49703688 Arquitetura Construcao Manual Basico Construcao Casas de Madeira

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    Manual Bsico para a Construo deCasas de Madeira

    pelo Sistema Plataforma

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    Introduo

    A construo em madeira, em virtude de uma srie de caractersticas, o padroem vrios pases industrializados, principalmente da Amrica do Norte, Europa,sia e Oceania.

    No Brasil as casas de madeira so freqentes em regies de colonizaogermnica e nas regies de fronteira agrcola.

    A indstria da construo procura atualmente novas tcnicas e materiais, quepossam melhorar a produtividade e baixar os custos das edificaes.

    A grande procura por casas de campo, praia e montanha tem provocado fortedemanda por sistemas construtivos mais rpidos e menos dependentes de mode obra intensiva.

    A grande demanda por casas e construes comerciais leves nos pasesindustrializados, propiciou o desenvolvimento de tcnicas construtivas e demateriais, que permitiram o atendimento de edificaes a despeito do alto custo damo de obra.

    Um desses sistemas, o sistema balo, foi desenvolvido nos Estados Unidos em1833. Desde ento vem sendo utilizado e melhorado. Segundo especialistas nosetor o uso desse sistema permitiu quele pas tornar-se uma terra de

    proprietrios de casas.O sistema balo, assim denominado em virtude da estrutura muito esbelta,formada de perfis de madeira de pequena seo transversal, o padro naAmrica do Norte, e tambm muito usado na Europa e na Oceania.

    um sistema extremamente verstil, permite a construo desde pequenas casaspopulares unifamiliares at, prdios de at quatro pisos com vrios apartamentos.A estrutura normalmente feita em madeira serrada e, quando h risco deocorrncia de cupins, faz-se um tratamento da madeira e/ou do solo de fundao.

    O sistema balo evoluiu para o atualmente designado plataforma, que incorporaalgumas alteraes que, o tornaram mais simples, mais flexvel, mais fcil de serexecutado e menos sensvel a pequenas falhas na execuo.Esse sistema tem sido usado esporadicamente no Brasil, devido aodesconhecimento tcnico e falta de alguns materiais bsicos, tais como painisestruturais e perfis de madeira de dimenses adequadas.

    O desenvolvimento de painis estruturais permitiu a construo de estruturasleves e resistentes a furaces, tornados e tremores de terra. Alm disso,

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    promoveu a pr-fabricao, importante elemento de diminuio de custos ereduo de desperdcios de materiais e de mo de obra.

    Este manual tem como objetivo apresentar as tcnicas de construo utilizando osistema balo-plataforma e painis estruturais OSB e suprir o mnimo deinformaes necessrias construo com madeira.

    OBJETIVOS

    O objetivo deste trabalho a apresentao das tcnicas de construofundamentadas no sistema plataforma, cuja estrutura constituda de perfis leves

    de madeira ou metlicos e de painis estruturais de madeira.

    DESCRIO DO SISTEMA

    O sistema plataforma composto basicamente de 4 partes distintas em umaedificao trrea: alicerce, piso, paredes e cobertura ou telhado. O sistemapode ser visualizado na abaixo.

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    FUNDAOA fundao deve oferecer uma base para apoio do piso da edificao. Ela assumebasicamente trs formas distintas: laje de fundao ou radier, sapata corrida deconcreto armado ou alvenaria ou pilotis simplesmente cravados no terreno ouapoiados sobre blocos. A escolha do tipo de fundao depende da topografia dolocal, da construo, de aspectos geolgicos e arquitetnicos.

    Em locais de topografia acidentada pode ser mais conveniente o uso de estacasou pilotis, pois, h menor movimentao de terra, escavaes, aterros etc.

    Um aspecto importante do sistema plataforma em madeira e painis estruturais

    a leveza da edificao como indicado no quadro a seguir, o que resulta emeconomia na fundao.

    PISO

    Os pisos, do mesmo modo que a fundao, podem ser de vrios materiais:madeira, concreto, tijolos, cermica, e mesmo uma combinao de vriosmateriais.

    Pisos de madeira so indicados principalmente para construes em terrenosinclinados, terrenos muito frgeis ou midos, ou para os pisos dos andaressuperiores.

    A principal caracterstica do piso ser uma superfcie plana onde sero apoiadase amarradas as paredes da edificao. A superfcie plana a plataforma em quese baseia a construo.

    Quando o piso feito de madeira, h necessidade de uma estrutura horizontalapoiada na fundao. Essa estrutura composta por um vigamento e uma lajeque pode ser constituda de chapas de madeira industrializadas de OSB oucompensado estrutural.

    A estrutura do piso, dependendo da fundao, composta de um nvel ou doisnveis de vigas. No caso de baldrames de concreto ou alvenaria, um nico nvelde vigas d apoio ao piso. No caso de fundao em pilotis, so necessrios doisnveis de vigas, um perpendicular ao outro, sendo o vigamento inferior, apoiadosobre os pilotis, suporte para o vigamento superior, denominado barroteamento, oqual recebe diretamente a laje do piso.

