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50 Fármacos anti-helmínticos Considerações gerais 712 Infestações helmínticas 712 Fármacos anti-helmínticos 7 1 3 Resistência aos fármacos anti-helmínticos 71 ó Vacinas e outros novos enfoques para o tra¬ tamento anti-helmíntico 7 1 6 712 CONSIDERAÇÕES GERAIS Dentre as infecções crónicas mais disseminadas estão aquelas causadas por várias espécies de parasitas helmínticos (vermes). Por exemplo, estima-se que mais da metade da população mundial possa estar infestada por helmintos gastrintestinais. Os habitantes dos países tropicais ou subtropicais de baixa renda são os em maior risco; as crianças infectam-se frequentemente com uma ou mais espécies quase tão logo elas nascem e podem permanecer infestadas ao longo de suas vidas. Em alguns casos (p. ex., nematóides filiformes), estas infestações resultam principalmente em desconforto e não causam dano substancial a saúde; porém em outros, tais como a esquistossomíase (bilharziose ) e a ancilostomíase podem produzir morbidade muito séria. Por causa da sua prevalência, o problema do tratamento de helminfíase é, portanto, de importância terapêutica prática muito grande. As infestações helmínticas também são causa de preocupação acentuada na medicina veterinária, afetando tanto animais domésticos quanto os de fazenda. Em algumas partes do mundo, a fasciolíase é associada com a perda significativa de criações. INFESTAÇÕES HELMÍNTICAS Os helmintos compreendem dois grupos principais de vermes multicelulares que evoluíramde um ancestral comumcerca de 600 milhões de anos e dividiram-se emdois grupos bastante dife¬ rentes: os nematelmintos (nematóides, vermes redondos) e os platelmintos (vermes planos). O último grupo está subdividido nos trematódeos (fascíolas) e os cestódeos (tênias). Quase 350 espécies de helmintos foram encontradas nos seres humanos, ea maioria coloniza o trato gastrintestinal. Os helmintos possuem ciclo de vida complexo, frequente¬ mente envolvendo várias espécies. A infecção por helmintos pode ocorrer de muitas maneiras, e a falta de higiene é o fator con¬ tribuinte principal. Eles podem entrar pela boca, através da água nãopurificada ou dacarne mal cozida de animais ou peixes infec¬ tados. Todavia, outros tipos podem entrar através da pele depois de umcorte, uma picada de inseto ou, até mesmo, depois de nado ou caminhada sobre área infectada. Os seres humanos são, geral¬ mente, os hospedeiros primários (ou definitivos) para as infesta¬ ções helmínticas, no sentido de que eles abrigam aforma sexual¬ mente madura que se reproduz. Os ovos ou as larvas, então, saem do corpo e infectamos hospedeiros secundários (ou intermediᬠrios). Em alguns casos, os ovos ou larvas podem persistir no hos¬ pedeiro humano, tornando-se enristadas, recobertas com tecido granuloso, dando origem à cisticercose. Esta é caracterizada pela larva encistada nos músculos e nas vísceras ou, mais seriamente, no olho ou no cérebro. Aproximadamente 20 espécies de helmin¬ tos são consideradas clinicamente significativas, e estas estão em duas categorias principais aquelas nas quais o verme vive no canal alimentar do hospedeiro, e aquelas nas quais o verme vive em outros tecidos do corpo do hospedeiro. Os exemplos principais de vermes que vivem no canal ali¬ mentar do hospedeiro são os seguintes: Tênias: Taenia saginata, Taenia solium, Hymenolepis nana e Diphyllobothrium latum. Cerca de 85 milhões de pessoas na Ásia, África e partes da América abrigam um ou outro destes tipos de tênias. É provável que apenas os dois primeiros sejam vistos no Reino Unido. Os hospedeiros intermediários usuais das duas tênias mais comuns ( Taenia saginata e Taenia solium) são o gado e os porcos, respectivamente. Os seres humanos contaminam-se ao comer carne crua ou pouco cozi¬ da contendo a larva, que ficou encistada no tecido muscular dos animais. A H. nana pode existir tanto no estágio adulto (o verme intestinal), quanto no estágio larval no mesmo hospe¬ deiro, que pode ser humano ou roedor, embora alguns insetos (moscas, besouros) também possam servir como hospedeiros intermediários. A infecção é geralmente assintomática. O Diphyllobothrium latum possui dois hospedeiros intermediᬠrios sequenciais: um crustáceo de água doce e um peixe de água doce. Os seres humanos infectam-se ao comer o peixe cru, ou não completamente cozidocontendo a larvae, algumas vezes, ocorre deficiência de vitamina B ,2 (Cap. 22). 8 Nematelmintos intestinais'. Ascaris lumbricoides (nematel- minto comum), Enterobius vermicularis (nematódeo filifor¬ me, chamado de oxiúro nos Estados Unidos), Trichuris tri- chiura (verme chicote, é o nome popular),Strongyloides ster- coralis (nematódeo filiforme nos Estados Unidos), Necator americanus eAnkylostoma duodenale (ancilóstomos). Nova¬ mente, a carne mal cozida ou a comida contaminada éa causa importante das infecções pelos nematelmintos, nematódeos

