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BIOFERTILIZANTES E CALDAS ALTERNATIVAS Fernando Tinoco Coordenador Estadual de Agroecologia

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BIOFERTILIZANTES E CALDAS

ALTERNATIVAS

Fernando TinocoCoordenador Estadual de Agroecologia

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INTRODUÇÃO:

Não é de hoje que o agricultor, principalmente o pequeno, vem testando e acumulando conhecimento voltado para o controle alternativo de pragas e doenças que afetam a produtividade de suas explorações.

Vale considerar que para algumas delas as descobertas partiram da observação curiosa de que sendo sempre isentas de sintomas de ataque de pragas e doenças, poderiam por conseguinte ter princípios repelentes ou de choque úteis para composição de caldas de pulverização contra essas pragas e doenças. Portanto, qualquer planta que dificilmente é afetada por pragas e/ou doenças podem ser consideradas candidatas a entrarem no rol de testes e analises para fins de comprovação de eficiência no controle de pragas e doenças e assim ampliar o receituário de caldas alternativas.

As caldas que serão apresentadas adiante foram selecionadas a partir de vivência práticas de extensionistas, produtores e pesquisadores. Grande parte delas, além desse propósito, apresentam efeito nutricional (efeito tônico) que muito colaboram para aumentar a resistência da planta frente a ataques de pragas e doenças.

Ainda que relativamente pouco pesquisadas por centros de pesquisas com os métodos estatísticos, alguns pesquisadores já buscam essa linha de pesquisa. Para exemplificar essa atuação, são apresentados no último item desse trabalho, 3 experimentos científicos, nos quais foram testadas caldas alternativas quanto a dosagens para determinação de níveis de controle, dando segurança maior ao profissional quando recomenda-las.

Esperamos que os centros de pesquisas intensifiquem essa linha de pesquisa para determinar dosagens mais eficientes, intervalo de aplicação e quais pragas e doenças podem ser eficientemente controladas. para alcançar os objetivos do produtor, uma vez já que o consumidor além de desejar produtos mais saudáveis também preferirá produtos apresentáveis (isentos danos por pragas e doenças).

Nas aplicações obedecer as seguintes recomendações:•Testar algumas concentrações das caldas para situações novas

(temperatura, umidade, fase da cultura, variedade, etc.), para verificar a eficiência e a possível fitoxicicidade.

•Aplicar somente com o tempo fresco. •Pulverizar de modo que as gotas cubram todas as partes da planta

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•Manter a agitação da calda durante a aplicação.•Não guardar a calda diluída para o dia seguinte.•Uso obrigatório de equipamento de proteção individual (EPI).•Lavar o equipamento após o uso (solução de limão ou vinagre 10%).

BIOFERTILIZANTES (SÓLIDOS E LÍQUIDOS)Atuam meloradores das condições físicas, químicas, biológicas e, como tônicos na complementação da nutrição da planta, na resistência das plantas frente ao ataque de pragas e doenças, bem como ação repelente e/ou de choque para pragas e agentes causadores de doenças, bem como anti estresse e promotores de mecanismos específicos (florescimento, enraizamento).

I. AGROBIO - Desenvolvido pesquisadores da PESAGRO-RJ- Misturar bem misturados e deixados fermentar por uma semana os seguintes produtos: 200 litros de água + 100 litros de esterco bovino fresco + 20 litros de leite de vaca ou soro de leite + 3 kg de melaço de cana-de-açúcar.- Durante as 7 semanas seguintes (a cada 7 dias) deverão ser acrescentados os seguintes ingredientes: 430 g de bórax ou ácido bórico + 570 g de cinza de lenha + 850 g de cloreto de cálcio + 43 g de sulfato ferroso + 60 g de farinha de osso + 60 g de farinha de carne + 143 g de termofosfato magnesiano (Yoorin Master) + 1,5 kg de melaço + 30 g de molibdato de sódio + 30 g de sulfato de cobalto + 43 g de sulfato de cobre + 86 g de sulfato de manganês + 143 g de sulfato de magnésio + 57 g de sulfato de zinco + 29 g de torta de mamona. Notas: a) Antes de serem adicionados a primeira mistura, esses produtos deverão ser dissolvidos em um pouco de água. b) A calda deve ser bem misturada duas vezes ao dia.- Nas quatro últimas semanas, adicionar:500 ml de urina de vaca. - Após oito semanas, o volume deve ser completado com:500 litros de água

− Coar.−

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USO:Tratamento de mudas: foliar a 2%Hortaliças folhosas: Foliar a 4% após o transplante e uma semana depois (ou 2 %, duas vezes/semana). Hortaliças de fruto: Foliar a 4%, semanalmente.Fruteiras: Foliar a 4%, em 5 pulverizações/ano, preferencialmente em períodos após a podas, colheitas e estresse hídrico. NOTAS: -Nas pulverizações, molhar totalmente as folhas e ramos das plantas, chegando ao ponto de escorrimento, para um maior contato do produto com a planta.-Validade do produto: 12 meses

II. ‘VAIRO’Vairo dos Santos - EMATER-RJ

O esterco fresco é misturado em partes iguais com água pura, não clorada, e colocado em uma bombona plástica (200 litros ), deixando-se um espaço vazio de 15 a 20 centímetros no seu interior.A bombona deve ficar hermeticamente vedada na qual adapta-se na sua tampa uma mangueira plástica fina. A outra extremidade da mangueira é mergulhada em uma garrafa com água para permitir a saída do gás metano produzido no interior das bombona e ao mesmo tempo não permitir a entrada do oxigênio. Deixar por aproximadamente 30 dias. O preparado deverá ser coado em uma peneira para separar a parte sólida mais pesada, e depois filtrado em um pano ou uma tela fina.Para melhor eficiência usá-lo imediatamente ou na primeira semana após seu preparo. Pode ser utilizado também no tratamento de sementes sexuadas e selecionadas a nível de campo, para plantio. Neste caso, as sementes deverão ser mergulhadas em biofertilizante líquido a 100% (puro) por um período de 1 a 10 minutos, secas à sombra por duas horas e plantadas em seguida. As sementes assim tratadas não deverão ser armazenadas, pois poderão perder a sua capacidade de germinar e tornar-se inviáveis para o plantio.O mesmo tratamento poderá ser utilizado em elementos de propagação vegetativa assim como: estacas, toletes, bulbos e tubérculos, para plantio imediato, aumentando o enraizamento e viabilizando o seu uso em lavouras comerciais.Na produção de mudas, poderá ser utilizado na rega de sacolas ou canteiros

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de germinação, antes do plantio, para promover um expurgo do solo utilizado, possuindo um excelente efeito bacteriostático quando aplicado puro.A parte sólida do biofertilizante poderá ser usada como adubo de cova em plantios ou na formação de compostagem. Dosagens: pulverização em até 30% (300 ml / litro de água), a intervalo 7 a 15 dias.

