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5 de dezembro de 2008 ano 12 nº232 Sistema de monitoramento aplicado a máquinas rotativas: o estado da arte Centro Cultural recebe exposição de fotos em comemoração aos 97 anos da cidade de Altamira Eletronorte arremata três lotes no leilão de transmissão das usinas do Madeira Números: 2.392,3 km de linhas; quatro subestações; R$ 363,3 milhões de RAP e R$ 3,36 bilhões de investimentos A última quarta-feira do mês de novembro teve um gosto muito especial para a Eletronorte. O dia 26 coroou o arremate da Empresa - líder do consórcio Integração Norte Brasil - dos lotes A, C e G do leilão 007 da Aneel, re- ferente às linhas de transmissão do Complexo Rio Madeira, que transportarão a energia gerada nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau. Os 2.375 quilômetros de linhas de trans- missão foram até hoje a maior extensão já licitada pela Aneel. A Eletronorte participou do certame - realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro - com 24,5% de par- ticipação, em parceria com a Eletrosul (24,5%), Abengoa Brasil (25,5%) e Andrade Gu- tierrez Par (25,5%). Apesar de este leilão ter sido preparado para selecionar uma alternati- va tecnológica, entre corrente contínua ou um sistema híbri- do – composto por correntes contínua e alternada - logo no início, por falta de propostas, foi definida a corrente contínua como única opção. Para o diretor-presidente, Jorge Palmeira, “sem sombra de dúvida a importância do leilão para a Eletronorte é de muita oportunidade, por con- templar as usinas do Madeira e a sua premente necessidade para o sistema elétrico brasilei- ro. No apagar das luzes, con- seguimos so- luções mágicas para encontrar uma engenha- ria financeira que permitisse nossa partici- pação e o ga- nho dos lotes. Nossa Empre- sa está dando sua contribui- ção para o País, mas também está aumentan- do seus ativos e demonstran- do sua competência técnica, disputando obras dessa magni- tude num mercado extrema- mente concorrido. Construire- mos mais da metade da maior linha de transmissão já feita no Brasil e todos nós devemos es- tar orgulhosos dessa conquista histórica”. É a primeira vez que a Eletronorte participa de um empreendimento envolvendo corrente contínua. De acordo com o coordenador de Viabi- lização de Negócios, Wilson Fernandes de Paula, “o leilão tem uma importância muito grande para a Eletronorte, por- que irá permitir que a Empresa participe do desenvolvimento dessa nova tecnologia, para que se faça transmissão a longas distâncias com a menor perda possível de carga durante o transporte. Os grandes blocos de energia são consumidos, em sua maioria, pelas regiões Sul e Sudeste - e os grandes empre- endimentos de geração estarão na Região Norte. Com os pró- ximos grandes empreendimen- tos de geração, outros circuitos de corrente contínua serão necessários e a Eletronorte já estará dominando essa tecno- logia. Além disso, o arremate desses lotes nos proporcionará uma receita bastante considerá- vel pelos próximos 30 anos”. Para o diretor de Planeja- mento e Engenharia, Adhemar Palocci, esse leilão foi extre- mamente significativo: “Nós já ganhamos muitos leilões, mas esse teve um significado maior para a Eletronorte. Primeiro, porque seguramente essa é a maior obra de transmissão do mundo, além de ser uma obra estruturante para o País - e nosso negócio são obras des- sa envergadura. Além disso, estamos incorporando uma tecnologia que ainda não co- nhecíamos profundamente, de corrente contínua, que prova- velmente também deverá ser utilizada nos empreendimen- tos futuros, como Belo Monte ou Tapajós. Finalmente, é mui- to significativo porque essa au- torização não veio com uma concessão geográfica, e sim pelo modelo novo. Ganha- mos disputando igualmente com outros concorrentes.”