50 Fármacos Anti-helmiínticos

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  • 50 Frmacosanti-helmnticos

    Consideraes gerais 712Infestaes helmnticas 712Frmacos anti-helmnticos 7 1 3Resistncia aos frmacosanti-helmnticos 71Vacinas eoutros novos enfoques para o tratamento anti-helmntico 7 16

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    CONSIDERAES GERAISDentreas infeces crnicas mais disseminadas estoaquelas causadas por vrias espcies de parasitashelmnticos (vermes). Por exemplo, estima-se que maisda metade da populao mundial possa estar infestadapor helmintos gastrintestinais. Os habitantes dos pasestropicais ou subtropicais de baixa renda so os em maiorrisco;as crianas infectam-sefrequentemente com umaou mais espcies quase to logo elas nascem e podempermanecer infestadas ao longo de suas vidas. Emalguns casos (p. ex., nematidesfiliformes),estasinfestaes resultam principalmente em desconforto eno causam dano substancial a sade; porm emoutros,tais como a esquistossomase (bilharziose) e aancilostomase podem produzir morbidade muito sria.Por causa da sua prevalncia,o problemadotratamentode helminfase , portanto, de importncia teraputicaprtica muito grande.As infestaes helmnticastambmso causa de preocupao acentuada na medicinaveterinria, afetando tanto animais domsticos quantoos defazenda. Em algumas partes do mundo, afasciolase associada com a perda significativade criaes.

    INFESTAES HELMNTICASOs helmintos compreendem dois grupos principais de vermesmulticelularesqueevoluramde umancestral comumhcercade600 milhesdeanos edividiram-seemdois grupos bastantediferentes: os nematelmintos (nematides, vermes redondos) e osplatelmintos (vermes planos). O ltimo grupo est subdivididonos trematdeos (fascolas) e os cestdeos (tnias). Quase 350espcies de helmintos foram encontradas nos sereshumanos,e amaioria coloniza o trato gastrintestinal.

    Os helmintos possuem ciclo de vida complexo, frequentemente envolvendo vrias espcies. A infeco por helmintospodeocorrer de muitasmaneiras,eafaltade higieneofator contribuinte principal.Elespodem entrar pelaboca,atravs da guanopurificadaoudacarne malcozidadeanimais oupeixes infectados. Todavia, outros tipos podem entrar atravs da peledepoisde umcorte, umapicadade insetoou,at mesmo,depois de nadooucaminhada sobrerea infectada.Os seres humanosso,geralmente,os hospedeirosprimrios (oudefinitivos) paraas infestaes helmnticas,nosentido de que eles abrigamaforma sexualmentemaduraque se reproduz.Os ovos ou as larvas,ento,saemdo corpo e infectamos hospedeiros secundrios (ou intermedirios).Emalguns casos, os ovos ou larvaspodem persistir no hospedeiro humano,tornando-se enristadas,recobertas com tecidogranuloso,dando origemcisticercose.Esta caracterizadapelalarvaencistada nosmsculos e nas vscerasou,mais seriamente,no olho ou nocrebro.Aproximadamente 20 espcies dehelmintos soconsideradasclinicamente significativas,eestasesto emduas categorias principais aquelas nas quais o verme vive nocanal alimentar do hospedeiro, e aquelas nas quais o verme viveem outros tecidos do corpo do hospedeiro.

    Os exemplos principais de vermes que vivem no canal alimentar do hospedeiro so os seguintes:

    Tnias:Taenia saginata, Taenia solium, Hymenolepisnana eDiphyllobothrium latum. Cerca de 85 milhes de pessoas nasia, frica e partes daAmrica abrigam um ou outro destestipos de tnias. provvel que apenas os dois primeiros sejamvistos no ReinoUnido. Os hospedeiros intermedirios usuaisdas duas tnias mais comuns (Taenia saginata e Taeniasolium) so o gado e os porcos, respectivamente. Os sereshumanos contaminam-se ao comer carne crua oupouco cozida contendo a larva, que ficou encistada no tecido musculardos animais. A H. nana podeexistir tanto no estgio adulto (overme intestinal), quanto no estgio larval no mesmo hospedeiro, que podeser humano ou roedor,embora alguns insetos(moscas, besouros) tambm possam servir como hospedeirosintermedirios. A infeco geralmente assintomtica. ODiphyllobothriumlatum possui dois hospedeiros intermedirios sequenciais: um crustceo de gua doce e umpeixe degua doce. Os seres humanos infectam-se ao comer o peixecru,ouno completamentecozidocontendoa larvae, algumasvezes, ocorre deficincia de vitamina B,2 (Cap.22).

    8 Nematelmintos intestinais'. Ascaris lumbricoides (nematel-minto comum), Enterobius vermicularis (nematdeo filiforme, chamado de oxiro nos Estados Unidos),Trichuris tri-chiura (vermechicote, o nomepopular),Strongyloides ster-coralis (nematdeo filiforme nos Estados Unidos),Necatoramericanus eAnkylostoma duodenale (ancilstomos).Novamente,a carne malcozida ouacomida contaminada a causaimportante das infeces pelos nematelmintos, nematdeos

  • FRMACOS ANTI -HELMNTICOS 50filiformes e vermes chicotes, enquanto o ancilstomo geralmente adquirido quando a larvapenetra napele.

