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Terça-feira 24 de abril de 2007 Edição nº 2309 REVIVE LUTAS E DEBATE FUTURO 1” DE MAIO NO SINDICATO Desenho de Patrícia Alunos do MOVA do Jardim Farina Desenho de Amanda Homenagem a aposentados, alunos do MOVA e da rede municipal Manoel dos Santos Raphael Martinelli Páginas 2 a 4 Prova Che Guevara Premiaçªo dos corredores Feira de artesanato 4 Tribuna Metalœrgica do ABC - Terça-feira, 24 de abril de 2007 Pegou fogo a briga para definir onde se- riam as finais do Campeona- to Paulista de Futebol. A escolha pertence à Fe- deração, mas Santos e São Caetano pressionaram para jogar em suas casas. Os clubes tinham razão e lembraram outras de- cisões em seus campos sem registrar incidentes. Mas ganhou a Federa- ção e os dois confrontos da final serão no Morumbi, às 16h. O primeiro será no pró- ximo domingo, dia 29, e o segundo acontece uma se- mana depois, em 6 de maio. Por ter feito a melhor campanha, o Peixe entra na decisão atrás de dois resultados iguais. Luxemburgo quer evi- tar o salto alto e diz que o São Caetano é um adversário mais perigo- so que o Bragantino. Já classificado, o San- tos descansa da Li- bertadores nesta se- mana. O volante Glayson e o meia Canindé, am- bos suspensos, serão os desfalques do Azulão, do- mingo. O São Paulo joga seu futuro na Libertado- res amanhã, contra o Audax Italiano, do Chile, no Morumbi. Outro que define seu futuro é o Corin- thians, em partida contra o Náutico, quinta-feira, no Pacaembu, pela Copa do Brasil. O Palmeiras, sem nada para fazer, solta balões de en- saio anunciando contratações. Um sucesso com 400 participantes Prova Che Guevara Os ganhadores nas categorias feminina e masculina Um clima de alegria, resis- tência e disputa tomou conta do pessoal que no domingo de ma- nhã participou da Prova Che Guevara, disputada entre a Re- gional Diadema e a Sede do Sin- dicato, em São Bernardo. Um grupo fez o percurso correndo e outro participou ca- minhando. O primeiro a cruzar a linha de chegada foi o traba- lhador Marcílio Ferreira da Sil- va, com o tempo de 24 minutos e 48 segundos. “Foi uma prova boa, bem disputada. Meu tempo, bastan- te baixo, mostra a qualidade dos outros corredores”, disse Marcílio. Ele trabalha na Freu- demberg e treina todo dia à tar- de. Seu objetivo era chegar en- tre os três primeiros para ver se consegue patrocínio. A disputa estava embolada até a Av. Robert Kennedy. Na subida da Rua João Odorizzi, em frente à Scania, Marcílio, de 38 anos, se distanciou dos outros. O segundo colocado, Edson Silva Santos, chegou 31 segun- dos depois. Ele considerou a pro- va disputada, bem difícil. “Os adversários foram bem e a prova mostrou bom nível”, afirmou. A primeira mulher a cruzar a linha de chegada foi Solange Ferreira, que trabalha na Merce- des, onde é montadora no setor 103, no cabeçote. “Sou apaixonada por corri- da”. Ela treina diariamente e fez a corrida em 35 minutos. O pedreiro José Francisco dos Santos, de 65 anos, também participou. Ele revelou que parti- cipa de todas as corridas de longa distância, inclusive a São Silvestre, e tem cerca de 30 medalhas. “Esta prova é muito boa, bastante alegre. No ano passado também participei”, recorda. Solange Ferreira, 1” lugar Lícia Cabral Arruda, 2” lugar Lucilene Santos Ferreira, 3” lugar Marcílio Ferreira da Silva, 1” lugar Edson Silva Santos, 2” lugar Luiz Agripino da Silva, 3” lugar Conquistas Corredores concentrados em frente à Sede Regional Diadema do Sindicato para o início da prova Os trabalhadores na WA, empresa terceirizada que inspe- ciona peças na Dana Nakata, em Diadema, conquistaram a PLR pela primeira vez, em negociação conduzida pela representação dos metalúrgicos naquela empresa. Eles vão receber a primeira parcela no dia 20 de junho e a segunda em 20 de fevereiro do próximo ano. Assembléia realizada na quinta-feira passada aprovou acordo, que será estendido aos companheiros na WA que traba- lham na Forjaria e na Volks. Todos eles passam, agora, a ser representados pelo nosso Sin- dicato. Por isso, o acordo prevê a aplicação do percentual obtido na data-base, em setembro, que será incorporado ao salário. “Amanhã mesmo vamos fazer a sindicalização desses companhei- ros”, disse Marco Aurélio Santana, do Comitê Sindical na Dana. Filtrágua Na sexta-feira, os companhei- ros na Filtrágua , em São Bernardo, aprovaram acordo de PLR. O percentual aplicado no valor do ano passado é bem superior à in- flação do ano. Eles recebem a primeira parcela até 30 de maio e a últi- ma em 10 de janeiro. Mobilização Depois da mobilização ini- ciada na quarta-feira, os compa- nheiros na A+Z e Partner, de São Bernardo, conseguiram fazer a fábrica antecipar a data de pa- gamento da primeira parcela de julho para abril. Em assembléia na quarta-feira passada, eles ha- viam rejeitado a proposta e en- tregue aviso de greve. Ontem, os trabalhadores co- meçaram a jornada de braços cru- zados. O protesto durou duas ho- ras e fez a empresa rever a postura e a apresentar uma nova proposta. “Esse é o resultado da mo- bilização”, disse o diretor do Sin- dicato, Davi Carvalho ao parabe- nizar a companheira pela dispo- sição de luta. Ele recebem a pri- meira parcela dia 30 de abril e a segunda no último dia útil de ja- neiro do ano que vem. PLR na WA, FiltrÆgua e A+Z AssemblØia dos trabalhadores na FiltrÆgua aprova proposta de acordo de PLR Empresa apresentou nova proposta depois de rejeiçªo ao acordo na quarta-feira passada AGENDA Doadores de sangue Maria Acosta, mãe de Joaquim Félix Filho, trabalhador na Mercedes- Benz, precisa de doadores de sangue. Ela está internada no Hospital Tatuapé, av. Celso Garcia, 4.815. Doações de segunda a sábado, das 8h às 18h. Informações pelo telefone 4173-8527. Baile da AMA-ABC neste sábado Neste sábado tem baile da Associação dos Metalúrgicos Aposentados do ABC (AMA-ABC), com a participação da banda Talento Musical. O baile acontece das 18h30 às 23h30, na Sede do Sindicato. Os preços são populares e as reservas de mesa devem ser feitas pelo 4127-2588.

