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Ano LVII • outubro • 2017 • n o 511 Salve Mãe Aparecida, Rainha do Brasil Interceder é semear meditação dos Mistérios Gloriosos FÁTIMA 2018 Confirmação das inscrições

511 Ano LVII • outubro • 2017 • n - ens.org.br · Carta Mensal no 511 • outubro ... - O terceiro aspecto é o encon-tro: as redes não se enchem de peixes, mas de uma presença

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Salve MãeAparecida,Rainha doBrasil

Interceder é semear

meditação dos Mistérios Gloriosos

FÁTIMA 2018Confirmação das inscrições

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Í N D I C E01 Editorial

Super-Região02 Nossa Senhora Aparecida: devoção e compromisso cristão03 Maria na lama05 O valor social do casamento e da família07 Ela minha Mãe!08 Interceder é semear09 Meditação dos Mistérios Gloriosos11 XII Encontro Internacional das ENS Fátima 2018

Igreja Católica13 Amoris Laetitia - capítulo IX14 Palavra do Papa15 Matrimônio e Ordem - Chamados para

o Amor

Vida no Movimento17 Província Norte17 Província Nordeste I18 Província Centro-Oeste19 Província Leste21 Província Sul I22 Província Sul II23 Província Sul III

Raízes do Movimento24 Que vêm vocês fazer nas equipes?

25 O próximo Sacramento do Cristo

Testemunho27 Foram as Equipes de Nossa Senhora que me

levaram a ele!29 O Dom de educar os filhos para o mundo

Reflexão30 Eleição do CRE31 Respostas ao Tema de Estudo 32 Fraqueza ou Vontade: no caminho para ascese34 O Papa e as crianças37 Ama seu padre?38 Nós te encontramos no silêncio

Partilha e PCE39 Harmonia sexual no casamento40 O Retiro Espiritual41 Retiro, um encontro marcado com Deus41 “Viver uma experiência mais próxima de

Deus”

Serviços nas ENS

43 CRP - Casal Responsável de Província 43 A missão do Casal Responsável de Província

45 Notícias

Equipes de Nossa Senhora

Car ta Mensa lno 511 • outubro • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Res-ponsável: Ivahy Barcellos - Foto de capa: Museu de Cêra Nossa Senhora Aparecida-SP - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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editorial

Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

Queridos irmãos equipistas,Já são trezentos anos de bênçãos de Nossa Senhora

Aparecida. A comemoração, que teve início no dia 12 de outubro de 2016, deixou-nos a certeza de que o Ano Mariano fez crescer ainda mais o fervor da devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).

Em homenagem a esta data especial, a Carta deste mês vem com alguns artigos sobre Nossa Senhora da Conceição Aparecida, além da sugestão do terço meditado, mistérios gloriosos, presente do Casal Responsável pela intercessão no Brasil, Goretti e Moacir.

Aos equipistas inscritos no XII Encontro Internacional das ENS em 2018, na cidade de Fátima, temos o passo a passo da confirmação das inscrições. O prazo termina em 15 de novembro.

Nosso agradecimento ao Padre Geraldo Hackmann, que nos auxiliou durante as nove últimas edições da Carta com reflexões enriquecedoras sobre cada capítulo do Amoris Laetitia e se encerra com o nono capítulo, intitulado “Espiritualidade conjugal e familiar”.

A bandeira Igreja desta edição conta com duas matérias imperdíveis: “Como anda o terreno do nosso coração?”, adaptação da palavra do Papa, e “Matrimônio e Ordem – Chamados para o Amor”.

Por fim, outubro também é mês de discernimento do novo Casal Responsável de Equipe. Deixamos nosso abraço àqueles que são chamados a viver e servir mais intensamente sua equipe, uma ocasião de graça.

Peçamos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a “mãe amável, a mãe querida” do nosso Brasil, que interceda por cada um de nós e pelo nosso povo para que, seguindo os seus passos, possamos ir ao encontro daquele que nos espera de braços abertos, o Cristo Redentor, o Filho de Maria.

Ótima leitura.

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Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO”

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super-região

O dia 12 de outubro é um dia muito especial para os brasilei-ros. Em diversas capelas, matrizes e catedrais se celebra com muita reverência a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Apareci-da, Rainha e Padroeira do Bra-sil. É fervorosa a devoção que o povo brasileiro nutre por Nossa Senhora, através da imagem de barro escurecida pelo fundo do rio Paraíba do Sul, onde foi en-contrada por três pescadores em 1717. É verdadeira que esta festa se espalha por todo o Brasil, mas no Santuário Nacional, “casa da Mãe”, a experiência mística dos que recorrem a sua intercessão é claramente perceptível. Neste ano essa experiência será enriquecida pela celebração dos 300 anos do encontro da imagem.

Quero aproveitar essa opor-tunidade para deixar, através do gesto de uma ilustre devota, um conselho: devoção a Maria nos conduz ao compromisso cristão. Reconhecendo a dignidade de Rainha em Nossa Senhora, a ima-gem recebeu, em Aparecida, uma coroa especial. Ela veio das mãos da Princesa Isabel, filha do Impe-rador Dom Pedro II, do qual era também sucessora. A princesa e o marido, o Conde D’Eu, estive-ram em Aparecida no dia em que na época se comemorava a festa, 8 de dezembro do ano de 1868. Foi nessa data que doaram para

Nossa Senhora Aparecida: devoção e compromisso cristão

Nossa Senhora a coroa de 24 qui-lates, com 300 gramas de ouro e 40 diamantes. Um bonito gesto de devoção.

A devoção e o presente vieram acompanhados da grande coroa que a princesa deu a Nossa Senho-ra, a libertação dos escravos. Foi ela quem assinou a abolição da es-cravatura no Brasil em 13 de maio de 1888, quase 20 anos depois de ter dado o presente que a imagem histórica de Aparecida passará a usar de modo constante. Até hoje é essa coroa da imagem de Apare-cida. Um gesto de devoção acom-panhado do compromisso cristão.

A Santíssima Virgem “é legiti-mamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venera-da sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refu-giam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades” (Lumen Gentium, 66). É legitimo e lou-

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vável prestar culto a Maria. Con-tudo, esse culto é eficaz quando nos converte ao seu Filho e nos faz cristãos cada vez mais comprome-tidos.

Que o exemplo da Princesa Isa-bel, um dentre muitos, possa nos ajudar a melhor celebrar a Soleni-dade de Nossa Senhora da Concei-ção Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Que alcancemos de seu Filho Jesus Cristo a graça de cor-respondermos com fidelidade aos apelos de Deus em nossa vida.

Honrá-la como rainha e celebrar 12 de outubro de 2017, os 300 anos do encontro da imagem, de-vem ser ocasiões de devoção, mas também de nos comprometermos com um país justo e fraterno.

Nossa Senhora Aparecida interceda pelo nosso Brasil.

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

MARIA NA LAMAHá trezentos anos um grupo

de pescadores saiu como de cos-tume para trabalhar e lançar as redes...

Foram surpreendidos por um achado que mudou os seus pas-sos: no seu dia a dia foram encon-trados por uma pequena imagem coberta de lama. Era Nossa Se-nhora da Conceição, que durante quinze anos permaneceu na casa de um deles, e os pescadores iam lá rezar, e Ela ajudava-os a crescer na fé.

Ainda hoje, Aparecida é uma

verdadeira escola de discípulos, sob três aspectos:

- O primeiro são os pescado-res: um pequeno grupo de ho-mens que todos os dias saía para trabalhar e desafiar a insegurança de nunca saber qual seria o “lu-cro” do dia.

Quantas pessoas fazem o mes-mo hoje: saem cedo para ganhar a vida, também com a insegu-rança de não saber qual será o resultado. E – quase sempre – en-frentam o flagelo do nosso país: a corrupção, que arruína vidas,

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arremessando-as na pobreza, e corrói o dia a dia de todos.

Determinada e santa “obsti-nação” de quem todos os dias não deixa de lançar as redes!

- O segundo aspecto é a mãe: uma mãe atenta que conhece e acompanha a vida dos seus fi-lhos, aparece quando ninguém a espera, não tem medo de se imergir com eles nas dificuldades, de se sujar para renovar-lhes a es-perança.

- O terceiro aspecto é o encon-tro: as redes não se enchem de peixes, mas de uma presença que lhes deu a certeza de que não es-tavam sozinhos. E aquela presen-ça tornou-se comunidade, Igreja.

Vamos como filhos aprender o que, depois de 300 anos, aquele evento continua a dizer-nos:

Em Aparecida encontramos um povo que se confessa pecador, um povo forte e obstinado, cien-te que sua vida está cheia de uma presença que se esconde no seu dia a dia, e os encoraja e ampara.

Aparecida não traz receitas, mas nos despe das vestes inúteis e faz-nos voltar às raízes, ao es-sencial, à fé. Aparecida só quer renová-la no meio de tantas “in-clemências”, e tornar o Evange-lho vivo.

E quanta fé deste povo! Num mundo infestado de injustiças, uma sociedade fragmentada, na qual a impunidade da corrupção continua a fazer vítimas, dão-nos o exemplo: não sentir medo da lama da história contanto que re-novemos a esperança.

Só pesca aquele que não tem

medo de arriscar e de se com-prometer pelos seus, porque só deixando as seguranças a Igreja se centra Naquele que é fonte de Vida.

Não podemos negar a reali-dade cada vez mais complexa e desconcertante, mas devemos vi-ver sem permitir que nos vejam como ascéticos e neutros, mas homens e mulheres apaixonados pelo Reino, desejosos de impreg-nar as estruturas da sociedade com Vida e Amor, partilhando o bom odor de Cristo, que conti-nua a nos transformar.

“Prefiro uma Igreja acidenta-da, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e a co-modidade de se agarrar às pró-prias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o cen-tro” (Evangelii Gaudium, 49 Papa Francisco).

Porque lá fora há uma multi-dão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: “Dai-lhes vós mes-mos de comer” (Mc 6,37).

Com Aparecida, teremos co-ragem para anunciar o Evangelho e força para enfrentar as dificul-dades, para que n’Ele tenhamos Vida... e em abundância.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

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“E ASSIM A LUZ SE FEZ..”

“A família fundada no casa-mento é uma sábia instituição do Criador, para realizar na humani-dade seu desígnio de amor.“ É as-sim que cada casal começa, com essa herança, com esse tesouro, fundar famílias que sejam desíg-nios do amor de Deus, isso é con-fiança, é missão, é cumplicidade, pois o Casal humano é a imagem do amor de Deus. Somos reple-tos de amor humano e amor de Deus, por isso nossa responsabi-lidade tem que ser uma resposta de amor e comunhão.

O casamento que nos uniu tem que ser transformado no dia a dia no sacramento de vida, de fecun-didade, de misericórdia e perdão. Foi nos dado como herança um sonho de Deus: A FAMÍLIA, e isso faz do casal o guardião desse te-souro, e o futuro da humanidade vem sendo preservado de gera-ção em geração por casais que decidiram assumir essa missão: SER LUZ NO MUNDO.

De um gesto concreto de duas pessoas que por amor decidem assumir um compromisso de vida nasce a missão do casal, que com seu amor irá construir um mun-do melhor, um santuário de vida, de comunhão, de fraternidade. “A família cristã é chamada a to-mar parte viva e responsável na

O valor social do casamento e da família

missão da Igreja de modo pró-prio e original, colocando-se a serviço da igreja e da socieda-de no seu ser e agir, enquanto comunidade íntima de vida e amor” (FC 50).

É na família que o casal, pelo seu casamento, se torna corresponsável pela humani-dade, pois o fruto desse amor irá germinar e transformar o mundo, expressando o amor de Deus. Cada casal é parte de uma história, de um amor maior, que no seu cotidiano vai transformando a vida de mui-tas pessoas, que aprendem a viver juntas, a se respeitar, e com isso vão adquirindo valo-res que são agentes transfor-madores.

É na família que se aprende a dialogar, a perdoar, a convi-ver com as diferenças, com o respeito pelo outro, são valo-res que nascem do amor num exercício diário, é na família que se aprende a amar.

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No mundo de hoje, em que o casamento e a família são al-vos de toda espécie de futilida-des, o casal precisa se apoiar no amor maior, educar seus filhos na fé cristã, viver seu casamento como sacramento do dia a dia, se fortalecer na Palavra de Deus, buscar sempre viver a verdade e a misericórdia com sua famí-lia, para que sua missão de ser luz no mundo possa brilhar, res-plandecer.