5 de dezembro de 2008 ano 12 nº232 Eletronorte arremata ... · luiu: “Antes, a única forma de perceber as falhas das máquinas era através da temperatura, mas hoje há outras

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5 de dezembro de 2008 ano 12 nº232

Sistema de monitoramento aplicado a máquinas rotativas:

o estado da arte

Centro Cultural recebe exposição de fotos em comemoração aos 97

anos da cidade de Altamira

Eletronorte arremata três lotes no leilão de transmissão das usinas do Madeira

Números: 2.392,3 km de linhas; quatro subestações; R$ 363,3 milhões de RAP e R$ 3,36 bilhões de investimentos

A última quarta-feira do mês de novembro teve um gosto muito especial

para a Eletronorte. O dia 26 coroou o arremate da Empresa - líder do consórcio Integração Norte Brasil - dos lotes A, C e G do leilão 007 da Aneel, re-ferente às linhas de transmissão do Complexo Rio Madeira, que transportarão a energia gerada nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau. Os 2.375 quilômetros de linhas de trans-missão foram até hoje a maior extensão já licitada pela Aneel.

A Eletronorte participou do certame - realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro - com 24,5% de par-ticipação, em parceria com a Eletrosul (24,5%), Abengoa Brasil (25,5%) e Andrade Gu-tierrez Par (25,5%). Apesar de este leilão ter sido preparado para selecionar uma alternati-va tecnológica, entre corrente contínua ou um sistema híbri-do – composto por correntes contínua e alternada - logo no início, por falta de propostas, foi definida a corrente contínua como única opção.

Para o diretor-presidente, Jorge Palmeira, “sem sombra de dúvida a importância do leilão para a Eletronorte é de muita oportunidade, por con-templar as usinas do Madeira e a sua premente necessidade para o sistema elétrico brasilei-

ro. No apagar das luzes, con-seguimos so-luções mágicas para encontrar uma engenha-ria financeira que permitisse nossa partici-pação e o ga-nho dos lotes. Nossa Empre-sa está dando sua contribui-ção para o País, mas também está aumentan-do seus ativos e demonstran-do sua competência técnica, disputando obras dessa magni-tude num mercado extrema-mente concorrido. Construire-mos mais da metade da maior linha de transmissão já feita no Brasil e todos nós devemos es-tar orgulhosos dessa conquista histórica”.

É a primeira vez que a Eletronorte participa de um empreendimento envolvendo corrente contínua. De acordo com o coordenador de Viabi-lização de Negócios, Wilson Fernandes de Paula, “o leilão tem uma importância muito grande para a Eletronorte, por-que irá permitir que a Empresa participe do desenvolvimento dessa nova tecnologia, para que se faça transmissão a longas

distâncias com a menor perda possível de carga durante o transporte. Os grandes blocos de energia são consumidos, em sua maioria, pelas regiões Sul e Sudeste - e os grandes empre-endimentos de geração estarão na Região Norte. Com os pró-ximos grandes empreendimen-tos de geração, outros circuitos de corrente contínua serão necessários e a Eletronorte já estará dominando essa tecno-logia. Além disso, o arremate desses lotes nos proporcionará uma receita bastante considerá-vel pelos próximos 30 anos”.

Para o diretor de Planeja-mento e Engenharia, Adhemar Palocci, esse leilão foi extre-mamente significativo: “Nós já ganhamos muitos leilões, mas

esse teve um significado maior para a Eletronorte. Primeiro, porque seguramente essa é a maior obra de transmissão do mundo, além de ser uma obra estruturante para o País - e nosso negócio são obras des-sa envergadura. Além disso, estamos incorporando uma tecnologia que ainda não co-nhecíamos profundamente, de corrente contínua, que prova-velmente também deverá ser utilizada nos empreendimen-tos futuros, como Belo Monte ou Tapajós. Finalmente, é mui-to significativo porque essa au-torização não veio com uma concessão geográfica, e sim pelo modelo novo. Ganha-mos disputando igualmente com outros concorrentes.”

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Segundo o diretor de Produção e Comercializa-ção, Wady Charone, “tere-mos empreendimentos que somam R$ 3,36 bilhões, o que se traduz em um novo marco para a Eletronorte e para a nossa história. Vamos aprender uma nova maneira de trabalhar e operar, que é a corrente contínua, o que vai nos proporcionar um ganho extraordinário de conheci-mento. O leilão deixa todos nós muito motivados

o levantamento dos preços fundiários ao longo dos 2.375 km das linhas de transmissão do empreendimento, mais as subestações. A composição dos valores enviados à Co-ordenação de Viabilização de Negócios, como subsídio à participação no leilão, foi um fator importante no sucesso obtido”.