4 Tribuna Metalœrgica do ABC - Terça-feira, 24 de abril de ... · Terça-feira 24 de abril de 2007 Edição nº 2309 ... Homenagem a aposentados, alunos do MOVA e da rede municipal

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Terça-feira24 de abril de 2007

Edição nº 2309

REVIVE LUTAS E DEBATE FUTURO1º DE MAIO NO SINDICATO

Desenho de Patrícia

Alunos do MOVA do Jardim Farina

Desenho de Amanda

Homenagem a aposentados, alunos do MOVA e da rede municipal

Manoel dos Santos Raphael Martinelli

Páginas 2 a 4

Prova Che Guevara

Premiação dos corredores

Feira de artesanato

4 Tribuna Metalúrgica do ABC - Terça-feira, 24 de abril de 2007

Pegou fogo a brigapara definir onde se-

riam as finais do Campeona-to Paulista de Futebol.

A escolha pertence à Fe-deração, mas Santos e

São Caetano pressionarampara jogar em suas casas.

Os clubes tinham razãoe lembraram outras de-

cisões em seus campos semregistrar incidentes.

Mas ganhou a Federa-ção e os dois confrontos

da final serão no Morumbi,às 16h.

O primeiro será no pró-ximo domingo, dia 29, e

o segundo acontece uma se-mana depois, em 6 de maio.

