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REDE ESTADUAL Nº 403 - MAIO DE 2011 Trabalhadores em educação demonstram sua força A paralisação nacional na quarta-feira, 11 de maio, pelo pagamento do Piso Nacional e pela aprova- ção do Plano Nacional de Educa- ção (PNE) foi sucesso na Bahia e no Brasil. Na capital e no interior, a Bahia aderiu em massa e por força da mo- bilização alguns municípios estende- ram a paralisação até a quinta-feira. No sudoeste baiano, por exemplo, as aulas só retornaram ao normal na sexta-feira. Vitória da Conquista, Brumado, Caculé e outros municí- pios do sudoeste demonstraram que a mobilização é forte. O que não foi diferente em Casa Nova, Apuarema, Uauá e outros municípios presentes nesta edição. Seminário de saúde Seminário em Uauá Apuarema: vitória dos professores Manifestação do 1º de Maio Manifestação em Brasília Casa Nova: adesão maciça à paralisação Congresso Mundial Tanquinho: professores em greve Carta dos professores ao povo de Poções Oeste: vitória dos professores

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paralisação nacional na quarta-feira, 11 de maio, pelo pagamento do Piso Nacional e pela aprova- ção do Plano Nacional de Educa- ção (PNE) foi sucesso na Bahia e no Brasil. Na capital e no interior, a Bahia aderiu em massa e por força da mo- bilização alguns municípios estende- pios do sudoeste demonstraram que a mobilização é forte. O que não foi diferente em Casa Nova, Apuarema, Uauá e outros municípios presentes nesta edição. Carta dos professores ao povo de Poções

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REDE ESTADUAL Nº 403 - MAIO DE 2011

Trabalhadores em educação demonstram sua força

A paralisação nacional na quarta-feira, 11 de maio, pelo pagamento do Piso Nacional e pela aprova-

ção do Plano Nacional de Educa-

ção (PNE) foi sucesso na Bahia e no Brasil.

Na capital e no interior, a Bahia aderiu em massa e por força da mo-bilização alguns municípios estende-

ram a paralisação até a quinta-feira. No sudoeste baiano, por exemplo, as aulas só retornaram ao normal na sexta-feira. Vitória da Conquista, Brumado, Caculé e outros municí-

pios do sudoeste demonstraram que a mobilização é forte. O que não foi diferente em Casa Nova, Apuarema, Uauá e outros municípios presentes nesta edição.

Seminário de saúde

Seminário em Uauá

Apuarema: vitória dos professores

Manifestação do 1º de Maio Manifestação em Brasília Casa Nova: adesão maciça à paralisação Congresso Mundial

Tanquinho: professores em greve

Carta dos professores ao povo de Poções

Oeste: vitória dos professores

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EXPEDIENTE Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da BahiaRua Francisco Ferraro, 45, Nazaré CEP 40050-020 Salvador - Bahia. Telefone (71) 4009-8350 - Fax: 4009-8379 www.aplbsindicato.org.br [email protected] Diretores Responsáveis: Coordenador Geral: Rui Oliveira Diretores de Imprensa: Noildo Gomes do Nascimento, Ivana Maria Cabral Leoni e Zaineide dos Santos Pinto Jornalista Responsável: José Bom m - Reg.1023 DRT-BA Designers: Eduardo Silva / Jachson José dos Santos Projeto Gráfi co e Editoração: Jachson Jose dos Santos / Eduardo SIlva Aux. de Produção Getúlio Lefundes Borba Impressão: Imprima Grá ca e Editora.: Tiragem 40 mil exemplares

Estadual

DIA DO TRABALHO

O coordenador-geral da APLB-Sin-dicato, professor Rui Oliveira, participou das comemorações pelo Dia do Trabalhador. Em seu

discurso, Rui enfatizou a luta dos trabalha-dores em educação por um ensino público gratuito, de qualidade e salários dignos. Neste sentido, disse Rui, é fundamental o pagamento em todo o país do Piso Sa-larial Profissional Nacional, uma grande conquista da categoria. Na Bahia, ressal-tou Rui, os trabalhadores em educação lu-tam por tudo isso mais o pagamento da URV e valorização profissional. Em nível nacional, não se pode esquecer da luta pela redução da jornada de trabalho; fim do fator previdenciário; valorização do sa-lário mínimo e aumento das aposentado-rias; valorização do serviço público e do servidor público, entre outras reivindica-ções.

