65
202 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da Reserva Ecológica de Gurjaú O zoneamento constitui um instrumento de ordenamento territorial usado como recurso para se atingir melhores resultados no manejo da Unidade, pois estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos. Para obter, desta forma, maior proteção, pois cada zona será manejada seguindo normas para elas estabelecidas. O zoneamento é identificado pela Lei nº 9.985/2000: definição de setores ou zonas em uma Unidade de Conservação com objetivos de manejo e normas específicas, com propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da Unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz. (Roteiros Metodológicos do IBAMA, 2002). Com o objetivo de mostrar a aplicabilidade e necessidade do zoneamento para efetiva aplicação dos demais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente foi proposto um Pré - Zoneamento da Reserva elaborado pela equipe da FADURPE e os Técnicos Nahum Tabatinich (CPRH) e Maria Catarina Cabral de Medeiros (IBAMA). Estes mapas temáticos que derão subsídio à primeira reunião técnica que tem como objetivo discutir a reclassificação e zoneamento da Reserva. A proposta de pré-zoneamento ambiental da Reserva Ecológica de Gurjaú foi elaborada com os seguintes objetivos: Conservar e recuperar os ecossistemas naturais de relevância ecológica; Proteger os mananciais hídricos, bem como riachos e açudes. Definir as áreas que terão manejo e normas específicas.

4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

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Page 1: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

202

4.5 PLANEJAMENTO

4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da Reserva Ecológica de Gurjaú

O zoneamento constitui um instrumento de ordenamento territorial usado como

recurso para se atingir melhores resultados no manejo da Unidade, pois

estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos. Para

obter, desta forma, maior proteção, pois cada zona será manejada seguindo

normas para elas estabelecidas.

O zoneamento é identificado pela Lei nº 9.985/2000: definição de setores ou

zonas em uma Unidade de Conservação com objetivos de manejo e

normas específicas, com propósito de proporcionar os meios e as

condições para que todos os objetivos da Unidade possam ser

alcançados de forma harmônica e eficaz. (Roteiros Metodológicos do

IBAMA, 2002).

Com o objetivo de mostrar a aplicabilidade e necessidade do zoneamento para

efetiva aplicação dos demais instrumentos da Política Nacional do Meio

Ambiente foi proposto um Pré - Zoneamento da Reserva elaborado pela equipe

da FADURPE e os Técnicos Nahum Tabatinich (CPRH) e Maria Catarina

Cabral de Medeiros (IBAMA). Estes mapas temáticos que derão subsídio à

primeira reunião técnica que tem como objetivo discutir a reclassificação e

zoneamento da Reserva.

A proposta de pré-zoneamento ambiental da Reserva Ecológica de Gurjaú foi

elaborada com os seguintes objetivos:

Conservar e recuperar os ecossistemas naturais de relevância

ecológica;

Proteger os mananciais hídricos, bem como riachos e açudes.

Definir as áreas que terão manejo e normas específicas.

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A área foi dividida em cinco 5 zonas (Figura 88):

Zona de uso Extensivo;

Zona de uso Especial;

Zona de Recuperação 1;

Zona de Recuperação 2;

Zona de Ocupação Temporária.

Este zoneamento foi realizado levando-se em conta áreas onde existe o maior

risco de ocorrência de erosão, uso e ocupação do solo e ausência ou

fragmentação da vegetação nativa. Os corpos d’água que atravessam a Reserva

merecem maior atenção pois estão submetidos a maiores riscos e são os

principais pontos a serem visitados e monitorados, devido ao assoreamento e

por serem mantenedores do sistema hídrico de abastecimento.

Cabe destacar que o zoneamento pressupõe uma constante revisão e uma

atualização periódica dos dados sociais, econômicos, culturais e ambientais.

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Figura 85 – Proposta de Zoneamento da Reserva Ecológica de Gurjaú

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4.5.2 Zona de Uso Extensivo

É aquela constituída em sua maior parte por áreas naturais, podendo

apresentar algumas alterações humanas. O objetivo do manejo é a

manutenção de um ambiente natural com mínimo impacto humano, apesar de

oferecer acesso aos públicos com facilidade para fins educativos e recreativos.

Essa área abrangerá os fragmentos compreendidos entre os açudes de Gurjaú

e Secupema.

ALTERNATIVAS DE USO

Educação Ambiental;

Visitação disciplinada;

Pesquisa científica de acordo com as normas do Plano de Manejo;

Fiscalização;

Monitoramento Ambiental;

Trânsito de veículos a baixa velocidade, máximo de 40 km e proibição

do uso de buzina;

No caso de embarcações, não será permitido o uso de motores abertos

e mal regulados.

4.5.3 ZONA DE USO ESPECIAL

Visa criar oportunidades e facilitar a recreação educativa e a educação

ambiental, concentrando os visitantes nessa zona fornecendo todas as

informações sobre a importância da Unidade, de forma a minimizar os impactos

sobre as zonas mais restritivas.

Toda a infra-estrutura disponível dentro da UC como centro de visitantes,

alojamentos, prédio da ETA (Estação de Tratamento de Água da Compesa),

deverá estar inserida nessa zona, estando sua utilização condicionada à

capacidade de suporte estabelecida para as mesmas, bem como deverão estar

harmonicamente integradas com o meio ambiente, não sendo permitido que o

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material usado para construção ou reforma seja retirado dos recursos naturais

da UC, os resíduos sólidos gerados nas infra-estruturas previstas deverão ser

acondicionados separadamente, recolhidos periodicamente e depositado em

local destinado para tal.

As atividades previstas devem levar o visitante a entender a filosofia e as

práticas de conservação da natureza. O trânsito de veículos será feito a baixas

velocidades (máximo de 40km), sendo proibido o uso de buzinas. A

fiscalização será intensa nessa zona.

ALTERNATIVAS DE USO

Deverá conter sede da Unidade e centralização dos serviços da mesma;

Estacionamento de veículos só será permitido para funcionários e

prestadores de serviços;

A fiscalização deverá ser permanente e intensiva;

Proibido o uso de buzina;

O centro de visitantes, museu e outros serviços oferecidos ao público,

como lanchonetes e instalações para serviços de guias e condutores,

somente poderão estar localizados nesta zona;

Visitação com fins recreativos e educacionais;

Essa zona poderá conter sinalização educativa, interpretativa ou

indicativa.

4.5.4 Zona de Recuperação

Essa zona tem por objetivo recuperar o ecossistema de forma natural, por meio

de processos de sucessão ecológica, ou por ações de recuperação projetadas

e acompanhadas.

Essa classificação contempla áreas alteradas pelo homem, sendo considerada

provisória que, depois de restauradas deverão ser incorporadas a uma zona

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permanente. Está constituída por Áreas de Preservação Permanente

desprovidas de cobertura florestal e áreas degradadas por agricultura anual e

sazonal. As áreas deverão ser objeto de manejo específico e a restauração

poderá ser natural ou induzida, somente sendo permitida a utilização de

espécies nativas, devendo ser eliminadas as espécies exóticas porventura

existentes.

Os trabalhos de recuperação induzida poderão ser interpretados para o público

no Centro de Visitantes, as pesquisas sobre os processos de regeneração

natural deverão ser incentivadas.

Não serão instaladas infra-estruturas, com exceção daquelas necessárias aos

trabalhos de recuperação induzida, que serão provisórias e preferencialmente

construídas de madeira. Os resíduos sólidos gerados nestas instalações terão

o mesmo tratamento citado na zona de uso intensivo.

O acesso a ela será restrito aos pesquisadores e pessoal técnico, ressalvada a

situação de eventuais moradores.

Devido às características dos fragmentos de matas e à situação atual da

Reserva, a área de recuperação foi subdividida em duas outras.

Zona de Recuperação I: Mata do Cuxiu e margens dos açudes São Salvador,

Secupema e Gurjaú, bem como bordas de nascentes e riachos.

Zona de Recuperação II: Fragmentos de matas na área sul do Engenho São

Salvador, nas proximidades do açude de Secupema.

ALTERNATIVAS DE USO

Zona de Recuperação I

Recuperação natural ou induzida das áreas degradadas, principalmente

nas APP’s (Áreas de Preservação Permanente);

Acesso restrito aos pesquisadores, pessoal técnico e eventuais

moradores;

Delimitação das áreas dos posseiros;

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Não será permitido o aumento das áreas de plantio pelos posseiros;

As pesquisas sobre os processos de regeneração natural deverão ser

incentivadas;

A fiscalização será permanente nesta zona;

Serão priorizadas tecnologias agrícolas com alternativas de baixo

impacto.

Zona de Recuperação II

Disciplinamento da área com delimitação dos cultivos dos posseiros;

Recuperação Induzida da vegetação de borda das nascentes e cursos

d’água;

Educação Ambiental com a população residente (mata ciliar, nascentes,

saúde e meio ambiente);

Fiscalização permanente;

Estudo específico para possível recuperação da mata nativa em

consórcio com agrofloresta;

Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores ecológicos

entre os fragmentos.

4.5.5 Zona de Ocupação Temporária

Esta zona tem por objetivo utilizar sustentavelmente os recursos florestais e

faunísticos, promover sistemas de produção sustentáveis que utilizam

componentes arbóreos (floricultura, agroflorestas, fruticulturas) desenvolver

pesquisa científica e apoiar as atividades de recreação, educação e

interpretação ambiental.

Para esta zona será estabelecido um Termo de Compromisso com as

populações residentes dentro da UC que definirá caso a caso as normas

específicas (Roteiro Metodológico do IBAMA,2002).

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209

ALTERNATIVAS DE USO

Fiscalização permanente;

Realizar cadastramento da população com o objetivo de evitar novas

ocupações;

Elaborar Termo de Compromisso com os moradores sobre o uso da

terra (como recomenda o Roteiro Metodológico do IBAMA, 2002);

Delimitar a área de cultivo de cada morador;

Iniciar a Educação Ambiental de base;

Recuperação com reflorestamento induzido das APP’s (Áreas de

Preservação Permanente) e nascentes;

Proceder estudos para implantação de fossas sépticas de baixo custo e

impacto ambiental;

Implantação de sistema de tratamento da água cinza oriunda da

lavagem de roupas, louças e banho;

Estimular o cultivo da agricultura sustentável (orgânica) com rotação de

culturas;

Avaliar a possibilidade de implantar sistemas de agrofloresta;

Planejar o condicionamento das estradas localizadas nesta zona,

utilizando como subsídio o mapa de restrições.