Por ter feito a melhorcampanha, o Peixeentra na decisão atrás

de dois resultados iguais.

Luxemburgo quer evi-tar o salto alto e dizque o São Caetano é

um adversário mais perigo-so que o Bragantino.

Já classificado, o San-tos descansa da Li-bertadores nesta se-

mana.

O volante Glayson eo meia Canindé, am-bos suspensos, serão

os desfalques do Azulão, do-mingo.

O São Paulo joga seufuturo na Libertado-res amanhã, contra o

Audax Italiano, do Chile, noMorumbi.

Outro que define seufuturo é o Corin-thians, em partidacontra o Náutico,

quinta-feira, no Pacaembu,pela Copa do Brasil.

O Palmeiras, semnada para fazer,solta balões de en-saio anunciando

contratações.

Um sucesso com 400 participantesProva Che Guevara

Os ganhadores nas categorias feminina e masculina

Um clima de alegria, resis-tência e disputa tomou conta dopessoal que no domingo de ma-nhã participou da Prova CheGuevara, disputada entre a Re-gional Diadema e a Sede do Sin-dicato, em São Bernardo.

Um grupo fez o percursocorrendo e outro participou ca-minhando. O primeiro a cruzara linha de chegada foi o traba-lhador Marcílio Ferreira da Sil-va, com o tempo de 24 minutose 48 segundos.

“Foi uma prova boa, bemdisputada. Meu tempo, bastan-te baixo, mostra a qualidade dosoutros corredores”, disseMarcílio. Ele trabalha na Freu-demberg e treina todo dia à tar-de. Seu objetivo era chegar en-tre os três primeiros para ver seconsegue patrocínio.

A disputa estava emboladaaté a Av. Robert Kennedy. Nasubida da Rua João Odorizzi, emfrente à Scania, Marcílio, de 38anos, se distanciou dos outros.

O segundo colocado, EdsonSilva Santos, chegou 31 segun-

dos depois. Ele considerou a pro-va disputada, bem difícil. “Osadversários foram bem e a provamostrou bom nível”, afirmou.

A primeira mulher a cruzara linha de chegada foi SolangeFerreira, que trabalha na Merce-

des, onde é montadora no setor103, no cabeçote.

“Sou apaixonada por corri-da”. Ela treina diariamente e feza corrida em 35 minutos.

O pedreiro José Franciscodos Santos, de 65 anos, também

participou. Ele revelou que parti-cipa de todas as corridas de longadistância, inclusive a São Silvestre,e tem cerca de 30 medalhas.

“Esta prova é muito boa,bastante alegre. No ano passadotambém participei”, recorda.

Solange Ferreira, 1º lugarLícia Cabral Arruda, 2º lugar

Lucilene Santos Ferreira, 3º lugar

Marcílio Ferreira da Silva, 1º lugarEdson Silva Santos, 2º lugar

Luiz Agripino da Silva, 3º lugar

Conquistas

Corredores concentrados em frente à Sede Regional Diadema do Sindicato para o início da prova

Os trabalhadores na WA,empresa terceirizada que inspe-ciona peças na Dana Nakata, emDiadema, conquistaram a PLRpela primeira vez, em negociaçãoconduzida pela representação dosmetalúrgicos naquela empresa.

Eles vão receber a primeiraparcela no dia 20 de junho e asegunda em 20 de fevereiro dopróximo ano.

Assembléia realizada naquinta-feira passada aprovouacordo, que será estendido aoscompanheiros na WA que traba-lham na Forjaria e na Volks.

Todos eles passam, agora, aser representados pelo nosso Sin-dicato. Por isso, o acordo prevê aaplicação do percentual obtidona data-base, em setembro, queserá incorporado ao salário.

“Amanhã mesmo vamos fazera sindicalização desses companhei-ros”, disse Marco Aurélio Santana,do Comitê Sindical na Dana.

FiltráguaNa sexta-feira, os companhei-

ros na Filtrágua, em São Bernardo,aprovaram acordo de PLR. O

percentual aplicado no valor doano passado é bem superior à in-flação do ano.

