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Núcleo de Tecnologia Clínica Núcleo de Tecnologia Clínica Núcleo de Tecnologia Clínica Núcleo de Tecnologia Clínica © Copyright CEFET/SC 5. PROCESSAMENTO DO FILME 5.1 PRODUTOS QUÍMICOS O processamento de um filme radiográfico, mais comumente chamado apenas de REVELAÇÃO, obedece a quatro etapas distintas de um processo fí- sico-químico complexo. Em cada etapa há a atuação de um conjunto de produtos químicos sobre o filme sensibilizado de forma a tornar visíveis e permanen- tes as alterações produzidas nos cristais de haletos de prata presentes na emulsão. As quatro etapas são: revelação, fixação, lavagem e secagem. Elas estão discriminadas abaixo, e independem se o processa- mento será realizado de forma manual ou automática. (a) (b) (c) Figura 5.1. As transformações físico-químicas do filme para a obtenção da imagem: a) filme vir- gem; b) filme exposto e revelado; c) grãos não sensibilizados são retirados na fixação. 5.1.1. Revelação A etapa de revelação consiste da colocação do filme em uma solução química composta de várias substâncias para que a prata metálica fique enegreci- da e visível, deixando que venha à tona a imagem ainda escondida na película do filme. Cada uma das substâncias que compõem o líquido revelador tem uma função bem definida no processo, e elas são descritas a seguir: Redutor: Responsável pela conversão dos grãos de brometo ou iodeto de prata em prata metáli- ca visível, composta pela fenidona, responsável pela metade ou menor porção de cinza na imagem, e pela hidroquinona, encarregada da produção da porção mais densa (mais escura) da imagem. molécula do revelador Figura 5.2. O revelador só ataca os microcristais que foram expostos, por terem uma degradação na carga elétrica superficial. Ativador: Esse elemento, o Carbonato de Cálcio, possui a função de suavizar e inchar a emul- são, para que o redutor possa ter acesso aos grãos de prata que absorveram radiação. Restritor: O elemento restritor, responsável pela moderação na taxa de revelação é o Brometo de Potássio. Preservativo: Este componente, sulfato de sódio, tem a função de proteger os agentes redutores Tabela 1 – Composição química do revelador e suas funções. SUBSTÂNCIA QUÍMICA FUNÇÃO GERAL FUNÇÃO ESPECIAL Fenidona Produz rapidamente os tons de cinza na imagem Hidroquinona Agentes Redutores Produz lentamente os tons ne- gros e o contraste na imagem Os agentes reveladores convertem os cristais de brometo de prata expostos em prata metálica negra Carbonato de sódio Ativador Inchar e suavizar a emulsão para que os agentes redutores possam atingir os grãos expostos. Proporciona a alcalinidade necessária para os agentes redutores Brometo de potássio Restritor Evita que os agentes redutores produzam velamento Sulfato de sódio Preservativo Evita a oxidação rápida dos agentes reveladores Água Solvente Líquido para dissolver os produtos químicos

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5. PROCESSAMENTO DO FILME

5.1 PRODUTOS QUÍMICOS

O processamento de um filme radiográfico, mais comumente chamado apenas de REVELAÇÃO, obedece a quatro etapas distintas de um processo fí-sico-químico complexo. Em cada etapa há a atuação de um conjunto de produtos químicos sobre o filme sensibilizado de forma a tornar visíveis e permanen-tes as alterações produzidas nos cristais de haletos de prata presentes na emulsão. As quatro etapas são: revelação, fixação, lavagem e secagem. Elas estão discriminadas abaixo, e independem se o processa-mento será realizado de forma manual ou automática.

(a) (b) (c) Figura 5.1. As transformações físico-químicas do

filme para a obtenção da imagem: a) filme vir-gem; b) filme exposto e revelado; c) grãos não

sensibilizados são retirados na fixação.

5.1.1. Revelação

A etapa de revelação consiste da colocação do filme em uma solução química composta de várias substâncias para que a prata metálica fique enegreci-da e visível, deixando que venha à tona a imagem ainda escondida na película do filme. Cada uma das

substâncias que compõem o líquido revelador tem uma função bem definida no processo, e elas são descritas a seguir:

Redutor: Responsável pela conversão dos grãos de brometo ou iodeto de prata em prata metáli-ca visível, composta pela fenidona, responsável pela metade ou menor porção de cinza na imagem, e pela hidroquinona, encarregada da produção da porção mais densa (mais escura) da imagem.

molécula do

revelador

Figura 5.2. O revelador só ataca os microcristais que foram expostos, por terem uma degradação

na carga elétrica superficial. Ativador: Esse elemento, o Carbonato de

Cálcio, possui a função de suavizar e inchar a emul-são, para que o redutor possa ter acesso aos grãos de prata que absorveram radiação.

Restritor: O elemento restritor, responsável pela moderação na taxa de revelação é o Brometo de Potássio.

Preservativo: Este componente, sulfato de sódio, tem a função de proteger os agentes redutores

Tabela 1 – Composição química do revelador e suas funções.

SUBSTÂNCIA QUÍMICA FUNÇÃO GERAL FUNÇÃO ESPECIAL

Fenidona Produz rapidamente os tons de cinza na imagem

Hidroquinona

Agentes Redutores Produz lentamente os tons ne-

gros e o contraste na imagem

Os agentes reveladores convertem os cristais de brometo de prata expostos em prata metálica negra

Carbonato de sódio Ativador Inchar e suavizar a emulsão para que os agentes redutores possam atingir os grãos expostos. Proporciona a alcalinidade necessária para os agentes redutores

Brometo de potássio Restritor Evita que os agentes redutores produzam velamento Sulfato de sódio Preservativo Evita a oxidação rápida dos agentes reveladores

Água Solvente Líquido para dissolver os produtos químicos

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24 Parte 4 – FILME RADIOGRÁFICO E PROCESSAMENTO

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contra a oxidação, resultante de seu contato com o ar e reduzir a ação dos agentes de oxidação.

Endurecedor: O endurecedor, o gluteraldeí-do, retarda o inchaço da emulsão de forma a não pre-judicar o transporte do filme pelos rolamentos da processadora automática durante o processo de reve-lação.