    Osprincipaisexemplos de vermes que vivem nos tecidos do hospedeiro so os seguintes:

    Faseiolas:Schistosoma haematobium,Schistosoma mansonie Schistosomajaponicum. Estes causam a esquistosomase(bilharziose). Os vermes adultos de ambos os sexos vivem eprocriam nas veias ou nas vnulas da parede intestinal ou dabexiga.A fmea coloca ovos que passamparaabexigaouparao intestinoeproduzemainflamaodestesrgos,resultandoem hematria no primeiro caso e, ocasionalmente, perda desangue nasfezes noltimo.Os ovos chocamnaguadepoisdeeliminados do corpo e,assim, penetram nohospedeiro secundrio uma espcie particular de caramujo. Depois de umperodo de desenvolvimento neste hospedeiro, emergem ascercrias, de nado livre. Estas so capazes de infectarhumanos atravs da penetrao pelapele.Cerca de 200 milhes depessoas esto infectadascomumou outrodosesquistosomos.Nematelmintosdos tecidos: Trchinella spiralis,Dracunculusmedinensis (filria)easfilrias,que incluem Wuchereriaban-croft,Loa loa, Onchocerca volvulus e Brugiamalayi.As filrias adultas vivem nos linfticos, tecidos conjuntivos oumesentrio do hospedeiro e produzem embries vivos oumicrofilrias,que encontram seu caminho paraacorrentesangunea. Elas podem ser ingeridas por mosquitos ou insetossimilares que picamparaalimentar-se. Depoisde umperodode desenvolvimento dentro deste hospedeiro secundrio, aslarvas passam para segmentos da bocado inseto e so reinje-tadas nos seres humanos. A maioria das filarioses causadapor Wuchereria ouBrugia,que causam a obstruo dos vasoslinfticos, produzindo a elefantase. Outras doenas relacionadas so a oncocercase ou oncocercose (naqual apresenadas microfilrias nos olhos causa a "cegueira dorio")ea loa-se (na qual as microfilrias causam inflamao na pele e emoutros tecidos). A Trchinella spiralis causa a triquinose; aslarvas dos vermes fmeas vivparos do intestino migramparao msculo esqueltico, onde se encistam. Na infeco pelafilria, as larvas liberadaspeloscrustceos cm fossos ecisternas so ingeridas e migramdotrato intestinal paraamadurecere procriar nos tecidos; a fmea grvida, ento, migra para ostecidos subcutneos da perna ou do p, onde pode fazer pro-truso atravs de umalcerana pele. O verme pode ter at ummetro de comprimento e tem que ser removidocirurgicamente ou pelo enrolamento mecnico lento do verme em um basto durante umperodo de dias.Hidtide. So cestdeos da espcie Echinococcus, para asquais os ces so os hospedeiros primrios, e as ovelhas oshospedeiros intermedirios. O estgio primrio, intestinal,no ocorre nos seres humanos, porm, em algumas circunstncias, os seres humanospodemfuncionar como hospedeirosintermedirios,caso emque as larvas desenvolvem-se emcistos hidticos dentro dos tecidos.

    FRMACOS ANTI-HELMNTICOSA humanidade tenta tratar as infeces helmnticas desde a antiguidade. Os extratos de ervas ou plantas tais como os extratos desamambaia macho formaram a base de muitas "curas" iniciais,mas o sculo XX presenciou o advento de umnovo grupo de frmacos baseado emmetais pesados, como o arsnico (atoxil)ouoantimnio (trtaro emtico), que foram efetivos nas infestaespelos tripanossomos e esquistossomos.

    Falando de maneira geral, os tratamentos anti-helmnticosatuais agemincapacitandoo parasitapor paralisia (p.ex., evitando a contrao muscular), danificando o verme para que o sistema imunolgico possa elimin-lo, ou alterando seus processosmetablicos (p. ex., afetando a funo microtubular). Como asexigncias metablicas destes parasitas variam muito de umaespcie para outra, frmacos que so altamente efetivos em umtipo de verme podem ser ineficazes em outros. Claramente, paraser um anti-helmntico efetivo, um frmaco deve ser capaz depenetrar na cutcula exterior dura do verme ou ter acesso a seutrato alimentar em concentraes suficientes para ser efetivo.Isto em si pode apresentar dificuldades, porque alguns vermesso exclusivamente hematfagos (alimentam-se de sangue),enquanto outros so mais bem descritos como "nutridores dostecidos". Uma complicao adiciona! que muitos helmintospossuem bombas ativas de efluxo de frmacos que reduzem aconcentraodo frmaco noparasita.A rotae a dose dos anti-helmnticos so, portanto, importantes e devem ser escolhidas cuidadosamente, porque no se pode confiar que os vermes parasitrios iro consumir quantidades suficientes paraque o frmacoseja efetivo.

