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w w w.henriquecorreia.com.br Dicas diárias no grupo do Face: Concursos - Analista TRT – 2013 https://www.facebook.com/groups/concursoanalistatrt2013/ www.henriquecorreia.com.br Prova Objetiva Caso eu fosse examinador da FCC eu perguntaria as questões abaixo. Podemos até errar alguma questão no TRT MG, mas as dicas abaixo, se realmente caírem, JAMAIS PODEMOS ERRAR! Basta ler com atenção: As dicas abaixo foram retiradas do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6ª ed./2015 Editora Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleção Tribunais. Nas últimas 10 provas do TRT, com esse livro, o candidato tinha plenas condições de acertar 100% da prova. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique- correia/colecao-tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed- rev-amp-e-atual/1427 Dica 01 Experiência prévia Experiência prévia (art. 442-A da CLT). Recentemente, a CLT foi alterada para incentivar o ingresso de novos profissionais no mercado de trabalho. Como forma de proporcionar que trabalhadores, ainda sem experiência, possam ocupar novos postos de trabalho, o empregador está proibido de exigir do candidato comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses. Dica 02 Contrato temporário rural (art. 14-A da Lei nº 5889/73) Quem pode contratar? Recentemente, houve alteração na lei para disciplinar a contratação por pequeno prazo do trabalhador rural, na tentativa de formalizar as contratações dos “diaristas do campo”. Apenas o empregador pessoa física poderá contratar sob essa modalidade, o que exclui as empresas rurais, cooperativas e demais pessoas jurídicas. Contrato por prazo determinado. Esse contrato será por prazo determinado, com duração máxima de 2 meses dentro do período de um ano. Veja que esse contrato possibilita vários períodos descontínuos. CTPS opcional. O empregador rural é obrigado a recolher as contribuições previdenciárias e efetuar os depósitos do FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Ademais, deverá anotar na CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social ou poderá fazer contrato escrito com o trabalhador rural. Direitos trabalhistas. O trabalhador rural contratado por curto período terá direito à remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, e todos os demais direitos de natureza trabalhista, relativos ao contrato por prazo determinado. Essas parcelas serão calculadas dia a dia e pagas diretamente ao trabalhador.

50 dicas para o seu TRT-MG.pdf

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    https://www.facebook.com/groups/concursoanalistatrt2013/ www.henriquecorreia.com.br

    Prova Objetiva

    Caso eu fosse examinador da FCC eu perguntaria as questes abaixo. Podemos

    at errar alguma questo no TRT MG, mas as dicas abaixo, se realmente carem,

    JAMAIS PODEMOS ERRAR! Basta ler com ateno:

    As dicas abaixo foram retiradas do livro Direito do Trabalho para os

    concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora Juspodivm.

    Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Nas ltimas 10 provas do TRT,

    com esse livro, o candidato tinha plenas condies de acertar 100% da prova.

    Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

    correia/colecao-tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed-

    rev-amp-e-atual/1427

    Dica 01

    Experincia prvia

    Experincia prvia (art. 442-A da CLT). Recentemente, a CLT foi alterada para incentivar o ingresso de novos

    profissionais no mercado de trabalho. Como forma de proporcionar que trabalhadores, ainda sem experincia, possam

    ocupar novos postos de trabalho, o empregador est proibido de exigir do candidato comprovao de experincia

    prvia por tempo superior a 6 meses.

    Dica 02

    Contrato temporrio rural (art. 14-A da Lei n 5889/73)

    Quem pode contratar? Recentemente, houve alterao na lei para disciplinar a contratao por pequeno prazo do

    trabalhador rural, na tentativa de formalizar as contrataes dos diaristas do campo. Apenas o empregador pessoa

    fsica poder contratar sob essa modalidade, o que exclui as empresas rurais, cooperativas e demais pessoas jurdicas.

    Contrato por prazo determinado. Esse contrato ser por prazo determinado, com durao mxima de 2 meses

    dentro do perodo de um ano. Veja que esse contrato possibilita vrios perodos descontnuos.

    CTPS opcional. O empregador rural obrigado a recolher as contribuies previdencirias e efetuar os depsitos do

    FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Servio. Ademais, dever anotar na CTPS Carteira de Trabalho e

    Previdncia Social ou poder fazer contrato escrito com o trabalhador rural.

    Direitos trabalhistas. O trabalhador rural contratado por curto perodo ter direito remunerao equivalente do

    trabalhador rural permanente, e todos os demais direitos de natureza trabalhista, relativos ao contrato por prazo

    determinado. Essas parcelas sero calculadas dia a dia e pagas diretamente ao trabalhador.

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    Dica 03

    Proteo do Trabalho do Menor

    Intervalo de 15 minutos. Importante ressaltar que, entre a jornada normal e as horas extraordinrias, h necessidade

    de intervalo para descanso, com durao de 15 minutos, de acordo com o art. 413 c/c art. 384, ambos da CLT. Esse

    intervalo no est inserido na jornada de trabalho. Se o intervalo de 15 minutos no for concedido, dever ser

    remunerado como hora extra, e a empresa poder ser autuada pela fiscalizao. Ressalta-se que, recentemente

    (novembro/2014), o STF1 decidiu que esse intervalo de 15 minutos, que garantido s mulheres e aos menores,

    previsto no art. 384 da CLT foi recepcionado pela Constituio Federal.

    Dica 04

    Estabilidade da gestante

    Estabilidade da gestante. A estabilidade, ou garantia provisria de emprego, veda que o empregador dispense

    arbitrariamente ou sem justa causa a empregada gestante, desde a confirmao da gravidez at 5 meses aps o parto.

    A confirmao da gravidez no se confunde com a comunicao ao empregador, pois, mesmo se ele no tiver

    conhecimento da gestao, no poder dispensar a trabalhadora.

    Estabilidade durante o contrato por prazo determinado. Recentemente, o TST mudou o posicionamento, para

    confirmar que a gestante adquire o direito estabilidade se o contrato for por prazo determinado ou contrato de

    experincia. Alis, h expressa previso na CLT:

    Art. 391-A. A confirmao do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o

    prazo do aviso prvio trabalhado ou indenizado, garante empregada gestante a estabilidade provisria prevista na

    alnea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias.

    Reintegrao e indenizao. Se a gestante for dispensada durante o perodo da gestao, a empregada poder

    pleitear a reintegrao ao trabalho, pois essa dispensa ser irregular. Aps o perodo da estabilidade, a empregada far

    jus aos direitos trabalhistas, ou seja, indenizao do perodo.

    Ingresso da ao trabalhista aps o perodo de estabilidade. O ajuizamento de ao trabalhista aps decorrido o

    perodo de garantia de emprego no configura abuso do exerccio do direito de ao, pois este est submetido apenas

    ao prazo prescricional inscrito no art. 7, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenizao desde a dispensa at a data

    do trmino do perodo estabilitrio.

    Morte da gestante: Recentemente foi promulgada a Lei Complementar n 146/2014, que estende a estabilidade

    provisria da gestante nos casos de morte desta, a quem detiver a guarda de seu filho:

    Art. 1 O direito prescrito na alnea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias,

    nos casos em que ocorrer o falecimento da genitora, ser assegurado a quem detiver a guarda do seu filho.

    1 Veja RE 658312-SC Relator: Min. Dias Toffoli Data de Julgamento: 27/11/2014.

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    Dica 05

    Sobreaviso e prontido

    Prontido. O empregado permanece nas dependncias da empresa aguardando ordens. Nesse caso, o trabalhador no

    prestar servios, mas receber 2/3 do horrio normal em razo do tempo disposio. Poder permanecer em

    prontido por, no mximo, 12 horas.

