, a

    critrio da administrao da eclusa.

    b) S podero trafegar pelas eclusas e canais da hidrovia, embarcaes ou

    comboios em conformidade com o estabelecido pelo Agente da Autoridade Martima e

    principalmente os que no ultrapassem as dimenses mximas permissveis,

    previamente divulgadas por aquela autoridade tendo em vista as restries fsicas,

    impostas pelas obras de engenharia e pelas condies de navegao da hidrovia. As

    administraes devem divulgar, para cada eclusa, as seguintes dimenses, em

    unidades mtricas, para as embarcaes

    - comprimento mximo;

    - boca mxima;

    - calado mximo; e

    - altura mxima do mastro acima da linha d gua.

    c) A passagem de embarcaes e comboios com altura de mastro ou calado

    superior aos valores estabelecidos pela administrao s ser permitida com

    autorizao do operador da eclusa, quando as condies de nvel d gua

    imediatamente abaixo e acima da barragem forem adequadas. As informaes

    referentes a estas condies devem ser solicitadas ao operador da eclusa, antes de ser

    iniciada a operao de eclusagem;

    d) Para observncia das limitaes citadas na subalnea b), as embarcaes

    podero possuir ponte de comando elevadia ou mastro rebatveis; ee) Para o clculo do calado mximo da embarcao, previsto no item 0903 b), a

    Administrao dever considerar uma folga entre a quilha e a soleira da eclusa de pelo

    menos 1(um) m para entrada da embarcao na eclusa e de pelo menos 0,5 (meio) m

    para sair da eclusa.

    HORRIOS E PRIORIDADES DE PASSAGEM

    a) As passagens nas eclusas devero ocorrer nos horrios divulgados pelaadministrao e previamente informados CP, DL ou AG com jurisdio sobre a rea.

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    O funcionamento das eclusas poder ser rotineiramente interrompido para se efetuar

    servios de manuteno, a critrio da administrao, desde que seja divulgado

    previamente. Em emergncia, as comunicaes acerca da interrupo sero

    promovidas posteriormente.

    b) A sequncia de entrada na eclusa ser, em princpio, a correspondente

    ordem de chegada. As embarcaes de passageiros, embarcaes oficiais dos rgos

    de fiscalizao federal e estaduais, as embarcaes transportando mercadorias

    perecveis ou suscetveis de avaria por atraso na viagem e as embarcaes que

    transportem material flutuante utilizado para execuo de trabalhos nas vias

    navegveis tero prioridade de passagem.

    EQUIPAMENTOS OBRIGATRIOS DA EMBARCAO

    a) As embarcaes devero possuir, para eclusagem, defensas solidamente

    amarradas. As defensas devem estar em bom estado de conservao e distribudas

    ao longo do costado, em quantidades suficientes, para que somente elas fiquem em

    contato com as muralhas das eclusas nas manobras de eclusagem;

    b) As embarcaes cujas dimenses de boca mxima no permitam a

    eclusagem com defensas disparadas ao longo do costado devero possuir verdugo

    devidamente reforado;

    c) As espias para amarrao da embarcao devero estar em bom estado de

    conservao e possuir dimenses adequadas e alas permanentes; e

    d) As embarcaes devero possuir equipamento de comunicao em VHF.

    SINALIZAO CONVENCIONADA PARA ORDENAMENTO DA ECLUSAGEM

    a) As ordens de movimentaes das embarcaes, nas manobras de acostar nomuro-guia e entrada e sada da eclusa, sero informadas pelo operador da eclusa

    atravs do equipamento rdio, em canal perfeitamente definido, sendo posteriormente

    confirmadas pelos seguintes sinais luminosos, dispostos no muro-guia e na entrada da

    eclusa;

    1) Duas luzes encarnadas, dispostas na horizontal - eclusa fora de

    operao/bloqueio de passagem;

    2) Uma luz amarela - a embarcao dever aguardar autorizao para acostarno muro-guia ou para entrada na eclusa; e

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    3) Uma luz verde - a embarcao est autorizada a acostar no muro-guia ou

    adentrar a cmara da eclusa.

    b) Quando a embarcao j estiver dentro da cmara da eclusa sero

    acionados, pelo operador da eclusa, os seguintes sinais sonoros:

    1) Incio e fim da operao de enchimento ou esvaziamento da eclusa:-

    um toque de sirene longo; e

    2) Autorizao para iniciar o procedimento de sada da eclusa:- dois toques de

    sirene longos.

