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O Coritiba planeja um novo estádio Couto Pereira capaz de concorrer com a Arena da Baixada, do rival Atlético--PR, na busca por eventos e que seja mais atraente aos torcedores.
Os planos começam a ser desenha-dos após o time conseguir aprovação da IPPUC (Instituto de Pesquisa e Pla-nejamento Urbano de Curitiba), órgão da Prefeitura de Curitiba, de liberações
para o uso do terreno, no bairro do Alto da Glória, no final de março.
“O Coritiba em 2016 realizou diver-sos estudos de arquitetura no terreno do Alto da Gloria e outras regiões da cidade para poder definir qual modelo de conceito arquitetônico e financeiro seguir. Optou-se pelo conceito de um novo estádio, passando por uma gran-de reforma do atual Couto Pereira.
Após liberação da prefeitura, Coritiba planeja nova arena
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
B O L E T I M
NÚ
ME
RO
DO
DIA
EDIÇÃO • 731 QUINTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2017
WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR
Vista aérea do Couto Pereira,
estádio do Coritiba; clube teve liberação da prefeitura para erguer um centro comercial anexo ao estádio, o que
deve elevar a receita com o espaço e
reduzir a diferença de arrecadação em relação ao Atlético
com sua Arena
1
510miFoi o faturamento do
Flamengo em 2016, de acordo com o balanço financeiro do clube;
desse total, R$ 297 mi foi dinheiro de televisão
O F E R E C I M E N T O
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B A S Q U E T E M U D A L O G O M A R C A
Sob nova direção, a CBB já fez a primeira ação de marketing para renovar a cara do basquete, abalada pela perda da licença da confederação junto com a federação internacional.
O marketing da CBB anunciou a criação de nova logomarca e de nova nomenclatura: “Basquete Brasil”.
“Adotaremos essa nomenclatura por sermos o órgão representativo do basquete no Brasil”, diz Guy Peixoto, novo presidente da entidade.
C O R E I A D O S U L D Á AVA L A ‘ R I VA I S ’
A delegação da Coreia do Norte poderá viajar para a vizinha do sul nos Jogos de Inverno de Pyeongchang, se desejar. A informação foi divulgada pelo governo sul-coreano.
Os norte-coreanos necessitam de aprovação para viajar. Os dois países nunca assinaram um tratado de paz, o que dificulta a relação entre ambos.
A Coreia do Sul abriga atualmente o mundial de hóquei no gelo, que tem a presença dos norte-coreanos.
F L A M E N G O T E R Á F O O D PA R K
O clube promoverá no fim de semana a primeira edição do “Gávea Gourmet”. O espaço terá food trucks e food bikes, além de música, atrações para as crianças e a transmissão ao vivo de Flamengo x Vasco, pelas semifinais da Taça Rio.
A ideia é fazer da Gávea um local de entretenimento para torcedores, no estilo das casas dos países que funcionaram durante as Olimpíadas. O local terá entrada gratuita.
Reforma com ares de obra nova”, afirmou Alceni Guerra, vice--presidente do clube, com exclusividade à Máquina do Esporte.
“Esse é o primeiro passos de vários que deverão seguir. O pró-ximo será a formação de comitê de desenvolvimento de produ-to para definição de todos os parâmetros necessários e poste-
rior desenvolvimento dos projetos legais, para enfim ser emitido alvará de construção e reforma”, acrescentou o dirigente.
A liberação teria sido facilitada pela boa relação com o prefeito Rafael Greca, torcedor do Coritiba, algo negado por Guerra. “A relação é a mais cordial possível. O Coritiba tem como política de governança, prezar pelo legalmente constituído. Buscaremos sempre realizar os atos formalmente, sem interferência política.”
Em 29 de março, aniversário de 324 anos de Curitiba, o Vovô Coxa, mascote do clube, presenteou simbolicamente a cidade com camisas ao prefeito. “Temos o maior respeito pelos nossos adversários, mas dizemos que glória mesmo está na camisa ver-de, a cor das araucárias, o primeiro time do Paraná”, disse Greca.
Com a permissão, o Coritiba tem o direito de explorar comér-cio e serviços em construções com aproveitamento de 2,5 vezes a área do terreno, o que pode atrair novos parceiros, embora haja limites: “O Coritiba conceituou um novo estádio, atenden-do à nova realidade do futebol e da sociedade, com centros de comércio e serviços de bairro”, disse Guerra, que acrescentou que não poderá ser construído um shopping nesse local.
A busca, agora, será por investidores. “A viabilidade está na formação de um fundo de investimento. Existem diversas inves-tidores qualificados e profissionais com interesse e necessidade de investir em projetos com bom retorno”, finalizou o dirigente.
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Levantamento prévio feito pela con-sultoria EY aponta que o futebol deve ter alcançado, em 2016, faturamento próximo a R$ 6 bilhões, indício de que a indústria mantém o ritmo de crescimento, alheio a qualquer crise econômica que o país esteja vivendo.
E por que isso acontece?Um bom indício é ver o que acon-
tece em Curitiba. Atlético e Coritiba duelam entre si para oferecer os me-lhores serviços possíveis ao torcedor. E essa concorrência estimula a melhoria no segmento como um todo, além de gerar, obviamente, mais receita aos dois clubes (leia mais na página 4).
Não há muito segredo. Quando há o estímulo de toda a cadeia produtiva em tornar-se mais eficiente para que o consumidor seja bem recebido, há um reflexo direto na geração de receitas.
