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REVITAE CONSULTORIA Página: 0 REVITAE ACADEMIA "Transpondo os limites do saber" REFLEXOTERAPIA Rio de Janeiro (RJ), Fevereiro de 2010.

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REVITAE ACADEMIA

"Transpondo os limites do saber"

REFLEXOTERAPIA

Rio de Janeiro (RJ), Fevereiro de 2010.

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PARA REFLETIR...

“Um Grande Desafio”

Carta de Thomas Jefferson, 3o presidente dos Estados Unidos da América ao seu amigo e co-signatário da Declaração de Independência, O Sr. George Wythe:

“Penso que a lei mais importante no nosso código inteiro é a sobre a difusão de conhecimento entre o povo. Não se pode idear outro fundamento, para a preservação da liberdade e felicidade.

... Pregue, meu caro senhor, a cruzada contra a ignorância; estabeleça e melhore a lei para educar a plebe. Saibam os nossos compatriotas... que o imposto a ser pago para este fim (de educação) não é mais do que a milésima parte do que será pago a reis, sacerdotes e fidalgos que surgirão entre nós se deixarmos o povo na ignorância.”

Washington – DC, 13 de Agosto de 1.786.

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QUE CRISE?

1. NÃO FALE EM CRISE E MAUS TEMPOS: Desde que nos conhecemos por gente ouvimos falar em crise e maus tempos, enquanto observamos o mundo se desenvolvendo científica e economicamente. Os negócios não melhoram com desânimo nem deixando cair os braços. Ninguém compra daquele que se queixa e ninguém ajuda aquele que diz estar em má situação.

2. PESSIMISMO É RETROCESSO: Quem retrocede cai – e aquele que está no chão. A vida põe o pé em cima, irremissível e inexoravelmente.

3. NÃO EXISTE CRISE REAL: E se existisse, a única forma de evitá-la seria trabalhando, produzindo. E não se pode produzir sem confiança em si mesmo, sem otimismo. Por isso:

4. TENHA CONFIANÇA E OTIMISMO: E transmita-os ao seu cliente, ao seu amigo, à sua família. Estará prestando um grande serviço a si mesmo e à nação.

5. QUANTO AO FUTURO: O homem que decide parar até que as coisas melhorem, verificará mais tarde que aquele que não parou e colaborou com o tempo está tão distante que jamais será alcançado.

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Mensagem...

“... lembro-me da história de uma amiga que estava com fortíssimas dores nas costas. Já havia ido a todos os tipos de especialistas, feito vários tipos de tratamento, tomado muitos remédios e nada. Até que um dia foi para uma sessão de massagem comum velhinho chinês. Depois de uma simples manobra, a dor desapareceu, e ela, querendo ser gentil, falou para o chinês: - Simples; né? - Ao que ele respondeu: - “Cinqüenta anos de simples.” (Roberto Shinyashiki) “Não tenho dúvidas de que a capacitação técnica aliada à experiência é e sempre será a melhor alavanca para o progresso do mundo”. (A. Zerede)

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Pensamentos... “Para colher em curto prazo, plante cereais; para colher em longo prazo, plante árvores frutíferas; mas se queres colher para sempre, treine e eduque o homem.” (Provérbio Chinês) “Só arrumam desculpas as pessoas medíocres, quem é grande arruma o seu espaço.” (Oscar Schmidt) “O que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem-feito.” (Nicolas Poussin - pintor francês) “A única pergunta idiota é a que você não faz.” (Paul MacCready – Inventor) “Um homem começa a ser grande, quando pára de querer ser incrível, e começa a ser legal.” (Osvaldo Montenegro) “O sucesso tem muitos pais, o fracasso é órfão.” (John Fitzgerald Kennedy) “Nada de grande jamais será realizado sem grandes homens e os homens só serão grandes se estiverem determinados a sê-los.” Charles André Joseph Pierre-Marie De Gaulle (Charles De Gaulle) “O que fazemos na vida ecoa na eternidade.” O Gladiador “Muitos se preocupam em desvendar o destino, mas só alguns em fazê-lo.” (Marco Antônio di Biaggi) “Se você quiser ajudar as crianças; deve começar a dar atenção ao cérebro; afinal, elas não lêem com os rins!” (Dra. Deborah Waber – Harvard University) “Dinheiro é uma coisa curiosa. Ele disputa com o sexo a primazia de dar ao homem o maior prazer e rivaliza com a morte na condição de ser sua maior fonte de ansiedade.” (John K. Galbraith – Economista EUA)

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- Sumário -

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 08

1.1. Tema .............................................................................................................................. 08

1.2. Problema ........................................................................................................................ 08

02. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 09

2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 09

2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................... 09

3. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 10

3.1. Justificativa Teórica ...................................................................................................... 10

3.2. Justificativa Prática ........................................................................................................ 10

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................ 12

4.1. Reflexologia .................................................................................................................. 12

4.2. Reflexoterapia ............................................................................................................... 12

4.3. A Origem da Técnica .................................................................................................... 12

4.4. A Reflexologia no Brasil ............................................................................................... 13

4.5. Co-Relação de Órgão com o Emocional (CROE) ......................................................... 15

4.6. Análise da Personalidade Pelos Dedos dos Pés (APDP) ............................................... 16

4.7. Terceiro Momento – Estrutura Empresarial .................................................................. 16

4.8. Psico-Reflexoterapia ..................................................................................................... 17

4.9. REVITAE – Academia de Qualificação Profissional e Pessoal S/C Ltda .................... 17

4.10. A Teoria da Reflexologia .............................................................................................. 18

4.10.1. Localização dos Pontos ..................................................................................... 20

4.10.2. A Clínica é Soberana ......................................................................................... 21

4.10.3. A Ciência ........................................................................................................... 21

4.10.4. Os Estímulos ...................................................................................................... 22

4.10.5. A Pressão ........................................................................................................... 23

4.10.6. O Porquê dos Estímulos .................................................................................... 24

4.10.7. Cuidados Especiais ........................................................................................... 24

4.10.8. Doença na Visão da REVITAE Para o Atual Reflexoterapeuta ........................ 24

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4.10.9. O Que a Reflexoterapia Trata e o Que Ela Não Trata ..................................... 27

4.10.10. Tempo e Eficiência do Tratamento ................................................................. 27

4.10.11. Reflexoterapeuta Atual vs Medicina Alopática e Medicação .......................... 27

4.10.12. Tempo de Consulta .......................................................................................... 28

4.10.13. Valor Cobrado Pela Consulta ......................................................................... 28

4.10.14. Consultório e Equipamentos ........................................................................... 28

4.10.15. Reações Pós Primeira Consulta ...................................................................... 29

4.11. Reflexoterapia nas Empresas ......................................................................................... 30

4.11.1. Vantagens .......................................................................................................... 30

4.11.2. Depressão .......................................................................................................... 30

4.11.3. Estresse .............................................................................................................. 30

4.11.4. Derrame ............................................................................................................. 37

411.5. Enfarte ................................................................................................................ 37

4.11.6. Exaustão ............................................................................................................ 38

4.11.7. Obesidade .......................................................................................................... 38

4.11.8. Custos com a Saúde nas Empresas ................................................................... 38

5. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 45

5.1. Perguntas de Estudo ...................................................................................................... 45

5.2. Delimitação do Tema .................................................................................................... 45

5.3. Delimitação do Estudo .................................................................................................. 45

5.4. Técnica de Coleta de Dados .......................................................................................... 46

5.5. Caracterização do Estudo .............................................................................................. 46

6. CRONOGRAMA/ORÇAMENTO ............................................................................................ 47

6.1. Cronograma ................................................................................................................... 47

6.2. Orçamento ..................................................................................................................... 47

7. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 48

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 49

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1. INTRODUÇÃO 1.1. Tema

A Reflexoterapia como instrumento de otimização dos recursos humanos e financeiros nas empresas e como proposta da melhora da qualidade de vida dos integrantes destas organizações. 1.2. Problema

Concorrência cada vez mais acirrada num mundo globalizado entre as empresas e, por conseqüência, exigências cada vez maiores sobre os seus integrantes.

Cidadãos cada vez mais expostos à violência em casa, no trânsito, no metrô, etc. Reféns da

situação econômica mundial e revezes políticos e financeiros, problemas com familiares doentes, etc. São inúmeras as preocupações presentes e/ou futuras que solapam a energia das pessoas. Os

resultados são os mais diversos tipos de patologias (doenças) por causa do estresse, causando substanciais prejuízos financeiros à sociedade, traduzidos em forma de absenteísmo, rotatividade, queda de produção e/ou dificuldades de relacionamento nas suas instituições.

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2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral

Eliminar ou diminuir os problemas de saúde dos cidadãos, através de um programa contínuo da aplicação da técnica terapêutica denominada como REFLEXOTERAPIA, em consultórios particulares, hospitais ou nas dependências das próprias empresas e/ou outras instituições, aumentando, por conseqüência, os lucros e diminuindo os custos envolvidos. 2.2. Objetivos Específicos

Aumentar a produtividade;

Diminuir os gastos com medicamentos;

Diminuir os problemas de saúde existentes;

Diminuir a rotatividade por problemas de saúde;

Diminuir o absenteísmo por problemas de saúde;

Evitar que novos problemas de saúde se instalem;

Auxiliar no aumento da qualidade dos relacionamentos.

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3. JUSTIFICATIVA 3.1. Justificativa Teórica

Numa economia cada vez mais globalizada, os esforços em busca dos necessários resultados têm se intensificado a cada dia. O efeito de toda esta pressão afeta o Sistema Nervoso, resultando em estresse. O estresse em excesso provoca distúrbios, tais como fadiga física, mental e emocional, resultando nas mais diversas patologias, causando baixa de desempenho e de produtividade. Embora uma noite de repouso e uma boa alimentação sejam suficientes para a recuperação de alguns, o mesmo não acontece para muitos outros.

Não é possível diminuir essa competitividade; ao contrário, ela tende a se intensificar. Este é um

dos motivos de grande parte da rotatividade, do absenteísmo e da queda de produtividade nas empresas, traduzidos em elevados custos para as mesmas, bem como para os seus profissionais.

Aos profissionais resta a opção se agüentar do jeito que for possível e como nem sempre

conseguem, muitos se entregam ao alcoolismo e às drogas. O resultado é que prejudicam mais ainda a saúde e os seus relacionamentos na empresa e no lar, gastando e causando mais gastos com a saúde.

Às empresas restam as opções de, por um lado, intensificar ainda mais seus gastos com

tratamentos e planos de saúde na tentativa de ter seu profissional em condições de produzir e, por outro lado, tentar repassar estes custos ao cliente não disposto a fazê-lo.