    SINALIZAO TICA MURO-GUIA ECLUSA

    FORA

    DEOPERAO

    FORA DE OPERAO

    AGUARDAR

    AUTORIZAO PA-

    RA

    ACOSTAR

    AGUARDAR

    AUTORIZAO PA-

    RA ENTRAR NA

    CMARA

    AUTORIZADA

    A

    ACOSTAR

    AUTORIZADA AENTRADA

    figura 31

    APROXIMAO DAS ECLUSAS E ESPERA

    a) A embarcao que pretenda passar pela eclusa deve proceder da seguinte

    maneira:

    1) Trinta minutos antes de chegar eclusa dever estabelecer contato com o

    operador da mesma, atravs do equipamento de comunicao, via SAE e informar que

    est se deslocando para o PPO. Nessa oportunidade, tomar conhecimento do horrio

    estimado para sua entrada na eclusa; e

    2) A partir do PPO, as embarcaes devero manter escuta permanente no

    canal SAE, at o trmino do processo de eclusagem.

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    b) A rea fluvial demarcada pelo PPO de montante e jusante, inclusive a eclusa,

    considerada rea de segurana, sendo seu trfego controlado pelo operador da

    eclusa;

    c) A embarcao ao chegar no PPO dever fundear ou pairar sob mquinas,

    no devendo ultrapassar as que j se encontram no local, aguardando a autorizao do

    operador da eclusa, atravs do SAE, para prosseguir no deslocamento em direo

    eclusa;

    d) As amarraes prximas s entradas das eclusas e nos muros-guia so proibi

    das, exceto nos locais determinados para a espera de eclusagem;

    e) Fica a exclusivo critrio do comandante da embarcao prosseguir no

    deslocamento, com segurana, em direo eclusa, ou mesmo se afastar, em funo

    das condies meteorolgicas reinantes;

    f) Sob condies de baixa visibilidade, inferior a 1000 (mil) m, nenhuma

    embarcao que no possua equipamento radar poder passar pela eclusa.

    2.7 normas gerais para navegao de travessia

    O captulo dez (10) das Normas da Autoridade Martima Para EmbarcaesEmpregadas na Navegao Interior (NORMAM 02) estabelece:

    NORMAS GERAIS

    a) Nos atracadouros especficos de travessia somente podero trafegar, atracar,

    desatracar e permanecer nas proximidades, as embarcaes autorizadas pelo setor

    competente do Ministrio dos Transportes ou pelo Departamento Estadual de Estradas

    de Rodagem (DER) para explorar o servio regular de travessia;

    b) O embarque e o desembarque de passageiros e veculos devero ser feitos

    com a embarcao totalmente atracada e com as espias passadas, sob a orientao

    dos funcionrios da empresa concessionria. Aps a partida da embarcao, nenhum

    veculo poder ser deslocado de sua posio de estacionamento;

    c) Todos os veculos devero estar com o freio de estacionamento (freio-de-

    mo) acionado, o motor desligado, a marcha engrenada, as luzes apagadas e suas

    rodas caladas com, pelo menos, dois calos, de modo a impedir movimentos durante

    a travessia; e

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    d) Em hiptese alguma o transporte de veculos poder impedir a perfeita

    visibilidade do timoneiro.

    e) No devero permanecer pessoas no interior dos veculos, enquanto a

    embarcao estiver em movimento.

    REQUISITOS PARA AS EMBARCAES

    a) As embarcaes devero ser dotadas com calos, peias e cunhas, com forma

    tos e dimenses especificadas pelo responsvel tcnico da empresa concessionria da

    travessia, de modo a impedir que os veculos se desloquem durante a viagem;

    b) O convs de carga dever possuir faixas de separao de veculos , de modo

    que haja espao suficiente para a abertura de portas ou escotilhas; a faixa dever

    possuir largura mnima de 5 cm e sua cor deve contrastar com a cor de fundo do

    convs.

    c) As rampas de embarque e desembarque devero ser obrigatoriamente iadas

    e travadas, antes de a embarcao suspender e assim devero permanecer durante

    toda a travessia, independente se estiver carregada ou no. As que no possurem

    rampas iveis devero ter balaustradas rebatveis ou removveis, que devero estar

    colocadas e travadas durante as travessias;

    d) As embarcaes que transportem carga e passageiros devero possuir locais

    especficos, abrigados e perfeitamente demarcados para esses passageiros. Esses

    abrigos devem possuir assentos fixos.

    e) O motor e seus acessrios (baterias, tanques de combustvel, etc.) sero

    isolados por meio de cobertura e anteparas adequadas, de forma a reduzir ao mnimo o

    rudo, o calor e os gases emanados do interior da praa de mquinas para o setor de

    passageiros, a fim de evitar riscos de incndio ou de danos pessoais;

    f) No permitido o transporte de carga em conveses superiores;g) Os Capites dos Portos devero avaliar as condies das travessias em suas

    reas de jurisdio, com o intuito de verificar a necessidade de estabelecer o uso

    obrigatrio do radar, incluindo na respectiva NPCP/NPCF, bem como de disporem a

    bordo de tripulante habilitado para sua operao (rever o CTS da embarcao).

