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1 Apresentação Aluno Você deve ter percebido que vivemos num mundo rodeado de mensagens escritas. São os textos! Vamos aproveitar esta unidade para conhecermos as diferentes formas de textos que podemos utilizar para expressarmos nossos pensamentos. Mas . . . o que é um texto? O texto é um tecido . Quando se produz um texto, o processo de construção se assemelha ao da tecelagem, que mistura fios para originar o pano. Na produção do texto, ordenam-se palavras e frases para formar um conjunto final que atenda aos nossos propósitos ou intenção de comunicar algo.

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Apresentação

Aluno Você deve ter percebido que vivemos num mundo rodeado de mensagens escritas. São os textos! Vamos aproveitar esta unidade para conhecermos as diferentes formas de textos que podemos utilizar para expressarmos nossos pensamentos. Mas . . . o que é um texto? O texto é um tecido. Quando se produz um texto, o processo de construção se assemelha ao da tecelagem, que mistura fios para originar o pano. Na produção do texto, ordenam-se palavras e frases para formar um conjunto final que atenda aos nossos propósitos ou intenção de comunicar algo.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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Leia as poesias abaixo: Leia as poesias abaixo: Leia as poesias abaixo: Leia as poesias abaixo: CIDADEZINHA QUALQUER

Carlos Drummond de Andrade

Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras

Pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar. . . as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. In: Poesia Completa e Prosa.

Rio de Janeiro, Aguilar, 1973

A ESTRELA Manuel Bandeira

Vi uma estrela tão alta. Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. Era uma estrela tão alta! Era uma estrela tão fria! Era uma estrela sozinha Luzindo no fim do dia. Por que da sua distância Para a minha companhia Não baixava aquela estrela? Por que tão alta luzia? E ouvi-a na sombra funda Responder que assim fazia Para dar uma esperança Mais triste ao fim do meu dia.

In: Estrela da vida inteira. 6ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.

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As duas poesias da página anterior têm um formato particular. Cada linha é um verso e um conjunto delas forma uma estrofe. São diferentes de um texto em prosa que tem as linhas contínuas.

VERSOVERSOVERSOVERSO Observe este “texto sem palavras”.Observe este “texto sem palavras”.Observe este “texto sem palavras”.Observe este “texto sem palavras”. Mm mm MM mm Mm mm mm Mm m, mm Mm m mm mm Mm m mmm mm m Mm mm! Mm mm mm m Mm m mmm

Mm m m m mm.

In: Carvalho, Carmen Sílvia C.Torres. Construindo a escrita.

Vol. 2. São Paulo: Ática, 1995)

A este formato dá-se o nome de poema.

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1- Se houvesse algo escrito no lugar do “m”, que tipo de texto seria? 2- Escreva tudo o que você observou para dar essa resposta.

PROSAPROSAPROSAPROSA

Agora, observe este texto:Agora, observe este texto:Agora, observe este texto:Agora, observe este texto:

Mm mm Mm mm

Mm mm, mm mm

mm. Mm mm mmm mmm mmm mmmmm mmmmm mmmmmmm mm mmm. Mm mmm. Mm mm mmm, mm mm mmm mmmm mmm mmmmmm mmm mmm, mm mmmm mmmm mmmmm mm? Mmm mmm mmm mm mmm mmmm mmmmm mmmm mm mm. Mmmm mm mmm?!? Mm mmm. . . mmm mm mmm mm mm mm. Mmmm mmm: Mmm mmm mmm!! Mm mmmm mmmm mmmm. Mmm, mmmm mmmm mm mm mmmm mm mmmm mmm, mmm m mm.

In: (Carvalho, Carmen Sílvia C. Torres. Construindo a escrita. Vol. 2. São Paulo:

Ática, 1995). A este formato dá-se o nome de texto em prosa.

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1- Se houvesse algo escrito no lugar dos “m”, que tipo de texto seria? 2- O que você observou, para tirar sua conclusão quanto à organização das linhas?

Podemos perceber que o texto em prosa não é organizado em versos, como o texto da pág. 4, e, sim, em linhas contínuas, formando parágrafos.

O parágrafo constitui uma idéia desenvolvida em uma ou mais frases. Sempre se começa um parágrafo com um distanciamento da margem.

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Compare os textos: Compare os textos: Compare os textos: Compare os textos:

Quando oiei a terra ardendo Quá foguera de São João Eu perguntei a Deus do Céu, ai Pur que tamanha judiação Qui braseiro, qui fornaia Nem um pé de prantação Pru farta d’ água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortá pro meu sertão Quando o verde dos teus óio Se espaiá na prantação Eu te asseguro, num chore não, viu? Que eu vortarei, viu, meu coração Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Asa branca. In: Nova história da MPB. São Paulo, Abril, 1978. 4ª capa.

A região seca parecia um deserto: a terra estava rachada, nenhum sinal de verde. Até as árvores estavam peladas de folhas e com os galhos secos. No céu azul, nem uma nuvem de chuva. E sobre toda a terra seca o sol brilhava, parecendo secar até a alma das pessoas. Graciliano Ramos, Vidas Secas. José Olympio.

Em ambos os textos, os autores escrevem sobre o grave problema das secas, mas de formas diferentes. Os versos do poema de Luiz Gonzaga nos mostram a tristeza, a saudade, a linguagem do homem do campo que viu sua terra secar. O texto de Graciliano Ramos, em prosa, descreve a seca da região Nordeste, de maneira agreste.

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O escritorO escritorO escritorO escritor é você! é você! é você! é você! Leia o poema A CASA, de Vinícius de Moraes, em que o autor, por meio de versos, faz a descrição de uma casa.

A CASA

Era uma casa Muito engraçada Não tinha teto Não tinha nada Ninguém podia Entrar nela não Porque na casa Não tinha chão Ninguém podia Dormir na rede Porque na casa Não tinha parede Ninguém podia Fazer pipi Porque penico Não tinha ali

Mas era feita Com muito esmero Na rua dos Bobos

Número zero.

In. Para gostar de ler. vol. 6. Poesias São Paulo, Ática, 1988.

Descrição é a construção escrita, em prosa ou versos, de imagens que representam seres, objetos ou cenas.

Vamos então tentar uma descrição em prosa?

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Escreva sobre a sua casa, contando-nos:

1- Onde se localiza? 2- Qual o seu aspecto? 3- Que lembranças a casa desperta em você?

PROSAPROSAPROSAPROSA

Em prosa, podemos encontrar textos literários e não literários. Estes últimos podem ser: textos jornalísticos, textos de informação científica, textos instrucionais, textos epistolares (cartas e bilhetes), textos humorísticos, textos publicitários. Apresentamos a você alguns textos em prosa que, com certeza, já fazem parte do seu dia-a-dia.

Leia a descrição de uma tempestade, escrita por Jorge Amado.

A TEMPESTADE A TEMPESTADE A TEMPESTADE A TEMPESTADE

A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais; no “Farol das Estrelas” não brilhavam as lâmpadas pobres que iluminavam os copos de cachaça, muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar, quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas. Os homens se olharam e como se interrogaram. .Fitavam o azul do oceano a perguntar de onde vinha aquela noite adiantada no tempo. Não era a hora ainda. No entanto, ela vinha carregada de nuvens, precedida do vento frio do crepúsculo, embaciando o sol, como um milagre terrível.

A noite veio, nesse dia, sem a música que a saudasse. Não ecoara pela cidade a voz clara dos sinos do fim da tarde. Nenhum negro aparecera ainda de violão na areia do cais. Nenhuma harmônica saudava a noite da proa de um saveiro. Não rolava sequer pelas ladeiras o baticum monótono dos candomblés e macumbas. Por que então a noite já chegara sem esperar a música, sem esperar o aviso dos sinos, a cadência das violas e harmônicas, o misterioso bater dos instrumentos religiosos? Por que viera assim antes da hora, fora do tempo? Amado, Jorge. Mar Morto. 27ªed. São Paulo, Livraria Martins Editora.

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Este é um texto literário: Sabe por quê?

Porque o autor procura despertar a sensibilidade das pessoas. Ele descreve a tempestade de uma maneira original.

O autor selecionou palavras carregadas de expressividade formando imagens poéticas, como: - “Não ecoara pela cidade a voz clara dos sinos”. “. . . ela vinha carregada de nuvens, precedida do vento frio do crepúsculo, embaciando o sol, como um milagre terrível”. “Nenhuma harmônica saudava a noite da proa de um saveiro”. Além disso, esse tipo de texto é, na maioria das vezes, fruto da imaginação do autor, e não um fato real.

Vejamos, agora, um Texto Informativo e um Texto Não Literário.

A cana-de-açúcar Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapê, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco , Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível em automóveis.

In: Brasil, Sociedade e Espaço.

São Paulo, Ática, 1996.

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O texto informativo tem como intenção informar sobre fatos reais. Alguns desses textos são utilizados para nosso estudo de História, Ciências, Matemática. . .

A preocupação em transmitir uma informação clara e precisa aparece nos textos científicos, nas matérias jornalísticas, nos avisos, nos filmes e documentários.

O que é Texto Jornalístico Texto Jornalístico Texto Jornalístico Texto Jornalístico ?

Dê uma olhada num jornal. Você vai encontrar vários cadernos, cada um com determinados assuntos: política, economia, fatos policiais, esportes, cultura, espetáculos, etc.

Vai encontrar também seções de cartas, informações de utilidade pública, divertimentos. Sem falar nos anúncios, que podem ser publicitários (as propagandas) ou classificados.

Um jornal traz informações sobre tudo o que acontece no mundo e na sua cidade, no dia daquela edição.

Notícia de jornalNotícia de jornalNotícia de jornalNotícia de jornal Leia a notícia abaixo:

Ministério vai informar mães da Sucursal de Brasília Depois de ter reajustado em 66% o valor pago pelo parto normal, o Ministério da Saúde lança nova ofensiva para tentar reduzir o número de partos por cesariana no Brasil. A partir do segundo semestre, todas as mulheres cujos partos tenham sido realizados em hospitais da rede SUS (Sistema Único de Saúde) receberão em casa correspondência do ministério detalhando o tipo de procedimento a que foram submetidas. O objetivo é evitar que os hospitais façam partos normais, mas cobrem como se fossem cesariana, que custam mais caro. Como as gestantes vão receber em casa a descrição do tipo de atendimento a que foram submetidas, poderão denunciar a irregularidade caso tenha havido fraude.