A Praça Castro Alves, conhecida como a praça do povo, foi o palco da comemora-ção do 1º de Maio, domingo, no Centro de Salvador. Milhares de trabalhadores parti-ciparam do ato organizado conjuntamen-te por cinco centrais sindicais: CTB Bahia, Força Sindical, UGT, Nova Central e CGTB, que contou com a participação de dezenas de lideranças sindicais e políticas, além de atrações musicais e artísticas.A impor-tância da unidade da classe trabalhadora deu o tom dos discursos dos dirigentes sindicais, que ressaltaram em conjunto a necessidade desta união para garantir di-reitos, mais empregos e melhores condi-ções de trabalho para todas as categorias profissionais. Os avanços proporcionados

APLB-Sindicato participou das comemorações do 1° de Maio

pelos oito anos do governo do ex-presi-dente Lula e os quatro primeiros anos do governo Wagner aqui na Bahia não foram esquecidos, mas todos fizeram questão de reafirmar a necessidade de continuar lutando pelas conquistas que ainda não

vieram, a exemplo da redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

“Nós não negamos que a mudança po-lítica propiciou uma melhor condição de vida para o trabalhador, com aumento real para mais de 90% dos trabalhadores, com melhoria do salário e a criação de empre-gos em diversos setores. Mas, ainda temos muito que avançar. A Bahia, por exemplo, é o estado que mais vem se destacando na geração de emprego, mas ainda tem um grande contingente de desemprega-dos. É preciso avançar em medidas mais efetivas para melhorar a vida do traba-lhador no campo e na cidade”, afirma o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Bahia, Adilson Araújo.

A cobrança do presidente da CTB se sustenta nos números da Pesquisa de Em-prego e Desemprego do Dieese e da Su-perintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, que aponta uma taxa de desocupação de 15,7% na Região Metro-politana de Salvador no mês de março, o que significa que um contingente de de-sempregados estimado em 2,451 milhões de pessoas no mês passado. A taxa de de-semprego também tinha ficado acima da média nacional em 2010, apesar da cria-ção de mais de 120 mil novos empregos no estado no ano passado.

Manoel Porto

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Nacional

O coordenador-geral da APLB-Sindi-cato, professor Rui Oliveira partici-pou do 16º Congresso Sindical Mun-dial realizado em Atenas, na Grécia,

de 8 a 10 de abril. Ao final dos trabalhos, o secretário-geral Ge-orge Mavrikos foi reeleito por unanimidade para o cargo, assim como o presidente Muhammad Shaaban Azzouz. Também foi eleita uma nova diretoria para o próximo mandato, na qual João Batista Lemos, secretário adjun-to de Relações Internacionais da CTB, assume o cargo de vice--presidente.

No total, a nova diretoria será composta por 40 membros, sen-do que destes 16 são cargos de vice-presidente. Após ser re-conduzido pelos delegados de 105 países, Mavrikos afirmou ter cumprido o dever que lhe foi designado, “pois decidimos ser soldados da classe trabalhadora na luta pelo desmantelamento do regime imperialista”.

O professor Rui Oliveira afirma que o Con-gresso da FSM demonstrou na prática que a unidade da classe trabalhadora é, de fato, a melhor estratégia de luta contra os desmandos do capital. “Estamos acompanhando a crise mundial do capital, principalmente na Europa, mas vimos a disposição de seu povo em não aceitar pagar uma conta criada pelas institui-ções financeiras”, afirmou.

Organizado pela Federação Sindical Mun-dial, o congresso contou com a representação de 105 países e de mais de 800 delegados. Durante o evento, foi realizada uma leitura dos acontecimentos recentes enfatizando as mobilizações populares ocorridas no mundo, a exemplo do Egito, Tunísia, Argélia, Iêmen, Barein, entre outros, movimentos que eclodem em todas as partes do mundo para denunciar a agressão dos Estados Unidos.

Os representantes envolvidos no debate concordam que neste cenário, constitui-se de forma imperativa a construção de uma nova or-dem econômica, política e social. Faz-se neces-sário responder a agressão dos EUA contra os povos oprimidos. Esse redirecionamento exige o realçamento dos laços de solidariedade e maior unidade da classe trabalhadora mundial.

Os sindicalistas percebem que a orientação neoliberal dá sinais de declínio, embora tente impor, como de costume, o custo da crise para os países em desenvolvimento e, conseqüen-temente, o ônus para a classe trabalhadora. Eles acordam que o imperialismo do Estados

XVI CONGRESSO SINDICAL MUNDIAL

Unidos destila a sua “fúria” ao deflagrar uma verdadeira guerra cambial contra as eco-nomias que tentam se afirmar no contexto internacional.

A grave crise econômica mundial provo-ca profundas alterações na economia desde o seu anuncio em 2007. Tudo isso confirma o movimento cíclico de constantes crises vi-vidas pelo sistema capitalista em toda a sua existência. Neste momento, identificamos seu estágio mais agudo e acentuado, no qual prin-cipalmente os países desenvolvidos encontram muitas dificuldades para sobreviver a sua pró-pria construção e a retomada do crescimento.

Professor Rui participa do Congresso Sindical Mundial

“O Congresso, em Atenas, marca historia à medida que aponta para a radicalização da de-mocracia, de maior abertura e maior participa-ção de mulheres e jovens. A compreensão do

conjunto do movimento sindical revela o quanto e imprescindível uma efervescência na sua estru-tura e sobremaneira na orienta-ção para suas bases, os sindica-tos, seu termômetro e principal alicerce”, afirma o presidente da CTB-Bahia, Adilson Araújo.