    Nesta avaliao devero ser levados em conta, dentre outros, os seguintes

    parmetros:

    - a densidade do trfego;- a distancia a ser percorrida;

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    - o perodo que a embarcao ir trafegar;

    - o ndice de nevoeiros na regio;

    - a velocidade e o porte da embarcao empregada na travessia; e

    - a certificao exigida da tripulao, quanto ao uso de radar.

    Caso a aplicao seja retroativa s embarcaes j em operao,

    imprescindvel o estabelecimento de um prazo razovel para atendimento ao requerido.

    h) Embarcaes que transportam veculos no convs principal devero possuir

    sistema / mecanismo apropriado para impedir o transbordo acidental do(s) veculo(s)

    ao mar;

    i) Os sistemas hidrulicos utilizados para iar e arriar rampas destinadas a

    possibilitar o embarque e desembarque de veculos e ou passageiros, devero possuir

    travamento do fluxo do fludo hidrulico de acionamento, de forma que a rampa no

    tenha movimentao durante a travessia;

    j) Adicionalmente aos requisitos do sistema hidrulico, a rampa dever ser

    dotada de pinos de travamento, para impossibilitar sua movimentao involuntria;

    k) Quando o movimento de iar e arriar da rampa for do tipo manual, acionado

    por intermdio de sistemas de guinchos, cabos de ao e volantes, estes devero ser

    providos de um sistema de travamento (para garantir que o mesmo no retornar de

    forma involuntria), de protees contra o tempo e receber lubrificao peridica;

    l) No sero aceitos correntes ou outros acessrios no estruturais, para impedir

    a queda acidental de veculos ao mar;

    m) O piso dos conveses onde os veculos so transportados devem ser do tipo

    anti-derrapante; e

    n) Entre a rampa e o convs dever ser instalado dispositivo que impossibilite o

    transito e ou permanncia de pessoas e ou veculos sobre a referida rampa, durante a

    travessia .

    MATERIAL DE SALVATAGEM E PRIMEIROS SOCORROS

    a) Todo material de salvatagem dever ser armazenado em local de fcil

    acesso, prximo ao usurio, onde haver informaes acerca da capacidade das

    balsas e instrues para o uso do colete salva-vidas. Em nenhuma hiptese os coletes

    podero ficar trancados em armrios ou compartimentos; e

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    b) A dotao de material de salvatagem e primeiros socorros estabelecida no

    Captulo 4 destas normas.

    2.8 - regras de navegao por empurra

    O captulo onze (11) das Normas da Autoridade Martima Para Embarcaes

    Empregadas na Navegao Interior (NORMAM 02) estabelece:

    REBOQUE E EMPURRA (REGRA ESPECIAL 24)

    Conforme estabelece a Regra 24 do RIPEAM 72.

    2.9 - regras de navegao com reboque pela popa e a contrabordo

    O captulo onze (11) das Normas da Autoridade Martima Para Embarcaes

    Empregadas na Navegao Interior (NORMAM 02) estabelece:

    REBOQUE E EMPURRA (REGRA ESPECIAL 24)

    Conforme estabelece a Regra 24 do RIPEAM 72.

    RIPEAM, REGRA 24:

    LUZES E MARCAS PARA REBOQUE E EMPURRA

    As luzes e marcas especiais para reboque e empurra devem ser exibidas

    apenas quando a embarcao estiver efetivamente engajada nestas operaes. Um

    rebocador ou empurrador quando navegando independentemente deve exibir as luzes

    padres de navegao para uma embarcao de propulso mecnica.

    Uma embarcao rebocando, sendo o comprimento do reboque (medido a

    partir da popa do rebocador at a popa da ltima embarcao rebocada) inferior a 200metros, deve exibir:

    duas luzes de mastro brancas, em linha vertical (setores de visibilidade de 225,

    sendo 112.5 para cada bordo da proa).

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    luz de reboque, de cor amarela, com as mesmas caractersticas da luz de alcanado

    (setor de visibilidade de 135 centrado na popa), localizada em linha vertical e acima da

    luz de alcanado.

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    A embarcao rebocada deve exibir:

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    Uma embarcao rebocando, sendo o comprimento do reboque superior a 200

    metros, dever exibir, noite ou sob visibilidade restrita:

    trs luzes de mastro brancas, em linha vertical (setores de visibilidade de 225, sendo

    112.5 para cada bordo.

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    luz de reboque, amarela, com 135 de setor de visibilidade (67.5 para cada bordo, a

    partir da popa), acima e em linha vertical com a luz de alcanado.

    Como no caso anterior, as embarcaes rebocadas devem exibir:

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    Se o comprimento do rebocador for igual ou superior a 50 metros, ele dever

    exibir uma luz de mastro adicional, a r e mais alta que as trs luzes acima citadas.