    O barroteamento um conjunto de peas de madeira, espaadas entre si de 30 a60 cm, com espessura de 4,0 cm e altura variando de 9 a 30 cm. Quando odimensionamento do barrote resulta em pea com altura superior a 20cm, utilizam-se normalmente peas compostas, principalmente perfis I, com alma de OSB eflange de madeira serrada. Estas peas do suporte ao contrapiso ou diretamenteao piso. Os barrotes devem ter umidade mxima de 20%, e devem ter sempre quepossvel umidade uniforme entre as peas. Tanto as peas do vigamento como do

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    barroteamento devem ser aplainadas depois de secas para que tenhamdimenses uniformes, principalmente em largura. Os barrotes geralmente sopregados pea que os suporta. O dimetro e o comprimento dos pregosdepende da densidade da madeira.

    A plataforma de apoio da estrutura de madeira pode tambm ser uma laje deconcreto, apoiada diretamente sobre o solo ou vigas de concreto ou alvenaria debloco ou tijolo comum.

    No caso de fundao em pilotis, so utilizadas normalmente estacas de madeirarolia, tratada, com dimetro entre 15 e 25 cm. As estacas so enterradas cercade 1,0 m no solo, e dependendo do solo da fundao, so apoiadas em sapatas

    para assegurar a capacidade de carga resultante do projeto estrutural. Otratamento da madeira deve atender as especificaes de norma para assegurar adurabilidade almejada. Em regies sujeitas a cupim de solo, alm do tratamentoda madeira, aconselhvel um tratamento do solo de fundao ou a utilizao dedispositivos de proteo mecnica da edificao contra o ataque dos mesmos,devendo haver uma distncia de pelo menos 40 cm entre o solo e o vigamento demadeira.

    No caso de estruturas de piso em madeira apoiada sobre baldrame de concreto oualvenaria, o barroteamento apoiado sobre uma pea de madeira denominadasoleira. A soleira uma pea com seo de 4 x 9 cm ou 4 x 14 cm, apoiada efixada ao baldrame. A superfcie superior do baldrame em contato com a soleiradeve ser impermevel para impedir a passagem de umidade para a madeira. Essabarreira umidade importante para a durabilidade da pea, assim evitar omovimento de umidade ascendente pelo revestimento. A soleira deve ser fixada aobaldrame atravs de chumbadores.

    No caso de edificaes com mais de um pavimento, a estrutura dos andaressuperiores so semelhantes s do primeiro piso. Os barrotes so apoiados sobresa linha de amarrao superior das paredes laterais e sobre uma ou mais paredesinternas portantes.

    A figura 5, apresenta detalhes de colocao e unio dos barrotes que servem deestrutura do para o segundo andar do edifcio.

    O contrapiso formado por uma camada de painis de O.S.B. pregados sobre osbarrotes da estrutura do piso. Os painis estruturais de madeira OSB oferecemuma base plana, lisa, e estvel para praticamente qualquer tipo de piso. Chapasrelativamente grandes cobrem rapidamente grandes reas. Um homem capazde aplicar o contrapiso de uma casa inteira em um dia de trabalho ou menos.

    Os painis de OSB so produzidos para atender valores mnimos de desempenhoe apresentam gravado na face, ou em tabelas fornecidas pelo fabricante, suasespecificaes bsicas, permitindo a seleo da espessura, e outras variveis, de

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    acordo com o espaamento das vigas de apoio e condies de uso de modo aassegurar segurana e conforto durante o uso.

    Para aplicao em piso as chapas em geral tem as bordas em macho e fmea,caracterstica que confere desempenho superior ao piso, pois evita rangidos edeformaes indesejveis oriundas de cargas concentradas.

    O dimensionamento do piso em OSB, isto , a escolha da espessura de chapamais adequada feita com base em tabelas em que se relacionam vo mximoentre barrotes, espessura mnima da chapa e carregamento de projeto porunidade de comprimento do barrote, como apresentado no exemplo a seguir.

    Carregamento de projeto (KN/m2)

    Espaamento entre barrotes (cm)

    Espessura

    Mnima

    (mm)

    Vo livremximo

    (cm) 30 40 50 60 80

    12 40 9,33 5,04 - - -

    15 50 16,62 7,57 5,04 - -

    18 60 21,69 12,10 8,07 5,04 -

    As chapas de OSB so sempre dispostas com suas maiores dimensestransversalmente sobre duas ou mais vigas de apoio.

    A fixao dos painis sobre as vigas utilizando cola e prego ou parafuso recomendvel para melhorar o desempenho do piso. Contudo, os painis podemser apenas pregados ou parafusados nos barrotes. Os pregos so indicados paraaplicao sobre vigas de madeira, e os parafusos, quando sobre perfis de ao.

    Em lugares tais como corredores residenciais, ou em reas comerciais, onde hgrande circulao de pessoas, ou quando sobre o contrapiso so assentadospisos cermicos, desejvel maior rigidez. Nesses casos recomenda-se, almdas vigas de apoio, elementos transversais de madeira ou perfis metlicos, para

    apoio das bordas das chapas. Esses elementos transversais s vigas so nelafixados por pregos no caso de madeira e parafusos, ou rebites, no caso de perfismetlicos. As vigas devem ter todos os lados aplainados, especialmente os ladosmenores, de modo a prover uma face plana para a aplicao dos painis.

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    AplicaoA aplicao dos painis de piso pode ser feita antes ou depois da construo dasparedes e da cobertura. No sistema plataforma, os painis do contrapiso soaplicados antes da construo das paredes externas e internas. Apesar de no serdesejvel, os painis estruturais industrializados de madeira podem suportar asintempries durante perodos normais de construo. Para evitar os efeitos daexpanso causada pela absoro de umidade, recomenda-se deixar um espaode 1,5 mm entre as bordas das chapas. Quando se espera tempo chuvoso ou demuita umidade esse espao deve ser de 3,0 mm.

