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53° EXAME DEFESA DE MESTRADO _________________________________________________________________________ CANDIDATA: TÂNIA MARA DA SILVA TÍTULO: POLÍTICA DE LÍNGUAS NO MERCOSUL: O EMBATE/RELAÇÃO ENTRE O PORTUGUÊS, O ESPANHOL E O GUARANI COMO LÍNGUAS OFICIAIS DO BLOCO DATA: 22/02/2010 às 10:00 horas LOCAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Soeli Maria Schreiber da Silva UFSCar/São Carlos Profa. Dra. Carolina Maria Rodriguez Zucolillo UNICAMP/Campinas Profa. Dra. Vanice Maria Oliveira Sargentini UFSCar/São Carlos O presente trabalho intitulado de Política de Línguas no Mercosul: O embate /relação entre o Espanhol, o Português e o Guarani como línguas oficiais do bloco surge como uma tentativa de realizar um estudo no interior de uma concepção enunciativa e histórica da linguagem. Essa perspectiva de trabalho nasce a partir do decreto de dezembro de 2006, que inseriu o Guarani como uma das línguas oficiais do Mercosul (Mercado Comum do Sul), assim como, o Português e o Espanhol. Na presente proposta de pesquisa propomo-nos refletir dentro de uma perspectiva da Semântica do Acontecimento desenvolvida, sobretudo, por Guimarães (2005), sobre o modo como as línguas são afetadas no seu funcionamento. Para isso traremos, brevemente, para essa discussão o conceito de globalização e suas arestas, como também, conceitos trabalhados no interior da Semântica do Acontecimento, como: político, espaço de enunciação, e outros. Compreendemos que há tempos nossa sociedade vem se organizando por meio de uma nova ordem, esta, foi chamada por muitos de globalização. Entendida, como o crescimento da interdependência de povos e países do mundo, no que tange aos processos de integração econômica, social, cultural, e política. O mundo, então, passa a organizar-se, diferentemente, numa tensão entre a centralidade do Estado e a força do que hoje chamamos por blocos. Optamos, aqui, por visualizar como esse novo desenho político, chamado de globalização, tem afetado as políticas lingüísticas, que agora ultrapassam a barreira do Estado nacional, para adentrar no plano dos chamados blocos econômicos. Para isso, enfatizaremos o personagem principal nesse novo espaço de enunciação: as línguas oficiais. Assim, nossa pergunta incide sobre o papel das línguas oficiais em relação no Mercosul. E neste plano, como é organizado esse novo espaço de enunciação. Segundo Guimarães (2006), entendemos língua oficial como: aquela que é obrigatória nas ações formais do Estado, e nos seus atos legais. E o espaço de enunciação como o modo pelo qual as línguas são distribuídas. No que tange aos processos jurídicos o guarani goza dos mesmos deveres e direitos de uma língua oficial, assim como, o português e o espanhol. vii Contudo, no pulsar de seu funcionamento, vemos que a mesma constitui-se como língua oficial apenas no estatuto jurídico, mas que, verdadeiramente, não é posta igualitariamente nesse plano. Desse modo, buscamos mostrar que a distribuição das línguas oficiais no espaço de enunciação do Mercosul é marcada por uma desigualdade politicamente construída. Para aclarar essa questão utilizar-nos-emos do conceito de político de Guimarães (2002), cujo político caracteriza-se, justamente, por seu caráter de desigualdade entre uma normatividade e o real. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Educação e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Lingüística

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53° EXAME DEFESA DE MESTRADO

_________________________________________________________________________

CANDIDATA: TÂNIA MARA DA SILVA TÍTULO: POLÍTICA DE LÍNGUAS NO MERCOSUL: O EMBATE/RELAÇÃO ENTRE O

PORTUGUÊS, O ESPANHOL E O GUARANI COMO LÍNGUAS OFICIAIS DO BLOCO

DATA: 22/02/2010 às 10:00 horas

LOCAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras

BANCA EXAMINADORA:

Profa. Dra. Soeli Maria Schreiber da Silva UFSCar/São Carlos Profa. Dra. Carolina Maria Rodriguez Zucolillo UNICAMP/Campinas Profa. Dra. Vanice Maria Oliveira Sargentini UFSCar/São Carlos