O maior salto que o futebol brasilei-ro teve nos últimos quatro anos está ligado à criação desse conceito de estí-mulo à melhoria na prestação de ser-viço ao torcedor que, por sua vez, gera um aumento na receita dos clubes.
O salto do programa de sócio-tor-cedor, estimulado pela “provocação” feita por meio do Movimento por um Futebol Melhor da rivalidade entre os clubes pelo índice do torcedômetro.
A preocupação com o incremento da ida de público aos jogos, criada pela comparação via imprensa de quanto cada clube leva de torcedor aos jogos.
A necessidade de melhorar os está-dios, estimulada pela construção das novas arenas (Curitiba, Porto Alegre e São Paulo são os melhores exemplos).
Esses três fatores contribuíram, e muito, para que o futebol tivesse um salto na arrecadação nos últimos anos.
Agora, a disputa no digital deve ser o próximo fator de movimentação do mercado. O esporte é quem agradece.
Concorrência entre clubes estimula melhora no esporte
O prefeito de São Paulo, João Doria Junior, disse que o autódromo de Interlagos deverá ser privatizado ainda este ano. A justificativa do prefeito para a cidade se desfazer do local, um dos poucos autódromos lucrativos do país, é de que essa é a única forma de manter a etapa brasileira da Fórmula 1 na cidade de São Paulo.
“A privatização do autódromo é a garantia da continuidade da Fórmula 1. E eu entendo que Fórmula 1 é importante, mas com dinheiro privado, não com dinheiro público. E é perfei-tamente possível que ela continue funcionan-do com dinheiro privado e com um autódromo privado”, afirmou Doria à agência Reuters.
De acordo com o prefeito, Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1, deverá ser um dos in-
teressados em participar do leilão. A informa-ção, porém, não é confirmada pelo dirigente.
“Eu não disse nem ‘sim, eu vou comprar’ nem ‘não, eu não vou comprar’. Vamos esperar e ver”, disse Ecclestone à “Reuters”, demons-trando menos empolgação do que o prefeito. Segundo ele, foi dada uma indicação aos novos controladores da F-1 para comprar o espaço.
O valor da venda não foi estipulado ainda.Atualmente, Interlagos é administrado pela
São Paulo Turismo, empresa de capital aberto que tem a prefeitura com 95% das ações. O ór-gão conseguiu transformar Interlagos ao longo de quase uma década, fazendo com que o es-paço se tornasse lucrativo, com diversas com-petições do automobilismo e outros eventos.
Prefeito de São Paulo diz que Interlagos poderá ir para ex-chefão da Fórmula 1
3
POR REDAÇÃO
O P I N I Ã O
POR ERICH BETING
diretor executivo da Máquina do Esporte
A valorização da transmissão por streaming do esporte chegou aos Estados Unidos. A NFL, liga de futebol americano, anunciou que vai trocar o Twitter pela Amazon nas transmissões via streaming.
Para ter o direito de exibir dez rodadas das partidas de quinta--feira à noite, a Amazon vai pagar US$ 50 milhões à NFL, cinco vezes mais do que o Twitter desembol-sou ano passado pelos direitos, segundo a agência Bloomberg.
Por esse valor, a plataforma OTT Amazon Prime Video venceu a concorrência com YouTube, Fa-cebook e o próprio Twitter pelos direitos de tranmsissão por stre-aming, que foram vendidos pela primeira vez na temporada 2016.
As partidas de quinta à noite, que também são exibidas pelas redes abertas CBS e NBC, estarão disponíveis ao público por uma assinatura de US$ 99 (plano anual)
ou US$ 10,99 (plano mensal). É a primeira operação desse tipo de streaming no setor esportivo.
“A NFL foi um grande sócio para lançar nossa estratégia e continuaremos trabalhando com eles para levar o melhor conteúdo possível a nossos apaixonados fãs do esporte”, afirmou por meio de nota o Twitter à Bloomberg.
Os serviços de streaming estão
em alta nos EUA. Nesta semana, o YouTube começou no país a ope-ração do seu YouTube TV, que co-bra uma assinatura mensal e dá a opção de assistir a 40 canais, entre eles a ESPN e a Fox Sports. O ser-viço ainda é restrito aos EUA.
Em meio a esse cenário, o valor pago pela Amazon nos direitos é justificado. A NFL é a primeira liga a conseguir a venda via streaming.
Por US$ 50 milhões, Amazon desbanca Twitter na NFL
4
A Coca-Cola substituirá a Pepsi como refrigeran-te oficial da MLB (liga americana de beisebol). A ideia da marca é utilizar aplicativos digitais e redes sociais para ativar o patrocínio à competição.
O acordo permite à Coca-Cola se conectar com os fãs de beisebol através de diversas plataformas digitais operadas pela MLB, incluindo os aplicati-vos da modalidade e os sites das franquias.
A marca de bebidas já tinha acordos comerciais com 18 das 30 equipes da liga. Mas era a rival
quem tinha o contrato de bebida oficial da MLB. Mesmo sem essa propriedade, a Pepsi continuará sendo vendida nos estádios das 11 equipes com as quais tem acordo, entre elas, New York Yankees e Chicago Cubs, atual campeão. Apenas um time tem compromisso com a Zevia.
A briga pela MLB é mais um round na disputa entre Coca-Cola e Pepsi nas grandes ligas dos EUA. Em 2015, foi a marca de Nova York que rou-bou da rival o posto de bebida oficial da NBA.
Coca-Cola desbanca Pepsi em acordo no beisebol
POR REDAÇÃO