Dito isto, os reflexoterapeutas oferecem seus serviços profissionais à sociedade brasileira e

empresarial, visando melhorar o desempenho individual e coletivo dos seus profissionais por recuperar as funções do Sistema Nervoso abalado e, por conseqüência, das patologias que isto causa. Essa afirmação tem por base o retorno (feedback) que vimos recebendo ao longo de mais de uma década por parte de milhares de pessoas que depois do tratamento, observaram uma melhora expressiva no seu desempenho profissional, inclusive após estarem afastados do trabalho.

3.2. Justificativa Prática

As grandes empresas possuem atualmente um percentual expressivo do seu quadro de profissionais afastados por problemas de saúde. Tal percentual encontra-se em torno de dez por cento (10%). Levando-se em consideração que os custos com salários e encargos sociais é possível ter uma idéia do quanto se fazem necessárias estratégias que venham ao encontro da solução desse problema.

Como se isso não fosse o suficiente para desequilibrar as finanças das instituições brasileiras,

principalmente a das empresas, tais instituições precisam contar com planos de saúde cada vez mais onerosos na tentativa de que o percentual supracitado não aumente mais ainda. A revista “Exame” (03.08.2005), sob o título: “O Insustentável Custo da Saúde nas Empresas”, afirma: “Os gastos com a assistência médica dos funcionários não param de crescer e ameaçam comprometer o resultado das empresas”. Essa é a realidade comum e cruel nas empresas de grande porte em todo o Brasil.

Os custos resultantes dessa equação são altos demais e precisam ser repassados para o consumidor

não disposto a assumi-lo. Para as empresas resta a obsessiva meta de cortar custos de onde já não é mais possível. E em muitos casos deixa de ser uma questão de obter maiores lucros e sim, uma busca frenética pela sobrevivência. Isso fere princípios contábeis e administrativos porque a missão primária de uma empresa é o lucro e sua expansão.

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As instituições são prejudicadas de mais uma forma ainda porque boa parte da capacidade intelectual dos seus profissionais migra do negócio da empresa (core business) para custos.

Diante do exposto, toda e qualquer estratégia que se proponha a solucionar ou amenizar essa

situação deve ser estudada com muita atenção e absorvida. É nesse contexto a REFLEXOTERAPIA deve ser inserida com o objetivo de solucionar o exposto.

Não existe nenhum tipo de estudo estatístico no Brasil comprovando os números comparativos

entre tratamentos ortodoxos e a Reflexoterapia. Mas, através de um levantamento empírico baseado em todos esses anos em consultório, percebemos que o custo de um tratamento completo com a Reflexoterapia não passa de dez por cento (10%) em relação a um tratamento ortodoxo, levando-se em conta somente consultas, medicamentos, exames e internações (sem levar as cirurgias em conta que obviamente encarecem ainda mais os tratamentos).

Essa é uma iniciativa pioneira e as instituições que a adotarem, além de se beneficiar da técnica,

colocaria a profissão de Reflexoterapeuta num patamar mais elevado e contribuiria com a riqueza no país. Para uma instituição com foco em atividades sociais, que procura estar na vanguarda da formação

de opinião e atenta aos acontecimentos e a novas propostas, proporcionar aos seus integrantes a REFLEXOTERAPIA, estaria alinhado à sua missão, valores, princípios e visão, que são:

Missão: Fazer da vida comunitária um ambiente propício para o desenvolvimento social. Contribuir para a difusão da informação e da cultura. Incentivar o progresso da educação no país. Melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Alavancar o desenvolvimento da livre iniciativa e fortalecer as instituições democráticas do país;

Valores: Ética, Humildade, Solidariedade, Empreendedorismo, Dedicação, Excelência, Integridade, Pioneirismo, Valorização das Pessoas;

Visão: Ser referência de ética e empreendedorismo no desenvolvimento social no país; ser a empresa líder do setor; atender aos segmentos mais rentáveis e de maior crescimento dos mercados na área de atuação.

Princípios: Foco no cliente, na rentabilidade e na competitividade.

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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1. Reflexologia

É a ciência que estuda os efeitos reflexos no organismo humano. Seu desenvolvimento demonstrou que há regiões do corpo (plexos nervosos) que têm ligação claramente determinada a órgãos, sistemas e estados emocionais. Plexos nervosos são concentrações de terminações nervosas interligadas numa área específica. Quando estimulados corretamente, eles enviam e recebem informações dos órgãos a que são ligados, restabelecendo o seu funcionamento ideal e, por conseqüência, a saúde global do organismo.

Os pés, as orelhas e a coluna são regiões com alta concentração destes plexos. Nos pés, há uma representação fiel de todo o organismo, havendo no mínimo um plexo capaz de estimular cada órgão ou víscera.

4.2. Reflexoterapia

É uma técnica terapêutica (a prática da pesquisa) não invasiva e não medicamentosa que visa restabelecer o equilíbrio (homeostase) das funções orgânicas do ser humano através de estímulos em terminais nervosos livres nos pés. E como tal, vem sendo aplicada ao longo dos séculos por terapeutas em todo o mundo.

É um tratamento de saúde natural, não invasivo e não medicamentoso baseado na fisiopatologia

(mecanismo das doenças) que identifica, previne e trata dos distúrbios orgânicos e dos desequilíbrios emocionais através de estímulos por pressão nas terminações nervosas em pontos específicos dos pés. Tais estímulos percorrem o corpo até a sede do Sistema Nervoso, o cérebro. Este passa a corrigir as enfermidades já instaladas por meio deste mesmo sistema. A terapia dá seqüência aos estímulos propiciando um melhor funcionamento orgânico e desta forma restabelecendo a saúde por tratar suas causas, eliminando, assim, os sintomas, além de potencializar o resultado de vários tipos de tratamento, principalmente os alopáticos.

4.3. A Origem da Técnica

As origens da Reflexologia remontam à Antiguidade, quando as terapias de pressão eram reconhecidas como uma forma de medicina preventiva e terapêutica. Embora não se saiba ao certo quando e como isso começou, as evidências indicam que o estímulo terapêutico nos pés tem sido praticado por diversas culturas ao longo da história.

De acordo com uma teoria que goza de larga aceitação, a Reflexologia nasceu na China há 5.000 anos. Muitos reflexologistas manifestaram sua crença nessa teoria, muito embora as evidências concretas sejam ambíguas. Todavia, as culturas egípcia e babilônia desenvolveram-se antes da chinesa, e o Egito contribuiu com uma valiosa evidência histórica. O documento mais antigo que descreve a prática da Reflexologia foi encontrado em escavações no Egito. Essa evidência, um pictograma produzido em torno de 2.500 a 2.330 antes de Cristo, foi descoberto na tumba de um médico egípcio Ankmahor, em Saqquaral.

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Uma forma de Reflexologia foi conhecida e praticada na Europa até o século XIV. A terapia por pressão era bem conhecida nos países da Europa central e praticada pelos membros das classes trabalhadoras desses países que cuidavam das doenças da realeza e das classes superiores. O Dr. Adamus e o Dr. A’tatis escreveram um livro sobre a terapia por zona, que foi publicado em 1582. Em Leipzig, o Dr. Ball escreveu outro livro sobre o mesmo assunto e foi publicado pouco depois do primeiro. Em 1898 em Londres, Sir Henry Head demonstrou a existência daquilo que se tornaria conhecido como “zonas de hiperalgesia”. Na Rússia, Pavlov (1849-1936) desenvolveu a teoria dos reflexos condicionados, isto é: que existe uma relação simples e direta entre um estímulo e uma resposta. Os russos prosseguiram seu estudo sobre Reflexologia, tanto do ponto de vista fisiológico como psicológico. Eles tentaram cientificamente efeitos da Reflexoterapia em pacientes com uma variedade de problemas e descobriram que a Reflexoterapia é um complemento eficaz da medicina tradicional. Simultaneamente, os alemães também estavam pesquisando o tratamento de doenças por meio de massagens. No final da década de 1890 e no início da década de 1900, as técnicas de massagem desenvolvidas na Alemanha, tornaram-se conhecidas como “massagem reflexa”. Essa foi a primeira vez em que os benefícios de técnicas de massagem, foram creditadas a ações reflexas. Os europeus expandiram as pesquisas iniciadas. Todavia o crédito por colocar a moderna Reflexologia no mapa deve ir para os norte-americanos. O Dr. William Fitzgerald, conhecido como o fundador da terapia por zonas, nasceu em Connecticut nos Estados Unidos em 1872. Formou-se em 1895 pela Universidade de Vermont e clinicou em hospitais de Viena e Londres. Ele dividiu o corpo em zonas, que ele usava para efeitos analgésicos. Aplicando uma pressão sobre uma parte específica do corpo, ele aprendeu a prever quais as outras partes do corpo seriam afetadas. Mas as zonas dos reflexos dos pés, tão importantes para a moderna Reflexologia, não receberam atenção especial por parte de Fitzgerald. Fitzgerald e suas teorias não foram recebidas com entusiasmo pela comunidade médica. Contudo um médico, o Dr. Joseph Shelly Riley e sua esposa Elizabeth, acreditaram em seu trabalho e

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usaram esse método durante anos. Riley aprimorou as técnicas e fez os primeiros diagramas e desenhos detalhados dos pontos reflexos localizados nos pés. Fitzgerald, seu colega Bowers e Riley desenvolveram e aprimoraram a teoria da terapia por zonas, mas foi a assistente de Riley, Eunice Ingham, que fez a maior contribuição para o surgimento da moderna Reflexologia. Foi através de sua incansável pesquisa e dedicação que a Reflexologia tornou-se o que é hoje. Ela estabeleceu a distinção entre a terapia por zonas, de maneira geral, e o trabalho com os reflexos dos pés. Eunice Ingham (1879-1974) deveria ser considerada a mãe da moderna Reflexologia. Ela usou a terapia por zonas em seu trabalho, mas sentiu que os pés deveriam ser os alvos específicos da terapia, devido a sua natureza altamente sensível. Ela mapeou os pés em relação às zonas e a seus efeitos sobre o restante da anatomia até chegar a produzir nos próprios pés um “mapa” de todo o corpo. O seu trabalho foi tão bem sucedido que sua fama disseminou-se e ela agora é reconhecida como a fundadora da Reflexologia dos pés. Eunice Ingham levou sua obra ao público e a pessoas estranhas à comunidade médica, porque percebeu que os leigos poderiam aprender as técnicas reflexológicas apropriadas e, assim ajudar a si mesmos, a suas famílias e amigos. Foi convidada para falar em convenções e compartilhar seu conhecimento com pedicuros, massagistas, fisioterapeutas, naturopatas e osteopatas. Ela viajou pelos Estados Unidos, durante mais de 30 anos, ensinando o seu método através de livros, diagramas e seminários a milhares de pessoas de dentro e de fora da comunidade médica. Escreveu dois livros sobre o assunto: “Stories the Feet Can Tell” (1938) e “Stories the Feet Have Told” (1963). A teoria das zonas é considerada a base da moderna Reflexologia dos pés e a maioria dos reflexologistas usa a terapia por zonas como um útil complemento para o seu trabalho.