Eles recebem a primeiraparcela até 30 de maio e a últi-ma em 10 de janeiro.

MobilizaçãoDepois da mobilização ini-

ciada na quarta-feira, os compa-nheiros na A+Z e Partner, de SãoBernardo, conseguiram fazer afábrica antecipar a data de pa-gamento da primeira parcela dejulho para abril. Em assembléiana quarta-feira passada, eles ha-viam rejeitado a proposta e en-tregue aviso de greve.

Ontem, os trabalhadores co-meçaram a jornada de braços cru-zados. O protesto durou duas ho-ras e fez a empresa rever a postura ea apresentar uma nova proposta.

“Esse é o resultado da mo-bilização”, disse o diretor do Sin-dicato, Davi Carvalho ao parabe-nizar a companheira pela dispo-sição de luta. Ele recebem a pri-meira parcela dia 30 de abril e asegunda no último dia útil de ja-neiro do ano que vem.

PLR na WA, Filtrágua e A+Z

Assembléia dos trabalhadores na Filtrágua aprova proposta de acordo de PLR

Empresa apresentou nova proposta depois de rejeição ao acordo na quarta-feira passada

AGENDADoadores de sangueMaria Acosta, mãe deJoaquim Félix Filho,trabalhador na Mercedes-Benz, precisa de doadoresde sangue. Ela estáinternada no HospitalTatuapé, av. Celso Garcia,4.815. Doações de segundaa sábado, das 8h às 18h.Informações pelo telefone4173-8527.

Baile da AMA-ABC nestesábadoNeste sábado tem baile daAssociação dosMetalúrgicos Aposentadosdo ABC (AMA-ABC), com aparticipação da bandaTalento Musical.O baile acontece das 18h30às 23h30, na Sede doSindicato. Os preços sãopopulares e as reservas demesa devem ser feitas pelo4127-2588.

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2 Tribuna Metalúrgica do ABC - Terça-feira, 24 de abril de 2007

NOTAS E RECADOS

Redação: Rua João Basso, 231 - Centro - São Bernardo - CEP: 09721-100 - Fone: 4128-4200 - Fax: 4127-3244 - www.smabc.org.br [email protected] - RegionalDiadema: Av. Encarnação, 290 Piraporinha - Telefone 4066-6468 - CEP 09960-010 - Regional Santo André: Rua Senador Fláquer, 813 - Centro - Telefone 4990-3052 - CEP 09010-160 - Diretor Responsável: Sergio Nobre - Repórteres: Carlos Alberto Balista, Gonzaga do Monte e Silvio Berengani - Repórter Fotográfica: Raquel Camargo - Arte e EditoraçãoEletrônica: Eric Gaieta - CTP e Impressão: Simetal ABC Gráfica e Editora - Fone: 4341-5810. Os anúncios publicados na Tribuna Metalúrgica são de responsabilidade daspróprias empresas.

Publicação diária do Sindicatodos Metalúrgicos do ABC

Homenagem a Che Guevaraemociona toda a militância

Debate

Rafael Marques, secretário geral do Sindicato, Genoíno, Martinelli, Sérgio Nobre, Ana Nice, diretora do Sindicato,Manoel dos Santos e Cladeonor Neves, coordenador da CUT-ABC

Apoiar avanços ecombater retrocessos

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OtimismoLula: “O Brasil só nãoatravessará a fronteira dospaíses definitivamentedesenvolvidos se cair aquiuma bomba atômica depessimismo ou uma coisaque não estamosprevendo”.

CiúmeJorge Bornhausem, ex-presidente do DEM, antigoPFL, criticou o encontroentre Lula e o presidentedo PSDB, Tasso Jereissati.

Agora vai!O Diário Oficial publicouontem sentença do Tribunalde Justiça ordenando acriação da CPI que vaiinvestigarsuperfaturamento na NossaCaixa.

Será que eles vão?Serra e Alckmin foramconvidados pela Comissãode Direitos Humanos daCâmara Federal paraaudiência sobre o acidentedo Metrô, que matou setepessoas.