III. “TINOCÃO”Fernando Tinoco – EMATER-MG

Adubação foliar, controle de pragas e doenças

Material a ser utilizado:•Tambor de 200 litros;•30 a 40 kg de esterco de curral (fresco);•10 kg de esterco novo de galinha caipira (ou cama de frango);•2 ou mais litros de leite fresco, integral ou 1 pote de leite fermentado

(tipo Yakult);•2 ou mais litros de garapa ou 1 kg de rapadura triturada;•5 kg de cinza de madeira (fogão a lenha);•1 a 2 kg de Termofosfato magnesiano, ou, 5 Kg fosfato natural;•1 a 2 Kg de FTE-BR 12 (dividido em 3x)•5 Kg de folhas trituradas de diversas plantas: Bougainville (da flor

roxa); Urtiga ou Cançanção; ramos de Alecrim; Melão de São Caetano; Boldo nacional; Tomate “Orgânico”; alho; capuchinha, crotalaria, urucum, mamona, etc...

Modo de fazer:Colocar esterco fresco no tambor ou bombona de 200 litros e sobre esse é lançado os demais ingredientes, lembrando que o FTE deverá ser colocado aos puco, semanalmente, até completar a dosagem recomendada. Pode-se substituí-lo por uma outra fonte de boro e de zinco. Adicionar água pura, não clorada, até atingir o ponto 15 a 20 centímetros abaixo do nível máximo da tambor (espaço vazio de 15 a 20 cm de altura). Agitar bem ara uniformizar os ingredientes na água. A bombona deve ficar hermeticamente vedada. Para tanto, fixa-se na sua tampa uma mangueira plástica fina. A outra extremidade da mangueira é mergulhada em uma garrafa com água, para permitir a saída do gás produzido no interior das bombona e ao mesmo tempo não permitir a entrada do oxigênio (processo anaeróbico). Deixar assim até notar final da fase de fermentação (quando não se notar borbulhamento na

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garrafa de água), o que geralmente se dá aproximadamente 35 dias após o inicio do processo. O material deverá ser coado em uma peneira para separar a parte sólida mais pesada, e depois filtrado em um pano ou uma tela fina. Dosagem: 5% (via foliar) e, 30 a 50% (via solo), a cada 15 dias.Nota: Pode-se acrescentar na calda de pulverização o Biopirol nas dosagens recomendadas desse produto. •A parte sólida eliminada na filtragem do produto poderá ser utilizada como

adubo nos canteiros ou covas.•Pode-se preparar aerobicamente (com oxigênio, bombona aberta) desde

que se agite diariamante, 2 a 3 vezes por dia, até os 15 primeiros dias de fermentação. Após os 15 dias, agitar uma vez ao dia.

IV. URINA DE VACA

Adubação foliar, controle de pragas e doençascomponentes médios: nitrogênio; potássio; fósforo total; cálcio; magnésio; enxofre; ferro; manganês; cobre; zinco; boro; sódio; e ph, 7,6.Colete meio litros de urina de vaca e deixe por 8 a 10 dias em recipiente fechado (para transformação da uréia em amônia).Em recipiente fechado a urina conserva suas propriedades até 12 meses.Frutíferas : 5 % de urina (10 litros de água + 500 ml de urina). Hortaliças : 0,5 % para folhosas e 1 % nas demais.Café: 5 % em 2 a 4 pulverizações/ano após a colheita, quando também se pode regar o tronco com 2 litros/planta da mistura a 5 %. Para o controle do Bicho Mineiro, pulverizar nas infestações com a diluição de 15 % ( 3 litros / 20 litros ); pode também ser utilizado para mudas, através da rega de 3 litros em 97 litros de água, e/ou pulverizando 500 ml litro em 20 litros de água. Para outras culturas, da família das Solanáceas - tomate, pimentão, jiló, berinjela, batata inglesa e pimentas - utilizar apenas um copo comum para 20 litros de água. Tratamento de sementes, manivas de mandioca e toletes de cana: imersão dos mesmos antes do plantio, durante um minuto na urina pura - concentração de 100%.Urina de vaca enriquecida:Dissolver 100 g de farinha de trigo em 1 litro de água. Dissolver 50 g de sabão neutro em 1 litro de água quente o sabão na água. Em seguida adicionar

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em 18 litros de água essas duas caldas previamente coadas e finalmente adicionar 200 ml de urina de vaca. Pulverizar molhando bem toda as folhas da lavoura nas horas mais frescas do dia.

V. BIOGEOEm um tambor de 200 litros, misturar:•30 Kg de resto ruminal (proveniente de matadouro);•20 a 30 Kg de esterco fresco de curral;•+ ou – 10 Kg de folhas e restos vegetais (fls couve, beterraba, “mato”, etc.);•5 a 10 litros de garapa (ou rapadura);Pode-se enriquecê-la com fosfato natural e pó de carvão.Misturar todos os ingredientes e deixar fermentar por 20 a 30 dias, aerobicamente (com oxigênio), agitando diariamente (2 a 3 vezes/dia).Dosagem: 5% (foliar) e, 30 a 50% (solo).