Na América Latina a Zonoterapia e a Reflexologia foram trazidas ao Paraguai pela missionária Margarida Goototh (aluna de Eunice Ingham), que após tratar a esposa do vice-presidente do Paraguai (na época o Presidente Stroessner), passou a ensinar a técnica no Instituto CONARAS, dirigido então pela esposa do Presidente.

Hoje, graças aos esforços destes pioneiros, a Reflexologia se espalhou pelo mundo sendo conhecida e utilizada em mais de vinte países representados por suas associações. Durante os anos que se seguiram, pessoas como Eunice Ingham aprofundaram seus estudos nos pés, criando os primeiros mapas reflexos. 4.4. A Reflexologia no Brasil Existem dois momentos distintos referentes à Reflexologia no Brasil. O primeiro se dá por ocasião da imigração dos orientais quando o país foi agraciado com seus costumes, cultura, culinária e medicina. Além da Acupuntura, trouxeram também a Moxabustão, o Shiatsu, o Do-In e a Reflexologia. Todos explicados energeticamente; do equilíbrio entre Yin e Yang; terra, fogo, ar, madeira, água e filosofias similares. O segundo momento e com uma explicação voltada para a ciência ocidental acontece quando alguns brasileiros vão ao Paraguai na Década de 80 buscar a técnica no CONARAS. O curioso em ambos os casos é o fato de haver pouca iniciativa quanto à visibilidade, por um lado por falta de competência administrativa e por outro, e principalmente, para evitar conflitos com a medicina ortodoxa. Erik Motta Pereira se forma foi uma destas pessoas. Formou-se qual Reflexólogo no CONARAS no ano de 1986. Em 1992 passa a técnica para Osni Tadeu Lourenço. Em seguida ambos

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elaboram um curso rudimentar de Reflexologia sendo uma de suas primeiras alunas, a Sra. Cleide Aparecida Machado. Outros nomes da época e que até hoje atuam na área são: Luciana Nakata, Iara Bicinato, Gilson Belarmino, José Roberto do Nascimento, José Carlos Coletti, entre tantos outros. Esta estrutura logo ficou sendo conhecida e em pouco tempo haviam várias pessoas atuando quais reflexoterapeutas. Num segundo momento muito próximo todos se separaram e passaram a dar seus próprios cursos, basicamente para ex-pacientes. (Em 1995 constituem uma associação, a ABRT – Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Afins com o objetivo de agremiar os profissionais da área e alavancar a profissão no país. Infelizmente e a exemplo de tantas outras técnicas terapêuticas a instituição jamais teve muitos integrantes e pouco pode fazer pela profissão. ) A apostila sobre Reflexologia que tinham em mãos era composta de poucas páginas. Isto restringia os resultados e mais ainda as explicações. As explicações filosóficas orientais pouco elucidavam as dúvidas e não satisfaziam. A saída encontrada foi adquirir muitos livros de anatomia e fisiologia e estudar muito. Ao participarem também de aulas de fisiologia como ouvintes, seus conhecimentos se avolumavam. Algo que foi de grande ajuda era o conhecimento que tinham (herança do CONARAS) de que as bulas dos remédios indicavam o mecanismo das doenças (fisiopatologia). Logo, indicavam quais órgãos e vísceras deveriam ser estimuladas para possibilitar a cura que era feito pelos remédios. Foi o que fizeram e os resultados foram ainda maiores. Diante disso sentiram-se ainda mais motivados para continuar estudando em maior profundidade. 4.5. Co-Relação de Órgão com o Emocional (CROE) Outro momento expressivo foi percebido durante as consultas. À medida que os pacientes saravam, passaram a dar um retorno (feedback) não esperado. Tornaram-se comuns expressões como: “estou menos ansioso”; “não estou mais tão nervoso”; “não me sinto mais tão magoado”; “estou mais perdoador”, entre tantas outras. Vieram para tratar de problemas (afecções) no fígado, estômago, rins, etc. e estavam melhorando no aspecto emocional? Já que os pacientes não estavam fazendo outro tipo de tratamento, a opção restante é a de que a interferência era do terapeuta. Mas, o que estava acontecendo? Qual era a co-relação entre os aspectos físico e emocional? Lançaram mão da literatura terapêutica ocidental, bem como da oriental. Esta última há muito falava a respeito do assunto. Tendo os grandes pensadores do passado e da atualidade como referência e partindo do pressuposto que tudo no universo tem um padrão, estes terapeutas se dedicaram a estudar qual era a função do órgão no organismo humano e qual era esta co-relação, até porque muita coisa já havia sido descoberta e constavam nos livros.

Que o emocional interfere no físico e que o físico interfere no emocional, sempre foi de conhecimento da ciência. Exemplo: uma mulher no período menstrual fica nervosa por causa dos hormônios. Uma gastrite nervosa significa que o portador da doença apresenta problemas gástricos quando fica nervoso. Logo, se existe um caso pode haver outros. Outros padrões e suas co-relações foram sendo percebidos.

Tendo como base o que os pacientes estavam dizendo, a leitura de livros que tratavam do assunto

(psicossomatização), vários anos de pesquisa observando centenas de pacientes, tais terapeutas chegaram a algumas conclusões. Denominaram esta linha de conhecimento de “Co-Relação de Órgãos com o Emocional” (CROE). A partir deste momento era possível afirmar quais eram alguns sintomas

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emocionais que o paciente estava sentindo sem que este falasse, a exemplo do que já estava acontecendo com o físico. Esse novo estudo encantava e assustava ao mesmo tempo. Muitos a confundiam e ainda confundem com habilidades de cunho espiritual. 4.6. Análise da Personalidade Pelos Dedos dos Pés (APDP)

Em 1997 nenhum deles trabalhava mais juntos. Embora ministrassem cursos pela ABRT atendiam e ministravam cursos em locais diferentes. Foi nessa época que Sr. Osni Tadeu foi procurado pela Editora Mercuryo com o objetivo de divulgar o livro “A Linguagem dos Pés” que estava sendo lançado no Brasil. Com estudos pioneiros, seu autor, o holandês Imre Somogyi vinha pesquisando há vinte e cinco anos uma percepção que teve: pessoas que possuíam determinada característica de personalidade tinham um dedo dos pés parecido. Osni foi entrevistado em muitos programas de televisão onde teve a oportunidade de divulgar tanto o livro quanto a técnica da Reflexoterapia.

O livro “Linguagem dos Pés” possui uma linguagem difícil de compreender pelo fato de ter sido

escrito do holandês para o inglês e daí para o português, e parece não ter sido favorecido com a devida interpretação e sim, somente com uma simples tradução. Por esse motivo Osni Tadeu passou a pesquisar o assunto da linguagem dos pés e a resultante dessa ação foi a ampliação e o desenvolvimento da técnica. Este estudo mereceu uma citação no próximo livro que Imre lançou em holandês. 4.7. Terceiro Momento – Estrutura Empresarial Ao final do ano de 1998, Osni encontra-se com Ademilson Zerede e sua esposa Esmeralda. Eles já tinham conhecimento da Reflexologia pela irmã da Sra. Esmeralda. Na época, Cleide Machado exercia a função de Secretária na ABRT. Ambos já havia se impressionados com a Avaliação física e emocional que a técnica proporcionada por ocasião de uma visita que Cleide havia feito quando eles ainda moravam na cidade de Chapecó, SC. Neste encontro em 1998, Osni repetiu o procedimento e ambos ficaram ainda mais impressionados em face da assertividade e que era exatamente o que Cleide havia dito anos antes. Durante esse encontro ao final de 1998, depois de muita conversa e projeções, Osni convida Esmeralda e Ademilson a fazerem parte da ABRT e auxiliá-lo a estruturar uma escola em parâmetros empresariais e consequentemente um curso de Reflexologia que tivesse a estrutura necessária. Formado em Administração de Empresas, Ademilson Zerede havia se especializado em treinamento. Havia dado início à sua carreira na área de Recursos Humanos em 1979 onde teve a oportunidade de passar por todas as áreas (setor de pessoal, cargos e salários, recrutamento e seleção de pessoal e treinamento) e possuía excelente experiência em ministrar e estruturar cursos, sendo esta a sua expertize. Em 1999 Ademilson e Esmeralda Zerede fazem o curso de Reflexologia com Cleide e passam a participar de feiras e palestras pela ABRT ao lado do professor Osni. O ano ficou por conta de aprender a técnica e de se inteirarem com o mundo da terapia. Em agosto do ano de 2000, Ademilson, Esmeralda, Osni e mais três pessoas fundam um instituto de fato e de direito, o “IOR – Instituto Prof. Osni Tadeu de Reflexologia e Pesquisa S/C Ltda”. O objetivo dessa proposta foi a de formatar uma empresa que pudesse atender às necessidades financeiras que a ABRT não podia atender (por força de lei) por ser uma entidade sem fins lucrativos. Ficou decidido que o Instituto levaria o nome do professor Osni pelos esforços que este vinha fazendo quanto às pesquisas na área, pela visibilidade na mídia e para diferenciar tais estudos das massagens nos pés tão comuns no país.