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4.5.6 Locais de Interesse Histórico-Cultural

Alguns resquícios de interesse histórico-cultural são encontrados tanto na

Reserva como no entorno imediato.

INTERIOR DA RESERVA

Ruínas de São Salvador: Onde existia a casa grande do

engenho São Salvador, fotografada por Gilberto Osório de Andrade, em 1984,

está restrito a um banheiro (denominado banheiro das princesas) e resquícios

de uma casa de moenda.

Banheiro das princesas: Local onde as sinhazinhas da antiga

Casa Grande do Engenho São Salvador faziam seus banhos. Esse banheiro foi

edificado dentro do riacho São Salvador. Foi construído em estrutura de

alvenaria com piso de cerâmica provavelmente usando mão de obra escrava.

Era usado para banhos e trocas de roupas. Até bem pouco tempo,

permaneciam de pé as paredes do banheiro que serviam a moradores locais,

estes disseram que a estrutura de pedra e telhas que cobriam o banheiro foi

retirada por vândalos, e que havia uma porta no local. Restam o piso e o

mecanismo de renovação de água que é muito engenhoso. Parecendo uma

piscina estilo colonial.

Casa da Moenda: No mesmo Engenho, acharam-se estruturas de

uma antiga casa de moenda de pedras e um eixo de ferro. Há pouco tempo

atrás tinha no local os mecanismos de moer a cana. Um morador explicou que

a água descia pelo cano do açude de São Salvador e vinha para a moenda

mover o eixo e os mecanismos. O antigo proprietário levou os mecanismos

quando foi desapropriado. O local devia ser restaurado e incluído num roteiro

de visitação pública e construído um museu onde se mostraria um antigo

engenho de cana de açúcar.

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211

Resquícios da estrada do troler: (Engenho Gurjaú) Com o

objetivo de transportar todo o material necessário às obras de abastecimento

de água da capital e transporte da cana-de-açúcar produzida nos engenhos da

área, foram construídos, provavelmente em 1914, alguns quilômetros de via

férrea de 1 bitola de largura, para uma locomotiva inglesa do tipo troler

provavelmente de 1870 (século XIX). Esta locomotiva, que pertenceu à Usina

Dr. José Rufino, funcionou até cerca de trinta anos atrás. Os trilhos foram

retirados pela Usina Bom Jesus, ficando a trilha de pedras. Na escritura lavrada

em 1913, o proprietário que vendeu a área para o Governo do Estado, se

obrigou a construir a referida via, aproveitando o leito da estrada de rodagem

que vai do Engenho São João até a cidade do Cabo.

O percurso dos trilhos que atravessavam a Reserva ia do Pontilhão que existiu

sobre o rio Gurjaú no Engenho São Brás, indo ao longo deste, atravessando o

Tributário do riacho São Salvador seguindo ao Norte para as terras do

Engenho Roças Velhas e Usina Bom Jesus.

Esta trilha foi muito usada pelos moradores antigos, havendo relatos de que a

área dos trilhos era limpa periodicamente. Na época em que a via era usada

existia um ponto de abastecimento de água para o troler no local onde os

trilhos deixavam o Açude de Gurjaú.

Segundo funcionários PETROFLEX, na BR-101, o antigo troler que era

usado para transportar cana-de-açúcar para a Usina Bom Jesus é o que está

exposto na frente da mesma.

Conjunto arquitetônico da ETA: importante por se tratar da

primeira estação de tratamento de água do Estado de Pernambuco, construída

entre 1944/1952. A citada ETA Gurjaú substituiu a implantada por Saturnino de

Brito em 1918 e constava de 04 baterias, cada uma com 08 filtros de pressão,

alojadas em um prédio que foi paulatinamente ampliado à medida que se

aumentava a capacidade do tratamento. Esta edificação foi objeto de recente

restauração para preservação de suas características arquitetônicas originais,

estando o patrimônio em perfeito estado (COMPESA - ACS Assessoria de

Comunicação Sócia l- Histórico do Saneamento e Dados Institucionais).

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212

ENTORNO IMEDIATO DA RESERVA

A demarcação do perímetro da Reserva lançou dúvidas acerca dos limites da

barragem de Gurjaú. É provável que a área onde está situada a sede do

Engenho São Brás (conjunto edificado) pertença ao extinto DSE

(Departamento de Saneamento do Estado), tendo sido desapropriado por

ocasião da ampliação da barragem. Se os marcos encontrados forem levados

em consideração e os documentos forem localizados, parte do engenho São

Brás deverá ser incorporado aos limites da Reserva Ecológica de Gurjaú.

Conjunto edificado do Engenho São Brás: Este Engenho foi

indicado, entre outros, pela FIDEM (Fundação de Desenvolvimento da Região

Metropolitana do Recife) para ser preservado pelo Estado ou pelo Município,

porém, nada foi feito para a sua preservação. Conforme esta indicação, deve-

se fazer o tombamento e restauração a nível estadual do conjunto edificado,

tombamento a nível federal (IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional) da Capela e da Casa Grande, demolição da construção recente

situada entre a Capela e a Senzala e a integração a um roteiro turístico.

Nos estudos de 1978, feitos pela FIDEM, o Engenho foi fundado em data

anterior a 1630, por Antônio da Silva e tem uma capela consagrada a São

Brás.

Por ocasião da dominação holandesa em Pernambuco o Engenho São Brás

pertenceu aos invasores que ali construíram benfeitorias. Com a restauração

de Pernambuco, o Engenho, então de fogo morto passou a pertencer a

Fazenda Real e foi entregue aos seus antigos moradores. Em meados do séc.

XIX, o Engenho São Brás pertencia a João de Barros Accioly (FIDEM, 1978).

O engenho acha-se implantado em um sítio de relevo acidentado cuja

topografia varia de cota de 60 m a 130m, com uma paisagem marcada pelas

reservas vegetais e grandes espelhos d’águas, próximo aos açudes de

Secupema e Gurjaú.

A sede, em 1978, achava-se composta de Capela e Casa Grande, com as

características antigas preservadas. Sendo a Capela um exemplo excepcional

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213

da arquitetura religiosa, apresenta-se como a mas rica e valiosa dos engenhos

da Região Metropolitana do Recife e também o elemento de maior importância

do conjunto. Destacando-se os trabalhos de talha do altar–mor dos altares

colaterais, do púlpito e das sanefas. FIDEM, 1978.

O estado de conservação que em 1978 era regular, hoje é péssimo. O imóvel

deve ser considerado urgentemente por risco de perda do Patrimônio Histórico.

Está sem uso e já foi saqueado por diversas vezes, sendo as ossadas e

lápides de túmulos contidos em seu interior, remexidos e revirados, em busca

de jóias e dentes de ouro, devido ao valor de nobreza que tais senhores

tinham.

A igreja está com risco de desmoronar e o altar-mor já tombou. A Casa Grande

é de apenas um pavimento envolvido por alpendres, com cobertura em quatro

águas, o estado de conservação é regular e o uso residencial.

A Senzala assentada à esquerda da Capela, ainda possui a estrutura original

embora o estado de conservação e as condições de habitabilidades sejam

precárias. É utilizada como moradia de trabalhadores do engenho. Entre a

Capela e a Senzala foi construída uma casa recente de pavimento único,

prejudicando a qualidade do conjunto.

4.6 MAPEAMENTO TEMÁTICO

Introdução

A necessidade de conhecer a realidade física atual da área da Reserva de

Gurjaú com a situação de Uso e Ocupação de Solos é a primeira atividade a

ser realizada para se traçar planos necessários à definição do futuro da

Reserva.

A inexistência de material cartográfico recente reforçou a necessidade de se

elaborar uma base cartográfica digital e um conjunto de mapas temáticos para

servirem de fonte de informação e de base para as equipes multidisciplinares

que deverão trabalhar nas ações envolvidas na coleta de informações sobre o

meio ambiente e da população que hoje ocupa a área da Reserva.

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A região foi inicialmente mapeada na Década de 70 pela então FIDEM, que

produziu ortofotocartas em escala de 1:10.000. Buscando atualizar este

material adquiriu-se um recorte com 64 km² de imagem do Satélite Quickbird. A

partir desses dois produtos disponíveis foram elaborados ortofotocartas atuais,

modelo digital de terreno e um conjunto de mapas temáticos (vegetação,

casas, rede hídrica, uso do solo e malha viária).

A importância do mapeamento é fornecer as bases para estudos ambientais

compostos da:

Modelagem do Terreno;

Estudos Hídricos (redes, bacias, volumes de água, vazão);

Cálculo Real de Áreas com Cobertura Vegetal;

Base para levantamentos quantitativos e qualitativos de

Biodiversidade;

Ferramenta para Engenharias (Agronomia, Civil, Mecânica);

Mapas geológicos e pedológicos;

Estudos de Áreas Impactadas;

Mapas de declividade;

Elaborar Sistemas de Informações Geográficos.

Todo o material produzido foi disponibilizado em formato digital para futuras

referências nos grupos de pesquisa e para futura criação do Sistema de

Informações Geográficas para manejo ambiental da Reserva Ecológica de

Gurjaú.

4.6.1 Objetivo Principal

Mapear a área da Reserva Ecológica de Gurjaú utilizando imagens de satélite

de alta resolução Quickbird para produção de Ortofotocartas digitais e mapas

temáticos para uso em estudos ambientais

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Processar imagem Quickbird, corrigindo-a em função de pontos de

controle em campo;

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Processar ortofotocartas FIDEM para elaboração de MDT;

Elaborar mapas temáticos da Reserva Ecológica de Gurjaú;

Elaborar Ortofotos Digitais em escala 1:2000 da Reserva Ecológica de

Gurjaú;

Elaborar Sistema de Informação Geográfico.

Materiais e Métodos

Seqüência dos Trabalhos

4.6.2 Processamento das Ortofotos

Para se iniciar as atividades do mapeamento fez-se levantamento do material

cartográfico existente. Foram utilizadas as Ortofotocartas FIDEM 78/50, 78/55,

79/00, 79/05, 79/50 e 79/55, em escala 1:10.000 do ano de 1975.

