4119932 Apostila Ensino Fundamental CEESVO Portugues 02

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ApresentaoAluno Ler ou contar uma histria sempre um momento gostoso. Ao fazer uma narrativa, voc pode estar dentro dela ou no. Quer dizer, voc pode contar uma histria em que tenha participado do acontecido ou, simplesmente, contar o que aconteceu com outras pessoas. Nesta unidade, voc conhecer mais alguns elementos da narrativa, escrever um texto narrativo e estudar a acentuao das palavras paroxtonas.

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LegendaExerccio [faa no seu caderno]

Produo de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que voc deve gravar]

Aprenda mais [faa no seu caderno]

Ler viver [leia e depois responda no seu caderno]

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VIDA FCILA simptica senhora esperava pacientemente na fila do orelho a sua vez de telefonar. Bem vestida, a simptica senhora aparentava ser uma respeitada dona-decasa, boa me, exemplar esposa. Ao chegar a vez, um rapaz pobremente vestido, com feies aflitas, interrompeua: Perdo, minha senhora. Ser que eu posso usar o telefone? urgente! Por favor! A simptica senhora, notando que o rapaz estava mesmo com algum problema srio pois, apesar de sua aparncia humilde, possua um certo ar de honestidade cedeu-lhe a vez. Cedida, ele depositou a ficha no aparelho e, sempre apresentando sinais visveis de nervosismo, completou a ligao: Al! Seu Juarez? o Reinaldo. O senhor mandou eu ligar s onze, lembra? A camisa e a gravata eu tenho. S faltam a cala e o palet. O senhor arrumou? No! Puxa vida, o senhor prometeu. Tem que ser de terno, seno eles no aceitam. . . Droga, desligou! O rapaz, decepcionado, foi sentar-se numa mureta ao lado do orelho. A simptica senhora, que ouviu toda a conversa, reparou que ele chorava por no ter conseguido o seu terno. A simptica senhora, sensibilizada com o ocorrido, foi ao seu encontro: Desculpe, mas eu no pude deixar de ouvir a sua conversa. Voc precisa muito desse terno? O rapaz explicou toda a situao. Explicou que estava desempregado h algum tempo e que no possua dinheiro para a aquisio de um terno que usaria para se apresentar vaga de uma determinada empresa. Comovida com a histria do rapaz, a simptica senhora resolveu presente-lo com um terno novinho. O rapaz agradeceu com as lgrimas escorrendo pelo rosto. No outro dia, no mesmo orelho, um simptico senhor pegou o fone para fazer a ligao. O rapaz interrompeu-o: Perdo, meu senhor. Ser que eu posso usar o telefone? urgente! Por favor! O simptico senhor cedeu-lhe a vez: Al! Seu Juarez? o Reinaldo. O senhor mandou eu ligar s onze, lembra? A camisa, a gravata, a cala e o palet eu tenho. S falta o sapato. O senhor arrumou? No! Puxa vida . . .Azevedo, Alexandre. O vendedor de queijos e outras crnicas. Atual, SP, 1996.

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O texto que voc leu uma narrativa em prosa que chamada de crnica.

A crnica, narrativa curta em linguagem fcil, retrata de maneira leve, geralmente humorstica, uma situao do nosso dia-a-dia.

EXERCCIOS Vamos enriquecer o vocabulrio? Procure as palavras grifadas, no dicionrio, e coloque os sinnimos na cruzadinha abaixo. 123456Possua um ar de honestidade O rapaz, decepcionado, foi sentar-se numa mureta A simptica senhora aparentava ser uma dona-de-casa Cedeu-lhe a vez A simptica senhora, sensibilizada com o ocorrido A senhora que ouviu toda a conversa, reparou que ele chorava 4256-

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EXERCCIOS 1- Por que a mulher cedeu ao rapaz a vez de telefonar? 2- Qual era o objetivo do rapaz? 3- Que frase do texto justifica a urgncia do rapaz para conseguir a vez de telefonar? 4- O que se pode concluir a partir do desfecho (final) dado narrativa? 5- Voc acha que o fato de o rapaz estar desempregado justificaria o seu comportamento? 6- Nessa crnica, podemos dizer que o autor: a- retrata uma realidade do cotidiano; b- aprova a vida fcil dos espertalhes; c- ironiza aspectos do comportamento humano. 7- Reescreva a frase dita pelo rapaz, usando o nvel formal da linguagem: O senhor mandou eu ligar s onze.

NARRATIVAComo voc deve ter observado, o texto Vida fcil uma narrativa, isto , conta uma histria. Toda narrativa precisa ter um narrador que assume um foco narrativo. O que vem a ser isso? Foco narrativo o ponto de vista, a posio que o narrador assume para contar sua histria.

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O narrador pode assumir duas posies bsicas:

NARRADOR Fora do fato

NARRADOR Dentro do fato

Ao assumir a posio fora do fato, o narrador apenas um observador. o narrador-observador. Ele no participa da histria, apenas fala dos personagens e emprega a terceira pessoa, isto , aquela de quem se fala. Exemplo: Diante da casa de Jlio, instintivamente, ele retardou o passo. Teve um olhar para a janela acesa, chegou a sorrir quando vislumbrou uma sombra. . . (Ligia Fagundes Telles). Veja que o narrador est fora da histria, apenas contando de algum que retardou o passo, chegou a sorrir, etc. Ao assumir a posio dentro do fato, o narrador torna-se um personagem. o narrador-personagem. Ele participa da histria, personagem como os outros e emprega a primeira pessoa, isto , a pessoa que fala (ou conta). Exemplo: De manh o padeiro me perguntou se estava tudo bem. Eu sorri e disse que estava. (Fernando Sabino) Veja que o narrador est dentro da histria, pois ele diz me perguntou, eu sorri, etc.

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1- Volte sua ateno novamente para o texto Vida fcil. uma narrativa em 1 ou 3 pessoa? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta. 2- Reescreva o trecho abaixo com o foco narrativo em primeira pessoa: Abriu caminho aos tropeos, precipitou-se at o carro que o aguardava, pediu auxlio ao motorista. (Fernando Sabino) 3- Reescreva o trecho abaixo com o foco narrativo em terceira pessoa: Meia-noite. Cansado e com sono eu vinha caminhando pela rua deserta quando, de repente, ouvi umas pisadinhas leves atrs de mim. Senti um frio no estmago. (Douglas Tufano)

Discurso direto e indireto Observe: E sem ousar olhar novamente para ela, disse: Mais flores daria se mais flores eu tivesse! discurso direto

(Stanislaw Ponte Preta).

Quando o narrador reproduz exatamente o que a personagem falou ocorre o discurso direto.

No exemplo acima o travesso introduziu a fala da personagem. O narrador parou para a personagem falar diretamente Agora observe:

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E sem ousar olhar novamente para ela, disse que mais flores teria dado se mais flores ela tivesse. Quando o narrador reproduz com suas palavras o que foi dito, ocorre o discurso indireto. EXERCCIOS

1- Copie o trecho abaixo de Vida fcil e grife onde houver discurso direto e indireto. Desculpe, mas eu no pude deixar de ouvir a sua conversa. Voc precisa muito desse terno? O rapaz explicou toda a situao. Explicou que estava desempregado h algum tempo e que no possua dinheiro para a aquisio de um terno ... 2- Copie do texto abaixo apenas as frases que representam discursos diretos: A filha do intelectual, que nunca tirava primeiro lugar na escola, chega em casa e pergunta ao pai: Pai, voc conhece a ltima? O pai pensou um pouco e disse: No, filha, qual ? E a filha: Eu. (Ziraldo, As anedotinhas do bichinho da ma)Editora tica, 1995.

3- Copie do texto abaixo apenas o trecho em que h o discurso indireto: O chefe estava nervoso e ordenou secretria: Saia da sala, imediatamente!

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4- Copie o trecho abaixo e continue o texto, mantendo o narrador-personagem, isto , em primeira pessoa. Depois de terminar, d um ttulo sua produo escrita. Lembre-se: Se voc colocar a fala de algum, use o discurso direto.

O dia amanheceu claro. No havia muito sol, mas a chuva que cara a noite toda j tinha parado. Levantei-me depressa, pois no queria perder um minuto daquele dia. Afinal, eu completava 18 anos! Ouvi passos perto do quarto. . .

Acentuao das paroxtonas Acentuam-se as palavras paroxtonas terminadas em: a) L Exemplos: possvel - amvel - aceitvel b) I, IS Exemplos: jri - txi - biquni - grtis - tnis - lpis c) N Exemplos: hfen - plen - eltron d) US, UM, UNS Exemplos: vrus - lbum - mdium - Vnus - lbuns - mdiuns e) R Exemplos: dlar - mrtir - revlver f) X Exemplos: trax - fnix - ltex

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g) , S, O, OS Exemplos: m - rf - bno - rgo - rfs - bnos h) DITONGO Exemplos: gua - famlia - srie - sbio - ingnuo - jquei

EXERCCIOS 1- Acentue as paroxtonas, quando for preciso: aereo tarefa aumento - crueldade - oleo torax - virus orf

- imperdoavel - orgo - martir

abdomen - agencia - nivel oasis - gratis - pacto

- varzea - empresario

2- Retire do texto Vida fcil duas paroxtonas acentuadas. APRENDA MAIS

CONCERTO e CONSERTO Estava maravilhoso o concerto a que assistimos no Teatro Municipal. (concerto = espetculo musical) Voc no vai providenciar o conserto deste aparelho? (conserto = ato de consertar, arrumar)

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EXERCCIOS

Complete com concerto ou conserto a) A jovem orquestra dar hoje um novo ___________. b) Aps o ___________ o televisor ficou timo. c) Providencie o ________ da torneira do banheiro. d) Neste teatro, no se realizam mais ________ como antigamente. COZER e COSER importante cozer bem estes alimentos. (cozer = cozinhar) A costureira no se cansa de coser. (coser = costurar)

EXERCCIOS Complete com cozer ou coser: a) Pra que ________ essa verdura? b) Com esse fogo baixo, voc no vai ______ a carne. c) Que tal, Pedro, voc mesmo _______ suas roupas? d) Voc pode ________ minha cala ainda hoje?