Velho, C1 E C2, 230 kV em dois circuitos simples, com extensão aproximada de 17,3 km; foi arrematado com de-ságio de 0%, para uma Recei-ta Anual Permitida – RAP, de R$ 44,7 milhões. Os investi-mentos somam R$ 461,7 milhões. O prazo de entrega do empreendimento é de 36

meses após

com deságio de 10% para uma RAP de R$ 160,8 mi-lhões. A proposta ficou em R$ 144,7 milhões. Os inves-timentos serão da ordem de R$ 1,4 bilhão. Prazo de en-trega de 38 meses.

E, para o lote G, com-posto por LT Coletora Porto Velho – Araraquara 2, em CC, ±600 kV, em, circuito simples, com extensão apro-ximada de 2.375 km; houve

deságio de 6 %, para uma RAP de R$ 185

para um futuro tão promissor que se dese-nha para a nossa Empresa”.

O superintendente de Assuntos Fundiários e Imo-biliários da Eletronorte, Allan Arruda, ratifica a importância do levantamento fundiário na vitória do leilão: “Realizamos

LotesO lote A, composto por

SE Coletora Porto Velho 500/230 kV; duas estações conversoras CA/CC/CA back-to-back 400 MW; – LT Coletora Porto Velho – Porto

a assinatura dos contratosO lote C, composto por

Estação Retificadora nº. 01 CA/CC, 500/±600 kV – 3.150 MW; Estação Inversora nº. 01 CC/CA, ±600/500 kV – 2.950 MW; foi arrematado

milhões. O consór-cio terá uma RAP de

R$ 173,9 milhões, com investimentos de R$ 1,4 bi-lhão e prazo de 48 meses para executar as obras. A RAP total, descontados os deságios, é de 363,3 milhões de reais.

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Centro Cultural recebe exposição de fotosem comemoração aos 97 anos da cidade de Altamira

Altamira, o maior mu-nicípio do mundo em extensão territorial, co-

memorou, no dia 6 de novem-bro, 97 anos de emancipação. A Eletronorte, em parceria com a Revista Amata, home-nageou a cidade com uma ex-posição de fotos antigas, que enfocam aspectos históricos como prédios e ruas de uma

cidade pacata que crescia às margens do Rio Xingu.

As imagens da Exposição Altamira 97 anos são verda-deiras viagens no tempo. Em fotos tiradas entre 1940, 1950 e 1970, é possível ver uma Altamira com ruas vazias e ár-vores no meio, pois naquela época existia na região apenas dois pequenos caminhões do

coronel José Porphírio. Ou-tras fotos interessantes são a do primeiro avião que pou-sou no Xingu, o Catalina um hidroavião que transportava passageiros e mercadorias.

Lá estão a residência de Francisco Meirelles, um dos maiores seringalistas da re-gião; o velho Instituto Maria de Mattias, que naquela épo-

Karatê com Energia:alunos participam de campeonato estadual

Vinte alunos do proje-to Karatê com Energia, fi-nanciado e executado pela Eletronorte, participaram do campeonato estadu-al de Karatê, organizado pela academia Delta e pela Federação de Karatê de Mato Grosso, na cida-de de Rondonópolis. Ao menos 250 atletas parti-ciparam da competição. O presidente da Fede-ração de Karatê, Emídio Ferreira, que conhece o desempenho dos alunos do projeto, afirma que o campeonato é uma opor-tunidade para selecionar

ca era um internato para pes-soas das cidades vizinhas; as mangueiras na orla do Xingu, que foram colocadas abaixo para a construção do muro de arrimo que o moldura atualmente.

A Eletronorte pretende tornar a exposição itinerante em todas as escolas de Alta-mira.

novos talentos do espor-te e trabalhar o controle do nervosismo diante de grandes públicos.

No projeto de Ron-donópolis estão matricu-lados 95 alunos, em duas turmas, que, além de te-rem aulas de Karatê duas vezes por semana, tam-bém recebem reforço es-colar após o treino e, uma vez ao mês, participam de uma palestra educativa e de uma oficina de leitura. Já os alunos do projeto Karatê com Energia de Cuiabá também têm ativi-dades no final de semana.

Idosos e jovens conhecem a história de Altamira.