    Alguns frmacos anti-helmnticos individuaisesto descritosrapidamente abaixo, e as indicaes para seu uso so apresentadas naTabela 50.1. Paraumacobertura mais abrangente dos frmacos antiparasitrios e seu uso nos seres humanos e nos animais, sugerimos que voc consulte a literatura citada nabibliografia.Muitosdestes frmacos (p.ex.,niclosamida,albendazol,tiabendazol, levamisol e praziquantel) esto disponveis noReino Unido apenas combase no"paciente identificado".1

    BENZIMIDAZISUm dos principais grupos de anti-helmnticos usados clinicamente so os benzimidazis substitudos. Estegrupo de agentesde amploespectro inclui o mebendazol,o tiabendazol eo albendazol. Considera-se que eles atuem atravs da inibio da polimerizaoda(3-tubulinahelmntica,interferindo,assim,nasfunes dependentes dos microtbulos, tais como a capturao deglicose. Eles possuem ao inibidora seletiva, sendo 250-400vezes mais efetivos naproduo deste efeito no tecido helmnti-co doqueno tecido do mamfero.Noentanto,oefeito levatempopara se desenvolver e os vermes podem no ser expelidos por

    Alguns nematdeos, que geralmente vivem notrato gastrintestinal dos animais, podem atingir os seres humanos e penetrar nostecidos. Uma infestao da pele, chamada erupo rasteira oularva migrans cutnea, causada pelas larvas dos nematdeosfiliformes dos ces e gatos. A toxocarcise ou larvamigransvisceral causada pelas larvas dos nematelmintos do gneroToxocara de ces e gatos.

    'Umasituao relativamente rara na qual o mdico buscaaprovao deumacompanhia farmacuticaparausar um dos seus frmacos em umindivduo identificado. O frmaco ou uma "novidade",que se mostrouparticularmente promissornos ensaios clnicos,pormainda no foilicenciado, ou, comonestes casos, umfrmacoj conhecido que nofoi licenciadoporque a companhia nosolicitou a licena do produto(possivelmente por razes comerciais).

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  • 50 SEO 5 FRMACOS USADOS NO TRATAMENTO DAS INFECES E DO CNCERTabela 50.1 Principais frmacos usados nas infestaes helmnticas

    Helminto(s) Frmaco(s) usado(s)

    Nematdeofiliforme (oxiro)Enterobius vermicularis Mebendazol, albendazol, piperazinaStrongyloides stercoralis (nematdeo filiforme nos Estados Unidos) Albendazol, tiabendazol, ivermectina

    NematelmintocomumAscaris lumbrcoides Levamisol, mebendazol, piperazina

    Outros nematelmintos (filrias)Wucheriabancroft,Loaloa Dietilcarbamazina, ivermectinaOnchocerca volvulus IvermectinaFilria (Dracunculus medinensis) Praziquantel, mebendazolTriquiniase (Trichinella spiralis) Tiabendazol, mebendazolCisticercose (infestao pela larva da Taenia solium) Praziquantel, albendazolTnia (Taeniasaginata, Taeniasolium) Praziquantel, niclosamidaHidtide (Echinococcusgranulosus) Albendazol, praziquantelAncilstomo (Ankylostoma duodenale, Necatoramericanus) Mebendazol, albendazolVermechicote (Trichuris trichiura) Mebendazol, albendazol, dietilcarbamazina

    Fascolas sanguneas (Schistosomaspp.)S. haematobium PraziquantelS. mansoni PraziquantelS.japonicum Praziquantel

    Larva migranscutneaAnkylostoma caninum Albendazol, ivermectina, tiabendazol

    Larva migransvisceralToxocara canis Albendazol, tiabendazol, dietilcarbamazina

    (Baseado principalmente noBritishNationalFormulary 2004.)

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    vrios dias.As taxasde curaesto geralmenteentre60% e 100%,namaioria dos parasitas.

    Apenas 10% do mebendazol absorvido depois da administrao oral, porm uma refeiogordurosa aumenta a absoro.Ele rapidamente metabolizado, sendo os metablitos eliminados naurinae nabile,em24-48 horas.Ele geralmenteadministradoem dose nicaparaos nematdeos filiformes, e duas vezesao dia, por 3 dias, para infestaes por ancilstomo e por nema-telminto. O tiabendazol rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal, metabolizado muito rapidamente e eliminado pelaurinana forma conjugada. Ele administrado duas vezes ao dia,por 3 dias, em infestaes por filariase Strongyloides, e por at 5dias, em infestaes peloancilstomo e pelos nematelmintos.Oalbendazol tambm pouco absorvido, porm, como o mebendazol, isto pode ser aumentado pela alimentao, especialmentea gordurosa. Ele metabolizado amplamente, em primeirapassagem, nosmetablitos sulfxido esulfona.provvelque o primeiro seja a forma farmacologicamente ativa.

    Os efeitos adversos so poucos com o albendazol, ou com omebendazol, embora distrbios gastrintestinais possam ocorrerocasionalmente. Os efeitos adversos com o tiabendazol so maisfrequentes, porm geralmente transitrios; os distrbios gastrintestinais so os maiscomuns, embora tenham sido relatadas cefa-lia, tonturas e enjo, e possam ocorrer reaes alrgicas (febre,erupes cutneas). O mebendazol no deve ser administrado emmulheres grvidas oucrianas commenos de 2 anos de idade.