O presente trabalho intitulado de Política de Línguas no Mercosul: O embate /relação entre o Espanhol, o Português e o Guarani como línguas oficiais do bloco surge como uma tentativa de realizar um estudo no interior de uma concepção enunciativa e histórica da linguagem. Essa perspectiva de trabalho nasce a partir do decreto de dezembro de 2006, que inseriu o Guarani como uma das línguas oficiais do Mercosul (Mercado Comum do Sul), assim como, o Português e o Espanhol. Na presente proposta de pesquisa propomo-nos refletir dentro de uma perspectiva da Semântica do Acontecimento desenvolvida, sobretudo, por Guimarães (2005), sobre o modo como as línguas são afetadas no seu funcionamento. Para isso traremos, brevemente, para essa discussão o conceito de globalização e suas arestas, como também, conceitos trabalhados no interior da Semântica do Acontecimento, como: político, espaço de enunciação, e outros. Compreendemos que há tempos nossa sociedade vem se organizando por meio de uma nova ordem, esta, foi chamada por muitos de globalização. Entendida, como o crescimento da interdependência de povos e países do mundo, no que tange aos processos de integração econômica, social, cultural, e política. O mundo, então, passa a organizar-se, diferentemente, numa tensão entre a centralidade do Estado e a força do que hoje chamamos por blocos. Optamos, aqui, por visualizar como esse novo desenho político, chamado de globalização, tem afetado as políticas lingüísticas, que agora ultrapassam a barreira do Estado nacional, para adentrar no plano dos chamados blocos econômicos. Para isso, enfatizaremos o personagem principal nesse novo espaço de enunciação: as línguas oficiais. Assim, nossa pergunta incide sobre o papel das línguas oficiais em relação no Mercosul. E neste plano, como é organizado esse novo espaço de enunciação. Segundo Guimarães (2006), entendemos língua oficial como: aquela que é obrigatória nas ações formais do Estado, e nos seus atos legais. E o espaço de enunciação como o modo pelo qual as línguas são distribuídas. No que tange aos processos jurídicos o guarani goza dos mesmos deveres e direitos de uma língua oficial, assim como, o português e o espanhol. vii Contudo, no pulsar de seu funcionamento, vemos que a mesma constitui-se como língua oficial apenas no estatuto jurídico, mas que, verdadeiramente, não é posta igualitariamente nesse plano. Desse modo, buscamos mostrar que a distribuição das línguas oficiais no espaço de enunciação do Mercosul é marcada por uma desigualdade politicamente construída. Para aclarar essa questão utilizar-nos-emos do conceito de político de Guimarães (2002), cujo político caracteriza-se, justamente, por seu caráter de desigualdade entre uma normatividade e o real.

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Programa de Pós-Graduação em Lingüística

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CANDIDATO: ANDRÉ

TÍTULO: RELAÇÃO D

ARGUMENTAÇÃO E

DAT

LO

BANCA EXAMINADOProfa. Dra. Soeli MariaProfa. Dra. Gladis MarProf. Dr. Eduardo Rob

O que significa falar ponossas inquietações nestconstrução de sentidos ndas mesmas, nas nomeaPrivilegiamos as discussõsignificação na relação endividindo-as. Para tanto, relação entre falantes e locutores determinados pformulam. Este trabalho esses efeitos de sentido significam o funcionameexcludentes. Desse modconstituídos nessas língudizer, no qual a língua mídia, pela universalizaçã

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Programa de Pós-Graduação em Lingüística

55° EXAME DEFESA DE MESTRADO

STEFFERSON MARTINS STAHLHAUER

E LÍNGUAS NO ESPAÇO ENUNCIATIVO DA PROPAGANDA:

POLÍTICO

A: 23/02/2010 às 10:00 horas

CAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras

RA: Schreiber da Silva UFSCar/São Carlos ia de Barcellos Almeida UFSCar/São Carlos erto Junqueira Guimarães UNICAMP/Campinas

rtuguês ou inglês no Brasil nos dias de hoje? Essa questão faz parte de e trabalho. Discutimos nele, a partir de uma Semântica da Enunciação, a o funcionamento das línguas postas em relação pela distribuição política ções e enunciações slogan na revista Novas idéias do grupo Polishop. es acerca de nossas posições sobre o sentido, a língua e, por isso, sobre a tre línguas, no espaço de enunciação que regula os dizeres nessas línguas,

discorremos, também, sobre Semântica Argumentativa, mostrando como a línguas, os espaços de enunciação, distribuem os dizeres enunciados por elos lugares sociais, e pelos modos de dizer, de que falam nos textos que aborda, portanto, discussões sobre enunciação e acontecimento e em como constituem outros, ao serem produzidos na língua, já que esses processos nto das línguas sempre em relações, que são desiguais, hierárquicas e o, falar em português ou inglês é estar dividido por esses sentidos as que funcionam nesse texto, a revista, determinado por um espaço de

portuguesa significa numa relação com o Estado e a língua inglesa pela o dessa língua.