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Se a experiência der certo, o Ministério da Saúde vai expandir esse procedimento para todas as internações hospitalares realizadas em hospitais do SUS.

Folha de São Paulo, 10 de março de 1999.

O texto é uma notícia de jornal. Toda notícia tem como objetivo principal informar o leitor sobre um fato verdadeiro, ocorrido em determinado lugar, num determinado dia.

I - Recorte uma notícia de jornal que você achou interessante e cole-a no seu caderno. Procure ler e entender bem o assunto da notícia. A seguir, responda às questões:

1- Qual foi o fato noticiado? 2- Onde aconteceu?

3- Quando isto ocorreu?

4- Quem foram as pessoas envolvidas no acontecimento?

5- Copie o título da notícia.

Manchete é o título da notícia mais importante do jornal. Vem na

primeira página em letras grandes. II- Recorte e cole em uma folha de seu caderno uma manchete de jornal.

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TEXTO INSTRUCIONALTEXTO INSTRUCIONALTEXTO INSTRUCIONALTEXTO INSTRUCIONAL

INSTRUÇÕES Cuidados gerais com a fita de vídeo 1. Não toque na superfície da fita

magnética. 2. Não deixe a fita perto de campos

magnéticos fortes (como aparelhos de TV, caixas acústicas, etc.).

3. Não tente desmontar a fita ou consertar eventuais danos.

4. Não bobine e rebobine sucessivamente a fita sem fazer a reprodução, o que pode acarretar afrouxamento ou outro tipo de dano.

5. Evite oscilações bruscas ou choques. 6. Para evitar o apagamento acidental de

uma gravação, quebre a lingueta de proteção no dorso da fita. Para gravar novamente, cubra o buraco com fita adesiva.

Receita de brigadeiroReceita de brigadeiroReceita de brigadeiroReceita de brigadeiro Ingredientes:Ingredientes:Ingredientes:Ingredientes: 1 lata de leite condensado 4 colheres de sopa de chocolate em pó 1 colher de sopa (cheia) de manteiga

Modo de fazer: Misture todos os ingredientes numa panela e ponha para ferver, em fogo brando. O ideal é mexer sempre, com uma colher de pau. Deixe ferver até ele começar a desgrudar do fundo da panela. Quando estiver no ponto, despeje em uma vasilha rasa, para esfriar. Depois de frio, enrole os brigadeiros. Para facilitar, passe um pouco de manteiga na mão. Por fim, passe no chocolate granulado.

Os dois textos têm a intenção de passar instruções a quem os lê. Por isso usam expressões que indicam ordem ou pedido: não toque, não deixe, misture, deixe ferver, etc.

O texto instrucional procura informar o leitor sobre o procedimento adequado de manusear aparelhos elétricos, máquinas e até mesmo informar sobre os ingredientes e o modo de fazer receitas culinárias.

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Vamos ler um TEXTO HUMORÍSTICOTEXTO HUMORÍSTICOTEXTO HUMORÍSTICOTEXTO HUMORÍSTICO ?

Texto humorístico - é aquele que tem a intenção de divertir, contar coisas engraçadas, fazer rir.

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Qual a intenção de um TEXTO PUBLICITÁRIO TEXTO PUBLICITÁRIO TEXTO PUBLICITÁRIO TEXTO PUBLICITÁRIO ?

O texto publicitário tem a intenção de divulgar um produto, convencer alguém a consumir o que é anunciado.

Ele é composto de imagens e palavras e procura chamar a atenção do espectador para a qualidade do produto anunciado: o filme Menino Maluquinho.

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Numa publicidade, podemos encontrar os seguintes elementos:

ilustração, texto, slogan e logotipo (uma frase breve e atraente, chamando atenção para as qualidades que se quer destacar, por exemplo “Arapuã ligadona em você”).

Normalmente aparece um outro elemento: o logotipo que representa o anunciante do produto. Veja estes quatro elementos na publicidade abaixo: texto

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1- Crie um slogan para este produto:

2- Escolha uma propaganda em revista, jornal ou TV que você acha

interessante. a) Qual é o produto anunciado? b) A quem a propaganda pretende atingir? c) Quais as vantagens ou qualidades apontadas ou sugeridas?

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OuveOuveOuveOuve //// houvehouvehouvehouve

Ouve é do verbo ouvir. Exemplo: Você ouve o que eu falo? Houve é do verbo haver, tem o sentido de aconteceu, ocorreu. Exemplos: Houve uma festa ontem. O que houve com você?

I- Complete as lacunas com ouve ou houve. 1- Acho que vovô não ________ muito bem. 2- Dizem que ______ um acidente na estrada. 3- Quem diz o que quer _______ o que não quer. 4- Ela ______ bem o que ele diz. II- Complete o quadro abaixo com os significados apresentados. Todas as palavras começam com o “x”.

1 2 3 4 5 6 7

APRENDA MAIS

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1- vasilha onde se serve café 2- líquido que serve para lavar os cabelos 3- medicamento para tosse 4- jogo sobre um tabuleiro de 64 casas 5- bisbilhoteiro, importuno 6- indígenas do Brasil central 7- designação das rochas metamórficas de textura folheada como a ardósia

A estranha passageira

O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou

com zero hora de vôo – e riu nervosinha, coitada. Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e fiz o bacano respondendo que estava às suas ordens. Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e arrumar todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação em sua farta cintura. Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula: Para que esse saquinho aí? – foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo. É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho. Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou: Uai . . . as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro? Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue (embora com tantas carnes parecesse mais um açougue) e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.

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O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:

Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela? Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem. Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janela pra ver a paisagem) e gritou: Puxa vida!!! Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou pra janela e disse: Olha lá embaixo. Eu olhei. E ela acrescentou: Como nós estamos voando alto, moço. Olha só . . . o pessoal lá embaixo até parece formiga. Suspirei e lasquei: Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou vôo.

Ponte Preta, Stanislaw – In: Para Gostar de Ler. Vol. 8. São Paulo, Ática, 1988.

Você considera normal a atitude de “madama” por nunca ter viajado de avião? Explique.

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Gabarito

p. 05

1) texto em verso, chamado poema. 2) composto de versos e estrofes.

p. 06

1) texto em prosa 2) é escrito em linhas contínuas

pp. 08 e 09 Resposta pessoal p. 12 I- Resposta pessoal II- Resposta pessoal p. 17

1- Resposta pessoal 2- Resposta pessoal

p. 18 I- 1) ouve 2) houve 3) ouve 4) ouve p. 19 II- 1) xícara 2) xampu 3) xarope 4) xadrez 5) xereta 6) Xavantes 7) xisto p. 21 Resposta pessoal

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Apresentação

Vamos continuar o estudo da matéria, caro

aluno.

Queremos que você sinta que lidar com as palavras pode ser agradável, complementando sua habilidade em comunicação, que é importante em todas as situações da sua vida.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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ComunicarComunicarComunicarComunicar---- se é preciso se é preciso se é preciso se é preciso!!!! Você saberia dizer o que estas figuras juntas estão

representando?

Não conseguiu? É claro que não! Você não conhece o que representam os símbolos usados. Se,

entretanto, para cada um dos símbolos apresentássemos uma letra correspondente, por exemplo:

Veja: = O = V

= E

= C

= ACENTO CIRCUNFLEXO . . . que palavra seria possível descobrir?

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Você sabe o que é Código ?

Toda vez que precisamos nos comunicar, utilizamos um código que pode

ser: a) verbal: quando usamos a palavra escrita ou falada.

b) não verbal: quando não usamos a palavra, como num trecho de partitura

musical.

Código: são os sinais, frutos de uma convenção, que utilizamos para

elaborar as mensagens.

Esses sinais podem ser representados por uma cor, um som, um gesto e

pela palavra falada ou escrita.

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Identifique o tipo de linguagem utilizada em cada uma das mensagens:

verbal, não-verbal ou as duas ao mesmo tempo.

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A cada dia, aumentam as mensagens compostas por imagens,

substituindo ou completando as mensagens verbais.

Observe que a compreensão das imagens é uma das maneiras de se ler e interpretar um texto.

Leia as imagens abaixo, “traduzindo “ em linguagem escrita:

A) B)

EXERCÍCIOS

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C) D)

Você sabe que os brasileiros falam a língua portuguesa. Mas você sabe o que é língua?

C’est un papillon. This is a butterfly. Esta é uma borboleta.

As três frases acima utilizam a palavra escrita, que pode ser falada. Pessoas diferentes usam línguas diferentes, de acordo com a sua nacionalidade. Nós, brasileiros, usamos uma linguagem que é a língua portuguesa: “Esta é uma borboleta”;

- os franceses, a língua francesa: “C’est un papillon”; - os ingleses, a língua inglesa: “This is a butterfly “. Então: Língua é o código verbal (palavras faladas ou escritas) utilizado por um

grupo de pessoas de determinada comunidade.

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Língua falada e língua escritaLíngua falada e língua escritaLíngua falada e língua escritaLíngua falada e língua escrita

O estudo de uma língua revela muitas variações, tais como as diferenças entre a língua falada e a língua escrita.

A língua falada é mais espontânea, mais solta, vem acompanhada de gestos e entonações (mudanças no tom de voz). A sua produção se dá por meio dos sons. A língua escrita não é a simples representação da língua falada. Ela é um sistema mais disciplinado, com regras diferenciadas. Sua produção se dá por meio das letras. Há portanto regras diferenciadas entre uma e outra.

Vamos estudar os Níveis de Linguagem Observe como as pessoas falam:

Todas as mensagens dos balões estão em Português. Mas você pode

ver que há alguma coisa diferente em cada uma delas. A palavra “gajo” é usada em Portugal e não no Brasil. “Cabra porreta”, expressão usada na região

Aí, guri, tu promete voltá logo?

Oxente, que cabra porreta!

Por favor, o senhor pode me informar o caminho do correio?

Ô, meu, que dez essa praia!

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Nordeste, é para o paulista um “cara legal”. O “guri” usado na região Sul

é o “menino” de São Paulo.

Vários fatores interferem no uso da língua: idade, região onde se nasceu,

ou se reside, profissão, sexo, nível cultural. . . As diferenças manifestadas em cada grupo compõem os níveis de fala ou níveis de linguagem.

Um nível de fala não é melhor que o outro. Você usará o que for mais adequado a cada situação.