    PRAZIQUANTELO praziquantel um frmaco anti-helmntico dc amplo espectroaltamente ativo, que foi introduzido h mais de 20 anos. Ele ofrmaco de escolhapara todas as formas de esquistossomase e o agente geralmente usado nos programas de larga escala paraerradicao do esquistossomo. Ele tambm til nacisticercose,para a qual nohavia anteriormente tratamento algum.Ofrmaco afeta no apenas os esquistossomos adultos, como tambm asformas imaturas e as cercrias a forma do parasita que infestaos seres humanos,penetrandoa pele.

    O frmaco aparentemente compromete a homeostasedo Ca2"noparasita, unindo-se aos locais de ligao reconhecidos daprotena quinase C, em uma subunidade (3 dos canais de clcio controlados por voltagem do esquistossomo (Greenberg, 2005). Istoinduz um influxo do on, uma contrao rpida e prolongada dmusculatura, e a eventual paralisia e morte do verme. O praziquantel tambm compromete o tegumento do parasita,disponibilizandonovosantgenos,e comoresultadoelepodetornar-semai-suscetvel s respostas imunolgicas normaisdo hospedeiro.

    Administrado oralmente, o praziquantel bem absorvide .muito do frmaco rapidamente transformado em metabolite -inativos na primeira passagem pelo fgado, e os metablitos seliminados na urina.A meia-vida plasmticado composto original de 60-90 minutos.

    Opraziquantel considerado um frmaco muito seguro,corr.efeitos colaterais mnimos,nadosagem teraputica. Tais efeit :-

  • FRMACOS ANTI-HELMNTICOS 50quando ocorrem, so geralmente transitrios e raramente deimportnciaclnica.Eles incluemos distrbiosgastrintestinais, atontura, as dores muscular e articular, as erupes cutneas efebre baixa. Alguns efeitos so mais marcantes nos pacientescom cargapesada de vermes e podem ser causados pelos produtos liberadospelos vermes mortos.O praziquantel consideradoseguro para as mulheres grvidas e para as lactantes, propriedade importanteparaumfrmaco que comumente usado nos programas decontrole nacional de doena. Desenvolveu-se algumaresistncia a esse frmaco.

    PIPERAZINAApiperazina pode ser usadaparatratar infestaes pelos nema-telmintos comuns (Ascaris lumbricoides) e pelo nematdeo filiforme (Enterobius vermicularis). Ela inibe reversivelmente atransmisso neuromuscular no verme, provavelmente agindocomoo GABA,o neurotransmissor inibitrio nos canaisde clorocontrolados pelo GABA no msculo do nematdeo. Os vermesparalisados so expelidos vivos pelos movimentos peristlticosintestinaisnormais.

    A piperazina administrada oralmente e parte, porm notoda, absorvida. Ela parcialmentemetabolizada,e o restante eliminado inalterado, pelos rins. O frmaco possui pouca aofarmacolgica nohospedeiro. Quando usadaparatratar os nema-telmintos, a piperazina efetiva em dose nica. Paraos nemat-deos filiformes, um perodo maior (7 dias), em dosagem menor,necessrio.

    Os efeitos adversos so incomuns, porm os distrbios gastrintestinais, a urticria e o broncoespasmo ocorrem ocasionalmente, e alguns pacientes experimentam tonturas, parestesias,vertigens e dificuldade de coordenao. O frmaco no deve seradministrado nas pacientes grvidas ou naqueles com funorenal ouhepticacomprometidas.

    NICLOSAMIDAA niclosamida amplamente usada no tratamento das infestaes pela tnia, juntamente com o praziquantel. O esclex (acabeado verme com as partes que se ligam s clulas intestinaisdo hospedeiro) e um segmento proximal so irreversivelmentedanificados pelo frmaco; o verme separa-seda parede intestinale expelido. Para a Taenia solium,o frmaco administrado emdose nica, aps refeio leve, seguida por purgativo 2 horasdepois; isto necessrio porque os segmentos danificados detnia podem liberar ovos, que no so afetados pelo frmaco;assim, humapossibilidade tericade desenvolvimento da cisti-cercose. Para outras infecespelatnia,no necessrio administrar o purgativo depois da administrao de niclosamida. Aabsoro desprezvel no trato gastrintestinal.

    Os efeitos adversos so poucos, infrequentes e transitrios.Podem ocorrer nuseas e vmitos.

    DIETILCARBAMAZINAA dietilcarbamazina um derivado da piperazina, ativo nasinfeces pelas filrias causadas por W. bancroftie L. loa.A dietilcarbamazina rapidamente remove as microfilrias da circulaosanguneae possui efeito limitado nos vermes adultosdentrodos linfticos, com pouca ao nas microfilrias in vitro.Sugeriu-se que ela modifica o parasita de modo que ele se tornasuscetvel s respostas imunolgicasnormaisdo hospedeiro.Ela

    tambm pode interferir com o metabolismo araquidnico hel-mntico.

    O frmaco bem absorvido por administrao oral e distribudo pelas clulas e tecidos do corpo, exceto o tecido adiposo.Ela parcialmente metabolizada, e, tanto o frmaco original,quanto seus metablitos so totalmente eliminados na urina em48 horas.