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As turmas que contavam com menos de vinte alunos no início foram aumentando até chegarem a mais de cem pessoas por turma, vindos dos mais diversos estados do Brasil. O nível de escolaridade dos alunos também foi aumentando e percebeu-se entre eles: advogados, engenheiros, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e até doutorados. Em 2002 Osni lança pela Ground o livro: “Reflexologia Podal – Sua Saúde Através dos Pés”. O livro é exatamente a apostila de “Primeiros Socorros em Reflexologia” que todos aqueles pioneiros vinha utilizando para ministrar seus cursos e o fazem até hoje. O material ficou excelente e é um referencial na área no país. 4.8. Psico-Reflexoterapia Osni veio desenvolvendo o seu trabalho procurando fundamentar suas pesquisas em teorias científicas. Tais estudos sempre foram baseados em terapia individual e, além dos estímulos nos pés, sempre utilizou metáforas, letras de músicas e sinopses de filmes para auxiliar no tratamento dos seus pacientes. Por outro lado, o professor Zerede veio desenvolvendo o seu trabalho ao longo dos anos fundamentado também nas teorias dos grandes pensadores atuais, utilizando-se de dinâmicas de grupo, metáforas, músicas, filmes e experiências pessoais e alheias objetivando o desenvolvimento pessoal e profissional nos cursos que ministrava. Assim que iniciou suas atividades na ABRT, o professor Zerede proporcionou aos seus integrantes conhecimentos e técnicas para expressão em público fundamentadas na PNL (Programação Neurolingüística). Passados uns três anos as dinâmicas de grupo já faziam parte do curso de Reflexologia do IOR e eram ministradas pelo professor Zerede. Numa tarde, enquanto conversavam sobre técnicas de aprendizagem, Osni teve um “insight”. E se juntassem uma metáfora com aquele exercício da PNL, “Estado de Excelência”? Experimentaram ali mesmo esta possibilidade. Este era o embrião para o desenvolvimento de mais uma técnica. Portanto, tendo como base os conhecimentos da PNL e das dinâmicas de grupo do professor Zerede, as metáforas que ambos utilizavam e os conhecimentos de psicologia que vinham pesquisando nos livros, deu-se origem à técnica que passou a ser conhecida como “Psico-Reflexoterapia”. Embora a estrutura, objetivos e sequência continuem os mesmos, ao longo destes anos várias modificações foram feitas em termos de conteúdo e de linguagem visando a segurança e o conforto dos pacientes. Atualmente, a Reflexologia é mais abrangente e eficiente por contar com a soma de quatro técnicas que se completam entre si:

A Reflexologia milenar (patologias e órgãos);

A Psico-Reflexoterapia (Metáforas formatadas na linguagem da PNL);

A Análise da Personalidade Pela Estrutura dos Dedos dos Pés – APPDP;

A Co-Relação de Órgãos com o Emocional - CROE (patologias e emoções).

É interessante citar que muitos daqueles primeiros Reflexologistas da Década de 90 também

continuaram seus estudos paralelamente e também lançando mão da formação em Psicanálise, PNL, Psicologia, etc.

Posteriormente alguns deles também fizeram o curso no IOR e juntamente com ex-alunos mais

recentes abriram suas próprias estruturas para ministrar cursos de Reflexologia. Alguns aplicam as quatro técnicas acima descritas, outros suprimem uma ou outra e ainda outros acrescentaram outras técnicas, tais como Musicoterapia, Forais de Bach, Quiropraxia, Oligoterapia, Aromaterapia, Auriculoterapia, etc.

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Esta estrutura societária assim permaneceu até dezembro de 2007, data esta em que o casal

Esmeralda e Ademilson se desligaram do IOR. 4.9. REVITAE – Academia de Qualificação Profissional e Pessoal S/C Ltda.

Ademilson Zerede continuou atendendo no consultório que montou na cidade de Ribeirão Pires,

SP. Esmeralda passou a dar suporte ao professor Zerede quanto à agenda dos seus pacientes e a também a outro projeto que ele tinha em mente para uma nova escola de Reflexoterapia, desta feita com uma estrutura muito melhor e maior do que havia feito com o IOR.

Dois anos se passaram e o projeto ficou conforme o professor Zerede havia idealizado. Agora só

faltava encontrar os parceiros ideais; profissionais da área e com mentalidade empresarial para abrir a nova escola. Como as leis que regem o universo são sábias e a Lei da Atração é poderosa, o professor Zerede foi procurado por dois ex-alunos (já há alguns anos profissionais reflexoterapeutas) e grandes amigos para justamente este propósito; abrir uma escola de Reflexoterapia!

Depois de várias reuniões e ajustes no projeto idealizaram esta nova escola de Reflexologia.

Portanto, a partir do primeiro dia de janeiro de 2010 é fundada a REVITAE - ACADEMIA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL S/C LTDA. Seus fundadores por ordem alfabética são: Ademilson Zerede, Glauco C. Rocha e Richard Alamino Shimada.

Esta estrutura tem o propósito primeiro de formar profissionais na técnica da Reflexoterapia. Num

segundo momento tem por objetivo disponibilizar outros conhecimentos para que seus alunos se tornem cada vez mais preparados quanto ao trato consigo mesmo e com outras pessoas sejam estas seus familiares, amigos ou pacientes.

Trata-se também de uma organização voltada à pesquisa científica na área da saúde tendo como

base o tratamento em Reflexoterapia. Tem como objetivo tornar seu curso de Reflexoterapia uma Pós-Graduação. 4.10. A Teoria da Reflexologia Infelizmente a Reflexologia é amplamente conhecida no Brasil como uma técnica indolor que não cura, apenas relaxa. Primeiro porque veio sendo dilapidada ao longo do tempo por uma sub-cultura vigente em países de terceiro mundo que permite àqueles que mal aprenderam algo, saírem ensinando o que conseguiram aprender, sem nenhum tipo de critério ou de fiscalização.

Outro motivo da fragilidade da técnica no Brasil e em outros países diz respeito à sua explicação. Ou está baseado em pressupostos energéticos ou espirituais ou numa mistura de ambos. A explicação fica vaga, genérica e insuficiente. O mais intrigante é que isso satisfaz a necessidade de conhecimento de muitas pessoas. Até porque muitos dos que respondem assumem ares de sapiência e quem pergunta não quer expor mais a sua ignorância e assume a posição de quem entendeu. Outro motivo da explicação satisfazer é porque quem ouve também tem como referência pressupostos energéticos e/ou espirituais.

Explicar qualquer coisa atribuindo a pressupostos energéticos e redundância; é “chover no

molhado” porque tudo no universo é átomo, é energia. A questão é: com qual tipo de energia se está trabalhando?

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Portanto, para que se possa formular uma teoria e explicá-la convincentemente é necessário estudar - e estudar muito, algo que muitos não estão dispostos a fazer, atendo-se apenas à prática. Esse é outro motivo de tantas explicações sem substância. Talvez, também, porque achem que é necessário iniciar do zero. Isso não é verdade. Está disponível a todos, terapeutas ou não, uma quantidade imensa de conhecimentos em centenas de áreas. A anatomia, a fisiologia e a fisiopatologia estão inclusas. Na Internet e nos livros são encontradas verdadeiras jóias em conhecimentos na área. Por exemplo, é necessário saber como se origina uma doença para que seja possível realizar a manutenção da saúde. Em cada célula existem vários agentes de manutenção da vida. Um desses agentes responsáveis pelo metabolismo da energia nutridora (ATP) é a mitocôndria. A mitocôndria pode ser comparada com a “indústria” da célula. Se a célula precisar de mais energia para melhor efetuar suas tarefas, a mitocôndria se divide e praticamente dobra a quantidade da energia a ser utilizada. Se por algum impedimento esse mecanismo fica debilitado, esta célula começa a ficar doente. Para que haja o restabelecimento adequado, dependemos do pleno funcionamento de outros sistemas. Os fatores a serem considerados são:

Uma boa alimentação e conseqüentemente uma boa digestão;

Uma boa respiração não só em caráter de funcionamento pulmonar, mas também como os agentes inspirados e expirados diariamente.

Portanto, a respiração e digestão são os dois fatores responsáveis pela matéria prima do ATP.

Outros fatores são:

Uma boa distribuição desta energia e da troca de gases. Isto é feito através de um bom funcionamento do sistema circulatório;

Uma boa comunicação do estado geral da célula com o centro de controle do corpo (Sistema Nervoso). É feita através de transmissão neuronal ou nervosa que inicia na célula através das terminações nervosas;

Um bom sistema de manutenção da célula, que envolve a retirada dos resíduos depositados nos interstícios celulares (espaços entre as células), papel este desempenhado pelo sistema linfático.

Considerando que um conjunto de células forma um tecido, um conjunto de células doentes

formará um tecido doente, um conjunto de tecidos doentes fará um órgão doente e com um conjunto de órgãos doentes teremos um aparelho ou sistema doente e assim um indivíduo doente.

O mecanismo das doenças (fisiopatologia) funciona da seguinte forma, tomando por exemplo uma patologia no estômago:

O estômago perde as defesas contra os ácidos gástricos, gerando uma patologia;

Comandos nervosos informam o cérebro da patologia via medula;

Retorna do cérebro a resposta em forma de sintomas, enviando algumas vezes agentes corretivos.

Em todos estes anos e pelas várias pesquisas que foram feitas e pela constante observação, a

comprovação da teoria acima se baseia em:

Pesquisa em livros;

Resultados obtidos;

Consulta a médicos;

Feedback do paciente;

Abreviação do tempo de terapêutica.

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Esta teoria explica que quando há um processo patológico (doença) descargas elétricas (fortes)

saem do cérebro através de canais eferentes, percorrem a coluna vertebral via medula, passando pela coluna lombar e descendo pelos nervos raquidianos das pernas até as terminações nervosas livres que se encontram nos pés. Tais descargas elétricas criam um campo eletromagnético que acaba gerando uma concentração sangüínea ao seu redor, impedindo que esse sangue retorne aos vasos sangüíneos de maneira natural. Isso afeta a perfeita comunicação nervosa, pois obstrui parte dos neurônios envolvidos na comunicação órgão/cérebro.

Muitas vezes essas concentrações (bolsas de sangue ou micro-edemas) se tornam até perceptíveis ao tato, dando a impressão de “cristais”. Em contrapartida, quanto maior a concentração de sangue, mais fortes são os sintomas das doenças quer sejam elas físicas, quer sejam emocionais.

Através dos estímulos dados a essas terminações nervosas dos pés, avalia-se pela dor a intensidade do distúrbio, dissolvem-se tais bolsas de sangue e se restaura a comunicação, avisando ao cérebro por meio de canais aferentes, a enviarem defesas (agentes corretivos) para a melhora da circulação, para o favorecimento da limpeza intersticial. Com isso o organismo é desintoxicado, melhorando o poder de absorção dos nutrientes, propiciando assim o reequilíbrio da saúde física e emocional.

Uma maneira simples de explicar o acima exposto é dando um exemplo prático. Retomemos o caso do estômago:

O órgão (estômago) via medula informa ao cérebro que está com problema;

Uma parte da informação volta também, via medula, do cérebro para o órgão em forma de sintomas;

A outra parte da informação desce do cérebro, saindo pela coluna lombar via medula, passando pelos nervos raquidianos das pernas até as terminações livres dos pés.