Observe os textos:Observe os textos:Observe os textos:Observe os textos:

Texto 1 Maria (sorrindo) Tu gosta de eu? Tião Ó dengosa, eu sem tu não era nada. . . Maria Bobagem, namoradô como tu era. . . Tião Tudo passou!

Maria Pensa que eu não sei? Todas elas miando: “Tiãozinho pra cá, Tiãozinho pra lá. . .” (Abraçando-o) Mas eu roubei ocê pra mim! Tião Todo eu!

Maria (fazendo bico) Fingido! Tião Palavra, dengosa!

Guarnieri, Gianfrancesco. Eles não usam black-tie. 5ª ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1987. p. 22.

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Texto 2

Leonor Não foi por esse motivo. (hesitando) Queria saber de vós mesmo se estáveis perfeitamente bem. Alcoforado Eu vo-lo agradeço, senhora. Infelizmente nada sofri. Leonor Infelizmente! Alcoforado Infelizmente. Se algum desastre me houvesse acontecido, talvez que por um instante vos esquecêsseis da vossa nobreza para derramar um olhar de compaixão sobre o mísero que por vós se houvesse sacrificado: talvez que por um instante vos

esquecêsseis da prudência, essa virtude divina que é o móvel das vossas ações, não para verter lágrimas sobre mim, mas ao menos para desatar uma palavra do coração, para soltar um grito que me convencesse de que também experimentais o que tão profundamente fazeis sentir. DIAS, Antônio Gonçalves. Teatro completo. Rio de Janeiro, Serviço Nacional de Teatro, 1979, p. 92-3.

Observe como cada apaixonado demonstra seu amor nos textos a seguir: a) “ Ó dengosa, eu sem tu não era nada. . .” b) “ . . . para soltar um grito que me convencesse de que também

experimentais o que tão profundamente fazeis sentir” Que diferença, em termos de linguagem, você percebe?

No primeiro texto o nível da fala é extremamente informal e no segundo, extremamente formal.

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Os níveis de linguagem podem ser resumidos em: a) nível informal: é a maneira coloquial e familiar de uso da língua: em casa, com os amigos, em todas as circunstâncias informais. b) nível formal: é a língua utilizada segundo as regras da Gramática

Normativa, ou seja, as regras aceitas no país onde a língua é falada.

Você estuda Português para conhecer os diversos níveis de linguagem e empregá-los adequadamente, isto é, conforme o lugar e a situação em que se encontra. Níveis de linguagem Leia o diálogo dos personagens abaixo:

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1) O que a professora quis dizer com “Você precisa melhorar no português”? 2) Como Chico Bento entendeu a fala da professora?

3) Que nível de linguagem é utilizado na fala de Chico Bento e de seu pai? 4) Que nível de linguagem é utilizado na placa? 5) Nas duas histórias em quadrinhos, houve problemas na comunicação entre as personagens? Por quê?

6) SAMBA DO ARNESTO O Arnesto nus convidô Prum samba, ele mora no Brais Nóis fumu num encontremu ninguém Nóis vortemu cuma baita duma reiva Da outra veiz nóis num vai mais

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Nóis num semu tatu Noutro dia encontremu co’ Arnesto Qui pidiu discurpas mais nóis num aceitemu Isso num si faiz Arnesto Nóis num si importa Mais ocê divia tê ponhado um recado na porta (Esses divinos Demônios da Garoa. São Bernardo do Campo, Discos Copacabana, 1990) Reescreva o trecho acima usando o nível formal ao invés do informal. Vamos estudar o uso dos sinais de pontuação. Os sinais de pontuação marcam a expressividade na escrita. Vejamos:

Quando você ler uma história em quadrinhos, observe que a fala da personagem é indicada pelo balão.

Exemplo:

Num texto, ao tirarmos o balão, a fala da personagem é indicada pelo

travessão:

Alice disse à mãe: - Manhê! Estou morta de fome!

Veja, no exemplo abaixo, outro uso do travessão para realçar o nome

dos amigos:

Meus melhores amigos Jonas, Paulo e Diogo - apoiaram-me quando estive doente.

O travessão () é usado para indicar, no diálogo, a fala da personagem ou para destacar algum elemento no interior da frase.

Manhê! Estou morta de fome!

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O que marca a pergunta na fala é a entonação (mudança no tom de voz). Como você falaria a frase:

Boa noite, nas situações: • bravo • amoroso • indiferente Continuando, estudaremos outros sinais de pontuação que nos ajudam

na escrita. O ponto de interrogação (?) marca a pergunta na frase escrita.

A frase que indica uma pergunta chama-se frase interrogativa.

Exemplo 1: Você vai estudar hoje? Exemplo 2: Você sabe onde fica a rua Cesário Mota? Observe que no exemplo 1 a resposta é sim ou não, mas no exemplo 2, normalmente, a pessoa faz uma pergunta que equivale a um pedido, isto é, que você a informe onde fica a rua Cesário Mota. O ponto de exclamação ( ! ) é usado nas frases cuja entonação expressa emoção, medo, surpresa, pedido, alegria, etc.

Exemplo: - Que dia lindo! O ponto final ( . ) é usado no final das frases declarativas, em que se

afirma ou se nega alguma coisa.

Exemplos: Eu estudei bastante. Eu não quero ir mal na prova.

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Os dois pontos ( : ) são usados para indicar uma enumeração, explicação ou introduzir a fala de alguém, nos diálogos. Exemplos: Comprou muitas coisas: uma blusa, um tênis e um par de sapatos. Ela me perguntou: Como vai? As aspas (“ ”) são usadas para destacar palavras estrangeiras, gírias ou palavrões; para indicar a fala de uma personagem; para indicar que uma frase não é de nossa autoria. Exemplos: Você quer um “hot-dog”?

Neste caso, a situação complica-se” – disse-me José. “Eduquem-se os meninos e não será preciso castigar os homens”. (Pitágoras) A vírgula ( , ) é usada para separar elementos de uma relação numa frase; separar o local da data; destacar quem está sendo chamado; separar uma expressão que explica um termo da frase.

Exemplos: Todos os alunos trouxeram caderno, lápis, borracha, régua e apontador.

Sorocaba, 22 de abril de 1998. João, vamos almoçar? Tiradentes, o mártir da Independência, morreu enforcado.

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O ponto e vírgula ( ; ) é usado para separar elementos acompanhados de uma explicação, ou em frases longas que necessitam de pausas maiores que a vírgula. Exemplo:

Os livros são: Cazuza, de Viriato Correa; Mar Morto, de Jorge Amado; Menino de Engenho, de José Lins do Rego. Reticências ( . . . ) são usadas para indicar a interrupção do pensamento, porque esquecemos o assunto ou não queremos revelá-lo. Exemplos: Moro na rua . . . Acho que . . . não, nada.

Sinais de pontuaçãoSinais de pontuaçãoSinais de pontuaçãoSinais de pontuação

Utilize os sinais de pontuação ( ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação e travessão ) no diálogo abaixo: É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo Sei dizer não senhor não tomo café

Você é dono do café, não sabe dizer Ninguém tem reclamado dele não senhor Então me dá café com leite, pão e manteiga

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TEXTO

CONVERSINHA MINEIRA (1) É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo? (2) Sei dizer não senhor: não tomo café. (3) Você é dono do café, não sabe dizer? (4) Ninguém tem reclamado dele não senhor. (5) Então me dá café com leite, pão e manteiga. (6) Café com leite só se for sem leite. (7) Não tem leite? (8) Hoje, não senhor. (9) Por que hoje não? (10) Porque hoje o leiteiro não veio. (11) Ontem ele veio? (12) Ontem não. (13) Quando é que ele vem? (14) Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não

vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem. (15) Mas ali fora está escrito “Leiteria”! (16) Ah, isto está, sim senhor. (17) Quando é que tem leite? (18) Quando o leiteiro vem. (19) Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê? (20) O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a

coalhada? (21) Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite.

Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?

(22) Sei dizer não senhor: eu não sou daqui. (23) E há quanto tempo você mora aqui? (24) Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com

certeza: um pouco mais, um pouco menos.

(25) Já dava para saber como vai indo a situação, não acha? (26) Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem. (27) Para que partido? (28) Para todos os partidos, parece.

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(29) Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui. (30) Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que é

outro. Nessa mexida. . .

(31) E o prefeito? (32) Que é que tem o prefeito? (33) Que tal é o prefeito daqui? (34) O prefeito? É tal qual eles falam dele. (35) Que é que falam dele? (36) Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é prefeito. (37) Você, certamente, já tem candidato. (38) Quem, eu? Estou esperando as plataformas. (39) Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede,

que história é essa? (40) Aonde, ali? Ué, gente: penduraram isso aí. . .

Sabino, Fernando. Afinal, que é ser mineiro? Em Brasil Terra e Alma. MG. Seleção de textos de Carlos Drummond De Andrade. Rio. 1967, pp. 104-105)

Atenção:Atenção:Atenção:Atenção: No texto, o autor usou a palavra AGARANTIR para representar a fala do povo. No nível formal é GARANTIR.

Você deverá, agora, ler o texto em voz alta, observando com bastante atenção as palavras do vocabulário. Depois faça os exercícios a seguir.

1- O diálogo de “Conversinha Mineira” se dá entre: a) o dono do bar e o leiteiro

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b) o dono do bar e o freguês c) o leiteiro e o freguês 2- Na fala: “Quando o leiteiro vem.” (18), o ponto final foi usado para: a) indicar uma pergunta b) indicar uma surpresa c) indicar uma afirmação com certeza. 3- O ponto de exclamação na frase “Mas ali fora está escrito “Leiteria”! (15) foi usado para: a) indicar uma pergunta; b) indicar espanto; c) indicar interrupção do pensamento. 4- No texto todo, de que forma o autor assinalou as falas das personagens? a) travessão; b) aspas. 5- Copie do texto uma frase em que foi empregado o ponto de interrogação e responda às questões abaixo. a) Para quem foi feita a pergunta? b) Por que se fez a pergunta? c) Que idéia essa pergunta passa ao leitor, dúvida ou certeza? d) Se quisesse dar a idéia de certeza, qual pontuação o autor deveria usar? 6- Na sua opinião, por que o texto se chama “Conversinha Mineira”? 7- Quem receberá a herança?

Um homem rico, sentindo que ia morrer, escreveu assim: “Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais ao mordomo.”