Na análise do Congresso, é necessário unir cada vez mais a classe trabalhadora na solidarie-dade ao povo Palestino, Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Iraque, fortalecendo a sobera-nia destes países e defendendo o direito do povo decidir sobre seu presente e futuro. Enten-dem, também, que o movi-mento sindical deve denun-ciar as guerras imperialistas e

a agressão aos povos, persistindo na luta pela paz entre todos.

Pacto de AtenasAs propostas e resoluções dos trabalhado-

res, definidas no Congresso Mundial, podem ser lidas em 74 páginas no seguinte endereço eletrônico:

http://ust.org.br/documents/AtenasPacto-Portugues.pdf

Evento realizado na Grécia demonstrou a unidade da classe trabalhadora

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Vera Cruz: audiência pública sobre o PNE no dia da paralisação nacional

Estadual

A APLB-Sindicato, núcleo de Vera Cruz, promoveu uma audiência pública no dia da paralisação nacional (11 de maio) pelo pagamento do Piso Sala-

rial do magistério e pela aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE). A audiência pú-blica foi realizada na Câmara de Vereadores de Vera Cruz. Trabalhadores em educação, repre-sentantes do Executivo Municipal e cidadãos e cidadãs de outros segmentos do município discutiram os 12 artigos e o anexo que contém as 20 metas para a Educação.

A professora Hercia Azevedo, diretora da APLB-Sindicato, enfatizou que “só com o es-forço de todos e a participação dos brasilei-ros, aliados à boa vontade política e a constru-ção e prática da hábitos e valores firmados na perspectiva do projeto de nação desejado, na

busca de superar a corrupção em todas as es-feras dos poderes constituídos e definir o rumo social e educacional para os filhos e filhas des-ta nação, por meio do PNE que queremos, em todas as regiões do BRASIL, alcançaremos a principal meta de uma nação em crescimento visando atingir o desenvolvimento sustentá-vel. Sem isso é impossível evoluirmos”.

Hercia Azevedo falou sobre o PNE, enalte-cendo a importância de um debate qualifica-do. O secretário da Educação de Vera Cruz, Heder Amaro, falou sobre o Plano Municipal de Educação. O diretor da APLB-Sindicato da Regional Leste, Enéas Chaves Soares, abri-lhantou o debate com intervenções esclarece-doras sobre o PNE.

A professora destacou as principais metas do PNE:

Universalizar, até 2016, o atendimento es-colar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de Educação Infantil de for-ma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.

Universalizar, até 2016, o atendimento es-colar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.

Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do de-senvolvimento e altas habilidades ou superdo-tação na rede regular de ensino.

Alfabetizar todas as crianças até, no máxi-mo, os oito anos de idade.

Uauá chama a atenção dos governantes

A APLB-Sindicato - Núcleo Uauá ade-riu na quarta-feira (11) à paralisação nacional com o objetivo de chamar atenção dos governantes para a inte-

gralidade do piso salarial dos professores e a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educa-ção).

Mais de cem professores encontraram-se na Câmara Municipal para debaterem os temas propostos pela APLB mediante o roteiro traça-do. O encontro acabou 12h13 com os profes-sores satisfeitos e contentes por terem a opor-tunidade conhecer e debater as propostas que servirão de base para educação.

“Graças a Deus e a luta da categoria que ti-vemos um dia interativo com o único objetivo de conhecermos as ações que nortearão a edu-cação nos próximos 10 anos e não um dia para protestarmos, reivindicarmos, etc...

Uma vez que estamos gozando de conquistas importantes como Estatuto, Plano, Abono Pe-cúnio, 13º integral (sem perda das vantagens), gozo das férias sem perda das vantagens, re-ajuste do piso e a diferença salarial de janeiro e fevereiro. Mas, terminamos o encontro com planos de ação para comemorarmos o Ajuste do Fundeb.

Diretoria da APLB-Sindicato Núcleo de Uauá

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Interior

Esse foi o resultado de mais uma luta da APLB-Sindicato de Apuarema. Fazer com o que o Piso Nacional fosse respeitado e cumprido. O pagamento referente ao mês

de abril, baseado no Piso Nacional não foi infor-mado pelo prefeito, o que consideramos uma falta de respeito. Pois sempre o procuramos, através de ofícios. Quando ele efetuou o pagamento do mês de março, baseado no Salário Mínimo, nos infor-mou, e porque não fez o mesmo agora? Não só fo-ram vitoriosos os professores, como disse no início, mas também o Governo Municipal, pois, a lei está sendo cumprida. Informamos que sugerimos à se-

cretária de Educação que um dos dias paralisados pela categoria seja pago já na quarta-feira (11), dia de Paralisação Nacional. Assim, honramos o com-promisso que temos com os pais e alunos.