    No caso de aplicao dos painis sobre vigamento de madeira, a fixao mais

    fcil e rpida atravs de pregos. So indicados pregos de 3,3 mm de dimetropor 63 mm de comprimento, com espaamento mximo de 15 cm nas bordas e de30 cm nas vigas intermedirias. Os painis devem ser dispostos de maneiradesencontrada, de modo que as juno das bordas menores ocorram sobre vigasdiferentes, conforme indicado na figura a seguir.

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    PAREDESAs paredes so os elementos da construo que oferecem maiores oportunidadesde diminuio de custo e de mo de obra, atravs da utilizao das tcnicas dosistema balo ou plataforma.

    Paredes leves construdas de perfis metlicos ou de madeira e estruturadas compainis de OSB tem grande resistncia mecnica e rigidez a distorodispensando a necessidade de barras de contraventamento para resistir aesforos de vento e abalos ssmicos, sendo muito leves, simples e extremamenterpidas de se construir.

    Os elementos bsicos da estrutura das paredes so: os montantes verticais, abarra horizontal inferior, as barras horizontais superiores, os montantes especiaisque definem as portas e janelas e as vergas que suportam as cargas verticaissobre as aberturas.

    Em construes onde elementos da estrutura so de madeira, a pregao omeio mais prtico de se fazer a unio entre as peas. Quando os elementos sometlicos, o emprego de parafusos ou rebites modo mais adequado.

    Os elementos da estrutura so dispostos com a largura perpendicularmente linha das paredes, de modo que, a largura das peas da estrutura, em geral 9,0cm, a espessura interna das paredes.

    O revestimento da estrutura com painis OSB tem duas funes principais:suportar e transferir cargas para as fundaes e fechar e prover uma base planapara aplicao de fachadas e acabamentos das construes.

    Projeto

    A estrutura de madeira das paredes exteriores e algumas das paredes interioresnormalmente suportam cargas do telhado e forro, e servem de suporte para osfechamentos interno e externo. As paredes laterais, quando se utiliza tesouras,geralmente suportam a maior parte da carga do telhado, enquanto que as paredesinternas, em geral, so simplesmente divisoras, e no suportam a carga do

    telhado. Quando se utiliza sistema de barrotes para telhado no lugar de tesouras,como no caso de tetos planos (flat roof) as paredes internas podem ser usadaspara suportar a carga do telhado e do forro.

    A estrutura da parede composta basicamente de um conjunto de montantes demadeira ou de perfis de ao dobrado. Esses montantes, com seo aproximadade 4,0 x 9,0 cm, so espaados geralmente de 30, 40 e 60 cm entre si. Em geral,o espaamento 60 cm em construes de um piso, ou no ltimo andar deconstrues de mais de um piso, 40 cm no primeiro andar de construes de doispisos, e 30 cm no primeiro andar de construo de trs pisos ou mais.

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    H ainda uma barra horizontal da mesma seo que os montantes na base daparede e duas barras superpostas no topo. Completam a estrutura elementos quedefinem as portas e janelas. Os elementos da estrutura da parede so dispostoscom a maior dimenso, 9 cm, transversalmente parede, de modo que as chapasso pregadas na face de menor dimenso, como mostra a figura a seguir.

    O espaamento dos montantes coordenado com o espaamento das vigas dopiso e com o espaamento das tesouras do telhado, de modo que as cargas dotelhado sejam resistidas principalmente pelos montantes.

    Sob o aspecto de engenharia, as paredes podem ser portantes ou no portantes.Paredes portantes so aquelas que suportam carga de telhados ou de pisos

    superiores. Nas paredes portantes imprescindvel que a transmisso da cargapara a base seja feita por montantes ou por vergas adequadamente construdassobre as aberturas, principalmente no caso de grandes janelas.

    O comprimento dos montantes igual ao p direito a espessura das trs barrashorizontais, uma inferior e duas superiores. Todos os montantes inteiros devemter o mesmo comprimento, e devem ser secionados a priori em serra queassegure perfeito esquadro nas extremidades.

    Cada montante conectado barra horizontal inferior com dois pregos de 3,9 mmx 83 mm (19 x 36) e barra superior com outros dois pregos da mesma medida,em pina.

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    Os cantos da edificao e as intersees das paredes exigem arranjos especiaisdos montantes de modo a propiciar eficiente amarrao das paredes e assegurarsuperfcies para pregao dos painis externos e internos como indicado na figuraa seguir.

    Nota-se em todas as alternativas, que nos cantos e intersees sempre h aformao de um espao para a pregao do fechamento interno, formado por doismontantes convenientemente posicionados.

    As aberturas, isto , as portas e janelas requerem estruturas especiais,principalmente nas paredes que recebem cargas dos telhados ou de pisossuperiores. O vo superior das aberturas sustentado pelas vergas, como

    indicado na figura seguinte. As vergas so geralmente compostas de duas peasde 4,0 cm de espessura e alturas variveis, justapostas pelas faces, entre asquais colocada uma chapa de 1,0 cm de espessura como calo, para completaros 9 cm de espessura interna das paredes. As duas peas e o calo so pregadoscom pregos de 75 mm. A altura das peas das vergas funo da largura daabertura e classe de resistncia da madeira utilizada.