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Como morreu em seguida, não teve tempo de pontuar. Para quem ficará a riqueza? Dependendo da pontuação, a riqueza ficará ou para a irmã, ou para o sobrinho, ou para o mordomo. Copie a frase, fazendo diferentes pontuações, de modo que a herança fique para a irmã do morto, depois para o sobrinho e depois para o mordomo. 1- para a irmã: 2- para o sobrinho: 3- para o mordomo:

PorPorPorPor oraoraoraora //// porporporpor horahorahorahora Por oraPor oraPor oraPor ora equivale a por enquanto. Exemplo: Os alunos, por ora, não estão preocupados com o exame. Por hora equivale a por 60 minutos.

Exemplo: Quantos carros passam por hora nesta estrada?

Copie as frases, completando as lacunas com por ora ou por hora: 1- Se você for a 100 quilômetros ________, chegará lá antes do anoitecer. 2- ________ as coisas parecem calmas na cidade. 3- Fique tranqüilo; ________ não há com que se preocupar. 4- Esse técnico cobra caro _________ de serviço. 5- Bem, ________ chega de exercícios!

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“CHATEAR “ E “ENCHER” Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona para um escritório qualquer da cidade. Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos, você liga de novo: O Valdemar, por obséquio. Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. Mas não é o número tal? É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: Por favor, o Valdemar já chegou? Vê se te manca, palhaço. Já não te disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui? Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí. Não chateia. Daí a dez minutos, liga de novo. Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis. Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação: Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim? (Campos, Paulo Mendes. Para gostar de ler. 3. ed. São Paulo, Ática, 1979. v. 3 – crônicas, p. 35.) 1- Que diferença você percebeu entre chatear e encher?

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2- Leia as várias definições de chato e depois escreva uma sua.

Gabarito p. 05

a) não verbal b) verbal c) verbal e não-verbal

p. 07 - mão dupla - proibido fumar - área para natação - área para futebol

p. 12

1) Precisa melhorar seus conhecimentos da língua portuguesa.

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2) Que deveria pedir ajuda ao português. 3)

p. 13 4) Nível informal 5) Nível formal 6) Chico Bento não soube interpretar as mensagens. 6)

Ernesto nos convidou Para um samba, ele mora no Brás Nós fomos, não encontramos ninguém Nós voltamos com muita raiva Em uma outra vez, nós não vamos mais Não somos tatu. No outro dia encontramos com o Ernesto Que pediu desculpas, mas não aceitamos Isso não se faz Ernesto Nós não nos importamos Mas você deveria ter posto um recado na porta. p. 17

É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo? Sei dizer não senhor: não tomo café. Você é dono do café, não sabe dizer? Ninguém tem reclamado dele não senhor. Então me dá café com leite, pão e manteiga.

p. 19 1) b) o dono do bar e o freguês 2) c) indicar uma afirmação com certeza

p. 20 3) b) indicar espanto 4) a) travessão 5) Resposta pessoal 6) Resposta pessoal 7) 1- “Deixo meus bens à minha irmã, não ao meu sobrinho, jamais ao

mordomo”. 2- “Deixo meus bens, à minha irmã não, ao meu sobrinho, jamais ao mordomo”. 3- “ Deixo meus bens, à minha irmã não, ao meu sobrinho jamais, ao mordomo”.

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p. 21

8) 1) por hora 2) Por ora 3) por ora 4) por hora 5) por ora

p. 23 Resposta pessoal

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Apresentação

Aluno

Você já enviou ou recebeu, pessoalmente ou pelo correio, alguma mensagem escrita? Essa mensagem pode ser formal ou informal. Depende do grau de intimidade das pessoas envolvidas. Trata-se da correspondência que é usada entre empresas, pessoas amigas, familiares, etc. Nesta unidade, você estudará a carta e o bilhete e aprenderá como usar o dicionário.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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Estudando: Carta - Bilhete - Internet

Leia a carta abaixo:

São Paulo, 22 de abril de 199l Querida Jane Ando um pouco desnorteada para escolher meus discos. Gostaria que você me indicasse alguns realmente bons. Faça uma lista dos livros também. Continuo apaixonada pelo Biquinha, mas, para ser honesta, há alguma coisa dentro de mim pelo Gordo que ainda não morreu. Será que é porque o Gordo foi o meu primeiro amor? Acho que não, acho que, sei lá, se uma pessoa fica se remoendo acaba embrulhando as coisas. O que é evidente é que o Gordo está totalmente maluco por mim e não pensa em outra coisa a não ser em mim. Interessante isso.

Beijão da

Berê

Pasta de Redação

Sargentin, Osvaldo 6ª série. S.P. Editora IBEP, Ano 1992.

Uma carta permite a comunicação de idéias e pensamentos através da linguagem escrita, com pessoas que estão longe, em outros lugares.

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Normalmente uma carta apresenta as seguintes características: • nome da cidade onde a carta está sendo escrita e data; • nome do destinatário (pessoa para quem é enviada); • assunto; • despedida; • assinatura de quem está mandando a carta. (remetente) Quando conhecemos bem a pessoa, o tratamento será carinhoso (querido tio, caro irmão etc.). Quando não temos intimidade, o tratamento será formal ( Prezado Senhor, Vossa Excelência). A despedida também poderá ser carinhosa ou formal.

Tradicionalmente as cartas seguiam o padrão da que você leu. Entretanto, com a modernização trazida pelos computadores, as cartas podem ser formatadas assim: sem distanciamento do parágrafo, mas com espaço entre um parágrafo e outro. Exemplo: São Paulo, 22 de abril de 1991. Querida Jane Ando um pouco desnorteada para escolher meus discos. Gostaria que você me indicasse alguns realmente bons. Faça uma lista dos livros também. Continuo apaixonada pelo Biquinha, mas, para ser honesta, há alguma coisa dentro de mim pelo Gordo que ainda não morreu. Será que é porque o Gordo foi o meu primeiro amor? Acho que não, acho que, sei lá, se uma pessoa fica se remoendo acaba embrulhando as coisas. O que é evidente é que o Gordo está totalmente maluco por mim e não pensa em outra coisa a não ser em mim. Interessante isso. Beijão da Berê Pasta de Redação

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Sargentin, Osvaldo 6ª série S.P. Editora IBEP, Ano 1992.

O parágrafo constitui uma idéia desenvolvida em uma ou mais frases.

Sempre se começa um parágrafo deixando um distanciamento da margem ou seguindo a formatação moderna dos computadores.

Leia atentamente a carta e responda às questões: 1) Quem é o remetente desta carta? Quem é o destinatário? 2) Qual é o assunto da carta? 3) Quantos parágrafos tem a carta? Indique o início de cada um. Carlos Drummond de Andrade também escreveu uma carta para a mãe. Neste caso, a carta é escrita em versos: um poema.

Carta

Carlos Drummond de Andrade

Há muito tempo, sim, que não te escrevo. A falta que me fazes não é tanto Ficaram velhas todas as notícias. À hora de dormir, quando dizias Eu mesmo envelheci: Olha, em relevo, “Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho. Estes sinais em mim, não das carícias É quando, ao despertar, revejo a um canto (tão leves) que fazias no meu rosto: a noite acumulada de meus dias, são golpes, são espinhos, são lembranças e sinto que estou vivo, e que não sonho. da vida a teu menino, que ao sol-posto perde a sabedoria das crianças. Obra completa. Rio de Janeiro, 1967. p.349.

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Conheça ccccarta comercialarta comercialarta comercialarta comercial

São Paulo, 10 de julho de 1987. Organização Atlas S/A São Paulo – Capital Prezados Senhores Conforme anúncio publicado no jornal . . . ., de 9 de julho, candidato-me à vaga de Auxiliar de Departamento de Vendas. Tenho 17 anos, terminei o ano passado o curso de 1º grau e estou fazendo o 1º colegial. Gostaria de trabalhar no período da tarde. Atenciosamente __________________________

Maurício Barreto da Silva

Tufano, Douglas. Curso Moderno de Língua Portuguesa. Ed. Moderna – ano 1991, 2ª ed. pág. 83.

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1- Você já tinha lido uma carta comercial antes? 2- Que diferenças você nota entre essa carta comercial e a da Berê?

3- O texto é uma carta comercial. Analise a sua estrutura:

a) destinatário b) assunto do 1º parágrafo c) assunto do 2º parágrafo d) assunto do 3º parágrafo e) fecho

ATENÇÃO: LEMBRETE DO CORREIO

ENVELOPE - COMO ENDEREÇAR Enderece o envelope a mão ou a máquina, respeitando sempre a seguinte ordem: nome do destinatário, endereço, bairro, cidade e Estado. Se você estiver escrevendo a mão, ponha os números do CEP nos quadrinhos. Mas, se for a máquina - ATENÇÃO - escreva acima dos quadrinhos, sem espaços entre os algarismos, sem a palavra CEP e sem sublinhar. Assim, tudo ficará bem mais fácil.

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Na parte da frente do envelope devem ser escritos: o nome, o endereço e o CEP (Código de Endereçamento Postal) do destinatário.

Veja:

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Desenhe ou cole em seu caderno a frente e o verso de um envelope e

preencha-o.

O que é um BilheteBilheteBilheteBilhete? Existe uma outra forma de comunicação escrita que se caracteriza pela informalidade. É o bilhete. O bilhete é muito usado para transmitir pequenos recados, lembrar alguém de um compromisso, contar uma novidade, convidar alguém para um passeio, declarar afeto, amor, etc. Um exemplo:

PedroPedroPedroPedro Estive à tarde em sua casa e você havia saído. Quero convidá-lo para um jogo de futebol, que vai acontecer no sábado, no campinho. Nós vamos jogar contra o time da rua de baixo. Não falte! Contamos com suas sensacionais defesas. Renato

1) Escreva um bilhete a um colega de trabalho ou a um vizinho. Assunto é o que não deve faltar. Não se esqueça de elaborar com cuidado.

Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi

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ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam, eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda. E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? As suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha pra casa, Senhora, por favor.

Trevisan, Dalton. Os mistérios de Curitiba, In: Os Desastres do Amor. Rio, Civilização Brasileira, 1968. (Extraído do livro O Conto Brasileiro Contemporâneo – Bosi, Alfredo – Editora Cultrix, SP)

2) Seguindo o mesmo estilo do texto “Apelo”, de Dalton Trevisan, que é uma carta familiar, elabore uma cujo remetente seja: a- o pai que, após desentendimentos com o filho, pede-lhe que volte para casa;

ou b- a mulher que, sofrendo a ausência do marido, escreve-lhe para voltar para

casa.