Água: É o elemento solvente da solução, ou seja, aquele que ajuda a diluir a concentração dos produtos e ajuda no transporte dos elementos quími-cos até o contato com os microcristais.

Todos estes 6 produtos que fazem parte do

líquido revelador possuem cada um sua função espe-cífica no sucesso da transformação da imagem laten-te me imagem visível. No entanto, mesmo com a pre-sença do elemento restritor, deve-se cumprir exata-mente o tempo necessário para o processo de revela-ção. Se o tempo for excedido, mesmos que em pou-cos segundos, os microcristais não expostos serão também atingidos pelos agentes redutores. Neste ca-so, a imagem começará a ser tornar mais escura do que deveria, com mais borramento e menor nitidez.

5.1.2. Fixação

A segunda etapa a ser cumprida é a de fixa-ção, realizada em seqüência após a revelação, onde o filme deve ser imerso totalmente para que ocorra o processo. O líquido fixador tem por função criar uma barreira protetora sobre a imagem para que ela não sofra a ação do tempo e possa, então, ser manipulada sem qualquer cuidado especial pelo técnico, pelo ra-diologista e pelo próprio paciente. O líquido fixador, como também era o revelador, é composto na reali-dade por uma mistura de 5 produtos químicos dife-rentes. Cada um desses produtos e suas funções estão relatados a seguir:

Neutralizador: O ácido acético é o responsá-vel pela interrupção da ação do revelador que fica em atividade na emulsão após o filme abandonar o reci-piente que contém esse produto (revelador). Isto é fundamental para que o filme não se torne super-revelado e ocorra o seu velamento.

Produto de limpeza: A retirada dos grãos

não sensibilizados da emulsão deve ser feita por um elemento que não reaja com os grãos enegrecidos. Esse elemento é o Triossulfato de Amônia ou de Só-dio. A prata se acumula na solução fixadora e pode ser recuperada por um processo de eletrodeposição em uma superfície metálica.

Preservativo: Possui a mesma função do pre-servativo da solução reveladora, agindo, agora, sobre o fixador para evitar sua oxidação e reduzir sua ativi-dade.

Endurecedor: Tem a função de contrair e endurecer a emulsão e é composto de Cloreto de A-lumínio.

Água: É o elemento solvente da solução, ou seja, aquele que ajuda a diluir a concentração dos produtos, transporta os elementos químicos até o contato com os microcristais e depois ajuda a carre-gar os microcristais não expostos para fora da região da imagem.

O tempo destinado a etapa de fixação tam-bém deve ser controlado. Não é tão rígido quanto o tempo de revelação, mas também não deve ser ultra-passado para que o agente fixador não acabe atacan-do a prata enegrecida, destruindo a imagem.

5.1.3. Lavagem

Esta etapa consiste da retirada da solução fi-xadora e é muito importante, pois o triossulfato de amônia não pode permanecer sobre o filme. Se o processo fosse interrompido sem a lavagem, com o passar do tempo ocorreria uma reação com o nitrato de prata e o ar, fazendo com que o filme adquirisse uma coloração marrom-amarelada. A vida útil do filme processado é determinada pela concentração de triossulfato de amônia retida no filme, não podendo exceder 4,6 mg/cm2.

5.1.4. Secagem

A etapa final do processo de revelação é a de secagem, quando o filme é submetido à circulação de ar quente sobre sua superfície, tornando-o apto para ser examinado pelo radiologista, responsável pelo

Tabela 2 – Composição química do fixador e suas funções

SUBSTÂNCIA QUÍMICA FUNÇÃO GERAL FUNÇÃO ESPECIAL Triossulfato de amônia Agente fixador Elimina os cristais de brometo de prata não expostos

Ácido acético Neutralizador Determina a suspensão da revelação, neutralizando o revela-dor. Fornece a acidez requerida

Sulfato de sódio Preservativo Mantém o equilíbrio químico entre as substâncias no fixador. Cloreto de alumínio Endurecedor Contrai e endurece a emulsão

Água Solvente Líquido para dissolver os produtos químicos

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laudo acerca do seu objeto de estudo. Quando não disponível o ar quente, pode-se simplesmente deixar o filme radiográfico com a colgadura pendurado, como num varal de roupas, afim de que a água escor-ra pela ação da gravidade. Por fim a umidade final se evaporará se a câmara escura tiver seu nível de umi-dade controlado.

Embora não seja uma etapa necessária em termos de processo de revelação da imagem radiográ-fica, ela se faz muito útil, pois seria inconveniente o técnico manipular o filme radiográfico enquanto ele ainda está molhado. O tempo de secagem não tem nenhum limite, deve-se apenas tomar cuidado com a temperatura que não deve ser muito elevada para não danificar a gelatina e a camada protetora do filme.

5.2 EXERCÍCIOS

1. Por que a solução reveladora é composta de 6 químicos distintos?

2. Como age o revelador em relação aos haletos de prata?

3. O que aconteceria se o técnico pulasse a etapa de fixação? Como ficaria o filme e a imagem?

4. Por que a solução fixadora tem cheiro de vinagre?

5. Por que a água está presente em 3 das 4 etapas do processamento?

6. Qual a finalidade da etapa de lavagem?

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6. PROCESSAMENTO MANUAL

6.1 INTRODUÇÃO

O preparo das soluções químicas para pro-cessamento dos filmes deve ser realizado em sala especial, longe das áreas de armazenagem e mani-pulação dos mesmos. Muitos danos podem ser cau-sados às películas e às imagens finais quando o pre-paro das soluções é realizado no mesmo ambiente, o que dá margem a contaminações diversas.

O advento de soluções processadoras líqui-das cujo procedimento de preparo para uso se limita à diluição e mistura, reduziu sensivelmente os ris-cos de contaminação. Nos casos onde ainda se em-pregam matérias-primas em pó, um cuidado extra deve ser tomado para evitar que partículas dispersas no ar, venha a se depositar sobre as superfícies da mesa e dos tanques, causando transtornos.