    Sobreaviso. Consiste na possibilidade de o empregado permanecer em sua residncia ou outro local combinado

    aguardando ordens da empresa. Nesse caso, receber apenas 1/3 da hora normal e poder ficar nesse regime por, no

    mximo, 24 horas. A utilizao de aparelhos eletrnicos (telefone celular, pager, bip etc.), por si s, no configura as

    horas de sobreaviso. Entretanto, configura horas de sobreaviso se a utilizao dos instrumentos informatizados, como

    celular, pager etc.: a) mantiverem o empregado sob o controle do empregador; b) deixarem o trabalhador conectado e

    ligado empresa, como responder e-mails durante a noite etc. e c) submeterem o empregado a regime de planto,

    podendo ser acionado a qualquer momento.

    Dica 06

    Compensao de jornada e banco de horas

    Diferena de banco de horas e compensao. Na compensao, o descanso deve ocorrer na mesma semana,

    respeitando o mdulo semanal de 44 horas. Nesse caso, a formalizao poderia ocorrer individualmente, entre

    empregado e empregador, incidindo a Smula n 85 do TST. No tocante ao banco de horas (ou tambm chamado de

    compensao anual), a folga compensatria ser concedida at um ano a contar da prestao de servios. Alis, por se

    tratar de situao mais gravosa ao trabalhador, haveria a necessidade, no banco de horas, de formalizao via

    negociao coletiva, portanto com a participao obrigatria do sindicato dos trabalhadores. Em razo da

    importncia dada Smula n 85, ela ser transcrita abaixo:

    Smula n 85 do TST Compensao de jornada.

    I A compensao de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou

    conveno coletiva.

    II O acordo individual para compensao de horas vlido, salvo se houver norma coletiva em sentido

    contrrio.

    III O mero no atendimento das exigncias legais para a compensao de jornada, inclusive quando encetada

    mediante acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes jornada normal diria, se

    no dilatada a jornada mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

    IV A prestao de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensao de jornada. Nesta hiptese,

    as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas extraordinrias e, quanto

    quelas destinadas compensao, dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinrio.

    V As disposies contidas nesta smula no se aplicam ao regime compensatrio na modalidade banco de

    horas, que somente pode ser institudo por negociao coletiva.

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    Dica 07

    Jus variandi e Jus resistentiae

    Jus variandi. Com fundamento no poder diretivo, art. 2 da CLT, cabe ao empregador efetuar algumas alteraes

    para melhor organizar a atividade empresarial. Alis, como o empregador que assume os riscos da atividade

    econmica, nada mais justo que exera algumas modificaes no contrato de trabalho. Essas alteraes promovidas

    pelo empregador so chamadas de jus variandi.

    Jus resistentiae. Esse poder de modificar o contrato de trabalho, jus variandi, dever ser exercido dentro dos limites

    impostos por lei, sob pena de configurar alterao abusiva. Caso fique comprovado que o empregador exigiu servios

    alheios ao contrato, servios ilegais, imorais ou abusivos, o empregado tem o direito de no cumprir a determinao

    imposta pelo empregador, e ainda poder pleitear resciso indireta, com fundamento no art. 483 da CLT. Essa recusa

    chamada de direito de resistncia ou jus resistentiae.

    Dica 08

    Alterao do contrato de trabalho

    ALTERAO DO CONTRATO2

    1. A alterao

    permitida apenas: 2. Possibilidade de reverso:

    3. Jus variandi alterao unilateral do contrato

    a) com consentimento do

    empregado

    b) se no acarretar

    prejuzos diretos e

    indiretos

    Cargo de confiana ao cargo

    anteriormente ocupado,

    permitido por lei. Essa

    modificao no considerada

    ilegal. Caso empregado tenha

    ocupado a funo por mais de 10

    anos, o valor da gratificao no

    poder ser retirado (Smula

    n 372 do TST)

    Hipteses de alterao unilateral

    do contrato (jus variandi):

    a) Transferncia do horrio

    noturno para o diurno

    b) Alterao da data do

    pagamento, desde que

    respeitado o 5 dia til

    c) Transferncia, desde que

    observados os limites impostos

    em lei

    2 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

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    Dica 09

    Suspenso e interrupo do contrato de trabalho

    Hipteses de interrupo3

    (pagamento de salrio)

    Hipteses de suspenso

    (no h pagamento

    de salrio)

    2 dias falecimento

    3 dias casamento

    9 dias professor (casamento e falecimento)

    1 dia a cada 12 meses doao de sangue

    2 dias alistamento eleitoral

    Tempo necessrio: (1) servio militar; (2) vestibular; (3) comparecimento em juzo; (4)

    reunio/organismo internacional (dirigente sindical)

    Paralisao da empresa

    Acidente nos primeiros 15 dias (MP n 664/2014 30 dias

    4)

    Frias

    RSR e feriados

    Intervalos intrajornadas remunerados.

    Licena-paternidade 5 dias

    Gestante: consultas mdicas

    Participao nas comisses de conciliao prvia

    Prontido e sobreaviso

    Lockout

    Participao no Conselho Curador do FGTS

    Encargo pblico

    Mandato sindical

    Greve

    Suspenso disciplinar

    Benefcios previdencirios

    Diretor de S.A.

    Intervalos

    Priso (sem trnsito em julgado)

    Violncia domstica

    Inqurito para apurao de falta grave

    Qualificao profissional

    Casos controvertidos

    Licena-maternidade (interrupo)

    Aborto no criminoso (interrupo)

    Servio militar obrigatrio (suspenso)

    Acidente do trabalho aps 15 primeiros dias (suspenso)

    3 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/colecao-tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed-rev-amp-e-atual/1427 4 Recentemente, foi apresentada ao Congresso Nacional a MP n 664/2014, que alterou diversos benefcios trabalhistas e previdencirios. Ressalta-

    se que um dos impactos causados no Direito do Trabalho foi a ampliao do prazo de 15 dias para 30 dias pelo qual o empregador ser responsvel pelo pagamento dos salrios no caso de afastamento dos empregados para o recebimento de benefcios previdencirios (aposentadoria por invalidez e auxlio-doena). At o fechamento dessa edio, o Congresso no havia pronunciado sobre sua converso em lei.

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    Dica 10

    Salrio-mnimo

    Salrio-mnimo. O salrio-mnimo dever ser previsto em lei e ser nacionalmente unificado. Nada impede que seja

    fixado em valor superior ao mnimo fixado em lei, como ocorre em alguns estados da Federao onde existe o piso

    estadual. Ademais, vedada a utilizao do salrio-mnimo como indexador, ou seja, vedada sua vinculao para

    qualquer fim. Exemplo: contrato de aluguel ou mensalidade escolar prev, como pagamento, o valor de dois

    salrios-mnimos mensais. Nesse caso, ao se elevar o valor do salrio-mnimo, gera-se o aumento de vrios itens

    ligados ao valor do mnimo, como efeito cascata, alimentando o processo inflacionrio. Veja resumo a seguir, para

    memorizao:

    Salrio-

    -mnimo5

    Previsto em lei

    Nacionalmente unificado

    Reajustes peridicos

    Vedada sua vinculao para qualquer fim

    Necessidades bsicas

    Moradia

    Alimentao

    Educao

    Sade

    Lazer

    Vesturio

    Higiene

    Transporte

    Previdncia Social

    5 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

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    Dica 11

    Reflexos das parcelas salariais

    Reflexos. Para o estudo da remunerao torna-se imprescindvel a diferenciao das parcelas salariais e as verbas

    recebidas sem natureza salarial (parcelas indenizatrias). Essa diferena importante porque as primeiras se refletem nas demais verbas trabalhistas. Segue quadro que facilita a memorizao:

    Parcelas

    salariais

    Parcelas

    indenizatrias

    Refletem nas demais verbas, como

    frias, 13 e aviso

    No h reflexo nas demais parcelas.