VI. COMPOSTO ORGÂNICO

Os restos de culturas e materiais produzidos, apresentam composições mais ricas e equilibradas do que as folhas e gramas, mais pobres em elementos. A produção de materiais orgânicos ainda possibilita a vantagem da escolha dos materiais desejados pelo produtor. As gramíneas, geralmente apresentam-se mais ricas em carbono e as leguminosas, com o conteúdo maior em nitrogênio.MONTAGEM DAS PILHAS DE COMPOSTAGEMO preparo do composto orgânico, para manter uma boa relação carbono/nitrogênio (em torno de 30/1), sugere-se uma mistura de 30 a 40% de esterco bovino com 70% a 60% de resíduos vegetais. Como os estercos e resíduos vegetais, geralmente, contém menos de 1% de fósforo , devem ser corrigidos na hora da compostagem com 3% de fosfato natural de 1%.A montagem das pilhas deve obedecer a seguinte seqüência:

1. Distribuir uma camada de palha e/ou capim no solo com 20 centímetros altura e 2 a 2,5 metros de largura, podendo o comprimento variar de acordo com a quantidade de material a ser compostado (3 a 5 ou 6 metros) e molhar bem antes de colocar outros materiais em cima.

2. Misturar e umedecer os materiais a serem compostados:•1 carrinho de esterco bovino•3 carrinhos de resíduos vegetais (capim picado, cana de açúcar triturada;

pode-se usar até 1/2 carrinho de folhas de mamona)

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•400 gramas de fosfato natural (Araxá) ou termofosfato magnesiano ou Farinha de osso

•400 gramas de cinzas•200 gramas de sulfato duplo de potássio e magnésio

3. Formar a pilha com a mistura umedecida até 1,20 m a 1,60m de altura.

4. Cobrir com palha seca a pilha pronta, para manter a umidade e a temperatura.

O período de compostagem depende das temperaturas e do tamanho das partículas dos materiais e da aeração. Caso acrescentar microrganismos, ocorrerá aceleração na decomposição. Não necessita fazer a reviragem.

•Partes pequenas, tipo capim picado, com temperaturas em torno de 60ºC = 55 a 60 dias.

•Partes médias, com 15 a 20 cm, com temperaturas em torno de 60ºC = 60 a 80 dias.

•Partes inteiras, com temperaturas até 60ºC = em torno de 90 dias.

•Somente esterco bovino, com temperaturas de 60 a 70ºC = 30 a 35 dias.

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Fonte: Pesquisa realizada por:EMBRAPA (CNPMS) – Eng.º Agrº. Egídio Arno KonzenEMATER-MG–Eng.ºAgr.ºFernando Cassimiro Tinoco França(acompanhamento)

VII. USO DO FINO DE CARVÃO

Enriquecer o pó de carvão com extrato pirolenhoso e urina de vaca.Modo de fazer:Para cada 100 Kg de pó de carvão, acrescentar 2 la 3 litros de urina de vaca + 1 litro de extrato pirolenhoso diluídos em 50 litros de água, misturando, incorporando e homogeinizando o preparado.O pó de carvão é um excelente retentor de água e de fertilizantes líquidos, melhorando as condições de multiplicação dos microrganismos.Modo de usar:Horta:

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200 a 300 g/m² em formação de canteiros;Pomar adulto:1 a 2 Kg, distrubuídos em pequenas covas, ao redor das plantas;

VIII. BOKASHI AERÓBIO

Adubo orgânico de excelente qualidade, muito utilizado na adubação de plantio das espécies mais exigentes, tais como o tomate, couve flor, brócoles ,milho, frutíferas, etc.Materiais necessários:

- 250 Kg de terra virgem de barranco, isento de sementes;- 100 Kg de esterco de galinha(ou farelo de soja);- 100 Kg de farelo de arroz;- 75 Kg de farinha de osso;- 1 litro de microrganimos (EM-4) diluídos em 20 a 30 litros de água;Deixar fermentar durante 7 a 10 dias, revirando 3 vezes ao dia nos 3 a 4 primeiros dias.

Dosagens:- 300 g/cova(tomate, etc.);- 200 a 300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças;- 150 a 200 g/m em sulcos;- 500 g/cova em fruteiras.

EM-4Cozinhe qualquer quantidade de arroz (mais ou menos 1 Kg), sem óleo e sem sal, e coloque este cozido numa vasilha de barro ou de madeira. Coloque esta vasilha c/arroz numa mata fechada e embrulhe ou proteja-a com uma tela ou sombrite. Coloque as folhas do solo em cima deste embrulhado e deixe este material durante uns 30 dias.. Depois dos 30 dias desembrulhe e elimini as colônias de fungos de coloração negra, cinza escuro e amorranzado. Dissolva/esfarele o restante do material em um balde de 10 litros de melaço ou de garapa ferventada (espere esfriar para depois dissolver o arroz). Deixar curtir durante 10 dias ou mais, em recipiente aberto (tipo um balde) e em ambiente escuro (quarto fechado). Depois de 10 dias, vc. poderá diluir este material em qualquer quantidade de água e inocule no Bokashi.

BIOEMBRAPA (CNPH-DF)

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Ingredientes para 1000 L Quantidade

Inoculante Shigeo Doi 10 L

Farinha de sangue 11 Kg

Farelo de arroz ou algodão 44 Kg

Farelo de mamona 11 Kg

Farinha de ossos 22 Kg

Resíduos de sementes (trituradas) 11 Kg

Cinzas 11 Kg

Rapadura ou açúcar mascavo 6 Kg

Polvilho de mandioca 6 Kg

Água Completar para 1000 LMisture todos os ingredientes em superfície plana e limpa. Coloque em um tambor ou bombona plástica. A mistura deve ser agitada três vezes ao dia durante cinco minutos ou aerada com auxílio de um pequeno compressor de ar com intervalo programado de hora em hora. Fica pronto em oito dias.