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ANSA ou ANA

Encontre quinze palavras terminadas por ansa ou ana escondidas no caapalavras.

J L M S C B D U J I A L C A N A H J N P A A V A N K Q N V I N G A V A Z S J Z M A N Q H M A L I A N P O U P A N A E G C D G L H U R S T R A N A Q U P T I N S G N S T E Q A I V H T R J N A J B A J Q A H M N U I L U N

L D M G A P A N N N A S A G A Q U R B C G U R G S U S Q R R I S P M T U N G

A VELHA CONTRABANDISTADiz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrs da lambreta. O pessoal da Alfndega tudo malandro velho comeou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrs, o fiscal mandou ela parar. A velhinha parou e ento o fiscal perguntou assim para ela: Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco a atrs. Que diabo a senhora leva nesse saco?

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A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontlogo, e respondeu: areia! A quem sorriu foi o fiscal. Achou que no era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro s tinha areia. Muito encabulado, ordenou velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia. Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrs, o fiscal mandou ela parar outra vez. Perguntou o que que levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um ms seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi a que o fiscal se chateou. Olha, vovozinha, eu sou fiscal da Alfndega com 40 anos de servio. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ningum me tira da cabea que a senhora contrabandista. Mas no saco s tem areia! insistiu a velhinha. E j ia tocar a lambreta, quando o fiscal props: Eu prometo senhora que deixo a senhora passar. No dou parte, no apreendo, no conto nada a ningum, mas a senhora vai me dizer: qual o contrabando que a senhora est passando por aqui todos os dias? O senhor promete que no espaia? quis saber a velhinha. Juro respondeu o fiscal. lambreta.Ponte Preta, Stanislaw In: Para gostar de ler. vol. 8. So Paulo, tica, 1994.

Voc achou o texto engraado ou no? Por qu?

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Gabarito Cruzadinha 1- feio 2- desapontado 3- parecia 4- deu 5- comovida 6- observou 1234567Porque observou que ele estava com um problema srio. Conversou com o interlocutor, no horrio estipulado, sobre as roupas. . . . urgente!. . . Era um golpe aplicado na fila do orelho. No, pois ele j tinha conseguido o que precisava para a entrevista. Alternativa a O senhor mandou-me ligar s onze horas.

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p. 08

p. 09

1- Narrativa em 3 pessoa. Pargrafos 1,2, etc. 2- Abri caminho aos tropeos, precipitei-me at o carro que me aguardava, pedi auxlio ao motorista. 3- Meia-noite. Cansado e com sono ele vinha caminhando pela rua deserta quando, de repente, ouviu umas pisadinhas leves atrs dele. Sentiu um frio no estmago. 1- Desculpe, mas. . . Discurso direto. O rapaz explicou. . . Discurso indireto. 2- Pai, voc conhece a ltima? No, filha, qual ? Eu. 3- O chefe estava nervoso e ordenou secretria: 4- Resposta pessoal. 1- areo leo rf trax vrus imperdovel abdmen agncia nvel rgo mrtir osis - grtis vrzea empresrio. 2- Aparncia histria

p. 10

p. 11

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p. 12

p. 13 p. 13

a) b) c) d)

concerto conserto conserto concerto b) cozer d) coser

a) cozer c) coser

Caa-palavras Alcana poupana mudana avana vingana trana cansa esperana mansa lana - vizinhana criana aliana dana. p. 15 Resposta pessoal.

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ApresentaoAluno Voc j falou ou j ouviu a frase: Quem v cara no v corao para mostrar como nos enganamos em relao s pessoas? Essa frase a moral de uma fbula, um tipo de texto que voc estudar nesta unidade. Alm disso, voc aprender alguns passos para reescrever um texto, um pouco mais sobre acentuao e as primeiras noes sobre verbo.

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LegendaExerccio [faa no seu caderno]

Produo de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que voc deve gravar]

Aprenda mais [faa no seu caderno]

Ler viver [leia e depois responda no seu caderno]

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Leia o texto abaixo

OS PS DO PAVOAndando pelo jardim, um pavo exibia orgulhosamente o esplendor de sua cauda, imensa, to colorida . . . Um corvo ficou contemplando aquela ave orgulhosa. Falou: Bela plumagem, hem, amigo? Ousa falar comigo, corvo insignificante? Ousa dirigir a palavra a mim, voc, que negro e agourento, desprezvel? O corvo ficou muito irritado. E no deixou por menos: As penas podem ser bonitas, amigo, mas eu que no gostaria de ter ps como os seus. O que tm eles? falou o pavo, olhando os prprios ps. So abertos, irregulares. No servem para agarrar, mal lhe do apoio para andar . . . No, amigo. Fique l com suas penas, que eu prefiro minhas garras slidas! E foi-se embora voando, deixando o pavo pensativo, descobrindo uma grande verdade: No h beleza sem seno.Fbula recontada por Marcia Kupstas. Sete faces da fbula. So Paulo, Moderna, 1994.

O texto acima uma fbula. Fbula uma narrativa que tem a inteno de transmitir uma lio de moral, isto , um ensinamento para a vida. As personagens, geralmente, so representadas por animais. No final da fbula aparece a moral da histria.

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As fbulas so histrias que vm sendo contadas h milhares de anos. Os fabulistas mais famosos foram Esopo e La Fontaine. Esopo viveu na Grcia seis sculos antes de Cristo; La Fontaine, na Frana, no sculo XVIII. No Brasil, Monteiro Lobato recriou muitas fbulas.

Entendimento do texto 1- Quais so as personagens que participam da fbula Os ps do pavo? 2- Qual o lugar onde acontece a histria? 3- O narrador destacou apenas uma caracterstica do pavo. Qual? 4- Que palavras indicam a beleza do pavo? 5- Qual o significado da expresso no deixou por menos? 6- Voc acha que o corvo estava sendo sincero ao elogiar a bela plumagem do pavo? Justifique sua resposta. 7- A histria nos apresenta o pavo de maneira simptica? Justifique a sua resposta. 8- Qual a moral da histria? Que ensinamento ela nos d?

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Observe os textos: Texto A Texto B

(original de Manuel Bandeira)

(parfrase)

PARDALZINHO O pardalzinho nasceu Livre. Quebraram-lhe a asa Sacha lhe deu uma casa, gua, comida e carinhos. Foram cuidados em vo: A casa era uma priso, O pardalzinho morreu. O corpo Sacha enterrou No jardim; a alma, essa voou Para o cu dos passarinhos! O poeta narra a histria de um pardalzinho que nasceu livre. Quando quebraram a asa da avezinha, Sacha deu-lhe alimentao e carinho, colocando-o numa gaiola. Apesar dos cuidados, o pssaro morreu. Sacha enterrou o corpo do pardal no jardim, e a alma da avezinha voou para o cu dos passarinhos.Tufano, Douglas. Estudos de Redao. So Paulo, Moderna, 1990, vol. 01 p. 95

A parfrase um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, sempre a reescritura de um texto j existente, uma espcie de traduo dentro da prpria lngua. a) b) c) d) So exigncias de uma boa parfrase: utilizar a mesma ordem de idias que aparece no texto original; no omitir nenhuma informao essencial; no fazer qualquer comentrio acerca do que se diz no texto original; utilizar construes que no sejam uma simples repetio daquelas que esto no original e, sempre que possvel, um vocabulrio tambm diferente. Agora voc vai fazer uma parfrase da fbula Os ps do pavo.

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Vamos estudar acentuao grficaDitongos Acentuamos os ditongos abertos: U (s), I (s), I (s). Exemplos: chapu vu cus Hiatos So acentuados, nos hiatos, o i e u que constiturem sozinhos ou seguidos de s a slaba tnica da palavra. Exemplos: a caste sava bas (a ) (ca s te) (sa va) (ba s) fiis heris anis faris pastis

No acentuamos o i tnico dos hiatos quando ele estiver seguido por nh. Exemplo: campainha (campa i nha) No acentuamos o i e u tnicos do hiato quando estiverem acompanhados, na mesma slaba, por -l, - m, - n, - r e -z. Exemplos: Raul amendoim contribuinte Nair raiz (Ra ul) (amendo im) (contribu inte) (Na ir) (ra iz)

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1- Acentue corretamente os ditongos abertos: ideia ceu boi jiboia aneis veu coroneis destroi pasteis apoia reu constroi fieis trofeu joia farois assembleia coisa oito convenceu

2- Acentue os hiatos conforme as regras que voc aprendeu. veiculo faisca saude ruim cair uisque cafeina juiz juizes jesuita traidocaindo tainha conteudo gaucho egoista

3- Neste mdulo, voc aprendeu a acentuar os ditongos e hiatos, mas nos mdulos anteriores abordamos a acentuao das palavras oxtonas, paroxtonas e proparoxtonas. Caso voc no se recorde, solicite orientao para acentuar corretamente as palavras abaixo: urubu molestia abacaxi numero atras Jau voce maiusculo flores virus chapeu heroi amor carater armazem cipo 4- Retire do texto Os ps do pavo, uma palavra proparoxtona e uma paroxtona acentuada.

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ESTUDO DO VERBO Observe a frase abaixo, retirada da fbula Os ps do pavo: O corvo ficou muito irritado. A frase est no tempo passado. Sabemos isso pelo uso de ficou. Para escrever a mesma frase no tempo presente: O corvo fica muito irritado. Para escrever a mesma frase no tempo futuro: O corvo ficar muito irritado. Voc deve ter observado que as palavras destacadas foram as nicas que se alteraram para nos dar a idia dos tempos: presente, passado e futuro. Portanto, podemos iniciar o estudo sobre verbos dizendo que: Verbo constitui uma classe de palavras que nos informa a idia de tempo, pessoa, modo, nmero e voz.

EXERCCIOS 1- Preencha os espaos do texto abaixo com os verbos da lista direita.

