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SECA-DA-MANGUEIRA Detecªo, Sintomatologia e Controle Digenes da Cruz Batista 1 Daniel Terao 2 Maria AngØlica Guimarªes Barbosa 3 FlÆvia Rabelo Barbosa 4 1. Eng. Agrn., D.Sc. - Pesquisador Embrapa Semi-`rido; e-mail: [email protected]; 138 ISSN 1808-9984 Petrolina - PE Dezembro, 2008 Comunicado TØcnico On line On line On line On line On line Aspectos Gerais O cultivo da mangueira Ø uma das principais atividades agrcolas do plo de fruticultura Petrolina-PE/Juazeiro- BA, contribuindo com mais de 90% da exportaªo nacional de manga (ARAJO; CORREIA, 2004). Apesar do bom desempenho desse plo agrcola em relaªo s demais Æreas produtoras do pas, as ocorrŒncias de doenas como antracnose, malformaªo floral e vegetativa e podridıes causadas por diferentes patgenos vŒm se tornando cada vez mais relevantes, apesar de o clima semi-Ærido ser, na maior parte do ano, desfavorÆvel alta incidŒncia de doenas, quando comparado s outras regiıes produtoras do pas. Para que essa regiªo continue sendo o principal plo produtor/exportador no cenÆrio nacional, Ø imprescindvel que a qualidade fitossanitÆria do pomar seja resguardada. Dentre as doenas que ocorrem em mangueiras, a seca-da-mangueira, causada por Ceratocystis fimbriata Ellis & Halsted estÆ entre as mais importantes, pois pode levar morte de plantas. No Brasil, esta doena foi assinalada pela primeira vez em 1938, no Estado de Pernambuco, e denominada de mal-do-recife. Posteriormente, foi constatada em mangueiras dos Estados de Sªo Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, GoiÆs e no Distrito Federal (CUNHA et al., 2000; RIBEIRO, 1997). Recentemente, em visita a pomares de mangueira localizados no municpio de Senhor do Bonfim-BA, realizada em outubro de 2007, foram observadas plantas da variedade Espada que apresentavam sintomas de seca dos ramos seguidos de morte de plantas. Amostras foram coletadas de ramos e troncos de plantas sintomÆticas e analisadas no Laboratrio de Fitopatologia da Embrapa Semi-`rido, Petrolina-PE. Aps realizaªo de cmara œmida, utilizaªo de iscas seletivas feitas com fatias de cenoura, isolamento em meio batata-dextrose-Ægar (BDA) e teste de patogenicidade em mudas de mangueira, foi confirmada a identidade do fungo, agente causal da seca-da-mangueira. O fungo, C. fimbriata, infectou plantas das variedades Tommy Atkins e Espada, empregadas como enxerto e porta- enxerto, respectivamente (Fig. 1A). Foram identificadas a forma imperfeita ou assexual (Chalara sp.) e a forma perfeita ou sexual (C. fimbriata), aps crescimento por oito dias em meio BDA e iscas de cenoura, respectivamente (Fig. 2 e 3). Na forma assexuada, o fungo produz estruturas de resistŒncia denominadas de clamidsporos (aleurisporos), de parede espessa e melanizados (Fig. 4), e tambØm Foto: Dogenes da Cruz Batista 2. Eng. Agrn., D.Sc. - Pesquisador Embrapa Semi-`rido; e-mail: [email protected]; 3. Eng. Agrn., D.Sc. - Pesquisadora Embrapa Semi-`rido; e-mail: [email protected]; 4. Eng. Agrn., D.Sc. - Pesquisadora Embrapa Semi-`rido; e-mail: [email protected].