A sala de preparação das soluções deve ter, como condição essencial, um adequado sistema de ventilação, para eliminar partículas ou gases que se desprendem durante o preparo das mesmas. As so-luções devem ser usadas de acordo com as instru-ções, para se obter as imagens mais informativas permitidas pelo alto nível de qualidade dos filmes e das próprias técnicas aplicadas.

6.2 PROCESSAMENTO DOS FILMES

Basicamente, o processamento químico tem como objetivo transformar a imagem latente invisí-vel, formada durante o processo de exposição do filme, em imagem visível de prata metálica, de forma que esta imagem seja a mais representativa possível das estruturas da região do corpo humano radiografado.

O processo é composto, basicamente, de cinco etapas para o processo manual:

1. Revelação 2. Banho interruptor 3. Fixação 4. Lavagem 5. Secagem A REVELAÇÃO é a fase do processamento

na qual se dá a formação da imagem propriamente dita. Na FIXAÇÃO, os cristais que não receberam luz e portanto não possuem a imagem latente (não fo-ram atacados pelo revelador) são dissolvidos e eli-minados da camada de emulsão. Os subprodutos de fixação e outras substâncias solúveis indesejáveis, são em seguida, retirados da camada por meio da LAVAGEM, com o uso de água corrente filtrada. Após isso, o filme é submetido à SECAGEM para a retirada do excesso de água, deixando o filme apto para o manuseio pelo médico radiologista para di-agnóstico.

Enquanto apenas o processo de revelação produz a imagem visível, as outras etapas tem a função de apenas retirar os produtos indesejáveis da emulsão do filme, com o objetivo de ao final do processo, restar apenas a imagem de prata em con-dições de não sofrer mais qualquer deterioração.

6.3 REVELAÇÃO

O processo de revelação é caracterizado pe-la decomposição seletiva dos cristais de haleto de Prata formando os aglomerados de prata metálica, pela ação de uma substância apropriada - o AGENTE REVELADOR. O agente revelador é uma das subs-tâncias que compõem o que se conhece por solução reveladora. Além da capacidade de transformar os cristais fotosensíveis em aglomerados de prata me-tálica, pretos, a seletividade dos reveladores, ou se-ja, a capacidade de discriminar os grão expostos dos não expostos, é essencial para seu bem sucedido emprego no processamento radiográfico.

Apesar da alta seletividade de muitos agen-tes reveladores, muitos cristais não expostos sofrem também o ataque químico, vindo a depositar prata em áreas onde não houve a incidência de luz (áreas sem exposição), o que provoca o aparecimento de uma densidade de cinza indesejável, conhecida co-mo fog, ou penumbra.

O fog torna-se, então, um dos fatores de-terminantes na escolha dos agentes reveladores mais adequados a cada filme, sua concentração, tempo e temperatura de tratamento. Os agentes re-veladores têm, também influência direta sobre ca-

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racterísticas importantes da imagem final, como granulosidade e nitidez.

O processo de revelação é, basicamente, uma reação química, na qual atuam também meca-nismos de natureza físico-química. Quando o filme é mergulhado na Solução Reveladora, as camadas que formam tanto a emulsão quanto a proteção, so-frem um entumescimento (um aumento na espessu-ra ao absorverem a solução). Nesse momento, en-tão, formam canais entre as camadas de macromo-léculas que formam a gelatina das camadas. Devido a fatores de natureza eletroquímica, as moléculas dos agentes reveladores se deslocam através das camadas, atingindo os cristais. Estes ficam como que revestidos por uma camada de moléculas de revelador, sendo que esse contato com a superfície dos cristais recebe o nome de adsorção.

Os cristais são constituídos de íons (átomos com falta ou excesso de elétrons). O cristal de Bro-meto de Prata, por exemplo, é constituído por íons negativos de Brometo, Br-, e íons positivos de Prata, Ag+, ligados em grande número entre si, formando a chamada rede cristalina.

A ação básica de cada molécula do agente revelador consiste na sua capacidade de transmitir um elétron para a rede cristalina. Cada elétron deve ser absorvido pelos íons de prata que, por terem um elétron a menos, são tornados neutros, formando o chamado átomo de prata metálica, Ag0. Desse mo-do, a reação característica da revelação pode ser representada, na sua forma fundamental, como: Ag+ + e- →→→→ Ag0 carga positiva elétron cedido átomo de no cristal pelo revelador prata metálica

Existem hoje várias teorias propostas sobre o que realmente acontece com as substâncias duran-te o processo da revelação, porém apenas algumas são cientificamente aceitas. Porém, já é consenso que o processo tem início nos núcleos de Imagem Latente, formados durante a exposição do filme à radiação X.

Antes da revelação, os cristais estão reves-tidos pela chamada barreira de potencial formada pelos íons negativos de Brometo. Por esta condição, os íons dificultam a ação do revelador durante a transferência de elétrons para o cristal, como indi-cado na reação química acima. Entretanto, a exis-tência dos núcleos de Imagem Latente na superfí-cie dos cristais, causa uma redução da barreira nes-tes pontos, permitindo então a entrada do elétron cedido pelo revelador.

A transferência dos elétrons do revelador para o cristal, mais precisamente para o íon de Pra-ta, é conhecido em Química como Redução (ganho de elétrons). Com a redução, o íon de Prata volta a ser átomo de Prata metálica. Por sua vez, cada mo-

lécula do revelador sobre uma redução (perda de elétrons), tornando-se inativa, ou seja, perdendo sua função de revelação.

As moléculas oxidadas do revelador devem, pois, deixar a camada de emulsão, passando para a solução circundante, sendo substituídas por outras moléculas ativas até que se consiga que os milhões de íons de Prata da emulsão sejam reduzidos a áto-mos de Prata metálica, formando pois, os aglome-rados. Cada aglomerado constituirá, então um mi-núsculo ponto preto de imagem na área do filme radiográfico que havia sido exposto. Em contrapar-tida, os milhões de íons de Brometo são transporta-dos para a solução.