    Sobre o valor, no incidem depsitos

    do FGTS

    Comisses e porcentagens

    Gratificaes

    Abonos

    Quebra de caixa

    Prmios

    Adicionais salariais:

    Ad. Hora extra

    Ad. Noturno

    Ad. Transferncia

    Ad. Insalubridade

    Ad. Periculosidade

    Obs.: O empregador ao efetuar o pagamento

    dessas parcelas dever efetuar o respectivo

    depsito do FGTS

    PLR Participao nos Lucros e Resultados

    Ajuda de custo

    Dirias para viagem

    Vale-transporte

    Salrio-famlia

    Salrio-desemprego

    PIS/PASEP

    Stock Opcion

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    Dica 12

    Intervalo Intrajornada

    INTERVALO INTRAJORNADA6

    Ocorre durante a jornada de trabalho

    Intervalo no inserido na jornada de trabalho (suspenso do contrato)

    Durao do intervalo

    depender da jornada:

    a) jornada de at 6 horas: no mnimo 15 minutos

    b) jornada superior a 6 horas: no mnimo 1 hora, no

    mximo 2 horas

    Intervalo no previsto em lei: tempo disposio do empregado (Smula n 118 do TST)

    Reduo do intervalo

    intrajornada

    a) em regra, no admitida, mesmo que haja negociao

    coletiva.

    b) H apenas 2 excees que possibilitam a reduo do

    intervalo para almoo:

    - 1) Autorizao do MTE (art. 71, 3, CLT): Desde que

    presente os requisitos: (a) estabelecimento atenda s exigncias

    dos refeitrios; (b) empregador no exija horas extras (c)

    autorizao do MTE (Superintendncia Regional do Trabalho)

    - 2) Motoristas do setor de transporte coletivo de passageiros

    (art. 71, 5, CLT): possibilidade de fracionamento ou reduo

    do intervalo intrajornada de 1 hora e apenas fracionamento do

    intervalo de 15 minutos.

    c) se houver a reduo ou supresso do intervalo, fora das

    excees anteriores, ocorrer duas consequncias: (1) empregador dever pagar todo o perodo correspondente como

    hora extra; (2) esse pagamento tem natureza salarial

    d) sobre o tema reduo do intervalo, o candidato deve estar

    muito atento ao texto da Smula n 437 do TST

    Intervalos intrajornada

    remunerados

    a) mecanografia e digitao (10 minutos)

    b) frigorficos (20 minutos)

    c) minas de subsolo (15 minutos)

    d) amamentao (2 intervalos de meia hora cada um deles)

    6 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

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    Dica 13

    Dcimo terceiro salrio

    Conceito e destinao. O dcimo terceiro salrio uma gratificao salarial obrigatria prevista na CF/88 e na Lei

    n 4.090/1962. So destinatrios dessa gratificao empregados urbanos e rurais, os trabalhadores avulsos e os

    empregados domsticos. De acordo com o art. 7, VIII, da CF/88: So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,

    alm de outros que visem melhoria de sua condio social: dcimo terceiro salrio com base na remunerao

    integral ou no valor da aposentadoria.

    Data do pagamento. O pagamento dever ocorrer at o dia 20 de dezembro, e corresponder a um doze avos da

    remunerao devida em dezembro, por ms trabalhado ou frao igual ou superior a quinze dias.

    Adiantamento. Entre os meses de fevereiro e novembro, o empregador pagar, de uma s vez, em razo do

    adiantamento do dcimo terceiro, metade do salrio recebido pelo empregado no ms anterior. Esse adiantamento

    obrigatrio e no necessrio que seja pago a todos os empregados da empresa no mesmo ms. possvel, ainda, que

    o adiantamento seja pago juntamente com as frias, desde que o empregado requeira esse direito no ms de janeiro do

    correspondente ano.

    Dica 14

    Adicional de periculosidade Atividades perigosas

    Conceito. Atividade perigosa aquela em que h contato permanente com explosivos ou inflamveis em condies

    de risco acentuado. A atividade perigosa comprovada mediante percia (art. 195 da CLT). Exemplos: empregados

    em contato com energia eltrica, operadores de bomba de gasolina, instaladores de linhas e aparelhos de telefonia e

    exposio substncia radioativa e armazenamento de lquido inflamvel no prdio.

    Novas atividades de risco (includas na CLT). Recentemente, com a edio das Leis n 12.740/2012 e 12.997/2014,

    o art. 193 da CLT foi alterado para prever que tambm sero consideradas atividades de risco aquelas que exponham

    o trabalhador ao perigo de roubos ou violncia fsica e para aqueles que exeram atividade em motocicleta

    (motoboy):

    So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovada pelo Ministrio do

    Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude

    de exposio permanente do trabalhador a:

    I - inflamveis, explosivos ou energia eltrica; (Includo pela Lei n 12.740, de 2012)

    II - roubos ou outras espcies de violncia fsica nas atividades profissionais de segurana pessoal ou

    patrimonial. (Includo pela Lei n 12.740, de 2012)

    1 - O trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento)

    sobre o salrio sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaes nos lucros da empresa.

    2 - O empregado poder optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

    3 Sero descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente j concedidos ao

    vigilante por meio de acordo coletivo.

    4 So tambm consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. (Includo pela Lei n

    12.997, de 2014)

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    Dica 15

    Adicional de insalubridade

    Atividades insalubres. So aquelas que expem o empregado a agentes nocivos sua sade e que ultrapassam o seu

    limite de tolerncia. Exemplo: agentes qumicos (chumbo), biolgicos (bactrias) e fsicos (rudos).

    Requisitos. Para a obteno do adicional de insalubri-dade, h necessidade de preencher dois requisitos:

    a) Atividade nociva dever ser constatada via percia por profissional habilitado, mdico ou engenheiro do

    trabalho.

    b) necessrio que o agente nocivo sade esteja includo na relao oficial do Ministrio do Trabalho e

    Emprego MTE. Se a atividade desenvolvida pelo empregado no estiver prevista nessa listagem, o

    empregado no ter direito ao adicional. Alis, eventual reclassificao ou descaracterizao da

    insalubridade, pelo ministro do Trabalho (autoridade competente), repercutir no recebimento do adicional,

    ou seja, o empregado somente receber enquanto a atividade desenvolvida estiver enquadrada como

    insalubre. Exemplo: exposio a raios solares atividade insalubre, mas no h previso na listagem do MTE.

    Diante disso, o empregado que trabalhe exposto ao sol no ter direito ao adicional de insalubridade.

    Valor do adicional. O adicional de insalubridade era calculado com base no salrio-mnimo, variando de acordo com

    a agressividade do agente nocivo. Est previsto no art. 192 da CLT:

    O exerccio de trabalho em condies insalubres, acima dos limites de tolerncia estabelecidos pelo Ministrio do

    Trabalho, assegura a percepo de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento)

    e 10% (dez por cento) do salrio-mnimo da regio, segundo se classifiquem nos graus mximo, mdio e mnimo.

    Posicionamento do STF sobre a vinculao ao salrio-mnimo. O Supremo Tribunal Federal proibiu que o salrio-

    mnimo sirva de base de clculo (indexador) do adicional de insalubridade. Aps essa deciso, o art. 192 da CLT no

    mais pode ser utilizado. Hoje, como no existe outro parmetro, persiste o pagamento sobre salrio-mnimo. De

    acordo com a Smula Vinculante n 4:

    Salvo nos casos previstos na Constituio, o salrio-mnimo no pode ser usado como indexador de base de

    clculo de vantagem de servidor pblico ou de empregado, nem ser substitudo por deciso judicial.