É necessário que a família seja o primeiro lugar a ser cui-dado, ser cultivado, ser trans-formado num santuário de vida plena. Sabemos que hoje, com tantas tecnologias, tantas in-venções que distraem os jovens, que nos afastam uns dos outros, é necessário redobrar a atenção e buscar sempre na oração, for-ça para conduzir nossas famí-lias para que sejamos sempre a Luz que vai fazer brilhar o amor de Deus para a humanidade. O casal cristão recebe a luz de Je-

sus Cristo, tem que protegê-la, testemunhá-la, cuidar para que nunca se apague, eis sua missão.

E para realizar essa missão social, devemos ir para o mun-do, e simplesmente viver, sim-plesmente nos amar, mas com tanta força e transparência que as pessoas ao redor sejam in-conscientemente tocadas, a ponto de dizer: “mas olhem, como se amam!”. Em nosso mundo onde, mesmo entre os jovens, se perde a fé no amor, esse testemunho dado ao amor conjugal por casais cristãos é de grande valor”. (H. Caffarel)

Marilena e JesusCRP Norte

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Ouvindo a Carta Mensal:A partir da edição nº 500 da Carta Mensal é possível ouvir na íntegra todas as matérias publicadas em nossa revista. Um recurso muito útil, principalmente em função da vida corrida que atualmente temos, onde dedicar um tempo para a leitura é cada vez mais difícil.

O áudio gravado de cada matéria da revista é produzido através de voz digital, fato este que pode conter algumas pequenas distorções na sua estrutura auditiva, não comprometendo porém o seu entendimento.

Faça a experiência e partilhe conosco suas críticas e sugestões

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A primeira relação que deve-mos criar com Maria é a maternal. Antes da devoção vem o amor de mãe para com seus filhos e o amor destes para com sua Mãe.

Aqueles pescadores no rio Paraí-ba do Sul não encontraram naquela noite de pesca infecunda somente uma imagem, quebrada, da Virgem Maria. Eles apanharam do rio um fio de esperança, reencontraram-se, naquele momento, com a fé que até então estava desfalecida.

Apareceu nas águas aquela que jamais se afastou de seus fi-lhos, que esteve sempre perto, estava junto: na angústia, no so-frimento, na falta de alimento, na abundância do abandono e maus--tratos. Apareceu na imagem da Imaculada Conceição, aquela que nos foi dada no alto da cruz pelo Filho de Deus.

Manifestou-se a “Consoladora dos Aflitos”?, “Auxiliadora dos Cristãos”?, aquela que é “Bondo-sa e Bela”?, a “Advogada, Inter-cessora”?, a “Rainha dos Céus”?

Não. Pois o povo era explorado e passava fome, era escravizado e humilhado de todas as formas. E quando nos encontramos num momento de profundo abando-

no, quando nos vemos sem saída, desolados e angustiados, só que-remos uma pessoa ao nosso lado, só gritamos por uma pessoa, a nossa Mãe.

O povo encontrou uma luz, um alento, uma saída, um refú-gio. Encontrou naquela pequeni-na imagem um colo de mãe.

Quem encontrou ou encontra em Maria Santíssima o colo da Mãe vai tê-la sempre como Inter-cessora, Advogada, Consoladora, Auxiliadora, Rainha, Bondosa e Bela, Mãe das Graças, Desatadora de Nós, Perpétuo Socorro. Pois a nossa Mãe é para nós tudo isso e mais um pouco.

Voltemos ao calvário: Jesus na cruz, Maria aos pés da cruz com o discípulo que Jesus amava e rece-bamos juntos esta doação: “Eis aí a tua mãe!” (Jo 19,27).

Para fortaleci-mento do nosso amor e devoção digamos quando pensarmos em Maria: “Ela é mi-nha Mãe!”

Pe. Paulo Cesar da Silva Eq.10A - Região Norte I

Ela é minha mãE!

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Enquanto no mundo cresce a sede pelo poder, em todos os âmbi-tos – o poder de governar, o poder de possuir bens, de ser importante, de se destacar até mesmo no meio pastoral, como os mais sábios e mais santos –, Jesus nos lança ou-tra proposta: rezar silenciosamente, como a semente lançada no cam-po, que germina enquanto o ho-mem dorme, sem se preocupar por estar oculta. Simplesmente deixa que se cumpra em sua vida a mis-são que Deus lhe confiou: florescer.

Que possamos fazer o ofere-cimento de nossa vida assim, com humildade de coração. Lembremos que quando Jesus veio ao mun-do, os grandes viajavam em belos animais, potentes cavalos, mas a viagem da família de Nazaré para Belém foi montada em um jumenti-nho. Também quando fugiram para o Egito se serviram de um jumento e na entrada gloriosa para Jerusa-lém Jesus se serviu de um pequeno animal: um jumento. Ou seja, apre-sentou-se com humildade, com mansidão de coração. Portanto não se preocupe com a “grande-za” da sua oração, preocupe-se em servir com “amor”. Deixemos que Deus se sirva da nossa peque-nez, da nossa fragilidade. E com alegria vamos oferecer nossa ora-ção pelos irmãos, pedindo a Jesus

Interceder é semear!

que nos ajude a ter um coração semelhante ao seu: manso e humil-de. E estejamos certos de que todo ato de amor, por mais pequenino e invisível que seja para o mundo, é assistido por Deus.

Que neste mês de outubro, mês missionário, possamos fazer da oração nossa missão, pois todos devemos ser missionários, em terras distantes ou em nosso lar. E unidos a Mãe Aparecida, roguemos a Deus por cada um de nossos irmãos, cada um de nós, de nossos lares e de nossas equipes. Sua oração é preciosa, Deus conta com ela, os ir-mãos também.

Rezar é semear. Mas a messe é grande e os operários são pou-cos...

Venha unir-se a nós, seja também um intercessor! Aces-se o site: ens.org.br ou entre em contato conosco através do email: [email protected]

Goretti e MoacirCasal Intercessor Nacional

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MEDITAÇÃO DOS MISTÉRIOS GLORIOSOS

1o MISTÉRIO: A ressurreição de Jesus

O anjo disse às mulheres: Não tenham medo!Sei que buscais a Jesus que foi cru-cificado. Ele não está aqui, ressuscitou, como havia dito. Venham ver o lugar onde Ele jazia. (Mt 28, 5-6)É preciso ultrapassar a cruz, a noite escura da dor, para com Cristo vivermos a glória

da ressurreição. Quanta dor se infunde em nossa alma, quando estamos a rezar por alguém, de todo o coração, com toda a nossa fé e ainda assim vimos partir... Jesus ilumina nossa dor com sua luz e nos diz: Não temas, Eu venci a morte. A fé na ressurreição traz alegria e paz a nossa vida. Hoje vimos de forma imperfeita, como se houvesse uma névoa diante de nossos olhos, mas um dia veremos a vida como ela é de verdade e então exclamaremos: “Era isto Senhor que nos aguardava!”. Levanta teus olhos, acalma tua alma, alegra-te e prossegue tua oração confiante. Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

2o MISTÉRIO: A ascensão de Jesus ao céu

Depois de lhes ter falado, o Se-nhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus (Mc 16,19)Jesus disse aos discípulos que deveriam ir para a Galiléia, lá es-peraria por eles. E eles viram o Senhor ser elevado ao céu. Que-ridos irmãos(ãs), onde é a Galiléia de hoje, quem espera por ti? A tantos irmãos aflitos perdidos no caminho, estão sem forças porque perderam o emprego, muitos perderam casa... outros tantos perde-ram a Pátria... Jesus conta contigo para ajudar-lhe a encontrar o ca-minho, tua oração tem poder de reconstruir o mundo, de reconstruir corações, de iluminar o caminho, porque à direita do Pai está Jesus e Ele reza em teu coração. Creia, caminhe e reze...

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

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3o MISTÉRIO: A vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos

E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo... (Atos 2,1-4)Neste mistério meditamos o rosto da Igreja, casa de irmãos. Assim como em nossas famí-lias temos uma mãe, a família Igreja tem uma mãe que é Maria. Aquela que nos precede na ordem da graça, porque sempre soube ser dó-cil a ação do Espírito Santo. Peçamos à Virgem Maria, mãe da igreja e nossa mãe, por todos os lares, que pais, mães e filhos saibam ser dóceis

à ação do Espírito Santo, vivendo em harmonia sua missão de cada dia. Que o amor colocado em cada prece, em cada atitude, em cada sorriso, transforme nossos lares em um novo pentecos-tes, repleto de graças e de bênçãos. Um lugar onde é bom estar.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

4o MISTÉRIO: A assunção de Nossa Senhora ao céu

Porque olhou para a humildade de sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o poderoso fez grandes coisas em meu favor, santo é o seu nome. (Lc 1, 48-49)Querido irmão(ã), intercessor(a), que seja a Virgem Maria o nosso modelo, se olharmos para ela, não erraremos o caminho, e que ale-gria será se conseguirmos ajudar tantos ou-tros a caminhar para Jesus. Como dizem os santos, desde que o mundo é mundo, nunca se ouviu dizer que alguém que tenha recorrido à Santíssima Vir-gem, com confiança e perseverança, tenha sido por Ela desam-parado. Todos lhe procuram santos e pecadores. Então mãezi-nha muito amada, lembra-te de todos aqueles que se confiam às nossas orações, apresenta a Deus a nossa humilde oferenda ornada com tua graça e a profundidade da tua fé, oh, doce intercessora...

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...

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5o MISTÉRIO: A coroação de Nossa Senhora, como rainha do céu e da terra

Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. (AP 12.1)Desde o momento em que foi escolhida e aceitou ser a mãe de Jesus, Deus a elevou Rai-nha do céu, Senhora do mun-do. O sol, a lua, as estrelas,

toda a criação glorifica sua rainha. Na ladainha rezamos: Rainha dos anjos, rainha dos apóstolos, rainha dos mártires, rainha da paz. Nós te rogamos, rainha dos mártires, por todos os mártires deste tempo, cujas vidas são ceifadas, por serem cristãos, por amor a Jesus. Defendei-nos e amparai-nos. Mostra ao mundo o caminho da paz. Valei-nos Santa Virgem Maria, mãe da divina graça, mãe do salvador, virgem poderosa, sede da sabedoria, fonte da nossa alegria, auxílio dos cristãos, rainha de todos os santos, rainha da paz.

Pai Nosso, 10 Ave Maria, Glória...Reza-se o Agradecimento; Salve Rainha. Sinal da Cruz.

XII ENCONTRO INTERNACIONAL DAS ENS FÁTIMA 2018

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Vamos todos à Fátima!! Porque somos seus filhos, e Ela é uma mãe atenciosa e bondosa,

Ela é sempre a primeira que percebe as necessidades de seus filhos, e intercede junto à Cristo, pelos que ainda peregrinam entre

os perigos e dificuldades aqui na terra.Então, convidamos todos a participar desta santa peregrinação

à Fátima, seja físicamente ou espiritualmente, para juntos intercedermos à Deus, através de Sua doce Mãe.

CONFIRMAÇÃO DAS INSCRIÇÕES - PASSO A PASSO1. Acessar o site www.ens.org.br e anotar seu Código de Identifica-

ção (amarelo), conforme exemplo na página seguinte

2. Acessar o site www.endfatima2018.pt ou link no site ENS página principal: acesse o link para confirmação da inscrição.

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Código Identificação Inscrição Casal/SCE Ela - Nome Completo Ele - Nome Completo

0615020963327008160 008160 Casal PATRICIA CARLA LE SUEUR ROSA LUCIANO PEREIRA ROSA

0340051129807008161 008161 Casal ANA FLÁVIA DA SILVA BORGES LAGARES ROBSON DE OLIVEIRA LAGARES

0743061054457008162 08162 Casal MARLEI VHAVES DE CAMPOS LAZARETTI EDEMAR LAZARETTI

05080602255008393 008393 Casal LILIANA RODRIGUES TAKAHASHI ROGÉRIO TAKAHASHI DE ARAUJO

051203054157011928 011928 SCE x-x-x-x FLAVIO CAVALCA DE CASTRO

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Macro Calendário de Inscrições

Início da confirmação da inscrição on-line

Fim da confirmação da inscrição on-linePagamento pela SR de 50% da inscrição

Pagamento do restante valor para 100% da inscrição

Fim do prazo para indicarnecessidades de transporte

Envio de vouchers

2017 15 15 11 31 15 16 2018 set nov jan mai jun jul

3. Login – registrar seu email4. Receber, no email cadastrado, link para acessar a inscrição

ATENÇÃO:a) não recebendo o email da organização, verificar sua quarentenab) o email cadastrado será o único meio de comunicação com a

Organização do Encontro5. Registrar senha de 8 dígitos6. Preencher dados através dos filtros (país, tipo de inscrição, no de

participantes...)7. Preencher Código de Identificação da Inscrição no Brasil (item 1

na página anterior)8. Preencher dados da mulher e do homem9. Confirmar

E repetimos: Vamos todos à Fátima!!