    As vergas so suportadas nos extremos por pares de montantes, um em cadaextremidade. Esses montantes so cortados da altura da verga at a peahorizontal inferior, e so pregados justapostos a montantes inteiros com pregos de75 mm de comprimento.

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    As vergas so fixadas por meio de pregos nas extremidades. No caso de vosmaiores ou de cargas muito grandes pode-se utilizar no lugar da chapa interna demadeira, uma barra de ao de 1 cm de espessura. Nesse caso, a unio das peasde madeira feita atravs de parafusos passantes. Em casos especiais se utilizatrelias de madeira para a funo de verga. Pode-se usar tambm vigascompostas, com elementos de madeira slida e OSB.

    A seleo dos painis est relacionada com o espaamento dos montantes,disposio nas paredes (lado maior na vertical ou horizontal), pregao e esforosde cisalhamento distoro no plano da parede, isto , esforos de vento ouabalo ssmico. Os painis so especificados para determinados vos mximos,isto , distncia mxima entre dois montantes consecutivos. Desse modo, painisespecificados para vos de 40 cm no podem ser utilizados em estruturas, cujosmontantes esto distanciados de 60 cm. As espessuras de OSB mais usadas parao uso em paredes so de 7,9 mm a 12,7 mm. A tabela abaixo apresenta asespessuras de painis OSB recomendadas para os vrios espaamentos dosmontantes e modo de aplicao.

    O revestimento externo da parede pode ser feito com lambril de madeira durvel,de vinil, de alumnio, ou de folha de ao. No caso de revestimento com reboco imprescindvel a impermeabilizao atravs de papel betuminoso fixado na faceexterna do OSB.

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    Espessuras de painis correspondentes aos tipos de aplicao e aosespaamentos entre os montantes.

    Aplicao Espaamento entremontantes

    Espessuras daschapas OSB

    Horizontal 40 cm 9 mm

    Vertical 40 cm 9 a 12 mm

    Horizontal 60 cm 9 mm

    Vertical 60 cm 12 mm

    Para revestimento comreboco

    Horizontal 40 cm 12 mm

    Vertical 40 cm 12 mm

    Horizontal 60 cm 12 mm

    Vertical 60 cm 15 mm

    Aplicao

    As paredes so feitas com os elementos apoiados horizontalmente sobre aplataforma. Nessa posio possvel a pregao das peas horizontais nos toposdos montantes. So cravados dois pregos por montante na pea inferior e dois napea superior.

    A segunda barra horizontal superior no pregada neste momento, mas somenteaps a colocao da estrutura completa da edificao na posio definitiva, isto ,

    depois de aprumadas e de feitas as ligaes entre as paredes. A segunda barrasuperior serve de amarrao entre as paredes.

    Depois de concluda a construo da ossatura das paredes, feita a pregao daschapas de OSB.

    A pregao dos painis de OSB pode ser feita antes ou depois da colocao daestrutura na posio definitiva. recomendvel que equipes com poucaexperincia deixem a pregao dos painis para depois do posicionamentodefinitivo, pois podem ser necessrios pequenos ajustes nas paredes, e isto mais fcil antes da pregao dos painis.

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    Os painis de OSB podem ser aplicados com a maior dimenso na vertical ou nahorizontal, A aplicao vertical geralmente a preferida quando o p direito daedificao coincide com o comprimento do painel. A disposio vertical tambmmais fcil, por dispensar peas estruturais transversais na ossatura, para fixaodas bordas das chapas: necessrias quando as chapas so aplicadashorizontalmente.

    Para evitar as conseqncias da expanso dimensional provocada pela absorode umidade nas bordas das chapas de OSB, recomenda-se deixar um espao de3,0 mm nas bordas laterais e nas extremidades das chapas. Recomenda-setambm, deixar espaos de 3,0 mm para expanso ao redor de portas e janelas.

    Alguns fabricantes tem recomendaes especiais, incluindo a proteo das bordascom produto selante, para evitar absoro de umidade.

    Em elementos estruturais de madeira normalmente so usados pregos de 2,9 mmpor 50 mm (16 x 24 nacional). Os pregos so espaados de 15 cm nas bordas e30 cm nos montantes intermedirios. Podem tambm ser usados grampos, desdeque de em dimenses apropriadas. Em estruturas metlicas so usados parafusosautoperfurantes, isto , parafusos capazes de fazer os prprios furos.

    As paredes laterais, no caso de construo in loco, devem ser construdas antesdas paredes frontais. As paredes laterais so aquelas que suportam as tesourasou o encaibramento do telhado. A construo da parede inicia-se pela marcao, apartir de uma das extremidades, da posio dos montantes nas barras horizontaisinferior e superior. As barras horizontais devem cobrir todo o comprimento daparede e devem ser selecionadas por sua retido. As emendas das barrashorizontais so feitas no centro dos montantes atravs de pregao. As emendasdas barras inferiores no devem coincidir com a das barras superiores. Devem sermarcadas as posies dos montantes, e as linhas de centro das portas e janelas edas paredes divisrias. Nas barras horizontais, uma superior e outra inferior, somarcadas as linhas de centro dos montantes. Com auxlio de um esquadro decarpinteiro, so traadas as linhas de centro que serviro de orientao parapregao dos montantes nas barras horizontais. A terceira barra horizontal,sobreposta barra superior, colocada e pregada somente depois que todas asparedes so posicionadas e aprumadas. Os montantes so pregados atravs dostopos, com pregos de 80 mm de comprimento, que atravessam as peashorizontais.