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Internet I- Internet -- Que bicho é esse? Parece que não se fala mais em outra coisa. É Internet pra cá, Internet para lá. . . Mas o que isso vem a ser exatamente? Que é uma rede que liga milhões de computadores no mundo inteiro, você já deve ter ouvido falar. Só que isso não explica muita coisa. De onde surgiu? Para que serve? E, acima de tudo, o que tem a ver com a gente? A Internet surgiu no final dos anos 60, numa época em que todo o mundo morria de medo de que a União Soviética e os Estados Unidos começassem uma guerra nuclear. O governo norte-americano teve então uma idéia: que tal criar um sistema de comunicação que nem uma bomba atômica pudesse destruir? A solução foi desenvolver uma rede de computadores auto-suficiente, quer dizer, que se mantém por conta própria. (. . .) A Internet foi crescendo cada vez mais, até atingir números espantosos: em 120 países, 4,8 milhões de computadores e 35 mil redes podem ser conectados por 50 milhões de pessoas! (. . .) O acesso a ela também tornou-se cada vez mais fácil: bastava um modem (aparelho que liga o computador à linha telefônica), um programa específico para esse fim e um canal de acesso, concedido por uma instituição, governo ou universidade. Como uma teia de aranha gigantesca cobrindo o planeta, a rede hoje se liga a tudo e a todos: de uma escola primária à NASA, de um pesquisador a um estudante atrás de novidades em vídeo games. Mas a Internet é importante porque democratizou o acesso às informações, colocando o conhecimento à disposição de todos. Através de um computador conectado à Internet você pode, por exemplo, “conversar” sobre qualquer assunto com pessoas em qualquer ponto do planeta, consultar cerca de duas mil bibliotecas pelo mundo afora, passear por dentro do Museu do Louvre, na França (e até ver a Monalisa sorrindo no seu monitor), dar uma olhada nas últimas fotos enviadas pelos satélites, e muito mais.

Revista Dr. Eco e Companhia. nº 0. São Paulo. Paulus. 1995. (In: Miranda, Cláudia Linguagem Viva Vol. 4. São Paulo: Ática, 1997.)

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II- Emoções virtuais

Símbolos e códigos formam nova linguagem na Internet e tornam mais

divertida a comunicação na rede.

A troca de correspondências pela Internet está se transformando numa

divertida brincadeira. Para escrever um e-mail (correio eletrônico), os

internautas descobriram que podem usar mais do que letras e números. Eles

criaram uma linguagem especial para traduzir sentimentos e emoções – os

“emoticons” – e esse novo dicionário não pára de crescer. O “internetês”

mistura criatividade e humor para expressar desde um simples abraço e

variações de estado de espírito até para descrever personalidades (leia

quadro). Os símbolos surgem da mescla de letras, numerais e sinais de

acentuação e de pontuação, que formam desenhos na tela.

Explorando a pontuação Vamos reler “Internet – que bicho é esse?” e observar os sinais de pontuação que o autor empregou? 1- O sinal que marca o término do título do texto é um ponto de interrogação.

Para que serve esse ponto?

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2- Transcreva uma outra frase do texto finalizada com ponto de interrogação. 3- Ainda no título observamos um travessão. Qual é a sua função? 4- No segundo parágrafo, o travessão foi empregado com a intenção de

introduzir uma explicação. Transcreva o trecho. 5- O que expressa o ponto de exclamação que finaliza o terceiro parágrafo :

admiração ou susto? Que fato provocou isso? 6- Releia o texto “Emoções virtuais” e veja um uso diferenciado para a pontuação. Quais os sinais de pontuação para indicar o choro? E o riso? Observação: o sinal (. . .) indica que algumas partes foram tiradas. Preferimos omitir algumas informações para que o texto não se tornasse muito extenso.

Como usar o Como usar o Como usar o Como usar o Dicionário

Você precisa consultar constantemente o dicionário. Veja como é fácil! A ordem das letras no dicionário é a mesma do alfabeto.

A - B - C - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z

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Quando a primeira letra for a mesma, ordene as palavras observando a segunda letra. Quando as duas iniciais são iguais, coloque as palavras em ordem observando a terceira letra e assim por diante.

1-Coloque em ordem alfabética, observando a primeira letra. homem – passou – finalidade – dentes – anos – lei 2- Coloque em ordem alfabética, observando a segunda letra. tempo – tarde – tranqüilo – túmulo – tlintlim – tormento

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3- Coloque em ordem alfabética, observando a terceira letra. fase – farinha – faminto – falso – fato – fazenda – faxina 4- Procure no diagrama cinco palavras, coloque-as em ordem alfabética.

A D F U O B G T K E C A N J I C A R A A R T A C A U P E R E I N A D O Y A N O T G R E Y T E A G H A V A R T D V B N D L D Z X T A Z S A V O L K D L I M A T Y U I

O dicionário traz vários significados para as palavras. É preciso escolher o significado mais apropriado, isto é, aquele que está de acordo com o texto em que se encontra a palavra. 5- Copie o significado mais adequado para a palavra destacada na frase. a- Para ir ao baile, a moça pintava-se muito bem. b- Agora escreva uma outra frase com pintar, usando um significado diferente do apresentado na frase acima. Observe a página de um dicionário.

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Para facilitar o trabalho de localização das palavras, o dicionário traz, no alto da página, a primeira e a última palavra que aparecem em cada página. São as palavras-chave.

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Nem sempre o dicionário traz a palavra exatamente como ela aparece em um texto. Veja:

No texto No dicionário partimos partir escrevendo escrever comprava comprar espertos esperto espertas esperto cafezinho café

Transforme as palavras abaixo na forma em que elas são encontradas no dicionário: - ameaçou - emocionais - recebiam - canções - deprimida - corrêssemos - garantindo - cachorrinho

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Leia atentamente o texto: O elefante e as formigas Tendo um elefante, ao passar pelas veredas da floresta, esmagado sem ver uma fila de formigas, estas ficaram muito tristes, mandaram-lhe as mais argutas do formigueiro em embaixada, para pedir-lhe que, quando andasse por aqueles lados, prestasse um pouco de atenção aos seus passos, evitando matar bichos que lhe não faziam o menor mal. As formigas embaixadoras treparam a um tronco de árvore, a fim de falar ao elefante; porém, quando ele viu o seu pequenino tamanho e a sua fraqueza, encheu-se de desprezo e metendo a tromba num charco, aspirou a água, que sobre elas soprou num jato, matando-as todas. Todo o formigueiro ficou furioso com a morte das suas embaixadoras e declarou guerra ao elefante, que recebeu essa notícia às gargalhadas. Contudo, à noite, enquanto dormia, as formigas, em aluvião, vieram roer-lhe a planta dos pés. Pela manhã, mal começou a andar, o elefante sentiu dores nas solas das patas, não agüentou a aspereza do saibro e correu para uma lagoa. As formigas tinham cavado túneis subterrâneos nas duas margens. Ao peso do paquiderme, o terreno abateu e ele despejou-se da ribanceira nas águas fundas, onde pereceu afogado. E as formigas ajudaram a devorar-lhe o corpo imenso. Barroso, Gustavo. O elefante e as formigas. In: Antologia da literatura mundial: lendas, Fábulas, e apólogos. São Paulo, Logos. s.d.v. 4.

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Palavras O que você acha O que diz o Desconhecidas que significam dicionário veredas argutas embaixadoras charco aluvião saibro paquiderme

Ortografia S/Z Os moleques de leva-e-traz ficavam olhando o capitão por trás. Você percebeu que esta frase serve para mostrar que temos, neste caso, duas palavras homófonas (de mesmo som), mas de grafias e significados diferentes. traz: forma do verbo trazer trás: atrás, detrás, após

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Compare as frases seguintes: O automóvel estava danificado na parte de trás, devido a uma batida. O avô sempre traz boas histórias para contar aos netos. Quem não traz maldade no coração, não ataca as pessoas por trás.

Complete com traz ou trás:

a) Saiu por _______ e desapareceu. b) Foram para ______ e ficaram cochilando. c) Por que você não ________ o livro? d) Quarto escuro já não me ______ mais medo.

Meu ideal seria escrever . . .

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta, quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!” Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro,

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

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se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos. Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse – e tão fascinante, de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história. E que ela, aos poucos, se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina”. E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história”? – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que, por sinal, começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história . . .” E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro. Braga, Rubem In: Para gostar de ler. vol. 3 São Paulo, Ática, 1995.

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1- Quantos parágrafos existem no texto que você leu? 2- Afinal, saiu uma história engraçada ou não? Comente.

Gabarito p. 05

1) Remetente – Berê Destinatário – Jane

2) Pedido de sugestão para escolha de discos e livros. Comentário sobre sua paixão. 3) 4 parágrafos 1º Ando um pouco. . . 2º Faça uma lista. . . 3º Continuo apaixonada. . . 4º O que é evidente. . . p. 08

1) Resposta pessoal. 2) A carta de Berê é mais íntima, o tratamento é informal. A carta comercial, por ser uma solicitação de emprego, é mais formal. 3) a) Organização Atlas S/A

b) Solicitação de uma vaga de Auxiliar de Departamento de Vendas c) Informação sobre o seu grau de escolaridade d) Pretensão de horário de trabalho e) Despedida

p. 10 Desenho do envelope: resposta pessoal.

1) Resposta pessoal p.11

2) a) Resposta pessoal b) Resposta pessoal p. 14 1) A pergunta é feita para despertar o interesse sobre o assunto. (“Internet”) 2) Resposta pessoal

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3) Tornar a pergunta direta ao leitor. 4) . . . – quer dizer, que se mantém por conta própria. 5) Admiração. O crescimento rápido do número de usuários da Internet. 6) Choro: “ ) (dois pontos, aspas, parênteses)

Riso: - ) (dois pontos, travessão, parênteses) p. 15

1) anos – dentes – finalidade – homem – lei – passou p. 16

2) tarde – tempo – thintlim – tormento – tranqüilo – túmulo 3) falso – faminto – farinha – fase – fato – faxina – fazenda 4) bica – cadeado – canjica – carnaval – jangada – lima – reinado 5) a) maquiava-se - b) resposta pessoal

p. 18 ameaçar depressão emocionar correr receber garantir canção cachorro p. 20 Consulte seu dicionário ou dirija-se à biblioteca da escola. p. 22 a) trás b) trás c) traz d) traz p. 24

1) 06 parágrafos 2) Resposta pessoal

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Apresentação

Aluno

Cada um de nós é uma pessoa especial e

sempre temos o que contar sobre nossas vidas. Que tal escrever sobre a sua?