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A vaca do Mineirinho O rico _________ a toda e, quando ________ a oitenta por hora, ________ pelo espelho e l estava a vaca correndo. No acreditou. ______ mais e o carro foi a cem. E l estava a vaca. ______ cabreiro e ___ mais o carro, e tome cento e quarenta, e a vaca atrs, firme. Quando ______ a duzentos, ele olhou o espelho e _______ que a vaca estava com a lngua de fora. Parece que sua vaquinha no vai agentar muito tempo esta corrida, no, meu velho. J est com a lngua de fora. Pra que lado est a lngua? - ______ o Mineirinho. Para a esquerda respondeu o ricao. Ento ______ pra direita, que ela est pedindo passagem.

Lista de verbos Pisou Perguntou encosta olhou viu estava acelerou saiu chegou ficou

Ziraldo. Anedotas do Pasquim 2. Rio de Janeiro, Codecri, 1975.

2- Reescreva o texto, com os verbos no tempo presente. 3- Recorte e cole trs manchetes de jornais. Indique em cada uma delas se o tempo dos verbos est no presente, passado ou futuro. 4- Voc encontrou mais manchetes no passado, no presente ou no futuro? Por que voc acha que esse tempo costuma aparecer com maior freqencia nas manchetes?

5- Escreva uma pequena histria que j tenha acontecido com voc. Observe que voc vai se referir a um fato passado.

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APRENDA MAIS Mais palavra usada para indicar quantidade, para estabelecer uma comparao e para intensificar a qualidade de uma ao. Exemplo: A princesa raptada era a mais bela do povoado. Mas palavra usada para indicar idia oposta idia anterior.

Exemplo: O prncipe raptou a princesa, mas no conseguiu ser amado por ela.

EXERCCIOS Complete as oraes com mas ou mais: 1- A velhinha queria ser _____ esperta que o guarda. 2- Maria encontrou ______ bilhetes espalhados pela casa. 3- No era muito dinheiro, ______ dava para comprar refresco e um pedao de bolo. 4- O padrinho props-lhe um bluso, ______ Gustavo queria um brinquedo. 5- _______ depressa, Guilherme! 6- Quanto ______ a velhinha passava pela fronteira, ______ o guarda desconfiava dela. 7- Ndia pediu ______ sobremesa, ______ no foi servida. 8- O contrabando ilegal, ______ infelizmente continua existindo. 9- Quanto _______ o siri treinava, _______ talentoso ficava. 10 - Prometo no dar parte a ningum, _____ a senhora vai me contar o que carrega a nesse saco.

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OrtografiaVerbos terminados em ISAR e IZAR1- Verbos em ISAR Veja os exemplos: anlise piso analisar pisar pesquisa friso pesquisar frisar

Esses verbos grafam-se com ISAR, pois derivam de nomes que tm s no final. Exceo: catequese 2- Verbos em IZAR atual anarquia atualizar anarquizar canal ameno canalizar amenizar catequizar

Esses verbos grafam-se com IZAR, pois derivam de nomes que no terminam com s.

Derive verbos em ISAR ou IZAR destes nomes: aviso racional til industrial improviso divisa profeta paralisia piso uniforme sintonia ideal reviso normal social represa fiscal catequese

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O LOBO E O CORDEIROEstava o cordeiro a beber num crrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de horrendo aspecto. Que desaforo esse de turvar a gua que venho beber? disse o monstro arreganhando os dentes. Espere, que vou castigar tamanha m-criao! . . . O cordeirinho, trmulo de medo, respondeu com inocncia: Como posso turvar a gua que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim? Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas no deu o rabo a torcer. Alm disso inventou ele sei que voc andou falando mal de mim no passado. Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano? Novamente confundido pela voz da inocncia, o lobo insistiu: Se no foi voc, foi seu irmo mais velho, o que d no mesmo. Como poderia ser o meu irmo mais velho, se sou filho nico? O lobo, furioso, vendo que com razes claras no vencia o pobrezinho, veio com uma razo de lobo faminto: Pois se no foi seu irmo, foi seu pai ou av! E nhoque! Sangrou-o no pescoo.

Contra a fora no h argumentos.

Lobato, Monteiro Obra Infantil Completa. Vol. 2. So Paulo, Ed. Brasiliense, 1986.

O LOBO E O CORDEIRO Estava o cordeirinho bebendo gua, quando viu refletida no rio a sombra do lobo. Estremeceu, ao mesmo tempo que ouvia a voz cavernosa: Vais pagar com a vida o teu miservel crime. Que crime? perguntou o cordeirinho tentando ganhar tempo, pois j sabia que com lobo no adianta argumentar. O crime de sujar a gua que eu bebo. Mas como posso sujar a gua que bebes se sou lavado diariamente pelas mquinas automticas da fazenda?

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indagou o cordeirinho. Por mais limpo que esteja um cordeiro sempre sujo para um lobo retrucou dialeticamente o lobo. E vice-versa pensou o cordeirinho, mas disse apenas: Como posso eu sujar a sua gua se estou abaixo da corrente? Pois se no foi voc, foi seu pai, foi sua me ou qualquer outro ancestral e eu vou com-lo de qualquer maneira, pois como rezam os livros de lobologia, eu s me alimento de carne de cordeiro finalizou o lobo preparandose para devorar o cordeirinho. Ein moment! Ein moment! gritou o cordeirinho traando l o seu alemo kantiano. Dou-lhe toda razo, mas faolhe uma proposta: se me deixar livre atrairei para c todo o rebanho. Chega de conversa disse o lobo vou com-lo logo, e est acabado. Espere a falou firme o cordeiro isso no tico. Eu tenho, pelo menos, direito a trs perguntas.

Est bem cedeu o lobo irritado com a lembrana do cdigo milenar da jungle. Qual o animal mais estpido do mundo? O homem casado respondeu prontamente o cordeiro. Muito bem, muito bem! disse o lobo, logo refreando, envergonhado, o sbito entusiasmo. Outra: a zebra um animal preto de listras brancas? Um animal, sem cor, pintado de preto e branco para no passar por burro. respondeu o cordeirinho. Perfeito! disse o lobo engolindo em seco. Agora, por ltimo, diga uma frase de Bernard Shaw. Vai haver eleies em 66. respondeu logo o cordeirinho, mal podendo conter o riso. Muito bem, muito certo, voc escapou! deu-se o lobo por vencido. E j ia se preparando para devorar o cordeiro quando apareceu o caador e o esquartejou

MORAL: QUANDO O LOBO TEM FOME NO DEVE SE METER EM FILOSOFIAS.Fernandes, Millr Fbulas Fabulosas So Paulo, Crculo do Livro,1976.

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As duas fbulas tm a mesma histria, mas h diferenas entre elas. Quais foram as diferenas que voc percebeu entre as fbulas?

Gabarito p. 04 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) p. 09 1) idia cu jibia anis vu coronis destri pastis apia - ru constri fiis - trofu jia faris assemblia. 2) veculo fasca sade usque cafena juzes trado gacho jesuta contedo egosta. 3) atrs molstia Ja vrus carter voc chapu armazm nmero maisculo heri cip. 4) Proparoxtona slidas; Paroxtona desprezvel, prprios. p. 11 1) saiu estava olhou Pisou Ficou acelerou chegou viu perguntou encosta. O pavo e o corvo. No jardim. Orgulho O esplendor de sua cauda imensa, to colorida. No deixou sem resposta. Mostrou ao pavo que cada um tem o seu valor. Resposta pessoal Resposta pessoal Ningum perfeito.

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p. 12 2) O rico sai a toda e, quando est a oitenta por hora, olha pelo espelho e l est a vaca correndo. No acredita. Pisa mais e o carro vai a cem. E l est a vaca. Fica cabreiro e acelera mais o carro, e tome cento e quarenta, e a vaca atrs, firme. Quando chega a duzentos, ele olha o espelho e v que a vaca est com a lngua de fora. 3) Pesquisa 4) Resposta pessoal 5) Resposta pessoal p. 13 1) mais 2) mais 3) mas 4) mas 5) Mais p. 14 avisar utilizar improvisar racionalizar industrializar divisar profetizar paralisar pisar uniformizar sintonizar idealizar revisar normalizar socializar represar fiscalizar catequizar. p. 17 Resposta pessoal 6) mais mais 7) mais mas 8) mas 9) mais mais 10) mas

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ApresentaoAluno Provavelmente voc j abriu um jornal na parte de ANNCIOS CLASSIFICADOS para procurar um emprego ou comprar algo. Pode ser que tambm tenha procurado os servios de um pedreiro ou encanador para algum conserto em sua casa. Nesta unidade, vamos estudar a estrutura da linguagem dos textos de anncios classificados que dependem do conhecimento de verbos. Com isso, voc ter oportunidade de produzir um anncio.

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LegendaExerccio [faa no seu caderno]

Produo de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que voc deve gravar]

Aprenda mais [faa no seu caderno]

Ler viver [leia e depois responda no seu caderno]

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CLASSIFICADOS

Jornal Cruzeiro do Sul (15-05-98). Jornal Dirio de Sorocaba (15-05-98).

Observe os anncios classificados de jornais. So textos com poucas palavras, s vezes abreviadas, escritos de forma clara e objetiva; entre as suas vrias finalidades podemos mencionar: vender, comprar, procurar e oferecer empregos, prestao de servios, etc.

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Vamos conhecer alguns dos elementos de um anncio classificado: O que oferecido. Descrio das qualidades do produto. Preos e condies de pagamento. Endereo e telefone. Pessoa que deve ser procurada. Nome da firma, etc.

Que tal reconhecer alguns elementos do anncio abaixo?

12345678-

Qual a inteno desse anncio? O que oferecido? Como o texto coloca a descrio das qualidades do produto oferecido? Quais as palavras abreviadas? Escreva-as por extenso. Qual o preo e quais so as condies de pagamento? H endereo ou telefone para contato? Quais? Qual a pessoa que deve ser procurada? Voc acredita que esse anncio provoca interesse de compra em quem o l? Justifique a sua resposta.