    Quando o comprimento do reboque for superior a 200 metros, tanto o rebocador

    quanto as embarcaes rebocadas exibiro, durante o dia, uma marca formada por

    dois cones pretos unidos pelas bases, situada onde melhor possa ser vista.

    Quando o comprimento do reboque for superior a 200 metros, tanto o rebocador

    quanto as embarcaes rebocadas exibiro, durante o dia, uma marca formada por

    dois cones pretos unidos pelas bases, situada onde melhor possa ser vista.

    Embarcao de propulso mecnica rebocando a contrabordo: noite ou sob visibilidade restrita deve exibir:

    duas luzes de mastro brancas, em linha vertical.

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    A embarcao sendo rebocada a contrabordo deve exibir luzes de bordos no

    extremo de vante e luz de alcanado.

    Um grupo de embarcaes rebocadas a contrabordo deve exibir luzes de

    navegao como se fosse uma nica embarcao.

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    Uma embarcao empurrando deve exibir, noite ou sob visibilidade restrita:

    duas luzes de mastro brancas, numa linha vertical

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    Se o comprimento do empurrador for igual ou maior que 50 metros, ele deve

    exibir uma luz de mastro adicional, a r e mais alta que as duas luzes acima citadas.

    A embarcao sendo empurrada deve exibir apenas luzes de bordos, no

    extremo de vante.

    Quando uma embarcao empurradora e uma embarcao empurrada esto

    rigidamente ligadas entre si, formando uma unidade integrada e reagindo ao mar como

    se fosse um s navio, elas devem ser consideradas como uma s embarcao depropulso mecnica e exibir as luzes padres para este tipo de embarcao.

    Embarcao rebocando noite (comprimento do reboque inferior a 200 m) [ver regra

    27 (c)].

    figura 32

    Embarcao rebocando noite (comprimento do reboque superior a 200 m) [ver

    regra 27 (c)].

    figura 33

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    Embarcao rebocando de dia.

    figura 34

    Embarcao empurrando ou rebocando a contrabordo (no exibir a luz de reboque)

    [ver regra 27 (c)]

    figura 35

    Embarcao rebocando e empurrando ou rebocando a contrabordo simultaneamente

    [ver regra 27 (c)].

    figura 36

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    3. COMUNICAES

    3.1- Caractersticas bsicas de um transmissor e um receptor

    Instalao bsica de uma estao radiotelefnica

    Uma instalao bsica de uma estao radiotelefnica constituda de: Antena,

    massa, transmissor, receptor e alimentao.

    Antena tem como duplo propsito:

    irradiar o mximo da onda-rdio na transmisso; e

    receber o mximo da onda-rdio na recepo.

    Massa tambm chamada terra, consiste na ligao da massa do transceptor

    (transmissor e receptor no mesmo equipamento) gua. Tem a finalidade de reduzir

    interferncias-rdio indesejveis. Nas embarcaes de madeira ou fibra de vidro so

    bastante utilizadas as massas dos motores de propulso. Nas embarcaes de ao,

    utilizado o prprio casco.

    Transmissor tem a finalidade de gerar, modular (misturar a portadora voz a ser

    transmitida), amplificar e passar a onda-rdio antena.

    Receptor tem a finalidade de separar uma nica onda-rdio, dentre as vrias ondas-

    rdio recebidas pela antena, amplificar, demodular (separar a voz da portadora),

    amplificar a voz e reproduzi-la no alto-falante.

    Alimentao tem a finalidade de fornecer energia eltrica ao transceptor. Nas

    embarcaes de pequeno porte, a alimentao fornecida por meio de baterias; nas

    de maior porte, por meio de um motor gerador.

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    figura 37

    Caractersticas bsicas de um transmissor e um receptor

    Um transceptor um nico equipamento, composto de um transmissor e um

    receptor. Para melhor entendimento de seu funcionamento, vamos separ-lo em

    transmissor e receptor.

    Transmissor

    Um transmissor genrico dividido em: Oscilador, Amplificador da Portadora,

    Microfone, Amplificador do Microfone, Modulador, Amplificador Final, Massa e Antena

    Transmissora.

    Oscilador gera uma corrente alternada na frequncia da portadora.

    Amplificador da Portadora amplifica (aumenta) a amplitude da portadora.

    Microfone transforma a voz (onda sonora) em onda eltrica, com as mesmas

    caractersticas da voz.

    Amplificador do Microfone amplifica (aumenta) a amplitude da onda eltrica da voz

    que vem do microfone.

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    Modulador (ou Misturador) muda a amplitude ou a frequncia (dependendo do tipo

    de modulao, AM ou FM) da onda portadora, de acordo com as caractersticas da

    onda eltrica da voz.

    Amplificador Final amplifica (aumenta) a amplitude da onda eltrica que vem do

    Modulador e passa a Antena Transmissora a uma potncia suficiente para alcanar a

    Antena Receptora da Estao-Rdio com que desejamos nos comunicar.