Nesta unidade, você saberá que há alguns

passos importantes para ordenar suas idéias e manifestá-las num texto escrito. Perceberá, ainda, as possibilidades de separar as sílabas ao escrever as palavras do seu texto e de todos os outros com os quais estará em contato.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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PARA ESCREVER CADA VEZ MELHOR 1) Pense e leia bastante sobre o assunto que vai escrever. 2) Anote num rascunho todas as idéias que forem surgindo. 3) Organize as idéias mais ou menos nesta ordem: a- Introdução – (começo) b- Desenvolvimento – (meio) c- Conclusão – (fim)

Depois melhore o texto. Quando você produz um texto, deve valorizá-lo através de alguns cuidados:

4) PARÁGRAFO Lembre-se que para iniciar o parágrafo é preciso um distanciamento, um espaço da margem. Use sempre o mesmo espaço dado ao primeiro parágrafo. O parágrafo ajudará a organizar as idéias, separando-as em unidades. 5) CAPRICHO Evite rabiscos, borrões, manchas e faça letra legível. Faça rascunho antes de escrever o texto definitivamente. Faça distinção entre letras maiúsculas e minúsculas. 6) OUTROS LEMBRETES a) Observe a pontuação: • ponto final ( . ) • ponto de interrogação ( ? ) • ponto de exclamação ( ! ) • reticências ( . . . )

Nunca deixe o final de uma frase sem pontuação;

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b) consulte sempre o dicionário quando tiver alguma dúvida quanto à

escrita correta das palavras. c) Quem será o seu leitor? Observe se a linguagem atende seu objetivo e é adequada a seu leitor. (O leitor pode ser você mesmo!!) 7) TÍTULO Não se esqueça de dar um título ao seu texto. Coloque-o no meio da linha. Deixe um espaço entre o título e o texto. Releia com atenção e analise se você registrou tudo o que gostaria de dizer e da forma como gostaria. APRENDE-SE A ESCREVER, ESCREVENDO!

Nesta oportunidade, desejamos conhecê-lo um pouquinho melhor por meio de um texto em que você nos contará sobre sua vida. Antes de redigir, leia o texto de José de Oliveira e perceba como ele foi formado. Você não precisa escrever sobre as mesmas idéias apresentadas. Elas, porém, podem servir de inspiração para idéias novas. BOA SORTE!

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Texto: Minha vida Meu nome é José. Tenho doze anos, trabalho na roça. Moro num sítio, bem afastado da cidade. Acordo de madrugada, quando o sol ainda não saiu. Pego o caldeirão com o arroz e, quando tem, um ovo frito. Ando bem uma hora com o pai até chegar onde está o “gato” com o caminhão. De lá vamos pro campo cortar cana, até o sol sumir. Volto para casa e jogo os ossos na cama. Não gosto daqui, acho que nunca vamos melhorar de vida. Meu pai trabalhou a vida inteira e até hoje minha mãe não tem nem um fogão decente. Tenho pena de meus irmãos menores, que vivem aqui sem escola, sem divertimentos.

Infância de quem mora na roça é tudo igual. Às vezes, no final de semana, dá para ir até o riozinho, nadar um pouco para refrescar. Quando o pai está disposto, até pescamos. É bom comer uns peixes – nem que seja lambari – para variar a bóia. A maior parte do tempo tenho que cuidar dos irmãos ou da criação. Não sobra tempo para brincar. Felicidade é quando chega o tempo das frutas. Aí é só trepar nas árvores e chupar mangas, laranjas até cansar. A mãe também faz uma geléia divina. Ninguém resiste. Queria tanto que as coisas fossem diferentes. Fico olhando todo mundo que corta cana e acho que eles estão com uma cara de cansados. Todo mundo doente, sem dentes, manchas no rosto, um jeito de quem precisa comer mais e melhor. Por que a gente tem que trabalhar tanto para ganhar tão pouco? Às vezes tenho vontade de sumir daqui, ir para a cidade grande, andar de automóvel, tomar banho de chuveiro. Sei lá, tanta coisa que gostaria de conhecer. O amor é o que segura a gente: o pai, a mãe, as crianças; se a gente não se gostasse tanto, seria muito mais difícil sobreviver. Pena que às vezes não dá nem tempo de contar um para o outro o quanto a gente se gosta. Amigos não tenho muitos. Brinco com a molecada, mas acho que desde pequeno meu pai tem sido meu melhor amigo. Deus não olha para a gente aqui no sítio. Ele manda chuva, faz as sementes crescerem, as galinhas botarem, a vaquinha dar o leite. Só que eu esperava bem mais, muito mais Dele. Será que Ele ainda vai se lembrar de mim? José de Oliveira O texto que você leu é um exemplo para que você possa construir o seu.

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Observe: Sílaba - Separação

A palavra Pa-ra-guai possui três sílabas, apoiadas, a cada vez, na vogal a.

Ao som ou grupo de sons que se emite em cada impulso de voz chamamos sílaba. A vogal é o ponto de apoio da sílaba. Separamos as sílabas ao final de uma linha quando não há mais espaço para continuar escrevendo uma palavra. Essa separação é sempre marcada por um hífen ( - ). Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. 1 sílaba pés monossílabas 2 sílabas ca – sa dissílabas 3 sílabas ár – vo – re trissílabas 4 ou mais sílabas an – ti – ga – men – te polissílabas

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EXERCÍCIOS

1) Complete, classificando as palavras quanto ao número de sílabas. a- Picareta é ______________ porque tem ______ sílabas. b- Céu é ________________ porque tem ______ sílaba. c- Avô é _________________ porque tem ______ sílabas. d- Moleque é _____________ porque tem ______ sílabas. Observe:

O que você faria se soubes- se que o preço da gaso- lina vai subir outra vez?

As palavras soubesse e gasolina foram separadas no trecho acima, porque estavam no final da linha.

Veja todas as possibilidades de separação para soubesse e gasolina:

sou- ga-

besse solina soubes gaso- se lina

gasoli- na O espaço ao final da linha é que determinará uma dessas possibilidades de separação das sílabas. Observe: Separamos rr. sc, sç, ss, xc, pt, dv, gn, mas não separamos ch, lh, nh, qu, gu,ns, bs.

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Exemplos: terra – ter-ra dignidade – dig-ni-da-de fascínio – fas-cí-nio abstenção – abs-ten-ção cresça – cres-ça ritmo – rit-mo passo – pas-so chapéu – cha-péu excede – ex-ce-de milho – mi-lho rapto – rap-to tinha – ti-nha advogado – ad-vo-ga-do quero – que-ro água – á-gua parabéns – pa-ra-béns 2) Você chegou ao final de uma linha. De que formas as palavras abaixo poderiam ser separadas? amassado exceção piolho obstáculo nasceram desça apto digno guerreiros guinchado

Vamos aprender a acentuação correta das palavras?

Para acentuar corretamente as palavras, um conhecimento fundamental é saber localizar a sílaba tônica. Observe a palavra garota. Há nela três sílabas:

GA – RO – TA Essas sílabas são pronunciadas com diferentes intensidades:

RO GA TA fraca forte fraca RO é a sílaba forte, isto é, pronunciada com maior intensidade. A sílaba forte recebe o nome de sílaba tônica.

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GA e TA são sílabas fracas, isto é, pronunciadas com menor intensidade.

A sílaba fraca recebe o nome de sílaba átona.

Estudando posições da sílaba tônica

Sílaba TÔNICA é a sílaba mais forte de uma palavra. Contamos as sílabas do FIM para o COMEÇO da palavra. Assim:

CI MÓ sa au to vel última

última penúltima penúltima

antepenúltima

Só consideramos as três últimas sílabas.

fé Palavra oxítona: ca

Palavra OXÍTONA é aquela em que a sílaba TÔNICA é a ÚLTIMA. co Palavra paroxítona: es la Palavra PAROXÍTONA é aquela em que a sílaba TÔNICA é a

PENÚLTIMA.

ár Palavra proparoxítona: vo re

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Palavra PROPAROXÍTONA é aquela em que a sílaba TÔNICA é a

ANTEPENÚLTIMA.

EXERCÍCIOS

1) Faça a divisão silábica, sublinhe a sílaba tônica e classifique as palavras quanto ao número de sílabas e quanto à posição da sílaba tônica. Assim:

amiguinho - a-mi-gui-nho - polissílaba e paroxítona piolho - pi-o-lho - trissílaba e paroxítona impossível qualquer plástico informação difíceis faróis ônibus programa

2) Indique a única palavra proparoxítona no quadro: palavra - liberdade - amor - ótimo - amanhã - disco 3) Indique as palavras paroxítonas no quadro: teste - anunciar - empresa - inaugurando - astrônomo 4) Agora indique as oxítonas: Japão - China - bandeirante - opinião - jacaré - texto

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DITONGO e HIATO

Para que saibamos separar as sílabas das palavras em que há encontros vocálicos, é necessário aprender o significado de ditongo e hiato.

Sons vocálicos na mesma sílaba recebem o nome de ditongo .

Exemplos de ditongo: papai pa - pai azuis a - zuis quase qua - se

Sons vocálicos em sílabas diferentes recebem o nome de hiato. Exemplos de hiato: saúde sa - ú - de país pa - ís sadia sa - di - a

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Leia o texto:

Todas as vidas

1 Vive dentro de mim 3 Vive dentro de mim uma cabocla velha a mulher cozinheira. de mau-olhado, Pimenta e cebola. acocorada ao pé do borralho, Quitute bem feito. olhando pra o fogo. Panela de barro. Benze quebranto Taipa de lenha. Bota feitiço. . . Cozinha antiga Ogum. Orixá. toda pretinha. Macumba, terreiro. Bem cacheada de picumã. Ogã, pai-de-santo. . . Pedra pontuda.

Cumbuco de coco. 2 Vive dentro de mim Pisando alho-sal.

a lavadeira do Rio Vermelho. Seu cheiro gostoso. d’água e sabão.

4 Vive dentro de mim Rodilha de pano. a mulher do povo. Trouxa de roupa, Bem proletária. pedra de anil. Bem linguaruda, Sua coroa verde de são-caetano. Desabusada, sem preconceitos.

De casaca-grossa, de chinelinha, E filharada.