Por meio de descargas elétricas é criado um campo eletromagnético causando uma hiper sensibilidade nos terminais nervosos correspondentes ao órgão afetado que, uma vez pressionados, doem proporcionalmente ao grau da patologia. É por este motivo que é possível avaliar qual é o órgão afetado e a dimensão do problema;

Estímulos em tais terminais nervosos comunicam ao cérebro a situação descrita acima, fazendo com que o cérebro direcione sua atenção ao órgão afetado, proporcionando o restabelecimento da sua saúde (homeostase). Ou seja, uma vez restaurada a comunicação entre órgão e cérebro, por informá-lo da necessidade de enviar defesas (agentes corretivos) para o órgão afetado pelos estímulos, isto faz com que seja propiciada a melhora da saúde física e emocional do paciente.

No gráfico abaixo é possível visualizar o exposto:

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Estresse é pressão, pressão é estresse. O ser humano precisa de pressão para sobreviver; pressão

atmosférica, pressão da fome, pressão da sede, pressão da excreção, pressão do sono, pressão sangüínea. Sem esse mecanismo de pressão a pessoa morre. A falta de pressão mata, mas o excesso também. As pessoas estão sob forte pressão, estressadas, portanto tendo o Sistema Nervoso desequilibrando. E como já comentamos uma noite de sono e uma alimentação equilibrada não está sendo suficiente para recuperar a homeostase do organismo, tão necessária para se ter saúde. Surge a necessidade de lançar mão de outros expedientes para atingir esse objetivo. Mais férias, diversão, medicamentos, drogas, álcool e terapias são alguns dos mais utilizados.

4.10.1. Localização dos Pontos

Uma grande preocupação dos iniciantes na Reflexologia é a localização dos pontos e a partir disso simplesmente começar a apertar aqui e ali. Porém, embora seja uma preocupação correta, não deve ser a primeira no aprendizado.

Existe um pensamento que diz: “Se não fizer bem, mal não pode fazer”. A verdade é que este conceito está errado. Os seguintes exemplos mostram o porquê:

MASSAGEM: Se fizermos pouca pressão, não teremos resultado nenhum e o resultado máximo será uma agradável massagem;

HIPER-ESTÍMULO: Se usarmos de muita pressão poderemos estimular demais o paciente e o estímulo terá o efeito contrário, causando um hiper-estímulo;

LESÕES: Se usarmos de muita pressão poderemos causar alguma lesão no pé do paciente;

FITOTERAPIA: Existem doses certas a serem ingeridas por dia, a pouca dosagem não surtirá o efeito desejado e o uso excessivo provocará desarranjos orgânicos ou até uma grave intoxicação.

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Partindo do princípio da Zonoterapia, o corpo foi dividido em dez zonas e projetado nos pés como já explicado anteriormente. Contudo esta regra não demonstra com precisão todos os pontos. Alguns destes foram sendo descobertos pela experiência dos profissionais. Sendo assim, é comum encontrarmos vários mapas com diferentes interpretações e localizações diferentes, correspondentes aos mesmos órgãos, e isto não quer dizer que bons resultados não sejam obtidos.

Partindo do pressuposto que tudo no universo tem um padrão, o interessado num trabalho sério como a Reflexologia fica com muitas dúvidas. Por exemplo: no mapa da Reflexologia israelense a coluna vertebral está do lado oposto ao da maioria dos outros mapas. Diante disso, existe apenas uma opção: um dos dois mapas está errado. A pergunta lógica seguinte é: Qual dos dois?

4.10.2. A Clínica é Soberana É preciso entender que a clínica é soberana. A filosofia ou a teoria tem que comprovar a clínica e

não o contrário. Por exemplo: chega ao consultório de um terapeuta uma pessoa que apresenta coloração esverdeada, referenda sentir a boca seca e amarga, sente uma enxaqueca do olho para dentro e tem um laudo médico constando que está com hepatite, a única afirmação que o terapeuta não pode fazer é que essa pessoa não tem um problema no fígado.

Voltando aos mapas. Chegaram às mãos daqueles primeiros Reflexologistas mais de dez mapas.

Alguns com pontos no mesmo lugar, mas muitos em lugares totalmente diferentes. Partindo da premissa que a clínica é soberana, ficou fácil descobrir o ponto de qual mapa estava certo. Tendo como parâmetro o exemplo acima, foi só apertar o ponto indicativo do fígado de cada um dos mapas. Aqueles que não doeram foram descartados, não importa quão reconhecida a autoridade de quem o publicou, ou por quanto tempo se acreditava nisso. Afinal de contas o mundo era achatado até pouco tempo atrás! O fato de alguém, muitas pessoas ou todos no mundo acreditarem em algo, não o torna verdadeiro caso realmente não o seja.

Atualmente os terapeutas são orientados por um mapa baseado na anatomia humana. Também

foram acrescentados muitos outros pontos extras tais como o hipocampo e amígdala cerebral. Estes estudos e pesquisas permitiram localizar mais de cem pontos e áreas até o momento; alguns coincidem com estudos e mapas já conhecidos, outros não. 4.10.3. A Ciência

Se o estudo tiver como premissa a ciência e não apenas a filosofia, fica fácil de descobrir a

verdade, porque o pesquisador vai questionar tudo e todos, inclusive, e principalmente, a si mesmo. Ciência é simples e para algo ser considerado científico precisa privilegiar os seguintes três quesitos:

Ser repetitivo;

Ser previsível;

Ser mensurável. Além de privilegiar esse três quesitos, passa pelas seguintes sete etapas:

A PERCEPÇÃO de um fenômeno;

A OBSERVAÇÃO desse fenômeno;

A CONSTATAÇÃO desse fenômeno;

O ESTUDO desse fenômeno;

A TEORIZAÇÃO desse fenômeno;

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A COMPROVAÇÃO desse fenômeno;

A PUBLICAÇÃO desse fenômeno. A moderna Reflexologia se encontra na quinta etapa quanto à tabela acima; na teorização desse

fenômeno. Há uma mentalidade preocupante por parte de muitos que trabalham com terapias não ortodoxas.

Por não se preocuparem com estudos aprofundados, mas somente com os resultados e por possuírem pressupostos energéticos e/ou espirituais, há uma inclinação muito forte a agarrarem-se a “gurusismos” (a palavra não existe) e defenderem exacerbadamente os conceitos de antigos pensadores.

Simplesmente não continuam a partir de onde tais pensadores pararam; ora porque morreram, ora

porque na época não havia os conhecimentos que possuímos hoje. A própria medicina estava envolta em espiritualidade, mas nem por isso ficou inalterada. Pouca coisa sobrou dos pressupostos de Hipócrates. Ficaram apenas os méritos de ter iniciado uma linha de raciocínio, e como história, nada mais. Até o juramento dele foi modificado ao longo do tempo.

Portanto, alguns ficam agarrados aos ensinos desses antigos pensadores e têm uma enorme

dificuldade em criticar seus estudos, como se isso fosse um sacrilégio, um desrespeito. 4.10.4. Os Estímulos

Outro pressuposto quanto aos estímulos nas terapias não ortodoxas diz respeito a sedar ou tonificar; não concordamos com isso. O objetivo é apenas estimular as terminações nervosas dos pés através dos mais variados modos a fim de alcançar um bom resultado. Quanto a se o efeito será sedar ou tonificar, o próprio Sistema Nervos é que se encarrega disso. Exemplo: alguém procura o terapeuta porque tem o “intestino preso”. O terapeuta dará os estímulos na área intestinal. Outro o procura porque tem o “intestino solto”. O terapeuta dará os estímulos na mesma área. O objetivo do terapeuta não será o de soltar o que está preso e vice-versa e sim, de estimular o Sistema Nervoso para que este busque o equilíbrio (homeostase) de que o corpo precisa.

A melhor maneira de produzir tais estímulos é com o uso dos dedos, principalmente com o polegar. A posição mais apropriada deste estímulo deve consistir de uma pressão que pode ser contínua ou alternada e que pode variar de 20 segundos a 3 minutos.

Objetos, tais como caneta ou algo parecido, também podem ser utilizados. Serão de grande ajuda

não só no caso dos iniciantes que ainda não desenvolveram plena habilidade com os dedos, como também nos casos em que o pé do nosso paciente apresente uma pele mais resistente. Tubo de caneta comum (tipo Bic) ou lápis, rolinho de madeira; esferas sintéticas, de aço, vidro ou borracha não flexível - são todos de grande ajuda.

Existem também aparelhos especializados para os estímulos. É possível contar com:

Laser;

Eletro estimulação;

Agulhas de acupuntura;

Eletromagneto-estimulação;

Bota de compressão a vácuo. Convém salientar que o uso destes aparelhos cabe a profissionais que já têm experiência e

domínio da técnica. Embora muitos terapeutas são veementemente contra o uso de instrumentos, pois

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estes interfeririam de alguma forma no tratamento, não há como concordar porque isto jamais foi comprovado ao longo desses anos na clínica. Por exemplo: muitos acupunturistas são contra o uso de eletro-estímulos porque os grandes mestres do passado só utilizavam as agulhas.

Obviamente não o faziam porque não existia energia elétrica naquela época. Se ainda estivessem

vivos, provavelmente o fariam, afinal eram grandes pensadores. É mais ou menos parecido com a atitude daqueles terapeutas puristas de técnicas comprovadamente reconhecidas, tais como a psicologia. Bradam com veemência: “Mas Freud nunca falou isso!” É lógico que não falou; não teve tempo, pois morreu antes. Se tivesse continuado a viver ampliaria suas pesquisas e certamente chegaria a conclusões até mesmo mais assertivas. Chega a ser engraçado. 4.10.5. A Pressão

A pressão exercida sobre os terminais nervosos pode produzir efeitos indesejáveis em alguns casos. Para ilustrar, uma terapeuta aplicou a técnica para insônia em duas pessoas. Ela comentou no dia seguinte da aula: “Não sei o que houve, apliquei a técnica em uma pessoa e ela dormiu como nunca e apliquei em uma segunda pessoa a mesma técnica para o mesmo problema de insônia, mas a segunda disse que não conseguiu dormir absolutamente nada.” O que ocorreu neste caso foi que embora os estímulos fossem dados nos mesmos locais, a pressão exercida no segundo caso fora exagerada, fazendo com que o paciente tivesse efeito contrário ao esperado. Por isso a pressão é classificada conforme a tolerância do paciente e não segundo a força do terapeuta. Embora a média de pressão seja aproximadamente de três quilos com o polegar, isso não pode servir de regra. Para facilitarmos o uso da pressão dividimos a dor em quatro categorias:

Não dói;

Dói (mas o paciente não esboça nenhuma reação); Dói muito (o paciente esboça alguma reação);

A dor é insuportável (o paciente puxa o pé).