    Depois de terminada a construo e o levantamento das paredes laterais, sofeitas as paredes frontal e dos fundos. A distncia exata entre as faces interioresdas paredes laterais ser o comprimento das paredes frontal e posterior.A distncia entre a parte superior da verga e a pea horizontal superior daestrutura, deve ser preenchida com montantes curtos, com comprimentoscorrespondentes.

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    Na parte inferior da abertura das janelas, so usados montantes curtos quesuportam a soleira da janela. A soleira pregada sobre a ponta superior dosmontantes curtos com pregos de 75 mm de comprimento. A soleira deve sertambm pregada com pregos inclinados no montante, cuja extremidade superiorsuporta a verga.Nas portas, a pea horizontal inferior dever permanecer at o aprumo final eamarrao das paredes, sendo depois serrada rente face do montante eretirada. As figuras a seguir representam a seqncia de montagem do sistemaplataforma at o posicionamento final das paredes.

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    O fechamento das paredes, principalmente das externas, so partes constituintesde sua estrutura. O fechamento feito basicamente com OSB de 12 ou 15 mm deespessura, fabricada com cola prova dgua. Essa camada de fechamento denominada "sheathing", definida em um glossrio como: cobertura estrutural,usualmente de tbuas ou painel estrutural, usada sobre montantes ou vigas deuma estrutura.O "sheathing" usado normalmente no lado externo da estruturada parede. Na maioria das casas da Amrica do Norte, alm do "sheathing, hmais uma camada mais externa, denominada "siding" definida como: coberturafinal da parte externa de uma parede de uma casa de estrutura leve (madeira ouperfil de ao), quando feita de tbuas horizontais, verticais ou inclinadas,geralmente aplainadas e formando macho e fmea, tabuinhas rachadas

    (shingles),ou outros tipos de painis, inclusive vinil e alumnio.

    As paredes internas so feitas da mesma maneira e tem a mesma altura que asparedes externas, e dependendo do tipo de estrutura de telhado, as paredesinternas podem ser portantes ou no. Uma vez montados os painis de parede,eles so levantados da plataforma, aprumados e fixados temporariamente pormos francesas conectadas ao contrapiso. Depois so conectados s paredesadjacentes. A ligao entre as paredes feita atravs de pregos de 75 mm decomprimento. Os arranjos de montantes nos cantos e intersees de paredesfacilitam a unio entre eles. Aps a pregao dos montantes, faz-se a colocaoda linha de amarrao superior, isto , a segunda barra horizontal superior, essa

    barra deve sempre sobrepor parte do painel adjacente. Por exemplo, as paredesde frente e de fundos so colocadas entre as extremidades das paredes laterais,as linhas de amarrao da paredes de frente e de fundos devem recobrir asextremidades das paredes laterais. A fixao da barra de amarrao superior pea horizontal superior do painel feita com pregos de 75 mm de comprimento,aplicados a cada 40 cm.

    Quando a parede apoiada sobre a estrutura do piso que por sua vez se apoiaem vigas de concreto ou alvenaria, a soleira fixa por meio de chumbadoresenquanto que, as paredes devem ser amarradas atravs de cinta de ao conformefigura indicado na figura a seguir.

    COBERTURAS

    Existem vrios tipos de cobertura para casas e construes comerciais leves, taiscomo: telhas de barro, fibro-cimento, alumnio, folha de flandres zincada, fibro-asflticas, ardsia, lajes pr-fabricadas e lajes moldadas no local. As maisusadas em casas de madeira so: telhas de barro, fibrocimento, fibro-asflticas,alumnio ou folha de flandres.

    As estruturas de cobertura podem ser de dois tipos: tesouras pr-fabricadas eestruturas construdas no local.

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    A estrutura com tesouras pr-fabricadas, como indicado na figura abaixo, maisprtica para ser feita, depende menos de conhecimentos de carpintaria, deconstruo mais rpida, dispensa apoios nas paredes internas, prov suporte parao forro e sua colocao praticamente no demanda andaimes. Seu uso maisfavorvel em casas retangulares e telhado em duas guas.

    A estrutura construda no local apresenta algumas vantagens: permite oaproveitamento do espao entre o telhado e o forro, a construo de forrosinclinados a construo de telhados em quatro guas e outras variaes, taiscomo guas furtadas. No entanto seu projeto e construo requerem maiorconhecimento de carpintaria. e necessitam apoios nas paredes internas daconstruo.

    As tesouras so uma montagem de vrias peas formando uma estrutura rgida,geralmente de forma triangular, capazes de suportar cargas sobre vos mais oumenos grandes, sem suporte intermedirio.

    As tesouras so geralmente usadas em vos entre 6 e 12 metros. Em virtude deno necessitar de apoio intermedirio, o interior das edificaes so mais flexveise a prpria obra pode tornar-se uma rea de trabalho para a construo dasparedes internas, acabamento etc.