Ao final da Revelação, as áreas do filme ra-diográfico onde houve incidência de luz durante a Exposição contêm agora pontos pretos que são os aglomerados de Prata metálica, enquanto que a so-lução reveladora inicial, possui apenas uma grande quantidade de moléculas inativas, provenientes do revelador oxidado, juntamente com milhões de íons de Brometo em solução. Como as moléculas do revelador se inativam, ou sejam, perdem a ação, com o desenvolver das várias revelações processadas no dia ou na semana, ocorre um enfraquecimento no poder e velocidade da solução. Costuma-se dizer, então, que o Revelador está esgotado ou cansado.

6.4 BANHO INTERRUPTOR

A maneira mais apropriada para interrom-per o processo de revelação no momento exato, e com isso evitar que cristais não sensibilizados pela luz da écran sejam também reduzidos, é a aplicação de uma solução ácida sobre o filme radiográfico. Esta etapa é conhecida como Banho Interruptor ou de Parada, porque neutraliza o revelador, que tem características alcalinas, e que continua presente na camada de emulsão.

Outra função do Banho ácido é o prolon-gamento da vida útil do fixador, pois evita que o revelador contido na emulsão seja adicionado ao tanque de fixador, contaminando-o. Quanto não é utilizado o banho interruptor, a solução reveladora alcalina é misturada ao fixador, diminuindo sua vi-da útil e eficiência.

O ácido mais utilizado nos banhos de para-da é o ácido acético (vinagre). No caso de proces-samentos manuais, em geral uma solução de ácido acético a 3% é fundamental para estender a durabi-lidade do fixador aos seus valores nominais.

Nas processadoras automáticas não se em-prega o banho de parada. Neste caso, existe a mi-

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PROCESSAMENTO MANUAL 29

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nimização da parcial neutralização do fixador pelo revelador arrastado pelo filme em movimento atra-vés do processo de reforço, onde as soluções são continuamente renovadas.

Alguns cuidados com o banho de parada são importantes. Ele deve ser substituído assim que apresentar alguma coloração ou depósito de resí-duos. Para que sua vida útil seja prolongada, o fil-me, assim que for retirado do revelador, deve ser deixado na vertical, suspenso, para escorrer o ex-cesso de revelador da emulsão. Este tempo de espe-ra deve ser incluído como tempo de revelação.

Enquanto o tempo de permanência do filme sob ação da solução reveladora é muito crítico, ne-cessitando um controle preciso, o tratamento com banho de parada não o é. A imersão por 30 segun-dos é o suficiente para a neutralização do revelador.

6.5 FIXAÇÃO

Ao ser retirado da solução reveladora, ao final do tempo previsto, o filme radiográfico já con-tem, no interior da camada de revestimento, a ima-gem visível de prata. Entretanto, junto com a ima-gem revelada, permanecem cristais que não tendo sido expostos, não foram afetados pelo revelador. Estes cristais dão à superfície do filme uma aparên-cia leitosa, além de manter o filme opaco. Assim, estes cristais devem ser retirados da camada, pois além disto, sua exposição contínua à luz ambiente durante o diagnóstico, faria com que fossem, ao longo do tempo, decompostos em prata e brometo, enegrecendo toda a imagem.

Os cristais de haleto de prata remanescentes na camada de emulsão após a revelação são pouco solúveis em água e, portanto, não podem ser remo-vidos com uma simples lavagem. Por isso, o filme deve ser tratado por imersão em uma solução fixa-dor. A função deste agente fixador é atacar os cris-tais não expostos à luz da ècran e dissolvê-los, ao reagir com os íons de prata formando novas molé-culas, muito solúveis em água, que poderão, então, ser facilmente eliminadas pelo procedimento de lavagem.

Um dos agentes mais empregados no pro-cesso de fixação é o Tiossulfato de Sódio ou de Amônio. É comum ainda, o emprego de agentes endurecedores na formulação das soluções fixado-ras, pois na revelação, as camadas de gelatina do revestimento do filme, ao absorverem as soluções químicas, sofrem entumescimento e amolecem, fi-cando suscetíveis a danos mecânicos. A ação dos endurecedores é, pois, importante para aumentar a

resistência das camadas tornado-as capazes de su-portar a manipulação. Um dos agentes mais utiliza-dos para este fim costuma ser o alúmen de potássio.

6.6 LAVAGEM

A lavagem com água corrente está incluída no processamento radiográfico com a finalidade de remover reagentes e sais dissolvidos acumulados nas camadas de emulsão nos tratamentos anteriores, cuja permanência nela, pode afetar adversamente a estabilidade e aspecto final da imagem.

Em particular, a principal função da lava-gem é a de remover restos de complexos solúveis formados na fixação. Geralmente, a lavagem usan-do água corrente com temperatura à cerca de 20 oC, por 30 minutos é a mais recomendada, especial-mente quando todas as características físico-químicas das camadas, como o entumescimento, são levadas em consideração, embora sabe-se que as taxas de remoção desses complexos solúveis au-menta como o aumento da temperatura.

Uma lavagem mal feita pode não apresentar de imediato seus efeitos negativos e até meses po-dem passar até se notar a degradação da imagem. Uma lavagem eficiente e adequada, portanto, tem destacada influência na estabilidade das imagens finais, tendo em vista que na radiologia, os filmes devem ser armazenados e preservados para servi-rem como documentação do diagnóstico.

6.7 SECAGEM

A última etapa do processamento radiográ-fico é a secagem. O filme deverá ficar suspenso pe-la colgadura durante uns 20 minutos até que toda a água tenha escorrido e o filme possa então ser ma-nipulado livremente. Em serviços radiológicos onde o volume de exames for muito grande, pode-se uti-lizar um armário fechado de secagem. Neste armá-rio, além de haver uma proteção contra pó e aciden-tes com produtos químicos (respingos), normalmen-te há circulação de ar feita por um ventilador. Este ar pode ser ainda aquecido por uma resistência, o que diminui ainda mais o tempo de secagem e libe-ração do exame para diagnóstico médico.

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30 Parte 4 – FILME RADIOGRÁFICO E PROCESSAMENTO

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6.8 TEMPERATURA X TEMPO

A taxa de revelação, isto é, a taxa de forma-ção da imagem visível, através do aumento da den-sidade ou do grau de escurecimento das áreas ex-postas dos filmes radiografados, geralmente aumen-ta com o aumento da temperatura. Seu controle a-tento é de grande importância para a estabilidade dos resultados e manutenção dos altos níveis de resposta do filme.