Inoculante (Shigeo Doi)Ingredientes Quantidade

Melaço 8 L

Vinhoto (ou caldo de cana) 4 L

Rapadura ou açúcar cristal 5 Kg

Polvilho ou batata cozida amassada 0,5 Kg

Terra de mata (camada de cima) 10 L

Água não clorada Completar para 200 L

Composto de Farelos (Bokashi anaeróbico)Ingredientes Quantidade Proporção

Cama de matriz de aviário 480 Kg 48

Calcário dolomítico 40 Kg 4

Torta de mamona 100 Kg 10

Farelo de trigo 120 Kg 12

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Farinha de ossos 50 Kg 5

Cinzas 10 Kg 1

Solução inoculante 65 Kg 6,5

água

Rendimento: 1000Kg

Solução Inoculante:Ingredientes Quantidade

Água 60 L

Leite 2 L

Inoculante Shiego Doi 2 L

Açúcar mascavo ou cristal 1,5 Kg

CALDAS MINERAISFeitas na propriedade, conforme a calda, tem ação no controle de fungos, insetos e ácaros

CALDA SULFOCÁLCICA(controle de doenças, ácaros, cochonilhas e outros insetos)

Material para 20 litros de calda:5 Kg de enxofre + 2,5 Kg de cal virgem pura e bem calcinada (acima de 95% CaO) + 2 tambores (com capacidade mínima de 40 litros)

Modo de preparar:•Colocar 40 litros de água para ferver, num tambor de ferro ou latão;•Colocar 5 Kg de enxofre peneirado num segundo tambor (esmaltado de

preferência ou de ferro, nunca de cobre), fora do fogo;•Adicionar (lentamente e ir mexendo) 5 litros de água quente e mais 2

colheres de espalhante adesivo (1 copo de álcool ou cachaça ou leite) sobre o enxofre peneirado, para facilitar a mistura.

•Em seguida, agitar forte essa calda com um bastão de madeira, até formar uma pasta;

•Espalhar em cima da pasta, aos poucos, 2,5 kg de cal virgem moída e adicionar mais 5 litros de água quente, mexendo continuamente a mistura;

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•Colocar o tambor, sobre o fogo intenso e deixar a mistura cozinhando durante 10 a 15 minutos;

•Acrescentar à pasta mais água fervendo, até completar 20 litros (o tambor deve apresentar no seu lado interno uma marca para indicar este volume);

•Deixar ferver em fogo alto por mais 30 minutos, devendo-se repor a água perdida por evaporação, mantendo constante o volume inicial de 20 litros. Essa reposição deverá ser feita com a água quente do outro tambor. (O uso de água quente reduz o tempo de preparação da calda).

•No inicio a calda apresenta coloração amarelada, a qual com o tempo de preparo vai transformando num tom avermelhado cada vez mais intenso , e por fim evolui para um líquido transparente de cor pardo-avermelhada ou vinho e de fundo preto ou café, ponto esse que deverá ser retirado do fogo.

•Deixar a calda coberta por um descanso de 12 horas, após o qual será formado um precipitado esverdeado (resultante da reação do enxofre com a cal, os quais não se combinam).

•Após esse tempo, recolher apenas o sobrenadante com uma caneca esmaltada ou de plástico e coar em pano ralo (saco de pano ). Portanto não agitar a solução.

•Realizar a leitura com o densímetro - Aerômetro de Baumé. Considera-se boa, a calda na faixa de 28º a 32º Baumé.

NOTAS COMPLEMENTARES DO PREPARO:•Durante o tempo em que a calda estiver sendo aquecida, a mesma deverá

ser agitada a cada três minutos com a pá de madeira;•Caso haja formação de espuma, acrescentar um pouco de água quente para

não derramar;•Conservar o fogo sempre alto, para que a calda possa atingir o grau desejado

o mais rápido possível;•Utilizar um canudo de bambu ou plástico, com aproximadamente 25

centímetros de comprimento, para verificação do grau da calda, que deve estar fria e sem borra;

Recomenda-se sua utilização até 60 dias após sua preparação. Porém, a calda sulfocálcica quando adequadamente preparada pode ser estocada por um ano, desde que conservada em vidro ou plástico de cor escuro ou opaco, bem vedado e em ambiente escuro.Para guarda-lo em recipiente aberto, deverá colocar uma camada de 2 milímetros de óleo sobre a calda, ou então cobrir o vasilhame com plástico

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preto amarrado com fita de câmara de ar ou elástico.

UTILIZAÇÃO

A. Tratamento de Inverno (PLANTAS DE CLIMA TEMPERADO: CAQUI, UVA, PÊSSEGO): a 10 %B. Tratamento na primavera e verão: A concentração difere de acordo com o tipo de planta ou espécie vegetal, as condições climáticas, o grau de infestação da doença e da fase de crescimento da planta. Porem, em termos médios, pode-se usar de acordo com as recomendações abaixo:Fruteiras: a 1% (10 ml em1 litros de água). A cada 15 dias após sintomas.Jiló, Pimentão e Berinjela (ácaro, antracnose): a 1% a intervalo quinzenal Quiabo (ácaro, oídio): 1% a cada 15 dias.Feijão Vagem (ferrugem): 1% a intervalo quinzenal NOTAS:- Não aplica-la em Curcubitáceas (abóboras e morangas), pois ela é fitotóxica a essas espécies.- Não aplica-la em horário de sol quente, pois pode provocar queimadura nas folhas e frutos- Não aplica-la em época de floração- Em estufas, reduzir em 50% as dosagens e fazer os tratamentos em períodos frescos..Caso já tenha aplicado calda bordaleza, só aplicar calda sulfocálcica 25 dias depois desta. Obedecer um prazo de 15 dias da aplicação da calda sulfocálcica, caso tenha que aplicar a calda bordaleza.•Para espécies ou variedades novas, por precaução, fazer testes em algumas

plantas, para observar possíveis reações quanto ao produto e dosagem.

CALDA BORDALESAFungicida e também pode atuar como repelente de muitos insetos (vaquinhas, cochonilhas e tripes)Mistura: 200 g de sulfato de cobre +200 g de cal virgem +20 litros de águaMODO DE PREPARAR:- Coloque num recipiente de madeira ou plástico, contendo 10 litros d’água, 200 g de sulfato de cobre, bem moído, o qual deve ser colocado dentro de um saco de pano ralo, amarrado em uma vara atravessada sobre o recipiente, de modo a apenas mergulhar na água. Geralmente após uma hora, o sulfato de cobre estará todo dissolvido.