O objetivo do processamento é a conversão do material do formato analógico

para o formato digital, extraindo-se a hipsometria para a elaboração de um

Modelo Digital de Terreno para ser utilizado na ortorretificação da imagem de

satélite Quickbird.

As ortofotocartas foram digitalizadas utilizando-se metodologia desenvolvida no

GEOLAB/DTR/UFRPE, capturando-se 25 imagens raster para cada carta, com

área de 1 km². As imagens finais possuem formato TIF, padrão RGB e

resolução de 600 dpi.

ORTOFOTOCARTAS IMAGEM QUICKBIRD

DIGITALIZAÇÃO

PROCESSAMENTO: - Equalização

- Georreferenciamento - Mosaicagem

RECORTE DA IMAGEM

PROCESSAMENTO: - Ortocorreção

- Fusão Pancromática

MDT

VETORIZAÇÃO

MAPAS TEMÁTICOS

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216

Após a digitalização, as imagens foram processadas para reduzir os efeitos da

captura, retificação, realce, georreferenciamento e mosaicagem.

A retificação tem por finalidade alinhar as imagens em função da malha de

coordenadas originais, assumindo-se que a mesma esteja no Sistema de

Projeção Cartográfica UTM, datum SAD69 médio. Foram utilizados 9 pontos de

controle considerando-se as linhas da grade existentes. O método de ajuste

utilizado foi o polinomial de 2ª ordem por convolução cúbica. Esta mesma

operação tende a reduzir o efeito das distorções da captura.

Foi realizado o realce com a finalidade de melhorar a capacidade visual para a

vetorização das isolinhas hipsométricas, tomando-se como base o histograma

para o processamento do conjunto total de imagens.

Após o realce procedeu-se a mosaicagem das imagens para o conjunto de

quadrículas originais de cada ortofotocarta.

Das ortofotos mosaicadas fez-se a vetorização de todas as isolinhas da

hipsometria produzindo-se arquivos em formato “tab”.

Elaboração do Modelo Digital de Terreno

Modelar o terreno é representar as suas feições através de um modelo

matemático que se aproxime da realidade em campo.

Para este procedimento, utilizou-se o conjunto de isolinhas hipsométricas do

terreno. As etapas e parâmetros da modelagem foram as seguintes:

Conversão de isolinhas em pontos;

Interpolação matemática usando método do Vizinho Próximo;

O modelo de agregação de pontos foi de células quadradas;

A distância de interpolação 0,65 com média em pontos coincidentes;

O método de solução foi por declividade;

Fator de assimetria: 2,00;

Fator de suavização: 2,00 com exponencial 6ª ordem;

Limites de borda por convexidade;

Tamanho do pixel: 2,00 m;

Triângulo máximo (lado): 1.198,30m.

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4.6.3 Processamento da Imagem de Satélite

A imagem adquirida foi um recorte de Imagem de Satélite Quickbird com as

seguintes características:

A imagem foi entregue com os dados necessários a ortocorreção;

Foram entregues duas imagens, uma contendo 4 bandas (R,G,B e NIR –

Pixel 2 m) e outra com a banda PAN (0,61 m);

Área total do recorte: 64 km²;

Cobertura de nuvens: 3%.

Foi realizada uma ortocorreção para corrigir o efeito da distorção radial da

imagem utilizando-se pontos obtidos em campo por alvos facilmente

identificáveis, utilizando o MDT obtido das ortofotos corrigidas e o coeficiente

de correção disponibilizado pelo fornecedor.

Após a ortocorreção fez-se uma fusão pancromática, que é a ampliação do

pixel das bandas VNIR (RGB e NIR) em função da banda PAN.

4.6.4 Elaboração das Ortofotocartas

Após a panfusão foram criadas 48 ortofotocartas com 1 km² em formato vetorial

“tab” para serem editadas no software MapInfo e em formato de impressão

“pdf”.

4.6.5 Elaboração dos Mapas Temáticos

Por classificação visual elaboraram-se vários mapas temáticos que refletem o

uso e ocupação dos solos existentes no interior da área demarcada pela

COMPESA como sendo da Reserva Ecológica de Gurjaú e das áreas

adjacentes à mesma, compreendendo os seguintes temas: matas, rede

hidrográfica, vias de acesso, habitações, áreas cultivadas.

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4.6.6 Produtos Finais

a) 48 Ortofotocartas em escala 1:2. 000 editáveis no software MapInfo;

b) 48 Ortofotocartas em formato de impressão pdf;

c) Conjunto de mapas temáticos editáveis no MapInfo correspondentes

aos temas de cobertura vegetal, vias de acesso, rede hidrográfica,

habitações no interior da reserva, áreas cultivadas.

d) Modelo Digital de Terreno editável no MapInfo com módulo Vertical

Mapper.

5. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO 5.1 Avaliação dos impactos sobre o entorno.

O critério utilizado para identificação da Zona de Amortecimento foi o da

Resolução CONAMA 13/90, onde o limite de 10km ao redor da Unidade deverá

ser o ponto de partida para a definição da Zona, a partir deste limite vai-se

aplicando critérios para a inclusão, exclusão e ajuste de áreas da zona de

amortecimento, aproximando-a ou afastando-a da Unidade. 2

O Zoneamento constitui-se em um instrumento de manejo que apóia a

administração na definição das atividades que podem ser desenvolvidas em

cada setor, orienta as formas de uso das diversas áreas, ou mesmo proíbe

determinadas atividades por falta de zonas apropriadas.

A transição de zonas de proteção e pouca intervenção para aquelas com

menor nível de proteção e com grande interferência humana, deve- se dar de

forma harmônica e gradual, passando, de preferência, pelas categorias

intermediárias de zonas.

Como existe a necessidade de serem “amortecidos” os impactos das atividades

de uma zona para outra, dentro de uma Unidade de Conservação, é preciso

“frear-se” os efeitos das atividades externas às Unidades de Conservação

sobre o interior desta. Muitas Unidades de Conservação tem seus limites

caracterizados por mudanças drásticas entre a natureza e a agricultura, a

produção madeireira ou o desenvolvimento urbano.

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219

Nesses casos é necessária a determinação de um gradiente de zonas, não

sendo recomendável estabelecerem-se zonas de alto grau de proteção em

áreas que farão limites com aglomerados urbanos ou com quaisquer outras

atividades antrópicas (Miller 1980).

Para facilitar a identificação da Zona de Amortecimento, bem como áreas de

significância utilizaram-se o georeferenciamento dos limites e de marcos no

campo (como sedes dos engenhos, trechos do rio, barragens, cultivos, etc...).

Os pontos georeferênciádos são apresentados nas figuras 89 e 90, juntamente

com a definição de cada elemento.

Nas tabelas 25 e 26 são descritos os pontos negativos e positivos encontrados

no entorno da Reserva.

Page 19: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

220

Fig

ura

86 -

Pon

tos

Geo

rref

eren

ciad

os D

entr

o e

no E

ntor

no d

a R

eser

va d

e G

urja

ú

Page 20: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

221

Fig

ura

87-

Pon

tos

Geo

rref

eren

ciad

os D

entr

o e

no E

ntor

no d

a R

eser

va d

e G

urja

ú

Page 21: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

222

Pontos Georreferenciados Dentro e no Entorno da Reserva de Gurjaú

Dentro da Reservade Gurjaú:

FIMSAO - Fim do Engenho São Salvador;

LIA - Casa de Lia;

SAOSEC - Limite do Engenho São Salvador e Sucupema;

VLSTCZ - Valado na estrada para Engenho Canzanza;

SAOJAC - Limite do Engenho São Salvador e Jacobina;

PEDRAG - Pedra grande próxima ao açude São Salvador;

ENSAOS - Engenho São Salvador - sede casa de Valério;

JOAO - casa do Sr. João;

SAOBAR - limite do Engenho São Salvador e Barbalho;

ESCOLA - escola Dr. Eudes Sobral;

MATADE - Mata do Dé;

GERSON - Mata do Gerson;

MACFRA - marco de ferro A;

MACFRB - marco de ferro B;

MACFRC - marco de ferro C;

MACFRD - marco de ferro D;

EDU - casa de Edu;

CERCA - cerca próxima a casa de Edu;

SIRI - Mata da Siri;

TRISUC - trilha de Sicupema;

PIRIQ - mata do periquito;

PIER - píer na barragem sicupema;

DQESFR - dique da estrada de ferro;

ISAC - mata de Isaque;

ESTFR - estrada de ferro no gurjaú;

NONO - sítio do Nono;

SANTIN - casa Sr. Santino;

MATA-C - Mata do Caul;

CASAAL - Casa do Sr. Aluízio de Azevedo;

CANIL - Canil nas proximidades do riacho do cuchio;

VIVER - Viveiro de peixes em Porteira Preta;

POTÃO - Casa limite de Porteira Preta com lotistas;

GRANPS - Granja de Pau Santo;

SITIOL - Sítio do Sr. Luiz;

VALE-G - Vale do gás;

BARRAG - Barragem de tratamento de água;

ETA - Estação de Tratamento de Água;

CACHO - Cachoeira no gurjaú, após a barragem.

Entorno da Reserva de Gurjaú:

USINA - Usina Bom Jesus;

ENROCA - Engenho Roça Velha (sede);

RICO - Engenho Rico (sede);

ENSECO - Engenho Secopemanha (sede);

IGRAJA - Igreja São Brás / Engenho São Braz (sede);

ENMONT - Engenho Monte (sede);

ENCOIM - Engenho Coimbra (sede);

ENJAC - Engenho Jacobina (sede);

ENGUBX - Engenho Gurjaú de Baixo (sede);

RIOB - Engenho Gurjaú de Cima (sede) próximo a ponte sobre o rio gurjaú;

ENNVCC - Engenho Novo da Conceição;

JABMOR - Limite municipal Jaboatão e Moreno;

LAVRAD - Engenho Pedra Lavrada (sede);

VIVMAC - Viveiro próximo ao Morro da Macambira;

PADRES - Colônia dos padres no município de Jaboatão;

PRJABT - Prefeitura de Jaboatão do Guararapes.

Page 22: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

223

Tab

ela

25 –

Lis

tage

m p

arci

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onto

s ne

gatio

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ent

orno

da

Uni

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serv

ação

Po

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s (I

mp

acto

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serv

ou

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pac

to

Po

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ativ

idad

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Orig

inam

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ário

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ntos

de

lixo

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edifi

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igre

ja.