Vera e José Renato LucianiCasal Coordenador Nacional

Rua Belém, 401- Bairro Brasil13301-453 - Itu-SP

Fone: (11) [email protected]

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O capítulo nono e último da Amoris Laetitia intitula-se “Espi-ritualidade conjugal e familiar”. Apesar de ser o capítulo mais breve – do número 313 ao 324 –, encerra com chave de ouro a Exortação. Neste capítulo, o Papa Francisco intenta descrever algu-mas características fundamentais da espiritualidade específica pró-pria das relações conjugais e fami-liares, citando quatro.

A primeira característica espe-cífica é a de ser uma espirituali-dade de comunhão sobrenatural, pois a Trindade está presente no “templo da comunhão matrimo-nial” e assim dá glória a Deus (n. 314), em uma “família real e concreta, com todos os seus so-frimentos, lutas, alegrias e propó-sitos diários”, tornando-se uma espiritualidade do vínculo habita-do pelo amor divino (n. 315), que torna a comunhão familiar “ver-dadeiro caminho de santificação na vida ordinária e de crescimen-to místico, um meio para a união íntima com Deus”, caminho que o Senhor se serve para levar os casais e as famílias às alturas da união mística” (n. 316).

A segunda característica espe-cífica é a união em torno de Jesus Cristo, centro que “unifica e ilumi-na toda a vida familiar”, tornan-do as horas amargas uma união

igreja católica

com Jesus abandonado (n. 317). A oração em família, mesmo com palavras simples, é “um meio pri-vilegiado para exprimir e reforçar a fé pascal”, sendo necessários apenas alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do Senhor vivo e dizer-lhe aquilo que preocupa, e apresentar as neces-sidades familiares, realizando seu ponto culminante na participação de toda a família na Eucaristia, so-bretudo no contexto do descanso dominical (n. 318).

A terceira característica especí-fica é o sentido exclusivo e liber-tador da espiritualidade do amor, que brota da pertença exclusiva a uma única pessoa: “os esposos assumem o desafio e o anseio de envelhecer e gastar-se juntos, e assim refletem a fidelidade de Deus”, como “pertença de cora-ção, lá onde só Deus vê”, e, assim, cada cônjuge é um para o outro sinal e instrumento da proximida-de do Senhor, que não os deixa sozinhos” (n. 319), embora com a consciência de que o outro perten-ce a Deus e não a si próprio e que só Deus pode ocupar o centro da vida de cada cônjuge (n. 320).

A quarta característica especí-fica é uma espiritualidade de so-licitude, da consolação e do estí-mulo. Três atitudes que tornam a família o “hospital mais próximo”

Amoris Laetitia Capítulo IX

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Palavra do Papa Como anda o terreno do nosso coração?

(n. 321), pois toda a “vida da fa-mília é um pastoreio misericordio-so” (n. 322), onde cada membro da família contempla “cada ente querido com os olhos de Deus” e reconhece “Cristo nele”, com uma disponibilidade gratuita, que permite “apreciar a sua dignida-de” (n. 323). Sob o impulso do Espírito, o núcleo familiar gera a vida em seu seio e se abre “para

derramar o seu bem nos outros, para cuidar deles e procurar a sua fe-licidade”, tornan-do-se, assim, “uma igreja doméstica e uma célula vida para transformar o mun-do” (n. 324).Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann

Setor E, Porto Alegre-RS

Na oração do Ângelus na Pra-ça São Pedro do dia 16 de julho de 2017 Papa Francisco fez uma reflexão sobre o Evangelho de Mt 13, 1-23, a parábola do semea-dor. Papa Francisco nos lembrou que Jesus, quando falava, usava uma linguagem simples e servia-se também de imagens, que eram exemplos tirados da vida diária, a fim de poder ser compreendi-do facilmente por todos. Por isso todos gostavam de ouvir e apre-ciavam a sua mensagem que ia diretamente ao coração; e não era aquela linguagem difícil de com-preender, como a dos doutores da lei da época. Explicou o Papa: O semeador é Jesus. Observemos que, com esta imagem, ele se apresenta como alguém que não se impõe, mas se propõe; não nos atrai conquistando-nos, mas doando-se: lança a semente. Ele espalha com paciência e genero-

sidade a sua palavra, que não é uma gaiola nem uma armadilha, mas uma semente que pode dar fruto. Por isso, a parábola diz res-peito sobretudo a nós: ela fala mais do terreno que do semeador. Jesus faz uma “radiografia espiri-tual” do nosso coração, que é o terreno sobre o qual a semente da palavra cai. O nosso coração é como um terreno, pode ser bom e então a Palavra dá fruto. Contudo há outros dois terrenos interme-diários que, de maneiras diversas, podemos ter em nós. O primeiro, diz Jesus, é o pedregoso. Tente-mos imaginar: um terreno pedre-goso é um terreno “onde não há muita terra” (cf. v. 5) e, portanto, a semente germina, mas não con-segue ganhar raízes profundas. É assim o coração superficial, que acolhe o Senhor, quer rezar, amar e testemunhar, mas não perseve-ra, cansa-se e não cresce. É um co-

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ração sem consistência, no qual as pedrinhas da preguiça prevalecem sobre a terra boa, onde o amor é inconstante e passageiro. Mas quem acolhe o Senhor só quando lhe apetece não dá fruto. Depois, há o último terreno, aquele es-pinhoso, cheio de sarças que su-focam as plantas boas. As sarças são “a preocupação do mundo e a sedução da riqueza” (v. 22). As sarças são os vícios que estão em contraste com Deus, que sufocam a sua presença: antes de tudo os ídolos da riqueza mundana, viver avidamente, para si mesmo, pelo ter e pelo poder. Se cultivarmos estas sarças, sufocamos o cresci-mento de Deus em nós. É neces-sário arrancá-las, senão a Palavra não dará fruto, a semente não crescerá. Papa Francisco contínua sua fala quase que explicitamente nos convidando a viver os Pontos Concretos de Esforço. Queridos ir-mãos e irmãs, Jesus convida-nos a olhar para dentro de nós: a agra-decer pelo nosso terreno bom (Oração Pessoal e Conjugal) e a trabalhar nos terrenos que ainda

não o são (Regra de Vida). Per-guntemo-nos se o nosso coração está aberto para acolher com fé a semente da Palavra de Deus. Questionemo-nos se os nossos pe-dregulhos da preguiça ainda são muitos e grandes; encontremos e chamemos pelo nome as sar-ças dos vícios (Meditação e De-ver de Sentar-se). Encontremos a coragem para limpar o terreno (Escuta da Palavra e Retiro). Por fim, Papa Francisco nos lembra da importância do sacramento da Reconciliação: ...uma boa limpeza do nosso coração, levando para o Senhor na Confissão e na oração, as nossas pedrinhas e as nossas sarças. Fazendo assim, Jesus, o bom samaritano, será feliz de rea-lizar mais um trabalho: purificar o nosso coração, tirando as pedras e os espinhos que sufocam Sua Palavra.

Adaptado do Ângelus da Praça São Pedro do

dia 16 de julho de 2017 por Cristiane e Brito

CR Comunicação Super-Região

Os sacramentos nos manifestam um Deus que, por meio de sinais sensíveis, entra em nossas vidas para nos santificar e salvar. A santificação e salvação acontecem na vivência do amor de Deus, experimentado e ex-pressado no amor ao próximo. Um amor que se revela no servir pelo cuidado com o outro.

Sacramentos de serviço amoroso e de cuidado são justamente o Ma-trimônio e a Ordem. Neles, a pessoa é chamada (vocacionada) a ser e es-tar para os outros. É chamada a par-tilhar a existência dos outros como alguém que serve, com amor e no amor. Nessas vocações – matrimo-nial e sacerdotal –, a pessoa ama e

Matrimônio e Ordem Chamados para o Amor

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é amada, constrói relações que san-tificam e que salvam. Podemos dizer que os dois sacramentos, juntos, podem melhorar e manifestar a ima-gem do amor com o qual Deus ama a humanidade. Deus ama a humani-dade e é exemplo para um casal que se ama e ama sua família! Deus ama a humanidade e é exemplo para um sacerdote que se consagra a Ele para amá-lo e a sua Igreja (povo de Deus, família das famílias)!

Nesses dois sacramentos, exis-tem, cada um a seu modo, as mes-mas exigências do amor: fidelidade, indissolubilidade e fecundidade. O casal e o sacerdote são chamados a nutrir sua capacidade de amar e servir a Deus e ao próximo, por meio destes três dons: fidelidade ao compromis-so, permanência no compromisso e amor fecundo pelo compromisso (ge-rando vida nas diversas dimensões). Compromisso, sim, pois quem ama se compromete e compromete toda sua existência!

Nessa perspectiva, podemos en-tender a intuição que tiveram aque-les casais que procuraram o Padre Caffarel, como auxílio para desco-brir o caminho da santidade matri-monial, bem como a intuição desse sacerdote ao propor aos casais um caminhar junto em busca dessa des-coberta. Sacerdote e casais podem empreender juntos tal busca, pois a santidade é o caminho de todos os que se sentem vocacionados a co-nhecer, amar e servir a Deus, tanto no matrimônio como no sacerdócio.

Precisamos, sacerdotes e casais, valorizar esse vínculo que as ENS pro-põem entre o matrimônio e a ordem. Tal valor se estabelecerá quando os sacerdotes se entenderem não como alguém que apenas orienta, acon-

selha e acompanha os casais numa equipe, mas como um membro efe-tivo que também recebe, por meio dela, crescimento e amadurecimento sacerdotal. E também quando os ca-sais compreenderem o sacerdote não como um prestador de serviço reli-gioso que os auxilia, mas como um membro da equipe que a completa com o dom de seu sacerdócio minis-terial. Essas duas vocações, nas ENS, são duas formas de amar a Deus e ao próximo, que se encontram, se entre-laçam e produzem um precioso teste-munho para um mundo tão sedento de bons exemplos e de esperança.

Como os dois discípulos de Emaús tiveram sua caminhada enriquecida pela presença de um terceiro pere-grino –. Jesus, assim também o casal deve acolher o sacerdote, apresen-tando-se para caminharem juntos, partilhando e ajudando-o a vencer as dificuldades. Ao mesmo tempo, nesse acolhimento, pode-se cumprir a missão de discípulo-missionário a serviço do Reino.

Agradeço ao Bom Deus por estes 18 anos de sacerdócio e de Conselheiro de ENS. Cresci e amadureci em minha vida sacerdotal e na compreensão do Evangelho da família e do matrimônio, nas partilhas e coparticipações belas e verdadeiras de meus casais, compa-nheiros de equipe, que buscavam e buscam com sinceridade os caminhos do Senhor. Eles, em sua busca since-ra, tornaram-se também sinais para a minha procura em crescer no conheci-mento, no amor e no serviço a Deus.

Dom Moacir Silva ArantesBpo. Aux. da Arquidiocese de Goiânia

SCE das EQ.08B - N. S. da Esperança Divinópolis-MG

e 8A - N. S. Mãe de Deus Goiânia-GO

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Província norTE

MUTIRÃO FESTA DA ALEGRIA

Foi realizado no dia 6 de agosto de 2017 o mutirão do setor casta-nhal, região Norte II.

Estiveram presentes 68 casais, e os temas foram apresentados com muita criatividade e animação. Todos os temas tiveram como base teórica os documentos das ens, foi um mo-mento de formação, e troca de expe-riência e partilha, fortalecendo a ca-

minhada das equipes que estiveram presentes.

Esse ano o setor escolheu o PCE Retiro como tema principal, com a palestra feita pelo Padre Pedro Bodei.

E assim o mutirão foi a festa da alegria. Magnificat!

Marilena e JesusCRP Norte

Província norDESTE i

ENCONTRO DAS EQUIPES EM MOVIMENTO

As Equipes de Nossa Senhora da Província Nordeste região RN II, reali-zaram nos dias 17 e 18 de junho de 2017, em Caicó-RN, com a presença de 28 casais, o Encontro das Equipes em Movimento.