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1-

2-

3Observe: - O anncio 1 Vendo . . .. Quem vende? A resposta: eu. - O anncio 2 Imobiliria Nunez Aluga VL Almeida. Quem aluga? A resposta: ela ( a imobiliria). - O anncio 3 Temos todos produtos. Quem temos? A resposta: ns. Nesses trs anncios podemos verificar que os verbos vendo, aluga e temos, alm de indicarem tempo, o presente, indicam pessoas (eu, ela, ns) e nmero: singular (eu, ela) e plural (ns). Observao: No anncio classificado 2 o correto seria abreviar a palavra vila da seguinte forma: V.

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VEJA O QUADRO ABAIXO:PESSOAS DOS VERBOS 1 pessoa a que fala 2 pessoa com quem se fala 3 pessoa de quem se fala SINGULAR eu tu ele, ela PLURAL ns vs eles, elas

A 2 pessoa do singular tu pouco empregada em nossa regio, mas frequentemente utilizada na regio Sul. A 2 pessoa do plural vs costuma ser empregada em documentos, nos casos em que o remetente ocupa posio inferior do destinatrio. Por exemplo: de chefe para diretor, de funcionrio para chefe e, assim por diante. Vale acrescentar que essa pessoa tem emprego bastante restrito na lngua contempornea, por isso sua tendncia desaparecer por completo da comunicao. Hoje, s tem uso nas ocasies verdadeiramente cerimoniosas, solenes, formais. Nas preces ao Criador, use sempre vs; nesse caso, ao escrever, empregue inicial maiscula tanto nos pronomes do caso reto quanto nos oblquos correspondentes. Exemplo: Nas horas de aflio, sempre recorremos a Ele. No lugar da 2 pessoa, usamos o pronome de tratamento voc/ vocs, mas com o verbo conjugado na 3 pessoa (singular ou plural). Observe: PESSOAS DO VERBO Eu Tu Ele, ela Ns Vs Eles, elas VERBO CANTAR - PRESENTE canto cantas canta * cantamos cantais cantam *

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* voc segue a forma do ele, ela vocs segue a forma do eles, elas

voc canta vocs cantam

Assim, podemos dar mais um passo e ampliar o conceito de verbo: Verbo a classe mais varivel das palavras. Ao variar, ele nos informa tempo, pessoa e nmero.

Alm disso o verbo pode: a) Indicar uma ao. Ex.: Trabalhei muito hoje. b) Ligar um estado ou qualidade a quem estiver se referindo. Ex.: As crianas so inteligentes. c) Indicar um fenmeno da natureza. Ex.: Choveu muito ontem em So Paulo.

I- Complete as frases com as pessoas do verbo: 12345_________ participei da ltima greve. _________ planejamos uma bela viagem. Senhor Deus, ________ que estais no cu . . . Aqueles alunos? _______ so da 8 srie. Jorge, ______ estudou para a prova?

II- Reescreva o trecho abaixo na 3 pessoa do plural: Meu amigo estava aliviado porque arranjou um bom emprego ontem.

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III- Reescreva o trecho abaixo na 1 pessoa do plural: Fiquei quase louco quando ganhei na loteria. Comprei uma bela casa, estudei vrias lnguas, viajei pelo mundo e depois tornei-me empresrio. : IV- Leia os classificados da pgina 3 e copie: a)Um classificado que utiliza 1 pessoa do plural. b)Um classificado que utiliza 1 pessoa do singular.

Vejamos, agora, as Vozes do Verbo:Voz verbal um aspecto do verbo para indicar sua relao com algo ou algum que age. As vozes do verbo so: 1. ativa Joozinho machucou o colega de classe. Quem machucou? Resposta: Joozinho. Ele praticou a ao de machucar. Ento o verbo (machucou) est na voz ativa. 2. passiva O colega de classe foi machucado por Joozinho. Quem foi machucado? Resposta: o colega de classe, mas ele no praticou a ao de machucar, ele a sofreu, o paciente. Portanto, o verbo est na voz passiva. 3. reflexiva Joozinho se machucou. Quem se machucou?

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Resposta: Joozinho. Ele praticou a ao de machucar e, ao mesmo tempo, sofreu a ao, indicada pelo se. Ento o verbo est na voz reflexiva.

I- Identifique as vozes do verbo: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O jquei escovava o cavalo todo dia. O garoto se cortou com a faca. O homem corrompido pela sociedade. Eu lavo minhas roupas. Maria foi paquerada por Joo. A garota feriu-se durante o recreio.

II- Qual o efeito da voz reflexiva nessa histria em quadrinhos?

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Observe: A- O jardineiro cortou a roseira. (ativa)

B- A roseira foi cortada pelo jardineiro. (passiva) Na frase A, o ser de quem se fala (o sujeito o jardineiro) o agente da ao, aquele que a pratica. Na frase B, o ser de quem se fala (o sujeito a roseira) no o agente, mas o paciente, aquele que sofre a ao. Na voz ativa, o verbo (cortou) est no passado. Na passiva, ele continua no passado, porm se transforma em locuo verbal: foi cortada. Portanto, ao passar de uma voz para outra, o verbo continua no mesmo tempo, apenas se transforma em locuo verbal.

III- Transforme a voz ativa em passiva: 1234567Uma cobra mordeu minha amiga. Nossa escola venceu o campeonato. Ns amamos nosso pas. O garoto alimenta os cachorros. A imprensa divulgar notcias da copa. Ontem, Maria comprou um bolo de aniversrio. A televiso noticiava a morte de Tancredo Neves naquela noite. VOZ PASSIVA A voz passiva pode ser sinttica ou analtica. A voz passiva sinttica formada pelo verbo na 3 pessoa (singular ou plural) mais o se (chamado de pronome apassivador). Observe este exemplo de voz passiva sinttica num anncio da pgina deste mdulo:

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A- Alugam-se apartamentos. Essa frase est na voz passiva porque esse mesmo fato pode ser expresso assim: B- Apartamentos so alugados. (pela Corretora X) se. No exemplo A, trata-se de voz passiva sinttica, mais resumida, usando o

No exemplo B, trata-se de voz passiva analtica, menos resumida, usando a locuo verbal. Empregamos a voz passiva sinttica quando no queremos ou no necessrio deixar claro quem o agente: Vende-se uma casa na praia. A voz passiva analtica usada para deixar claro quem o agente: Uma casa na praia vendida pela Imobiliria J.R. Observe que o verbo tem que concordar em nmero (singular ou plural) com o sujeito paciente da ao. Vende-se uma casa uma casa vendida. so vendidos.

Vendem-se apartamentos

apartamentos

Transforme a voz passiva analtica em sinttica: 12345Mveis so consertados. Uma casa alugada. Uma parede foi derrubada. Estradas so abertas. Documentos foram perdidos.

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_______________________________________________________________

Observe o anncio: Precisa-se de gesseiro. Observe que no podemos ampliar, como no tpico da passiva analtica, porque no voz passiva. Gesseiro no paciente, nem agente. No sabemos quem precisa de gesseiro. Portanto, h uma indeterminao. E o verbo, nesse tipo de frase, estar sempre no singular.

I - Copie apenas as frases em que a partcula se estiver indicando indeterminao: 1. 2. 3. 4. 5. Trata-se de um caso delicado. Falava-se de muita paz e amor. Corrige-se tese. Vive-se bem nesta cidade. Passa-se o ponto.

II - Ao caminhar pelas ruas, voc certamente j viu muitas placas anunciando alguma coisa. Agora que voc j sabe o uso correto da partcula se, procure encontrar uma placa em que o uso esteja certo e outra em que o uso esteja errado. Copie ambas para colocar no seu caderno.

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Voc tem algum objeto para vender ou trocar? Deseja adquirir algum objeto? Quer oferecer algum servio? Quer alugar ou vender uma casa? Procura emprego? Se no tiver nada disso, invente algo para produzir seu texto. 1- Crie um anncio classificado usando a 1 pessoa. 2- Crie um anncio classificado usando a voz passiva sinttica.

Acento ou assento? H dois sentidos para as palavras acento e assento: I- Acento quer dizer tom de voz, sinal grfico, destaque. II- Assento quer dizer lugar onde se senta, fundilho. E pode tambm ser forma do verbo assentar. Exemplos: Ele usou o acento correto nas palavras escritas na carta. O assento usado na cadeira do dentista estava quebrado.

1- Complete os espaos abaixo com acento ou assento: abcdA palavra rdio tem _________ grfico. Ele gritou com um _________ estranho na voz. O ______ do carro estava molhado. Onde est o __________ para os fiis?

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CLASSIFICADOS POTICOS

Vende-se uma casa encantada no topo da mais alta montanha. Tem dois amplos sales onde voc poder oferecer banquetes para os duendes e anes que moram na floresta ao lado. Tem jardineiras nas janelas onde convm plantar margaridas. Tem quartos de todas as cores que aumentam ou diminuem de acordo com o seu tamanho e na garagem h vagas para todos os seus sonhos. Procura-se algum lugar no planeta onde a vida seja sempre uma festa onde o homem no mate nem bicho nem homem e deixe em paz as rvores da floresta. Procura-se algum lugar no planeta onde a vida seja sempre uma dana e mesmo as pessoas mais graves tenham no rosto um olhar de criana. Precisa-se de uma bola de cristal que mostre um futuro grvido de paz: Que a paz brilhe no escuro como o brilho especial que algumas palavras possuem mas que seja mais do que palavra, mais do que promessa: seja como a chuva que sacia a sede da terra. Murray, Roseana, Classificados poticos

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p. 04 1234-

Gabarito Convencer o leitor a comprar o terreno. Um terreno bom para loteamento. Especificando o que de bom o terreno oferece para o loteamento. Alq. - alqueire c. casa tel. telefone p/ - para c/ - com propr. proprietrio O anncio no cita o preo e as condies de pagamento. Sim. Tel = 244.1574 e 232.8896 Luiz Antonio Sim, pois o anncio oferece muitas vantagens. (Resposta pessoal).