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Sistema de monitoramento aplicado a máquinas rotativas: o estado da arte

O Cigré-Brasil e a Ele-tronorte realizaram nos dias 24 a 25 de

novembro, no auditório da Sede da Empresa, o Seminário do Estado da Arte em Sistema de Monitoramento Aplicado a Máquinas Rotativas. Segundo o engenheiro eletricista e de au-tomação do Centro de Tecno-logia da Eletronorte, em Belém, Jaques Sans (foto ao centro), o sistema de monitoramento evo-luiu: “Antes, a única forma de perceber as falhas das máquinas era através da temperatura, mas hoje há outras formas, como vibração, medição de proximi-dade, de descargas parciais e de pressão, quando o sistema de monitoramento analisa o equi-pamento sob vários aspectos, indicando ao usuário a causa dos problemas, o que representa ganho de tempo”.

A importância do evento se traduziu na atualização profissio-nal de projetistas, fabricantes de máquinas e técnicos de várias vertentes, para os quais foram oferecidas informações para corrigir imperfeições e melhorar

os projetos futuros. Também foram apresentadas evoluções tecnológicas, já que o sistema de monitoramento usa basica-mente tecnologia eletrônica, mas já está avançando para a tecnologia óptica. “A tendência é termos equipamentos e sistemas mais baratos, confiáveis, sofisti-cados tecnologicamente, com maior valor intelectual agregado e simples de se operar”, afirma Jaques.

O Seminário, embora de âmbito nacional, contou com a participação de técnicos de vá-rios países, todos interessados em falar dos seus equipamentos, mas também querendo apren-der. “O mais importante para a Eletronorte é diminuir custos de operação, pois a Aneel tem sido rigorosa na aplicação de pe-

nalidades em casos de interrup-ções no sistema. As multas são pesadas. O objetivo do sistema de monitoramento inteligente é a prevenção de falhas. É o que pode se chamar de ‘o estado da arte em manutenção em siste-mas de monitoramento’, incluin-do aí todas as evoluções de rede de diagnósticos”, diz Jaques.

Estado da arteO estado da arte neste caso

é o desenvolvimento de tecno-logias eletrônicas e ópticas para baratear os custos e aumen-tar a confiabilidade. É, enfim, o conjunto de equipamentos para monitoramento e análise das informações detectadas. É, também, a gestão de ativos, algo muito importante, para evitar perdas significativas com a que-bra de máquinas. Hoje, o custo de um equipamento de moni-toramento para geradores é de até R$ 200 mil, que pode ser pago com uma hora de geração. Então se se evitar paradas pode-se economizar muito.

O gerente da área de projetos eletromecânicos de

hidrelétricas da Eletronorte, Carmo Gonçalves (foto aci-ma), comentou que o IV En-contro Nacional de Monitora-mento de Maquinas Rotativas - IV Enan, a ser organizado por Furnas, não pôde ser realizado e a Eletronorte de-cidiu organizar o Seminário, onde se discutiu o próximo Enan, em 2010. “Os ganhos imediatos foram a gama de informações aplicadas a usi-nas hidrelétricas e térmicas, a compensadores síncronos, li-nhas de transmissão e demais equipamentos”.

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O diretor-Presidente da Eletronorte, Jorge Palmei-ra, e os diretores Adhemar Palocci e Wady Charone receberam, na Sede da Em-presa, em Brasília, no dia 19 de novembro, o governador do Estado do Acre, Binho Marques, e o secretário de Estado de Planejamento, Gilberto Siqueira. A pauta da reunião foi a possível transfe-rência da Usina Térmica Rio

Acre localizada no município de Rio Branco para a cidade de Manaus. Jorge Palmeira tranqüilizou o Governador, esclarecendo que os equipa-mentos só serão transferidos após a integração do Sistema Acre/Rondônia ao Sistema Interligado Nacional e que não haverá nenhum tipo de prejuízo no suprimento de energia para a população do Estado.

mais 1.200 TWh para garantir o crescimento econômico e a qualidade de vida da popula-ção que, inclusive, está cor-rendo o sério risco de pagar mais pela energia gerada por termelétricas”.