Foi um momento de grande re-novação na caminhada equipista dos casais participantes. Os temas abor-dados no evento despertaram os ca-sais para desempenharem com maior afinco sua missão no Movimento, na

Igreja e no mundo. A chama da espiritualidade que

com o decorrer do tempo parece querer apagar-se foi reacendida em cada casal, pois as experiências e os ensinamentos partilhados redirecio-naram o caminhar equipista que tal-vez já tendesse a perder o rumo.

Também os testemunhos dados e a comunhão com outros casais reavi-varam nossas esperanças e nos mo-tivaram a continuar firmes na busca

vida no movimento

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por nossa santidade conjugal. Saímos do encontro muito mais

esclarecidos quanto à missão do casal equipista, como também mais quali-ficados para exercê-la.

Como nos diz o próprio Jesus em seu evangelho: “Não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la so-bre o candeeiro, a fim de que brilhe para todos” (Mt 5, 15), assim tam-bém não podemos guardar conosco todos esses ensinamentos, mas de-vemos levá-los aos demais casais de nossa convivência.

Agradecemos a Deus e a Nossa Senhora que por meio deste Movi-mento nos proporcionam momen-tos como este que só engrandecem a espiritualidade conjugal e solidifi-cam o sacramento do Matrimônio nos tornando capazes de dar nosso testemunho de casais cristãos na comunidade.

Terminamos todos convictos de que fomos chamados por Deus, e nós o seguimos.

Gecilma e Batista CRE - Eq. N. S. da Conceição

Caicó-RN

Província cEnTro-oESTE

ENCONTRO DE EQUIPESNOVO FÔLEGO

Com inscrição inicial de 77 ca-sais e participação de 73, realizou-se nos dias 5 e 6 de agosto o En-contro de Equipes Novo Fôlego, na cidade de Maracaju-MS.

Com felicidade sentimos que Deus fez-se presente onde todos

partilhamos nossas histórias e expe-riências e experimentamos da seiva do Movimento, da renovação, pela observação dos erros e acertos e da necessidade de avaliação, mudança e redescoberta que devem partir de nós mesmos.

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Como só chega em alto-mar quem tem coragem de transpor as ondas, todos os participantes se dispuseram a atender o chama-do de Cristo e subir na barca para avançar às águas mais profundas. E, o que é mais importante, pu-deram tomar essa consciência e decisão em equipe.

A Equipe Formadora nos trou-xe uma nova semente, que será regada com muito carinho e multi-

plicar-se-á em frutos, pois estamos renovados, reabastecidos, voltamos às origens e fomos chamados a ser ousados e fazer com que as equipes se fortaleçam e cresçam, difundin-do as maravilhas da vida cristã e da espiritualidade conjugal.

O Espírito Santo soprou em to-dos nós um Novo Fôlego.

Eliani e ZelonirCRS Setor Maracaju - Região

Mato Grosso do Sul

PEREGRINAÇÃO:SENTIDO DE MISSÃO

Província LESTE

No dia 2 de julho, motivada pelo ano Mariano, a região Minas V foi em peregrinação ao Santuário NOSSA SENHORA DA PIEDADE, em Caeté-MG. Saímos pela manhã, cerca de 100 casais, e teríamos, segundo nossas previsões, de 2,5 a 3 horas de ônibus até o Santuá-rio. Muito motivados e com muita alegria, sabendo que uma peregri-

nação é um momento privilegiado de experiência com Jesus, de dis-cernimento, de purificação, sob o aval da fé e da certeza da bondade de Deus.

No meio do caminho soube-mos de um acidente na estrada impossibilitando a passagem dos ônibus. A opção seria voltar e ten-tar outro caminho, sem a certeza

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de que nossos ônibus passariam. Resolvemos arriscar. Trânsito len-to, muita expectativa e apreensão, mas finalmente chegamos.

Infelizmente perdemos a mis-sa especialmente marcada para nós. Após o almoço fomos então conhecer as instalações do santuá-rio. Um lugar muito aconchegante, com altitude de 1.746 metros e 360 graus de vista panorâmica das montanhas de Minas. Linda obra da criação divina. Conhecemos o Caminho das Dores de Maria e logo depois nos deparamos com a Cripta São José. E quem estava lá: o Santíssimo Sacramento exposto para nossa adoração. Havíamos subido a montanha para orar e es-távamos diante do Santíssimo. Que momento sublime!

Depois conhecemos as escultu-ras do Calvário que ficam defronte à Ermida da Padroeira, uma pe-quena igreja erguida em 1767 (o Santuário completou em julho 250 anos).

Era domingo, dia do Senhor, e gostaríamos muito de participar da

celebração eucarística. E eis que chega a boa notícia: decidiu-se, por nossa causa, que haveria missa na Igreja Nova das Romarias, edi-ficada em 1974, num estilo mo-derno de concreto aparente. Lin-díssima igreja! Fomos recebidos de forma acolhedora pelo presidente da celebração, que após calorosa saudação iniciou a santa missa.

Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Por providên-cia, a liturgia do dia celebrava o dia de São Pedro e São Paulo, pilares da nossa Igreja Católica. Na homilia, o celebrante lembrou um aspecto im-portante na vida desses dois mártires católicos: a perseverança. Cada um, a seu modo, foi convertido, e, entre momentos de fraqueza e persegui-ção, soube viver a fé, e acima de tudo, ambos foram missionários incansáveis de Jesus e fizeram ressoar a mensa-gem do Evangelho no mundo inteiro. Após a missa ainda nos convidou para levarmos, em procissão, a Cruz de Cristo e a imagem de Nossa Senhora da Piedade até a Ermida.

Podemos fazer uma analogia

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HAJA FÔLEGO. UM NOVO FÔLEGO

Província SUL i

Queridos irmãos equipistas, partilhamos o que foi para nós o Encontro de Formação Novo Fôlego (ENF), com o qual ficamos literalmente impressionados”.

Quantas surpresas nos aguardavam! Como Deus é perfeito em tudo o que faz!

Para começar, a organização do evento nos deixou encanta-dos! A equipe de trabalho parecia uma orquestra em sintonia! Nenhum detalhe passou despercebido. A cada palestra e teste-munho íamos sendo envolvidos por eles, de tal modo que íamos amando cada vez mais o Movimento e abraçando cada vez mais a nossa equipe.

O testemunho que nos transmitiram é que tudo precisa ser feito com muito amor, entrega, acolhida e oração. Rimos, chora-mos, cantamos e dançamos.

Alguém comentou: “Nunca mais vou me esquecer deste en-contro”.

Sem nenhuma dúvida, nossa equipe saiu deste encontro mais fortalecida, unida e com novos projetos, e esse era o mesmo tes-temunho e sentimento de todos os casais participantes.

Cacilda e Júlio CRE - Setor S. Bernardo e Diadema

São Paulo Sul I

dessa peregrinação com a nossa vida de cristãos e de equipistas. As dificuldades surgiram, mas pe-regrinamos e louvamos a Deus por tudo que vivemos: adoramos o Santíssimo, rezamos na montanha, ouvimos a Palavra de Deus e rece-bemos a Eucaristia.

Assim também, no Movimento, mesmo diante de nossos tropeços na vivência do amor, na vivência dos Pontos Concretos de Esforço, devemos perseverar, sabendo que

nos reunimos em nome de Cristo, com sentido na ajuda mútua e sa-bedores de que devemos testemu-nhar a alegria da espiritualidade conjugal, sendo missionários no nosso dia a dia.

Que Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, nos aju-de e interceda por nós.

Marluce e Olber Eq. N. S. Aparecida

Região Minas V - Setor Itaúna

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Nos dias 29 e 30 de julho de 2017, a Região SP Norte II, cidade de São José do Rio Preto, reuniu-se para a Formação Permanente, Encontro das Equipes em Caminho, com o Tema: CRISTO, PEREGRINO E COMPANHEI-RO DE CAMINHO.

Durante esses dois dias consegui-ram, com a espiritualidade de verda-deiros casais equipistas, abastecer e transmitir a 30 casais que lá tiveram momentos importantes de sabedoria como também testemunhos ricos de evangelização.

Desde o primeiro dia dessa forma-ção já havíamos percebido que algo novo iria acontecer em nossas vidas, pois o entusiasmo era visível em todos que lá participavam. Eram evidentes a confiança e o diálogo entre os casais, não uma regra, mas sim um espírito transformador que deva permanecer e ser renovado a cada dia, ultrapas-sando os obstáculos para juntos cres-cermos. “Digamos-lhes: Quando eu adormecer, acorda-me! Quando eu estiver cansado, sustenta-me! Quan-

do eu cair, levanta-me!” (Padre Henri Caffarel, A primeira visita ao Brasil in ENS - Ensaio sobre seu histórico - p.56.

Palavra de Deus, Eucaristia e Ora-ção, dão a nós, cada vez mais, um sen-tido renovador para aproximarmo-nos de Deus. Este é o caminho seguro para a santidade e que estejamos convenci-dos na certeza que somos aguardados pelo Pai Celeste. Somos agradecidos ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora por proporcionar formações que nos enriquece.

“Fica conosco, já é tarde e declina o dia...”

“Vós vos despistes do homem ve-lho com os seus vícios, e vos revestistes do novo, que se vai restaurando cons-tantemente à imagem daquele que o criou, até atingir o perfeito.” (Cl 3, 9-10).

Que as equipes se entusiasmem a participar das Formações Permanen-tes! Construindo Pontes!

Delma e Ubaldo CRS “B”- Região SP Norte II

São José do Rio Preto-SP

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FORMAÇÃO PERMANENTE:ENCONTRO DE EQUIPES A CAMINHO - EEC

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Primeira ENS em Camaquã-RS

“Se vocês captarem o espírito das equipes, não lhes será difícil aceitar a sua disciplina. Sua reação não será: tal regra nos incomo-da, e por isso nos rebelamos. Mas sim: esta obrigação é útil para

uma boa marcha do Movimento. Por isso vamos cumpri-la da me-lhor maneira possível.”

(Pe. Henri Caffarel Centelhas de sua Mensagem, p.124)

A fundação de uma nova equipe é sinal da vida circulando e sendo partilhada no Movimento, na Igreja, no mundo. Quando vivenciamos a pertença às ENS, não nos conformamos em beber desta água sozinhos; temos o ardente desejo de que outros casais, outras famílias bebam da mesma água. Este sentimento nos abre o coração e nos coloca a serviço para através da Experiência Comunitária e posteriormente da Pilotagem levar este tesouro a outros lares.

A ALEGRIA é ainda maior quando avançando para águas mais pro-fundas chegamos a outras cidades como tanto queria nosso querido Pe. Caffarel. Por isso, com esta mesma ALEGRIA anunciamos a chegada das Equipes de Nossa Senhora em Camaquã, sul do Rio Grande do Sul, a 130 km de Porto Alegre. Nesta cidade temos então a primeira equipe, Nossa Senhora Mãe de Deus!

Que Deus abençoe todos os envolvidos na Experiência Comunitária e agora na Pilotagem desta nova equipe da Região RS I.

Sejam BEM-VINDAS!!! Nossa Senhora Mãe de Deus, rogai por nós!

Adriana e Hudson Pe. Antônio JúniorCRP e SCEP Sul III

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raízes do movimento

Que vêm vocês fazer nas equipes?1

1 Henri Caffarel. Editorial Carta Mensal no 5, setembro de 1959, ano VII.

Durante as últimas férias, fiz numerosos e longos passeios na floresta. Levava comigo as Epístolas de São Paulo. Mais uma vez fiquei impressionado pela indefectível dedicação do Apóstolo por Cristo. Durante essas leituras, vocês estavam, caros amigos, muito presentes em minha meditação e o assunto da próxima carta a lhes dirigir se me impunha: é preciso, nas Equipes de Nossa Senhora, visar o essencial. As trocas de pontos de vista, as amizades sólidas, o auxílio mútuo material e moral, tudo isto não é o fim primordial. O ESSENCIAL É A PROCURA DE CRISTO. Infelizmente as palavras es-tão gastas; receio que a expressão “procura de Cristo” não desperte em vocês senão um eco muito enfraquecido.

Mas eis aqui alguns textos – que digo – alguns gritos de São Pau-lo que vão lhes mostrar o que é procurar Cristo e, tendo-O achado, pertencer-Lhe.

São Paulo é habitado pela Caridade: “O amor de Cristo me per-segue”. “Quem nos arrebatará ao amor de Cristo? A atribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?... mas em tudo isso somos mais do que vencedores” (Rm 8, 35 e 37).