Jabo

atão

-Cen

tro/

Lim

ite e

ntre

a

Zon

a U

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Zon

a R

ural

da

Cid

ade-

Igre

ja N

ossa

Sen

hora

A

uxili

ador

a (C

olôn

ia d

os P

adre

s).

S

08º

08’0

3,7”

W

35º

02’

03,4

Fác

il ac

esso

ao

loca

l F

alta

de

fisca

lizaç

ão n

a Ig

reja

F

alta

de

cole

ta d

e lix

o

Pon

tos

de li

xo

Cas

a G

rand

e pe

rden

do a

arq

uite

tura

or

igin

al.

Eng

enho

Mac

ujé,

Cas

a G

rand

e do

Eng

enho

, lo

caliz

ado

no m

unic

ípio

de

Jabo

atão

.

Fal

ta d

e m

anut

ençã

o na

est

rutu

ra d

o ca

sarã

o

Mat

a ex

trem

amen

te a

ntro

piza

da

Eng

enho

Mac

ujé

– M

orro

da

Mac

ambi

ra lo

caliz

ado

no li

mite

en

tre

Jabo

atão

e M

oren

o ce

rca

de

16km

da

Res

erva

S

08

º 09

’42,

5”

W 3

5º 0

5’25

,1”

Red

e de

Ele

trifi

caçã

o da

Che

sf

14 h

a de

viv

eiro

s, c

riaçã

o de

tilá

pias

co

rtad

o pe

lo r

io (

Mac

ujé)

E

ngen

ho M

acuj

é -

cerc

a de

14

km

da R

eser

va

S

08º

08’5

3,3”

W

35º

04’

13,0

Rep

resa

men

to d

o rio

A

ssor

eam

ento

Can

a-de

-açú

car

Cul

tivos

de

frut

ífera

s (a

cero

la, b

anan

a,

jaca

e c

ajá)

Eng

enho

Mac

ujé

Mon

ocul

tura

de

cana

-de-

açuc

ar, s

egui

da d

e qu

eim

adas

P

olic

ultu

ra d

e fr

utífe

ras

intr

oduz

idas

Can

a-de

-açú

car

Eng

enho

Ped

ra L

avra

da-

cerc

a de

6k

m d

a R

eser

va

S

08º

09’5

5,8”

W

35º

03’

45,7

Mon

ocul

tura

da

cana

-de-

açúc

ar, o

nde

a qu

eim

ada

é um

a co

nsta

nte

na

regi

ão d

eixa

ndo

o so

lo d

esga

stad

o.

Can

a-de

-açú

car

Eng

enho

Sec

upem

inha

S

08º

10’

59,8

” M

ata

tota

lmen

te s

ubtr

aída

pel

a m

onoc

ultu

ra d

a ca

na-d

e-aç

úcar

Page 23: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

224

W 3

5º 0

4’28

,7”

Ero

são

e as

sore

amen

to d

o R

io G

urja

ú M

arge

ns d

o R

io G

urja

ú e

enco

stas

ab

rupt

as

Des

mat

amen

tos

e cu

ltivo

de

cana

Vár

ias

gran

jas

com

por

tões

ele

trôn

icos

e

cerc

as p

ara

cria

ção

de g

ado,

cav

alo

e

Avi

ário

Eng

enho

Pau

San

to

S

08º

14’3

0,6”

W

35º

04’

11,9

Sub

traç

ão d

a m

ata

para

cul

tivos

div

erso

s C

ultiv

o de

pas

tos

para

cria

ção

de g

ado

e ca

valo

s

Vár

ios

lote

s co

m c

erca

de

20, é

qua

se

um E

ngen

ho d

e um

úni

co p

ropr

ietá

rio

Eng

enho

Mon

te, c

erca

de

8,9

km d

a R

eser

va

S

08º

12’4

6,2”

W

35º

06’

12,9

Sub

traç

ão d

a m

ata

Cria

ção

de g

ado

e ca

valo

Vár

ias

prop

rieda

des

com

pas

tos

para

cr

iaçã

o de

gad

o e

mui

tas

casa

s co

nstr

uída

s

Eng

enho

Coi

mbr

a S

08º

12’

30,2

” W

35º

06’

58,3

Sub

traç

ão d

a m

ata

Impa

ctos

am

bien

tais

cau

sado

s pe

la a

usên

cia

de s

anea

men

to b

ásic

o e

cole

ta d

e lix

o B

ubal

inoc

ultu

ra, c

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ele

trifi

cada

co

ntor

nand

o to

da a

pro

prie

dade

, cu

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s di

vers

os, c

ana-

de-a

çúca

r

Eng

enho

Nov

o da

Con

ceiç

ão

S 0

8º 1

2’24

,3”

W 3

5º 0

9’29

,3”

Sub

traç

ão d

a m

ata

para

cul

tivos

de

subs

istê

ncia

e m

onoc

ultu

ra d

a ca

na-d

e-aç

úcar

Peq

uena

bar

rage

m r

epre

sand

o um

tr

echo

do

Rio

Gur

jau

Eng

enho

Gur

jau

de C

ima

S 0

8º 1

1’12

,2”

W 3

5º 0

8’ 3

7,7”

Pos

síve

l ass

orea

men

to d

o rio

Cur

so d

’águ

a co

m b

arra

gens

P

asto

s pa

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riaçã

o de

gad

o e

cava

lo

Red

e de

ele

trifi

caçã

o

Cul

tivo

de c

ana-

de-a

çúca

r

Eng

enho

Gur

jau

de B

aixo

S

08

º 11

’24,

8”

W 3

5º 0

6’ 4

7,7”

Sub

traç

ão d

a m

ata

M

onoc

ultu

ra d

a ca

na-d

e-aç

úcar

e c

onse

qüen

tes

quei

mad

as

Car

reaç

ão d

os r

esíd

uos

de a

grot

óxic

os p

ara

o le

ito d

o R

io G

urja

u

Mat

a de

gal

eria

aus

ente

T

rech

o do

Rio

Gur

jau

que

pert

ence

ao

s E

ngen

hos:

São

Bra

z, G

urja

u de

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aixo

,G

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u de

Cim

a, J

acob

ina,

etc

.

Cul

tivo

de p

arce

las

de c

ana

Ass

orea

men

to

Vaz

amen

to d

e ól

eo

Ret

irada

de

arei

a pr

óxim

o às

sed

es

dos

Eng

enho

s G

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u de

Bai

xo e

Ja

cobi

na

Dra

gas

no

leito

do

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Gur

jaú

Cul

tivos

de

frut

ífera

s e

cana

-de-

açúc

ar

Eng

enho

Jac

obin

a S

08º

12’

13,5

” W

35º

05’

46,0

Mon

ocul

tura

da

cana

e c

onse

quen

tes

quei

mad

as d

anifi

cand

o o

solo

e

culti

vo d

e es

péci

es in

trod

uzid

as d

esca

ract

eriz

ando

a v

eget

ação

orig

inal

Page 24: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

225

Des

carg

a de

esg

oto

indu

stria

l a ju

sant

e da

Res

erva

P

roxi

mid

ades

da

Usi

na B

om J

esus

M

oage

m d

a ca

na d

e aç

úcar

T

abel

a 26

- L

ista

gem

par

cial

dos

pon

tos

posi

tivos

no

ento

rno

da u

nida

de d

e co

nser

vaçã

o P

on

tos

Po

siti

vos

Loca

l ond

e se

O

bse

rvo

u o

s P

on

tos

Ob

serv

açõ

es

Igre

ja c

onst

ruíd

a so

b um

a pe

dra

Gra

nde

bele

za c

ênic

a e

valo

r hi

stór

ico

e cu

ltura

l dat

ada

de 1

916

Jabo

atão

-Cen

tro/

Lim

ite e

ntre

a Z

ona

Urb

ana

e Z

ona

Rur

al d

a C

idad

e-Ig

reja

N

ossa

Sen

hora

Aux

iliad

ora

(Col

ônia

dos

P

adre

s).

S

08°

08’ 0

3,7”

W

35°

02’

03,

4”

Pos

sibi

lidad

e de

turis

mo

hist

óric

o e

cultu

ral

Cas

a gr

ande

do

Eng

enho

com

alg

uns

po

ucos

mob

iliár

ios

da é

poca

E

ngen

ho M

acuj

é- c

asa

gran

de d

o E

ngen

ho,

loca

lizad

o no

mun

icíp

io d

e Ja

boat

ão.

Pos

sibi

lidad

e de

turis

mo

hist

óric

o e

cultu

ral

Loca

l de

extr

ema

bele

za c

ênic

a, a

268

m

de a

ltitu

de.

Do

alto

vis

ualiz

a-se

a o

rla m

aríti

ma

e um

co

nsid

eráv

el t

rech

o de

mat

a

Eng

enho

Mac

ujé

– M

orro

da

Mac

ambi

ra

loca

lizad

o no

lim

ite e

ntre

Jab

oatã

o e

Mor

eno

cerc

a de

16k

m d

a R

eser

va.