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    Dica 16

    Requisitos da equiparao salarial

    Fundamento para equiparao. Com base no princpio da igualdade, vedado o tratamento diferenciado para

    trabalhadores que exeram a mesma funo. H previso do direito equiparao salarial, nas hipteses de

    tratamento diferenciado. Para tanto necessrio que o empregado que pretenda adquirir a equiparao (trabalhador equiparando) preencha os seguintes requisitos cumulativamente:

    REQUISITOS PARA EQUIPARAO SALARIAL7

    Mesmo empregador equiparando e paradigma devem prestar servios ao mesmo

    empregador.

    Mesma localidade municpio ou regio metropolitana.

    Mesma funo irrelevante a terminologia utilizada pela empresa, importante que

    a atividade desempenhada seja a mesma.

    Tempo

    na funo no poder ser superior a 2 anos.

    Trabalho

    de igual valor mesma perfeio tcnica e mesma produtividade.

    Inexistncia de quadro

    de carreira neste caso h necessidade de aprovao do quadro pelo MTE.

    Dica 17

    Estabilidade do dirigente sindical

    Incio e fim da estabilidade. O art. 8, VIII, da CF/88 prev a estabilidade para o dirigente sindical. A estabilidade

    ter incio com o registro da candidatura para o cargo de dirigente sindical. Se eleito, a estabilidade persistir at um

    ano aps o fim do mandato. Se o empregado no for eleito, no ter a garantia da estabilidade. O mandato do

    dirigente sindical de 3 anos, conforme art. 515, b, da CLT. Ademais, no persiste a estabilidade se houver extino do estabelecimento.

    Nmero de membros com estabilidade. O suplente do cargo de direo ou representao sindical tambm ter

    direito estabilidade. O nmero de dirigentes sindicais, com estabilidade, limitado a 7 membros titulares e 7

    membros suplentes. A estabilidade abrange apenas os membros que atuam na defesa da categoria, excluindo, portanto, os membros do conselho fiscal e delegados sindicais.

    Contrato por prazo determinado. Em regra, no gera direito estabilidade o fato de a candidatura ser realizada

    durante o contrato por prazo determinado, exceto se se tratar do contrato por prazo determinado previsto na Lei

    n 9.601/98. Nessa lei h expressa previso de estabilidade para dirigente sindical (art. 1, 4), na vigncia do contrato.

    7 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

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    Dica 18

    Estabilidades

    ESTABILIDADE8

    Estabilidade decenal

    Aps 10 de efetivo servio.

    No optante pelo FGTS.

    Aps CF/88 no est em vigor.

    Empregada gestante

    Incio com a confirmao da gravidez at 5 meses aps

    o parto.

    Empregadas domsticas tambm possuem esse direito.

    Empregado acidentado

    Estabilidade de 12 meses aps o trmino do auxlio-

    doena.

    Requisitos: A) Afastamento superior a 15 dias. B)

    Percepo do auxlio-doena.

    Empregado representante da Cipa

    Apenas o representante dos empregados (eleitos).

    Incio com o registro do candidato at 1 ano.

    Titulares e suplentes (Smula n 399).

    Empregado representante da CCP

    Apenas representantes dos empregados (eleitos).

    Incio com a eleio at 1 ano aps o mandato.

    Titulares e suplentes.

    8 Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/colecao-tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed-rev-amp-e-atual/1427

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    Dica 19

    Hiptese de saque do FGTS

    Conta vinculada e hipteses de saque. A conta-corrente do trabalhador, fruto dos depsitos do FGTS, chamada de

    conta vinculada. Vinculada porque o empregado no tem a liberdade de sacar o dinheiro quando bem entender, mas

    somente nas hipteses expressamente previstas em lei. Assim, no lhe dada ampla disponibilidade sobre o dinheiro

    l depositado, porm pode movimentar a conta, no caso das seguintes hipteses:

    Art. 19-A9: - Contrato nulo (Smula n 363 do TST)

    Art. 20:

    - Aposentadoria pela Previdncia Social.

    - Compra da casa prpria.

    - Doenas graves do trabalhador e de seus dependentes

    (terminal, aids e cncer).

    - Compra de aes (disponveis para esse fim exemplo,

    aes da Vale do Rio Doce).

    - 70 anos ou mais.

    - Calamidades pblicas recuperar os bens perdidos.

    - Trmino do contrato de trabalho, exceto se ocorrer por

    justa causa ou pedido de demisso.

    - Conta inativa, aps trs anos ininterruptos.

    - Falecimento do trabalhador.

    - Suspenso total do trabalho avulso por perodo igual

    ou superior a 90 dias, comprovada por declarao do

    sindicato.

    9 Quadrinho oi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora

    Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

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    Dica 20

    Aviso-prvio

    Durao. A parte que decidir colocar fim ao contrato dever avisar a outra com antecedncia mnima de 30 dias.

    Nesse sentido estabelece o art. 7, XXI, da CF/88: So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais alm de outros que

    visem melhoria de sua condio social: aviso-prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de 30

    dias, nos termos da lei. (grifos acrescidos)

    Proporcionalidade. Em razo dessa previso constitucional, o aviso-prvio proporcional ao tempo de servio. Para

    empregados com at um ano de contrato, o aviso-prvio ser de 30 dias. A cada ano de contrato, sero acrescidos 3

    dias na durao do aviso, at o limite de 60 dias. Assim sendo, a durao do aviso-prvio poder ter at 90 dias (prazo

    mnimo de 30 dias + 60 dias do aviso proporcional). Esse dispositivo foi regulamentado recentemente pela Lei

    n 12.506, de 11 de outubro de 2011.

    Hipteses em que devido o aviso-prvio10

    Dispensa sem justa causa.

    Resciso indireta (art. 483 da CLT).

    Pedido de demisso feito pelo empregado.

    Extino do estabelecimento (Smula 44 do TST).

    Contrato por prazo determinado com clusula assecuratria de direito recproco (art. 481 da CLT).

    Culpa recproca: empregado tem direito a 50% do valor do aviso (Smula 14 do TST).

    Obs.: No ser devido o aviso-prvio:

    a) contratos por prazo determinado;

    b) dispensa por justa causa (art. 482 da CLT).

    c) morte do empregado.