Acontece-lhe, como a todos nós, encontrar-se diante da alter-nativa: agradar aos homens ou agradar a Deus. Sua decisão está tomada: “Se ainda tentasse agradar aos homens, eu não seria ser-vidor de Cristo”.

Cristo é o polo de sua vida. Mas ele não hesita em sacrificar as do-çuras de sua intimidade para ir ao encontro de seus irmãos, a fim de que, por sua vez, pertençam a seu Senhor: “Sinto-me arrastado dos dois lados – quereria morrer para estar com Cristo e isto seria o melhor; mas por vossa causa é preferível permanecer cá em baixo” (Fl 1, 23).

Não lhe são poupados sofrimentos variados, e sem dúvida ele conhece horas de angústia. Reage: “Sei em quem confiei” (2 Tm 1, 12). Percebem vocês tudo o que há, nestas palavras, de coragem heroica e de ternura de coração? Sua vida não tem senão uma ra-zão de ser. Será fiel até o martírio: “É preciso que Ele reine” (1 Cor 15, 25). Sem dúvida estamos bem longe de tal santidade. Mas a questão é saber se, sim ou não, queremos ser possuídos pela mes-ma paixão devoradora. E para voltar às equipes, se é isto que vocês vêm procurar nelas em primeiro lugar, se este desejo domina suas trocas de ideias, suas orações, se é realmente a razão de ser de sua amizade e auxílio mútuo.

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Neste ano, como em todos os anos, ao fim do primeiro dia de nosso Encontro dos Casais Responsáveis, aqueles que participaram da reu-nião (mais de 2.000) reuniram-se à noite em pequenos grupos nos lares dos casais parisienses que os receberam para jantar, rezar, conversar fra-ternalmente. E este ano, como em todos os anos, durante o segundo dia do encontro, uma porção de casais entusiasmados veio me falar da sua noitada da véspera. Um deles me dizia: “Quando chegamos, éra-mos todos estranhos; quando nos despedimos, nos sentíamos como se fossemos parentes”.

Como explicar essa extraordinária “qualidade” das reuniões entre membros das equipes? Pedirei a São Paulo que responda. E atenção! Quero que meditem sobre os textos destas epístolas que escolhi para vocês: eles nos fazem compreender que o Cristo se dá a nós não ape-nas de cima para baixo, isto é, através dos sacramentos, da hierarquia, dos padres, mas também horizontalmente por intermédio de nossos ir-mãos. Por meio de irmãos que rezam com tão grande simplicidade, por aquilo que nos deixam perceber de seu desejo de perfeição e também de suas dificuldades, pelas alegrias e dissabores que nos confiam, dá-se a nós o Cristo que neles habita.

Acontece que dentro do grande Corpo Místico não somos apenas membros do Cristo, mas “membros uns dos outros” (Ef 4, 25). E temos necessidade do próximo, pois cada um de nós é para os outros o porta-dor de uma graça que lhe é particular. “O olho não pode dizer à mão: eu não preciso de você. Nem pode a cabeça por sua vez dizer aos pés: eu não preciso de você. Que todos os membros demonstrem entre si uma grande solicitude” (1Cor 12, 21, 25).

O Próximo Sacramento do Cristo1

1 Editorial da Carta Mensal no IX - 2 de Junho de 1961.

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Alguém me dizia um dia destes: “Para receber, procuro o Cris-to, para dar me dirijo ao meu próximo”. Esta pessoa não compre-endia que é por intermédio do próximo que Cristo quer se dar a nós, que nosso próximo é um sacramento de Cristo para nós. Mais acertado estava o capelão de um acampamento de estudantes que me dizia: “De manhã eles vêm aqui para que eu lhes dê o Cristo; durante o dia, sou eu que os procuro e então eles me retribuem, dando-me o Cristo por sua alegria, seu amor fraterno, suas refle-xões durante a troca de ideias. O Cristo que eu lhes dei de manhã volta a mim, por intermédio deles, de mil maneiras diferentes du-rante o dia todo”.

Eis aqui, pois, alguns textos de S. Paulo que nos explicam as gran-des leis da vida em equipe. Aqui encontramos ótimos conselhos não só para as reuniões mensais como para nossa vida de família:

A palavra de Cristo habita em vós abundantemente em toda a sa-bedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros... (Cl 3, 16).

Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdias, e de Deus de toda a consolação, o qual nos consola em toda a tribulação, para que também nós possamos consolar os que estão em qualquer angústia, pelo conforto, com que também nós somos confortados por Deus (2Cor 1, 4).

Sejamos solícitos uns para com os outros, para nos estimular-mos à caridade e às boas obras; não abandonando a nossa assem-bleia, como é costume de alguns, mas animando-nos... (Hb 10, 24-25).

Irmãos, se algum homem cair por surpresa em algum delito, vós, que sois espirituais, admoestai-o com espírito de mansidão, re-fletindo cada um sobre si mesmo, não caia também em tentação. Levai os fardos uns dos outros, e desta maneira cumprireis a lei de Cristo (Gl 6, 1-2).

Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; convém somente que não façais desta liberdade um pretexto para viver segundo a carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade do Espírito (Gl 5, 13).

E. finalmente, deixemos a conclusão para S. Pedro:Cada um, segundo o dom que

recebeu, comunique-o aos outros, como bons dispensadores da mul-tiforme graça de Deus (1Pd 4, 10).

Henri Caffarel

Colaboração

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Maria Regina e Carlos EduardoEq. N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

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testemunho

“Lançar as redes em águas mais profundas...” Como assim?Não é um movimento de ação, mas é composto de pessoas ativas.

Como assim?

Temos 24 anos de Movimen-to. Aos poucos fomos entrando nesse mar que é Deus, sendo o nosso barco as ENS. Muitas on-das fortes e tempestades atra-vessamos pelo caminho, mas estamos aqui.

Servimos as ENS, como Casal Responsável de Equipe, Casal Li-gação, Casal Piloto, Coordena-dor de. Experiência Comunitá-ria, Casal Responsável de Setor e por último Casal Responsável de Região. E sempre ouvindo: “Lançai as redes em águas mais profundas”. Confessamos que isso ressoava em nossos ouvidos

durante as formações, celebra-ções... enfim, em todos momen-tos que a presença de Cristo era mais evidente, onde a intimida-de com Ele era maior. Ele, Jesus, o centro das atenções dos equi-pistas.

Foram as Equipes de Nossa Senhora que nos levaram até eles! Eles quem??? Tudo come-çou assim: numa reunião da pas-toral da saúde, fiquei sabendo que o Abrigo Nossas Vidas em Suas Mãos estava passando por grandes necessidades, com risco de fechamento. Surgiu a ideia de convidar os componentes

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Foram as Equipes de Nossa Senhora que me levaram até eles!

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da minha equipe de base para fazermos uma visita e sentir de perto a realidade.

Alguns não puderam ir, então fomos eu, Zé Carlos (meu espo-so), Daniel Peixoto e Jovanete. Nos apresentamos ao porteiro, o qual nos reconheceu e nos deixou entrar. Ao ver a realidade fomos tomados de três sentimentos: angústia, agradecimento e mise-ricórdia. Angústia por ver tantos irmãos naquela situação e ainda não tínhamos despertado em so-corrê-los. Agradecimento, esse sentimento também passou pelo nosso coração, pois vimos ali o próprio Cristo na face de tantas pessoas. E o sentimento de mise-ricórdia? Esse é o principal, após esse, nasce a caridade, pois a fé sem obras é morta.

Oitenta pessoas alimentando-se precariamente, sem acesso à saúde, todos com escabiose, al-guns dormiam no chão, banho dia sim, dia não, roupas amon-toadas pelo chão, as mulheres cheias de piolho. Fezes em volta do pátio.

Na maioria doentes mentais, vindos de vários estados do nosso país, o que mais me chocou foi ver um deles mergulhar a mão em um balde que armazenava restos de comida (lavagem) e colocar na boca. Pessoas amontoadas vi-vendo sem voz, nem vez, muitos não sabem nem mesmo quem é a família, sem documento, abando-nados à própria sorte.

Nessa visita não deixamos nos-sos olhares se encontrarem, tínha-mos certeza de que se isso acon-

tecesse, íamos nos desmanchar, ali mesmo, em lágrimas, quase não falávamos, os nossos corações doíam, víamos tanta dor, um grito mudo de pedido de socorro ecoa-va em nossos ouvidos.

Os pequeninos que Jesus fala no evangelho estavam sendo de-positados ali, como se fossem qualquer coisa. Depósito de pes-soas humanas, essa é a palavra.

Logo após essa visita, passei na residência de Gileide e Marcos, também equipistas, os quais uni-ram-se à causa, não sendo muito difícil formar um grupo para pen-sarmos juntos.

As Equipes de Nossa Senho-ra nos LEVARAM ATÉ ELES!!!

Há sete meses, deixei minha empresa aos cuidados dos fi-lhos e juntamente com outros voluntários estou à frente desse abrigo. Com a graça de Deus e solidariedade de alguns amigos, muito já fizemos, mas o cami-nho é longo. A nossa segurança está em Deus é Dele o projeto: lançar redes em águas mais pro-fundas!

Sonhar para essas pessoas uma vida melhor, uma estrutura que os acolha com mais digni-dade, o pão na mesa, uma dor consolada.

A vocês que esta carta al-cançou, pedimos orações, para seguirmos em frente, com essa missão.

NOSSA SENHORA DAS EQUI-PES, ROGAI POR NÓS!

Isabel e Zé CarlosEq.02 - N. S. Aparecida

Itabaiana-SE

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O dom de educar os filhos para o mundo

Como a neurociência pode nos ajudar

A experiência da paternidade e da maternidade nos traz um grande desafio nos dias de hoje. Deus nos dá a graça de gerar filhos nesse mundo e nos dá a tarefa de educá-los na ple-nitude do seu Amor. Mas será que estamos conscientes do nosso papel de pais e educadores?

No Evangelho de Mateus (11, 27), Jesus nos revela o exemplo per-feito da relação entre o Pai e o Filho: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai. E ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o qui-ser revelar”. Deus Pai nos foi revelado pelo exemplo de humildade, amor, caridade e compaixão de seu Filho Jesus. Apenas quando permitimos que esse exemplo de perfeito amor penetre os nossos corações nos tor-namos conscientes da nossa missão verdadeira como pais.

Os nossos filhos são instrumen-tos que Deus nos dá para cultivar o Amor mais puro e incondicional. Ao educá-los temos a oportunidade de nos transformar por esse Amor. É uma mudança que nos permite re-nunciar ao nosso próprio ego e aos nossos mais íntimos desejos, para nos doarmos ao outro de forma ple-na. É uma forma de aprender a amar verdadeiramente.

E como podemos usar o modelo de Cristo para educar os nossos filhos?

Após o nascimento, o nosso cé-rebro está em pleno desenvol-

vimento e se a l imenta das experiên-cias de vida e dos estímulos do ambiente para o seu aperfeiçoamento. O amadureci-mento do cérebro só se completa por volta dos 22 anos de idade. Nesse pe-ríodo, grande parte do nosso apren-dizado se dá pela imitação dos atos e ações vivenciadas na figura dos outros. Espelhamos nos outros para aprender. As crianças inseridas em um ambiente de paz e de amor ab-sorverão esses valores como modelo, da mesma forma que as crianças que vivenciam o egoísmo, o ódio e a dis-córdia no seu ambiente familiar terão esses modelos como referência.

Ensinamos melhor os nossos filhos pelas nossas atitudes e com-portamentos do que com discursos e palavras. Se o que falamos não condiz com as nossas atitudes, são as nossas ações que ficarão registra-das como referência para eles. Não são só os nossos traços hereditários que os nossos filhos carregam, mas a marca de nossos exemplos que eles vivenciam.

Quando nos comportamos como verdadeiros cristãos no nosso dia a dia, estamos ensinando naturalmen-te a melhor forma de agir para eles. Sejamos vigilantes nessa tarefa, e não deixemos que o mundo se torne a re-ferência de aprendizado para eles.

Suyanne e RodrigoEq.15D - N. S. do Bom Parto

São Paulo-SP

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reflexão

Este mês de outubro é impor-tante para a vida do Movimento, pois acontecerá a eleição de um novo CRE. Muitos de nós equipis-tas já não nos damos conta da im-portância desse ato. Principalmen-te os mais antigos. Já participaram de inúmeras eleições que parece, muitas vezes, um simples ato de ROTINA. Ledo engano. Será que o tempo de caminhada foi capaz de “embotar” a memória desses ir-mãos a ponto de esquecer alguns princípios norteadores?