    Os efeitos adversos so comuns, porm transitrios, desaparecendo em cerca de um dia, mesmo se o frmaco continuarsendo administrado. Os efeitos colaterais do frmaco em siincluem os distrbios gastrintestinais, as artralgias, a cefalia esensao geral de fraqueza. Os efeitos colaterais alrgicos referentes aosprodutos das filrias moitasso comuns e variam coma espciedo verme. Emgeral, estes comeam duranteo primeirodia de tratamento e duram 3-7 dias; eles incluem reaes cutneas, aumento das glndulas linfticas, tonturas, taquicardia,alm de distrbios gastrintestinais e respiratrios. Quando estessintomas desaparecem, doses maiores do frmaco podem seradministradas sem problemasadicionais. O frmaco no usadoem pacientes com oncocercose, nos quais podem surgir importantes efeitos adversos.

    LEVAMISOLO levamisol efetivo em infestaes pelo nematelminto maiscomum(Ascaris lumbricoides). Elepossuiao nicotina-simile,estimulandoe,subsequentemente,bloqueandoasjunes neuro-musculares. Os vermes paralisados so, ento, expelidos nasfezes. Os ovos no so mortos. O frmaco administrado oralmente, rapidamenteabsorvido e amplamente distribudo. Eleatravessa a barreira hematoenceflica. Ele metabolizado nofgado em metablitos inativos, que so eliminados atravs dorim.Sua meia-vidaplasmtica de 4horas.

    Quando o tratamento em dose nicausado,os efeitos adversos so poucos e desaparecem logo. Eles incluem os distrbiosgastrintestinais,as tonturas e as erupescutneas.Altas concentraes podemapresentar aes nicotnicasnos gnglios autnomosnohospedeiro mamfero.Halguns relatosde encefalopatiaassociada ao uso de levamisol, porm este parece ser um efeitocolateral raro.

    IVERMECTINAIntroduzidaprimeiramenteem 198 1,como umfrmaco veterinrio, a ivermectina tem sido usadacomenorme sucesso nos sereshumanos como um antiparasitrio de amplo espectro, seguro ealtamente efetivo. Ela aprimeiraescolha de frmaco para o tratamento de infestaes pelas filrias, e muito efetiva na oncocercose. Mais de 250 milhes de doses do frmaco foram administradas no mundo todo desde 1990, e ele frequentementeusado nas campanhas globais de sade pblica. Quimicamente,a ivermectina um agente semi-sinttico derivado de um grupode substncias naturais, as avermectinas, obtidas a partir de ummicrorganismo actinomictico. Ela possui atividade anti-hel-mnticapotente sobre a filria nos seres humanos, sendo ofrmaco de escolha para oncocercose, que causa a cegueira do rio; elatambm obteve bons resultados contra a W. bancrofti, que causaaelefantase. Umadose nicadestri as microfilriasimaturasdeO. volvulus, porm no os vermes adultos.A ivermectina reduz,aincidncia de cegueira pelo oncocerco em at 80%. O frmacotambm possui atividade contra as infecesporalguns nematel-mintos: nematelminlos comuns, verme chicote e nematdeosfiliformes tanto navariedade do ReinoUnido(Enterobius vermicularis)como nadosEstadosUnidos (Strongyloidesstereoralis),

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    pormnoemancilstomos.Ela administrado oralmente epossui meia-vidade 11 horas.

    Considera-se que a ivermectina destrio verme pelas aberturas dos canais inicos de cloro controlados pelo glutamato(encontrados somentenos invertebrados)e peloaumento dacondutncia ao Cl~; e, ainda, por ligar-seem umnovo localalostri-co no receptor de nicotnico da acetilcolina, causando aumentona transmisso e levando paralisia motora ou ligando-se areceptores de cido aminobutrico.

    Os efeitos adversos incluem erupes cutneas, febre, vertigens, cefalias e dores nos msculos, articulaes e nas glndulas linfticas. Emgeral, o frmaco muitobemtolerado.

    RESISTENCIA AOS FARMACOSANTI-HELMNTICOS

    Aresistnciaaos frmacos anti-helmnticos umproblemageneralizadoe crescente, afetando no apenas os seres humanos,mastambm o mercado de sade animal. Durante os anos 1990,asinfestaes helmnticas nas ovelhas (e em menor extenso nogado) desenvolveram graus variados de resistncia a vrios frmacos anti-helmnticos. Os parasitas que desenvolveram talresistncia passaram esta capacidade sua prole, levando emrpida sucesso ao fracasso no tratamento e persistncia dainfecopeloverme. O usogeneralizado de agentes anti-helmnticos na lavoura foi relacionado com a expanso das espciesresistentes.

    H,provavelmente, vrios fatores que contribuem para osmecanismosmolecularesenvolvidos naresistnciaao frmaco.Apresena da glicoprotena-P transportadora em algumas espciesde nematdeosj foi mencionada,e demonstrou-se que o uso deagentes como o verapamil, que bloqueiam esse transportador,podeparcialmentereverter a resistnciaaobenzimidazolnos tri-panossomos.Noentanto,alguns aspectos daresistnciaao benzimidazolpodem ser atribudosao comprometimento da capacidade de ligao de alta afinidade com a (3-tubulina parasitria. Damesmaforma,aresistnciaao levamisol est associada a mudanas na estrutura do receptor nicotnico da acetilcolina. No estclaro se estas alteraes so resultadodepolimorfismosgenticosocasionais ou de alguma outra faceta dabiologiaparasitria.