    Massa diminui ao mnimo as interferncias-rdio indesejveis, levando essas

    interferncias para serem absorvidas na gua. Est presente em todos os mdulos.

    Antena Transmissora transforma a onda eltrica que vem do amplificador final em

    onda-rdio e irradia para a atmosfera.

    Como ocorre a transmisso:

    O rdio-operador fala ao microfone; sua voz transformada de onda sonora

    para onda eltrica pelo microfone. A onda eltrica da voz amplificada pelo

    Amplificador do Microfone. O Oscilador gera uma onda eltrica, na frequncia da

    portadora, que amplificada pelo Amplificador da Portadora. O modulador muda a

    amplitude (no caso da modulao em amplitude AM) da onda portadora, de acordo

    com as caractersticas da onda eltrica da voz. O Amplificador Final aumenta a

    amplitude da onda eltrica modulada e a envia para a Antena Transmissora, que

    transforma a onda eltrica modulada em onda-rdio a ser irradiada. Isso tudo acontece

    em milsimos de segundo.

    figura 38

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    Receptor

    Um receptor genrico dividido em: Antena Receptora, Sintonizador, Massa,

    Oscilador Local, Misturador, Oscilador Local, Amplificador de FI, Detector, Amplificador

    de udio e Alto-Falante.

    Antena Receptora capta a onda-rdio da Estao Rdio que queremos ouvir

    (Estao Sintonizada) e transforma essa onda-rdio em onda eltrica.

    Sintonizador seleciona apenas a frequncia da portadora da Estao Rdio que

    desejamos ouvir.

    Massa tem a mesma funo da Massa do Transmissor.

    Oscilador Local gera uma onda eltrica, no valor da frequncia da portadora da

    Estao Rdio sintonizada mais o valor da Frequncia Intermediria.

    Misturador mistura a frequncia do Oscilador local com a frequncia da portadora da

    Estao Rdio sintonizada, originando uma onda eltrica denominada Frequncia

    Intermediria, que possui uma frequncia fixa, mas com as mesmas caractersticas da

    amplitude modulada da Estao Rdio sintonizada.

    Amplificador de FI (Frequncia Intermediria) amplifica (aumenta) a amplitude da

    onda eltrica da FI.

    Detector separa a onda eltrica da voz da onda eltrica da portadora da FI.

    Amplificador de udio amplifica (aumenta) a amplitude da onda eltrica da voz.

    Alto-Falante transforma a onda eltrica da voz em onda sonora (onda mecnica),

    com as mesmas caractersticas, para que possamos ouvi-la.

    Como ocorre a recepo:

    Vrias ondas-rdio (provenientes de diversas Estaes-Rdio) so captadas

    pela Antena Receptora, que transforma essas ondas-rdio em ondas eltricas. OSintonizador seleciona apenas a frequncia da onda eltrica da Estao que queremos

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    ouvir, encaminhando as demais para a Massa. O Oscilador Local gera uma onda

    eltrica no valor da frequncia da portadora da Estao Rdio sintonizada mais o valor

    da Frequncia Intermediria, que misturada, no Misturador, onda eltrica da

    Estao que queremos ouvir, originando uma onda eltrica no valor da Frequncia

    Intermediria, com as caractersticas da onda eltrica da Estao que queremos ouvir.

    A onda eltrica da Frequncia Intermediria amplificada no Amplificador de FI e

    enviada ao Detector, que elimina a onda eltrica da portadora da FI e separa a onda

    eltrica da voz da Estao que queremos ouvir. O Amplificador de udio amplifica a

    onda eltrica da voz, que enviada ao Alto-Falante para ser transformada em onda

    sonora. E ento, podemos ouvir do Alto-Falante a voz da Estao com que mantemos

    comunicao. Isso tudo acontece em milsimos de segundo.

    figura 39

    Modos de operao simplex, dplex e semi-dplex

    As comunicaes em radiotelefonia so feitas em canais prprios para cada

    faixa de Frequncia. Um canal pode ser:

    Simplex quando a frequncia de transmisso e recepo a mesma. Apenas a

    transmisso ou a recepo pode ser feita a cada vez, ou seja, voc poder ouvir a

    outra Estao apenas quando terminar de falar.

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    Dplex quando as frequncias de transmisso e recepo so diferentes. A

    transmisso e a recepo podero ser feitas ao mesmo tempo, ou seja, voc pode falar

    e ouvir ao mesmo tempo a outra Estao.

    Semi-dplex quando as frequncias de transmisso e recepo so diferentes, mas

    a transmisso e a recepo no podem ser feitas ao mesmo tempo, ou seja, voc s

    poder ouvir a outra Estao quando terminar de falar.