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SECA-DA-MANGUEIRADetecção, Sintomatologia eControle

Diógenes da Cruz Batista1

Daniel Terao2

Maria Angélica Guimarães Barbosa3

Flávia Rabelo Barbosa4

1. Eng. Agrôn., D.Sc. - Pesquisador Embrapa Semi-Árido; e-mail: [email protected];

138ISSN 1808-9984Petrolina - PEDezembro, 2008

ComunicadoTécnico

On lineOn lineOn lineOn lineOn line

Aspectos Gerais

O cultivo da mangueira é uma das principais atividadesagrícolas do pólo de fruticultura Petrolina-PE/Juazeiro-BA, contribuindo com mais de 90% da exportaçãonacional de manga (ARAÚJO; CORREIA, 2004).Apesar do bom desempenho desse pólo agrícola emrelação às demais áreas produtoras do país, asocorrências de doenças como antracnose,malformação floral e vegetativa e podridões causadaspor diferentes patógenos vêm se tornando cada vezmais relevantes, apesar de o clima semi-árido ser, namaior parte do ano, desfavorável à alta incidência dedoenças, quando comparado às outras regiõesprodutoras do país. Para que essa região continuesendo o principal pólo produtor/exportador no cenárionacional, é imprescindível que a qualidadefitossanitária do pomar seja resguardada.

Dentre as doenças que ocorrem em mangueiras, aseca-da-mangueira, causada por Ceratocystisfimbriata Ellis & Halsted está entre as maisimportantes, pois pode levar à morte de plantas. NoBrasil, esta doença foi assinalada pela primeira vez em1938, no Estado de Pernambuco, e denominada demal-do-recife. Posteriormente, foi constatada emmangueiras dos Estados de São Paulo, Bahia, Rio de

Janeiro, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal(CUNHA et al., 2000; RIBEIRO, 1997).

Recentemente, em visita a pomares de mangueiralocalizados no município de Senhor do Bonfim-BA,realizada em outubro de 2007, foram observadasplantas da variedade Espada que apresentavamsintomas de seca dos ramos seguidos de morte deplantas. Amostras foram coletadas de ramos etroncos de plantas sintomáticas e analisadas noLaboratório de Fitopatologia da Embrapa Semi-Árido,Petrolina-PE. Após realização de câmara úmida,utilização de iscas seletivas feitas com fatias decenoura, isolamento em meio batata-dextrose-ágar(BDA) e teste de patogenicidade em mudas demangueira, foi confirmada a identidade do fungo,agente causal da seca-da-mangueira. O fungo, C.fimbriata, infectou plantas das variedades TommyAtkins e Espada, empregadas como enxerto e porta-enxerto, respectivamente (Fig. 1A). Foramidentificadas a forma imperfeita ou assexual (Chalarasp.) e a forma perfeita ou sexual (C. fimbriata), apóscrescimento por oito dias em meio BDA e iscas decenoura, respectivamente (Fig. 2 e 3). Na formaassexuada, o fungo produz estruturas de resistênciadenominadas de clamidósporos (aleuriósporos), deparede espessa e melanizados (Fig. 4), e também

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2. Eng. Agrôn., D.Sc. - Pesquisador Embrapa Semi-Árido; e-mail: [email protected];3. Eng. Agrôn., D.Sc. - Pesquisadora Embrapa Semi-Árido; e-mail: [email protected];4. Eng. Agrôn., D.Sc. - Pesquisadora Embrapa Semi-Árido; e-mail: [email protected].

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grande quantidade de conídios (endoconídios)unicelulares, de formato retangular dentro de fiálides(Fig. 3C) (BARNETT; HUNTER, 1987). Na formasexuada, o fungo é um ascomiceto que produzascósporos dentro de peritécios, corpo de frutificação,

de coloração marrom escura com base globosa epescoço ereto, contendo hifas ostiolar na extremidade(Fig. 2C e D). O ascósporo tem formato, bastantecaracterístico, de chapéu (Fig. 3A e B) (HANLIN;MENEZES, 1996).

Fig. 1. (A) Escurecimento vascular em mudas das variedades Tommy Atkins e Espada causado por Ceratocystisfimbriata; (B) Estrias em ramo de mangueira causadas por C. fimbriata.