Que a eleição não é um sim-ples detalhe? Que não é um sor-teio, nem a rotatividade anual au-tomática dos casais das equipes?

Os equipistas devem conside-rar que, na hora de se fazer essa escolha, o façam com seriedade e

responsabilidade, além de se pre-pararem espiritualmente, através das orações e que, na hora de votar, recorram ao Espírito Santo, para que suas decisões sejam sá-bias. Que leve em consideração o casal que tenha um bom nível de espiritualidade e de humildade. Que não esteja em crise conjugal ou emocional. Que tenha disponi-bilidade e, acima de tudo, conhe-ça o Movimento e seja coerente entre a sua Fé e o seu modo de vida.

É preciso também que o casal escolhido seja alegre e entusiasta para poder animar os demais. Um casal desanimado não tem condi-ções de animar os demais. É pre-ciso que estimule a “entreajuda”.

É comum aqui e acolá ouvirmos a pergunta: – é possível um CRE ser reeleito? Sim, é possível. Se isso ocorrer, entretanto, essa eleição terá que ser submetida à aprova-ção da Equipe Responsável (Setor), que tem o direito de veto sobre esta designação (documentos básicos). Não é sensato, entretanto, que isso ocorra, só em casos excepcionais, porque os membros da equipe têm obrigação de caminharem juntos. Cada um tem sua interidade, mas todos têm que estar aptos a as-sumir responsabilidades no Movi-mento. Ser CRE é prestar um ser-viço de amor maior à equipe e ao Movimento. E todo serviço é uma responsabilidade que enriquece o casal que exerce essa função.

Eleição do CRE

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O voto é individual. Os cônju-ges devem fazer suas escolhas de acordo com as suas consciências. A apuração é feita pelo SCE que não revela o número de votos que o eleito obteve. Em caso de em-pate é ele quem decide, sem dar a conhecer esse fato. A eleição do CRE, de preferência, deve ser rea-lizada durante uma celebração. Quando isso ocorre, certamente dá um sentido mais profundo e so-lene ao ato. Aproveitamos para dar um testemunho: O nosso SCE, Pe. Vanthuy, vem realizando as elei-ções ao longo dos anos durante uma Santa Missa. Por ocasião do

Ofertório fazemos a votação. Após o resultado ele anuncia o nome do casal escolhido e o abençoa. Ao fi-nal comemoramos e nos confrater-nizamos com o casal eleito.

Tenhamos, pois, consciência da importância da eleição do CRE. Que nossa Mãe Maria interceda por nós junto a Jesus, para que Deus envie o Espírito Santo para nos iluminar com os seus Dons, para que possamos fazer uma es-colha consciente.

Ilka e Mario Eq.07C - N. S. D’Assunção

Manaus-AM

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RESPOSTAS AO TEMA DE ESTUDOSituação de Vida:

Textos e Questões para Reflexão

Educar é um processo doloro-so, embora fascinante. Transmitir conhecimentos é esvaziar-se de paradigmas e encher-se da no-vidade do outro, que nos ensina aprendendo. Alinhar educação e fé é ainda mais desafiador, já que, como diz o nosso texto, são opos-tos de movimento e estabilidade.

Sempre procuramos educar nossos filhos de forma a desen-volver sua capacidade de entender o mundo, de captar as coisas que considerávamos importantes para o seu crescimento como pessoas, como cidadãos, como cristãos... Deram bons frutos: são jovens inteligentes, conscientes, de boa índole, mas com a rebeldia pró-

pria da juventude, a necessidade de questionar a todo instante, a insatisfação com nossas respostas prontas, a busca por algo que real-mente faça sentido em suas vidas, ainda que seja totalmente contrá-rio à nossa maneira de pensar.

Mas acreditamos que eles se tornaram essas pessoas pela con-fiança que tinham em nós, seus pais, porque percebiam que o mundo era aquilo que nós apre-sentávamos para eles e que de-pendiam de nós para entender e enfrentar a realidade que os espe-rava dali a alguns anos. Sabiam, de alguma maneira, que não seria possível crescer e compreender o mundo sem confiar em alguém, e

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É muito difícil, para quem está em missão no Movimento (CRE, Casal Ligação, Casal Setor) motivar os casais para que progridam na espiritualidade proposta pelo Mo-vimento, que participem dos even-tos, principalmente dos eventos de formação. Às vezes ficamos com receio de estar ferindo a autonomia deles.

seria melhor começar acreditando em quem fazia parte do mundo deles, que éramos nós.

E nada disso seria possível tam-bém se nós mesmos, como casal, como pais, não acreditássemos um no outro, se não alinhássemos nossos projetos individuais ao pro-jeto comum de família que estáva-mos iniciando; não seria possível começar nossa história de amor e cumplicidade se não depositásse-mos em nós toda a confiança ne-cessária para que os planos des-sem certo. Não podemos crescer e começar uma história de amor e amizade sem ter confiança em alguém, sem ter fé no outro.

A fé é dom de Deus, e por isso devemos partilhar esse dom e nos educarmos e educar nossos filhos para a fé, ainda que depois eles trilhem caminhos diferentes, influenciados por suas próprias decisões ou pelo modelo que o mundo lhes propôs: eles ain-da têm fé, só não entendem, só não vivenciam, só não partilham, porque ainda estão encantados

com as maravilhas do mundo. E o fundamento para transmitir a fé não é outro senão o amor incon-dicional que devemos ter por eles, que devemos cultivar por nossos irmãos, que devemos oferecer um ao outro e que precisamos refletir aos nossos filhos, para que eles entendam o “desígnio divino re-velado na história”.

Águeda e RicardoEq. N. S. Aparecida São Paulo - Capital II

Fraqueza ou Vontade: no caminho para ascese

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Trabalhando com jovens, perce-bemos que eles têm uma grande di-ficuldade: diferenciar entre fraqueza (sensação, prazer) e vontade. Que-rem ser bons esportistas, querem até ganhar competições, mas na hora de cumprir o treino, por qualquer seriado na televisão ou chamada do facebook, deixam o exercício progra-mado para outra hora. E depois se

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arrependem por ter faltado ao treino e não ter realizado aquilo que que-riam de verdade (vontade).

No Estatuto das ENS está escrito que o casal busca uma equipe exata-mente porque conhece e reconhece a sua “própria fraqueza” e a “insu-ficiência de seus esforços isolados” para viver com constância o cristia-nismo num mundo pagão (Guia das ENS, p. 12; p. 50). É assim que, com a vontade de progredir e crescer na espiritualidade cristã, muitos casais buscam um movimento que tem como mística “ajudar os casais a ca-minhar para a santidade. Nem mais, nem menos” (Guia das ENS, p. 13; p. 51). As equipes são como uma escola de esportistas, que preparam um time. Entramos porque quere-mos praticar e progredir naquilo que gostamos: espiritualidade conjugal cristã.

Contudo, muitas vezes nos ve-mos fazendo algo semelhante aos jovens; não nos aplicamos nessa caminhada de ascese. E o que é a ascese? A ascese é o nosso exercício “na vida cristã, conjugal e familiar”; “exercitar-se para amar sem egoís-mo” (Guia das ENS, p. 22). De forma resumida, podemos dizer que nas

ENS o exercício da ascese tem três pilares: as orientações de vida, os PCE e a vida de equipe (Guia das ENS, p. 21).

Nesses momentos de desânimo, o que mais nos falta é o entusiasmo em cumprir “as orientações de vida”. Falta disposição em “progre-dir no amor de Deus”, interesse em buscar “aprofundar constantemen-te os seus conhecimentos da fé” e esforço pra “avançar no conheci-mento e na prática da ascese cristã”.

Nesse instante muitos CRE ou Casais Ligação (que estão mais pró-ximos dos casais) podem ficar a se perguntar: E se não soubermos se essa atitude negligente é uma ex-pressão de fraqueza? E se for uma manifestação da falta de pertença ao Movimento?

Quem disse que o treinador sabe quem será um bom goleador ape-nas pela falta de empenho ou por suas reclamações nos treinos?!

Na dúvida só nos resta, como todo bom treinador, ANIMAR!

Fazer correção fraterna! Ser-mos ponte!!

Emília e José RobertoCR pelo Setor BRegião Ceará I

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“As crianças são em si mesmas uma riqueza para a hu-manidade e também para a Igreja, porque nos chamam de volta constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: aquela de não nos considerarmos auto-su-ficientes, mas necessitados de ajuda, de amor, de perdão. E todos precisamos de ajuda, de amor e de perdão!”

“As crianças nos recordam uma outra coisa bela; recordam-nos que somos sempre filhos: mesmo se a pessoa se torna adulta, ou idosa, mesmo se se torna pai, se ocupa um lugar de responsabilidade, abaixo de tudo isso permanece a identidade de filho. Todos somos filhos. E isso nos reporta sempre ao fato de que a vida não fomos nós que a demos, mas a recebemos. O grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos. Às vezes arriscamos viver esquecendo-nos disso, como se fôs-semos nós os patrões da nossa existência, e em vez disso somos radicalmente dependentes. Na realidade, é motivo de grande alegria sentir que em cada idade da vida, em cada situação, em cada condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a principal mensagem que as crianças nos dão, com sua própria presença: somente com a presença nos recordam que todos nós e cada um de nós somos filhos”.

O Papa e as crianças

Audiência geral com o Papa Francisco que desta vez foi dedicada às crianças. (quarta-feira,18 de março de 2015, 8h26)

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Livro - Papa Francisco às Famílias(Choros ou gritos das crianças podem atrapalhar, mas a comunidade deve incentivar a participação

de toda família)

“O choro da criança é a voz de Deus, é a melhor oração”, afirma o Papa Francisco. Disse que, quando alguém fica incomodado ao ver uma criança chorando na igreja e pede para retirá-la, está apagan-do a voz de Deus. “As crianças choram, fazem barulho em todos os lugares. Mas nunca podemos expulsar as crianças que choram na igreja”, completa. Afinal, o pedido de Jesus é claro: “Deixem as crianças virem a mim”.

Missa celebrada pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta (sexta-feira, 14 de novembro de 2014, 9h04)

Na homilia, o Santo Padre se concentrou na transmissão da fé para esses jovens, processo em que os adultos devem oferecer mais exemplos do que palavras.

“Todos nós temos uma responsabilidade de dar o me-lhor que temos e o melhor que temos é a fé: dá-la a eles, mas dá-la com o exemplo! Com as palavras não serve.

Hoje, as palavras não servem! Neste mundo da ima-gem, todos estes têm telefone e as palavras não servem… Exemplo! Exemplo!”.

Os cinco conselhos do Papa Francisco às crianças(Vaticano - quinta-feira, 19 de dezembro 2014, 13h06)

O Papa Francisco teve um encontro com as crianças da Ação Católica Italiana e convidou-as a seguirem cinco con-selhos para “caminhar bem na associação, na família e na comunidade”.

1. “Não se rendam nunca, porque o que Jesus quer das crianças está para ser construído juntos: com os pais, ir-mãos, amigos e companheiros de escola, de catecismo, de oratório e da Ação Católica”.

2. “Interessem-se pelas necessidades dos mais pobres, dos que mais sofrem e estão mais sozinhos, porque, quem gosta de Jesus, deve amar o próximo. Assim, tudo se torna amor”.

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3. “Amem a Igreja, amem os seus sacerdotes, coloquem-se a serviço da comunidade, porque a Igreja não é somente os sa-cerdotes, os bispos… mas é toda a comunidade, coloquem-se a serviço da comunidade. Doem tempo, energia, qualida-de e capacidade pessoais para as suas paróquias dando assim testemunho da própria riqueza que é um dom de Deus para compartilhar. É importante! Aquele “tudo”: Tudo por desco-brir, tudo para compartilhar, tudo para construir juntos, todo amor…”.

4. “Sejam apóstolos da paz e da serenidade, a partir das pró-prias famílias, recordem a seus pais, a seus irmãos e contem-porâneos que é bonito amar-se e que as incompreensões podem ser superadas, porque estando unidos a Jesus tudo é possível. Isso é importante: Tudo é possível. Mas esta palavra não é uma invenção nova: Esta palavra foi dita por Jesus, quando descia do monte da Transfiguração. Para aquele pai que pediu a cura de seu filho, o que lhe disse Jesus? “Tudo é possível para aqueles que têm fé”. Com a fé em Jesus se pode tudo, tudo é possível”.