Diretoria da APLB-Sindicato Núcleo de Apuarema

Casa Nova: adesão maciça à paralisação nacional

Apuarema: vitória dos professores e da cidadania

Professores da rede municipal e estadual de ensino promoveram na quarta-feira, 11 de maio, adesão maciça a Paralisação Nacional, promovida pela Confederação

Nacional de Trabalhadores em Educação - CNTE, com o objetivo de ampliar as discussões sobre o Piso Salarial Nacional, Plano Nacional de Educa-ção - PNE e a reestruturação do Plano de Cargos Carreira e Remuneração Magistério e Estatuto do Magistério.

De acordo com a diretora da APLB-Sindicato em Casa Nova, Maria do Carmo da Rocha Braga, além da paralisação nacional, a paralisação da rede mu-nicipal desde o dia 2 de maio, segunda, é a pro-va da unidade da categoria em prol de melhorias, não só financeira do trabalhador em educação, mas de uma ampliação no debate por uma educa-ção de qualidade. Maria do Carmo disse ainda que a paralisação da rede municipal de ensino segue com uma crescente adesão, e que a categoria não vai ceder às pressões impostas pela administração municipal, que está fechada ao diálogo e vem ten-tando desestruturar o movimento pressionando os professores a voltarem às salas de aula.

Conforme Maria do Carmo o conjunto de ações promovidas pela APLB-Sindicato vem contando com o apoio da sociedade civil organizada e vem promovendo reuniões como a que ocorreu na ma-nhã de quarta, às 10 horas onde foi deliberado um ato público que no dia 13 maio, às 9 horas, na Praça Principal em favor de uma educação de qualidade no município e por mais transparência na utilização dos recursos destinados à esta pasta. Participaram da reunião: Colônia de Pescadores, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação de Pescadores e Psicultores, UNASFP e Associação de Santana do Sobrado. Já às 16 horas, a categoria se reuniu em assembleia geral extraordinária para discutir os ru-

mos da paralisação e organizar o ato público. Du-rante a reunião a APLB-Sindicato apresentou a rea-lidade da educação, entregou documentos com os repasses da educação, entre outros documentos, o que fez com que os representantes das entidades se sensibilizassem com a categoria e declarassem total apoio ao movimento.

A diretoria da APLB convoca ainda a partici-pação de toda a sociedade: pais, alunos, educa-dores, empresários, igrejas e toda a população a participar e tomar conhecimento das deficiências e carências da educação em nosso município.

Negociação e esclarecimentoOs professores da Rede Municipal de Ensino de

Casa Nova decidiram em 16 de maio, em assem-bleia geral da categoria, dar continuidade à para-lisação por tempo indeterminado uma vez que até o momento a prefeitura não sinalizou para nego-ciação com a APLB Sindicato.

Na oportunidade a categoria decidiu visitar algumas escolas no interior do município come-çando pela Escola de Rancho Alegre onde estava acontecendo uma festa da família. Os professores aproveitaram a oportunidade para esclarecer aos pais e alunos os motivos que os levaram a paralisar

as aulas e procuraram convencê-los a não manda-rem mais seus filhos a partir de amanhã. Os pais que ali se encontravam se sensibilizaram com a ca-tegoria e propuseram a apoiar o movimento.

Em seguida, passaram pelas escolas de Mulun-gu, Lagoa e Recreio, onde presenciaram situações absurdas, como falta de estrutura nas escolas, sujeira, duas professoras em uma mesma sala de aula, merenda escolar acondicionada juntamente com material de limpeza. No Recreio encontrou--se ainda algo muito pior que foi uma quantidade de morcegos e mau cheiro de defensivos agrícolas que prejudicam a saúde tanto de alunos quanto dos professores.

Às 18h30min houve uma manifestação em Santana do sobrado com a finalidade de chamar a atenção daquela população sobre os descasos que vêm ocorrendo na educação deste município e ao mesmo tempo pedir o apoio da comunidade para o movimento grevista.

Saiu um ônibus da porta da Prefeitura Municipal de Casa Nova às 17h30min em direção a Santana. Estão convidados a participar pais, alunos, profes-sores e a comunidade em geral. Contamos com a participação de todos neste movimento em defesa da educação.

Paralisação Nacional: Professores das redes municipal e estadual promovem adesão maciça

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CNTE

Mobilização reuniu 1.500 educadores em Brasília

P irulitos em formatos de lápis com a frase ‘A educação quer mais”, faixas, bandeiras, cartazes, todos com dize-res pedindo a valorização da carreira

e o pagamento do Piso Salarial dos educado-res. As delegações vieram de toda parte: Mi-nas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná, Mato Grosso do Sul e representantes da Bahia, Amazonas e Goiás, que aproveitaram para vi-sitar os parlamentares que representam seus respectivos estados na capital federal. Eles também assistiram à parte da reunião da Co-missão de Educação e Cultura que acontecia no auditório Nereu Ramos, na Câmara de De-putados.

A programação da tarde da Paralisação Na-cional dos Educadores foi concentrada nos acontecimentos dentro do Congresso Nacio-nal. Às 14h30, o presidente da CNTE, Rober-to Leão, participou da mesa da primeira audi-ência pública da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE). Junto com Leão,

participaram da mesa a representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa-ção (Undime), Cleusa Rodrigues; do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Con-sed), Flávio Peixoto; da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Caras; da To-dos pela Educação, Mozart Ramos; além do re-lator da Comissão, deputado Ângelo Vinhani e do presidente da Comissão, deputado Gastão Vieira.