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CANDIDATA: SIDNAY

TÍTULO: DIZERES SO

UMA LEITURA DISCU

DATA

BANCA EXAMINADOProf. Dr. Roberto LeisProfa. Dra. Mónica GrProfa. Dra. Mônica Ba

Esta pesquisa consiste em dados a circular na mídia iDiscurso de tradição francescândalo dos cartões corpublicados nas revistas Veintensa na mídia brasileiracrédito inserem-se numa resão reativados e historicizverificar o funcionamento de alguns episódios do esca memória é atualizada, instituições midiáticas. AnaOutro se apresenta em formdiscursivo constituído de dcentro-esquerda, no interiohistória, pela estabilização três episódios que elegemParlamentar de Inquérito esentidos que atribuem granaproximando-as de um gradistanciam tais irregularida

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61° EXAME DEFESA DE MESTRADO

FERNANDES DOS SANTOS

BRE CORRUPÇÃO NA MÍDIA IMPRESSA BRASILEIRA:

RSIVA

: 23/02/2010 às 10:00 horas

LOCAL: Auditório da UEIM - CECH

RA: er Baronas UFSCar/São Carlos aciele Zoppi Fontana UNICAMP/Campinas ltazar Diniz Signori UFSCar/São Carlos

investigar como os sentidos sobre corrupção são constituídos, formulados e mpressa brasileira com base no aparato teórico-metodológico da Análise do esa. Nosso arquivo, configurado em torno do acontecimento discursivo o porativos do governo federal brasileiro, constitui-se de textos jornalísticos ja e CartaCapital no período de janeiro a junho de 2008. Com circulação , os acontecimentos em torno das supostas irregularidades dos cartões de

de interdiscursiva que abarca vários desdobramentos, nos quais fatos passados ados em estreito diálogo com a narração dos fatos presentes. Procuramos do discurso jornalístico na construção da história do tempo presente, a partir ândalo político dos cartões corporativos. Nessa perspectiva, analisamos como observando os já-ditos que são apagados e os que são retomados pelas lisamos também, com base na noção de polêmica discursiva, como o discurso a de simulacro. Para desenvolvermos tais análises, delimitamos um espaço

uas formações discursivas que denominamos FD de centro-direita e FD de r das quais posicionamentos antagônicos travam uma disputa pela escrita da de determinados sentidos e, por conseguinte, pela memória. Considerando os os para analisar - fase das primeiras denúncias, instalação da Comissão elaboração (ou não) de dossiê -, constatamos que Veja produz efeitos de

diosidade às irregularidades no uso dos cartões corporativos no Governo Lula, nde esquema de corrupção e que CartaCapital produz efeitos de sentido que des de atitudes corruptas e comprometedoras.

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58° EXAME DEFESA DE MESTRADO

_________________________________________________________________________

CANDIDATO: LUCAS RODRIGUEZ LOPES

TÍTULO: O BLOGUEIRO E SUAS PRÁTICAS – CORPOS

CARNAVALIZADOS E INTERAÇÕES MULTIFACETADAS

LOCAL: SALA DE PROJEÇÃO – DEPARTAMENTO DE LETRAS

DATA: 23/02/2010

às 15:00 horas

BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Valdemir Miotello UFSCar/São Carlos

Profa. Dra. Renata Maria Facuri Coelho Marchezan UNESP/Araraquara

Prof. Dr. Roberto Leiser Baronas

UFSCar/São Carlos

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CANDIDATO: MA

TÍTULO: ARGUM

DA

BANCA EXAMINAProfa. Dra. Soeli MProfa. Dra. VaniceProfa. Dra. Luiz F

“Mensalão”: qual o

Como esse verbete p

política e a mídia br

linguística que está f

na relação com o trat

constituição dos sent

no acontecimento e

língua. O real, confo

o equívoco e os des

funcionamento de lín

enunciação são tensi

manchetes e textos

agosto de 2007 a 27

esteve sob julgamen

identificou o neologi

de análise os concei

mas apresenta argum

conforme Guimarães

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52° EXAME DEFESA DE MESTRADO