Muita granaOs 300 mil caça níqueis emtodo o Estado movimentamR$ 300 milhões por mês.

InversãoNo centro de São Paulo, apolícia prendeu um homemque amarrou um fio emcédula para enganar ocaça-níqueis. A máquina,ilegal, ficou no bar.

Outro usoNo Rio, técnicos dogoverno conseguiramtransformar caça-níqueisem computadores emconversão que custa menosde R$ 100,00.

Diabo ou Deus?Religiosos querem mudar onome do principal conjuntode saltos das Cataratas doIguaçu, conhecido porGarganta do Diabo, paraVoz de Deus.

Saúde!Os idosos têm até dia 4 demaio para se vacinaremcontra a gripe.

ExcluídosLevantamento mostra que95 milhões de brasileirosnão têm coleta de esgoto,35 milhões vivem semabastecimento de água e 6milhões não têm luzelétrica.

Boa idéia!Estudante gaúcho criatijolo ecológico, feito apartir do lodo formado porresíduos do tratamento daágua.

Esqueceu tudo?No Rio, o bicheiro Turcão,preso durante a OperaçãoFuracão, faz examesmédicos para investigarpossível problema de fugade memória.

A leitura da Carta a umAmigo, emocionante homena-gem a Ernesto Che Guevara, umdos mais importantes revolucio-nários da esquerda latino-ameri-cana, encerrou o debate sobre AMilitância Ontem e Hoje, reali-zado sexta-feira à noite no Cen-tro de Formação Celso Daniel,como parte das comemoraçõesde 1 de Maio-Dia do Trabalha-dor realizadas pelo Sindicato

“Não há fronteiras nestaluta de morte, nem vamos per-manecer indiferentes perante oque aconteça em qualquer partedo mundo. A vitória nossa ou aderrota de qualquer nação domundo, é a derrota de todos.Acima de tudo procurem sentirno mais profundo de vocês qual-quer injustiça cometida contraqualquer pessoa em qualquer par-te do mundo. É a mais bela quali-dade de um revolucionário”, diza Carta elaborada pelo Departa-mento de Formação com base empalavras do próprio Che e lidapela formadora Sueli Vitorino.

“Por representar a comba-

tividade e as lutas de solidarieda-de entre os povos, Che Guevarafoi lembrado esta noite”, desta-cou o diretor de Organização doSindicato, Sérgio Nobre no finaldo encontro. “Refletir sobre opassado é pensar no futuro. Porisso convidamos trabalhadores de

Partindo de experiências di-ferentes, os três chegaram às mes-mas conclusões. O movimentodos trabalhadores do campo e dacidade no Brasil evoluiu do iní-cio do século até 1964, quandoa organização foi cortada pelogolpe militar.

As lideranças populares nãoestavam preparadas para a re-pressão que acompanhou o mo-vimento e ficaram separadas desuas bases de apoio. Isolados dasmassas, esses líderes partirampara a luta armada na esperançade livrar o País do regime mili-tar.

Só que, ao contrário do quepensavam, não estavam prepara-dos para enfrentar a ditadura eforam rapidamente eliminados.Restou a eles o exílio, a prisão ou amorte. Todo o contato com as or-

Mais uma vez os três che-garam às mesmas conclusões.O presidente Lula, e a coa-lização que ele formou, está nogoverno, mas não estão no po-der.

Por isso cabe aos movimen-tos populares se organizaremcada vez mais e apoiarem asmedidas progressistas que vie-rem de Brasília, enquanto com-batem as manifestações de atra-so.

Entre as iniciativas positi-vas, lembram das marchas queresultaram em aumentos reaisao salário mínimo, o apoio aos

Uma oposição sem víciosganizações populares foi cortado eo Brasil permaneceu nas trevas.

Martinelli, Genoíno e San-tos também foram unânimes aoafirmar que este isolamento co-meçou a acabar com as greves dosmetalúrgicos de São Bernardo,que logo depois se espalharampelo ABC e por todo o País. Nas-cia uma nova oposição de massassem o vício das antigas organiza-ções.