A dor causada pela pressão dos dedos das mãos do reflexoterapeuta nos pontos reflexos dos pés do paciente deverá ser sempre suportável para este último. Quando um paciente reclama de um sintoma, os pontos reflexos dos pés deverão estar doendo com apenas um estímulo de pressão média. Caso isso não ocorra, não deverá ser usado o máximo da força, pois isso poderá ocasionar lesão no pé do paciente.

Muitas vezes o paciente não sente dor no pé, mas está doente. Pode ser que há um bloqueio na cervical ou ele tem dificuldades de se expor. Nestes casos é necessário adotar os seguintes procedimentos:

Desbloquear a cervical;

Circundar todo o ponto reflexo a fim de encontrá-lo com maior precisão.

Uma vez encontrada a dor, não será necessário o uso de muita força e o trabalho poderá seguir como anteriormente explicado. As dores das terminações nervosas nos pés demonstrarão o grau da patologia ou sintomatologia. Pela dor é possível saber a gravidade do problema. Quando ao menor toque for encontrada a categoria quatro (ou seja, a pessoa puxar o pé), é necessário trabalhar com muito cuidado. Caso a dor seja muito insuportável em relação aos outros pontos é aconselhável encaminharmos o paciente a um médico especialista e com o acompanhamento deste, associado à Reflexoterapia, os benefícios do tratamento serão agilizados e potencializados.

Em casos crônicos de dores, é necessário diminuir um pouco a pressão para que seja confortável

ao paciente, ao passo que aumentamos o tempo a ser trabalhado variando em torno de 2 a 3 minutos em pontos específicos.

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4.10.6. O Porquê dos Estímulos

Os estímulos farão com que o organismo reaja e comece a funcionar melhor. O terapeuta precisa conhecer os mecanismos de cada patologia para que saiba o que e quando estimular.

A preocupação maior cabe a partir do momento em que este começa a tratar mais individualmente

as patologias e suas causas. Neste caso é preciso ter um profundo conhecimento das doenças, suas manifestações (que órgãos estão envolvidos com a doença) e suas causas, a fim de estimular no local certo, com a pressão correta e pelo tempo necessário. 4.10.7. Cuidados Especiais

Abaixo relacionamos as situações onde são necessários cuidados especiais e nos quais, caso o terapeuta esteja na fase inicial dos seus conhecimentos, é aconselhável que encaminhe o paciente para um reflexoterapeuta experiente:

Gravidez;

Diabetes;

Tromboflebites;

Varizes expostas;

Quadros de dermatites;

Coronárias com marca-passo;

Fraturas ou lesões recentes nas áreas;

Quadro crônico de doenças degenerativas. 4.10.8. Doença na Visão da REVITAE Para o Atual Reflexoterapeuta

O que é ter saúde? O que significa estar doente? Estas perguntas aparentemente simples são respondidas das mais variadas maneiras. Por exemplo: ter saúde significa para muitos o funcionamento perfeito de todos os órgãos e estruturas. Porém, pode existir um paraplégico saudável. Podemos afirmar que um cego não tem saúde? Logo o conceito de saúde e doença, como muitas outras coisas na vida, é relativo.

Para o reflexoterapeuta atual, doença significa tudo o que:

É tudo aquilo o que eu quero ser e não sou;

É tudo aquilo o que eu não quero ser e sou;

É tudo aquilo o que eu quero ter e não tenho;

É tudo aquilo o que eu não quero ter e tenho;

É tudo aquilo o que eu quero sentir e não sinto;

É tudo aquilo o que eu não quero sentir e sinto.

É tudo aquilo o que eu quero fazer e não faço;

É tudo aquilo o que eu não quero fazer e faço; É tudo aquilo o que eu quero falar e não falo; É tudo aquilo o que eu não quero falar e falo.

Em outras palavras, é tudo aquilo sobre o que não temos o controle, nos enfraquece, nos debilita.

Que é capaz de alterar nosso humor e disposição, que nos esvazia, nos frustra, nos faz sentir menores, menos, incapazes, incompetentes, incompletos, inadequados, inferiores. Pode ser uma dor, um tumor ou

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uma lesão, ou ainda qualquer alteração de personalidade que nos incomoda como por exemplo: irritação, ansiedade, medo, etc. A isto damos o nome de sintomas de uma doença e posteriormente, a própria doença.

O impressionante é que a doença pode até mesmo não existir. Que a doença que a pessoa sente é algo muito desejado por outra. Alguém se sente muito mal por ser alta, por exemplo. Já outra gostaria de ter a sua altura, e se acha muito baixa. Tem o cabelo liso e detesta isto. Gostaria que fosse mais crespo, enquanto outra vive alisando os cabelos. Talvez seja magra e é tudo o que a outra pessoa deseja. E aqueles ombros largos, como são desproporcionais! Ou não suporta ver suas longas pernas no espelho. Acha um horror ter mamas tão grandes e encontra-se numa mesa de cirurgia para diminuí-los justamente ao lado de outra que está enxertando silicone para aumentar os seus. A lista é infindável e retrata a complexidade de uma doença.

Sem mencionar a parte emocional. Imagine aquela criança que tem à vista e à mão sua queria

mamãe. Um dia não a encontra, por mais que chore e chame por ela. Seu subconsciente racionaliza: “Ela não está mais aqui, foi embora. Se foi embora, me abandonou. Se me abandonou é porque não me ama mais”. E lá se instalou um sentimento de rejeição. Mas, ela ainda não tem capacidade para entender que sua querida mamãe está no hospital cuidando da avó que está em fase terminal. A rejeição nem existiu de fato, mas existiu de direito. O que realmente importa é o sentimento; a interpretação do fato. E isto ela vai carregar na vida até que a doença seja extirpada por algum tipo de tratamento.

Mencionamos também, algumas observações na nossa prática. Por exemplo: diabetes alguns poucos meses depois de a pessoa assumir o papel de forte. Talvez por ocasião da morte de um ente querido onde todos se encontravam em total desespero. Alguém tinha que assumir o papel de forte, não chorar, consolar todos e correr atrás dos documentos e assuntos afins. Ou câncer depois de uma grande frustração ou decepção.

O nome que se dá a isto é “psicossomatização”. E quando digitamos “psicossomática” na internet

encontramos uma matéria muito esclarecedora. Conforme JÚLIO MELLO FILHO, escritor do livro “Psicossomática Hoje” (Artes Médicas, 1992), temos o seguinte texto:

“A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar. Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo, Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de oportunidade para o autoconhecimento! O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e somatopsíquica, 1928). A Psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos

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behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Literalmente e redutivamente, alguns profissionais de saúde ainda fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras de fatores genéticos, acidentais, ambientais ou orgânicos e, neste caso limitam as manifestações psicossomáticas exclusivamente nas alterações com causas de origem psicológicas. Aceitando que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de doença e seus respectivos sintomas, o afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar:

� Asma;

� Artrite;

� Úlcera;

� Gastrite;

� Rinites;

� Fibromialgia;

� Alergias variadas;

� Impotência sexual;

� Manchas no corpo;

� Hipertensão arterial;

� Muitas disfunções oftálmicas;

� Praticamente todos os transtornos de pele;

� Câncer e todos os tipos de doenças auto-imunes. Porém, o surgimento dos sintomas depende e varia de três fatores interdependentes:

� Qualidade de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, etc.

� Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para desenvolverem alguns tipos de doenças.

� Fatores psico-afetivos de acordo com o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, inclusão, culpa, etc.”

Esta abordagem de Júlio Mello Filho corrobora com a visão de centenas de pesquisadores pelo

mundo afora. É lógico que entendemos que este assunto carece de mais pesquisas, mas isto também é válido para qualquer outra área do saber. E quanto mais pesquisarmos, mais comprovações científicas obteremos. E é desta forma que a ciência nasce; passando necessariamente pela observação.

Outra definição pode ser obtida pela observação de distúrbios que fogem aos padrões estabelecidos. É comum taxar pessoas diferentes desses padrões como pessoas doentes ou com problemas. Por este motivo torna-se complicado tomarmos uma posição neste respeito.

Tem-se observado, contudo, que quando o paciente reconhece o problema descobrindo que está doente quanto mais rápida for a busca pela devida ajuda física ou emocional, mais rápida será sua recuperação.

Logo, torna-se claro o papel importante do paciente na sua recuperação. Para que esta recuperação

seja mais rápida hoje em dia, muitos agentes da saúde estão esclarecendo mais e mais aos seus pacientes o que realmente está acontecendo com eles e como é que a terapia em uso irá afetar diretamente seu

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organismo. Visto termos um Sistema Nervoso Central responsável por toda a manutenção do corpo, uma vez informado sobre a terapêutica ele reagirá mais para permitir que o efeito seja maior. 4.10.9. O Que a Reflexoterapia Procura Tratar e o Que Ela Não Trata A exemplo de qualquer outra terapia, ortodoxa ou não, a Reflexoterapia também não é nenhuma panacéia. Embora gostaríamos que fosse, infelizmente ela não é a cura para todos os males. Contudo, fica mais fácil dizer o que ela não trata. E são:

Lesão de órgãos (o órgão foi retirado);

Lesão de medula (nem a Reflexoterapia e ninguém mais, por enquanto);

Problemas congênitos (nasceu desse jeito – talvez uma cirurgia corretiva);

Problemas virais e bacteriológicos (neste caso estimula-se do Sistema Imunológico forçando o próprio corpo combater tais organismos).