RCOS SANTOS SCHMIDT

ENTAÇÃO E CONDENSAÇÃO: O VERBETE “MENSALÃO”

TA: 24/02/2010 às 10:00 horas

LOCAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras

DORA: aria Schreiber da Silva UFSCar/São Carlos

Maria Oliveira Sargentini UFSCar/São Carlos rancisco Dias UFMG/Belo Horizonte

funcionamento argumentativo que é movimentado por essa designação?

romoveu história, memória e sentido? Motivados por algo que mobilizou a

asileiras, procuramos responder a essas questões a partir de uma posição

iliada à Semântica do Acontecimento (GUIMARÃES, 2002), especialmente

amento que essa teoria dá à noção de acontecimento enunciativo, espaço de

idos na língua. Nessa medida, o significado de uma designação é produzido

na temporalidade que lhe é própria e que, por sua vez, mobiliza o real da

rme o apresentam Gadet e Pêcheux (2004), por sua vez, movimenta a falha,

lizes de interpretação sobre os quais os sujeitos não têm controle; esse

gua supõe também que os dizeres e os sentidos produzidos nos espaços de

onados pelo litígio. Assim, recortamos, para este trabalho, sequências de

de reportagens do jornal `O Estado de São Paulo΄, no período de 22 de

de agosto de 2007, caracterizando os dias em que a prática do "mensalão"

to no STF, com o objetivo de mostrar como esse veículo midiático

smo em suas linhas e entrelinhas. Esse estudo deslocará como dispositivos

tos de argumentação de Ducrot (1981), para quem a língua não informa,

entos que fazem produzir determinadas conclusões, e de condensação,

(2004, 2005, 2007) em seu domínio semântico de determinação.

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60° EXAME DEFESA DE MESTRADO

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CANDIDATA: MARIANA RIBEIRO DE CARVALHO CAMOLESE

TÍTULO: ESTUDO SOBRE AS PRODUÇÕES DE TEXTO DE ALUNOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL – A INFLUÊNCIA DA INTERNET

DATA: 25/02/2010 às 9:00 horas

LOCAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras

BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Gladis Maria de Baecellos Almeida UFSCar/São Carlos Profa. Dra. Waldenice Moreira Cano UFU/Uberlândia Profa. Dra. Marília Blundi Onofre UFSCar/São Carlos

É possível que haja influência na língua escrita de palavras e/ou expressões bem como de elementos gráficos e/ou semióticos próprios de interações em ambientes virtuais (sites de relacionamento, bate-papos instantâneos, e-mails, etc.). Como a escola é o local privilegiado para a aquisição e aprimoramento da língua escrita, procurou-se observar em textos produzidos por alunos, como se dá essa interferência da internet. Baseada em um corpus previamente coletado, esta pesquisa tem por objetivos: 1) descrever o vocabulário empregado pelos alunos do ensino fundamental de duas escolas da região de São Carlos (SP), observando palavras e/ou expressões mais frequentes, bem como aquelas pouco ocorrentes, mas que revelam um rico conteúdo semântico; 2) analisar a interferência da linguagem utilizada na internet nas produções textuais dos alunos; 3) sugerir propostas para se trabalhar em sala de aula, considerando a influência da comunicação em ambientes virtuais (na internet). O corpus, contendo 300 redações, foi constituído da seguinte maneira: aplicaram-se duas redações para cada aluno de duas escolas de ensino fundamental (5ª a 7ª séries – faixa etária de 11 a 15 anos), sendo uma particular e outra pública, ambas da região de São Carlos (SP). Propuseram-se redações pertencentes a dois gêneros textuais diferentes, os quais foram delimitados de acordo com o interesse da pesquisa: uma carta e uma dissertação. Acredita-se que esses 300 textos, embora constituam apenas uma amostra, são bastante representativos, pois além de retratar dois gêneros textuais distintos, contemplam também dois públicos diferenciados, já que se trata de uma escola pública e outra particular. O corpus, recolhido entre os meses de outubro e novembro de 2006, foi todo digitado em formato “.txt” (Bloco de Notas), de maneira que fosse acessível à manipulação pelos processadores automáticos de textos. A digitação obedeceu a determinados padrões de transcrição, de forma a preservar as particularidades dos textos, como desvios da norma culta, ocorrência de desenhos, abreviações, símbolos, etc. A partir de então, toda a manipulação do corpus foi feita com os programas Word Smith Tools e Unitex. No que diz respeito aos aspectos teóricos, esta pesquisa se embasa no conceito de gênero discursivo de Bakhtin, e no que se refere aos aspectos metodológicos, segue os procedimentos de compilação e análise de corpus sugeridos pela Linguística de Corpus.