Fig. 2. (A) Discos de cenoura (isca) colonizados por Ceratocystis fimbriata; (B) Colônias do patógenoem meio batata-dextrose-ágar; (C) Peritécios de C. fimbriata com pescoço ostiolar muito longo e cilíndri-co, obtido de tecidos de mangueira; (D) Presença de peritécios de C. fimbriata em tecidos de mangueira.

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Fig. 3. (A) Ascósporos de Ceratocystis fimbriata em formato de chapéu; (B) Ascósporos ampliados; (C) Conídiosproduzidos pela forma assexual (Chalara sp.).

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Fig. 4. Clamidósporos (estruturas globosas e de resistência) produzidos pela forma assexual (Chalara sp.) em meiobatata-dextrose-ágar, após 8 dias de incubação a 25o C.

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A seca-da-mangueira tem importância potencial, paraa região semi-árida do Submédio São Francisco, ondeainda não ocorre, porque pode causar o declínio deplantas, como ocorrido em Jardinópolis-SP, ondedizimou pomares das cultivares Haden e Bourbon nasdécadas de 50 e 60 (RIBEIRO, 1997). No Brasil,diversas regiões produtoras sofreram prejuízosvultosos em conseqüência da morte de milhares deplantas em pomares comerciais. Recentemente,situação semelhante ocorreu no município de JoãoPessoa, no Estado da Paraíba, onde a seca-da-mangueira foi responsável pela morte de mais de 800plantas entre 2001 e 2005. A preocupação dasautoridades locais foi tamanha que realizou-se, em2005, uma sessão especial na Assembléia Legislativada Paraíba para discutir o assunto com representantesda Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa), Universidade Federal da Paraíba (UFPB),Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural(Emater), Superintendência de Administração do MeioAmbiente (Sudema), Secretaria de Meio Ambiente(Semam) e Secretaria Extraordinária do MeioAmbiente, dos Recursos Hídricos e Minerais (Semarh)(PARAÍBA, 2008). No Rio de Janeiro, o Decreto no

21.966 de 30/08/2002, que trata do programa de

prevenção, monitoramento e controle da seca-da-mangueira foi publicado no Diário Oficial Eletrônico doMunicípio. (PREFEITURA MUNICIPAL DA CIDADE DORIO DE JANEIRO, 2002).

Em relação à epidemia da doença em Senhor do Bonfim,segundo informações das autoridades locais, o problemacom a morte de mangueiras surgiu há 7-8 anos, porémse agravou nos últimos anos com a morte de váriasplantas. Nessa região, embora o cultivo da mangueiranão seja tecnificado, a exploração agroecológicabaseada na mão-de-obra familiar e voltada para oabastecimento do comércio regional são característicasque destacam a importância da cultura. Segundomoradores mais antigos, a região era a principalfornecedora de manga Espada para Petrolina-PE/Juazeiro-BA, bem antes desses municípios se tornaremgrandes produtores da fruta. Outra implicação se deveao fato da proximidade (130 km) dessa região emrelação a esse pólo. O fator preocupante é que muitasáreas de produção comercial, em Petrolina e Juazeiro,utilizam a variedade Espada como porta-enxerto, na qualfoi detectada a seca-da-mangueira em pomares deSenhor do Bonfim (Fig. 1B e 5).

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Ceratocystis fimbriata é agente causal de doenças emdiversas plantas lenhosas e algumas herbáceas como, porexemplo, em acácia negra (Acacia mearnsii De Wild),batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam], cacau(Teobromae cacao L.), café (Coffea arabica L.), citrus(Citrus spp.), eucalipto (Eucalyptus spp.), figo (Ficuscarica L.), gmelina (Gmelina arborea Roxb), seringueira(Hevea brasiliensis (Willd. Ex Adr. De Juss.) Muell &Arg), mangueira (Mangifera indica L.), cenoura (Daucuscarota L.) e pinha (Annona squamosa L.) (CARVALHO;CARMO, 2003; FERREIRA et al., 2005; SANTOS;FERREIRA, 2003; SILVEIRA et al., 2006). Maisrecentemente, foi relatada uma nova doença em alface(podridão negra) causada por C. fimbriata em Roraima(HALFELD-VIEIRA; NECHET, 2006).