5678p. 07

I- 1- Eu 2- Ns 3- Vs 4- Eles 5- Voc II- Meus amigos estavam aliviados porque arranjaram um bom emprego ontem. III- Ficamos quase loucos quando ganhamos na loteria. Compramos uma bela casa, estudamos vrias lnguas, viajamos pelo mundo e, depois tornamo-nos empresrios. IV- a) Churrasco fazemos 222-8705. b) Agradeo aos 3 anjos protetores Gabriel, Rafael e Miguel. VCA. p. 09 I- 1- Voz ativa 2- Voz reflexiva 3- Voz passiva p.10 4- Voz ativa 5- Voz passiva 6- Voz reflexiva

II- O efeito de praticar e sofrer a ao ao mesmo tempo. III- 1- Minha amiga foi mordida por uma cobra. 2- O campeonato foi vencido por nossa escola. 3- Nosso pas amado por ns. 4- Os cachorros so alimentados pelo garoto. 5- Notcias da copa sero divulgadas pela imprensa. 6- Um bolo de aniversrio foi comprado por Maria, ontem. 7- A morte de Tancredo Neves era noticiada pela televiso naquela noite.

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p. 11

p. 12

12345-

Consertam-se mveis. Aluga-se uma casa. Derrubou-se uma parede. Abrem-se estradas. Perderam-se documentos.

p. 12 p. 13

1- Trata-se de um caso delicado. Falava-se de muita paz e amor. Vivese bem nesta cidade. II- Resposta pessoal 1- Resposta pessoal. 1- a- acento b- acento 2- Resposta pessoal. c- assento d - assento

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ApresentaoAluno Certamente voc j leu, ouviu ou assistiu a uma entrevista. algo que sempre nos chama a ateno, pois podemos descobrir as idias das outras pessoas, confrontar com as nossas e aprender um pouco mais. Neste Mdulo, vamos estudar um texto de entrevista e voc ter a oportunidade de exercer o papel de entrevistador, alm de aprender o uso dos pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos.

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LegendaExerccio [faa no seu caderno]

Produo de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que voc deve gravar]

Aprenda mais [faa no seu caderno]

Ler viver [leia e depois responda no seu caderno]

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ENTREVISTAEsta entrevista foi realizada com a publicitria Christina Carvalho Pinto. para saber o que falta na vida dele, Carmen Christina, ns o que ele precisa para ter uma aprendemos que para escrever um qualidade de vida melhor. o texto preciso imaginar o leitor. consumidor que cria, em ltima Aquilo que o autor pensa do leitor instncia, o avano da tecnologia. que vai determinar as escolhas que ele que de alguma maneira acaba sero feitas ao longo do texto. Na dizendo o que est faltando em sua propaganda tambm assim? vida. A maior parte dos produtos Como o publicitrio faz suas lanados no mercado j nascem escolhas? assim porque o consumidor assim o Christina Na propaganda tambm pediu. Trabalhar com propaganda assim. S que comea muito apaixonante porque a propaganda antes: o prprio nascimento de uma um eterno estudar da alma humana; marca nova, de um servio, s ela segue o mesmo caminho da acontece a partir de um estudo das psicologia, da sociologia e da necessidades verdadeiras e do antropologia. Ela no ser eficiente desejo do futuro consumidor dessa se no for o tempo todo uma ponte marca ou servio. Quando surge, entre a vida daquela marca que ela por exemplo, um sabonete novo est pretendendo comunicar e o com uma quantidade grande de receptor final da mensagem, que s hidratante, isso no nasceu da receber aquela mensagem cabea de um publicitrio ou de um positivamente se de fato ela qumico, ou de um engenheiro de corresponder quilo que ele quer. produtos. O consumidor constantemente objeto de pesquisas

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Carmen Conte para ns um pouco das etapas do processo de criao e quem so as pessoas envolvidas nesse processo. Christina O processo de criao nasce de uma conversa entre o cliente e a agncia, na qual o cliente expe as caractersticas do produto, o preo, o que o diferencia dos outros concorrentes ou no. A partir da, todas as informaes passadas pelo cliente comeam a ser detalhadas, estudadas, envolvendo agora pontos de vista novos em relao ao produto. A agncia vai procurar ouvir o consumidor, o pblico-alvo, para compreender os seus valores e no que de fato aquele produto est contribuindo para a melhoria de vida desse pblico, buscando adequar o que o cliente e o consumidor esto priorizando. Depois disso que vai comear o processo estratgico. O processo estratgico de abordagem do consumidor j traz em si, necessariamente, a semente criativa, porque caber ao grupo que vai gerar essa estratgia (e ela antecede a criao) descobrir qual realmente o ponto central que vai fazer aquela nova marca responder a um sonho, a um desejo do consumidor. a descoberta de um novo caminho de comunicao que o concorrente no conseguiu atingir. A que entra o pessoal de criao, transformando essa descoberta em uma idia capaz de provocar

empatia com o pblico-alvo. Logicamente uma idia tem que ser, entre outras coisas, muito diferente, relevante e inesperada. Esse processo envolve um redator (que especialista na palavra) e um diretor de arte (que especialista na parte visual). S que nos ltimos anos, como a idia um todo, formada pela imagem e pela palavra, todo mundo cria tudo. Senta-se um grupo de profissionais de criao e criam juntos. Depois o trabalho avaliado pelo lder do grupo, que o diretor de criao. Carmen Qual a preocupao principal do publicitrio enquanto est criando sua propaganda? Christina - O publicitrio tem trs preocupaes bsicas. A primeira a preocupao com a verdade daquilo que ele est dizendo. A verdade de uma marca est na personalidade que ele est criando para essa marca e naquilo que tem muito a ver com a verdade do consumidor futuro ou presente. H um conselho chamado Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentao Publicitria) que responsvel por garantir que s se fale a verdade na propaganda. A segunda preocupao a criao de uma ponte de afinidade entre a marca, que um ser vivo, e o consumidor. Ela um ser vivo, tanto que ela adjetivada como as pessoas. Ns dizemos: tal marca

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muito simptica; esta muito arrogante, etc. Elas pulsam na nossa frente e ns gostamos ou no dessa pulsao. A terceira preocupao a eterna busca da fertilidade intelectual, criativa, e a ruptura com o banal, a partir de milhes de radares que ligam o publicitrio ao mundo. Carmen Existe alguma lei regulamentando o que aparece ou dito na propaganda? Christina Sem dvida nenhuma. Como j acabei de mencionar, a propaganda algo to srio que se auto-regulamentou. Ns no esperamos que algum viesse nos dizer como garantir o nvel tico do nosso trabalho: fizemos um grande congresso h mais ou menos uma dcada, ocasio em que decidimos gerar um severo cdigo para nos auto-regulamentar, e esse cdigo seguido a ferro e fogo por todo publicitrio decente. Quem no cumpri-lo pode sofrer graves sanes. Ele vale para os anunciantes e todo o setor das comunicaes no Brasil. Carmen O publicitrio pensa sempre a partir das caractersticas e desejos que seu consumidor j tem ou ele procura criar novos desejos, transformar os sonhos de forma a favorecer a venda do produto?

Christina - A sede do ser humano por qualidade de vida milenar; o desejo movimenta o ser humano desde a Idade da Pedra, no o desejo por uma xcara ou um perfume, mas o desejo que muitas vezes no se sabe de qu: de ser mais, de crescer, de se expressar, de ter. O desejo move a humanidade e o que a propaganda faz mostrar quais so os desejos realizveis e quanto eles custam.

Carvalho, Carmen Silvia C. Torres de e outros. Construindo interpretao Editora a escrita: de textos, tica, leitura e So Paulo 1997

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A entrevista um tipo de texto que ns ainda no havamos analisado. Leia-a com ateno e responda: 1- A entrevista um texto literrio ou um texto informativo? Como voc chegou a essa concluso? 2- Quais so as principais caractersticas de um texto tipo entrevista? 3- Releia a resposta dada pela publicitria Christina 1 pergunta da entrevista. a) Escreva com suas palavras como o nascimento de uma marca nova ou de um novo servio. b) Qual o papel do consumidor nesse nascimento? Vejamos como se faz uma entrevista:

Componentes da entrevistaA entrevista constitui um dilogo em que uma pessoa pretende saber de outra: opinio sobre determinado assunto; conhecimento sobre determinado assunto; Deve haver, numa entrevista, dois elementos: 1 entrevistador: a pessoa que faz perguntas; 2 entrevistado: a pessoa que responde s perguntas.

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Etapas da entrevista Para se realizar uma entrevista, necessrio determinar, primeiramente, qual o objetivo a ser alcanado, isto , o que se pretende saber com essa entrevista. Se voc for entrevistar um cobrador de nibus, ou o diretor de seu colgio, ou um escritor, ou um jornalista, necessrio que voc determine o que quer saber dessas pessoas. Aps ter definido o objetivo e ter escolhido o entrevistado, passa-se, ento, elaborao das perguntas. Na elaborao dessas perguntas, devem-se seguir algumas regras: a) evitar perguntas muito longas; b) elaborar perguntas claras e objetivas; c) conhecer ao mximo o assunto da entrevista; d) evitar perguntas cujas respostas sejam simplesmente sim ou no; e) elaborar perguntas que estejam relacionadas ao conhecimento e vivncia do entrevistado. Por exemplo: voc no ir perguntar a um jogador de futebol sobre a crise do petrleo. ATENO: Na escolha do(s) entrevistado(s), deve-se considerar que qualquer pessoa, independente do cargo ou profisso que exerce, pode oferecer um excelente assunto para entrevista: operrio, jornaleiro, motorista, vereador, professor, diretor da escola, faxineiro, padre, moradores de seu bairro e de sua cidade, etc. Voc poder realizar a entrevista de duas formas: a) Entrevista oral: o entrevistador mantm com o entrevistado um contato pessoal. A entrevista oral vantajosa porque permite ao entrevistador questionar com maior profundidade o entrevistado, exigindo explicaes para determinadas afirmaes. b) Entrevista escrita: esse tipo de entrevista deve ser realizado quando no houver possibilidades para um contato pessoal com o entrevistado. Envia-se, portanto, um questionrio ao entrevistado, pedindo-se a ele que faa a gentileza de respond-lo.