O estudo de repotencia-ção considerou apenas usinas com potência instalada su-perior a 30 MW e acima de 20 anos de operação, dado que o universo de pequenas centrais hidrelétricas (igual ou abaixo de 30 MW) representa hoje uma capacidade total de 2.661 MW, apenas 3,5% da potência total do parque ge-rador do SIN.

O trabalho aponta que o principal objetivo das ações de repotenciação e moderniza-ção de usinas hidrelétricas no Brasil deve ser a preservação da capacidade de geração do sistema existente. Secunda-

riamente, deve-se levar em conta o acréscimo da expan-são da oferta de energia elé-trica no País.

Entre os principais bene-fícios proporcionados pelas ações de repotenciação e modernização de usinas hi-drelétricas estão a extensão da vida útil das usinas, o au-mento da sua confiabilidade, a segurança no controle e no fornecimento de ponta e a redução dos custos de manu-tenção, além de um eventual aumento da energia assegu-rada e da potência efetiva do parque gerador brasileiro.

O estudo “Considerações sobre repotenciação e mo-dernização de usinas hidrelé-tricas“ integra a série Estudos de Energia, que está disponí-vel no site da EPE:

h t t p : / / w w w. e p e . g o v.br/Lists/Estudos/DispForm.aspx?ID=27.

Apesar de fundamentais para assegurar, a longo prazo, a preservação

do potencial hidrelétrico já aproveitado, as ações de re-potenciação e modernização de usinas hidrelétricas existen-tes não garantem a expansão necessária para suprir a de-manda por energia elétrica no Brasil nos próximos anos. A conclusão é do estudo “Con-siderações sobre repotencia-ção e modernização de usinas hidrelétricas“, publicado pela Empresa de Pesquisa Energé-tica – EPE no início do mês de dezembro.

Para o diretor de Planeja-mento e Engenharia da Ele-tronorte, Adhemar Palocci, o relatório publicado pela EPE reforça a necessidade de no-vos empreendimentos de geração elétrica. “De acordo com o estudo da EPE, 44 usi-

nas hidrelétricas com 24 mil MW de capacidade instalada podem passar pela repoten-ciação. Mas o acréscimo de potência efetiva que seria agregado ao Sistema Interliga-do Nacional – SIN, caso esses empreendimentos alcanças-sem um aumento máximo de rendimento partir de moder-nizações, seria de apenas 605 MW, ou 2,84% da capacidade avaliada”.

Palocci garante que a re-potenciação não pode virar argumento contrário a novos empreendimentos de gera-ção hidráulica, “porque a re-potenciação da totalidade das hidrelétricas com mais de 20 anos de idade atenderia ape-nas a um mês e meio de cres-cimento da demanda do País, ou menos que 0,5% da gera-ção atual de 483 TWh. Mas até 2030, o Brasil precisa de

Repotenciação de usinas hidrelétricas não supre necessidade do País, aponta estudo da EPE

Coaracy Nunes e Curuá-Una estão entre as usinas que podem sofrer repotenciação

Governador do Acre visita Eletronorte

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Geopolítica da energia na Amazônia é debatida no XII Congresso Brasileiro de Energia

O XII Congresso Bra-sileiro de Energia aconteceu de 17 a

19 de novembro, no Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro. Organizado pela Coordenação dos Pro-gramas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Coppe/UFRJ, o encontro teve como tema os “Desafios do Setor Energético Brasileiro” e focalizou os propósitos da área após a crise econômica mundial. O evento é conside-rado o mais importante fórum do setor energético brasileiro. Mais de 300 trabalhos foram inscritos e os dez melhores foram apresentados.

Foram discutidos temas como os desafios do abaste-cimento da segurança energé-tica no País, o meio ambien-te e seus impactos no setor energético e os desafios da pesquisa e desenvolvimento no Setor. O presidente da Ele-trobrás, José Antonio Muniz Lopes, e o superintendente da Coordenação de Relações Ins-

titucionais da Eletronorte, Má-rio Dias Miranda (foto abaixo), participaram da mesa-redonda cuja temática foi a Geopolítica da Energia na Amazônia. Hou-ve também eventos paralelos como práticas de eficiência energética em micro e peque-nas empresas, promovido pelo Sebrae em parceria com a Ele-trobrás, por meio do Procel.