S

08°

08’

53,

3”

W 3

8° 0

4’ 1

3,0”

Pos

sibi

lidad

e de

turis

mo

ecol

ógic

o

Esc

ola

Mun

icip

al S

ão L

uiz

Gon

zaga

de

a 4ª

sér

ies,

ond

e fu

ncio

na u

m n

úcle

o do

P

ET

I (P

rog.

de

Err

adic

ação

do

Tra

balh

o In

fant

il)

Eng

enho

Sec

upem

inha

S

08

° 10

’ 59,

8”

W 3

5° 0

4’ 2

8,7”

Pos

sibi

lidad

e de

se

faze

r um

trab

alho

de

Edu

caçã

o A

mbi

enta

l

Por

tra

tar-

se d

e pr

oprie

dade

de

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icul

ares

, há

um

frag

men

to d

e m

ata

bem

con

serv

ado

Eng

enho

Mat

a P

ossi

bilid

ade

de s

e fa

zer

trilh

as in

terp

reta

tivas

Por

tra

tar-

se d

e pr

oprie

dade

de

part

icul

ares

, há

um

trec

ho c

om 3

fr

agm

ento

s de

mat

a be

m c

onse

rvad

os

Eng

enho

Coi

mbr

a S

08

° 12

’ 30,

2”

W 3

5° 0

6’ 5

8,3”

Pod

erá

ser

suge

rido

a po

ssib

ilida

de d

e se

cria

r co

rred

ores

ec

ológ

icos

Cas

a gr

ande

ext

rem

amen

te c

onse

rvad

a de

gra

nde

bele

za c

ênic

a e

valo

r hi

stór

ico

Eng

enho

Nov

o da

Con

ceiç

ão

S

08°

12’ 2

4,3”

P

ossi

bilid

ade

de tu

rism

o hi

stór

ico

e cu

ltura

l

Page 25: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

226

e cu

ltura

l E

scol

a M

unic

ipal

Min

ha N

ossa

Sen

hora

da

Con

ceiç

ão

W 3

5° 0

9’ 2

9,3”

P

ossi

bilid

ade

de s

e fa

zer

um tr

abal

ho d

e E

duca

ção

Am

bien

tal

Cas

a gr

ande

con

serv

ada

de g

rand

e be

leza

, com

vis

ta p

ara

uma

pequ

ena

cach

oeira

E

scol

a M

unic

ipal

Gur

jau

de B

aixo

Eng

enho

Gur

jau

de B

aixo

S

08

° 11

’ 24,

8”

W 3

5° 0

6’ 4

7,7

““.

Pos

sibi

lidad

e de

turis

mo

hist

óric

o, c

ultu

ral e

eco

lógi

co.

Pos

sibi

lidad

e de

se

faze

r um

trab

alho

de

Edu

caçã

o A

mbi

enta

l

5.2

Infr

a –e

stru

tura

Por

inf

ra-e

stru

tura

dis

poní

vel

para

o a

poio

à R

eser

va E

coló

gica

de

Gur

jaú,

ent

ende

-se

todo

o s

ervi

ço p

úblic

o di

spon

ível

na

Zon

a

de A

mor

teci

men

to q

ue p

ossa

con

trib

uir

para

o s

eu f

unci

onam

ento

, co

mo

os s

ervi

ços

de s

aúde

, ed

ucaç

ão,

segu

ranç

a, t

uris

mo,

rede

de

serv

iços

(ba

nco,

mec

ânic

a, a

bast

ecim

ento

de

com

bust

ível

, en

ergi

a el

étric

a, t

rans

port

e, s

anea

men

to b

ásic

o, c

orre

ios)

,

com

unic

ação

(te

lefo

nia

fixa

conv

enci

onal

e p

úblic

a, r

adio

foni

a, e

tc.)

.

Com

o di

agnó

stic

o pr

elim

inar

, fe

z-se

um

lev

anta

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to d

o en

torn

o im

edia

to à

Res

erva

, to

man

do c

omo

base

os

enge

nhos

que

poss

am t

er u

ma

influ

ênci

a di

reta

na

área

com

o m

ostr

a a

tabe

la 2

7.

Tab

ela

27

Infr

a-es

tru

tura

Cab

o d

e S

anto

Ag

ost

inh

o

Mo

ren

oJa

bo

atão

do

s G

uar

arap

es

Po

sto

de

Saú

de

Pos

to M

édic

o Jo

sé A

lexa

ndrin

o F

erre

ira d

a

Silv

a no

E

ngen

ho

Pau

S

anto

; C

entr

o de

Saú

de

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V

inda

S

ique

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San

tos

no

Eng

enho

Gue

rra.

Pos

to

Méd

ico

e O

dont

ológ

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Ped

ro

de

Alb

uque

rque

Mar

anhã

o no

Eng

enho

Gur

jau

de B

aixo

.

Inex

iste

nte

Page 26: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

227

Ho

spit

al

inex

iste

nte

Inex

iste

nte

inex

iste

nte

Esc

ola

Mu

nic

ipal

Gra

u (1

º a

4º s

érie

s) n

o E

ngen

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Page 27: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

228

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229

5.3 Diagnóstico da Zona de Amortecimento

Caracteriza-se como Zona de Amortecimento o entorno de uma Unidade de

Conservação onde as atividades humanas são sujeitas a normas e restrições

específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a

Unidade (Lei nº 9.985/2000 Art 2º inciso XVIII do SNUC).

Utilizou-se como critério para a definição do diagnóstico da zona de

amortecimento o chamado ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV),

usando-se como metodologia critérios para inclusão ou não inclusão de

determinados locais para compor a Zona de Amortecimento, identificando

fatores bióticos e abióticos, visando reconhecer usos conflitantes e permitidos

em uma UC.

O zoneamento é identificado como definição de setores ou zonas em uma

Unidade de Conservação com objetivos de manejo e normas específicas, com

o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os

objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz (Lei

nº 9.985/2000 Art. 2º inciso XVI do SNUC).

Tendo como base esses parâmetros, o objetivo desse levantamento é dar

subsídio ao plano de manejo no que diz respeito ao Zoneamento “que constitui

um instrumento de ordenamento territorial, usado como recurso para se atingir

melhores resultados no manejo da Unidade, pois estabelece usos

diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos. Obterse-á, desta forma,

maior proteção, pois cada zona será manejada seguindo-se normas para elas

estabelecidas”.

Estando a Reserva inserida em três Municípios (Cabo de Santo Agostinho,

Moreno e Jaboatão dos Guararapes), fez-se um estudo dos principais critérios

visualizados por Município.

Abaixo estão descritos os critérios físicos e indicativos que foram selecionados

por se apresentarem sempre freqüentes em todos os locais analisados para a

caracterização da Zona de Amortecimento:

Page 29: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

230

1- Grau de Conservação da vegetação: O menor grau de degradação da

vegetação geralmente condiciona o menor grau de degradação da fauna

e dos solos. Ao contrário, quanto mais degradada estiver a vegetação de

uma área, maiores interferências já teriam sofrido a fauna local e

provavelmente também os solos. O que se buscou identificar ao

caracterizar esse critério foi identificar fragmentos que possam compor

corredores ecológicos onde as áreas mais conservadas deverão conter

zonas de maior grau de proteção, visando não só proteger a vegetação

como também o solo e a fauna local;

2- Caracterização Abiótica: Este critério está condicionado pela

identificação de micro-bacias dos rios que fluem para a Unidade de

Conservação, considerando quando possível os seus divisores de água,

açudes, riachos e nascentes (principalmente aquelas formadoras de

drenagens significativas), bem como pela caracterização do solo;

3- Diversidade Biótica: Tendo como base informação de moradores da

área e observações in locu, esse critério visa observar e obter dados

com relação à riqueza e/ou diversidade de espécies animais e vegetais

que ocorrem na zona de amortecimento.;

4- Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados: Identificação de

áreas naturais preservadas, com potencial de conectividade com a

Unidade de Conservação; remanescentes de ambientes naturais

próximos à Unidade que possam funcionar ou não como corredores

ecológicos, dependendo do limite identificado. São considerados

critérios para não inclusão na zona de amortecimento, limites

identificáveis tais como: linhas férreas, estradas, rios e outros de

visibilidade equivalente; áreas urbanas já estabelecidas e

empreendimentos de utilidade pública cujos objetivos conflitam com os

objetivos da UC como: linhas de transmissão, gasodutos, barragens,

vias férreas e estradas;

5- Infra-Estrutura, História, Cultura/Agropecuária e Social: Identificação

de locais de desenvolvimento de projetos e programas federais,

estaduais e municipais que possam afetar a unidade de conservação

Page 30: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

231

(assentamentos, projetos agrícolas, pólos industriais, grandes projetos

privados). Identificação de escolas, postos de saúde, ruínas de

construções históricas, presença de construções antigas que

caracterizem sítios históricos;

A seguir, foram relacionados os critérios identificados na Zona de

Amortecimento separados por Municípios que abrangem a Unidade de

Conservação. Para uma melhor visualização, os dados estão descritos

nas tabelas 28, 29 e 30.

Tabela 28 - Caracterização do Entorno no Município do Cabo de Santo Agostinho.

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de

vegetação

Médio, pois está representada em pequenos fragmentos de mata. Apresentando diversidade de espécimes vegetais tais como: Sucupira, Imbiriba, Camaçari, Amescla, Pau Pombo, Pau Ferro, Cupiúba, Sambaquim, Embaúba, Visgueiro, Dendê, Praíba, Murici, Pororoca. Na maioria da área, há predominância de plantações de cana-de-açúcar, além de grandes plantações de macaxeira, bananeiras, coqueiros, entre outras culturas de subsistência.

Hidrografia e Hidrologia Açúdes (Engenho Bom Jardim; Engenho Guerra; Engenho Pirapama; Engenho Rico) Barragens natural (Pirapama) e artificiais (viveiros de peixes); presença de muitas nascentes e olhos d’água; pequenas quedas d’água; efluentes do Rio Gurjaú.

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: jandaia, curió, tucano, ferreiro, sangue de boi, rolinha, cabeça preta, periquito, chorão, canário, curió, caboclinho, sabiá, galo de campina, concriz, etc); Répteis: Cobras (siri,jararaca, cascavel, caiana, coral), jacaré, cágado; Mamíferos:gato maracajá, preguiça, quati, papa-mel, lobo guará, raposa, timbu, tatu, cotia, paca, cachorro do mato, guará, raposa, tamanduá bandeira, capivara, gato do mato.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Guerra; Engenho Rico (marcos de ferro); Engenho Pau Santo (estrada); Engenho Retiro (Riacho do Cafofo); Engenho São Pedro (Estrada de Rodagem Pau Santo, Rio São Pedro, Rio Mato Grosso); Engenho Velho (BR PE- 60); Engenho Jacobina (marcos de pedra).