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PRONOMES Observe: a) A propaganda um eterno estudar. Ela segue os caminhos da psicologia. b) O cliente expe as caractersticas do produto, o preo, o que o diferencia dos outros. c) . . . esse cdigo seguido a ferro e fogo por todo publicitrio decente. Quem no cumpri-lo pode sofrer graves sanes. As flechas acima indicam o relacionamento entre as palavras.

NOME MENCIONADOpropaganda produto cdigo

SUBSTITUIOela o lo

Os pronomes substituem um nome mencionado antes. um recurso para evitar repetio. Pronome uma classe de palavras que serve para substituir um nome mencionado anteriormente. J vimos que h trs pessoas gramaticais: 1 pessoa 2 pessoa 3 pessoa

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Os pronomes pessoais relacionam-se a essas trs pessoas. Veja o quadro abaixo:

PESSOA1 singular 2 3 1 2 plural 3

PRONOMES PRONOMES OBLQUOS RETOS TONOS TNICOSEu Tu Ele,ela Ns Vs Eles,elas Me Te o, a, lhe, se Nos Vos os, as, lhes, se Mim, comigo Ti, contigo Ele, ela, se, consigo Ns, conosco Vs, convosco Eles, elas, si, consigo

4. Reescreva as frases abaixo e empregue pronomes pessoais do caso reto para substituir as palavras destacadas. a) O nibus chegou atrasado e, o pior, o nibus estava lotado. b) Os cachorros latiram a noite toda. Os cachorros perturbaram o sono das pessoas. c) Eu e minha prima viajamos para Salvador. Eu e minha prima adoramos a cidade. d) Joana e Mrcia trabalham na mesma firma. Joana e Mrcia so excelentes funcionrias. 5. Leia novamente a resposta n 1 da entrevista (da pgina 3) e responda a que nome mencionado anteriormente referem-se os pronomes grifados: a) . . . ele precisa para ter uma qualidade de vida melhor. b) Ela no ser eficiente se no for . . .

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Na linguagem informal, muitas vezes o pronome pessoal do caso reto colocado aps o verbo, fazendo com que esta estrutura gramatical seja aceita principalmente na oralidade, mas considerada incorreta na escrita. Na linguagem formal, devemos usar somente o pronome pessoal do caso oblquo aps o verbo. 6. Observe o modelo e empregue o pronome oblquo nos casos abaixo: Salve ele, papai. Salve-o, papai. a) b) c) d) e) f) g) Compre ele, senhora. Pesque eles, vov. Lave elas, mame. Guarde ele, titia. Plante elas, papai. Escreva ela, vov. Ajude eu, moo.

PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLQUOObserve: a) Os pronomes oblquos O, A, OS, AS, quando acompanham verbos terminados em R, S, Z, transformam se em LO, LA, LOS, LAS. Exemplos: prender-o prend-lo realizamos-a realizamo-la desfez-os desf-los b) Os pronomes oblquos O, A, OS, AS, quando acompanham verbos terminados em M, O, E, transformam-se em NO, NA, NOS, NAS. Exemplos: deixem-os pe-a do-o deixem-nos pe-na do-no

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7. Reescreva as frases abaixo substituindo as palavras grifadas pelos pronomes: LO, LA, LOS, LAS ou NO, NA, NOS, NAS: a) b) c) d) e) Espero poder encontrar os professores amanh. Entreguem a correspondncia ao meu vizinho. Faam o trabalho em silncio. Terminamos a tarefa na hora certa. A dupla compe uma msica rapidamente.

8. Leia a entrevista da pgina 4 e observe, na resposta da pergunta 2, o seguinte trecho: O processo estratgico de abordagem do consumidor j traz em si, necessariamente, a semente criativa. O pronome oblquo si refere-se a que palavra mencionada anteriormente?

Agora vamos estudar os pronomes possessivos e os pronomes demonstrativos:Pronomes possessivos so os que se referem s pessoas, atribuindolhes a posse de alguma coisa. Os pronomes possessivos relacionam-se s trs pessoas gramaticais. Veja o quadro abaixo:

PESSOA1 singular 2 3 1 2 plural 3

PRONOMES POSSESSIVOSmeu, minha, meus, minhas Teu, tua, teus, tuas Seu, sua, seus, suas Nosso, nossa, nossos, nossas Vosso, vossa, vossos, vossas Seu, sua, seus, suas

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9. Nos trechos abaixo referentes entrevista, indique de quem a posse indicada pelos pronomes grifados: a) A agncia vai procurar ouvir o consumidor, o pblico alvo, para compreender os seus valores. . . b) O publicitrio pensa sempre a partir das caractersticas e desejos que seu consumidor j tem . . . Pronomes demonstrativos so aqueles que indicam, demonstram a posio de um ser em relao s pessoas do discurso. Exemplo: Este livro meu. O pronome demonstrativo este indica que o livro est perto da pessoa que fala (eu). Veja o quadro abaixo: SITUAO DO SER EM RELAO S PESSOAS DO DISCURSO PERTO DA PESSOA QUE FALA PERTO DA PESSOA COM QUEM SE FALA LONGE DA PESSOA QUE FALA LONGE DA PESSOA COM QUEM SE FALA este, esta, estes, estas, isto esse, essa, esses, essas, isso aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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Analise a orao a seguir: Veja o que esse homem quer. A orao acima fragmento de um dilogo em que temos: eu a pessoa que fala; voc a pessoa com quem se fala; ele a pessoa de quem se fala o homem. O pronome aquele indica que o homem est distante tanto da pessoa que fala quanto da pessoa com quem se fala. Se o pronome utilizado fosse este, ento saberamos que o homem estava perto da primeira pessoa do discurso. Um outro exemplo: Mas no quisemos, tivemos um receio enorme de provocar um novo instante como aquele de que o morto nos salvara. Na frase acima, o pronome demonstrativo aquele substitui a palavra instante.

10. Reescreva as frases abaixo, usando pronomes demonstrativos de acordo com o que se indica entre parnteses: a) De quem _________ lpis? (o lpis est perto da pessoa com quem se fala) b) De quem _________ blusa sobre a cadeira? (a blusa est longe da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala) c) ________ pasta com documentos minha. (a pasta est perto da pessoa que fala) d) ________ brinquedos so de Aninha. (os brinquedos esto perto da pessoa que fala)

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11. Indique a quem se refere o pronome demonstrativo grifado, na frase abaixo: Quando surge, por exemplo, um sabonete novo com uma quantidade grande de hidratante, isso no nasceu da cabea de um publicitrio . . . 12. Indique a situao do ser em relao s pessoas do discurso para o uso dos pronomes demonstrativos, nas frases retiradas da entrevista: a) Aquilo que o autor pensa do leitor que vai determinar as escolhas . . . b) Esse processo envolve um redator. c) Esta entrevista foi realizada com a publicitria Christina Carvalho.

APRENDA MAIS

PARA EU e PARA MIM Pediram para eu trabalhar mais este ms. Usamos EU sempre que, logo em seguida, tivermos um verbo no infinitivo, isto , terminado em: - ar, - er ou - ir. Nada pediram para mim. No aparecendo verbo no infinitivo, usamos mim. MIM um complemento verbal.

13. Use EU ou MIM para completar: a) b) c) d) e) f) Hoje no chegou nenhuma carta para _______? Logo de manh, trouxe o carro para _____ consertar. Deixaram o trabalho a para _____ ler e passar a limpo. No vou at l, porque ele no tem nada a dizer para _____ E para _____? Nada sobrou? Isso no motivo para _____ chorar.

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SEO

- SESSO - CESSO

Veja o significado de cada palavra: Em que seo da firma voc trabalha? ( seo = repartio) Quero ver o filme e vou prxima sesso. (sesso = tempo de um espetculo) Fez a cesso de seus bens aos filhos. (cesso = doao, transferncia)

14- Complete com seo, sesso ou cesso: a) b) c) d) e) H algum tempo, j trabalho aqui na _______ de eletrodomsticos. Vimos a pea ontem, na _______ da noite. Uai, voc no ia ao cinema, na ______ das 8h? A prefeitura far a ______ deste terreno para nossa associao. O pessoal desta _______ muito unido e alegre.

15. Complete com sees ou sesses: a) Quantas _______ haver hoje neste cinema? b) Que _____ da firma j foram transferidas? c) O circo estria hoje com duas ________ d) Circulou, toda a manh, pelas vrias _______ do supermercado.

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INTERPRETAO DO TEXTO OUVIR ESTRELAS Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, plido de espanto . . . E conversamos toda a noite, enquanto A via lctea, como um plio aberto, Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo cu deserto. Direis agora: Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando esto contigo? E eu vos direi: Amai para entend-las! Pois s quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.Bilac, Olavo Poesia. 8 ed. Rio de Janeiro, Agir, 1957.)

Voc deve ter observado que no poema Ouvir Estrelas, Bilac utilizou pronomes como vs (direis, amai. . .) e tu (perdestes, conversas. . .) que atualmente so pouco empregados. A partir da interpretao do poema voc percebe a beleza de seus versos. Agora responda: 1- Voc acha que possvel ouvir estrelas? 2- O que o poeta quis dizer com isso? _______________________________________________________________

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Gabarito 1- A entrevista um texto informativo Resposta pessoal. 2- Elaborao de perguntas claras e objetivas, conhecimento profundo do assunto, ter informaes sobre a entrevista. 3- Reler a entrevista da p. 03 para responder. a) Resposta pessoal. b) O consumidor que diz o que lhe falta para ter uma qualidade de vida melhor. 4- a) ele b) eles c) ns d) elas 5- a)consumidor b) propaganda 6- a) Compre-o b) Pesque-os c) Lave-as d) Guarde-o f) Escreva-a g) Ajude-me

e) Plante-as

7.a) Espero poder encontr-los amanh. b) Entreguem-na ao meu vizinho. c) Faam-no em silncio. d) Terminamo-la na hora certa. e) A dupla compe-na rapidamente. 8. processo 9. a) seus consumidor, o pblico alvo. b) seu o publicitrio. 10. a) esse b) aquela c) Esta d) Estes 11. isso um sabonete novo com uma quantidade grande de hidratante. 12. a) Aquilo (est longe da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala). b) Esse (est perto da pessoa com quem se fala). c) Esta (est perto da pessoa que fala).