Na temática Geopolítica da Energia na Amazônia, discutiu-se o ciclo de transformação econômico-social dos anos 60 até o século XXI. Nos anos 60, a região caracterizou-se pela população fortemente concentrada nas capitais, eco-nomia baseada no extrativis-mo, ausência de infra-estrutura geral. Com relação ao abaste-

cimento de energia elétrica, nas capitais predominavam as usinas termelétricas e no inte-rior um precário ou inexisten-te abastecimento energético. O século XXI, por sua vez, é caracterizado pela integração energética nacional e regional, previsão de redução da conta de consumo de combustível em 83%, ou seja, de R$ 4,5 bilhões anuais para R$ 770 milhões, além da busca cons-tante pela universalização da energia elétrica na Amazônia.

Para o palestrante da Ele-tronorte, Mário Miranda, “a nova visão da geopolítica da energia na Amazônia está cen-trada na integração sociedade, energia e meio ambiente; numa agenda ambiental guia-da pelo desenvolvimento sus-tentável; na universalização da energia elétrica e numa maior interação entre agentes de ge-ração e de distribuição; além do desenvolvimento econô-mico da região amazônica baseado na sustentabilidade”, relata Mário.

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Ministro do TCU fala sobre contratos e licitações

“Licitações e contratos sob a ótica do TCU” foi o tema de palestra feita pelo ministro do Tribunal de Contas da União – TCU, Benjamin Zynler (foto ao lado), nos dias 27 e 28 de novembro, no auditório da Eletronorte. O evento reuniu cerca de 170 partici-pantes e representantes de outras empresas do Setor Elétrico – Chesf, Eletrobrás, Eletrosul, Furnas, Celesc e Cepel.

O ministro do TCU co-meçou o evento relem-brando o período em que prestou serviços para a Ele-tronorte como engenheiro eletricista, na década de 80. “Tenho um vínculo emo-cional com a Empresa. Até hoje possuo laços afetivos com pessoas da Eletronor-te. É muito bom estar aqui 20 anos depois”, declarou o ministro.

Sobre o tema da palestra, Benjamin Zynler afirmou ser um assunto amplo e desta-cou os principais aspectos teóricos e práticos das licita-ções e contratos. “Construir uma linha de transmissão, por exemplo, tem uma re-lação direta com os proces-sos administrativos, uma vez que o objetivo é sempre al-cançar o interesse público. Os contratos e licitações são

instrumentos onde as em-presas exercem esta compe-tência administrativa”, expôs Benjamin.

O ministro falou sobre a tramitação de um projeto de lei da Comissão de Assun-tos Econômicos do Senado Federal que visa a substituir a Lei 8.666 e a Lei 10.520. “Essa lei vai alterar o campo das licitações, pois vai per-mitir que sejam realizadas em qualquer modalidade por meio da tecnologia da infor-mação, impedindo combina-ções prévias, já que qualquer empresa no território na-cional poderá oferecer uma proposta à Administração Pública. É uma lei que vai de-mocratizar o acesso aos con-tratos administrativos, incen-tivar a expansão do pregão e aumentar a impessoalidade por meio da democratiza-ção do acesso e melhora das condições de compra pelo aumento da competição”, explicou Benjamin.

O superintendente de Su-primento de Material e Servi-ços da Eletronorte, João Pau-lo dos Reis (foto à esquerda), frisou que “a maior impor-tância do evento foi absor-

vermos do ministro do TCU as orientações para melhor conduzirmos os nossos pro-cessos, uma vez que a Ele-tronorte faz uma média de 500 licitações na Sede. É um sentido efetivamente educa-tivo”, afirmou.

GT AquisiçãoO treinamento repre-

sentou também um desdo-bramento das atividades do Grupo de Trabalho Aquisição da Eletrobrás. Participaram da atividade cinco represen-tantes de cada empresa do Setor Elétrico. Para o gerente da área de Elaboração de Edi-tais e também representante da Eletronorte no GT Aqui-sição da Eletrobrás, Júlio Cé-sar Ribeiro (foto ao lado), “é importante que as empresas do Setor construam um pa-drão comum entre elas para evitar problemas com os ór-gãos de auditoria tanto inter-nos quanto externos. O GT Aquisição conseguiu colocar cinco emendas no projeto de lei que objetiva regulamentar a contratação para as empre-sas estatais”.