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    H vrios tipos possveis de tesouras comumente usadas..A tesoura mais usada o tipo W, apresentada na figura abaixo, para vos entre 6 e 10 metros.. Astesouras so geralmente projetadas para espaamento de 60 cm entre elas,fazendo com que sejam usadas paredes com montantes obedecendo o mesmoespaamento, de modo que a cada tesoura corresponda um montante. Istopermite melhor transferncia da carga para a fundao. O tipo de madeira a ser

    utilizado bem como sua classe so fundamentais no dimensionamento estrutural.No Brasil esto disponveis vrios tipos de madeira para a construo deestruturas de coberturas. Entre as madeiras de florestas plantadas destacam-se

    os pinus e os eucaliptos. Os pinus so em geral leve e fcil de trabalhar e, emborade baixa resistncia natural, so bastante permevel a solues de tratamentopreservativo, o que lhes assegura a durabilidade desejada. Os eucaliptos, comvrias espcies, tambm podem ser usados. Entre as madeiras nativas, hdezenas, para no dizer centenas delas que podem ser utilizadas na construode madeira.

    Na fabricao de tesouras os membros devem ser de madeira aplainada nasquatro faces de modo a no apresentar diferenas dimensionais significativas,principalmente nas espessuras. Os elementos estruturais, principalmente oscomprimidos, devem ser selecionados, para apresentarem ns ou outros defeitosabaixo de certa dimenso, de acordo com a dimenso da prpria pea, por

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    exemplo, em algumas classes o dimetro do n no pode ser superior a um quartoda largura da pea. Tesouras tipo W, as mais usadas para at 10 metros de vo,geralmente so construdas com peas de 4 x 9 cm. A madeira deve ter, sepossvel, unidade inferior a 20%. Os elementos de unio das barras das tesouraspodem ser chapuzes de madeira, ou chapa de madeira industrializada, chapasmetlicas, sendo as mais utilizadas as chapas estampadas com garras, comoaquelas da gang-nail.

    Para as aes de vento, as tesouras devem ser fixadas na estrutura da parede,atravs da pregao corda inferior estrutura de suporte.

    A utilizao de sub-cobertura de chapas de madeira em telhados, comoapresentado na figura abaixo, melhora bastante o conforto trmico da edificao eno caso especfico do sistema plataforma, contribui na rigidez da estrutura aodo vento, sendo o emprego de painis de OSB, pratica corrente na Amrica doNorte.

    A seleo dos painis de OSB mais adequados para a funo de fechamento dacobertura depende do espaamento das tesouras e das solicitaes de flexooriunda do peso da cobertura e cisalhamento no plano do painel, quando este dimensionado para resistir aos efeitos de distoro ocasionados pela ao devento ou abalo ssmico.

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    ProjetoA relao entre as espessuras e os espaamentos dos suportes, tesouras oucaibros, so oferecidas pelos fabricantes de painis, de acordo com testesefetuados por laboratrios independentes. Geralmente o espaamento dastesouras ou caibros de 60 cm no caso de construes em madeira. No entantoh disponibilidade no mercado internacional de chapas de espessuras, quesuportam vos de at 180 cm. O estabelecimento da espessura e doespaamento dos suportes deve ser feito com base em anlise estrutural e decustos e dos usos da rea sob o telhado. Tesouras com espaamentos de 60 cmprejudicam o uso da parte inferior do telhado at para a colocao de caixas

    dgua.As chapas devem ser sempre posicionadas com a maior dimensoperpendicularmente s tesouras ou caibros.

    Para evitar empenamento das bordas de maior dimenso, h trs alternativas desoluo: uso de painis com macho e fmea, uso de presilhas de plstico tipo H,ou uso de elementos estruturais transversais.

    O quadro abaixo fornece a espessura do painel de OSB, de acordo com oespaamento entre tesouras ou caibros.

    Espaamento entre tesouras oucaibros

    Com suporte* Sem suporte**

    Espessurasdos painis deOSB

    cm cm mm

    50 50 9

    60 50 9

    60 60 12

    80 70 12

    100 80 15

    *com suporte transversal entre os caibros ou tesouras

    ** sem suporte transversal entre os caibros ou tesouras

    Aplicao

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    Quando aplicadas sobre estruturas de madeira, as chapas de OSB so fixadascom pregos. Quando sobre perfil de ao so utilizados parafusos autoperfurantes,isto , parafusos com pontas que permitem fazer furos nas chapas e na estrutura.

    Para evitar empenamento, recomenda-se que se deixe entre as bordas laterais umespao entre 1,5 a 3,0 mm. O maior espao se deixa quando a aplicao feitaem ambiente chuvoso ou de alta umidade.

    Os painis devem ser posicionados transversalmente, e as junes devem ocorrerno centro dos caibros ou tesouras conforme o caso

    Quando sobre estrutura de madeira, devem ser utilizados pregos de 2,8 x 50 mm

    para chapas de at 10 mm de espessura, e pregos de 3,3 x 63 mm para chapasmais espessas. Os pregos devem ser espaados de 15 cm nas bordas daschapas, e de 30 cm nos suportes intermedirios. Podem ser utilizados pregoscomuns ou pregos anelados ou espiralados, que conferem melhor resistncia aoarrancamento.

    Para que as coberturas sejam estanques e durveis, recomenda-se a aplicao delminas impermeveis sobre a chapa de OSB. Essas lminas podem ser de papelbetuminoso de no mnimo 200 g/m3 , tecido de fibras de polietileno (Tyvek) oufilmes de polietileno comum. A finalidade no permitir a passagem de umidadepara a estrutura e para o interior da casa. O tecido de polietileno de altadensidade, oferece a vantagem de ser impermevel gua, mas deixa passar o

    vapor dgua.