Cinquenta pessoas foram escolhidas para assistir à audiência no local da sua realização, o plenário II da Câmara. Os demais participan-tes da Paralisação puderam assistir à audiência no auditório Nereu Ramos.

Os componentes da mesa fizeram breves apresentações sobre suas respectivas visões em relação ao PNE. “Os estados têm a preo-cupação de que o PNE seja somente uma carta de intenções”, afirmou Flávio Peixoto.

A Undime defendeu o financiamento corre-to da educação. “Acreditamos que o dinheiro público é para a escola pública, pois assim ela terá qualidade. Somos contra a compra de va-gas em escolas particulares”, declarou Cleuza Rodrigues, que também ressaltou: “Vamos res-peitar as deliberações da Conae e destacar a construção coletiva das emendas para o PNE”. Ela também lembrou que a questão financei-

ra junto à qualidade são as questões mais im-portantes na discussão e que o financiamento deverá ser proporcional. “Os municípios re-cebem menos do que os estados, embora te-nham mais alunos matriculados. Isso não pode continuar funcionando assim”, defendeu. A Undime propõe planos municipais e estaduais e que as políticas sejam integradas.

Roberto Leão lembrou a todos que a quali-dade é um conceito em disputa na sociedade. “A CNTE entende que a qualidade deve ser da cidadania, do ser humano livre para pensar e agir”, afirmou. Leão também ressaltou que o gasto com a educação nunca é demais. “Não podemos aceitar os desvios de verbas que constantemente são noticiados na imprensa. São inúmeras denúncias que comprovam que recursos da educação são desviados, e depois os prefeitos dizem que o pagamento do Piso irá causar impacto financeiro”, reclamou. Leão também enfatizou a importância da valoriza-ção da carreira. “Com essas carreiras que es-tão por aí nenhum jovem com juízo escolhe-rá ser professor. É preciso criar carreiras com perspectiva de futuro”. disse.

Ao finalizar seu discurso, Leão destacou a necessidade da aprovação do Plano Nacional de Educação. “O PNE tem que deixar claro que vamos tirar os 5oo anos de atraso na edu-cação. As emendas elaboradas pela CNTE co-bram isso. E queremos que elas sejam aceitas e que o PNE seja aprovado ainda este ano, pois a educação não pode mais esperar”, fina-lizou Leão. O discurso do presidente da CNTE recebeu apoio de todos.

Daniel Cara lembrou que a qualidade do PNE está diretamente ligada ao financiamen-to da educação. “Para garantir a qualidade do PNE é preciso mais recursos para a educação”.

Mozart Ramos também defendeu a aprova-ção do PNE este ano e ressaltou que suas me-tas devem ser atingidas até 2016. “As metas do Piso e da carreira precisam ser cumpridas já. Se fomos esperar 2020, os governantes fu-turos vão ter que pagar pelo que não foi feito antes”, afirmou.

Momentos antes de ser iniciada a audiência, o deputado Ângelo Vinhani recebeu o folder produzido pela CNTE que pede aos parlamen-tares a aprovação do PNE com as emendas criadas durante a Conae.

Às 18h, a direção da CNTE foi recebida pelo ministro da educação, Fernando Haddad, onde eles discutiram a implementacao da lei do Piso, PNE e Profuncionário.

Fonte: CNTE, 11/05/11

Aproximadamente 1.500 pessoas participaram da mobilização no dia da Paralisação Nacional da Educação, em frente ao Con-gresso Nacional, realizada quarta-feira (11 de maio), em Brasília. A manifestação começou às 9h. A todo

momento ônibus com as delegações chegavam ao local, onde estava instalado uma tenda da CNTE.CNTE

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1° Seminário sobre Trabalho e Saúde de Professores

F oi realizado no dia 11 de maio de 2011, o 1° Seminário sobre Trabalho e Saúde dos Professores, na Fundacen-tro, numa parceria da instituição com a

APLB-Sindicato.O evento foi realizado em dois momentos

: manhã - Palestra com o tema Prazer e So-frimento Criativo no trabalho proferida pela Doutora em Psicologia (UNB) Ana Magnólia Mendes. Tarde – Capitão Tadeu Fernandes (Deputado Estadual) abordando o tema Rea-daptação Funcional, em seguida, Enilda Men-donça Especialista em Gestão Pública discor-rendo sobre o Projeto Saúde, Vida e Trabalho, onde já está acontecendo em Ilhéus, finali-zando o dia, Maria Regina Borges dos Santos Especialista em Educação Ambiental (UFBA) debatendo o Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor.

Participaram do evento cem profissionais da área educacional que contribuíram signifi-cativamente para os debates nos dois perío-dos. Vale destacar que no transcorrer das pa-lestras surgiram idéias importantes para uma continuidade dos trabalhos, tais como:

- Projetos que conduzam o trabalhador em Educação que está adoecido a um espaço onde ele possa ser escutado.