Já o coordenador do GT Aquisição da Eletro-

brás, Marcos Bezerra (foto acima), comentou que “entre as ações mais importantes em curso está o desenvolvimento do portal de negócios da Ele-trobrás que vai viabilizar uma visão corporativa das com-pras e contratações de todas as empresas da Eletrobrás”.

5 de5agosto de 2008 ano 12 nº 2265 de dezembro de 2008 ano 12 nº 232

X Edao: tecnologia e integração sul-americana

De 9 a 13 de novem-bro, a Eletronorte par-ticipou, em São Paulo,

da décima edição do Encontro para Debates de Assuntos de Operação - Edao, organizado neste ano pela Companhia de Transmissão de Energia Elétri-ca Paulista - CTEEP. Um dos temas de destaque foi a “Inte-gração Elétrica e Energética da América do Sul”, o grande de-safio do setor de transmissão. Na avaliação dos participantes, foi uma oportunidade para de-bater as tecnologias e as pers-pectivas para o setor.

Durante o encontro, cerca de 40 artigos foram apresen-tados e o destaque foi para a alta qualificação técnica e o intercâmbio de novas tecno-logias na gestão da operação. O painel Integração Elétrica e Energética na América do Sul – Perspectivas e Desafios reu-niu como debatedores Ricardo Toledo, da Secretaria de Sane-amento e Energia do Estado

Os participantes do Edao também participaram do mini-curso “Simulações e Avaliação de Segurança em Tempo Real”, ministrado pelos engenheiros eletricistas Jorge Jardim, Carlos Alberto da Silva Neto e Mar-co Aurélio Quadros. O curso abordou desde a origem e evo-

de SP; Hermes Chi-pp, do ONS; Maurí-cio Tolmasquim (foto abaixo), da EPE; Pa-blo Hernán Corre-dor Avella, da XM – Colômbia; Daniel Kaller, da Cammesa – Argentina e Nelson Siffert, do BNDES. Por cerca de três ho-ras, os debatedores discutiram os benefí-cios, as estratégias e os desafios da inter-conexão do sistema no continente sul-americano.

AmazonTech reúne mais de 35 mil pessoas em São LuísEntre os dias 25 e 29 de

novembro, São Luís foi a capi-tal da tecnologia e da susten-tabilidade. Idealizado pelo Se-brae e realizado com o apoio de diversos parceiros - entre eles a Eletronorte - o Ama-zontech 2008 reuniu mais de 35 mil pessoas numa ampla mostra de inovações tecnoló-gicas, difusão de conhecimen-to científico e empreendedo-rismo sobre a Amazônia, com foco no apoio a negócios sus-tentáveis e a ações para for-

Uma das atividades mais es-peradas do evento foi a Vitrine Tecnológica, que encantou mi-lhares de estudantes e compar-tilhou informações para os pe-quenos produtores sobre novas técnicas de plantio e criação de animais, exibindo mais de 150 cultivares e espécies animais de-senvolvidos pela Embrapa, em suas pesquisas pelo país.

NegóciosMais de 200 reuniões entre

100 empresas ofertantes e 19

talecer a auto-sustentabilidade da região.

Durante o evento foram debatidos diversos assuntos re-lacionados ao desenvolvimen-to sustentável da Amazônia, abrangendo aspectos científi-cos, tecnológicos e empresa-riais. No estande da Eletronor-te – que recebeu do Sebrae o Troféu Amigo do AmazonTech 2008 - os visitantes conhece-ram a Empresa e os programas de tecnologia e inovação de-senvolvidos.

compradoras - incluindo estran-geiras de seis países - a Rodada de Negócios superou as metas, gerando expectativas de negó-cios da ordem de R$ 10 mi-lhões. Já a Rodada de Projetos viabilizou a aproximação entre pesquisadores e agências finan-ciadoras nacionais e internacio-nais, gerando financiamentos da ordem de R$ 16 milhões. De acordo com a organização do evento, foi a mais bem sucedi-da Rodada de Projetos das seis edições do Amazontech.

lução da avaliação de seguran-ça em tempo real, ferramentas analíticas de avaliação e apoio à operação, simulações de alto desempenho, métodos de cál-culo de margem de geração e amortecimento, e programa e resultados práticos do Orga-non em sala de controle.