5 Vive dentro de mim 6 Vive dentro de mim A mulher roceira. a mulher da vida. Enxerto da terra, Minha irmãzinha. . . meio casmurra. tão desprezada, Trabalhadeira. tão murmurada. . . Madrugadeira. Fingindo alegre seu triste fado. Analfabeta. De pé no chão. 7 Todas as vidas dentro de mim: Bem parideira. Na minha vida Bem criadeira. A vida mera das obscuras. Seus doze filhos, Seus vinte netos.

Coralina, Cora In: Poema dos becos de Goiás e estórias mais.

14ª ed. São Paulo, Global, 1987.

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EXERCÍCIOS 1) O texto de Cora Coralina é um poema que fala das vidas que vivem dentro

de uma pessoa. Você acha que isso é possível? Explique. 2) Para caracterizar as várias vidas enfocadas no poema, a autora utiliza

palavras que indicam qualidade. Exemplo: cabocla velha, pedra pontuda. As duas palavras grifadas indicam qualidade. Observe o trecho que fala da mulher roceira. Quais as palavras usadas para indicar qualidades dessa mulher?

APRENDA MAIS Complete com as palavras indicadas entre parênteses ( ).

Siga o modelo: (influi -- influí) A opinião dele não influi nas minhas decisões. (influi – ditongo) Ela diz que influí muito na educação do rapaz. ( influí – hiato) a- (contribui - contribuí) 1- O bom humor ________ muito para um bom ambiente de trabalho. 2-______ para a campanha com algumas economias que tinha guardado. b- (distribui - distribuí) 1- No Natal passado, _____ brinquedos entre os meus sobrinhos. 2- Naquela casa, é sempre o pai quem ______ os castigos.

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c- (sai - saí) 1- Meu Deus, ele não ______ do meu pé. 2- Ficou bravo só porque _______ com o primo dele! d- (contrai - contraí)

1- Neste ano, como sempre, ______ outra infecção de pele. 2- Quando fica nervosa, ela _______ as sobrancelhas. e- (atrai - atraí) 1- Acho que, sem querer, ______ a atenção dele sobre mim. 2- Comida descoberta ______ moscas.

Comunicação

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um . . . um . . . como é mesmo o nome? “Posso ajudá-lo, cavalheiro?” “Pode. Eu quero um daqueles, daqueles . . .” “Pois não?” “Um . . como é mesmo o nome?” “Sim?” “Pomba! Um . . Um . . . Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.” “Sim senhor.” “O senhor vai dar risada quando souber.” “Sim senhor.” “Olha, é pontuda, certo?” “O quê, cavalheiro?” “Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um . . . Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a

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pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?” “Infelizmente, cavalheiro. . .” “Ora, você sabe do que eu estou falando.” “Estou me esforçando, mas . . .” “Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?” “Se o senhor diz, cavalheiro.”

“Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.” “Sim senhor. Pontudo numa ponta.” “Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?” “Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha para nós?” “Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho.” “Sinto muito.” “Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como você está pensando.” “Eu não estou pensando nada, cavalheiro.” “Chame o gerente.” “Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feito do quê?” “É de, sei lá. De metal.” “Muito bem. De metal. Ela se move?” “Bem . . . É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.” “Tem mais de uma peça? Já vem montado?” “É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.” “Francamente. . .” “Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.” “Ah, tem clique, É elétrico.” “Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.” “Já sei!” “Ótimo!”

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“O senhor quer uma antena externa de televisão.” “Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo. . .” “Tentemos por outro lado. Para o que serve?”

“Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa.” “Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e . . .” “Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!” “Mas o jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!” “É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um . . . um . . Como é mesmo o nome?” Veríssimo, Luís Fernando. In: Para Gostar de ler. Vol.7. São Paulo, Ática, 1994.

Por que você acha que o autor deu o título de “Comunicação” a esse texto?

Gabarito

p. 05 1) Resposta pessoal. 2) Resposta pessoal. p. 06 3 a 11 – Resposta pessoal. p. 07

1) a- polissílaba - quatro b- monossílaba – uma c- dissílaba - duas d- trissílaba - três p. 08

Observe os exemplos possíveis no início da p. 08.

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2) a – mas – sa – do ex – ce – ção pi – o – lho obs – tá – cu – lo nas – ce – ram des – ça ap – to dig – no guer – rei – ros guin – cha – do p. 11 1) im – pos – sí – vel – polissílaba = paroxítona plás – ti – co = trissílaba – proparoxítona di – fí – ceis = trissílaba – paroxítona ô – ni – bus = trissílaba – proparoxítona qual – quer = dissílaba – oxítona in – for – ma – ção = polissílaba – oxítona fa – róis = dissílaba – oxítona pro – gra – ma = trissílaba – paroxítona 2) ótimo 3) teste – empresa - inaugurando 4) Japão – opinião - jacaré p. 15

1) Resposta pessoal 2) casmurra, trabalhadeira, madrugadeira, analfabeta, parideira, criadeira

p. 16 a) 1- contribui 2- contribuí b) 1- distribuí 2- distribui c) 1- sai 2- saí d) 1- contraí 2- contrai e) 1- atraí 2- atrai p. 19 Resposta pessoal

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Apresentação

Aluno

Você, certamente, já observou que algumas palavras que lemos ou escrevemos possuem um sinal sobre elas. É o acento. Para usá-lo, é necessário conhecer algumas regras.

Nesta unidade, você aprenderá as regras de acentuação para as palavras oxítonas e proparoxítonas. E irá iniciar o estudo do texto narrativo conhecendo alguns de seus componentes.

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Legenda

Exercício [faça no seu caderno]

Produção de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que você deve gravar]

Aprenda mais [faça no seu caderno]

Ler é viver [leia e depois responda no seu caderno]

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No dia que o gato falou

Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato siamês! Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Este gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas repetindo sílabas e palavras para ele, na esperança de que um dia a inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas nada! A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo,`a sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo muito mais do que devia. Um papagaio que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretino mas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo sílabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala. Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a idéia genial. Quando a idéia iluminou seu cérebro, veio acompanhada da crítica, autocrítica: “Mas, como não me ocorreu isso antes?” perguntou ela para si própria, muito gentil e senil como sempre, mas agora também autopunitiva. “Como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar. Mas estava preso. Foi morto, depenado e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Era? Não era? Veria. O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu intuito, a dama gentil e senil procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo – horror! – pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio corrupaco, meio miau-miau-miau, mas perfeitamente compreensível):

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Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair! Corre, madame, que o prédio vai cair! A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez: Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Milagre! Fala o meu gatinho! Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo: Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! e pulou para a rua. Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus escombros. O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava: Veja só que cretina. Passou a vida inteira para fazer eu falar e, no momento em que falei, não me prestou a mínima atenção. MORAL: O MAL DO ARTISTA É NÃO ACREDITAR NA PRÓPRIA CRIAÇÃO.

Fernandes, Millôr. In: Fábulas Fabulosas, São Paulo. Círculo do Livro, 1976.

“No dia que o gato falou” é um texto em prosa, uma narrativa, isto é,

alguém conta um fato real ou imaginário. Toda narrativa tem vários elementos. Um deles é o enredo.

Enredo – é a seqüência de fatos, ações que se desenvolvem em uma história. EXERCÍCIOS

1) Substitua as palavras grifadas por expressões equivalentes, consultando o dicionário se for preciso. a- Era uma vez uma dama gentil e senil. . . . b- Gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta. c- E quanto mais meditava mais tempo gastava. . . d- O prédio inteiro veio abaixo sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus escombros.

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2) Numere os fatos de acordo com a seqüência do enredo: ( ) O gato se recusou a comer o papagaio, mas foi vencido pela fome e acabou devorando a ave. ( ) A dona do gato matou o papagaio para verificar se o gato falaria comendo a ave. ( ) O prédio veio abaixo e sepultou a dona do gato que não fugiu quando o animal lhe pedira isso. ( ) A senhora gentil possuía um gato e desejava muito que ele falasse. ( ) O gato começou a gritar que o prédio ia cair. ( ) A dona do gato chorava de emoção pelo milagre do animal ter falado.

Observe outros elementos da narrativa:

Espaço – é o lugar onde acontece a história.

Tempo – é o momento em que acontece o fato narrado.

Personagens - pessoas ou seres que participam da história.

EXERCÍCIOS

1) No terceiro parágrafo, há a indicação do tempo. Qual é? O que aconteceu naquele momento?

2) No parágrafo em que o gato fala pela primeira vez, há indicação do espaço onde acontece a história. Qual é?

3) No primeiro parágrafo, como é apresentada a personagem que tinha um gato?

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Pontuação 1) O 1º parágrafo do texto “No dia que o gato falou” termina com um ponto de

exclamação: “Mas nada!” a- O que ele indica: decepção ou entusiasmo?

Quando o gato começa a falar, há também ponto de exclamação: “Madame, foge pelo amor de Deus!”

b- O que ele indica: uma súplica (pedido) ou uma alegria? 2) Escreva uma frase do texto em que aparece o ponto de interrogação. Em

seguida responda: Para quem foi feita a pergunta? Por que ela foi feita?

3) Na moral da história, por que o uso dos dois pontos? 4) Transcreva do texto um trecho com aspas e explique o uso delas. 5) “Passou a vida inteira para fazer eu falar e, no momento em que falei . . .”

Se no texto houvesse esse sinal de reticências, ela estaria indicando: ( ) interrupção do pensamento ( ) hesitação Leia o texto abaixo:

O comportamento dos gatos

Os gatos que vivem próximos uns dos outros formam uma comunidade de gatos. Numa cidade, por exemplo, uma comunidade de gatos é formada pelos gatos que vivem em vários quarteirões.