- Audiência Pública para discutir a Readap-tação Funcional dos Trabalhadores em Edu-cação.

- Abordagem do Projeto Saúde, Vida e tra-balho no dia 18 de maio às 14 horas, na Rua Bela Vista do Cabral, nº 378, bairro de Nazaré.

Segundo a avaliação dos palestrantes o evento foi um sucesso, onde surgiram pro-

postas de realização de eventos similares para discutir a saúde dos trabalhadores.

Comissão organizadora:

Jane MoreiraJosé Lucas

Luciano CerqueiraSilvana Coelho

O evento foi realizado no dia da paralisação nacional pela aprovação do PNE e pagamento do Piso Nacional

Fotos: Manoel Porto

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Interior

LUTAS E CONQUISTAS

U ma participação efetiva da Diretoria Re-gional da APLB Sindicato e de suas De-legacias Municipais junto às Administra-ções fez valer os direitos dos Professores

da Rede Municipal.Houve muito diálogo com Prefeitos e assesso-

res para se chegar às vitórias alcançadas. Mas, tudo isso é resultado da maturidade, experiência e com-promisso dos dirigentes da APLB Sindicato com a categoria.

Algumas manifestações ocorreram, mas a aber-tura para o dialogo demonstrou que o que estava em pauta era a valorização do Magistério e não in-teresses individuais.

A melhoria na qualidade da Educação passa pela melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos Servidores da Educação.

Vitória dos Professores Municipais do Oeste!

Reajustes de 21,70%, 21,62%No município de Formosa do Rio Preto, através

da organização e da competência da dirigente lo-cal, com a presença da diretora regional, a profes-sora Jacira Wanderley, após duas assembleias nas quais os professores demonstraram sua disposição para a luta, foi realizada uma reunião na Prefeitura Municipal em que o reajuste de 21,70% foi definido após diversas discussões

E as conquistas não param! Em Riachão das Neves não foi diferente. O di-

álogo foi preponderante no enquadramento dos professores no Plano de Carreira, alcançando um reajuste superior a 22% na remuneração. Em mais de duas horas de reunião com o prefeito “Marqui-nhos”, a diretora regional, professora Jacira Wan-derley, e a diretoria local da APLB, chegou-se a mais uma vitória para a Educação.

Outros municípios também optaram pela valo-rização dos servidores da Educação e, consequen-temente, pela valorização da Educação Municipal: Cristópolis, Baianópolis, Cotegipe e Catolândia (em todos eles com a participação efetiva da APLB--Sindicato).

e ponderações além da análise financeira do município.

Em Santa Rita de Cássia o diálogo instalado, também com a presença da professora Jacira Wan-derley, após uma paralisação de 24 horas, a nego-

Esse foi o resultado da atuação da APLB Sindicato nas cidades de Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, Formosa do Rio Preto, Baianópolis, São Desidério e outras cidades do Oeste da Bahia

Professores de Tanquinho em greve por tempo indeterminado

A APPI-APLB-Sindicato convoca os trabalhadores em educação do município de Ilhéus para acompa-nhamento da leitura e votação do

Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos servidores.

Local: Câmara de VereadoresData: 24/05/2011Horário: 16 horas

Votação do PCCS em Ilhéus

O s professores municipais de Tanqui-nho estão em greve por tempo inde-terminado desde a segunda-feira 16 de maio. Liderados pela APLB-Sindi-

cato, os professores só retornarão ao trabalho depois que o prefeito de Tanquinho apresen-tar uma proposta de Plano de Carreira para a categoria que garanta:

• Enquadramento para professores

• Avanço na carreira por tempo de serviço

• Piso Salarial diferenciado para nível mé-dio (R$ 593,00 – 20 horas semanais) e su-perior, pois o gestor desconsidera quem tem graduação, nivelando por baixo to-dos os professores

A categoria não aceita Piso sem avanço na carreira!

Queremos nosso Plano de Carreira!Disso não vamos abrir mão!

APLB-Sindicato de Tanquinho

Companheiros,Visando a integração dos nossos objeti-

vos comuns e de acordo o discutido em 04 de Dezembro de 2010 no Conselho Regio-nal em Porto Seguro, convocamos os Dire-tores de Núcleos e Delegacias a participa-rem da I reunião que norteará novos rumos às ações Sindicais.

Compareça! Sábado, 04 de Junho na ci-dade de Guaratinga, às 8 horas

Professora Francisca Brasília

APLB: (73)3288-3720 ou (73)3012-1055

Jurandy: (73)8123-1913Conceição:(73)81470382

1ª Reunião de Integração

Regional-Sul

ciação chegou ao reajuste de 21,62%.No município de São Desidério, a 27km de Bar-

reiras, os professores da rede municipal de ensino tiveram reajuste salarial de 20%. A disposição dos professores municipais, juntamente com a diretora regional da APLB-Sindicato, professora Jacira Wan-derley, conduziu, através do diálogo, a negociação a um reajuste de 20%.