    ACABAMENTO

    Depois de concluda a cobertura iniciado o processo do acabamento, que incluia instalao das esquadrias, a aplicao do acabamento das paredes externas, ofechamento interno das paredes, e a aplicao do madeiramento de acabamentoexterno e interno

    Janelas, Portas e Batentes Externos

    Portas, janelas e seus batentes so obras de caixilharia. Devem sempre que

    possvel serem adquiridos prontos, isto , sua fabricao no deve fazer parte daobra. Mesmo quando fora de medida padro, devem ser encomendadas emcarpintaria ou caixilharia especializadas, pois o tipo de equipamento necessriopara produzir esquadrias diferente do requerido para a produo de casas. Asunidades de janelas e portas devem ser adquiridas completas, inclusive com osbatentes, vidros e juntas prova de vazamentos, e prontas para uso naconstruo. Toda a madeira tratada com preservativo repelente gua nafbrica para prover proteo antes e aps a colocao na obra.

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    As janelas devem ser projetadas e executadas com detalhes para assegurarestanqueidade e evitar o empoamento da gua. A soleira deve apresentar leveinclinao para fora.

    ACABAMENTO EXTERNO

    O acabamento externo inclui a aplicao do revestimento final, beirais, cornijas,molduras das aberturas e o acabamento das unies entre paredes.

    O revestimento externo das paredes, como afirmado antes, pode ser feito devrias maneiras: aplicao de lambris de madeira, lambris de vinil, lambris de ao,

    reboco de argamassa, lmina de tijolos. Uma das mais comuns a aplicao delambris de madeira, nesse caso so selecionadas madeiras com boa aparncia eresistentes s intempries. Os lambris de madeira so fixados com pregoszincados e aplicados sobre a chapa de OSB. Os pregos devem ser aplicadossobre os montantes.

    FECHAMENTO INTERNO DAS PAREDES

    Depois de executadas as instalaes eltrica, telefnica, hidrulica, e outrasmais recentes tais como dutos para aspiradores de p, cabos para televisoou para sistemas de automao ou proteo, executa-se a aplicao dofechamento da outra face das paredes.A escolha do material para o fechamento da outra face depende da consideraode vrios aspectos, tais como, nvel de isolamento de rudos, ou de calor, custos,tempo de construo, peso do material e aparncia. Vrios so os tipos de painispara a funo de fechamento, entre os quais esto OSB, gesso cartonado, lambrisde madeira, painis de fibra de madeira de mdia ou alta densidade.No caso do fechamento da face interna com OSB, o acabamento final pode ser devrios tipos: simples pintura, pintura aps aplicao de massa fina,envernizamento, cobertura com azulejos ou lambris etc. Quando o acabamento por envernizamento deve-se tomar o mximo cuidado com a face a ser exposta

    para que no apresente sujeira ou manchas de quaisquer tipos.Sobre os painis de OSB ou de gesso cartonado podem ser aplicados laminadosmelamnicos (frmica) ou azulejos principalmente em banheiros e regies dacozinha que apresentam riscos de emudecimento. A aplicao dos azulejos podeser feita com diversos tipos de colas. Os laminados melamnicos podem seraplicados com cola de contato.

    Os materiais e procedimentos para o forro so os mesmos utilizados nofechamento interno das paredes e nas divisrias.

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    ABERTURAS INTERIORES

    Os batentes das portas, as portas, as molduras das portas, rodaps e outros tiposde acabamentos internos so aplicados depois da aplicao do piso.

    As medidas totais das aberturas para portas devem ser de 4,0 a 7,5 cm maioresdo que a altura da lmina de porta, e cerca de 6,5 cm maiores que a largura dalmina de porta . Isso d espao para a colocao, a aprumada e o nivelamentodos batentes e da prpria porta.

    ISOLAMENTO ACSTICO

    Boa parte dos problemas de estanqueidade acstica nas edificaes sodecorrentes de deficincias de projetos, tais como portas mal ajustadas ouempenadas, em casas de paredes duplas, tomadas de fora ou interruptores nasmesma rea nos dois lados da parede. Assim um projeto bem detalhado e comboa execuo so importantes na construo de paredes, ou pisos.

    Para amenizar as deficincias de comportamento acstico da casa construda pelosistema plataforma, foram desenvolvidas solues relativamente simples eeconmicas, e que se encaixam na filosofia do sistema, isto , trabalhopredominantemente a seco, atravs de painis industrializados

    Entre as solues, uma delas merecem ateno especial: os dois lados da paredeso constitudos por estrutura desacopladas, com muito bom desempenho noamortecimento sonoro. Isto possvel com o uso de montantes desencontrados,sem alterao dos painis utilizados. As paredes no entanto, devem ser maisespessas e h aumento significativo de montantes.

    O isolamento acstico entre o piso superior e o teto do piso inferior pode seratingido atravs do mesmo processo empregado nas paredes, isto , estruturasdesacopladas para suporte do piso e sustentao do forro.

    ESCADASAs escadas principais assim como as secundrias podem ser de vrios tipos, retasde um s lance, L longo, U estreito, incluindo variaes dentro dos vrios tipos,A figura abaixo apresenta um forma de escada bastante corriqueira e que faz partedo projeto do sobrado cuja seqncia de montagem apresentada no final destemanual como ilustrao do sistema plataforma utilizando madeira serrada epainis de OSB.