13. a)mim

b) eu

c) eu

d) mim e) mim c) sesso c) sesses

f) eu e) seo

14 - a) seo 15 . a) sesses

b) sesso b) sees

d) cesso d) sees

16. Resposta pessoal. 17. Resposta pessoal.

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ApresentaoAluno

Voc l jornal todo dia? Mesmo que no o faa, j deve ter visto e lido, alguma vez, aquele texto no alto da segunda pgina do jornal. o editorial. Neste mdulo, voc estudar um tipo de texto jornalstico chamado editorial. Aprender a fazer resumo e ter noes de sujeito e predicado, fundamentais para se construir um bom texto.

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LegendaExerccio [faa no seu caderno]

Produo de texto [escreva no seu caderno]

Conceito [conceito importante que voc deve gravar]

Aprenda mais [faa no seu caderno]

Ler viver [leia e depois responda no seu caderno]

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EDITORIAL

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O texto que voc leu na pgina anterior um editorial. O editorial um texto que expressa a posio adotada pelo jornal em relao s suas idias. O editorial, em geral, aparece na segunda pgina dos jornais e segue uma linha argumentativa, isto , formula a posio do jornal sobre um determinado tema e apresenta argumentos para justific-la. um texto muito importante dentro do jornal.

Vamos entender o texto do editorial? 1- O ttulo do editorial O gasoduto decorativo j indica o tema: o gasoduto Brasil-Bolvia. J que ele atravessar nosso territrio, que benefcio teremos? 2- De que forma o comportamento de nosso povo influi nas decises polticas tomadas? 3- Explique o trecho: Demogrfica e economicamente, Sorocaba preenche todas as condies para merecer atenes muito especiais. . . 4- Releia o pargrafo que comea assim: Vigora aqui o patrimonialismo mais escarrado. . . Ele mostra a posio do jornal: Nossos governantes colocam sempre a coisa pblica em segundo plano. Cite um trecho que comprova isso. 5- No pargrafo 10, o editorial fala de lideranas polticas desatentas. Explique. 6- Quando so feitas crticas em relao posio das autoridades, h preocupao por parte destas em rever suas atitudes? No caso em questo, no momento em que voc estuda este assunto, houve alguma alterao com relao ao aproveitamento do gasoduto em nossa cidade?

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7- Recorte um editorial, cole-o no seu caderno e explique o ponto de vista assumido pelo jornal com um breve comentrio. Como resumir Resumir uma habilidade muito importante para um estudante. Talvez seja um dos passos mais decisivos e conclusivos de qualquer metodologia de como estudar e de como pesquisar. Veja algumas orientaes bsicas: 1- Leia atentamente o texto. Mais de uma vez, se for preciso. 2- Delimite a extenso do seu resumo: no mximo, um quarto (25%) do texto original. 3- Analise cada pargrafo, sublinhando as idias principais. 4- Sintetize cada pargrafo numa frase ou, no mximo, em duas. 5- Ligue as frases referentes aos pargrafos por meio de expresses: alm do mais, assim, dessa forma, por conseguinte, pois, porque, portanto, etc. Essas expresses so importantes para que o resumo fique com sentido. Observe um exemplo: Buracos negros ainda so teoria

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Veja como ficou o resumo: No existe prova sobre buracos negros, pois no h catlogo sobre eles em observatrios. A primeira idia surgiu com John Mitchell h 200 anos quando ele concluiu que o material expelido pelos astros pode voltar a cair neles pela fora da gravidade.

Siga as instrues de como resumir e faa o seu resumo do editorial O gasoduto decorativo. Agora estudaremos: Frase Orao Perodo Frase todo enunciado de sentido completo, isto , uma palavra ou conjunto de palavras, suficiente por si mesmo para estabelecer comunicao. Ex.: Silncio! Que cansao! Mos obra, dignas autoridades! Orao a frase que se constri em torno de um verbo. Ex.: A vida muito simples. O mundo vegetal oferece grande quantidade de alimento. Perodo a frase constituda de uma ou mais oraes. O perodo pode ser simples ou composto. Perodo simples formado por uma s orao. Ex.: Botes florais e mesmo flores tambm so alimentos.

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Perodo composto formado de duas ou mais oraes. Ex.: Vim, vi, venci.

Observe:Sujeito o termo da orao que est em relao de concordncia com o verbo. O verbo e os demais termos da orao constituem o predicado. Normalmente o sujeito vem antes do predicado, constituindo a ordem direta, pois pode ser considerado o assunto da comunicao. Muitas vezes, porm, o predicado pode vir antes para dar mais destaque quilo que se declara do sujeito. (ordem indireta) Ex.: Certas pessoas lutam por seus direitos. (ordem direta) Lutam por seus direitos certas pessoas. (ordem indireta) Com essa possilibidade de trocar a ordem sujeito predicado, voc tem mais um recurso de uso da lngua: se voc deixar na ordem direta, estar dando destaque ao assunto sobre o que se fala; se usar o predicado antes, estar dando destaque ao que se fala sobre o assunto. Tudo depende da situao em que voc for utilizar tal recurso.

I- Crie sujeito para os predicados, sem esquecer da concordncia: 1234__________ explicar as questes. __________ planejamos tudo muito bem. __________ conservavam a classe limpa. __________ colaboro com a equipe.

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II- Crie predicado para os sujeitos, sem esquecer da concordncia: 1- Estes trabalhadores _______________. 2- Meu colega e eu _________________. 3- Os comerciantes do bairro _______________. 4- O reprter _______________. III- Inverta a ordem do sujeito, dando mais destaque ao que se fala: 1- Joo, a mulher e quatro filhos deixaram o serto pernambucano. 2- As crianas passam a caminho da escola. 3- O motivo da fuga foi a violncia. IV- Vigora aqui o patrimonialismo mais escarrado. Releia o 7 pargrafo do editorial e explique o uso do predicado (vigora aqui), antes do sujeito (o patrimonialismo mais escarrado). Conhea agora as oraes sem sujeito. H oraes que so formadas apenas pelo predicado, ficando a comunicao centrada no verbo. Os principais casos de orao sem sujeito ocorrem com: a) os verbos que indicam fenmenos da natureza: Amanheceu repentinamente. Chove muito nesta cidade. b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenmenos meteorolgicos ou se relacionam ao tempo em geral: Est tarde. Ainda cedo. J so trs horas, preciso ir. Faz frio nesta poca do ano. H muitos anos aguardamos significativas.

mudanas

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Faz anos que esperamos melhores condies de vida. Deve fazer meses que ele partiu. c) o verbo haver com a idia de existncia ou acontecimento: Havia bons motivos para nossa apreenso. Deve haver muitos interessados no seu trabalho. Houve alguns problemas durante o trabalho. Obs.: No uso coloquial (informal, popular) da lngua, usa-se o verbo ter para transmitir a idia do verbo haver. Ex.: Tinha um carro na frente da minha garagem.

I- Coloque (S) para as oraes que tm sujeito e (OSS) para as oraes sem sujeito. Lembre-se: s vezes, o sujeito pode estar em ordem inversa. 123456As mulheres julgam os homens inconstantes. Choveu a noite inteira. So oito horas em ponto. Estourou mais uma guerra. Fez um frio horrvel ontem! Transcorreu normalmente a competio.

II- Encontre uma frase em texto de jornal ou revista com o verbo ter sendo usado, coloquialmente, no lugar do verbo haver. Escreva-a. Podemos aproveitar o estudo de sujeito e predicado para ampliarmos o conhecimento sobre concordncia verbal. Em outras palavras, vamos estudar como o verbo concorda com o sujeito. Regra geral: o verbo concorda em nmero e pessoa com o sujeito. Paulo foi festa. Paulo e Tiago foram festa.

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Eu trabalho bastante. trabalhamos bastante. Jorge e eu 1% quer votar no candidato A. querem votar no candidato B. 80% Casos especiais: 1- Os verbos bater, dar, soar, quando se referem s horas do dia, concordam com o nmero delas: Bateu Bateram uma hora no relgio da matriz. dez horas no relgio da matriz.

2- A maior parte de, a maioria de, grande nmero de acompanhados de mais uma palavra no plural, admitem o verbo no singular ou no plural. A maior parte dos alunos votou para presidncia do grmio. A maior parte dos alunos votaram para a presidncia do grmio. Entretanto, se as expresses acima estiverem sozinhas na orao, o verbo dever permanecer no singular. Exemplo: A maioria votou para a presidncia do grmio. 3- Verbo + pronome SE a) se o pronome SE indicar voz passiva, o verbo concorda com o sujeito: Publicaram-se podemos transformar): Notcias falsas notcias falsas. (Est na voz passiva porque sujeito foram publicadas.

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Observao: Em Publicaram-se notcias falsas, o verbo est na voz passiva sinttica. Em Notcias falsas foram publicadas, o verbo est na voz passiva analtica. b) se o pronome SE indicar indeterminao do sujeito, o verbo permanecer na 3 pessoa do singular: Precisa-se de operrios (aqui no podemos fazer transformao porque no passiva. Algum precisa de operrios, s no conseguimos determinar quem precisa o sujeito indeterminado). 4- Sujeito ligado por OU a) se o ou indica excluso verbo no singular: Carlos ou Pedro se casar com Ana. (Ana se casar com um deles) verbo no plural b) se o ou indica incluso Muito calor ou muito frio me fazem mal. (Calor e frio, os dois me fazem mal) 5- O verbo haver, quando tem sentido de existir impessoal, isto , sem sujeito, como j vimos, e fica sempre na 3 pessoa do singular. A mesma coisa quando indicar tempo transcorrido. Na sala havia vinte lugares. (havia = existia) H seis anos moro nesta cidade. (h = tempo transcorrido) Observao: o verbo existir tem sujeito, portanto, concorda com ele: Muitos problemas existem no nosso prdio. Existe um amor na minha vida. 6- Quando o verbo fazer indicar tempo transcorrido, ficar sempre na 3 pessoa do singular: Fazia dois anos que no nos encontrvamos.