Se quiser pode também ver diversas fotos no orkut paulo e jacira wanderley: [email protected]

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[email protected]

Interior

O s professores e professoras da rede municipal de ensino de Poções es-clarecem à população os motivos que os levaram a paralisar as ativi-

dades nas escolas a partir do dia 16 de maio de 2011 e sair às ruas para manifestar a insatis-fação e reivindicar seus direitos.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Carta dos professores ao povo de Poções

Professor Gilcemar destaca as ações do sindicato e critica políticos de Araci

Desde o primeiro ano de governo do prefeito Luciano (2009) que os trabalhadores em Edu-cação tentam negociar um reajuste aceitável e a negociação não avan-ça.

Em 2010, o desca-so do gestor foi ainda maior, apesar do repas-se do FUNDEB ter supe-rado a previsão, chegan-do a R$ 13.861.908,25, o percentual de 5,42% concedido pelo prefeito foi vergonhoso, provo-cando o maior arrocho salarial da história do município de Poções.

Agora em 2011, o prefeito Luciano apresen-tou a pior proposta de reajuste de todas as campanhas salariais realizadas pela categoria. Nunca antes um Prefeito teve a indecência de propor um valor tão pífio para reajustar o salá-rio do servidor.

Para comprovar o tamanho descaso do atual

Prefeito com a Educação, observe os números das campanhas salariais dos últimos três anos da gestão anterior, comparados com os três anos de gestão do Prefeito atual.

Lembrando ainda que ele retirou 10% dos professores do 6º ao 9º ano e desde o se-gundo semestre de 2009 não está efetivando o pagamento dos 15% de gratificação a que tem direito todos os servidores municipais que concluírem o ensino superior.

Por entender que desenvolvimento de uma cidade depende da Educação, que um ensino de qualidade só acontece com um bom pro-fessor e que um bom professor deve ser bem remunerado, os professores estão na luta e conta com o apoio da sociedade para que os profissionais da educação sejam valorizados.

APLB – Sindicato Delegacia Pastoril Po-ções, Maio de 2011.

1. Adicional de Deslocamento;2. Gratificação de Deslocamento;3. Defesa da Validação do Concurso – 2003;4. Permanência e Seguridade de 67 Servido-

res de Secretarias Diversas à frente da Co-missão Constituída;

5. Reintegração de 05 Servidores Demitidos Indevidamente;

6. Isenção do Pagamento de Transporte por Servidores;

7. Reformulação do Estatuto e Plano de Car-reira;

8. Reajuste Salarial Exercício – 2007, para Pro-fessores, Proporcional à Carga Horária e Respectivos Níveis, com Pagamento de Re-troativo aos Meses de Março, Abril e Maio;

9. Rateio das Sobras das Verbas do FUNDEB – Referente à Parcela dos 60%, FUNDEF/FUNDEB – Exercício – 2007;

10. Pagamento Integral do 13º Salário Anteci-pado para Aniversariantes do Mês.

11. 20% de Reajuste Salarial no Exercício - 2008, com Pagamento de Retroativo aos

Meses de Janeiro Fevereiro e Março; 12. Cumprimento da Progressão Vertical – Mu-

dança de Nível;13. Ampliação da Licença Maternidade de 4

para 6 meses – Exercício 2009;14. Reajuste Salarial de 8% – Exercício 2009

para Professores, Proporcional à Carga Ho-rária e Respectivos Níveis;

15. Instalações e Estruturação da Sede da APLB – Sindicato - (Constituição Patrimonial)

16. Uma média de dez Atendimentos Diários, Individuais, nos mais Diversos Aspectos: Negociação, Orientação, Encaminhamen-tos Pessoais e Documentais, Acompanha-mentos Processuais, Negociação junto a Secretaria de Educação etc.;

17. Implantação do Piso Salarial Nacional - Exercício 2011.

18. E a Maior Conquista: O Reconhecimento e o Respeito Conquistado Junto as Autorida-des Municipais, Servidores Conscientes Ci-dadãs e Cidadãos Aracienses. E a Promoção de Conscientização, Dignida-

de dos Servidores da Educação do Nosso Município. No Blog Senhor X, você lê:

O Presidente da APLB de Araci, o se-nhor Gilcemar, em entrevista ao progra-ma Patrulha da Cidade na segunda-feira (09/05/2011), fez esclarecimentos sobre o Piso Salarial Nacional e chamou a atenção não somente dos Professores, mas também de toda a sociedade, para o que fizem al-guns políticos: “Cuidado gente, não se deixem ludibriar-se pelos políticos de nos-sa cidade, o mérito pelo aumento salarial não é da Prefeita nem dos Vereadores, eles não fizeram nada, o mérito é das entidades que correram atrás para que isso se tornas-se possível, e graças ao senador Cristóvão Buarque que idealizou o projeto, a prefeita não fez nada”, e finalizou dizendo “A gente não vê os políticos de Araci correrem atrás em Brasília pela melhoria da nossa classe”.