    10

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    Dica 21

    Trmino do contrato de trabalho Hipteses de resoluo contratual

    Resoluo (Ato faltoso)11

    Dispensa por justa causa (art. 482 da CLT) Resciso indireta

    (art. 483 da CLT)

    Ato de improbidade

    Incontinncia de conduta

    Mau procedimento

    Negociao habitual ou concorrncia em-presa

    Condenao criminal sem suspenso da execuo da pena

    Desdia

    Embriaguez

    Violao de segredo da empresa

    Indisciplina ou insubordinao

    Abandono de emprego

    Ato lesivo honra e boa fama

    Ofensa fsica, exceto legtima defesa

    Prtica de jogos de azar

    Prtica de atos atentatrios segurana nacional

    Servios:

    1) superiores s foras do trabalhador

    2) defesos em lei

    3) contrrios aos bons costumes

    4) alheios ao contrato

    Rigor excessivo

    Possibilidade de perigo

    Descumprimento das obrigaes do contrato

    Ato lesivo honra e boa fama

    Ofensa fsica, exceto legtima defesa

    Reduo do trabalho pago por pea ou ta-refa

    Culpa recproca (art. 484 da CLT e Smula n 14 do

    TST)

    a) Empregado e empregador praticam,

    simultaneamente, falta grave.

    b) Empregado ter direito a 50%:

    aviso-prvio

    13 salrio

    frias proporcionais

    20% indenizao do FGTS

    11

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    Dica 22

    Prescrio

    Prazo. O prazo para ingressar com a reclamao trabalhista est previsto no art. 7, XXIX, da CF/88: So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: ao, quanto aos

    crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato. (grifos acrescidos)

    Incio do prazo prescricional. O empregado poder pleitear os direitos trabalhistas dos ltimos cinco anos a contar

    do ajuizamento da reclamao. Ressalta-se que o pedido dos ltimos cinco anos no conta da extino do contrato,

    mas do ingresso da reclamao trabalhista. Assim sendo, se demorar para ingressar com a ao judicial, consequentemente estar deixando escoar o perodo pleiteado. De acordo com o posicionamento do TST:

    Smula n 308 do TST. I Respeitado o binio subsequente cessao contratual, a prescrio da ao trabalhista concerne s pretenses imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamao e, no,

    s anteriores ao quinqunio da data da extino do contrato. (grifos acrescidos)

    Dica 23

    Prescrio do FGTS

    Prescrio trintenria. Importante ressalvar que o prazo para requerer os depsitos do FGTS de dois anos para

    ingressar com a reclamatria, a contar do trmino do contrato, podendo-se pleitear os ltimos 30 anos (prescrio

    trintenria). Cabe ressaltar, entretanto, que recentemente (novembro/2014), o STF12 determinou, por maioria de

    votos, a reduo do prazo de prescrio dos depsitos do FGTS para 5 anos. Abandonou-se, portanto, a tese da

    prescrio trintenria. Foi utilizado como argumento para defender a reduo a discusso em torno da natureza

    jurdica do fundo. Para os ministros, os valores devidos ao FGTS apresentam natureza jurdica trabalhista e deve ser aplicado prazo do art. 7, inciso XXIX, CF/88 (5 anos).

    Dica 24

    Princpio da unicidade sindical

    Princpio da unicidade sindical. No poder existir mais de um sindicato profissional (trabalhadores) ou sindicato

    da categoria econmica (empregadores) na mesma base territorial. O Brasil no ratificou a Conveno Internacional

    n 87 da OIT. Essa conveno adota o princpio da pluralidade sindical, o que possibilitaria mais de um sindicato, representante da mesma categoria, na mesma base territorial.

    12 Ver ARE 709.212/DF. Relator: Ministro Gilmar Mendes. Data de Julgamento: 13/11/2014.

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    Dica 25

    Custeio do sindicato

    Contribuio sindical. Era chamada, antigamente, de imposto sindical. prevista em lei e no texto constitucional,

    sendo obrigatria para todos os empregados, profissionais liberais e, ainda, obrigatria aos empregadores, conforme previsto nos artigos 578 a 610 da CLT. Essa contribuio compulsria tem natureza de tributo.

    Contribuio confederativa. A contribuio confederativa serve para custear o sistema confederativo, isto ,

    sindicatos, federaes e confederaes. H expressa previso constitucional que possibilita a contribuio

    confederativa, art. 8, IV, CF/88. fixada mediante deciso da assembleia geral, e o desconto feito na folha de

    pagamento dos empregados. Diferentemente da contribuio sindical, a contribuio confederativa no tem natureza

    jurdica de tributo, portanto no pode ser cobrada de trabalhadores no associados ao sindicato, sob pena de grave violao liberdade sindical. De acordo com a Constituio Federal e jurisprudncia dominante nos tribunais:

    Art. 8, IV, CF/88 A assembleia geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria profissional, ser

    descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva,

    independentemente da contribuio prevista em lei (grifos acrescidos).

    Smula Vinculante n 40 do STF (Converso da Smula n 666): A contribuio confederativa de que trata o

    art. 8, IV, da Constituio exigvel dos filiados ao sindicato respectivo.

    Dica 26

    Greve

    GREVE13

    Servios das atividades

    essenciais previstas em lei

    (art. 10 da Lei de Greve):

    abastecimento de gua, energia e gs;

    assistncia mdica;

    distribuio de alimentos e medicamentos;

    funerrios;

    transporte coletivo;

    esgoto e lixo;

    telecomunicaes;

    substncias radioativas;

    trfego areo;

    compensao bancria;

    processamentos de dados ligados a servios essenciais.

    Atendimento bsico ser fixado em comum acordo entre sindicato, empresa e

    trabalhador.

    Requisitos para a greve:

    a) convocao de assembleia geral;

    b) tentativa de soluo amigvel;

    c) comunicao prvia (72h servios essenciais e 48h para os

    demais).

    13

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    Dica 27

    Comisso de Conciliao Prvia

    Finalidade. As Comisses de Conciliao Prvia foram criadas como forma de tentar solucionar os conflitos

    existentes entre empregados e empregadores. Podero ser criadas pelas empresas ou pelos sindicatos e, caso existam,

    na mesma localidade e para a mesma categoria, Comisso de Empresa e Comisso Sindical, o interessado deve optar

    por uma delas. De acordo com o art. 625-A da CLT: As empresas e os sindicatos podem instituir Comisses de Conciliao Prvia, de composio paritria, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuio de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho.

    Conflitos individuais. Essa Comisso poder conciliar apenas conflitos individuais de trabalho, ou seja, no tem

    atribuio para firmar acordos em dissdios coletivos. Alis, a nica forma, prevista em lei, de transao individual (entre empregado e empregador) de verbas trabalhistas.

    Dica 28

    Fontes do Direito do Trabalho

    Fontes materiais: so fatores ou acontecimentos sociais, polticos, econmicos e filosficos que inspiram o

    legislador (deputados e senadores) na elaborao das leis. Esses movimentos influenciam diretamente o surgimento ou a modificao das leis.

    Fontes formais: so a exteriorizao das normas jurdicas, ou seja, as fontes formais so normas de observncia

    obrigatria pela sociedade. Todos devem cumpri-las, pois so imperativas. Exemplo: conveno, acordo coletivo e leis.

    H dois tipos de fontes formais: 1. Fontes formais autnomas: so discutidas e confeccionadas pelas partes

    diretamente interessadas pela norma. H, portanto, a vontade expressa das partes em criar essas normas. Exemplo:

    uma determinada negociao coletiva entre sindicato e empresa resulta em um acordo coletivo. 2. Fontes formais

    heternomas: nas fontes heternomas no h participao direta dos destinatrios, ou seja, essas fontes possuem origem estatal (Legislativo, Executivo ou Judicirio).

    Dica 29

    Renncia e transao

    Renncia: um ato unilateral que recai sobre direito certo e atual, por exemplo, o empregado conquistou o direito de

    frias aps um ano de trabalho e abriria mo (renunciaria) desse direito j conquistado, o que no vlido no direito

    do trabalho (conforme previsto no art. 9 da CLT).

    Transao: recai sobre direito duvidoso e requer um ato bilateral das partes, concesses recprocas. Na transao h

    direitos disponveis, cujos interesses so meramente particulares. A nica possibilidade de transao individual

    extrajudicial, prevista em lei, est no art. 625-E da CLT, que trata da Comisso de Conciliao Prvia. Nesse caso,

    possvel que o trabalhador, individualmente, transacione diretamente com seu empregador suas verbas trabalhistas.