O tempo de revelação está intimamente re-lacionado com a temperatura. Assim sendo, para um determinado resultado fixo (valores de densida-de) se, por exemplo, para uma determinada combi-nação de temperatura e tempo, houver o aumento da temperatura, o tempo deve ser diminuído propor-cionalmente, dentro de certos limites. Normalmente as revelações manuais são realizadas segundo o chamado Principio de Temperatura-e-Tempo, no qual os valores para esses dois fatores são padroni-zados. Este é o procedimento mais científico e per-mite a obtenção das vantagens decorrentes do uso de um método padronizado, possibilitando a com-paração de resultados de boa exatidão. Portanto, deve ser o método adotado para o processamento manual rotineiro nas instituições de radiologia.

Contudo, este método requer o estremado controle da temperatura em um valor sempre cons-tante quando as películas são reveladas:

Tempos típicos para revelação a 20 oC • Filmes expostos com ècran: 3 minutos • Filmes expostos sem ècran: 5 minutos

O contraste pode ser aumentado se os tem-pos forem elevados para 5 minutos e 8 minutos, respectivamente.

Tempos típicos para fixação a 20 oC • Filmes expostos com ècran: 5 minutos • Filmes expostos sem ècran: 10 minutos

Outro método freqüentemente empregado

nos Serviços Radiológicos é a chamada Revelação-por-Inspeção, na qual se faz, durante o procedimen-to de revelação, uma inspeção visual da Densidade da Imagem, erguendo-se ao filme do banho de reve-lação de vez em quando. O resultado decorrente deste método depende apenas do julgamento visual do laboratorista. Por apresentar variáveis que de-pendem da avaliação pessoal, além das condições de iluminação, o método não permite a comparação exata dos resultados obtidos por diferentes laborato-ristas, devendo ser substituído, portanto, pelo pro-cedimento anteriormente citado, por ser mais exato.

6.9 AGITAÇÃO

A agitação constitui um fator importante no Processamento Radiográfico e sua influência pode ser melhor compreendida, partindo-se de uma situa-ção em que ela não é aplicada. Durante a revelação, por exemplo, os agentes reveladores (e, em seguida, o fixador) penetram na camada de gelatina e depois de agir, saem da mesma, vindo a permanecer pró-ximos à superfície das áreas onde reagiram. Estes locais, principalmente nas regiões de maior exposi-ção , ficam com grandes concentrações de produtos inativos, prejudicando o desenvolvimento das novas reações. Isto não é desejável, principalmente para a etapa de revelação pois entre os produtos que per-manecem junto à superfície estão os íons de Brome-to, que, como se sabe, são inibidores do processo, retardando-o. Entretanto, se a solução for agitada, esses produtos serão afastados, sendo distribuídos pela solução, permitindo então a penetração de mo-léculas ativas do revelador junto aos íons de prata e, ao mesmo tempo, deixando que as moléculas inati-vas saiam após a reação. Desta forma, obtém-se uma maior eficiência no desenvolvimento dos pro-cessos, inclusive com ganho de tempo.

Com a agitação, tanto as densidades quanto o contraste da imagem aumentam. Por outro lado, uma agitação muito violenta é desaconselhada pois podem levar ao aumento da taxa de ação da solu-ção, pode levar à mistura do revelador com o ar, o que provoca sua oxidação, inutilizando-o mais rapi-damente.

Por seu lado, a taxa de fixação da emulsão radiográfica, ou seja, a taxa de formação dos com-plexos solúveis de prata a partir dos cristais não ex-postos também é influenciada por fatores físico-químicos. Podemos citar dois fatores que mais in-fluem a eficiência do processo de fixação:

• agitação, pois permite a contínua renova-ção do agente fixador em contato com a camada de gelatina, afastando os complexos formados nas rea-ções químicas, permitindo então a contínua entrada de agente novo e ativo;

• concentração da solução fixadora, uma vez que o agente fixador é consumido no processo, ao formar os complexos solúveis com a prata e que se acumulam na solução, diminuindo sua atividade.

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PROCESSAMENTO MANUAL 31

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6.10 PREPARO DAS SOLUÇÕES

6.10.1. Revelador

As soluções reveladoras são fornecidas em partes. Uma delas costuma conter o Agente Revela-dor (ou agente redutor, para a decomposição dos cristais de haleto de prata expostos, formando a-glomerados de prata metálica de imagem) e o Agente Preservativo (cuja principal função é a de diminuir a perda de atividade do revelador por reação com o oxigênio do ar). A outra parte contém o Agente Alcalino (para prover o valor de pH suficiente para levar o revelador a um estado de ativação apropriado) e o Brometo (ou Agente de Restrição, que entre outras propriedades atua no sentido de diminuir o fog da revelação, diminuindo a possibilidade de ataque a cristais não expostos).

Com essa subdivisão, o revelador fica mais protegido da oxidação aérea e se conserva melhor antes da preparação para uso.

6.10.2. Preparação da Solução Reveladora

Para produtos da marca BRAF (revelador XRM), diluir o conteúdo do frasco maior, solução A, com três partes iguais de água (1+3). Agitar cui-dadosamente, evitando misturar com o ar, para completa homogeneização. Adicionar o conteúdo do frasco menor, parte B, e misturar bem.

6.10.3. Fixador

A exemplo dos reveladores, as soluções químicas para Fixação das películas reveladas tam-bém são fornecidas em partes, para mistura e dilui-ção. Geralmente uma das partes contém o Agente Fixador para dissolver os cristais não expostos que permanecem nas camadas de gelatina dos filmes revelados e uma outra contendo o Agente Endure-cedor, para controlar o entumescimento, isto é, o aumento da espessura e volume das camadas, du-rante o processamento, ao absorverem as soluções.