5. “Falem com Jesus. A oração: Falem com Jesus, o maior ami-go que nunca os abandona, confiem a Ele as suas alegrias e tristezas. Corram a Ele cada vez que errem ou façam alguma coisa ruim, com a certeza de que Ele os perdoa. E falem com todos de Jesus, de seu amor, de sua misericórdia, de sua ter-nura, porque a amizade com Jesus, que deu a própria vida por nós, é um fato para contar a todos. Todos estes ‘tudo’ são importantes”.

“O que dizem? Atrevem-se a colocar em prática esta propos-ta com o ‘tudo’?”, perguntou o Papa.

“Penso que já vivem uma grande quantidade destas coisas. Agora, com a graça do seu Natal, Jesus quer ajudar vocês a dar um passo bem mais decidido, mais firme e mais alegre para ser seus discípulos”. É suficiente dizer uma palavrinha: “Eis-me aqui”, como nos ensina Nossa Senhora, que, assim, respondeu ao chamado do Senhor”, afirmou o Santo Padre, que convidou as crianças a rezarem juntos uma Ave Maria”.

“Recordem-no bem: Tudo por descobrir, tudo para construir juntos, todo amor, tudo para compartilhar, tudo é possível, e a fé é um evento todo para contá-lo”.

Equipe Carta Mensal

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Ama seu padre?Tenho especial carinho por todos

os padres, pois trabalho há 10 anos no Propedêutico, recebendo, com co-legas, a cada ano, uma turma nova. Nas horas que lá passava, tentava apoiá-los, dar carinho, suprir a falta da casa e do afeto familiar, e o prin-cipal: a dúvida sobre o discernimento da vocação!

Na qualidade de diretora peda-gógica e professora, “endurecia com amor”. E sofria mais que eles com a minha exigência.

O padre é um ser humano amado por Deus. Sua missão é ser sal e luz para conduzir o seu povo, amando-o e protegendo-o.

O cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, afir-mou que a Igreja caminha com os pés dos padres. Mas eles não são su-per-homens. O sacerdote é tão frágil quanto qualquer outra pessoa; mes-mo imbuído de uma fé sólida, conti-nua sendo um ser humano com todas as suas fragilidades.

Como é difícil superar tantos de-safios enfrentados diariamente no seu ministério! E não são poucos: cobran-ças, frustrações, expectativas de si próprio e o estafante excesso de tra-balho que, muitas vezes, afasta-o até da vida de oração, a qual deveria ser sua prioridade.

E quantos padres ganham como resultado a depressão, difícil de ser tratada porque está também associa-da às causas naturais do próprio or-ganismo Em uma pesquisa realizada pela ISMA Brasil constatou-se que a vida sacerdotal é uma das profissões mais estressantes porque nela os pa-dres declararam que se sentem emo-cionalmente exaustos. Padre Luiz Me-

nezes, da Fazenda Esperança, centro de reabilitação de dependentes quí-micos, diz que, atualmente, a maioria dos casos de sacerdotes atendidos ali está relacionada ao alcoolismo, em consequência da cobrança e da vida solitária que levam, pois não têm oportunidade de compartilhar seus sentimentos.

Ao receber uma paróquia, o pa-dre, muitas vezes jovem, torna-se responsável por uma comunidade pa-roquial exigente e repleta de expecta-tivas acerca do “novo padre”. Acres-çam-se a isso os vários encargos pas-torais que o bispo lhe confia. Precisa de um esforço redobrado para vencer os desafios sociais; os desafios ecle-siais; o pluralismo religioso no mundo atual; e os desafios pessoais, como a organização da própria vida, o cuida-do com a saúde e o enfrentamento dos cansaços.

Nós, portanto, temos de ser aco-lhedores e cheios de respeito com nos-so conselheiro, amá-lo concretamen-te: convidar para os eventos familiares (mesmo que ele quase nunca possa ir), presenteá-lo com pequenos mimos... O silêncio durante todo o mês, a indi-ferença e o convívio somente na reu-nião formal são sinais de desamor.

Cuidem de seu padre conselheiro e de seu pároco! E jamais alimentem uma fofoca. Vocês falam mal de seu filho para os outros ou o preservam?

Façamos o mesmo com nossos padres. Quem ama cuida. Amar al-guém é não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. É a experiência do respeito!

Maria InêsEq.04 - N. S. e CNSE

Limeira-SP

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Nós te encontramos no silêncio

O silêncio é tambem uma grande revelação. Se ficamos em silêncio, se fazemos durar esse silêncio, percebemos que é uma experiência à qual não estamos habituados. Muitos pensam que é uma perda de tempo, que é preci-so sempre pensar em alguma coi-sa para rezar, que é preciso preen-cher o vazio com palavras; outros não conseguem fazer parar a dis-persão constante de seu pensa-mento, se não tiverem, logo, um tema; outros ainda, têm medo do silêncio prolongado que os coloca diante do mistério que eles são, no mais profundo deles mesmos.

O que nos traz o silêncio

Em primeiro lugar, ele nos dá a possibilidade de descobrirmos que rezamos com todo o nosso ser: corpo e espírito que são uma coisa só na oração. O silêncio nos torna conscientes de nosso corpo, das pequenas sensações físicas, da respiração, das distrações e

dos pensamentos que emergem na nossa consciência. Sem luta, sem rejeição. Uma primeira etapa de tomada de consciência, na se-renidade e na objetividade. Assu-mimos nosso eu diante de Deus, tais como somos, no momento de oração.

Pouco a pouco, a qualidade se faz mais profunda. Esse silên-cio que nos envolve também nos abre. No silêncio nos é mais fácil acolher, e a Palavra de Deus res-soa com mais força. “Aquele que tem sua morada no mais profun-do de nosso coração” encontra a possibilidade de nos falar mais intimamente.

Enfim, a Palavra que é acolhida no mais íntimo do nosso ser, per-manece no silêncio. Ela é guarda-da no nosso coração e lá faz um trabalho para nos transformar, numa confiança cheia de alegria.

Extraido de - Doze esquemas de oração em família - 1993Mercedes e Álvaro Gomez-Ferrer

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partilha e PCE

Harmonia sexual no casamentoEm nosso Retiro anual, moti-

vados pelas sábias palavras do Pe. Adriano Stevaneli, percebemos a dificuldade que alguns casais ainda encontram quando o tema é sexualidade. O bom relaciona-mento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia.

O Catecismo da Igreja Católi-ca diz que é o “ato próprio dos casais”, uma forma de “imitar, na carne, a generosidade e a fecun-didade do criador” (CIC 2335). A vida sexual é legítima e adequa-da aos esposos: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dig-nos. Quando realizados de ma-neira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os espo-sos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC 2362).

A vida sexual é algo sublime no plano de Deus e Ele se faz pre-sente no momento de união mais íntima do casal; pois este ato é santo e santificador no casamen-to e querido por Deus. Por isso, o casal precisa dialogar sobre isso com naturalidade e buscar o seu ajustamento sexual, o qual nem sempre é fácil. Um bom Dever de Sentar-se não deve jamais deixar esse assunto de fora.

O casal precisa se preparar para a vida sexual, conhecer a sua bele-za, sua dignidade, suas dificulda-des, as diferenças do homem e da mulher. Ele se prepara com mais

facilidade para o ato conjugal; ela precisa de mais estímulos. Para o homem o ato sexual começa na cama; para ela, no café da ma-nhã, na palavra carinhosa, no elo-gio sincero, na ligação do esposo no meio do dia. Antes de tudo, o casal precisa entender que o sexo é “um ato de amor”, de expres-são do amor. Então, se não existe amor, o ato sexual pode ser difícil e até vazio. Não é possível viver bem à noite, se se vive brigando e se ofendendo durante o dia.

Em um discurso proferido no dia 29 de outubro de 1951, Papa Pio XII disse que “o próprio Cria-dor […] estabeleceu que, nes-ta função, os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes des-tinou. Contudo, os esposos de-vem saber manter-se nos limites de uma moderação justa” (CIC 2362).

Uma das coisas mais belas e santas que Deus colocou na vida humana foi o sexo. É a forma de renovar a consagração matrimo-nial do casal a Deus, fortalecendo também a união do marido e da esposa com Ele. O prazer sexual é um dom de Deus.

Enfim, o ato conjugal é expres-são de amor mútuo entre o casal, é linguagem expressiva de amor. O jeito de o casal se relacionar ou se transforma em fonte de união

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ou em causa de separação. O ato conjugal nunca é neutro: aproxi-ma ou separa. Na vida conjugal, tudo é importante, cada detalhe é imensamente grande e determi-nante. Aliás, os detalhes são a rea-

lidade mais importante. Ninguém tropeça em uma montanha.

Deus abençoe!Paula e Tiago

Equipe Nossa Senhora da LuzSetor Maracaju-MS

O “retiro”, ou seja, o fato de isolar-se para sair de si e ir ao encontro com o Absoluto, era uma atividade constante do programa de vida de grandes santos: São João da Cruz, São Francisco de Assis, Santa Teresi-nha, Santo Inácio de Loyola, os padres do

deserto... E o que dizer do jovem de Nazaré? Em sua caminha-da, não poucas vezes, se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um lugar ermo onde pudesse entregar-se à contemplação. Lembramos o seu recolhimento no deserto por quarenta dias e quarenta noites, e foi tentado pelo demônio. Quando precisava conversar com seus discípulos ao voltarem da missão, igualmente, retirava-se com eles para que pudessem na solidão estar a sós com Deus e orar ao Pai.Vivemos hoje num mundo de muitas solicitações. Não temos tempo para nada, tal o volume e velocidade de informações. Somos desviados pelas imagens e cultura para as concupiscên-cias alheias ao espírito. Então o retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças negativas e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. O necessário para que o retiro seja eficaza) A força criadora do Espírito de DEUS, que não falha. Antes

de tudo o retiro quer colocar a pessoa em sintonia com o Espírito de DEUS.

b) A boa disposição do retirante. Sua liberdade interior, sua do-cilidade generosa para abrir-se às inspirações de DEUS, acei-tar e agradecer livremente sua graça.

c) A ação discreta e humilde de um orientador espiritual, prepa-rado e competente.

d) A colaboração de todos, para estar com Deus. Colaborar com o meu silêncio também é ajuda mútua, também é cari-dade. (Documentos ENS - O Retiro nas ENS, p. 7, 8 e 15)

O RETIRO ESPIRITUAL

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“VIVER UMA EXPERIÊNCIA MAIS PRÓXIMA DE DEUS”

RETIRO,UM ENCONTRO MARCADO COM DEUS

A experiência que nos mar-cou do PCE RETIRO mostra que Deus par-ticipa da vida

prática dos seus. Sempre criávamos embaraços humanos para não par-ticipar do Retiro. Era o início de nos-sa caminhada nas Equipes de Nossa Senhora. A vida de comerciante im-pedia-nos de cumprí-lo.

Numa Interequipe, alguém nos aconselhou a fazer uma experiên-cia franca com Deus. Aceitamos! O desafio foi deixarmos nossa loja nas mãos de um filho adolescente. O resultado foi surpreendente. Na-quela manhã de sábado, as ven-das duplicaram, diferentemente das outras anteriores. Compreen-

demos que o que Deus quer é que confiemos Nele, o resto vem por acréscimo.

Desde então, participamos e vi-venciamos esse PCE com muito ar-dor, a ponto de chegarmos a parti-cipar de dois retiros no mesmo ano, para levar casais idosos de nossa equipe de base, impossibilitados de dirigir seus carros.

Façam do RETIRO um Encontro Marcado. Se agendem, progra-mem-se, experimentem deste reno-var, deste vigor espiritual do casal.

Para quem ainda não fez essa experiência, aconselhamos: façam-no! Aceitem o desafio, pois Deus está no controle Dalva e Manoel

CRS-B - Eq.04B - N. S de Fátima Belém-PA

“A nós descei Divina luzA nós descei Divina luz

Em nossas almas acendeiO amor, o amor de Jesus!”

Assim Padre Paulo Renato abriu nosso Retiro 2017, nos dias 4, 5 e 6 de agosto. Uma parada para o amor! Celebrar o amor!

Retiro... Retirar-se para orar, escutar Deus e a nós mesmos por meio do silêncio! Para escutar a voz de Deus, precisamos do silên-cio. Não há outra forma!

O nosso Deus é um Deus de “amor”, sempre presente na nos-sa história. Assim sendo, a nossa atitude deve ser de reconhecer a presença de Deus na nossa vida. Mesmo nas situações difíceis, Deus coloca um propósito em nossa vida. Ele escreve na nossa história, “Ele é amor”.