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-Em outro recipiente, com capacidade superior a 20 litros, coloque 200 g de cal virgem, em pequenas quantidades, até formar uma pasta consistente. Em seguida, junta-se água até completar 10 litros. Logo após despeje a calda contendo o sulfato de cobre sobre a calda contendo a cal ou então em um terceiro recipiente de capacidade superior a 20 litros, juntam-se as duas soluções simultaneamente, sempre em pequena quantidade, agitando-se a mistura, enquanto vai sendo preparada.Para verificar se a calda apresenta pH neutro (desejável), mergulhar na solução uma lâmina de canivete bem limpa, durante meio minuto, e, ao retirá-la da solução, observar se houve formação de ferrugem sobre a mesma, o que indica acidez. Se isso acontecer, juntar mais um pouco da solução de água e cal, até que não mais se processe a reação.- A aplicação da calda deve ser feita no mesmo dia de seu preparo.- Em plantas novas, deve ser usada a metade da quantidade de sulfato de cobre e de cal virgem. - Pulverize preferencialmente em horários de temperatura amena. Se usar cal hidratada ao invés de cal virgem a dosagem deve ser 1,8 maior.- A calda bordalesa pode ser misturada com os inseticidas como o extrato de fumo, extrato de confrei e outros extratos.Casos especiais - dosagens para 20 litros de água.

Cultura Sulfato de Cobre Cal VirgemAbobrinha, Alface, chicória, caqui, morango, pepino

100 100

Couve, Repolho 500 500Cucurbitáceas 60 60

CALDA VIÇOSAAdubo foliar e fungicida

20 L d’água + 100 g de Sulfato de cobre (em época propensas a maior ocorrência de doenças fúngicas, essa dosagem poderá chegar a 200 g) + 40 g de Sulfato de zinco + 40 g de ácido bórico + 120 g de Sulfato de Magnésio + 80 g de uréia (*) + 110 g de Cal Hidratado. (*): Em aplicações sucessivas, alternar a uréia com o cloreto de potássio, na mesma dosagem. MODO DE PREPARAR:− Misture a quantidade especificada anteriormente de Sulfato de cobre + Sulfato de zinco + Sulfato de magnésio + ácido bórico + uréia ( ou Cloreto de potássio) em recipiente de plástico (balde) contendo 10 litros.

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− Em outro recipiente de plástico de capacidade mínima de 20 litros, coloque 10 L d’água e adicione quantidade de cal hidratada especificada anteriormente.− Despeje os 10 litros de água contendo os minerais sobre os 10 litros contendo a cal hidratada .

Cuidados:• Não aplicar Calda Bordalesa e Viçosa em goiabeira quando os frutos atingirem diâmetro superior a 2 cm.• Aplicar a calda viçosa isoladamente, sem inseticidas ou espalhantes.• Agitar o pulverizador antes e durante a aplicação. • Não guardar a calda preparada de um dia para o outro.• Lavar bem os equipamentos de aplicação, evitando assim a corrosão.

ÁGUA DE CINZARepelente de pulgão, lagartas, etc.

Dissolver 2 Kg de cinza em 10 litro d’água. Agitar e depois deixar descansar por 1 dia. Coar em saco de aniagem ou estopa para evitar entupimento do pulverizador ou regador

FARINHA DE TRIGOControle de Pulgão

Pulverizar farinha de trigo na base de 200 g para 10 litros d’água

LEITEFungicida (oidio, míldio e outras), ácaro, ovos de lagarta

Diluição: 0,5 a 1 litros de leite + 10 litros de água. Pulverização semanal a quinzenal.O saco de algodão u estpa embebidos de leite serve como iscas atrativas para lesmas. Distribuir próximo ao canteiro ou as plantas. Nos períodos da manhã, inverter o saco ou estopa e matar mecanicamente as lesmas que se aninharam por debaixo desse material.

BICARBONATO DE SÖDIOOídio, Penicilium

Pulverizar bicarbonato de sódio, na base de 100 g para 10 litros d’água.Controle de Bolor verde (em pós colheita): imersão dos frutos em calda na base de 100 litros de água + 3 kg de Bicarbonato de sódio

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PERMANGANATO DE POTÁSSIO + CALInseticida (pulgões, lagartas, besouros, ácaros, mosca branca) fungicida (botrytes, mildio e oídio).Misturar em 8 litros de água 15 gramas de permanganato de potássio (previamente dissolvido em 1 litro de água morna) ir primeiramente o permanganato de potássio num pouco de água quente, para acelerar o processo. + 100 g de cal virgem (previamente dissolvida em 1 litro de água).

CALDA DE ENXOFRE COM SAL E DETERGENTEIndicações de uso: Controle de cochonilhas e ácaros.Materiais a serem utilizados:10 litros de água100 ml de detergente neutro150 g de sal30 g de pó de enxofreModo de preparar:Misturar todos os ingredientes na água.Modo de aplicação:Pulverizar as plantas infectadas no período mais fresco do dia.

CALDA DE ÓLEO COZINHA COM DETERGENTE E SALIndicação de Uso: Cochonilhas em geral, principalmente as que atacam as plantas cítricas (limões, laranjas e tangerinas)Ingredientes:10 litros de água150 ml de óleo de cozinha (óleo de soja)100 ml de detergente neutro150 gramas de sal comumModo de preparo e uso:Misturar os ingredientes nas quantidades indicadas e colocar em um pulverizador. Aplicar nas plantas atacadas e vizinhas procurando atingir toda a copa e/ou área afetada. Uma única aplicação é suficiente. As plantas devem ser observadas e caso seja necessário fazer uma segunda aplicação com 20 dias. Aplicar a calda nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no final da tarde.

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EXTRATO DE PLANTASOs extratos ou macerados de muitas plantas tem ação no controle de várias pragas e doenças, dentre elas selecionamos as seguintes:

MACERADO DE SAMAMBAIA DO CAMPO(Inseticida: controle de Pulgão, ácaro e cochonilha)

Colocar 500 gramas de samambaia verde (ou 100 g seca) picada em 1 litros d’água, ferver por 30 minutos e deixar descansar por 24 horas. Sem ferver a calda deverá ficar em repouso por 8 dias.Para pulverizar, adicione 1 litro de macerado (coado) em 10 litros d’água.

ALHO:Fungicida (mildio e ferrugens); inseticida (lagarta da maçã, pulgão, etc.)