6.10.4. Preparação da Solução Fixadora

Para produtos da marca BRAF (fixador XFM), diluir o conteúdo do frasco maior, solução A, com três partes iguais de água (1+3). Agitar cui-dadosamente, evitando misturar com o ar, para completa homogeneização. Adicionar o conteúdo do frasco menor, parte B, que contém o endurece-dor e misturar bem. Nunca misturar o conteúdo do

frasco menor (parte B) diretamente no conteúdo do frasco maior (parte A), ou seja, sem diluir em água.

6.10.5. Agitação no preparo

Durante a mistura dos componentes quími-cos que darão origem as soluções reveladora e fixa-dora, o técnico deve ter muita calma e tomar muito cuidado no momento em for realizar a agitação das soluções. Se a agitação ocorrer de forma muito rá-pida ou violenta, ocorrerá uma oxidação muito rá-pida da solução, reduzindo a vida útil e sua eficiên-cia. Por isso, não se deve mexer a espátula de forma circular (como fazemos num copo ou xícara), pois isso cria um redemoinho que agita de mais a solu-ção, não é eficiente na mistura e, muitas vezes per-mite a entrada de ar ao criar bolhas.

A forma correta de se mexer a solução é re-alizando movimentos para baixo e para cima, garantindo assim que o líquido no fundo do tonel possa deslocar-se para cima e vice-versa. Se possível, o técnico deve utilizar, ao invés da espátula, um agitador especial, apresentado na figura 6.1. Com seus furos na base, a solução consegue ser melhor agitada ao se realizar os movimentos para cima e para baixo.

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Figura 6.1. Agitador recomendado para a mistu-

ra das soluções.

6.11 REFORÇO

Evidentemente, o uso constante da substân-cia reveladora faz com que haja um desgaste de sua atividade, tanto por consumo do agente de revela-ção na transformação dos haletos de prata expostos ou devido à ação do agente retardador, que produz acumulação de agentes reativos na revelação. Essa diminuição de atividade depende da quantidade de filmes revelados e de sua densidade média.

Mesmo que o revelador não seja utilizado, sua atividade diminui com o tempo, devido à ação de oxidação do agente revelador pelo ar. Pelo ex-posto, fica claro que uma reposição de produto deve ser levada a efeito, no decorrer de seu uso, para a manutenção da atividade da solução, de forma que parâmetros como sensibilidade e contraste do filme em uso.

A técnica adequada é manter o volume da

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solução em um nível adequado, pela adição de pro-duto novo, com agitação vigorosa para uniformiza-ção da mistura. O reforço de solução não deve ser feito indefinidamente, sendo que, ao final de três meses, a mesma deve ser jogada fora e trocada por outra, com lavagem dos tanques, pois com o tempo, ocorre acúmulo de gelatina e impurezas dos meca-nismos, que acabam se infiltrando no produto de revelação e alterando seu desempenho.

6.12 EXERCÍCIOS

1. Quais são as etapas no processamento manual?

2. Por que as soluções reveladora e fixa-dora não são vendidas prontas?

3. Qual a influência da temperatura no processamento do filme?

4. Como deve ser feito a agitação da solu-ção na hora do preparo?

5. O que é o reforço?

6.13 PROCESSAMENTO PASSO A PASSO

A seguir, os passos necessários para se realizar a revelação manual do filme radiográfico, retirado do livro Fundamentos de Radiografia da Kodak.

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7. PROCESSAMENTO AUTOMÁTICO

7.1 INTRODUÇÃO

A utilização das processadoras automáticas na Técnica Radiográfica tornou-se possível com o aperfeiçoamento das propriedades e características dos filmes radiográficos, tornado-os capazes de su-portar as condições de processamento mais enérgi-cas, inclusive mecânicas, com tempos menores de revelação e fixação e sob condições de temperatura aceitáveis.

Figura 7.1. Primeira processadora automática fa-

bricada em 1942. O maior desafio foi o entumescimento da ge-

latina das camadas de revestimento das películas. Ocorre que quando o filme é submerso nas soluções, ele absorve os líquidos, aumentando a espessura e volume da emulsão e, consequentemente, provocan-do um amolecimento da mesma. O grau de entumes-cimento é tanto maior quanto maior for a temperatura de revelação e a alcalinidade da solução reveladora.

O uso do agente endurecedor visa justamente contro-lar este amolecimento.

Quando o filme é transportado pelos rolos da processadora, através dos tanques com as soluções, as camadas entumescidas correm o risco de serem danificadas, provocan-do danos à imagem. O problema foi contorna-do com o desenvolvi-mento de soluções re-veladoras contendo a-gentes mais ativos, temperaturas médias em torno de 35 oC e agentes endurecedores para o adequado controle do entumescimento.

O processamento automático da revelação de filmes radiográficos trouxe grandes vantagens para os Serviços Radiológicos, como a importante diminuição dos tempos, índices de eficiência maio-res, aumento na segurança do trabalho na câmara escura, condições operacionais padronizadas e mais estáveis, bem como a melhoria das condições de limpeza do ambiente. Como conseqüência dessas e de outras vantagens, o emprego das Processadoras Automáticas vem crescendo significativamente.

7.1.1. Vantagens do processo automático

Das muitas vantagens que o processamento automático acarreta, justificando seu uso generaliza-do nos Serviços de Radiodiagnóstico, podemos des-tacar:

1. significativa melhora na qualidade das radiografias;

2. maior rapidez na obtenção dos filmes processados, economizando tempo pre-cioso na espera dos resultados;

3. diminuição das possibilidades de conta-minação por soluções químicas na câma-ra escura, bem como diminuição de erros devidos a manipulações inadequadas, muito comuns nos processo manual;

4. Treinamento dos operados mais simples

Figura 7.2. Processadora automática Kodak M35

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e rápido, o que diminui custos; 5. Aumento da produtividade e eficiência

do serviço radiológico.

7.1.2. Cuidados com o processo automático

Existem algumas diferenças a serem conside-radas quando se fala em revelação automática no que se refere aos produtos químicos usados no processo. Isto se deve ao fato de que as características desse processo, com relação à velocidade, fixação da ima-gem, dilatação da emulsão e secagem mais rápida diferem um pouco do processo manual.