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51° EXAME DEFESA DE MESTRADO

CANDIDATA: CLÁUDIA DIAS DE BARROS

TÍTULO: “ANTONÍMIA NOS ADJETIVOS DESCRITIVOS DO PORTUGUÊS DO

BRASIL: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE”

DATA: 25/02/2010 às 14:00 horas

LOCAL: Sala de Projeção – Departamento de Letras

BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Oto Araújo Vale UFSCar/São Carlos Prof. Dr. Bento Carlos Dias da Silva UNESP/Araraquara Profa. Dra. Ariani Di Felippo UFSCar/São Carlos

Dentre as relações semânticas mais importantes para a classe dos adjetivos está a antonímia, ou seja, a oposição dos sentidos, como em: gordo/magro. A WordNet, uma base de dados lexicais para o inglês, que estabelece relações semânticas (como sinonímia, hiperonímia, etc.) entre as palavras, apresenta também o conceito de antonímia indireta (via sinonímia: obeso=gordo/magro) para os adjetivos. Esse tipo de antonímia ainda não está representada na WordNet.Br, a base de dados para o português do Brasil, e no Thesaurus Eletrônico para o Português do Brasil (TeP), que contém uma parte dessa base. Sendo assim, a presente pesquisa tem como objetivo estudar a antonímia nos adjetivos do Português do Brasil (PB), com vistas a uma contribuição para o refinamento do TeP e da base de dados da WordNet.Br. O estudo é feito tendo como base as ocorrências dos cem adjetivos mais frequentes no corpus Mac-Morpho, do projeto LacioWeb, que contém artigos jornalísticos de dez cadernos da Folha de São Paulo de 1994 e é composto de 1.167.183 de ocorrências. Os adjetivos foram extraídos pelo concordanciador Unitex. Tomam-se por base na pesquisa três perguntas (“por que dois adjetivos com significados similares não têm o mesmo antônimo?”, “se a antonímia é tão importante, por que muitos adjetivos parecem não ter antônimos?” e “como é estabelecida a antonímia direta?”). Visa-se estabelecer uma rede semântica que possa relacionar a antonímia direta entre adjetivos e a antonímia indireta existente entre os sinônimos de cada adjetivo e seus antônimos, buscando implementá-las no TeP, refinando aí a representação da antonímia.

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54° EXAME DEFESA DE MESTRADO

_________________________________________________________________________

CANDIDATA: JACQUELINE APARECIDA DE SOUZA

TÍTULO: TIPOLOGIA DE TRAÇOS LINGUISTICOS DE TEXTOS DO

PORTUGUÊS DO BRASIL DOS SÉCULOS XVI, XVII E XVIII: UMA

PROPOSTA PARA A CLASSIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE GÊNEROS

TEXTUAIS

LOCAL: AUDITÓRIO DA UEIM – PRÉDIO DO CECH

DATA: 26/02/2010

às 9:00 horas

BANCA EXAMINADORA: Profa. Dra. Gladis Maria de Barcellos Almeida UFSCar/São Carlos

Prof. Dr. Thiago Alexandre Salgueiro Pardo USP/São Carlos

Prof. Dr. Oto Araújo Vale UFSCar/São Carlos

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59° EXAME DEFESA DE MESTRADO

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CANDIDATA: MARIA CRISTINA ANDRADE DOS SANTOS

TÍTULO: ABORDAGEM LINGUÍSTICA NO DESENVOLVIMENTO DE ONTOLOGIAS:

PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE UMA ONTOLOGIA DO DOMÍNIO DO FUTEBOL

COM BASE NO MODELO DE CLASSES DE OBJETO

DATA: 26/02/2010 às 9:00 horas

LOCAL: Sala de Projeção - Departamento de Letras

BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Oto Araújo Vale UFSCar/São Carlos Profa. Dra. Maria Cristina Parreira da Silva UNESP/São José do Rio Preto Prof. Dr. Bento Carlos Dias da Silva UNESP/Araraquara