    3.2 - operao do equipamento VHF

    figura 40

    O transceptor de radiotelefonia martima, na faixa de frequncias de VHF,

    comumente chamado a bordo apenas de VHF. A faixa de frequncias do VHF vai de

    156,025 MHz at 162,025 MHz, distribudos em 88 canais, mas a quantidade de canais

    disponveis depender do modelo de VHF que estiver instalado a bordo. H modelos

    de 6 at 88 canais. A potncia mdia dos VHF de 25 W (vinte e cinco Watts).

    A faixa de frequncias do VHF no se reflete na camada da ionosfera terrestre,

    por isso a comunicao feita com uma onda-rdio direta. Devido curvatura da

    Terra, o alcance do VHF depender da altura das antenas transmissora e receptora:

    quanto mais altas, maior ser o alcance. Na prtica, temos um alcance mximo em

    torno de 50 milhas nuticas.

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    Dependendo de obstculos entre a antena transmissora e receptora, poder no

    haver comunicao entre as estaes, mesmo se elas estiverem a uma distncia

    menor que 50 milhas nuticas.

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    O VHF pode ser usado para:

    comunicaes entre embarcaes;

    comunicaes entre uma embarcao e uma Estao Costeira;

    comunicaes entre uma embarcao e um telefone, por meio de uma Estao

    Costeira;

    transmisso e recepo de mensagens de Socorro (mensagens acerca da segurana

    da vida humana no mar, ou seja, de pessoas que estejam correndo risco de vida).

    O VHF possui Canais Simplex e Dplex. Os Canais Dplex devem ser apenas

    utilizados para comunicaes entre embarcaes e Estaes Costeiras, j os Canais

    Simplex tanto podem ser utilizados para comunicaes entre embarcaes, como para

    comunicaes entre embarcaes e Estaes Costeiras. Portanto, use apenas Canais

    Simplex para comunicaes entre embarcaes.

    Exemplos de canais simplex: 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 73, 74, 77.

    Exemplos de canais dplex: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 18, 19, 20, 25, 26, 88.

    Canais Especiais:

    Canal 16 Canal de chamada, canal de escuta permanente, canal de Socorro e

    Segurana.

    Canal 6 Canal utilizado para comunicaes entre embarcaes.

    Canal 13 Canal utilizado para comunicaes de segurana entre embarcaes.

    Canal 70 proibida a transmisso em radiotelefonia neste canal, pois ele

    destinado a comunicaes em DSC (Chamada Seletiva Digital).

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    3.3- utilizao das faixas cidado, de radioamador e outros meios comorecursos auxiliares na comunicao martima

    figura - 41Os meios de comunicao a seguir podem ser utilizados a bordo das

    embarcaes como meio auxiliar de comunicao, no podem, em hiptese nenhuma,

    substituir os equipamentos VHF e SSB martimos, isto , podem ser instalados e

    utilizados a bordo, sem dispensar a instalao e o uso do VHF e do SSB.

    a) A Faixa do Cidado, tambm conhecida como PX designada para as

    comunicaes do cidado comum em radiotelefonia, nas modalidades fixo, mvelterrestre e mvel martimo. Opera atualmente com 65 canais Simplex, na faixa de

    26.965 KHz a 27.605 KHz. O canal 9 (27.065 KHz) restrito ao trfego de mensagens

    referentes a situaes de emergncia, o canal 11 (27.085 KHz) restrito a chamada e

    escuta, o canal 19 (27.185 KHz) restrito ao uso em rodovias. As estaes de

    telecomando podero utilizar qualquer um dos seguintes canais: 1T, 2T, 3T, 4T e 5T.

    Os demais canais podero ser operados livremente.

    figura - 42

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    b) O Radioamadorismo, tambm conhecido como PY, destinado para as

    comunicaes no profissionais locais e a grandes distncias. permitido ao

    radioamador operar em diversas modalidades: radiotelefonia, telegrafia, transmisso de

    imagem e comunicao digital. O Radioamadorismo opera em diversas faixas de

    frequncias: MF, HF, VHF, UHF, SHF e EHF. Para operar uma Estao PY,

    necessrio possuir uma Licena de Estao Radioamador e o operador possuir um

    Certificado de Operador de Estao Radioamador.

    figura - 43

    c) A Telefonia Celular proporciona radiotelefonia e mensagens instantneas fixas,

    estacionadas, mveis terrestres e mveis martimas. Apesar do sistema Celular no ter

    sido projetado para atender ao Servio Mvel Martimo, nas proximidades das

    principais cidades litorneas bastante utilizado.

    3.4- regras de operao de rdio

    importante destacar que a linguagem utilizada nas mensagens das

    comunicaes deve ser clara, formal e sucinta, ou seja, deve-se falar pausadamente,de forma concatenada, resumida, de fcil entendimento, nunca empregando grias ou

    palavras imprprias.