Na prática, qual é o lugar que Deus ocupa na minha vida? Há muitas coisas importantes na vida de cada um: família, saúde, ca-samento, filhos, trabalho... Mas

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para cada indivíduo, a ordem de importância varia. Entretanto, só DEUS pode estar no centro da nossa vida. Deus é amor!

“A nós descei Divina luzA nós descei Divina luz

Em nossas almas acendeiO amor, o amor de Jesus!”

Precisamos entender o que significa “amor” para nós. Sob a luz da Sagrada Escritura, São João nos diz que “Deus é amor”. Que amor é esse? O amor de Deus por nós é tão grande que ele mandou seu filho, Jesus de Nazaré, para nos salvar. Jesus nos acompanha e não podemos nos separar Dele para sermos salvos. Então, qual a qualidade do nosso amor para com Jesus? Nós encontramos uma forma de viver esse amor: o matrimônio. Optamos por viver em casal esse amor.

“A nós descei Divina luzA nós descei Divina luz

Em nossas almas acendeiO amor, o amor de Jesus!”

O amor encontra obstácu-los, exige “abnegação”, diz Pe. Caffarel no documento de Chan-tilly. Precisamos superá-los! Assim

como Pedro negou Jesus e seguiu adiante, nós também precisamos seguir adiante e superar nossas dificuldades. Precisamos perceber quais as atitudes que temos no cotidiano, só assim poderemos avançar em águas mais profun-das, seguindo nosso caminho de santificação.

Estamos numa caminhada es-piritual e o alimento espiritual, a Eucaristia, é essencial nesta caminhada. Também contamos sempre com Maria como nossa intercessora.

Assim, ao longo destes dias, pudemos vivenciar todos os pon-tos concretos. Uma experiência ímpar!

Certamente o sentimento que temos é de gratidão a Deus, a Nos-sa Senhora e a todos que puderam nos proporcionar momentos tão intensos, de grande reflexão, du-rante nosso Retiro. Especialmente ao nosso pregador, Pe. Paulo Re-nato que, de uma maneira muito especial e carinhosa, levou-nos a escutar Deus nestes dias, através do silêncio.

Eliete e GilmarEq.02A - N.S. das Famílias

Rio Claro-SP

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serviços nas ENS

Casal Responsável de Província - CRP

Cada Pro-víncia con-ta com um Casal Res-ponsável de P rov í n c i a , que é parte

integrante e necessária da Super-Re-gião, com uma visão bem clara das necessidades do conjunto, sem rein-vindicações exclusivas para sua Pro-víncia. Exerce uma função de liga-ção, seja em nível horizontal (das vá-rias Regiões da sua Província entre si) e no sentido vertical entre as diversas Províncias com a Super-Região.

O Casal Responsável de Provín-cia é indicado através de lista trípli-ce, elaborada pelo CRP que será substituído, após discernimento em colegiado no âmbito da Equipe da Província e apresentada em ordem de indicação à Equipe da Super-Re-gião para efetivação da escolha e convite pelo Casal Responsável da Super-Região.

Será de 5 anos o tempo de ser-viço do CRP.

Cada CRP deverá contar com uma Equipe composta pelos Casais

Responsáveis de Regiões e um Sa-cerdote Conselheiro Espiritual, po-dendo ser agregados outros casais para outras funções, a critério do CRP.

Para exercer a missão o CRP deve ter as seguintes atitudes:

• Abrir-seàColegialidade• ViveraColegialidade• TrabalharemColegialidade

Dentre suas funções, são de res-ponsabilidade do CRP: a formação de novos responsáveis de regiões e setores através da formação de quadros, a formação das Equipes de Formadores das Formações Perma-nentes e Encontros de Equipes No-vas, organizar a cada ano o Encon-tro do Colégio Provincial, organizar as reuniões do Colegiado Provincial ao longo do ano, elaborar todo ano a previsão orçamentária da Provín-cia, atender as orientações da Carta Mensal, zelar para que as orienta-ções do Manual de Identidade Vi-sual da SR, e também das diretrizes e normas para publicações, sejam observadas em toda a Província e outras.

A missão do Casal Responsável de Província

EIS-ME AQUI, ENVIA-ME (IS 6,8)

A nós casais batizados cristãos equipistas é con-fiada uma missão em vários graus e de várias for-mas.

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No Movimento das Equipes de Nossas Senhora temos vá-rias missões a ser confiadas para àqueles que o Espírito de Deus escolher desde Casal Responsá-vel de Equipe até a Missão de Casal Responsável pela Equipe Internacional.

Quando somos chamados a uma responsabilidade para servir os nosso irmãos em uma Missão nas Equipes de Nossa Senho-ra logo dizemos: “Não estamos preparados para essa missão”, “logo nós...” então qual seria o tempo bom? Nunca devemos esquecer de uma coisa: o Mo-vimento das Equipes de Nossa Senhora é uma escola de forma-ção cristã permanente. Se você for escolhido para uma missão dentro das equipes, olhe esse chamado com muito amor, pois você irá partilhar o seu espírito missionário de casal cristão equi-pista aos demais irmãos.

Ao longo da caminhada da missão de Casal Responsável de Província, tivemos dificuldades, mas também muitas alegrias: de servir os irmãos através do nos-so testemunho, do nosso amor conjugal com um amor cheio de alegria de uma fonte de água viva, partilhando as nossas ex-periências positivas e também as negativas.

O Casal Responsável de Pro-víncia é um missionário e deve ser prudente como as serpen-tes e simples como as pombas (Mt10,16). Á ele foi reservado ser o representante da Super-Re-gião Brasil na sua Província, que

é composta por algumas ou vá-rias Regiões.

No nosso país as Regiões fo-ram agregadas em oito Provín-cias, a nossa é a Província Norte, a qual servimos por cinco anos na missão de novembro de 1999 à agosto 2004.

O Casal Responsável de Pro-víncia é um animador da Província através de suas palavras, ações, atos, responsabilidade, amor, fi-delidade, pois é um enviado e es-colhido por Deus, e deverá estar unido a Cristo nas orações, que é indispensável para a Missão, que o fará conduzir com muita sabe-doria, diálogo e prudência, os de-safios que possam surgir.

Na Província Norte, particu-larmente, os deslocamentos são geralmente feitos por meio de transportes aquáticos os chama-dos “recreios”, ou aéreos, mas é preciso evangelizar, estar presen-te onde houver casais, não deve-mos ter medo dos deslocamen-tos, porque onde formos, DEUS estará na frente acalmando as tempestades desses nossos rios Amazonas, Tapajós, Acre.

Para mantermos nossos ir-mãos evangelizados através das Formações, e com isso manter viva a UNIDADE do nosso Movi-mento. Essa é a MISSÃO de um Casal Responsável de Província.

Viva Nossa Senhora da Con-ceição, Viva Nossa Senhora de Nazaré, Padroeiras das Regiões Norte I, II e III

Graça e Encarnação Eq.02D - N. S. de Fátima

Manaus-AM

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25 anosEq. N. S. de Guadalupe

São Paulo-SP

ANIVERSÁRIO dE EQUIPE

notícias

25 anosEq. N. S. Medianeira de Todas as Graças

Batatais-SP

30 anosEq. N. S. Aparecida

Campo Grande-MS

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50 anosEq. N. S. do Rocio

Florianópolis-SC

BOdAS dE PRATA

Claudia E Valdir05/09/2017

Eq. N. S. AparecidaBoituva-SP

Neiva e Luiz Carlos12/09/2017

Eq. N. S. da GlóriaManaus-AM

Wanda E Rubens07/08/2017

Eq. N. S. das GraçasNatal-RN

BOdAS dE RUBI

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BOdAS dE OURO

Neide e Eldes José08/07/1967

Eq. N. S. da AlegriaAraçatuba-SP

Erci e Dimilson16/07/2017

Eq. N. S. das GraçasCaçapava-SP

Elvira e Wilson15/07/2017

Eq. N. S. da GlóriaBauru-SP

Valmira e Geraldo22/07/2017

Eq. N. S. Rainha da PazBelo Horizonte-MG

Benedicta e Hélio23/07/2017

Eq. N. S. das FloresJosé Bonifácio-SP

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Maria de Lourdes e Eitel16/07/2017

Eq. N. S. Mãe dos HomensRio de Janeiro-RJ

BOdAS dE dIAMANTE

JUBILEU dE PRATA SACERdOTAL

Pe. Fernando Villaseñor17/09/2017

Eq. N. S. Mãe RainhaCuritiba-PR

VOLTA AO PAI

Neilton (da Coleta)Em 02/07/2017

Integrava a Eq. N. S. Mãe do CarmoSão José do Rio Preto-SP

Cléo (do Oswaldo)Em 03/07/2017

Integrava a Eq. N. S. da AlegriaSorocaba-SP

Mons. Luiz CechinatoEm 03/04/2017SCE integrava

Eq. N. S. Mãe de DeusSão Carlos-SP

Nina (do Giuseppe)Em 20/06/2017

Integrava a Eq. N. S. das GraçasVinhedo-SP

Isa Meire (do Marcos)Em 24/06/2017

Integrava a Eq. N. S. AparecidaGoiatuba-GO

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MEDITANDO EM EQUIPE

Novos em Tempos NovosA palavra de Deus (Lc 12,54-57)Dizia também às multidões: “Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, di-zeis logo: “Vem lá a chuva” e assim sucede. E quando sopra o vento sul, dizeis: “Vai haver calor” e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu, como é que não sabeis interpretar o tempo presente?”

Reflexão– Jesus convidava a ver como ele, suas palavras e obras mostravam a oportunidade

de salvação. A nós ele convida a ver o momento atual, com seus sinais de salva-ção e de perdição.

– Papa Francisco disse: “Os tempos mudam e nós cristãos devemos adaptar-nos continuamente. Devemos mudar firmes na fé em Jesus Cristo, firmes na verdade do Evangelho; porém nossa atitude deve mudar continuamente de acordo com os sinais dos tempos. Somos livres. Somos livres pelo dom da liberdade dada por Jesus Cristo”. (23/10/2015)

• Que ideias atuais da Igreja sobre o casamento e a família devemos aproveitar?• Queatuaisdomundosobreocasamentoeafamíliapodemosaproveitarequais

devemos rejeitar?

Oração espontânea– Diga para Deus o que você vê de melhor em nosso tempo, e agradeça.– Diga-lhe o que, diante disso, você pode fazer e vai fazer.– Peça ajuda para o fazer.

Oração Litúrgica

(Prece ao Espírito Santo do Irmão Pierre-Yves de Taizé)

Espírito que flutuais sobre as águas,acalmai dentro de nós as dissonâncias,as ondas inquietas, o murmúrio das palavras,os turbilhões de vaidade,fazei levantar no silêncioa palavra que nos recria.Espírito que num suspiro murmuraisao nosso espírito o Nome do Pai,vinde colher todos os nossos desejos,fazei-os crescer em um feixe de luz,que seja uma resposta a vossa luz,A Palavra do novo dia.Espírito de Deus, seiva do amorda árvore imensa sobre na qual vós nos enxertais,que vejamos todos os nossos irmãos como um dom para nósno grande Corpo no qual amadurecea Palavra de comunhão.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

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enhora Aparecida, um filho vosso que vos pertence sem reserva - totus tuus! - chamado por misterioso Desígnio da Providência ser Vigário de Vosso Filho na terra, quer dirigir-se a Vós, neste momento. Ele lembra com emoção, pela cor morena desta Vossa imagem, uma outra representação Vossa, a Virgem Negra de Jasna Gora! Mãe de Deus e nossa, protegei a Igreja, o Papa, os Bispos, os Sacerdotes e todo o Povo fiel ; acolhei sob o vosso manto protetor os religiosos, religiosas, as famílias, as crianças, os jovens e seus educadores! Saúde dos Enfermos e Consoladora dos Aflitos, sede conforto dos que sofrem no corpo ou na alma; sede luz dos que procuram Cristo, Redentor do Homem; a todos os homens mostrai que sois a Mãe de nossa confiança. Rainha da Paz e Espelho da Justiça, alcançai para o mundo a paz, fazei que o Brasil tenha paz duradoura, que os homens convivam sempre como irmãos, como filhos de Deus! Nossa Senhora Aparecida, abençoai este vosso Santuário e os que nele trabalham, abençoai este povo que aqui ora e canta, abençoai todos os vossos filhos, abençoai o Brasil . Amém.

São João Paulo II

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

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Equipes de nossa Senhora