Macerar 100 g de alho e adiciona-lo em 1 litro d’água. Deixar em repouso por 24 horas. No momento da pulverização, coar e adicionar essa calda em 10 litros d’água

ALHO + PIMENTA DO REINO + SABÃOFungicida e Inseticida

Faz-se 2 preparados em separados:Numa garrafa colocar 1 litro de álcool + 100 g de pimenta do reino. Em outra garrafa colocar 1 litro de álcool + 100 g de alho macerado. Deixar fechado numa garrafa durante 7 dias. No momento da aplicação diluir: 20 litros de água + 200 ml da calda de pimenta do reino +100 ml da calda de alho + 50 gramas de sabão neutro (previamente dissolvido em 1 litro de água quente). Pulverizar nas horas de temperatura amena do dia.

ALHO + SABÃO + ÓLEO (MINERAL OU VEGETAL)Fungicida e Inseticida

Adicionar 20 ml de óleo mineral ou vegetal em 100 g de alho e deixa-los em repouso por 24 horas. Após esse tempo adicionar 10 gramas de sabão neutro (previamente dissolvido em 500 ml de água quente). No momento da pulverização, coar e adicionar essa calda em 10 litros d’água

PIMENTA-DO-REINO Inseticida ( pulgões, ácaros e cochonilhas)

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Numa garrafa colocar 1 litro de álcool + 100 g de pimenta do reino. Deixar fechado numa garrafa durante 7 dias. No momento da aplicação diluir: 20 litros de água + 250 ml da solução de pimenta e álcool + 50 gramas de sabão neutro (previamente dissolvido em 1 litro de água quente). Pulverizar nas horas de temperatura amena do dia.Pulverizações a cada 3 a 7 dias.

MACERADO DE MAMONA Inseticida e Fungicida

Calda a base de mamona - André Henriques EMATER-MGMacerar 300 g de folhas da mamona e coloca-las em 20 litros de água por aproximadamente 12 horas. Coar e logo em seguida acrescentar 100 g de farinha de trigo + 50 g de sabão neutro + 200 ml de urina de vaca. Peneirar utilizando e logo em seguida pulverizar a lavoura. Repetir o tratamento após 15 dias. Aplicar nas horas mais frescas do dia.

FUMO Inseticida (pulgões, tripes e outras pragas).

Picar 100 g de fumo e deixar de molho em 1 litro de álcool por 3 hora e depois completar para 10 litros d’água, deixando descansar por 24 horas. Coar e pulverizar no mesmo dia. Para aumentar a aderência, acrescentar 50 g de sabão comum aos 10 litros de calda diluída. Para ampliar espectro de ação contra diversas outras pragas, acrescentar ao final 1 colher de extrato de pimenta malagueta (molho em 50 ml de álcool ou cachaça por 3 dias) quenquéns).

CRAVO-DE-DEFUNTOCombate a pulgões, ácaros e algumas lagartas

Picar e macerar 600 g de folhas e talo num vasilhame e adicionar 2 litro de água. Ferver por 10 minutos. Após esfriar, coar. Para pulverizar completar a calda para 20 litros de água.

NEEM (Nim) (Azadirachta indica).Inseticida (traças, lagartas, larva minadora dos citros, pulgões, gafanhotos).

Folhas: Em vasilhame colocar 20 litro de água + 300 g de folhas de folha picada (ou batida no liquidificador num pouco de água). Deixar em repouso durante 12 horas. Coar e pulverizar no mesmo dia.Sementes: Em vasilhame colocar 20 litro de água + 600 a 1000 g de semente

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moída ou triturada. Deixar em repouso durante 12 horas. Coar e pulverizar no mesmo dia. Para aumentar eficiência, acrescentar 50 g de sabão comum aos 10 litros de calda diluída.

SABONETEIRA (Sapindus saponaria L. )

InseticidaTriturar 200 g de frutos e deixa-los de molho em 1 litro de álcool por 3 horas Após esse tempo, completar para 20 litros d’água. Para aumentar a aderência, acrescentar 100 g de sabão comum aos 10 litros de calda diluída.

BOUGAINVILLEA OU PRIMAVERA/MARAVILHA (Rosa ou Roxa)Controle de vetor de ‘vira cabeça’ do tomateiro.

Bater no liquidificador 200 g de folhas de Bougainvillea (1 litro) + 1 litro de água. Deixar de molho por 12 horas, coar e em seguida diluí-lo em 20 litros de água. Pulverize imediatamente (em horas frescas do dia). Não pode ser armazenado. Para tomateiro pulverizar semanalmente até 60 dias após o transplantio.

CAMOMILAFungicida

Bater no liquidificador 100 g de flores de camomila + 1 litro de água.Deixar de molho por 12 horas, coar e em seguida diluí-lo em 20 litros de água. Pulverizar semanalmente.

MANDIOCA – MANIPUEIRA (extrato eliminado pela compressão da mandioca ralada)

Inseticida, Acaricida, Nematicida (ácaros, pulgões, lagartas, formigas, nematóides)

- Controle de ácaros, pulgões, lagartas, diluir: 10 litros de água + 10 litros de manipueira + 200 gramas de açúcar ou farinha de trigo. Pulverizar a intervalo de 14 dias.- Controle da formiga: 2 litros de manipueira no formigueiro para cada olheiro, repetindo a cada 5 dias.- Tratamento de canteiro (pragas de solo/nematóides): regar o canteiro na diluição de: 4 litros de manipueira/m2, 15 dias antes do plantio.

CRISÂNTEMO OU PIRETROInseticida: moscas, pulgões, lagartas, coleópteros.

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Triturar 300 g de flores secas de crisântemo e colocar em 20 litros de água. Deixar em repouso por 12 horas, coar e no momento da pulverização, acrescentar 500 g de sabão comum (previamente diluído em 1 litro de água).

CONFREIInseticida (pulgão)

Bater no liquidificador 250 g de folha e deixar de molho por 24 horas. Após esse tempo, completar para 10 litros d’água. Para aumentar a aderência, acrescentar 100 g de sabão comum aos 10 litros de calda diluída.

URTIGAInseticida

Bater no liquidificador 200 g de folhas de urtiga + 1 litro de água. Deixar de molho por 24 horas. Após esse tempo completar para 10 litros d’água. Para aumentar a aderência, acrescentar 50 g de sabão comum aos 10 litros de calda diluída.