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I- Passe as frases para o plural, fazendo a concordncia correta do sujeito com o verbo: 1) 2) 3) 4) Aluga-se apartamento. Deu uma hora no relgio da escola. Eu estudo sempre. Existe um livro raro na biblioteca.

II- Reescreva as frases abaixo, substituindo existir por haver: 1- Existem muitas pessoas honestas, assim como existem as desonestas. 2- Existia uma grande confuso em minha mente. III- Reescreva as frases usando a concordncia correta: 12345A grande maioria das pessoas _________ (vota / votam) por obrigao. _______ (conserta-se / consertam-se) aparelhos eltricos. As ruas e as praas ___________(ficava / ficavam) cheias de gente. Amanh, voc e eu ___________ (partirei / partiremos) bem cedinho. Ontem ______ (fez / fizeram) seis meses que recomecei meus estudos.

IV- Passe para o plural, observando o que voc aprendeu sobre concordncia verbal. 1- Vendeu-se um terreno neste bairro. 2- Precisa-se de ajudante. 3- Ocorreu um acidente na esquina. 4- Necessita-se de um servente de pedreiro. 5- Durante o incndio, perdeu-se a pasta de documentos. 6- Leu-se a ata da reunio. 7- V-se um carro ao longe. 8- Ainda no se fez a despesa necessria. 9- Corrigiu-se o erro da mquina. 10- Aluga-se uma bela casa nesta quadra.

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I- H ou a? Pode-se usar a ou h na indicao de tempo. Empregamos a, quando nos referimos a um tempo que ainda no transcor reu (tempo futuro). Ex.: Ele vai falar daqui a quinze minutos. Daqui a pouco vamos fazer o teste. Empregamos h quando queremos indicar um tempo que j transcorreu (tempo passado). Nesse caso, podemos substituir o verbo haver pelo verbo fazer. Ex.: Ele saiu h quinze minutos (faz quinze minutos). H dias que no o vejo (faz dias que no o vejo).

1- Reescreva as seguintes frases, completando-as com h ou a. a) b) c) d) e) f) Isso ocorreu _____ muito tempo. Daqui ____ pouco, chegaremos em casa. _____ muitos anos Zumbi existiu. Ele voltar daqui _____ alguns meses. Prometeu regressar daqui _____ duas semanas. ____ meses no falo com Paulo.

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II- Uso de a gente / ns O pronome pessoal ns , geralmente, substitudo pela expresso a gente na linguagem informal. A gente corresponde 3 pessoa do singular. Exemplo: Na prxima semana, ns estaremos em frias. (formal)

Na prxima semana, a gente estar em frias. (informal)

1- Reescreva duas vezes cada frase, utilizando na primeira ns e na segunda, a gente. No se esquea da concordncia. a) Gostaria de saber se (poder) comprar este quadro. b) Afinal, (ir) ou no (ir)? c) Se (saber) que haveria um congestionamento to grande, no (ter) vindo. d) Vendo algum vivendo em condies to precrias, (sentir) at um pouco de culpa por essa situao. e) No todo dia que (receber) visitas to agradveis.

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ATITUDE SUSPEITA Sempre me intriga a notcia de que algum foi preso em atitude suspeita. uma frase cheia de significados. Existiriam atitudes inocentes e atitudes duvidosas diante da vida e das coisas e qualquer um de ns estaria sujeito a, distraidamente, assumir uma atitude que d cadeia! Delegado, prendemos este cidado em atitude suspeita. Ah, um daqueles, ? Como era a sua atitude? Suspeita. Compreendo. Bom trabalho, rapazes. E o que que ele alega? Diz que no estava fazendo nada e protestou contra a priso. Hmm. Suspeitssimo. Se fosse inocente no teria medo de vir dar explicaes. Mas eu no tenho o que explicar! Sou inocente! o que todos dizem, meu caro. A sua situao preta. Temos ordem de limpar a cidade de pessoas em atitudes suspeitas.

Mas eu s estava esperando o nibus! Ele fingia que estava esperando um nibus, delegado. Foi o que despertou a nossa suspeita. Ah! Aposto que no havia nem uma parada de nibus por perto. Como que ele explicou isso? Havia uma parada sim, delegado. O que confirmou a nossa suspeita. Ele obviamente escolheu uma parada de nibus para fingir que esperava o nibus sem despertar suspeita. E o cara-de-pau ainda se declara inocente! Quer dizer que passava nibus, passava nibus e ele ali fingindo que o prximo que era o dele? A gente v cada uma . . . No senhor, delegado. No primeiro nibus que apareceu ele ia subir, mas ns agarramos ele primeiro. Era o meu nibus, o nibus que eu pego todos os dias para ir pra casa! Sou inocente! a segunda vez que o senhor se declara inocente, o que muito suspeito. Se mesmo inocente, por que insistir tanto que ?

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E se eu me declarar culpado, o senhor vai me considerar inocente? Claro que no. Nenhum inocente se declara culpado, mas todo culpado se declara inocente. Se o senhor to inocente assim, por que estava tentando fugir? Fugir, como? Fugir no nibus. Quando foi preso. Mas eu no tentava fugir. Era o meu nibus, o que eu tomo sempre! Ora, meu amigo. O senhor pensa que algum aqui criana? O senhor estava fingindo que esperava um nibus, em atitude suspeita, quando suspeitou destes dois agentes da lei ao seu lado. Tentou fugir e . . . Foi isso mesmo. Isso mesmo! Tentei fugir deles. Ah, uma confisso! Porque eles estavam em atitude suspeita, como o delegado acaba de dizer. O qu? Pense bem no que o senhor est dizendo. O senhor acusa estes dois agentes da lei de estarem em atitude suspeita? Acuso. Estavam fingindo que esperavam um nibus e na verdade estavam me vigiando. Suspeitei da atitude deles e tentei fugir! Delegado . . . Calem-se! A conversa agora outra. Como que vocs querem que o pblico nos respeite se ns tambm andamos por a em atitude suspeita? Temos que dar o exemplo. O cidado pode ir embora. Est solto. Quanto a vocs . . . Delegado, com todo o respeito, achamos que esta atitude, mandando soltar um suspeito que confessou estar em atitude suspeita, um pouco . . . Um pouco? Um pouco? Suspeita.Verssimo, Lus Fernando Para Gostar de Ler Vol. 13. tica, So Paulo, 1994.

Qual foi a sada inteligente para o cidado preso livrar-se da atitude suspeita?

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Gabarito 1- Suprir com gs natural quase duas centenas de municpios. 2- O povo tem se comportado de forma passiva, sem contestar ou debater as decises polticas. 3- Sorocaba uma cidade de mdio porte, est situada prxima a grande So Paulo (capital) e interligada por grandes rodovias. 4- Se houver recursos suficientes, o que raramente ocorre, cuidar tambm do bem particular de todos os cidados. Da coisa pblica que no se cogita. 5- Resposta pessoal. 6- Resposta pessoal. 7- Resposta pessoal. Resumo do editorial: Resposta pessoal. I- Resposta pessoal. II- Resposta pessoal. III- 1- Deixaram o serto pernambucano, Joo, a mulher e quatro filhos. 2- A caminho da escola passam as crianas. 3- A violncia foi o motivo da fuga. IV- Resposta pessoal. I- 1- S 2- OSS 3- OSS 4- S 5- OSS 6- S II- Resposta pessoal. I- 1- Alugam-se apartamentos. 2- Deram duas horas no relgio da escola. 3- Ns estudamos sempre. 4- Existem uns livros raros na biblioteca II- 1- H muitas pessoas honestas, assim como h as desonestas. 2- Havia uma grande confuso em minha mente. III- 1- Vota ou Votam 2- Consertam-se

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3- ficavam 4- partiremos 5- fez IV- 1- Venderam-se terrenos neste bairro. 2- Precisa-se de ajudantes. 3- Ocorreram uns acidentes na esquina. 4- Necessita-se de serventes de pedreiro. (pedreiros). 5- Durante o incndio, perderam-se as pastas de documentos. 6- Leram-se as atas da reunio. 7- Vem-se uns carros ao longe. 8- Ainda no se fizeram as despesas necessrias. 9- Corrigiram-se os erros da mquina. 10- Alugam-se umas belas casas nesta quadra. p. 14 I

1- a) h b) a c) H d) a e) a f) H p. 15 II 1- a) Ns gostaramos de saber se podemos comprar este quadro. A gente gostaria de saber se pode comprar este quadro. b) Afinal, ns iremos ou no iremos? Afinal, a gente vai ou no vai? c) Se ns soubssemos que haveria um congestionamento to grande, ns no teramos vindo. Se a gente soubesse que haveria um congestionamento to grande, a gente no teria vindo. d) Vendo algum vivendo em condies to precrias, ns sentimos at um pouco de culpa por essa situao. Vendo algum vivendo em condies to precrias, a gente sente at um pouco de culpa por essa situao. e) No todo o dia que ns recebemos visitas to agradveis. No todo o dia que a gente recebe visitas to agradveis. p. 18 Resposta pessoal.

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Equipe de Portugus Antonia Gilmara Biazotto de Souza Rodrigues Aparecida Ferreira Ladeira Edna Gouva Maria Alice Pacos

CoordenaoCheila Fernanda Rodrigues

SupervisoTerezinha Hashimoto Bertin

Colaborao especialNeide Giamboni Lopes

DireoRita de Cssia Fraga Costa

CapaCriao: Lopes e Vilela

Observao ImportanteEste material foi elaborado pelos professores de Portugus/ Sorocaba, para uso exclusivo de CEES. proibida a sua comercializao.

ObservaoEstes Mdulos foram feitos com base na nova L D B, Parmetros Curriculares, Proposta CENP.