    Fora essa hiptese da Comisso de Conciliao Prvia, nem mesmo com a presena de um representante sindical, a

    transao individual ter validade para o direito do trabalho. Importante ressaltar que no cabe transao de direitos

    trabalhistas individuais em Cmaras de Mediao e Arbitragem. A arbitragem ocorre quando as partes elegem um

    rbitro com poder de deciso, sendo permitida apenas para dissdios coletivos, conforme previsto no art. 114, 1, da CF/88.

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    Dica 30

    Carteira de Trabalho e Previdncia Social

    Documento obrigatrio. No h formalidade especfica para contratar o empregado, pois o contrato de trabalho

    poder ser celebrado, inclusive, de forma verbal. H, entretanto, exigncia de um documento obrigatrio do

    empregado, chamado de Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS. Esse documento utilizado para identificao do empregado, servindo como meio de prova na rea trabalhista e previdenciria. A falta de anotao da

    CTPS no afasta o vnculo empregatcio, mas possibilita que a empresa seja autuada pela fiscalizao.

    Prazo para anotao na CTPS. O prazo para assinatura da carteira de 48 horas, sob pena de pagamento de multa.

    Nas localidades onde no for emitida a CTPS, o empregado poder ser admitido para exercer as atividades, pelo

    prazo de 30 dias. A empresa fica obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emisso mais prximo.

    Dica 31

    Empregado domstico

    Requisitos especficos para identificar o empregado domstico permanecem intactos, mesmo aps a alterao

    constitucional (EC/72-2013). O empregado domstico tem os 4 requisitos clssicos para configurar o vnculo empregatcio (pessoa fsica, onerosidade, subordinao e continuidade). Entretanto, para esse trabalhador h duas

    particularidades que o candidato deve sempre lembrar:

    1) Finalidade no lucrativa. vedado que o empregado domstico esteja inserido em uma atividade lucrativa da famlia, ou seja, no poder prestar servios a terceiros, mas apenas famlia.

    2) Trabalho contnuo. A Lei do Domstico utiliza-se do termo natureza contnua, em vez de no-eventualidade

    prevista na CLT. Assim sendo, prevalece, na doutrina e na jurisprudncia do TST, a exigncia de prestao de

    servios contnuos (sem interrupes), no mnimo, trs vezes ou mais dias por semana, para configurar o vnculo

    empregatcio domstico. Se os servios forem prestados em um ou dois dias por semana, ficar configurada a faxineira ou a diarista, que representam trabalhadoras autnomas, sem direitos trabalhistas.

    Dica 32

    Aprendiz

    Obrigatoriedade na contratao de aprendizes. Como forma de incentivar a insero de novos profissionais no

    mercado de trabalho, a CLT prev obrigatoriedade na contratao desses profissionais. As empresas esto obrigadas a

    contratar, no mnimo, 5% e, no mximo, 15% do quadro de trabalhadores, como aprendizes. Essa obrigatoriedade no se aplica aos empregadores sem fins lucrativos, s microempresas e s empresas de pequeno porte.

    Dica 33

    Licena-Maternidade

    Licena-maternidade. A licena-maternidade compreende o afastamento remunerado da gestante, com durao

    de 120 dias. Sabe-se que, mesmo em caso de parto antecipado, a mulher ter direito licena. Ademais, essa licena

    no est condicionada ao nascimento da criana com vida, porque, nesse caso, a empregada ter o repouso de 120

    dias para se recuperar do trauma.

    Adoo. Alm da empregada gestante, tem direito licena-maternidade a empregada que adotar ou obtiver guarda

    judicial para fins de adoo. Ressalta-se que essa licena somente ser concedida mediante apresentao do termo

    judicial de guarda adotante ou guardi. Atualmente, aps a recente alterao da lei, a durao de licena para essa empregada ser tambm de 120 dias.

    Guarda conjunta. Se a guarda judicial for conjunta, apenas um dos adotantes ter direito licena. Alis, mesmo

    que o adotante seja do sexo masculino, passa a ter direito licena remunerada de 120 dias. Lembre-se que a

    jurisprudncia do STF no permite qualquer forma de discriminao entre casais do mesmo sexo (unio

    homoafetiva). Logo, o empregado que adotar uma criana, qualquer que seja sua opo sexual, solteiro ou casado, ter direito licena-maternidade.

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    Dica 34

    Princpio da alteridade

    Princpio da alteridade. O empregado no divide os riscos da atividade econmica com o empregador. Assim

    sendo, momentos de crise mundial, baixa produtividade, vendas abaixo das expectativas no autorizam o empregador

    a reduzir ou descontar salrios de seus empregados. No poderia ser diferente, pois as empresas no esto obrigadas a

    dividir os lucros com seus trabalhadores, logo os prejuzos tambm no podero ser repartidos. A responsabilidade

    exclusiva da empresa pelos prejuzos ou fracasso do empreendimento chamado de princpio da alteridade.

    Dica 35

    Grupo econmico

    Conceito: Ocorre grupo econmico quando as empresas esto ligadas entre si, ou seja, quando h empresa-me e empresas-irms14. Nesse caso, cada uma dessas empresas possui personalidade jurdica prpria, isto , CNPJ prprio, quadro de pessoal prprio, exercem atividades econmicas diversas etc. Alm disso, conforme previsto no

    2 do art. 2 da CLT, h necessidade de que uma das empresas esteja no controle ou administrao15 das demais. A

    consequncia jurdica do reconhecimento do grupo econmico a existncia da responsabilidade solidria entre as

    empresas, ou seja, se uma delas no quitar os dbitos trabalhistas, as demais so responsveis integralmente pela dvida.

    Documento para configurar o Grupo Econmico. Ressalta-se que a CLT no exige um documento ou prova

    especfica para configurao do grupo econmico. Essa prova ser feita levando em conta a anlise do caso concreto,

    como scios e administradores em comuns entre as empresas, utilizao do mesmo imvel, mesmo recursos humanos

    para contratao dos empregados etc.

    Dica 36

    Requisitos da sucesso de empregadores

    Requisitos. Para que seja configurada a sucesso trabalhista, necessria a presena de dois requisitos:

    a) Transferncia do estabelecimento: h necessidade de transferncia da parte produtiva (unidade econmico-

    jurdica), possibilitando que o sucessor (que adquiriu o estabelecimento) continue explorando a atividade econmica

    do sucedido. A transferncia apenas de partes separadas da sucedida (venda de equipamentos isolados para diversos

    compradores, um carro para determinado comprador, equipamentos eletrnicos para outro etc.), sem que proporcione

    a continuidade da atividade, no configura a sucesso. A transferncia da unidade produtiva ocorre com a cesso do

    ponto comercial e da clientela, equipamentos, marca, banco de dados etc. Essa transferncia poder ser realizada mediante venda, incorporao, arrendamento, ciso, fuso etc.

    b) No ocorrncia de paralisao da atividade: aps a sucesso, o sucessor dever dar continuidade ao empreendimento, sem que fique paralisado por muito tempo16.

    14No caso do grupo econmico, uma figura em zigue-zague, quase em formato das rvores genealgicas que aprendemos com as cincias biolgicas (empregado-empregador em linha reta e empregador com as empresas-irms

    e com a empresa-me, se houver, dele se ramificando). SILVA. Homero Batista Mateus da. Curso de Direito do Trabalho Aplicado, Vol. 1: Parte Geral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 142. 15Note-se que a necessidade de controle de uma das empresas sobre as demais muito discutida na doutrina e

    jurisprudncia, pois atualmente admitida apenas a cooperao entre as empresas do grupo. H expressa previso do

    grupo por coordenao em mbito rural, art. 3, 2, da Lei n 5.889/1973. Para as provas objetivas, recomenda-se a

    memorizao dos exatos termos da CLT.