Pela primeira vez na histó-ria do Brasil os trabalhadores seorganizavam espontaneamenteem torno de uma liderança vin-da de sua própria classe e coman-davam as lutas no País. Em segui-da, esses mesmos trabalhadoresfundaram a CUT, o PT e elege-ram Lula presidente da Repúbli-ca. É dentro deste quadro quedeve ser vista a militância hoje.

programas de complementa-ção de renda (como Bolsa Fa-mília, Luz para Todos, Prounietc), as verbas entregues aoPronaf (Programa Nacional deAgricultura Familiar) e outros.

Entre as propostas negati-vas citaram a aprovação, peloCongresso Nacional, da emen-da 3, que acaba com os direi-tos trabalhistas.

Por isso, concluíram queorganizar os movimentos po-pulares em defesa do veto dopresidente Lula à emenda 3 éum exemplo do que pode ser amilitância hoje.

diferentes épocas para pensarcomo será o militante do século21”, salientou.

MesaParticiparam do debate o

ex-sindicalista Raphael Marti-nelli, para falar das lutas nos anos

1960, o deputado federal JoséGenoíno, do PT, que relatou asexperiências dos anos 1970, eManoel dos Santos, presidenteda Confederação Nacional dosTrabalhadores na Agricultura(Contag), que fez um relato atéos dias atuais.

Feira apresenta diversidadeQuadros, esculturas, produtos naturais, roupas, bordados, bolsas de couro,

bijuterias e vários outros artigos deram um colorido especial ao Centro CelsoDaniel. Esses foram alguns dos trabalhos expostos e vendidos na feira de artese artesanato que funcionou no sábado e no domingo, uma outra atividadedo Dia do Trabalhador no ABC.

3Tribuna Metalúrgica do ABC - Terça-feira, 24 de abril de 2007

A educação e omeio ambiente

Departamento de Formação

As escolas têm trabalha-do com temas sobre a pre-servação do meio ambiente,especialmente por causa doaquecimento global.

É de vital importânciaque as crianças e os adoles-centes tomem ciência da gra-vidade da situação atual,para que não se surpreen-dam, no futuro, com catástro-fes bem piores do que as queestamos assistindo, caso nãoconsigamos reverter ou ame-nizar a destruição da natu-reza.

Se continuarmos assim,o futuro da vida no planetaTerra é incerto. Os noticiá-rios têm nos alarmado e osalunos estão questionandoo porquê de termos chegadoa essa situação, onde cadaum de nós tem também res-ponsabilidade, e não só oschefes de Estado dos paísesmais poluidores.

Em sala de aula, os pro-fessores estão desenvolven-do atividades de leituras, re-dações, debates e desenhosentre outras, para conscien-tização das maneiras comocada um pode colaborar nosentido da amenizar o queestá ocorrendo.

AtitudeÉ fato que na escola os

alunos podem economizarcom gasto de papéis e de lá-pis, e na preservação dascarteiras, dando um alívio àdestruição das florestas e,também, não desperdiçarágua nos banheiros e bebe-douros; reciclar o lixo, depo-sitando-os em locais pré-de-terminados no pátio da es-cola ou na sala de aula.

Se morar longe da esco-la, ir às aulas com transpor-te coletivo ou pegar carona.Desta forma eles aprendemtambém como cuidar bem danatureza em outros locais,como em casa, no trabalhoou na rua.

A intenção é que a cons-cientização escolar deva seestender às famílias dos alu-nos, aos vizinhos e aos ami-gos e, assim, formar uma re-de onde sobressaia o bomexemplo de cada um. Vamosfazer nossa parte.

O concurso de redação edesenho permitiu um encontrocom a comunidade ao levar te-mas da agenda sindical para ascrianças da rede municipal deensino de Diadema e de SantoAndré e alunos do Movimentode Alfabetização do ABC (MO-VA-ABC). A premiação dos alu-nos foi no último sábado, no Cen-tro de Formação Celso Daniel.

“Essa abertura para nossaparticipação é muito importan-te e não queremos perder esseelo”, afirmou Selma Amaral, di-retora da Escola Municipal deEducação Fundamental CarlosDrummond de Andrade, de San-to André.