    Como os sistemas na radiotelefonia so normalmente Simplex , o que significa

    que necessrio aguardar que o interlocutor termine a sua mensagem para responder.

    Caso contrrio, haver interferncia na frequncia de trabalho, causando interrupo

    na recepo e impossibilidade da emisso.

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    As comunicaes a bordo devem se encaradas como instrumentos de

    segurana e de trabalho e, como tal, devem ser disciplinadas.

    Quanto prioridade, as chamadas em radiotelefonia so divididas em quatro tipos:

    Rotina

    Segurana

    Urgncia

    Socorro.

    De acordo com a sequncia de classificao A CHAMADA DE ROTINA TEM A

    MENOR PRIORIDADE E A CHAMADA DE SOCORRO A MAIOR PRIORIDADE.

    Se ao mesmo tempo, em um mesmo canal, houver duas chamadas, a chamada

    de SOCORRO tem preferncia sobre as demais.

    Chamada de rotina

    Como denominao podemos usar:

    o indicativo de chamada.

    Exemplos:

    PPWB, PP1221 Indicativo de chamada da embarcao.

    PPR, PPB Indicativo de chamada da estao costeira.

    O nome da estao.

    Exemplos:

    N/T Chuy, Rebocador Atenas, Rio Rdio, Belm Rdio.

    Pode ser usada qualquer outra informao que identifique a estao. Esta

    denominao utilizada quando no se sabe o nome ou o indicativo de chamada.

    Exemplo:

    Navio no meu travs de bombordo, embarcao fundeada prxima Ilha da

    Moela.

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    Uma chamada em VHF (canal 16) deve ocorrer da seguinte forma:

    Exemplo:

    Rebocador Atenas, Rebocador Atenas, Rebocador Atenas aqui N/T Chuy, N/T

    Chuy, N/T Chuy, cambio

    A resposta da estao chamada, ainda no canal de chamada, deve ocorrer da

    seguinte forma:

    Exemplo:

    N/T Chuy aqui Rebocador Atenas, vamos ao canal 6, cmbio.

    As duas estaes mudam do canal 16 para o canal 6 e comeam a falar

    alternadamente. Aps o trmino da comunicao, retornam para o canal 16.

    Chamada de segurana

    A chamada de Segurana indica que a estao vai transmitir uma mensagem

    relativa:

    segurana da navegao; ou

    a um aviso meteorolgico importante.

    O sinal de segurana SCURIT (pronuncia-se SECURIT), deve ser repetido

    trs vezes antes da mensagem, sua prioridade 3, sendo suplantado pelos sinais deSocorro e de Urgncia.

    Exemplo:

    SCURIT, SCURIT, SCURIT

    Aqui Rebocador Atenas, Rebocador Atenas, Rebocador Atenas

    Posio 10 milhas ao sudeste da Ilha da Moela

    Farol da Ilha est apagado. Cmbio.

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    Chamada de urgncia

    A chamada de urgncia indica que a estao vai transmitir uma mensagem

    relativa:

    segurana de uma embarcao; e

    segurana de uma pessoa (auxlio mdico).

    O sinal de urgncia PAN PAN (pronuncia-se PAN PAN), deve ser repetido trs vezes

    antes da mensagem, sua prioridade 2, s sendo suplantado pelo sinal de Socorro.

    Exemplo:

    PAN PAN, PAN PAN, PAN PAN

    Aqui N/T Japeri, N/T Japeri, N/T Japeri

    Estou 1O milhas ao norte do Farol de Olinda

    Perdi o leme, no posso manobrar. Necessito de Reboque, Cmbio.

    Chamada de socorro

    A chamada de Socorro indica que a embarcao est sob ameaa de grave

    perigo (risco de vida humana) e necessita de ajuda urgente. A chamada de Socorro

    MAYDAY (pronuncia-se MEIDEI), deve ser repetida trs vezes antes da mensagem,

    sua prioridade 1, ou seja, todas as outras mensagens devem dar vez s mensagens

    de Socorro.

    Toda estao que ouvir uma mensagem de Socorro deve parar, imediatamente,

    qualquer transmisso que possa perturbar a mensagem e ficar escutando no canal de

    chamada e Socorro at ter certeza de que poder ajudar.

    Exemplo:

    MAYDAY, MAYDAY, MAYDAYAqui N/T Jatob, N/T Jatob, N/T Jatob

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    Posio 12 milhas ao sul da do Farol de Santo Agostinho.

    Um tanque de carga explodiu e estou em chamas.

    Necessito de auxlio imediato.

    Cmbio.

    Uma embarcao nas proximidades, que possa prestar socorro, dever

    transmitir o RECIBO (significa que ouviu o pedido de Socorro e vai prestar socorro).

    Exemplo:

    N/T Jatob, N/T Jatob, N/T Jatob.

    Aqui Rebocador Tupi, Rebocador Tupi, Rebocador Tupi

    MAYDAY recebido.