4.8.10. Tempo e Eficiência do Tratamento O tempo e a eficiência do tratamento com a Reflexoterapia varia em cada caso, a exemplo de qualquer outro tratamento que a pessoa faça. Hábitos, disposição para ser curado, a idade, o sistema de crenças do paciente e a dimensão da patologia são alguns fatores decisivos e que interferem em qualquer tipo de tratamento. Mas, é importante salientar que normalmente o paciente sente melhorar já nas primeiras sessões e isto faz com que o paciente deposite credibilidade ao tratamento. Dependendo do problema, tal qual um câncer, por exemplo, a Reflexoterapia não poderá fazer nada a respeito da patologia, mas diminuirá substancialmente o desconforto causado pela radioterapia ou pela quimioterapia e, com certeza proporcionará uma qualidade de vida digna até a pessoa falecer. 4.10.11. Reflexoterapeuta da REVITAE vs Medicina Alopática e Medicação Algo que os alunos precisam saber desde o primeiro módulo do curso é saber qual é o seu limite quanto à terapêutica que utilizarão. De suma importância é entender que JAMAIS pedem tirar a medicação de alguém. Somente o médico que passou tal medicação é quem tem autoridade para isso. No máximo o terapeuta sugerirá ao paciente a buscar uma segunda opinião médica caso perceba algo que julgue estranho. Inclusive, em face de algumas patologias, tais como problemas de pressão e de coração, devem tratar, mas como apoio ao tratamento médico, pois essas patologias levam a óbito. As medicações não existem para enfeite; são absolutamente decisivas no tratamento de muitas patologias. Onde estimular no caso de uma infecção generalizada? Envolvem pelo menos vinte e cinco pontos, mas somente depois que o paciente estiver tomando antibiótico ministrado por um médico. Onde estimular no caso de uma fratura? Envolvem pelo menos vinte e cinco pontos, mas somente depois que o paciente estiver passado por um ortopedista, se submetido a uma cirurgia (caso necessário) e tomando as medicações ministradas pelo médico. Então, porque se tratar com a Reflexoterapia se a pessoa já está sendo tratada pela medicina alopática? Nesse caso a Reflexoterapia potencializará a medicação ministrada e diminuirá o tempo de recuperação. Muitas vezes a medicação se encontra no organismo, mas não nas células. Como o Sistema Nervoso não está desenvolvendo suas funções adequadamente, os receptores de membrana celular não estão abrindo para receber a medicação e/ou os nutrientes necessários. Nesse instante a Reflexoterapia

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atua, estimulando o SN a voltar a recuperar suas funções e ordenar que o organismo recupere a homeostase.

Esse procedimento tem sido utilizado em pacientes internados, que estão sendo medicados, mas

não querem que lhes seja ministrado transfusões de sangue. Um terapeuta pode ir até ao hospital para auxiliar no problema. O resultado é impressionante. Num instante o paciente está totalmente pálido e prostrado e em pouco tempo está corado e muitas vezes se levanta e vai ao banheiro sozinho. Não é raro profissionais de hospitais ficarem aflitos diante deste quadro. O que aconteceu? Muito simples, o organismo não estava absorvendo a medicação e a Reflexoterapia fez com isso acontecesse. Mas, o que fez com que o paciente sarasse; o tratamento médico ou a Reflexoterapia? A junção de ambos. O primeiro provisionou o que o paciente estava precisando e o outro fez com que ele absorvesse essa provisão. Então o paciente não sararia nunca? Talvez, mas isso levaria muito mais tempo, teria que tomar muito mais medicações, custaria muito mais caro e causaria muito mais sofrimento - completamente desnecessário. 4.10.12. Tempo da Consulta

Uma consulta (alguns chamam de sessão de Reflexo) e obviamente com uma aplicação da técnica precisa levar no mínimo trinta minutos, para se ter um bom resultado e no máximo cinquenta minutos, para que o paciente não canse. Afinal, todos têm muito que fazer e este é um motivo do por que muitos terapeutas perdem pacientes; demoram mais de uma hora para atender.

No início, é necessária uma aplicação por semana. Conforme o organismo da pessoa vai respondendo aos estímulos, as aplicações passam para uma vez a cada quinze dias, uma vez por mês e uma vez a cada dois meses, passando assim, de terapia corretiva para terapia preventiva (de manutenção). 4.10.13. Valor Cobrado Pela Consulta

O valor da consulta varia muito conforme o local e a confiança que o reflexeterapeuta tem no seu trabalho. São encontrados valores que vão de R$ 30,00 a R$ 150,00. 4.10.14. Consultório e Equipamentos

O paciente liga para o consultório do paciente e marca um horário para uma avaliação. No

consultório, o reflexoterapeuta preencherá uma ficha de anamnese para obter as informações pessoais (nome, data de nascimento, endereço, telefone, e-mail, por meio de quem ou do que chegou até ele) e os dados da saúde do paciente (pressão arterial, tipo me medicação toma, quais afecções, lesões ou cirurgias possui e o motivo principal de ter vindo).

Depois de obtida todas as informações o reflexoterapeuta dirá como funciona a Reflexoterapia. Na

sequência passará a analisar as características dos pés do paciente e a informar-lhe sobre a co-relação de tais características com a sua saúde. Depois passará a pressionar os pontos-reflexos para avaliar os problemas de saúde em relação à intensidade da dor. Todas estas informações estão sendo concomitantemente passadas para a ficha de avaliação. Ao terminar este “check list” o reflexoterapeuta relatará os problemas emocionais que o paciente tem conforme a co-relação com os órgãos.

Dado o “feedback” ao paciente do seu estado físico e emocional o reflexoterapeuta elaborará um

projeto de tratamento com o paciente; num primeiro momento corretivo, depois preventivo. Alguns

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profissionais preferem “pacotes” de sessões, de oito, de dez, etc., outros fazem projetos de meses. O importante é a percepção do paciente referente à melhora.

É desejável que o consultório seja um lugar agradável, arejado, amplo, claro, isento de

badulaques, imagens religiosas e de barulho. O paciente precisa se sentir bem e à vontade neste ambiente. Alguns se utilizam de aromas e/ou música durante o seu trabalho. Mas, é necessária muita cautela ao lançar mão destes recursos porque sons e cheiros remetem as pessoas a eventos do passado, trabalhando qual ancoragem para coisa agradáveis ou nem tanto.

Alguns colocam imagens de paisagens rodando na tela do computador, com ou sem música. Isto

também é algo que agrega à terapia. Óleos também podem ser usados com ou sem aroma durante e depois da sessão. Novamente cautela; muitos pacientes ficam aflitos com a sensação de óleo nos pés principalmente para andar depois porque os pés ficam escorregando no calçado. Se o calçado for aberto pior ainda porque suja muito mais.

É importante que o paciente se acomode numa cadeira apropriada para a técnica. Jamais esquecer

que transmite muita confiança, respeito e credibilidade quando o reflexoterapeuta higieniza as mãos imediatamente após atender o paciente porque lhe é transmitida a mensagem que este procedimento foi feito antes do seu atendimento.

Depois que o paciente for embora o reflexoterapeuta passará para a ficha de retorno todas as

informações relevantes referente àquela sessão. Ter um histórico preciso do paciente é importantíssimo para a evolução do tratamento, bom como para as devidas pesquisas e análise de padrões. Isto quando for pela primeira vez. Caso seja retorno é importantíssimo que o reflexoterapeuta reveja as informações do paciente antes dele chegar (preferencialmente separar as fichas antes de começar o dia) para montar o protocolo de tratamento e planejar o que será dito durante a sessão (qual metáfora, argumento, música, poesia, etc.).

Desnecessário dizer que as fichas dos pacientes, com tantas informações pessoais, são altamente

sigilosas. Precisam ser guardadas sem a possibilidade de outra pessoa, seja ela quem for (até mesmo outro paciente), ter acesso. Caso o reflexoterapeuta tenha seu consultório em casa o cuidado precisa ser redobrado. Armário com chave e cuidados deste tipo deve ser a ordem do dia.

4.10.15. Reações Pós Primeira Consulta Ao longo dos anos os reflexoterapeutas perceberam que em torno de dez por cento dos pacientes

apresentam algum tipo de reação após a primeira sessão. Reações como aumento da temperatura corpórea, diminuição da temperatura corpórea (calafrios), espasmos musculares (tremedeiras), sudorese excessiva (suador), ataque de riso ou de choro, dores por todo o corpo (liberação do ácido láctico), sonolência excessiva, etc. É importante que o reflexoterapeuta não chame atenção para esta possibilidade para que o paciente não seja condicionado a tê-la.

É importante sim que o reflexoterapeuta deixe bem claro ao paciente que ele está à disposição a

qualquer hora para esclarecimentos; e é lógico, dar o telefone de contato. Caso o paciente ligue desesperado por causa destes efeitos o reflexoterapeuta tranquilizará o paciente informando-o de que é uma reação esperada e que em dois, no máximo três dias passa.

Foi percebido também que muitos pacientes “dão uma caída” depois da terceira consulta; parece

que voltou tudo. Sem problemas; volta a recuperar nas próximas sessões.

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4.11. Reflexoterapia nas Empresas e Estruturas Públicas

4.11.1. Vantagens

Quais seriam as vantagens de uma empresa ou Órgão Público proporcionar essa técnica aos seus

profissionais? Esta pergunta está respondida por tudo o que foi exposto anteriormente. Mas, gostaríamos de incluir alguns dados sobre saúde e doenças coletados da mídia e que são substancialmente reduzidos com a aplicação da Reflexoterapia.

4.11.2. Depressão

Algo muito comum que acontece quando o Sistema Nervoso está prejudicado é abalar o Sistema Endócrino (glandular) responsável pelos hormônios. Um dos efeitos disso é a depressão. “A Organização Mundial da Saúde prediz que até 2020 a depressão será a segunda causa principal de invalidez no mundo, atrás apenas das doenças cardíacas” (o grifo é nosso), afirma a revista U.S.News & World Report. “Esse grave problema de saúde pública está sendo considerado cada vez menos como questão estritamente de ordem psicológica”. Segundo Philip Gold, responsável pela neuroendocrinologia clínica do Instituto Nacional de Saúde Mental, “a depressão é realmente a única doença sistêmica que afeta - e complica - quase todas as outras doenças”. A depressão pode até desencadear enfermidades como doenças cardíacas e diabetes. Por exemplo, pesquisas mostram que pessoas com depressão “têm coração mais rijo, com menor capacidade de responder aos diferentes níveis de necessidade que o corpo tem de sangue e de oxigênio”, indica o artigo. Também, “o cérebro com depressão envia sinais de que ele precisa de mais energia, o que pode desencadear a produção de cortisona, aumentando assim a taxa de açúcar no sangue”. Pode-se perceber também a relação da depressão com a osteoporose e o câncer. Estão sendo realizados estudos para verificar se o tratamento da depressão pode alterar o resultado final dessas enfermidades. (The Melancholy Body, by Marianne Szegedy-Maszak - 16 /12 2002, pp. 48-9).

4.11.3. Estresse Falar sobre alcoolismo ou depressão está se tornando comum entre os executivos. Mas admitir que

o estresse é um problema continua a ser tabu. A Revista Exame trouxe um artigo sobre estresse na sua edição de número 783, escrito por Daniela Diniz. O problema é grave, está matando e precisa ser combatido com todas as forças. Os dados são impressionantes e intrigantes. Observaremos abaixo a maior parte dessa excelente reportagem.