Infra-Estrutura Histórica/ Social e Cultural/Agropecuária

Engenho Guerra: Casa Grande, onde funciona uma Escola Municipal e o Centro de Saúde Bem Vinda Siqueira Santos (mantida pela Usina Bom Jesus). Engenho Rico: Não existe Casa Grande; Escola Municipal Rural Engenho Rico; Igreja Assembléia de Deus. Engenho Roças Velhas: Escola Municipal Profa Maria Laura dos Santos (1° a 4° série); 1 Igreja Batista. Engenho Jacobina: Casa Grande. Engenho Serra: Escola Municipal Angélica Mendes (1a a 4a série); presença de viveiros de peixes e ranário; São Caetano: Casa Grande; Capela; Arruado. Engenho Monte: Não possui Casa Grande; Escola

Page 31: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

232

Municipal Desembargador Álvaro Simões Barbosa (1a a 4a

série); cercos com criação de gado e cavalo. Engenho São Braz: Casa Grande conservada; ruínas da Igreja; arruado de casas. Engenho Bom Jardim: Não há Escola; Existe uma Casa Grande que apresentou-se bastante conservada; a capela coexiste acoplada a esta e tem o nome de Capela de São José. Engenho Tobé: A Casa Grande não existe mais; Presença de várias casas; Escola Municipal Estreliano de Souza Leão (esta faz referência ao nome do antigo dono deste Engenho-1a a 4a

série); Igreja Assembléia de Deus. Engenho Novo: Escola Municipal Profo José Joaquim de Oliveira (1ª a 4ª séries); Associação Comunitária dos Pequenos Produtores dos Engenhos Novo, Serra e Adjacências (ACPENSA); Associação dos Pequenos Produtores do Baixo Pirapama; Viveiros de tilápia e tambaqui; criação de gado e cavalos; Engenho Velho: Igreja Santo Antônio do Monte. Engenho Retiro: Existe apenas a base antiga da Casa Grande. São Pedro: pesquisar mais informações. Engenho Capim de Cheiro: Escola Manoel Nascimento de Souza Leão (1ª a 4ª série); Engenho Pau Santo:aviário que funciona com sistema de integração com a PAVANE; psicultura; apicultura; agroindústria (casa de farinha); Escola Municipal Dr. Humberto Costa; Posto de Saúde José Alexandrino Ferreira da Silva; Associação dos Agricultores do Engenho Pau Santo. Engenho Matas: Casa Grande conservada; Igreja; Escola Engenho Matas (1ª a 4ª série). Engenho Coimbra: Casa Grande conservada; Igreja; cercos com pasto e gado.

Projetos e Programas Governamentais.

Bolsa Escola, o PETI e Educação Jovens e Adultos. Tele Sala; Bolsa Escola Federal; PETI ; EJA (Educação Jovens e Adultos); Bolsa Alimentação; Vale-Gás; Sementeira Projeto Ecopirapama; PRONAF (renda familiar).

Áreas sujeitas a processos de erosão e escorregamento de massas

Locais com queimadas para colheita da cana-de-açúcar e para replantio de outras culturas com subtração da mata.

Fatores externos que comprometem os aqüíferos, solo e subsolo.

Despejo de efluentes domésticos por conta da ausência de fossas sépticas; poluição gerada pela moagem da cana; contaminação do solo pelo uso de adubação química , herbicidas e agrotóxicos; limpeza dos tanques de decantação da Compesa; despejo de caminhões limpa-fossas nos riachos e divisores de água do Rio Gurjaú.

Áreas de risco de expansão urbana

Crescente especulação imobiliária, com casas ao longo de todo percurso dos Engenhos deste Município, inclusive com a construção de novas casas; vários lotes com casas bem estruturadas (granjas e sítios), estradas regulamentadas pela prefeitura do Cabo, inclusive com linhas de ônibus; várias invasões de terra e alguns assentamentos regulamentados.

Page 32: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 233 -

Tabela 29 - Caracterização da Zona de Amortecimento no município de Jaboatão dos Guararapes

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de vegetação Médio, pois está representada em pequenos fragmentos

de mata presentes aos Engenhos Camaço (dos 80ha pertencentes à reserva, restam apenas 35 ha de mata) .

Caracterização Abiótica Hidrografia e Hidrologia: presença de poucos olhos d’água (2 destes com grande vasão no Engenho Barbalho); cacimbas; riachos, barragem artificial. Solo:

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: curió, patativa, bem-te-vi, sanhaçu, canário. Répteis: Cobras (cascavel, papa ova, jararaca, jibóia, salamandra); jacaré; Mamíferos: tamanduá, sagui, papa-mel, tatu, cotia, paca, guará, raposa, capivara.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Barbalho (limite com os Engenhos São Salvador); Engenho Secupema (o limite é um riacho).

Infra-Estrutura Histórica, Social e Cultural/Agropecuária.

Engenho Secupema: não existe mais a Casa Grande, possui uma Escola; Engenho Camaço: Casa Grande desabitada, Escola Municipal, Associação dos Agricultores do Assentamento Santo Amaro (AASA), Associação dos Empreendedores do Assentamento Santo Amaro (AESA); Engenho Salgadinho: Casa Grande, monocultura da cana-de-açúcar. Engenho Barbalho: Casa Grande abandonada.

Locais de desenvolvimento de projetos e programas federais, (estaduais e municipais).

Engenho Secupema: Projeto Bolsa Escola Federal, PETI; Engenho Camaço: Assentamento Incra; Engenho Salgadinho: não há projetos; Engenho Barbalho: Bolsa Escola.

Tabela 30 - Diagnóstico no entorno no Município de Moreno.

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO DA ÁREA ANALISADA Grau de conservação de vegetação Baixo, pois está representada em pequenos

fragmentos de mata nos engenhos.

Hidrografia e Hidrologia 1 açude (Engenho Gurjau de Cima); presença de poucas nascentes e olhos d’água; pequena queda d’água; alguns efluentes do Rio Gurjau.

Diversidade Faunística (De acordo com entrevistas aos moradores)

Aves: caboclinho, sabiá, etc; Répteis: Cobras(cascavel, siri, casco de burro), jacaré; Mamíferos:tatu, cotia, paca, guará, raposa, capivara.

Áreas limítrofes à Reserva e limites identificados

Engenho Canzanza (Um rio e alguns marcos limitam este ao Engenho São Salvador).

Page 33: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 234 -

Infra-Estrutura Histórica, Social e Cultural/Agropecuária.

Engenho Gurjaú de Baixo: Casa Grande Conservada; Escola Municipal; Posto Médico e Odontológico; cercos com criação de gado; cavalos e búfalos; Engenho Gurjaú de Cima:Casa Grande conservada e Escola Municipal. Engenho Canzanza: Casa Grande em ruínas, Associação de Pequenos Produtores do Engenho Canzanza; Escola Municipal de 2° Grau Engenho Canzanza. Novo da Conceição: Casa Grande; Escola Municipal Escola Minha Nossa Senhora da Conceição; cercos com criação de búfalos).

Projetos e Programas Governamentais. Projeto Bolsa Escola Federal; PETI; Agente Jovem.

Fatores externos que comprometem os aqüíferos, solo e subsolo.

Despejo de efluentes domésticos por conta da ausência de fossas sépticas; contaminação do solo pelo uso de adubação química na cana-de-açúcar e herbicidas e agrotóxicos.

Áreas de risco de expansão urbana No Engenho Canzanza existe um Assentamento do INCRA.

5.4 Recomendações

De acordo com observações realizadas “in locu” na Reserva, durante esse

período de diagnóstico pudemos observar que se faz necessário algumas

definições urgentes para que se dê andamento às ações de reclassificação e

implantação desta Unidade.

Para que as ações de implantação tenham os resultados planejados,

sugerimos algumas interferências:

Delimitar a área da Reserva;

Definir o aceiro com entorno imediato evitando as queimadas ocasionais

por motivo de colheita da cana-de-açúcar;

Definir a situação das propriedades particulares de veraneio localizadas

no interior da Reserva;

Disciplinar o cultivo de lavoura branca;

Retirada de lavoura às margens dos açudes e ilhas;

Recomposição da mata ciliar;

Cadastramento da população da Reserva;

Page 34: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 235 -

Educação Ambiental com a comunidade do entorno imediato (ações

prolongadas);

Reunião da comunidade com órgãos envolvidos;

Formação de conselhos consultivos ou conselhos de gestão, envolvendo

os principais atores na área de influência da Unidade.

As dificuldades financeiras, a falta de mão-de-obra em vários setores, a falta de

maiores conhecimentos a respeito da gestão em áreas protegidas e outros

entraves burocráticos dificultam a administração do atual órgão gestor da

Unidade o que favorece a degradação ambiental na Reserva.

Seria uma alternativa pensar na possibilidade de uma co-gestão com órgãos

públicos e privados, fundações ou ONG’S, uma vez que as experiências têm

mostrado que o melhor manejo que temos assistido hoje em campo é em geral

daquelas Unidades de Conservação que estão com processos de gestão

compartilhada, como é o caso da RPPN do SESC Pantanal (a maior do país)

ou como a Reserva Natural de Salto Morato da Fundação O Boticário de

Proteção à Natureza.

5.5 Característica da população no entorno

Esta parte apresenta resultados de censos realizados nos municípios de

influência da Reserva e de interesse para o Planejamento da Unidade, cujo

objetivo é fornecer uma leitura informativa e ilustrativa da situação populacional

dos municípios envolvidos. O entendimento da dinâmica demográfica existente

tanto no entorno quanto no interior da Reserva é de extrema importância para

subsidiar a elaboração do seu planejamento e zoneamento. Serão objetos

dessa caracterização os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Moreno e

Jaboatão dos Guararapes por serem os abrangidos pela Reserva. Todas as

informações aqui lançadas são oriundas do Censo IBGE (2000).

Cabo de Santo Agostinho

Page 35: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 236 -

O município do Cabo de Santo Agostinho localiza-se a uma latitude sul de 8º

17’ 15” e uma longitude Oeste de Greenwich de 35º 02’ 00” e possui uma área

de 446,5 Km2 , equivalente a 0,45% do territorio Estadual que é de 98.281 km2.

Limita-se ao Norte com os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Moreno,

ao Sul com os municípios de Ipojuca e Escada a Leste com o Oceano Atlântico

e a Oeste com Vitória de Santo Antão. Dos 1.340,72 ha , 587,92 ha estão

inseridos dentro deste Município (43,851%).

Figura 88 - Distribuição da população do Município do Cabo de Santo Agostinho em área urbana e rural.