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Os machos andam por toda a região: visitam as casas onde não há cães, andam pelas calçadas, atravessam ruas. As fêmeas quase não saem da casa. Quando saem, não vão muito longe. Cada macho é dono de um pedaço dessa região. Esse é o seu território. Quanto mais forte e valente ele é, maior é o seu território; o macho esguicha urina em vários lugares: cercas, muros, troncos de árvores, etc. Quando um gato invade o território de outro gato, pode ou não haver briga. Se o gato que é dono do território quiser defender sua área, eles certamente brigarão. Os gatos não brigam para conquistar uma fêmea. Às vezes, vários gatos ficam calmamente descansando perto de uma fêmea no cio. O mais forte é o primeiro a cruzar com a fêmea. Os outros esperam sua vez. Os gatos não miam sempre do mesmo jeito. Há miados para chamar as fêmeas, miados para pedir comida, miados para avisar que estão bravos. Quando estão contentes, os gatos ronronam. Quando eles estão zangados, mexem a cauda de um lado para outro. Quando estão furiosos, os pêlos ficam arrepiados. Os gatos são carinhosos. Mas eles só aceitam carinhos e fazem agrados quando eles mesmos querem e não quando o dono quer. Foi observando a vida dos gatos que descobrimos como eles são. Observar a vida dos animais é o trabalho de muitas pessoas que estudam a natureza. Esses cientistas são chamados etólogos. Etologia é o estudo do comportamento. Há etólogos que estudam a vida das abelhas. Outros estudam o comportamento dos leões. Há um etólogo que viveu dois anos em uma cabana na floresta para ver de perto a vida dos gorilas. Os etólogos admiram e respeitam os animais. O comportamento dos gatos. Ciência para crianças, nº 10. Rio de Janeiro, FUNBEC, 1989. Você notou que assim como o texto “No dia que o gato falou”, este também fala de gato? Porém, a finalidade deles é diferente. O primeiro tem como finalidade mexer com a imaginação do leitor, enquanto o segundo quer informar. O primeiro apresenta muitas palavras que dão qualidade a outras.

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Observe algumas delas sublinhadas nos exemplos abaixo: • dama gentil e senil • gato terno • gato siamês • terrível destino • curiosa natureza

1) Encontre três outros exemplos de palavras que dão qualidade a outras no

texto “No dia que o gato falou”. 2) Leia novamente o texto “O comportamento dos gatos” e verifique se há

muitas ou poucas palavras que dão qualidade a outras. O que se pode observar em relação ao texto anterior?

3) Comparando os dois textos, responda: qual é a finalidade de cada um?

PRODUÇÃO DE TEXTO Agora você escreve: Você tem, a seguir, o início e o final de uma narrativa que explora o absurdo. Sua tarefa é criar um desenvolvimento de tal modo que o todo fique coerente, isto é, que tenha sentido. Certo? Mãos à obra! No final, dê um título ao texto.

O Consumidor acordou confuso. Saíam torradas do seu rádio-despertador. De onde saía então – quis descobrir – a voz do locutor? Saía do fogão elétrico, na cozinha, onde a Empregada, apavorada, recuara até a parede e, sem querer, ligara o interruptor da luz, fazendo funcionar o gravador na sala. O Consumidor confuso sacudiu a cabeça, desligou o fogão e o interruptor, saiu da cozinha, entrou no banheiro e ligou seu barbeador elétrico. Nada aconteceu. Investigou e descobriu que a sua Mulher, na cama, é que

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estava ligada e zunia como um barbeador. Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. Talvez aquilo tudo fosse só o resto de um pesadelo. Pela torneira jorrou café instantâneo. Veríssimo, Luís Fernando. Para gostar de ler. São Paulo. Ática. 1981. v. 7. p. 29-30.)

Vamos rever as regras de acentuação:

Para acentuar corretamente, precisamos saber localizar a sílaba tônica.

Classificamos as palavras, quanto à sílaba tônica em: oxítona, paroxítona e proparoxítona.

Acentuação das Proparoxítonas Toda proparoxítona é acentuada. Exemplo: óculos

máximo espetáculo

EXERCÍCIOS 1) Retire do texto “O comportamento dos gatos”, duas palavras proparoxítonas

devidamente acentuadas. 2) Acentue as proparoxítonas que aparecem na lista abaixo:

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cardiaco criminalidade horoscopo democratico pessimismo reporteres proximo economico politica computador pouquissimo liberdade republica magnifico historico eletronico miope dolares entrevista independente programa Africa indigena problematico

Acentuação das oxítonas

Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em:

a) A, - AS Exemplos: fubá jacá aliás está atrás lilás b) E, - ES Exemplos: café pajé através bebê francês freguês c) O, - OS Exemplos: cipó dominó repôs xangô após camelôs d) EM - ENS Exemplos: alguém armazém vinténs além parabéns armazéns

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AcentuamAcentuamAcentuamAcentuam----se os se os se os se os monossílabos tônicos terminados em tônicos terminados em tônicos terminados em tônicos terminados em

A(s), - E(s), - O(s). Exemplos: já dê só lá é dó más vê pó ás pés sós

1) As palavras seguintes são oxítonas terminadas em a, e, o. Acentue-as: voce lilas inves avo bone matine atras Pele paje atraves ate chamine apos alias ipe 2) Copie apenas as palavras oxítonas, acentuando-as convenientemente: doce, livro, cipo, calo, vidro, lata, guarana, batata, consciente, passo, pisada, fregues, pipoca, criança, pele, paje, xango, ate, beleza, mocidade, domino, Parana, marques, dia, borracha, satanas. APRENDA MAIS

MAL e MAU

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MALMALMALMAL - Todos se saíram mal na prova.

(Todos se saíram bem na prova.) - Ele não quer o mal de vocês.

(Ele não quer o bem de vocês.) MAL é antônimo de BEM. (antônimo é o mesmo que o contrário) MAU - Foi um mau jogo.

(Foi um bom jogo.) - Vítor não é um mau goleiro.

(Vítor não é um bom goleiro.) Importante: Para saber se deve usar MAL ou MAU, procure substituir, mentalmente, pelo antônimo. Se o antônimo for BEM, use MAL. Se o antônimo for BOM, use MAU.

EXERCÍCIOS 1) Use MAL ou MAU para completar: a- Após um ______ começo, a equipe melhorou seu rendimento.

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b- Você ouviu ______. c- Há aqui alguns alunos que lêem e escrevem ______. d- Agimos _____ deixando tudo para a última hora. e- De um ____ terreno, não se pode esperar grandes colheitas. f- Sempre repetia que é preciso combater o _____ pela raiz. g- O ______ resultado de hoje vai prejudicar nossa classificação. h- Que adianta termos bons jogadores, se temos um _____ técnico? Um apólogo

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? Deixe-me, senhor. Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. Mas você é orgulhosa. Decerto que sou. Mas por quê? É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados . . . Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando . . .

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Também os batedores vão adiante do imperador. Você é imperador? Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto . . . Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima . . . A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Assis, Machado de In: Para gostar de ler. Vol. 9. São Paulo, Ática, 1988.

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Você prefere fazer o papel da linha ou da agulha? Por quê?

Gabarito p. 05 1) Consulte seu dicionário ou dirija-se à biblioteca da escola. 2) (3) (2) (6) (1) (4) (5) p. 06 1) Tempo: 16 de maio de 1958. A senhora gentil e senil teve a idéia de dar ao gato o papagaio como alimentação para que ele passasse a falar. 2) Em um prédio. 3) Uma dama gentil e senil, que passava os dias tentando fazer com que o gato falasse. p. 06 Pontuação 1) a- decepção b- súplica 2) Procure no texto. 3) Para explicar. p. 07 4) “Mas, como não me ocorreu isso antes?” É usado para destacar a fala da personagem no texto. 5) (x) interrupção de pensamento. p. 09 1) gato terno, amigo, olhar humano, idéia genial. 2) Há poucas palavras que dão qualidade a outras, no texto “O comportamento dos gatos”, por se tratar de um texto informativo, com tema científico. O texto “O dia que o gato falou” apresenta muitas qualidades por ser um texto narrativo.

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3) O primeiro tem a finalidade de mexer com a imaginação do leitor, sendo uma história divertida. Já o segundo texto tem a intenção de informar o leitor sobre o comportamento dos gatos. p. 09 Agora você escreve. Resposta pessoal. p. 11 1) próximos – árvores - etólogos 2) cardíaco – política – república – míope – repórteres – magnífico – dólares – África – horóscopo – próximo – pouquíssimo – histórico – indígena – democrático – econômico – eletrônico - problemático p. 12 1) você - avó (avô) – atrás – através - após – lilás – boné – Pelé – até aliás – invés – matinê – pajé – chaminé - ipê 2) cipó – guaraná - freguês – pajé – xangô – até - dominó – Paraná – marquês - satanás p. 14

a) mau b) mal c) mal d) mal e) mau f) mal g) mau h) mau

p. 17 Resposta pessoal

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Bibliografia

• O Texto: Da Teoria À Prática – Subsídios à Proposta Curricular para o Ensino de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – 2ª ed. – São Paulo – 1998. • Parâmetros Curriculares Nacionais – Português e Apresentação dos Temas Transversais – Ministério da Educação e do Desporto – Secretaria de Educação Fundamental – Brasília – 1997. • Proposta Curricular para o ensino de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da Educação – São Paulo - Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - 4ª ed. – São Paulo – 1998. ALMEIDA, Maria Aparecida e FERREIRA, Givan - Falando a Mesma Língua. São Paulo: FTD, 1994. BASSI, Cristina M. e LEITE, Márcia - Leitura e Expressão. Atual Editora, 1992. CARDOSO, Eloisa G. e DONADIO, Miriam G. - Português – Projeto Alternativo. Ed. do Brasil, 1989. CARVALHO, Carmen Silvia C. Torres de; PANACHÃO, Déborah; KUTNIKAS, Sarina Bacellar; SALMASO, Silvia Maria de Almeida - Construindo a escrita: Gramática/ ortografia. São Paulo: Ática, 1997. CARVALHO, Carmen Silvia C. Torres de; PANACHÃO, Déborah; KUTNIKAS, Sarina Bacellar; SALMASO, Silvia Maria de Almeida - Construindo a escrita: Leitura e interpretação de textos. São Paulo: Ática, 1997. COLEÇÃO “PARA GOSTAR DE LER” : Ed. Ática, 1994. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley - Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DO BRASIL – Rio de Janeiro, 1997. FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto de - Gramática Nova. São Paulo: Ática, 1992. FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto de - Linguagem Nova. São Paulo: Ática, 1997. FÁVERO, Leonor L. - Coesão e coerência textuais. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1995. FÁVERO, Leonor L. e KOCH, Ingedore G. V - Linguística textual: introdução. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

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Equipe de Português • Antonia Gilmara Biazotto de Souza Rodrigues • Aparecida Ferreira Ladeira • Edna Gouvêa • Maria Alice Pacos Coordenação Cheila Fernanda Rodrigues Supervisão Terezinha Hashimoto Bertin Direção Rita de Cássia Fraga Costa

Capa Criação: Lopes e Vilela

Observação Importante Este material foi elaborado pelos professores de Português/ Sorocaba, para uso exclusivo de CEES.

É proibida a sua comercialização.

Observação Estes Módulos foram feitos com base na nova L D B, Parâmetros Curriculares, Proposta CENP.