    16De acordo com Dlio Maranho: Para que exista a sucesso de empregadores, so os requisitos indispensveis: a) que um estabelecimento, como unidade econmico-jurdica, passe de um para outro titular; b) que a prestao de

    servio pelos empregadores no sofra soluo de continuidade. SUSSEKIND, Arnaldo. et al. Instituies de Direito do Trabalho. Vol. I. 21. ed. So Paulo: LTr. 2004. p. 305.

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    Dica 37

    Poderes do empregador

    Revistas dos empregados. Outra questo que poder ser cobrada no concurso a possibilidade de revistas ntimas e

    pessoais dos empregados. O(a) trabalhador(a) que lida com joias ou munio de armas poder ser revistado? H

    expressa previso em lei vedando revistas ntimas nas mulheres, art. 373-A, VI, da CLT. Essa proibio revista

    ntima tem sido estendida tambm aos empregados do sexo masculino, com fundamento no princpio da igualdade.

    As revistas pessoais, realizadas com razoabilidade, sem que envolvam nudez, tm sido admitidas17, desde que a

    atividade exercida justifique esse controle. O TST18 tem aceito essas revistas pessoais, de bolsas, mochilas e sacolas,

    desde que no submeta o trabalhador situao constrangedora. Alis, a revista generalizada e impessoal desses

    pertences do empregado pode, segundo a jurisprudncia do TST, ser realizada por pessoa do sexo oposto19, por

    exemplo, segurana do sexo masculino fiscaliza a bolsa da empregada (sem que haja contato fsico com a trabalhadora).

    Dica 38

    Terceirizao

    Requisitos para terceirizao lcita. No h, na legislao brasileira, regra especfica que regulamente a

    terceirizao; os parmetros para essa atividade se encontram na Smula n 331 do TST. Assim sendo, o empregador que deseje terceirizar servios em sua empresa dever observar os seguintes requisitos:

    a) Atividade-meio ou atividades secundrias da empresa. Os servios prestados pelos terceirizados devem ser ligados s atividades perifricas, secundrias, ou atividade-meio da empresa, como servios de limpeza e vigilncia.

    b) Ausncia de pessoalidade e subordinao. Entre trabalhador e empresa tomadora no haver pessoalidade, ou

    seja, o trabalhador terceirizado no contratado pela tomadora, esta contrata os servios e no a pessoa. Ademais,

    como o trabalhador empregado da empresa intermediadora, ela que possui poder de direo sobre os servios.

    Logo, o empregado est subordinado empresa intermediadora e no tomadora. Se a empresa que contratou os

    servios (tomadora) estiver insatisfeita com o trabalho prestado, dever se reportar empresa intermediadora e no ao

    trabalhador.

    Dica 39

    Dono da obra

    Dono da obra. Ele assume a responsabilidade pelos empregados da empreiteira ou construtora que lhe presta

    servios? Em regra, o dono da obra no assume nenhuma responsabilidade pelos empregados da empreiteira. H,

    entretanto, uma exceo. Se o dono da obra empresa construtora ou incorporadora e exerce a construo com

    finalidade lucrativa, atividade-fim, ter responsabilidade subsidiria pelos dbitos trabalhistas. Nesse caso, se a

    empreiteira ou construtora, contratada para prestar servios, no quitar as dvidas trabalhistas com seus empregados, o dono da obra ser o responsvel.

    17O tema polmico. H corrente doutrinria que defende a impossibilidade, inclusive das revistas pessoais. A

    fiscalizao exercida pelo empregador possvel mediante outros mtodos, como cmeras, controle de estoque etc.

    Para as questes objetivas, que a finalidade dessa obra, importante assinalar a opo que traga o posicionamento

    majoritrio: revistas ntimas so vedadas, e as revistas pessoais, admitidas desde que com cautela e razoabilidade. 18 Informativo n. 3 do TST (confira o texto integral ao final desse captulo). 19 Informativo n. 17 do TST (confira o texto integral ao final desse captulo).

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    Dica 40

    Empregados no submetidos limitao de jornada

    Empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho. Para esses

    trabalhadores que exercem atividades externas no h limite de 8 horas, logo no tero direito s horas extras, adicional noturno e intervalos. Essa excluso existe diante da impossibilidade de fiscalizao da jornada.

    Gerentes que exercem cargos de gesto e recebem gratificao de funo no inferior a 40% do respectivo

    salrio efetivo. H necessidade de o gerente exercer poderes de gesto, ou seja, contratar e dispensar empregados,

    dar ordens, controlar estoque de mercadorias etc. Em resumo, ter poderes de gesto significa representar a figura do

    empregador. Ademais, a lei equipara ao gerente, para excluso da limitao de jornada, os diretores e chefes de

    departamento e/ou filial. Cabe ressaltar que incompatvel com o cargo de gerente a fiscalizao do horrio. Assim

    sendo, esses empregados devem ter ampla liberdade nos horrios de chegada, sada etc. Para os gerentes que exercem poderes de gesto no h limite de 8 horas, logo no tero direito s horas extras, adicional noturno e intervalos.

    Dica 41

    Turnos ininterruptos de revezamento

    Turnos ininterruptos de revezamento. Ocorre quando h alternncia de horrios dos empregados. Exemplo:

    trabalhador presta servios no horrio diurno durante os primeiros quinze dias do ms de abril. Nos outros quinze dias

    transferido para o perodo noturno. Veja que no h obrigatoriedade de esse empregado laborar em todos os perodos disponveis na empresa; a mera alternncia noturno e diurno j caracteriza o turno ininterrupto.

    Jornada reduzida. Os empregados submetidos ao turno ininterrupto de revezamento tm desgaste biolgico maior.

    Ademais, o convvio social e familiar fica diretamente prejudicado, em razo dessa alternncia no horrio.

    Dica 42

    Jornada 12x36

    Jornada 12 X 36. Recentemente o TST reconheceu a possibilidade da jornada 12 por 36. Nesse sistema de

    compensao, o empregado trabalha alm das 8 horas permitidas, ficando 12 horas prestando servios (o intervalo

    intrajornada de, no mnimo, 1 hora deve ser concedido). Por outro lado, goza de um descanso bastante prolongado

    de 36 horas consecutivas, em razo disso no h pagamento de horas extras. Esse regime 12 por 36 admitido apenas

    excepcionalmente, como nas atividades de vigilncia e na rea hospitalar. Alis, para que seja vlido necessrio que

    tenha previso em lei ou em instrumento coletivo (conveno ou acordo coletivo). Alis, como o descanso

    prolongado de 36 horas, o DSR Descanso Semanal Remunerado j est includo nessas 36 horas. Entretanto, os feriados devem ser respeitados. Se coincidir o trabalho com o feriado, o empregador dever conceder folga compensatria em outro dia ou pag-lo em dobro. De acordo com a jurisprudncia do TST:

    Smula n 444 do TST. valida, em carter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por trinta e seis de

    descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou conveno coletiva

    de trabalho, assegurada a remunerao em dobro dos feriados trabalhados. O empregado no tem direito ao

    pagamento de adicional referente ao labor prestado na dcima primeira e dcima segunda horas.

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    Dica 43

    Jornadas especiais

    Jornada do telefonista. Nas empresas que explorem o servio de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de

    radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a durao mxima de seis horas contnuas de trabalho por dia ou trinta e seis horas semanais (art. 227, caput, CLT).

    Jornada do operador cinematogrfico. A durao normal do trabalho dos operadores cinematogrficos e seus ajudantes no exceder 6 horas dirias (art. 324, caput, CLT).