Quando em processo de revelação automáti-ca, o filme fica sujeito a circunstâncias de umidade que o torna escorregadio, podendo provocar um atra-so no dispositivo de transporte (rolos de tracionamento) e permitindo que haja a superposição de outros filme que estejam “na fila” de revelação, por exemplo. Pode ainda ocorrer do filme tornar-se “pegajoso” em excesso e ficar grudado nos rolos, além da possibilidade de surgir danos à emulsão (no caso desta estar muito “macia”) pela ação de transporte dos mesmos.

Uma diferença das substâncias químicas uti-lizadas na revelação automática é a utilização de uma substância química endurecedora tanto no revelador quanto no fixador para que se mantenha a espessura e a aderência dentro de limites aceitáveis para que não interfiram no processo de transporte. Além disso, o filme deve ser revelado rapidamente para que o pro-cesso não seja um fator de atraso em um Departa-mento de Radiologia. Isto é obtido pelo aquecimento da solução do revelador-endurecedor, sendo sua do-sagem rigorosamente balanceada pela máquina para que a proporção entre eles permita um tempo exato de revelação, dependendo do tipo de filme usado.

De grande influência no processo é a etapa de fixação, que interfere na qualidade da imagem ge-rada, considerando que a ação da fixador é responsá-vel pela retirada dos grãos não revelados, devendo esta ser muito rápida. Ao fixador é adicionado um produto endurecedor para que, durante processo de lavagem, não haja dano físico à emulsão. Todo este processo é cuidadosamente controlado pela máquina, que tem acesso aos tanques de químicos, transpor-tando-os para dentro da máquina em proporções ade-quadas e com temperatura controlada.

No que se refere à vida útil das soluções, esta é afetada por vários fatores tais como: temperatura, exposição ao ar e ritmo de consumo. Em serviços que trabalham com um grande volume de revelação diá-ria, a solução tende a durar mais tempo. Dependendo das condições de controle dos químicos envolvidos no processo, as soluções podem ser usadas até 3 me-ses ou em revelações de até 50.000 filmes de tama-

nhos variados, após o que os tanques devem ser es-vaziados, limpos e preenchidos com soluções novas, seguindo-se as recomendações do fabricante.

7.2 PROCESSADORA AUTOMÁTICA

Uma processadora automática típica é basi-camente constituída por um conjunto de tanques se-qüenciais de processamento, através dos quais as pe-lículas são transportadas, por meio de 4 conjuntos de rolos, chamados Racks, um para cada tanque. Os ro-los podem ser acionados eletricamente ou por meio de engrenagens ou fusos sem-fim. Os quatro racks correspondem as 4 fases de processamento do filme radiográfico: revelação, fixação, lavagem e secagem.

Figura 7.3. Estrutura básica de uma processado-

ra automática.

Figura 7.4. Rolos de tracionamento do filme. Veja

do lado direito as alças com cores distintas (branca, vermelha e azul) que indicam os três

tanques de processamento. Uma característica importante na avaliação

de desempenho de uma processadora automática é o chamado Tempo-Seco-a-Seco. Esta medida represen-

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ta o tempo necessário para que o filme exposto, seco, seja introduzido na processadora, e possa, após o processamento, ser retirado do outro lado, revelado e seco. Na maioria das processadoras comerciais, este tempo está entre 2 e 3 minutos.

Um fator de extrema importância sobre o processamento automático é a capacidade dos tan-ques de químicos. Enquanto os tanques de processa-mento manual são da ordem de 100 litros, as máqui-nas automáticas trabalham com tanques de revelador de 7 litros, fixação de 6 litros e com o tanque de la-vagem de 6 litros. Os tanques de pequena capacidade se justificam pelo problema do espaço físico, além da eficiência em se manter a temperatura das soluções constantes. Deve-se lembrar que apenas o filme será submerso neles, não necessitando espaço para a col-gadura, nem para a agitação feita pelo técnico. Em contrapartida, à medida que os filmes vão sendo pro-cessados, pela diminuta quantidade de cada solução, as mesmas sofrem o esgotamento ou enfraquecimen-to de sua capacidade ativa mais rapidamente.

Figura 7.5. Detalhe dos tanques internos da pro-cessadora, sem os rolos. Na ordem da esquerda

para a direita: água (branco), fixador (vermelho) e revelador (azul).

Para que se consiga manter a atividade das

soluções em um nível constante durante os vários processamentos de um dia, ou mesmo de uma sema-na, de trabalho é necessário utilizar-se da técnica de REFORÇO ou REGENERAÇÃO. A técnica de REGENE-RAÇÃO (replenishing, em inglês) consiste em ter-se um tanque de solução externo à processadora, de maior capacidade (100 a 150 litros), o qual, através de uma bomba hidráulica, irá substituir a fazer com que haja uma troca do químico de processamento com o químico de reserva, à fim de que a solução esteja sempre em boas condições de uso. A razão de substituição dos líquidos na processadora é de 48 a 56 litros por hora, mas depende muito do tamanho do filme revelado (pois o filme também absorve solução e carrega consigo), do enegrecimento médio de cada

um, além das recomendações dos fabricantes da pro-cessadora, do químico e do filme.

(a)

(b) (c) Figura 7.6. Rack (a) onde são arranjados os rolos de forma a transportar o filme. Detalhe das en-grenagens que estão à esquerda (b) e á direita (c) do rack.

7.2.1. Secador

A etapa de secagem no processamento de um filme é realizada por um dispositivo muito simples acoplado ao final da processadora automática. Trata-se de um ventilador com duto que força a passagem de ar pelos rolos que tracionam o filme. Neste duto é adicionado uma resistência elétrica que esquentará o ar que por ali circular. Assim, com um volume cons-tante de ar quente circulando por sobre o filme, além da absorção pelos rolos do excesso de água, conse-gue-se uma eficiente secagem do filme.

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(a) (b)

Figura 7.7. Etapa de secagem da processadora automática: a) vista frontal; b) vista lateral.

7.3 ALIMENTAÇÃO DO FILME

Cada filme deve ser colocado na processado-ra de acordo com o diagrama fornecido pelo fabricante do equipamento. Isto é importante para garantir a melhor tração do filme, sem perigo de haver o emgasgamento do filme nos rolos.