Sintomatologia

O sintoma mais típico da doença consiste em seca,iniciada a partir de ramos mais finos do dossel, queprogride lentamente em direção ao tronco da manguei-ra causando o anelamento e a morte da planta (CUNHAet al., 2000; RIBEIRO, 1997). O quadro da doença emplanta no campo caracteriza-se pelo surgimento desintomas de amarelecimento de folhas, murcha e secados galhos afetados onde as folhas secas e de colora-ção palha ficam presas, contrastando com galhossadios no dossel da mangueira (Fig. 5A, B e C).

Fig. 5. (A) Seca do ramo causada por Ceratocystis fimbriata; (B) Escurecimento do tronco da mangueira devido àcolonização por C. fimbriata; (C) Mangueiras mortas; (D) Presença de pequenos orifícios, próximos às lesões, feitospor coleobrocas.

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A ocorrência de lesões na parte aérea pode estarassociada com a dispersão do patógeno por pequenosbesouros (coleobrocas) dos gêneros Hypocryphalus,Xileborus e Platyphus, os quais têm um papelimportante na disseminação da doença (CUNHA et al.,2000). A broca-da-mangueira, H. mangiferaeStebbing, é o principal vetor de C. fimbriata, sendoesse inseto específico da mangueira (CUNHA et al.,2000; RIBEIRO, 1997). Com o progresso da doença, oodor que exala da lesão atrai e proporciona umasucessão de espécies de coleobrocas na árvore.Numerosos orifícios (1 mm) podem ser constatadosnos ramos e tronco da mangueira, dos quais háliberação de resinas e/ou serragem que, após corteslongitudinais ou transversais, revelam estrias de cormarrom (Fig. 1B, 5B e D). Portanto, o sintoma é,principalmente, constatado nas secções transversaisde ramos e troncos infectados, na forma de estriasradiais escuras, partindo da medula em direção aoexterior do lenho e/ou da periferia do lenho para amedula. Quando os sintomas se desenvolvem daperiferia para a medula, a doença pode ser causadapor Lasiodiplodia theobromae e não por C. fimbriata(FERREIRA et al., 2005). De fato, em algumasamostras obtidas a partir de mangueiras infectadasem Senhor do Bonfim-BA, havia um complexo formadopor C. fimbriata e L. theobromae. Embora menoscomum, o sintoma da seca-da-mangueira pode terinício a partir de infecções pelas raízes, sem deixarsinais perceptíveis até a ocorrência de morterepentina da mangueira (CUNHA et al., 2000).

Sinais do patógeno ou da sua fase assexual (Chalarasp.) só podem ser observadas em lupa ou microscópioótico, após a manutenção do material infectado emcâmara úmida, utilização de iscas de cenoura ouisolamento em meio BDA. Entretanto, a ocorrência dadoença pode ser confirmada pela técnica de detecçãorápida de C. fimbriata em lenho de mangueirainfectada. A técnica consiste na visualização declamidósporos (Fig. 4) ao microscópio ótico comum,em vasos do xilema, medula e raios medulares, apartir de cortes histológicos preparados à mão livre,feitos com lâmina de barbear com auxílio demicroscópio estereoscópico. Os cortes são montadosem gotas de corante de azul de algodão, em lâminaspara microscopia, e cobertos por lamínula, sãoaquecidos em chama, até o início da fervura,seguindo-se o exame ao microscópio ótico, com ocularde 10X e objetiva de 40X (FERREIRA et al., 2005).