    Jornada de trabalho do mineiro. A durao normal do trabalho efetivo no subsolo poder ser elevada at 8 horas

    dirias ou 44 semanais, mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho,

    sujeita essa prorrogao prvia licena da autoridade competente em matria de higiene do trabalho (art. 295, caput, CLT).

    Dica 44

    Salrio

    Salrio (Parcela paga diretamente pelo empregador)20

    Salrio

    profissional

    fixado por lei (exemplos: mdicos e

    engenheiros)

    Piso

    salarial

    fixado por instrumento coletivo (acordo ou

    conveno)

    Salrio

    normativo

    fixado via sentena normativa (TRT ou TST)

    Salrio

    proporcional

    salrio-mnimo ou piso salarial proporcional ao

    tempo trabalhado (OJ 358)

    Salrio

    complessivo

    pagamento realizado sem detalhar as parcelas.

    No cabvel. (Smula 91)

    Dica 45

    Adicional noturno

    Adicional noturno do empregado urbano: jornada noturna inicia-se s 22h e termina s 5h. Adicional de, no mnimo, 20% sobre a hora diurna. Ademais, a hora noturna ser reduzida, ou seja, ter 52 minutos e 30 segundos.

    Adicional noturno do empregado rural: jornada noturna inicia-se s 20h e termina s 4h na pecuria. Na lavoura,

    ser das 21h at as 5h. Adicional noturno de, no mnimo, 25% superior hora diurna. Por fim, a hora noturna no

    reduzida, ou seja, possui 60 minutos.

    20

    Quadrinho foi retirada do livro Direito do Trabalho para os concursos de Analista do TRT e MPU 6 ed./2015 Editora Juspodivm. Autor: Henrique Correia. Coleo Tribunais. Link: http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-

    correia/colecao-tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed-rev-amp-e-atual/1427

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    Dica 46

    Participao nos Lucros e Resultados

    Previso constitucional e ausncia de reflexos. H expressa previso da participao nos lucros e resultados na

    Constituio Federal, inclusive prevendo a natureza indenizatria dessa parcela. Verifica-se que a PLR no substitui

    nem complementa a remunerao do empregado. Assim sendo, no integra para nenhum efeito trabalhista. De acordo

    com o art. 7, X, da CF/88:

    So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:

    participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e, excepcionalmente, participao na gesto

    da empresa, conforme definido em lei. (grifos acrescidos)

    Direito ao PLR. Nem todos os empregados possuem direito ao pagamento da PLR. De acordo com a Lei

    n 10.101/2000, que regulamentou essa matria, h necessidade de negociao entre a empresa e seus empregados,

    mediante negociao coletiva (acordo ou conveno coletiva) ou comisso escolhida pelas partes, para que seja

    fixado a PLR.

    Pagamento proporcional da PLR e princpio da igualdade. O empregado que contribuiu com a empresa para a

    obteno do resultado positivo ter direito participao nos lucros, mesmo se extinto o contrato antes da data

    prevista para o pagamento da parcela. A negociao coletiva, segundo o TST, no poder retirar do empregado o direito PLR.

    Dica 47

    Estabilidade do empregado pblico

    Estabilidade aos empregados pblicos. O posicionamento do TST mais abrangente, estendendo a estabilidade aos

    celetistas que ingressam via concurso pblico na Administrao direta, autrquica ou fundacional. Por outro lado, os

    empregados pblicos de empresas pblicas (Infraero, por exemplo) ou sociedades de economia mista (Banco do

    Brasil, por exemplo) no tero direito estabilidade, mesmo que admitidos via concurso pblico. Alis, o TST

    entende que possvel a dispensa desses empregados sem justa causa.

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    Dica 48

    Causas que interfere na contagem do prazo prescricional

    Causas que interferem na contagem do prazo. A contagem do prazo prescricional poder ser afetada em razo de

    causas impeditivas, suspensivas e interruptivas. Causa suspensiva. O prazo, nesse caso, ficar congelado, ou seja,

    haver uma parada temporria at que seja cessado o obstculo. Aps o trmino do obstculo, retoma-se a contagem.

    Exemplo: ingresso do empregado com pedido de conciliao na Comisso de Conciliao Prvia.

    Suspenso do prazo prescricional. Importante destacar que a suspenso do contrato de trabalho como, por exemplo,

    o afastamento do empregado para o recebimento de auxlio-doena, no suspende a contagem do prazo prescricional,

    exceto se o trabalhador estiver impossibilitado, fsica ou mentalmente, de comparecer Justia do Trabalho. Nesse

    sentido, estabelece a recente OJ do TST:

    OJ n 375 da SDI-I do TST. Auxlio-doena. Aposentadoria por invalidez. Suspenso do contrato de trabalho.

    Prescrio. Contagem. A suspenso do contrato de trabalho, em virtude da percepo do auxlio-doena ou da

    apo-sentadoria por invalidez, no impede a fluncia da prescrio quinquenal, ressalvada a hiptese de absoluta

    impossibilidade de acesso ao Judicirio.

    Causa interruptiva. Ocorre quando o prazo reinicia a contagem por inteiro. Exemplo: empregador, ao ingressar com

    a ao judicial (reclamao trabalhista) ou protesto judicial, interrompe o prazo prescricional. Nesse sentido,

    importante conferir a jurisprudncia do TST sobre o tema:

    Smula n 268 do TST. A ao trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrio somente em relao aos

    pedidos idnticos.

    OJ n 392 da SDI-I do TST. O protesto judicial medida aplicvel no processo do trabalho, por fora do art. 769

    da CLT, e o seu ajuizamento, por si s, interrompe o prazo prescricional, em razo da inaplicabilidade do 2 do

    art. 219 do CPC, que impe ao autor da ao o nus de promover a citao do ru, por ser ele incompatvel com o

    disposto no art. 841 da CLT.

    Dica 49

    Ajuda de custo

    Conceito e ausncia de reflexos. A ajuda de custo outra parcela com natureza nitidamente indenizatria. Sua

    finalidade reembolsar despesas efetuadas pelo empregado. Exemplo: despesas realizadas em razo da transferncia,

    conforme previsto no art. 470 da CLT: As despesas resultantes da transferncia correro por conta do empregador.

    Dica 50

    Dirias para viagem

    Conceito e ausncia de reflexos. Em regra, as despesas gastas pelo empregado com viagens sero pagas a ttulo de

    ressarcimento (indenizao), sem natureza salarial, portanto. Entretanto, com base no princpio da primazia da

    realidade, se as dirias excederem a 50% do salrio do empregado, pressupe-se que exista fraude, e nesse caso ter

    natureza salarial.

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    Bibliografia especfica para ANALISTA e TCNICO TRT

    REVISAO TRT 3 Edio 2015.

    (Livro imprescindvel para as provas do TRT)

    http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/revisaco---

    analista-e-tecnico-do-trt-2015---3641-questoes-comentadas---3a-ed-rev-

    amp-e-atual/1519

    Direito do Trabalho para Analista TRT 6 Edio

    http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/colecao-

    tribunais-e-mpu---direito-do-trabalho---para-analista---6a-ed-rev-amp-

    e-atual/1427

    Vade-Mecum para Tcnico e Analista TRT

    http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/vade-

    mecum---analista-e-tecnico-do-trt-2015/1653

    Noes de Direito e Processo do Trabalho para Tcnico TRT 3

    Edio

    http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/colecao-

    tribunais-e-mpu---nocoes-de-direito-do-trabalho-e-processo-do-trabalho--

    -para-tecnico---2a-ed-rev-amp-e-atual-2015/1606

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    CURSO ANALISTA JUDICIRIO AVANADO

    (Cers on-line) https://www.cers.com.br/