População residente no Cabo de Santo Agostinho

88%

12%

População Urbana

População Rural

Tabela 31 - População residente no Município de Cabo de Santo Agostinho

Município População Urbana População Rural

Cabo de Santo Agostinho 134.486 18.491

Fonte: Censo IBGE- 2000

Jaboatão dos Guararapes

Page 36: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 237 -

O município de Jaboatão dos Guararapes localiza-se a uma latitude sul de 8º

11’ 27,8” e uma longitude Oeste de Greenwich de 35º 01’ 4,72” e possui uma

área de 256 Km2 , equivalente a 0,26% do território Estadual. Limita-se ao

Norte com os municípios de São Lourenço da Mata e Recife, ao Sul com o

município do Cabo de Santo Agostinho a Leste com o Oceano Atlântico e a

Oeste com Moreno. Dos 1.340,72 ha que possui a Reserva Ecológica de

Gurjaú, 472,76 ha estão inseridos dentro deste Município (35,261%).

Figura 89 - Distribuição da população do Município de Jaboatão dos Guararapes em área urbana e rural.

População Residente em Jaboatão dos Guararapes

98%

2%

População Urbana

População Rural

Tabela 32 - População residente no Município de Jaboatão dos Guararapes

Município População Urbana População Rural

Jaboatão dos Guararapes 568.474 13.082

Fonte: Censo IBGE- 2000

Page 37: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 238 -

Moreno

O município de Moreno localiza-se a uma latitude sul de 8º 11’ 8,61” e uma

longitude Oeste de Greenwich de 35º 09’ 22,2” e possui uma área de 191 Km2

, equivalente a 0,19% do território Estadual. Limita-se ao Norte com o município

de São Lourenço da Mata ,ao Sul com o município de Cabo de Santo

Agostinho a Leste com o município de Jaboatão dos Guararapes e a Oeste

com o município de Vitória de Santo Antão. Dos 1.340,72 ha que possui a

Reserva Ecológica de Gurjaú, 280,04 ha, estão inseridos dentro deste

Município (20,887%).

Figura 90 - Distribuição da população do Município de Moreno em área urbana e rural.

População Residente em Moreno

78%

22%

População Urbana

População Rural

Tabela 33 - População residente no Município de Moreno

Município População Urbana População Rural

Moreno 38.294 10.911

Fonte: Censo IBGE- 2000

Page 38: 4.5 PLANEJAMENTO 4.5.1 Proposta de Pré-Zoneamento da ... · recurso para se atingir melhores resultados no manejo da ... x Avaliar a possibilidade de Implementação de corredores

- 239 -

Evolução da População

Tomando como base os dados do IBGE, verifica-se que os 03 (três)

municípios abrangidos pela Reserva tiveram uma projeção de crescimento nas

décadas de 80/90 menores que nas décadas de 70/80, consolidando um baixo

nível de natalidade e caracterizando um crescimento negativo ao longo dos

últimos 20 anos como mostra a tabela 34. A tabela 35 mostra a taxa de

crescimento anual (2000) dos mesmos municípios caracterizando um aumento

significativo em termos de percentagem já que o crescimento anual do Estado

de Pernambuco foi de 1,69% (Censo IBGE 2000).

Tabela 34 - Projeção de Crescimento Populacional

Município 1970/1980 (%) 1980/1991(%)

Cabo de Santo Agostinho 3.21 1.82

Jaboatão dos

Guararapes

5.09 3.59

Moreno 1.11 1.03

Fonte: IBGE

Tabela 35 - Taxa de crescimento populacional anual

Município 2000 (%)

Cabo de Santo Agostinho 2.08%

Jaboatão dos Guararapes 2.30%

Moreno 3.29%

Fonte: IBGE

5.6 População residente na Reserva Ecológica de Gurjaú

Segundo informações do IBGE toda a Reserva está inserida em área Rural

cuja maioria dos dados populacionais não se encontram disponíveis, o que

deixa o trabalho incompleto. O referido órgão utiliza-se do termo técnico “Setor

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- 240 -

Censitário” para delimitar as áreas rurais do local onde o Censo é realizado.

Partindo dessa metodologia, foram selecionados 02 setores censitários, nos

Municípios de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, o

município de Moreno não foi contemplado por se tratar de distrito único, ou

seja, abrange informações de todo o Município, fugindo da realidade dos

moradores da Reserva. O objetivo deste trabalho é de obter dados específicos

sobre a população residente dentro da Unidade como mostra a tabela 36. Os

setores censitários escolhidos foram:

Cabo de Santo Agostinho: 2602902150028

Jaboatão dos Guararapes: 2607901150083

Tabela 36 - População residente dentro da Reserva por sexo, de acordo com dados do Setor Censitário.

CABO JABOATÃO

Distrito 15 Distrito 15

Setor 028 Setor 083

Pessoas Residentes 871 Pessoas Residentes 925

Masculino 444 Masculino 485

Feminino 427 Feminino 440

Domicílios 200 Domicílios 238

De acordo com o Censo 2000 do IBGE, as quantidades de moradores nos 3

Municípios abrangidos pela Reserva são:

Cabo de Santo Agostinho: 152.977

Jaboatão dos Guararapes: 581.556

Moreno: 49.205, totalizando 783.738 moradores

Na contagem preliminar dos Setores Censitários, excluindo o Município de

Moreno, chega-se ao total de 1.796 moradores dentro da Reserva

caracterizando 0,23% da População total residente nos três municípios, como

mostra a figura .

Figura: 91

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- 241 -

Percentual de moradores residentes nos 3 Municípios e na Reserva Ecológica de Gurjau

100%

0%

População Residente nos 3MunicípiosPopulação Residente nosSetores Censitários

No momento, qualquer tentativa de estimar a população existente no interior da

Reserva é arbitrária, pois por problemas burocráticos ainda não pudemos ter

acesso às informações no IBGE, por se tratarem de informações não

disponíveis para o grande público, só sendo possível acessá-las por meio de

assinatura paga do Programa que trata especificamente de setores rurais onde

toda a Reserva está localizada.

6. ATIVIDADES DEGRADANTES NA RESERVA ECOLÓGICA DE GURJAÚ

As relações do homem com a natureza são tão antigas quanto à própria

existência da humanidade. No princípio, a interferência do homem nos

ecossistemas era mínima ou não existia, uma vez que suas ações de coleta

eram limitadas e as caças eram equivalentes às de quaisquer animais

predadores. O processo civilizatório, entretanto, introduziu conceitos de maior

rendimento nas atividades de pastoreio e agricultura, implicando em alterações

significativas no relacionamento homem/recursos naturais. Aliado a isto, o

processo de urbanização transformou (mais drasticamente) os ecossistemas,

trazendo fatores externos que alteraram profundamente o equilíbrio da

biosfera.

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- 242 -

Como conseqüência a racionalização da ocupação e a interferência do homem

no espaço físico disponível têm exigido, cada vez mais, a adoção do princípio

moderno de conservação, pelo qual “o consumo dos recursos naturais deve ser

equivalente à capacidade de renovação dos ecossistemas”. Sendo a adoção

desse princípio de fundamental importância para todas as Unidades de

Conservação.

Dentro desse contexto, é urgente a necessidade de apontar os problemas

identificados na Reserva Ecológica de Gurjaú. Apesar de tratar-se de uma

Unidade de Conservação, a Mata sofre forte ação antrópica, que causa

redução contínua tanto na área territorial, quanto na qualidade do ecossistema.

Invasão na sede da reserva

Especulação Imobiliária – Foi observada a crescente especulação imobiliária

da área da Reserva de Gurjaú, onde vigilantes da COMPESA e antigos

moradores vendem sítios e lotes residenciais de forma indiscriminada em terras

da Unidade de Conservação.

Nos engenhos Porteira Preta (interior da Reserva) e Pau Santo (entorno

imediato), por exemplo, observa-se uma especulação imobiliária mais

característica. Nessas áreas, encontram-se propriedades com considerável

infra-estrutura e casas de grande valor, algumas com portão eletrônico e cerca

elétrica, criação de caprinos, suínos, eqüinos, bovinos (fotos 95 e 96).

Figura 92 - Propriedade dentro da reserva (entre o Engenho Porteira Preta e o Engenho Pau Santo)

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- 243 -

Figura 93 - Propriedade no interior da reserva (Engenho Porteira Preta)

Observam-se freqüentes desmatamentos e retirada da mata em regeneração

para ampliação dos pastos e áreas de cultivo (figura 97).

Figura 94 – Desmatamento de regeneração da mata por invasores

Não há critérios nem bom senso para escolher as áreas de desmatamento:

mesmo os trechos visivelmente mais conservados da reserva sofrem a ação da

expansão de “propriedade”.

A origem dos invasores é das mais diversas localidades, o que agrava ainda

mais a situação por aumentar a dificuldade de impedir a ação. A maioria

dessas propriedades foi adquirida pela venda da posse de antigos funcionários

da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Gurjaú ou através de invasões

facilitadas pela falta de fiscalização do órgão gestor.

Ocupação desordenada - Em relação à prática de invasão dentro da Reserva,

pode se identificar situações distintas. Mas na maior parte dos casos, trata-se

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de antigos funcionários da COMPESA que tiveram direito às moradias cedidas

por essa empresa. Com o passar dos anos, o aumento dessas famílias e o

descontrole da empresa gestora no que se refere à vigilância e manejo da

área, provocou um crescimento desordenado.

Hoje, ao norte da reserva, mais especificamente na área do Engenho de São

Salvador, habitam aproximadamente 600 pessoas. Vivendo em sítios

familiares.

Figura 95- Casa de Farinha na área da reserva (Engenho de São Salvador)

A comunidade sobrevive de cultura de subsistência, fabricação de farinha

(figura 98), retirada de lenha (figura 99) e parcelas de cultivo de cana-de-

açúcar (foto 100) que abastecem a Usina Bom Jesus.

Figura 96 - Desmatamento da mata da reserva (Engenho de São Salvador)

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- 245 -

Figura 97 - Subtração da mata da reserva de Gurjaú para cultivo de mandioca (Engenho de São Salvador)

Essas atividades e o aumento de moradores vêm provocando um acelerado

desmatamento e a contaminação do solo, do lençol freático e de nascentes que

abastecem os açudes de São Salvador e Secupema por efluentes de resíduos

domésticos (Figura 97).

Figura 98 - Tipo de banheiro aproveitando curso das nascentes da reserva de Gurjaú (Engenho de São Salvador)

Esse tipo de invasão encontra-se proliferada em toda a extensão da Reserva,

sendo a área mais crítica a do Engenho São Salvador, onde foram identificados

os mais variados problemas:

Pesca predatória;

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Cultivo às margens do açude, retirando a vegetação de borda (Figura 102);

Figura 99 – Cultivo às Margens do Açude de São Salvador com grande Subtração da Mata.