PASTASPASTA BORDALESA

(para pincelamento de tronco- Controle de Gomose e Rubelose em Citros)1 Kg de sulfato de cobre + 2 Kg de cal virgem +10 litros de águaMODO DE PREPARAR: Utilizar o mesmo processo que foi usado para preparar a calda bordalesa, tomando-se o cuidado de observar as quantidades dos ingredientes.A aplicação é feita utilizando-se as broxas.

PASTA PARA PINCELAMENTO DE TRONCO (controle de brocas, cochonilhas etc.)

Para tratamento de inverno a ser realizado no período frio e seco do ano, pincelar o tronco e base dos ramos principais, na prevenção de brocas e cochonilhas. 12 litros de água + 1 kg de Enxofre: + 2 kg de Cal hidratado + 500 g de Sal de cozinha.

CALDAS BIOLÓGICASPreparadas a partir de microorganismo (predador, parasita ou patógeno) produzidos em laboratório, os quais atacam as pragas que causa danos as

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cultura. Entre os principais temos:Bacillus thuringiensis (bacteria)

Uso específico para controle de diversas espécies de lagartas (traça das crucíferas: repolho; Curuquerê da couve, traça do tomateiro; broca das curcubitáceas: pepino). Efeito total 24 a 72 após o consumo das folhas tratadas. Dosagens 250 a 500 g/ha.Produto comercial: Dipel, Agree, Xentari

Beauveria bassiana (fungo) controle das seguintes pragas:- Broca da bananeira (Cosmopolites sordidus): 20 a 25 g do fungo/isca de bananeira do tipo ‘queijo’ ou "telha’- Broca do Café (Hypothenemus hampi): 1 a 2 Kg/ Ha.bassiana).- Ácaro rajado.- Cochonilha Orthesia

BaculovirusControle da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) é indicado B. anticarsia. No controle do mandarová da mandioca é utilizado o vírus B. erinnys. O baculovírus atua por ingestão, sendo que a lagarta vai perdendo sua capacidade de alimentação, morrendo após o 4º dia.

Metarhizium anisopliae (fungo)Empregado no combate as seguintes pragas:- Tripes:.- Cigarrinhas das Pastagens

Trichoderma (Fungo):É um fungo utilizado para o controle de podridão do colo e de raízes de macieira, causados por Phytophora.

RESULTADOS DE PESQUISAA seguir são apresentados 3 experimentos para exemplificar que há pesquisadores preocupados em dar respostas mais precisas quanto a níveis de controle de pragas e doenças com o uso de caldas alternativas. Entretanto esse tipo de trabalho precisa ser estimulado, pois é importante refinar informações quanto a níveis de controle esperado, concentrações das caldas,

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intervalo de aplicação para maior segurança do técnico nas recomendações ao produtor e consolidar de vez o uso de caldas alternativas. Assim sendo, além do cultivo de plantas comerciais, os produtores deverão cultivar na sua propriedades todas aquelas plantas que servirão de ingredientes na composição de suas caldas.

1. CONTROLE FUSARIOSE ABACAXI - PRODUTOS NATURAIS 1(Fonte EPABA-PB)

TRATAMENTOS - Extrato aquoso: - Aroeira - Barbatimão - Caju roxo - Alho - Gengibre - Químico (Cercobim) CONCENTRAÇÕES: - 5,05%; 2,5%; 1,2%; 0,6%; 0,3%; 0% •Aplicados na fase de flores abertas •Intervalos semanais.

RESULTADOS NO CAMPO:•Testemunha (sem nenhum produto): 30,2%, •Químico (thiofanato metílico): 7,5% •Dentre as plantas antibióticas, destacaram-se o alho, o gengibre e,

principalmente o barbatimão que, com apenas 7,6% de incidência, CONCLUSÃO: Produtos alternativos = químico.

2. CONTROLE DE BOLOR VERDE EM PÓS COLHEITA (Imersão dos frutos por 5 minutos)

Fonte: Franco e Bertiol – Rev . Bras. Fruticultura V24 - 2002Níveis de controle dos produtos que mais destacaram:Carbonato de sódio a 1% + ácido bórico a 1% = 93 % de controleBicarbonato de sódio a 3% = 92,1 %Ácido bórico a 1 %= 87,7Bicarbonato de sódio a 3% + ácido bórico a 1% = 81,7 %Carbonato de sódio a 1% = 78,5 %

3. TRATAMENTO DA MUDA DE BANANEIRA:

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(Fonte: IAC)Escalpelar o rizoma + imersão em solução contendo hipoclorito de sódio a 1% = 1 parte de água: 1 parte de água sanitária (a 2%).durante 5 minutos. Nota: imersão a 1 % por10 minutos provoca morte do rizoma.

CONTROLE ALTERNATIVO DE PARASITAS NA PECUÁRIA

FOLHAS DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA

Indicações de uso:Controle de carrapatos, berne, mosca-dos-chifres e mosca-dos- estábulos.Para carrapatos:Modo de preparar e de usar:Triturar as folhas verdes de araucária e misturá-las ao trato dos animais (200 g de folhas verdes/cabeça/semana).Durante uma semana, fornecer esta mistura aos animais infestados de carrapatos.Repetir o tratamento quando os animais se reinfestarem de carrapatos.Obs.: O fornecimento de folhas de araucária não causa abortos, nem deixa gosto no leite. A aplicação tem apresentado também excelentes resultados no controle de berne, mosca-do-chifre e de bicheiras.

Para berne, mosca-dos-chifres e mosca-dos-estábulos Materiais a serem utilizados:1 kg de folhas verdes20 litros d´águaModo de preparar e de usar:Picar as folhas e misturar na água. Descansar por 7 dias em local escuro e na temperatura ambiente. Peneirar a solução e banhar os animais.

SORO DE LEITE E SALIndicações de uso:Controle de carrapatos.Materiais a serem utilizados:1 litro de soro de leite2 colheres de sopa de de sal comumModo de preparar e de usar:

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Misturar tudo e banhar ou passar um pano ou estopa em todas as áreas infestadas dos animais durante 2 dias.