APLB SINDICATO – NÚCLEO ARACI - BAHIA“06 ANOS - Pouco Tempo para Muitas Conquistas”

AÇÕES CONCRETIZADAS

GESTÃO ANTERIOR GESTÃO DE LUCIANO

2006 - 20,6% 2009 - 5,92% 2007 - 20% 2010 - 5,49% 2008 - 12% 2011 - 3,2% proposta

Total: 52,6% Total: 14.61%

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10 www.aplbsindicato.org.br

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

A Comissão Especial que discute o cronograma de atividades do 2º Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na Câmara Federal, apro-vou o requerimento da deputada federal Alice

Portugal (PCdoB) para realização de audiência pública na Bahia sobre o plano. O objetivo da parlamentar é construir um panorama regional da educação brasileira. O tema foi debatido nesta quarta-feira (27/4), durante reunião que ou-viu ainda o especialista Prof.Dr. Ricardo Martins sobre os principais problemas e desafios a serem enfrentados pelos parlamentares na elaboração do projeto. A comissão aca-tou também a sugestão da deputada para cobrar diagnós-ticos sobre a situação atual da educação no país e realizar um seminário comparativo entre a realidade educacional brasileira e de outros países. O requerimento será remetido ao ministro da Educação, Fernando Haddad.

A deputada Alice Portugal demonstrou entusiasmo na tarefa de projetar sobre a realidade complexa e multifa-cetada do Brasil metas justas, democráticas e alcançáveis para ultrapassar o atraso da educação brasileira. Segundo ela, o diagnóstico do especialista demonstrou que existe um imenso potencial para alcançar grandes resultados. “Será necessário buscarmos diagnósticos que nos permi-tam ousar. Saber como repartir responsabilidades e como cobrá-las dos gestores e de todos os envolvidos no proces-so educacional”, afirmou.

Desigualdade regionaisAo comentar a afirmação do especialista, consultor le-

gislativo da Câmara dos Deputados e professor da UNB, de que ainda faltam informações importantes sobre al-guns gargalos da educação, a deputada baiana sugeriu metas para enfrentar as desigualdades regionais e so-ciais. “Não basta apenas apontar metas universais. Elas são insuficientes. É preciso também cobrar políticas e metas que combatam a desigualdades regionais, de gê-nero, e sociais como as que atingem negros, populações rurais e as mulheres”, declarou Alice.

Entre as variáveis da complexa realidade brasileira, a parlamentar listou problemas que atingem a população feminina em idade escolar, a desigualdade que acome-te, sobretudo, a população negra e a necessidade de oferecer alternativas para grupos marginalizados como

Bahia terá audiência pública para discutir PNE

Estadual

Entre as variáveis da complexa realidade brasileira, Alice Portugal listou problemas que atingem a população feminina em idade escolar

indígenas, ciganos e outros.

Seminário Internacional A deputada baiana sugeriu a realização de semi-

nários com especialistas brasileiros e estrangeiros que permitam comparar as políticas de outros países com a realidade local. “Acho que devemos estudar as políticas educacionais do Japão, de Cingapura e Coréia do Sul e verificar os métodos que esses países usaram para alcan-çar as metas de desenvolvimento e competitividade que demonstram hoje”, afirmou.

A falta de diagnósticos do estado atual da educação brasileira foi o principal problema apresentado. Já de alguns meses que se cobra do Ministério da Educação a apresentação deste documento, indispensável para se fazer projeções para os próximos 10 anos, obrigação do plano.

Já existe um consenso entre os especialistas e de-putados de que será necessário apontar, com clareza, uma estimativa dos custos e metas, além de analisar as propostas de divisão das responsabilidades financeiras a serem repartidas entre União, Estados e Municípios.

O projeto do MEC, ao não apontar as responsabili-dades, deixa em aberto de que forma os municípios irão atender à expectativa de universalizar, até 2016, a oferta de educação infantil. Na atualidade, 75% das crianças entre 4 e 5 anos já estão na escola e 21,6% das crianças de 0- a 3 anos.

Outro problema apontado pelo especialista é o pla-no de universalizar, até 2016,o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos não possui metas intermediárias que possibilitem acompanhar o efetivo cumprimento da política e remanejar recursos. Como exemplo, criticou o projeto por não apontar a faixa etá-ria ideal para a conclusão do ciclo de ensino correspon-dente.

A falta de dados sobre a população escolar com de-ficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino foi um outro problema apontado. Por se tratar de um direito social, somente a existência de dados estimativos poderá aproximar o plano da realidade e das carências.

INFORME JANDAÍRA

poderá aproximar o plano da realidade e das carências.poderá aproximar o plano da realidade e das carências.

Audiência pública sobre o PNE

O professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato, participa da audiência

sobre o PNE (Plano Nacional de Educação) no dia 9 de junho, às 14 horas, na Comissão de

Educação da Assembleia Legislativa da Bahia.

Delegacia Sindical do Litoral Norte

Deputada federal Alice Portugal

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