Uso do açude para banho, apesar das placas de proibição inibirem um

pouco essa ação;

Canil com 60 cachorros;

Culturas de subsistência (entre eles lavoura branca, e várias frutíferas);

Construção desordenada de casas;

Propriedades cercadas;

Falta de saneamento básico, utilizando os cursos d'água para tomar

banho, lavar louça, roupa, fazer as necessidades fisiológicas e o que é

mais agravante, próximo às nascentes;

Lixo jogado dentro do açude;

O cultivo de cana-de-açúcar dentro da Reserva e no seu entorno. A falta

dos limites bem definidos favorece essa situação (Figura 103)

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Figura 100 - Retirada da mata para cultura de subsistência e construção de nova casa

(Engenho de São Salvador)

Venda indiscriminada de animais (Figura 101).

Figura 101 - Captura de animal na reserva para venda no Engenho de São Salvador

Na parte central da Reserva, próxima à ETA, observa-se também a presença

de vários sítios no interior dos fragmentos de mata e nas bordas dos açudes.

Esses sítios pertencem quase sempre aos funcionários da COMPESA - ativos

e inativos - e pessoas advindas de outras localidades, que desmatam grandes

extensões

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para agricultura de subsistência, fruticultura e cana-de-açúcar. Todas essas

práticas ocorrem sem nenhum conhecimento ou atitude do órgão gestor para

minimizar os impactos na área.

Uso da água – Sabe-se que para manter a quantidade e qualidade de um

curso d’água é imprescindível a manutenção da mata ciliar que o envolve,

condição assegurada pela lei federal nº 4771/65. A mata ciliar, além de evitar o

assoreamento e erosão das margens, assegura a fluidez do ecossistema do

ambiente, mantendo o curso d’água vivo.

Hoje, a Reserva Ecológica de Gurjaú tem cerca de 700 habitantes que

sobrevivem das mais diversas maneiras, utilizando os recursos naturais de

forma irresponsável, principalmente os cursos d’água, desrespeitando a lei

vigente (Figura 102).

Figura 102 - Roçado margeando Açude Secupema na reserva

Em contrapartida, existem mais de 1,5 milhão de pessoas e cerca de 19

indústrias dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos

Guararapes utilizando a água do Rio Gurjaú tratada pela COMPESA. Uma

população razoável que não pode correr o risco de ser prejudicada em

detrimento das atitudes degradantes de alguns.

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Urge, portanto, a necessidade de se estabelecer estratégias que visem a

guardar e proteger a área em questão, contemplando as finalidades

ambientais, científicas, culturais e econômicas.

7. RECATEGORIZAÇÃO DA RESERVA

Introdução

Com base nos relatórios do diagnóstico da biodiversidade e informações

obtidas através de reambulação foram identificadas várias atividades que

conflitam com os objetivos de criação da Reserva Ecológica de Gurjaú,

necessitando de ações urgentes que busquem proteger o ambiente físico, bem

como coibir ações predatórias minimizando impactos, de acordo com a Lei nº

9.980/2000 (SNUC), Art. 28, Parágrafo Único “mesmo as Unidades sem Plano

de Manejo não devem deixar de ser manejadas de acordo com o objetivo para

que foram criados, visando assegurar a proteção dessas áreas”.

Diante dessa recomendação do Roteiro Metodológico do IBAMA 2002, foi

instituído um grupo de trabalho intitulado “Comitê de Implantação da Reserva

Ecológica de Gurjaú” formado por técnicos da COMPESA, IBAMA, CPRH, além

da participação técnica da FADURPE cujos objetivos foram:

• Definir Estratégias para controle das atividades impactantes na

Reserva Ecológica de Gurjaú;

• Viabilizar as estratégias e medidas definidas em conformidade com

atribuição de cada órgão.

A primeira reunião do Comitê aconteceu em 24/09/2003, na sede da Estação

de Tratamento de Água – Gurjaú, ocorrendo na maioria das vezes todas as

quartas-feiras, tendo havido 17 reuniões até o final do mês de março. Os

Produtos resultantes dessas reuniões são descritos abaixo:

• Elaborou-se três documentos intitulados “Sugestões de ações

prioritárias com fins migratórios”. Seus critérios básicos foram: delimitações de

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áreas denominadas setores que têm semelhança nos conflitos e nas

características de Uso e Ocupação do Solo. Dois foram delimitados:

Setor I - Compreende as margens direita e esquerda do Açude de

Gurjaú e as áreas de Preservação Permanente.

Setor II - Abrange os fragmentos de mata localizados no engenho de

São Salvador.

Diversas ações mitigatórias prioritárias foram sugeridas visando minimizar ou

erradicar os impactos encontrados (cultivos e criação de animais domésticos às

margens do Açude de Gurjaú e Secupema, construções desordenadas, cultivos

de cana-de-açúcar e macaxeira subtraindo a mata, contaminação das

nascentes). Esses documentos foram enviados à CPRH para que sejam

encaminhados à COMPESA, respeitando-se o protocolo dos órgãos oficiais.

7.1 Primeira Reunião para Recategorização

Esta reunião aconteceu no dia 31 de março de 2004, no Auditório da

COMPESA, onde 59 pessoas ligadas a órgãos Federais, Estaduais e

Municipais foram convidadas. A necessidade desta primeira reunião técnica

decorre do planejamento descrito no Roteiro Metodológico de Planejamento -

IBAMA 2002. A mencionada metodologia descreve: “os momentos de

envolvimento da sociedade no planejamento de uma Unidade de Conservação

ocorrerão por ocasião de visitas às prefeituras e outras instituições, reuniões

abertas nos municípios que levam à preparação das comunidades para a

participação na oficina de planejamento, reunião técnica com pesquisadores,

oficina de planejamento, na implementação de conselho consultivo e em ações

de cooperação institucional. O apoio às prefeituras locais deve ser sempre

buscado, especialmente na realização das reuniões abertas com as

comunidades”.

O processo contou com várias etapas descritas a seguir, cujo ponto principal foi

o de informar os objetivos da Recategorização da Reserva e sua importância

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para a preservação da Mata Atlântica, a biodiversidade e os recursos hídricos

da sub-bacia onde está localizada a propriedade da COMPESA (Tabela 37).

Tabela 37 - Momentos de Envolvimento como sugerem os Roteiros Metodológicos de Planejamento, 2002 (IBAMA).

MOMENTOS DE ENVOLVIMENTO

Visita às Prefeituras, órgãos governamentais e não governamentais.Visita às Prefeituras e secretarias de Meio Ambiente, Agricultura (Cabo de Santo Agostinho, Moreno e Jaboatão dos Guararapes). FUNAI, IBGE, INMET, CHESF, Fundação Joaquim Nabuco, FIDEM, Secretaria de Recursos Hídricos, Secretaria de Meio Ambiente, FUNDARPE, IPHAN, Fundação Yapoatã, UFPE, SUDENE, empresas que utilizam água de Gurjaú (total de 18), FAB, EMBRAPA.

PLANEJAMENTO

Reuniões abertas

Aberta para participação do cidadão

Visão das comunidades sobre a U.C

Maior envolvimento da sociedade civil

Expectativa das comunidades

IMPLEMENTAÇÃO

Formação do Conselho consultivo ou deliberativo

Apoio a Gestão da U.C

7.1.1 Metodologia Aplicada

Após a finalização do diagnóstico da biodiversidade e do levantamento

expedito realizado na Reserva Ecológica de Gurjaú e seu entorno, bem como

os momentos de envolvimento descritos (Tabela 37), foi realizado no dia

31/03/04, o evento que intitulou-se como: “Reunião Técnica para

Recategorização da Reserva Ecológica das Matas do Sistema Gurjaú”, de

acordo com a recomendação do IBAMA (Roteiro Metodológico de

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Planejamento – 2002), cujo objetivo foi socializar informações e mobilizar o

conhecimento e a experiência dos participantes para, de forma conjunta e

consensual, buscar alternativas para a definição de categoria e gestão da

Unidade e propor estratégias de ação para superação dos problemas

identificados (pontos fracos e ameaças), aproveitando os potenciais existentes

(pontos fortes e oportunidades).

A socialização das informações contou com as seguintes apresentações (todas

utilizaram como recurso áudio visual o Data show):

Apresentação do Diagnóstico da Biodiversidade (levantamento da fauna

e flora da Unidade);

Conflitos e Potencialidades da Unidade (Caracterização Geral da UC);

Mapas temáticos sobre Uso e Ocupação do Solo, Restrições

Ambientais, Cobertura Vegetal e Proposta de Zoneamento;

Síntese do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) e

suas categorias de manejo.

Após as apresentações houve abertura da plenária para discussões e

esclarecimentos. Os participantes foram divididos em quatro grupos, onde

cada equipe deveria ler o material “Alternativa de Enquadramento da Reserva

Ecológica de Gurjaú” e listar os objetivos primários e secundários da Unidade,

com o objetivo de chegar a um consenso sobre possíveis alternativas de

categoria de manejo para ser discutida em plenária, onde cada grupo deveria

apresentar no máximo três propostas.

Ao final das discussões, cada equipe apresentou as categorias eleitas

justificando sua escolha. Após a apresentação de todos os grupos a

moderadora leu o consenso com relação aos objetivos primários e secundários

eleitos (levando-se em consideração as categorias de manejo que obtiveram

acima de três votos). Após o cruzamento dos objetivos primários e secundários

mais votados, as categorias eleitas foram:

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- 253 -

1. Unidade de Desenvolvimento Sustentável: APA (Área de Proteção

Ambiental) e ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico);

2. Unidade de Proteção Integral: Parque Estadual;

7.2 Conclusões

Como não houve um consenso entre os técnicos que participaram do evento

sobre em que categoria a área seria enquadrada na Lei no SNUC, foi adiada a

decisão para uma outra ocasião.

Em virtude dos múltiplos interesses da comunidade, a prefeitura do Cabo e

outros atores envolvidos não puderam concluir o processo de recategorização

da Reserva Ecológica de Gurjaú.

Desta forma, os trabalhos de recategorização liderados pelo CPRH, foram

suspensos para uma data futura.

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- 254 -

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