    A maneira pela qual os helmintosenganamo sistema imunolgico do hospedeiro de grande significncia. Ainda que elespossam prosperar nos locais imunologicamente expostos, comooslinfticosou a corrente sangunea,muitospossuem vida longae podem coexistir com seus hospedeiros por muitos anos, semafetar seriamente sua sade, ou, em alguns casos, sem sequerserem notados.impressionante que as duas famlias principaisde helmintos, embora evoluindo separadamente, demonstremestratgias similares paraevitar a destruio pelosistemaimunolgico. Claramente, isto deve ser de fundamental valor para asobrevivncia das espcies.

    NoCaptulo 14,discutimos os dois tipos principais de estratgias inflamatrias/imunolgicas, denominadas de repostasThl e Th2, sendo a ltimacaracterizadapelodesenvolvimentodeumarespostamediadapor anticorpo, emvez do desenvolvimento de uma resposta imunolgica mediada pelas clulas. Pareceque muitoshelmintospodem,de fato, explorar esse mecanismo,desviando osistemaimunolgicodarespostaTh1local,queseriapotencialmente mais danosa ao parasita e promovendo,em vezdisso, um tipo modificado de resposta Th2 sistmica. Isto estassociado produo de citocinas "antiinflamatrias", como ainterleucina-10, e , ento, favorvel ou, pelo menos, mais bemtolerado pelosparasitas. Omecanismopelo qual conseguido

    complexo e apenas marginalmente relevante discusso presente, dessa forma o leitor interessado encorajado a estudar oassunto separadamente se desejar (Pearce & MacDonad, 2002;Maizels et ai,2004).

    Ironicamente,a capacidade dos helmintosemmedificara resposta imunolgica do hospedeiro desta forma pode ter algumvalor na sobrevivncia dos prprios hospedeiros. Por exemplo,almdo efeito antiinflamatrio exercido pelas infeces helmnticas, v-se tambm a rpida cicatrizao dos ferimentos. Claramente, isto uma vantagem para os parasitas que tem que penetrar nostecidos sem destru-lo, alm de tambmpoder ser benfico para o hospedeiro. Props-se que a presena das infestaeshelmnticas pode mitigar algumas formas de malria e de outrasdoenas, possivelmente conferindo vantagens de sobrevivncianas populaes onde estas doenas so endmicas. A infestaodeliberada dos pacientes com a molstia de Crohn com nematdeos foi sugerida como umaestratgiapara reduzir a reincidnciadadoena, presumivelmenteporqueas vias deTh2,quesoativa-das durante a infecoparasitria, infra-regulamas respostasTh1que levam a este tipo de inflamao intestinal (Hunter & McKay,2004). Certamente, istopode ser demonstrado experimentalmente em ratos,e h alguma evidncia, pelos estudos em seres humanos com o uso do verme chicote Trichuris suis, de que isto pode,defato, ser umaopoteraputica vivel.Combaseemqueas respostas Th2 podem reciprocamente inibir o desenvolvimento dedoenas induzidasporThl,h,tambm,ahiptesedeque a ausncia comparativa da molstia de Crohn, bem como de algumasoutras doenas auto-imunes, nos pases em desenvolvimento,possaestar associada elevada incidncia de infestaes parasitrias, e o aumento da incidncia dessas molstias no ocidenteestaria associado aoelevado nvelde assistncia sanitriae com areduzida incidncia de infestao por helmintos! Este tipo deargumento geralmente conhecido como a "hiptesehiginica".

    VACINAS E OUTROS NOVOSENFOQUES PARAO TRATAMANTOANTI-HELMNTICO

    Apesar daenormidade do problemaclnico,houverecentementealguns pequenos acrscimos de frmacos anti-helmnticos depequeno peso molecular. Em uma nota mais positiva,o seqen-ciamento dogenomado nematdeode vida livre Caenorhabditiselegans est agora completo, e os genomas de vrios outros helmintos foram parcialmente sequenciados. Esta excitante novafonte pode tornar possvel no futuro a criao de espcies trans-gnicas que expresse as mutaes encontradas nos vermes parasitrios resistentes, promovendo, assim, melhor compreensodos mecanismossubjacentes resistncia.Alm disso,osbancosde dados do genoma podem ser consultados para oportunidadesprovveis de interveno teraputica. A disponibilidade de taisinformaes tambm abre caminho para outros tipos de agentesanti-helmnticos, como tambm para aqueles baseados no DNAanti-senso ou no RNA de pequena interferncia (Boyle &Yoshino, 2003).

    Porm no campo das vacinas anti-helmnticas que os progressos mais excitantes foram feitos (Dalton et al., 2003). Achave aqui foi o desenvolvimento da tecnologia do DNArecombinante. Antgenos, tais como as protenas presentes nasuperfcie do estgio larval (altamente infestante), foram identificados, os genes clonados, e as transcries expressas abundantemente na Escherichia coli e usadas como imungeno.