Aqueles filmes que possuem tamanho menor do que o recomendado, antes de serem colocados na processadora, devem ser fixados com uma fita adesi-va (imune às soluções de revelação) em uma guia para limpeza de rolos. Deve-se tomar o cuidado de não expor o lado adesivo da fita à solução, o que a contaminaria.

Figura 7.8. Técnico introduzindo filme na processadora pela abertura na parede.

É possível colocar filmes de até 16 mm (e

qualquer comprimento), até o limite da bandeja, des-de que a ponta do rolo deve ser presa em uma folha de guia de filme, tão larga quanto o rolo, com, pelo

menos, 25 cm de comprimento, seguindo-se as reco-mendações sobre a forma de conexão e a orientação do filme.

Tão logo o filme é colocado na processadora, deve-se realizar uma leve pressão sobre o rolo para manter o posicionamento do filme e evitar o “embo-lamento” e desvio de trajetória do mesmo. Um pro-cedimento para evitar arranhões no filme, é enrolar o filme em um carretel na saída do setor de secagem da processadora.

Logicamente, os cuidados referentes à utili-zação da luz de segurança devem ser tomados para evitar que os filmes sensíveis a determinada cor não venham a ter sua imagem afetada por velamento adi-cional. Os filmes que são sensíveis a todas as cores do espectro (pancromáticos) devem ser revelados em completa escuridão.

7.4 PREPARO DE SOLUÇÕES

Normalmente, as processadoras automáticas possuem soluções reveladoras e fixadoras um pouco diferentes em relação ao químico utilizado no pro-cessamento manual do filme radiográfico. Esta varia-ção diz respeito principalmente ao nível de concen-tração dos agentes presentes nas soluções.

Para os produtos fornecidos pela Companhia Brasileira de Fotosensíveis - BRAF, as soluções pro-cessadoras são fornecidas em partes: 3 partes para o revelador (XRA) e 2 partes para o fixador (XFA).

7.4.1. Preparação da Solução Reveladora

As soluções concentradas para a preparação do revelador automático são fornecidas em cinco frascos para a obtenção de um volume final de 76 litros. Os frascos são divididos em três partes distin-tas (3 produtos):

Parte A - Volume de 20 litros em 1 unidade; Parte B - Volume de 2 litros em 2 unidades; Parte C - Volume de 2 litros em 2 unidades; A preparação as solução reveladora para uso

é feita diluindo as três partes em água numa seqüên-cia pré-estabelecida que não pode ser alterada, con-forme é descrita a seguir:

1. Inicia-se a preparação adicionando-se ao recipiente (que deve ter capacidade de 100 litros) de 40 a 50 litros de água, à temperatura ambiente, se for esta a pri-meira preparação da solução. Se o siste-ma já estiver em uso, deve-se deixar 20 litros da solução anterior, formando o que se chama de Reserva Técnica. Neste

motor de tração dos rolos

motor do ventilador

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caso, adiciona-se apenas 20 litros de á-gua filtrada;

2. Sob agitação contínua, adicionar a totali-dade da parte A, agitando até que a solu-ção fique uniforme. Deve-se evitar a formação de bolhas durante a agitação;

3. Continuando a agitação, adiciona-se len-tamente a totalidade da parte B, um fras-co após ou outro;

4. Ainda em agitação, deve-se adicionar a totalidade do frasco C, um frasco após ou outro;

5. Manter a agitação até que a solução fique uniforme. Evitar as bolhas de ar;

6. Completar com água até obter-se o vo-lume de 76 litros, ou no caso de ter-se deixado os 20 litros da Reserva Técnica, completar até 96 litros (20 da solução an-terior + 76 da nova solução).

7.4.2. Preparação da Solução Fixadora

Assim como a solução reveladora, os agentes fixadores da BRAF são fornecidos em duas partes que permitem a obtenção de 76 litros de solução fi-xadora:

Parte A - Volume de 20 litros em 1 unidade; Parte B - Volume de 3,2 litros em 5 unida-

des; 1. Inicia-se a preparação adicionando-se ao

recipiente (que deve ter capacidade de 100 litros) de 40 a 50 litros de água, à temperatura ambiente, se for esta a pri-meira preparação da solução. Se o siste-ma já estiver em uso, deve-se deixar 20 litros da solução anterior, formando o que se chama de Reserva Técnica. Neste caso, adiciona-se apenas 20 litros de á-gua filtrada;

2. Sob agitação contínua, adicionar a totali-dade da parte A, agitando até que a solu-ção fique uniforme. Deve-se evitar a formação de bolhas durante a agitação;

3. Continuando a agitação, adiciona-se len-tamente a totalidade da parte B, um fras-co após ou outro;

4. Manter a agitação até que a solução fique uniforme. Evitar as bolhas de ar;

5. Completar com água até obter-se o vo-lume de 76 litros, ou no caso de ter-se deixado os 20 litros da Reserva Técnica, completar até 96 litros (20 da solução an-terior + 76 da nova solução).

7.4.3. Agitação no preparo

Durante a mistura dos componentes químicos que darão origem as soluções reveladora e fixadora, o técnico deve ter muita calma e tomar muito cuida-do no momento em for realizar a agitação das solu-ções. Se a agitação ocorrer de forma muito rápida ou violenta, ocorrerá uma oxidação muito rápida da so-lução, reduzindo a vida útil e sua eficiência. Por isso, não se deve mexer a espátula de forma circular (co-mo fazemos num copo ou xícara), pois isso cria um redemoinho que agita de mais a solução, não é efici-ente na mistura e, muitas vezes permite a entrada de ar ao criar bolhas.

A forma correta de se mexer a solução é rea-lizando movimentos para baixo e para cima, garan-tindo assim que o líquido no fundo do tonel possa deslocar-se para cima e vice-versa. Se possível, o técnico deve utilizar, ao invés da espátula, um agita-dor especial, apresentado na figura 6.1. Com seus furos na base, a solução consegue ser melhor agitada ao se realizar os movimentos para cima e para baixo.

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Figura 7.9. Agitador recomendado para a mistura

das soluções.

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