    Altura suficiente um requisito primordial para as escadas principais, deve haveruma altura mnima livre entre os degraus e o piso superior de 2,06 m, nassecundrias a altura livre mnima de 1,93 m.

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    Alturas dos espelhos entre 19 e 20 cm so considerados adequados, oscobertores devem ter cerca de 23 cm de largura total. Todavia, em virtude depequenas diferenas de altura entre os dois pisos, a dimenso dos espelhos ecobertores devem ser calculados. Uma regra prtica estabelece que a largura doscobertores mais duas vezes a dimenso dos espelhos dever ser prximo de 63cm.

    As larguras das escadas principais no podem ser menores de 81 cm livres, apartir do corrimo. A maioria das escadas so feitas com 90 cm entre as paredeslaterais. Corrimo contnuo deve ser feito em pelo menos um dos lados da escada.Quando as escadas so abertas dos lados deve haver proteo por balaustres.

    A escada composta basicamente pelas barras laterais, e pelos elementos dedegraus. As barras laterais suportam a carga e servem de apoio aos elementos dedegraus, isto , o cobertor e o espelho.

    O elemento de suporte das escadas principais so duas barras laterais feitas emmadeira de 4,0 cm por 28 cm, aplainadas nas quatro faces, classificao estruturale por aparncia, pois a parte acima dos degraus aparente.

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    PR-FABRICAOA pr-fabricao tem tido participao importante e crescente no provimento demoradias em vrios pases industrializados. Este tem sido um dos principaismeios encontrados para atender a grande demanda de casas em ambientes dealto custo de mo de obra. De acordo com especialistas, com o aumento dossalrios h crescimento da pr-fabricao, a exemplo do que ocorreu nos EstadosUnidos, Canad e na Sucia. Um dos aspectos o prprio custo da mo de obra.Em geral, o custo de mo de obra nos pases industrializados 20% maior nasobras do que nas fbricas. Essa diferena se explica pelas melhores condies epela continuidade de trabalho nas fbricas. H tambm mais produtividade no

    trabalho nas fbricas, quando comparadas com tarefas semelhantes executadasnas obras

    A essncia da pr-fabricao a produtividade e muitos pases reconhecem queo aumento da populao no pode ser abrigada pelos mtodos tradicionais deconstruo. Os ganhos de produtividade possveis atravs da pr-fabricao,resultam de condies de trabalho abrigado, organizao e mecanizao.Trazendo-se o homem, materiais e instrues para a fbrica e permitindo que setrabalhe em uma rea com bancadas apropriadas, pode, por si prprio, dobrar aprodutividade se comparada com o trabalho na obra. Segundo estudo feito noCanad, os componentes bsicos de uma casa, incluindo pr-corte dos barrotesde piso; pr-fabricao de paredes com fechamento externo, de tesouras e dos

    oites e instalao de portas, levam em mdia 75 homens hora. A montagemdesses componentes na obra exigem cerca de 100 homens horas, totalizando 175homens hora. Isto pode ser comparado com o tempo de 350 homens horanecessrios para a construo inlocodos mesmos componentes. A mo de obratotal para a construo in loco de uma casa de 93 m2, exceto fundaes, deaproximadamente 1.200 h.h. A quantidade de mo de obra pode ser reduzida aat cerca de 500 h.h. na pre-fabricao de sees transportveis,

    Estudo feito em Santa Catarina reporta que a construo completa em madeira deuma casa de 62,5 m2, demandou 1625 homens hora. A construo da mesmacasa em alvenaria de tijolos demandou 2656 homens hora. A casa mencionada de acabamento bastante simples, por outro lado inclui fundaes, pintura etc.Mesmo assim pode-se ver que um mtodo adequado e a pr-fabricao podemprovocar um grande aumento de produtividade.

    O aumento de produtividade com a pr-fabricao, pode ter um efeito importantenos custos de produo, ajudando a viabilizar o negcio, aumentando a demandade casas, revertendo o efeito desempregador da reduo de mo de obra porunidade produzida.

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    O gabarito de montagem dos painis de parede o centro da pr-fabricao. Ascaractersticas de um bom gabarito e de seu entorno so simples: o homem que oopera raramente tem que procurar peas ou partes, alter-las, olhar desenhos,usar uma trena ou segurar uma pea no lugar. Todas as partes devem ter um lugar mo em compartimentos adequados (estes podem ser os prprios carrinhos demovimentao manual).

    Na Amrica do Norte, os gabinetes de cozinha, banheiro, armrios embutidos dedormitrios e alguns armrios de copa, so partes constituintes da casa, por isso,as fbricas de casa tem uma carpintaria para a produo desses mveis. Ascarpintarias dispem de equipamentos bsicos de corte de chapas, furao,

    acabamentos e montagem de componentes e mveis. Em geral, as portas ejanelas so compradas de fora, somente a montagem nos painis feita nafbrica. As janelas, por exemplo, so montadas nos painis com os vidros jinstalados.

    A pr-fabricao uma maneira de se aumentar a produtividade na construo decasas. H vrios estgios no processo, desde o simples pre-corte, passando pormontagem dos painis ou paredes mais ou menos acabados at a completamanufatura das casas, as quais podem ser integralmente feitas na fbrica, sendoseu tamanho limitado apenas pelas posturas do sistema de transporte.

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    Seqncia de Execuo de uma Edificao

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