ParticipaçãoO concurso mobilizou per-

to de 40 mil estudantes do ensi-no fundamental nas duas cida-des e cerca de três mil alunos doMOVA-ABC. Foram 232 traba-lhos que passaram pelo processode seleção final no Sindicato e,destes, seis foram premiados comcomputadores, enquanto cadaescola dos alunos ganhadores vaireceber um televisor.

Todos os participantes fo-ram homenageados com meda-lhas. Vale lembrar que, antes dechegar ao Sindicato, os trabalhosparticipantes haviam passado porum processo de seleção nas pró-prias escolas.

Diálogo“O resultado de todos os

eventos que fizemos é muito po-sitivo. Mostra que o movimentosindical precisa dialogar maiscom a juventude e com a comu-nidade”, observou Sérgio Nobre,diretor de Organização do Sin-dicato.

Um encontro com comunidadeConcurso

Segundo ele, os trabalhosapresentados mostram que as crian-ças já sabem os obstáculos que vãoenfrentar para tornar realidade oseu sonho profissional.

O tema do concurso foi Oque eu quero ser quando crescer,para alunos do 1º ao 5º ano, e Aprofissão que quero exercer no fu-turo, para alunos do 6º ao 9º ano.

“Junto com a escola, o Sin-dicato é um dos locais que a soci-edade tem para discutir o futuro

do trabalho e para lutar por mu-danças que garantam o acesso denossas crianças a um trabalhomais valorizado”, salientou Sér-gio Nobre.

TrajetóriaJosé Fernandes, vice-presi-

dente da Associação dos Metalúr-gicos Aposentados do ABC(AMA-ABC), destacou comoinovadora a participação dos apo-sentados nos eventos do Dia do

Trabalhador e o encontro delescom as crianças no sábado.

Para ele, o seminário reali-zado por aposentados permitiuuma reflexão sobre a passagem davida do ser humano pelo mun-do do trabalho e a condição deledepois disso. “Nós chegamos atéaqui. Imagine como será a vidapara esses pequeninhos?”, per-guntou José Fernandes em tomde preocupação, apontandopara as crianças presentes.

Samira de Souza, 8 anos, foi premiada com um computa-dor pela melhor redação. Ser professora foi o título doseu trabalho. Perguntada por que quer ser professora elarespondeu com muita timidez : �Porque sim�. Samira éaluna do 3º ano da Emei Mosenhor Cavalcanti, de SantoAndré.

Os demais ganhadores foram um grupo dealunos da sala do MOVA do JardimFarina, de São Bernardo, que apresentouum desenho de autoria coletiva; MariaAparecida da Silva, aluna da sala SantaGema, do MOVA de Santo André; eSandro de Jesus Lima, do 7º ano do EJAde Diadema. Todos serão premiados comcomputadores e suas escolas comtelevisores.Eles não puderam comparecer no sábadopara receber seus prêmios.A Tribuna Metalúrgica publicará asredações vencedoras.

SAIBA MAIS

Amanda Cristina Rodrigues, de 9 anos, aluna do 4º anoda Emef Carlos Drummond de Andrade, de Santo André,ganhou um computador pelo melhor desenho. Ela querser professora de artes. Disse que foi inspirada pela pró-pria sala de aula para compor seu trabalho. �Pensei queestava na escola e me imaginei pintando�, descreveu.

Outra que pensa em ser professora é Patrícia Laureano,de 13 anos, aluna do 7º ano da escola Antonio Branco,de Diadema. Ela também foi premiada com um computa-dor. �Fiz um desenho inspirado na minha professora�, con-tou ela, ao comentar em seguida que não tem tanta certe-za de que vai seguir a carreira.

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Feijóo premia a aluna Samira Amanda, ao lado de Feijóo quer ser professora

Sérgio Nobre e Patrícia

Sérgio Nobre no ato de abertura da premiação do concurso de redação e desenho

José Fernandes mostrou preocupação com o difícil futuro profissional das crianças

Os outros premiados