    Aps a transmisso do RECIBO, a Legislao recomenda que a Estao que

    ir prestar socorro informe quando chegar ao local da embarcao que pediu socorro.

    ANTES DE UTILIZAR UM CANAL RADIOTELEFNICO VERIFIQUE SE EST

    SENDO UTILIZADO POR OUTRAS ESTAES. PARA ISSO, OUA O CANAL

    ALGUNS SEGUNDOS ANTES DE US-LO, PARA NO INTERFERIR EM UMA

    COMUNICAO EM ANDAMENTO.

    Em resumo:

    1 No faa transmisses desnecessrias;2 Siga sempre os procedimentos recomendados;

    3 Em conversaes normais, procure ser breve e bastante claro em seus

    pronunciamentos;

    4 Fale pausadamente quando informando posies e endereos, permitindo que o

    ouvinte possa anotar os dados;

    5 Mantenha o mesmo tom de voz;

    6 Pronuncie cada palavra com clareza;

  • 8/13/2019 4 5 Navegacao e Comunicacoes NAC

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    7 Siga sempre as recomendaes dos procedimentos para conversaes,

    principalmente em caso de mensagens cifradas;

    8 No seja prolixo (no prolongue desnecessariamente sua mensagem);e

    9 Use as formas padronizadas quando fazendo relatos de avisos aos navegantes,

    (bias fora de posio, farol apagado, derelito perigoso, etc.) ou de condies do tempo

    quando aplicvel.

    3.5- frequncias de escuta, de chamada, de trabalho e suas finalidades

    As frequncias nas quais se realizam respectivamente a escuta e a chamada de

    embarcaes so determinadas pela UIT, por meio de Conveno Internacional.

    Em radiotelefonia, as frequncias 2.182 KHz, 4.125 KHz e o canal 16 do VHF so ao

    mesmo tempo frequncias de escuta e de chamada, alm de serem frequncias de

    Socorro e Segurana.

    Alm das frequncias mencionadas, as seguintes frequncias tm escuta permanente

    por Estaes da RENEC (Rede Nacional de Estaes Costeiras): 6.215, 8.255, 12.290,

    16.420 e 22.060 KHz.

    3.6- importncia da fraseologia padro

    A FRASEOLOGIA E OS PROCEDIMENTOS RADIOTELEFNICOS, ASSIM COMO A

    DISCIPLINA NOS CIRCUITOS DO SERVIO MVEL MARTIMO, TM COMO OBJETIVO

    PADRONIZAR E TORNAR EFICIENTES AS COMUNICAES.

    USE AS COMUNICAES COM PROFISSIONALISMO, POIS ELAS PODEM VIR A SALVAR

    SUA VIDA OU A VIDA DE OUTRA PESSOA.

    3.7- servio mvel martimo

    A EMBRATEL (Empresa Brasileira de Telecomunicaes) realiza as

    comunicaes telefnicas entre uma embarcao e o Sistema Terrestre de

    Telecomunicaes, ou vice-versa, por meio da Rede Nacional de Estaes Costeiras

    (RENEC).

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    A UIT (Unio Internacional de Telecomunicaes), com sede em Genebra

    (Sua), disciplina as comunicaes criando normas, distribuindo e coordenando

    frequncias em todo o mundo. Elabora diversas publicaes em vrios idiomas.

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    REFERNCIAS

    BARROS, Geraldo Luiz Miranda de, Radiotelefonia Martima. Rio de Janeiro:

    Martimas, 1994.

    BOWDITCH, Nathanael. American Practical Navigator. Whashington, 1966

    BRASIL, Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Regulamento Internacional

    para Evitar Abalroamento no Mar (RIPEAM 1972) Rio de Janeiro, 1996

    BRASIL, Marinha do Brasil. Diretoria de Hidrografia e Navegao.

    a) Catlogo de cartas e publicaes;

    b) Carta 12000 smbolos e abreviaturas;

    c) Avisos aos navegantes;

    d) Roteiro;

    e) Lista de faris;

    f) Lista de auxlios-rdio;

    g) Tbuas das mars;

    h) Cartas de correntes de mar; e

    i) Cartas piloto.

    BRASIL, Decreto n 2.716, de 10 de abril de 1998.Promulga o Acordo de Transporte

    Fluvial pela Hidrovia Paraguai-Parana. Dirio Oficial da Repblica Federativa do

    Brasil,Poder Executivo, Braslia, DF, 11 de abril de 1998.

    FONSECA, Maurlio M Arte Naval, SDGM, 1989,quinta edio, Rio de Janeiro

    GOMES, Carlos R. Caminha A Prtica da Navegao, Sindicato dos Oficiais de

    Nutica e de Prticos de Portos da Marinha Mercante, volume 1 Rio de Janeiro,

    2 edio 1979.