Este trabalho tem como objetivo aplicar o modelo de classes de objeto de Gaston Gross (1994) à

construção de ontologias de domínio, no caso uma ontologia domínio do futebol. As classes de

objetos são classes semânticas selecionadas a partir das restrições argumentais de cada predicado. A

construção de ontologias de um modo geral segue uma metodologia baseada na tradição semântica,

pela qual são estabelecidas classes conceituais a partir do julgamento do criador. A proposta deste

estudo foi chegar às classes semânticas por meio da aplicação de critérios sintáticos que possam ser

reproduzidos por outros pesquisadores. Para isso, utilizamos uma gramática de operadores e

argumentos, tendo, como unidade mínima de significação, a frase. Assim, cada item lexical deve ser

analisado em função do ambiente sintático em que se encontra, pois as relações de co-ocorrência das

palavras determinam seu significado.

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CANDIDATA: SANDR

TÍTULO: O BOATO

LENTES BAKHTINIA

DATA

LOC

BANCA EXAMINADOProf. Dr. Valdemir MiProf. Dr. João WanderProfa. Dra. Cristine G

O boato é uma atividade lnível sócio-econômico, repessoas. Objeto de estudoHistória, Sociologia, Comfundamentação teórica a desenvolvidos por MikhailDialogia, alteridade, texto/gêneros discursivos, dentreFoucault, bem como contribque investigou os seguinteconstitui um sujeito falanesvaziado; (d) qual é a sua que faz com que um boatocomo se dá a autoria no boafirmativo, se é um gênerotambém na escrita e como foram refletidos em quatro do desejo de pesquisar o boO Camaleão, onde se lê amutação do boato, como sepor vários estudiosos do asDe Dizer, Uma Vontade Deabordam o boato de deserçrealizados no Rio de Janeionde pode ser observado o fofoca, disse-me-disse, fuximas seguramente permitiu c

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56° EXAME DEFESA DE MESTRADO

A MARA AZEVEDO BORGES

SOB O FOCO LINGUISTICO DISCURSIVO FILTRADO POR

NAS

: 26/02/2010 às 15:00 horas

AL: Sala de Projeção - Departamento de Letras.

RA: otello UFSCar/São Carlos ley Geraldi UNICAMP/Campinas

orski Severo UFSCar/São Carlos inguageira, presente no cotidiano das pessoas, independente de país, cultura, gime político ou ainda de época. Ele pode existir em qualquer grupo de de vários domínios do conhecimento, como na Antropologia, Psicologia, unicação, pareceu oportuno pesquisá-lo linguístico-discursivamente. Como pesquisa contou, sobretudo, com os estudos da Filosofia da Linguagem Bakhtin, com destaques para as seguintes reflexões feitas pelo mestre russo: enunciado, auditório, situação, tema e significação, construção de sentido, outras. Também a categoria de Vontade de Verdade construída por Michel uições de vários autores, específicas sobre boato, foram tomadas neste estudo s aspectos: (a) Como se dá esta atividade linguageira; (b) como esse dito te; (c) o que faz com que um boato vingue e outro seja imediatamente materialidade; (e) o que o diferencia de uma verdade e de uma mentira; (f) o sustente tantas ações empreendidas, oficiais e oficiosas, tantos dizeres; (g)

ato; (h) como ele se constitui; (i) se o boato é um gênero discursivo e, no caso primário ou híbrido; (j) se o boato acontece somente na linguagem oral ou ele se dá; (k) como é a sua circulação e (l) qual é o seu gatilho. Estes pontos capítulos, sendo eles: (1) De Um Boato A ... no qual se observa o nascimento ato, a fundamentação teórica e a composição dos dados; (2) O Encontro Com compreensão responsiva sobre alguns dizeres a respeito do nascimento e a alastra e por que ele consegue obter credibilidade; enfim, dizeres elaborados sunto com os quais é mantido um diálogo; (3) O Camaleão Em Um Projeto Verdade em que é feita uma análise linguístico-discursiva de três textos que ão em massa dos atletas cubanos, durante os Jogos Panamericanos de 2007, ro. Finalmente, (4) O Camaleão E Outros Bichos No País Verde-Amarelo uso do termo boato no Brasil e outros vocábulos de sentido semelhante como co e outros. A pesquisa, talvez, tenha suscitado mais perguntas que respostas, ompreender, um pouco mais, a linguagem, o mundo e o homem.