EXTRATO VEGETAL DE SANTA BÁRBARA (CINAMOMO)Indicações de uso: Controle de carrapatos e moscas-do-chifre.Materiais a serem utilizados:500 gramas de folhas verdes ou secas20 gramas de sabão vegetal20 litros d´água Modo de preparar e de usar:Macerar as folhas, deixá-las de molho na água por cerca de 12 horas em local escuro. Coar, dissolver o sabão e banhar os animais.

ENXOFREIndicações de uso:Controle de carrapatos.

Materiais a serem utilizados:2 colheres de sopa de enxofre1 colher de sopa de sal5 colheres de banha de porco2 limões

Modo de preparar e de usar: Misturar tudo e passar com um pano no lombo do animal.

PESSEGUEIRO, PINHEIRO OU CINAMOMOIndicações de uso:Controle de carrapato e berne.Materiais a serem utilizados:1 kg de folhas de pessegueiropinheiro-brasileiro ou cinamomo1 litro de águaModo de preparar e de usar: Fazer um chá (infusão) ou deixar de molho na água por 24 horas e banhar os animais sempre à tardinha.

ALHO, ENXOFRE E EUCALIPTOIndicações de uso:Controle de carrapato.

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Materiais a serem utilizados:100 g de sal comum30 g de alho amassado 100 g de enxofre5 kg de sal mineral20 folhas de eucaliptoModo de preparar e de usar: Misturar tudo e fornecer, no cocho, aos animais 1 vez por dia, durante 1 semana.

CHÁ DE FOLHAS DE PICÃO E CARQUEJAIndicações de uso:Controle de mamite.Materiais a serem utilizados:Água, folhas verdes de carqueja, folhas verdes de picão.Modo de preparar e de usar:Ferver 1 litro de água filtrada com 30 gramas de folhas verdes de carqueja e 30 gramas de folhas verdes de picão. Esfriar e aplicar 20 ml dentro de cada teta durante 5 dias.

MACERADO DE ALHOIndicações de uso:Controle da mamite.Materiais a serem utilizados:1 xícara de alho descascado, moído ou picado1 litro de álcool de cereais ou cachaçaModo de preparar e de usar:Deixar o alho em infusão no álcool ou na cachaça por pelo menos 15 dias, agitando diariamente. Coar e misturar 1 a 2 ml da solução em 10 ml de água fervida. Aplicar dentro da teta 1 a 2 vezes por dia, durante 5 dias.Podemos ainda usar 7 dentes de alho esmagados em 100 ml de azeite. Ferver em banho-maria por 40 a 60 minutos, coar e aplicar 10 ml dentro da teta, 1 vez por dia, durante 5 dias.

FOLHAS DE BANANEIRAIndicações de uso: Diarréia e controle de vermes. Modo de usar:

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Fornecer folhas de bananeira picadas (à vontade) aos animais. Para a ingestão de animais jovens, os talos deverão ser retirados.

GENGIBREIndicações de uso:Controle de edema e inflamação do úbere. Modo de preparar e de usar: Ferver 500 ml de água e misturar um pedaço de 5 cm de gengibre ralado. Fazer compressas durante 10 minutos durante 3 dias.

CABELO DE MILHO OU FOLHAS DE PICÃO Indicação de uso: Retenção de urina.Modo de preparar e de usar:Ferver 1 litro d´água com 50 gramas de cabelo de milho. Esfriar e fornecer aos animais durante 5 dias ou misturar 100 gramas de picão/cabeça no trato ou na ração.

HEMOTERAPIA

Indicação de uso:Controle de papilomatose. Modo de preparar e de usar:Retirar sangue da veia do animal e aplicar no músculo do animal.

AUMENTO DA IMUNIDADE DE BEZERRAS (TERNEIRAS)

SILAGEM DE COLOSTRO (COLOSTRO FERMENTADO)Indicação de uso:Alimentação de bezerras.Modo de preparar:A silagem de colostro é produzida armazenando o colostro excedente em garrafas plásticas, tipo Pet's ou galões com tampa. O colostro é colocado nas garrafas, até o completo preenchimento e fechamento sem a presença de ar para que ocorra a fermentação correta. Este material deve ser armazenado em temperatura ambiente, protegido da luz solar, em local limpo e fresco, por tempo indeterminado. Após 21 dias este material está pronto para ser utilizado como substituto do leite. Modo de usar:

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Para fornecer às bezerras, deve-se misturar a silagem de colostro com água morna (50ºc) em partes iguais. A silagem feita com o colostro do primeiro e do segundo dia pós-parto deve ser usada para alimentar as bezerras com até 35 dias de idade. As bezerras com mais de 35 dias devem receber a silagem de colostro feita com a coleta do 3º e 4º dia pós parto. Para acostumar as bezerras ao sabor da silagem de colostro deve-se adicionar leite à mistura, da seguinte maneira:− 1º dia: 25% da mistura, mais 75% de leite;− 2º dia: 50% da mistura, mais 50% de leite;− 3º dia: 75% da mistura, mais 25% de leite;− 4º dia em diante: somente a mistura (colostro mais água); Aconselha-se iniciar o uso sempre com a primeira silagem produzida dentro da propriedade.O colostro possue mais proteínas, sais minerais, gorduras, vitaminas e sólidos totais do que o leite. Enquanto o leite possue em média 3% de proteína o colostro do sia do parto possue 14% de proteínas.Uma bezerra consome aproximadamente 4 litros da mistura de colostro por dia.

CONTROLE PREVENTIVO DE VERMES e CARRAPATOS NA PECUÁRIA

ROTAÇÃO DE PASTAGENSConsiste no pastejo rotacionado de animais através de um planejamento prévio, impedindo assim o fechamento do ciclo de vida dos vermes e dos carrapatos.

CONTROLE PREVENTIVO DE CARRAPATOS (LAMBE-LAMBE) (RECEITA DE CONHECIMENTO POPULAR)

Indicação de uso: Controle preventivo de carrapatos.Modo de preparar e de usar:Misturar 5 kg de sal mineral com 3 kg de cinzas de sabugo de milho (pode ser substituído por cinzas de lenha) e com 2 kg de fubá. Colocar no cocho, à vontade, durante todo o ano.

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Fernando TinocoCoordenador Técnico Estadual de Agroecologia

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