Medidas de Controle

As medidas de controle da seca-da-mangueiraconsistem, primeiramente, na prevenção daintrodução do patógeno em áreas isentas, seja pormedidas legais de Defesa Vegetal ou evitando a

introdução de mudas de regiões onde já tenha sidoconstatado o problema. Portanto, a aquisição demudas deve ser feita em viveiristas idôneos eregistrados no Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento. Em áreas onde já ocorre o problema,devem ser realizadas inspeções periódicas do pomarpara a eliminação de plantas doentes, reduzindo assimo inóculo e disseminação da doença. Ramos afetadosdevem ser eliminados com a realização de cortes a 40cm de distância da região de contraste entre tecidosadio e doente. Materiais infectados ou plantas mortasdevem ser imprescindivelmente queimados semnenhuma restrição, enquanto as regiões podadasdevem ser protegidas com pasta cúprica (acrescida ounão de carbaril a 0,2%). Ferramentas utilizadasdurante a operação de remoção de ramos e partes deplantas afetadas devem ser desinfestadas em soluçãode hipoclorito de sódio a 2% (CUNHA et al., 2000).

A estratégia mais recomendada para conter a seca-da-mangueira é a resistência genética, pois não háfungicidas registrados para o controle dessa doença.Algumas variedades citadas como resistentes àdoença e que podem ser utilizadas como porta-enxertosão: Carabao, Manga d�água, Pico, IAC 101 Coquinho,IAC 102 Touro, IAC 103 Espada Vermelha, IAC 104Dura, Jasmim, Rosa, Sabina, Oliveira Neto, SãoQuirino, Van Dyke, Keitt, Espada, Sensation, Kent,Irwin e Tommy Atkins (CUNHA et al., 2000; RIBEIRO,1997; ROSSETTO et al., 1996). Apesar de a literaturarelacionar uma série de variedades com resistência,um aspecto que não deve ser ignorado é avariabilidade genética do patógeno devido à presençada fase sexual, permitindo a geração de descendentesrecombinantes na natureza e, consequentemente,raças fisiológicas do patógeno. Assim, as variedadesKent e Sensation, classificadas como resistentes emCampinas, comportaram-se como suscetíveis emJaboticabal. No Instituto Agronômico de Campinas,são conhecidos dois isolados do fungo com virulênciadistinta: o IAC FITO 334-1 que não infecta asvariedades Jasmim e Kent e o IAC FITO 4905 queinfecta ambas as variedades (ROSSETTO et al.,1996). Apesar de as variedades Tommy Atkins eEspada serem citadas como resistentes, isolados dopatógeno obtidos de mangueiras do município deSenhor do Bonfim foram virulentos às mesmas quandoinoculadas em condições de casa de vegetação.

Referências Bibliográficas

ARAÚJO, J. L. P.; CORREIA, R. C.; GUIMARÃES, J.;ARAÚJO, E. P. Production cost analysis andcommercialization of mangos for exporting producedin the Sub-middle São Francisco Region, Brazil. ActaHorticulturae, Leuven, n. 645, p. 379-381, Feb. 2004.Edição do Proceedings of the Seventh InternationalMango Symposium, Recife, Sep. 2002.

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Esta publicação está disponibilizada no endereço:http://www.cpatsa.embrapa.brExemplares da mesma podem ser adquiridos na:Embrapa Semi-ÁridoEndereço: C.P. 23, 56302-970, Petrolina-PEFone: (87) 3862-1711Fax: (87) [email protected]

1a edição (2008): Formato digital

Comitê depublicações

Expediente

ComunicadoTécnico, 138

Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento

CGPE 7520

Presidente: Maria Auxiliadora Coêlho de Lima.Secretário-Executivo: Eduardo Assis Menezes.Membros: Geraldo Milanez de Resende,

Josir Laine Aparecida Veschi,Diógenes da Cruz Batista,Tony Jarbas Ferreira Cunha,Gislene Feitosa Brito Gama eElder Manoel de Moura Rocha.

Supervisor editorial: Josir Laine Aparecida Veschi.Revisão de texto: Sidinei Anunciação Silva.Tratamento das ilustrações: Nivaldo Torres dos Santos.Editoração eletrônica: Nivaldo Torres dos Santos.

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