  • FRMACOS ANTI-HELMNTICOS 50Usando-se este enfoque, um sucesso considervel foi atingidono campo da veterinria, com vacinas para microrganismos,tais como Taenia ovis e Enterobius granulosus (em ovelhas),bem como Taenia saginata (no gado) e Taenia solium (nos porcos), com porcentuais de cura de 90%- 100% frequentementerelatados (Dalton & Mulcahy, 2001; Lightowlers et ai,2003).Um sucesso qualificado tambm foi obtido com vacinas paraoutras espcies de helmintos. Outros alvos potenciais paraestetipo de estratgia podem incluir as protenas de secreo vitaispara a sobrevivncia do parasita (p.ex., a catepsina protease daFasciola hepaticae o aspartato peptidase dos esquistossomos eancilstomos).

    Emborasejaverdadeiro que as infeceshelmnticas causadaspela Taenia ovis e pela Taenia saginata situem-senas margensdaimportncia mdica ou econmica, este progresso encorajadorporque, se ele puder ser replicado no caso das doenas helmnticas mais srias como a esquistossomase, revolucionaria o tratamento destas infeces generalizadas, bem como minimizaria oproblemado desenvolvimentoda resistnciaao frmaco ereduziria o peso ambiental dos resduos dos pesticidas que, algumasvezes,ocorrecomoconsequnciadas campanhas decontroleanti-helmnticoexageradas. Olhando mais para frente no futuro, podeser possvel desenvolver vacinas de DNAcontra estes microrganismos sem produzir imungeno algumcombase protica.

    REFERNCIAS E LEITURA ADICIONALArtigosgenricos sobre helmintose suas molstiasDrake LJ. Bundy D A 2001Multiple helminth

    infections in children: impact and control.Parasitology 122 (suppl): S73-S81 (O ttulo auto-explicativ)

    Horton J 2003 Human gastrointestinal helminthinfections: are they now neglected diseases?Trends Parasitol 19: 527-531 (Reviso acessvelsobre infeces causadas por helmintos e seustratamentos)

    Frmacos anti-helmnticosBoyle J P, Yoshino T P 2003 Gene manipulation in

    parasitic helminths. Int J Parasito! 33: 1259-1268 (Trata de abordagens como a terapia anti-senso; apenaspara o leitor interessado)

    Burkhart C N2000 Ivermectin: an assessment of itspharmacology, microbiology and safety. VetHum Toxicol 42: 30-35 (Artigo til que enfocaafarmacologia da ivermectina)

    Croft S L 1997 The current status of antiparasitechemotherapy. Parasitology 114: S3-S15(Cobertura abrangente dos aluaisfrmacos eresumo das abordagens a possveisfuturosagentes)

    Dayan A D 2003 Albendazole, mebendazole andpraziquantel. Review of non-clinical toxicityand pharmacokinetics. Acta Trop 86: 141-159(Reviso abrangente dafarmacocintica e datoxicidade desses importantesfrmacos)

    Fisher M H, Mrozik H 1992 The chemistry andpharmacology of the avermectins. Annu RevPharmacol Toxicol 32: 537-553

    Geary T G Sangster N C, Thompson D P 1999Frontiers in anthelmintic pharmacology. VetParasitol 84: 275-295 (Registro cuidadoso dasdificuldades associadas ao tratamentofannacolgico)

    Greenberg R M 2005 Are Ca2* channels targets ofpraziquantel action? Int J Parasitol 35: 1-9(Reviso interessante sobre a ao dopraziquantelpara aqueles que desejam seaprofundar no assunto)

    Liu L X, Weller P F 1996Antiparasitic drugs. NEngl J Med 334: 1178-1184 (Excelenteabordagem dosfrmacos antiparasitrios e deseus usos clnicos)

    Prichard R,Tait A 2001 The role of molecularbiology in veterinary parasitology. Vet Parasitol98: 169-194 (Excelente reviso da aplicao dabiologia molecular para a compreenso doproblema da resistncia aosfrmacos e para odesenvolvimento de novos agentes anti-helmnticos)

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    Dalton J P, Mulcahy G 2001 Parasite vaccinesareality? Vet Parasit 98: 149-167 (Discussointeressante sobre as esperanas e armadilhasque essa vacina traz)

    Lightowlers M W, Colebrook A L, Gauci C G cl al.2003 Vaccination against cestode parasites: anti-helminth vaccines that work and why. VetParasitol 115: 83-123 (Reviso muitoabrangente para o leitor dedicado!)

    Reao de helmintos a processos imunolgicos eseus potenciaisusos teraputicosHunter M M. McKay D M 2004 Review article:

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    .Maizels R M, Balic A, Gomez-Escobar N et al.2004 Helminth parasites

    masters of

    regulation. Immunol Rev 201: 89-116 (Revisoexcelente e milito abrangente que trata dosmecanismos da evaso imune; algumaspartesso complicadas para aqueles que no soespecialistas no assunto)

    Pearce E J. MacDonald A S 2002 Theimmunobiology of schistosomiasis. Nat RevImmunol 2: 499-5 12 (Trataprincipalmente daimunologia das infecespor esquistossomosem camundongos)

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