Aconteceu há dois anos. Às 11 horas da noite, quando o engenheiro paulista Tito Mesquita Garcia

Filho, de 40 anos, sócio da Empreiteira Cronograma, estava se preparando para dormir, sua vista direita apagou. “Ficou tudo preto”, diz ele. “Eu abria e fechava os olhos, mas o lado direito continuava escuro”. Perturbado, Garcia Filho foi para o hospital, onde ficou internado por dois dias. O médico chegou a desconfiar de um tumor no cérebro e submeteu o paciente a vários exames. Os resultados não acusaram nada e a hipótese do tumor foi descartada. Restava o primeiro diagnóstico já exaustivamente repetido para Garcia Filho em anos anteriores, mas que ele sempre ignorava: estresse. “Achava que isso poderia acontecer com qualquer um, menos comigo”, diz.

A frase é típica entre executivos que levam a vida abusando dos próprios limites. Eles só

costumam perceber que o corpo pede uma pausa quando a produtividade cai ou quando a memória dá sinais de fadiga. A essa altura, já não dá mais para esconder que o estresse existe e que ele, de fato, é um problema.

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O episódio envolvendo Garcia Filho é um exemplo de que o estresse continua a ser tratado como algo desejável, uma qualidade, uma espécie de vantagem comparativa no ambiente profissional. Falar dos efeitos colaterais que acabam por minar a saúde, relacionamentos e carreira ainda é um tabu. “Encarar o estresse como algo negativo depois de certo ponto seria como assumir uma fragilidade ou entregar os pontos”, diz a psicóloga Marilda Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress, com escritórios em Campinas e São Paulo. “A maioria dos executivos chega até o limite do organismo e só pára quando já não dá mais conta do recado”.

Nos Estados Unidos, os gastos das empresas com o estresse e suas conseqüências são estimados

em 300 bilhões de dólares por ano. A gravidade do problema vem sendo comparada ao alcoolismo, à depressão, à dislexia ou à compulsão sexual, questões sobre as quais muitos executivos começam a falar mais abertamente. Exagero?

Embora não classificado como doença (já que é uma reação normal do organismo), se perdurar

por muito tempo, o estresse, além de afetar a vida pessoal, pode levar ao sofrimento físico e à morte. “É a porta de entrada para inúmeras doenças”, diz Marilda. Enquanto os sintomas são considerados leves, o estresse passa despercebido. "Sempre tive enxaquecas fortes, mas aprendi a administrar a dor", diz Garcia Filho. “Era só andar com comprimidos e tomar quando ela começava a dar sinais”. Depois do susto, ele começou a praticar natação para aliviar as tensões do trabalho.

A dor passa a fazer parte da rotina, assim como a gripe ou as insônias. “As pessoas aprenderam a

se adaptar ao estresse”, diz a psicóloga Eliana Audi, diretora da Auster, consultoria paulista especializada em comportamento. “O executivo não nota que dorme menos, trabalha mais e reduz o tempo de vida”.

Atualmente, homens e mulheres de negócios são o principal alvo de estudos sobre estresse. Um

estudo realizado pelo escritório brasileiro da International Stress Management Association (Isma), uma organização voltada para a prevenção e para o combate ao estresse, revelou que as principais causas do problema entre os executivos são os constantes enxugamentos das empresas, a ansiedade em relação ao desempenho pessoal e a falta de perspectiva na carreira. “A estrutura horizontal das empresas vem aumentando o nível de estresse do executivo”, diz a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, presidente da Isma no Brasil. “Os departamentos estão mais enxutos, sobrecarregando o trabalho dos profissionais e aumentando a pressão”. Segundo Ana Maria, hoje o brasileiro está 30% mais estressado que há uma década. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, dos Estados Unidos, mais da metade dos americanos que trabalham considera o estresse como o maior problema de sua vida. O quadro piorou após os atentados de 11 de setembro de 2001 e com a crise por eles gerada.

Embora contribuam significativamente, o trabalho, o mercado difícil, a ameaça de desemprego e o

mau humor do chefe não são os únicos culpados pelo aumento da quantidade de estressados. Nem sequer são os mais importantes. Segundo os especialistas em saúde, boa parte da responsabilidade é do próprio profissional, que, na ânsia de subir na carreira, não sabe estabelecer a fronteira entre o chamado estresse positivo e o negativo. “O estresse faz parte da vida de qualquer ser humano”, diz o psiquiatra paulista Luiz Antonio Nogueira Martins, da Universidade Federal de São Paulo. “Cabe ao indivíduo conhecer o seu nível de estresse adequado a cada situação”.

A maneira mais fácil de identificar a passagem do estresse positivo para o negativo é prestar

atenção no próprio desempenho profissional. Quando a rotina frenética deixa de ser uma catalisadora de energia positiva e passa a desgastar o corpo, a mente e até a vida pessoal, é sinal de que alguma coisa está fora do normal. Foi o que aconteceu com o carioca Ronaldo Magalhães, de 44 anos, vice-presidente do grupo Sul América. Há quatro anos, Magalhães foi promovido a diretor executivo do grupo e teve de administrar o aumento de responsabilidade, um número maior de subordinados e as longas jornadas de trabalho. “Saía do escritório com a sensação de que poderia ter feito mais”, diz Magalhães. “Muitas vezes, achei que não daria conta da posição”. Ele já não lembrava de datas importantes, não tinha

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paciência com os filhos e perdeu a concentração até para assistir à TV. “Não sabia mais como controlar minha vida”, diz.

Foram três meses para que a conscientização do estresse impulsionasse uma mudança no seu

estilo de vida. Primeiro, Magalhães adotou a corrida como aliada. Passou também a prestar atenção na alimentação e a administrar melhor o tempo. “Hoje sei recusar certas responsabilidades que estão além da minha capacitação”, diz ele. “Aprendi a conhecer meus limites”.

O caso de Magalhães é uma exceção dos estressados. A maioria não toma essa atitude sozinha.

Como ocorreu com Garcia Filho, muitas vezes é necessário um episódio mais grave ou uma cutucada do próprio chefe para chamar a atenção. “A empresa tomou uma decisão por mim e me fez enxergar que meu lugar não era lá”, diz uma executiva mineira, ex-gerente de uma consultoria, que também não se sente à vontade para falar sobre o assunto.

Depois de passar quatro anos trabalhando mais de 10 horas por dia, administrando insônias e

enxaquecas e galgando posições na empresa, ela chegou a um impasse. “Fui designada a passar dois anos em outro país”, diz ela. “A viagem não fazia parte dos meus planos e não aceitei”. Nesse caso, não caberia "não" como resposta e ela foi demitida. “Era admirada pelo perfeccionismo e até pelo estresse”, diz. “A empresa encarava isso como sinônimo de produtividade”. Ao ser demitida, a executiva sentiu-se aliviada. “Era uma decisão que não tinha coragem de tomar”, diz.

Algumas empresas ainda mantêm a postura de sugar o máximo dos profissionais sem olhar para sua satisfação pessoal o que só aumenta o receio de falar sobre o tema. Mas isso tem diminuído, principalmente quando o estresse começa a afetar não só a saúde dos funcionários, mas também o caixa das empresas. Atualmente, 35% das empresas americanas mantêm programas para a saúde e a qualidade de vida dos funcionários. No Brasil, apenas 5% adotaram essa postura. A consultoria Ernst & Young é uma delas. A empresa colocou em prática atividades como massagens e palestras, para chamar a atenção do funcionário. Além disso, proibiu horas extras e obrigou todos a tirarem férias. "Chamo de desorganizado quem diz que não pode tirar férias", diz Júlio Sérgio Cardoso, presidente da Ernst & Young, autodenominado um ex-estressado. “Quero o executivo sempre capaz e não aquele que espera adoecer para reconhecer os limites”.

O Citibank decidiu agrupar os projetos sobre qualidade de vida num único programa, chamado No

Stress. Por meio dele, o funcionário pode usar 2% do seu salário anual em atividades não previstas no plano de saúde. O banco adotou também horário flexível para boa parte dos funcionários e inaugurou sete salas de relaxamento. “Com essas medidas, metade do pessoal consegue se antecipar ao estresse negativo”, diz Délsio Klein, diretor de recursos humanos do Citibank. “Há ainda a outra metade que não admite ou não reconhece o estresse”.

À FLOR DA PELE - As Quatro Fases do Estresse

Sintomas físicos Sintomas no trabalho

ALERTA Dificuldade para dormir, libido alta, músculos retesados, taquicardia, sudorese, falta de apetite

Alta produtividade e criatividade. O profissional pode varar a noite sem dificuldade

RESISTÊNCIA Libido mais baixa, cansaço, falhas de memória, sensação de tédio

Produtividade e criatividade voltam ao normal

QUASE EXAUSTÃO Insônia, libido quase nula, sensação de desgaste, piora da memória, ansiedade constante e falta de prazer

Queda drástica na produtividade e na criatividade. Só é possível dar conta da rotina, sem oferecer idéias novas

EXAUSTÃO Libido desaparece, surgimento de doenças graves, como depressão, úlcera, diabetes ou enfarte, perda do senso de humor. Algumas pessoas têm vontade de morrer

Torna-se impossível trabalhar normalmente. Falta de produtividade e de concentração. Perda de interesse pelo trabalho

Fonte: Marilda Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress

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As medidas no banco vieram após quedas sucessivas de produtividade dos seus altos executivos no período de 1980 a 1994. “"Não podemos valorizar o estresse como foi feito no passado”, diz Klein. “Precisamos aprender a administrá-lo e achar o ponto de equilíbrio entre vida e trabalho”.

À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS - Os profissionais mais estressados

1. Profissionais que trabalham com segurança (pessoal ou patrimonial).

2. Controladores de vôo.

3. Executivos (principalmente os que se reportam ao presidente) e profissionais que trabalham na área de atendimento ao consumidor.

4. Professores em funções administrativas.

5. Jornalistas.

Fonte: Isma Brasil — International Stress Management Association.

Uma pesquisa com 25.000 executivos brasileiros expõe, de forma alarmante, os efeitos

devastadores do estresse sobre a vida pessoal e o mundo dos negócios. Como quase todos os homens e mulheres de negócios bem-sucedidos, o executivo carioca Roberto Thimóteo da Costa tem uma rotina marcada pela pressão constante, pela cobrança de resultados, pela falta de tempo, pelo excesso de informação. Diretor financeiro do BNDES, ele é responsável por negociações complicadíssimas, nas quais um erro pode resultar em alguns milhões de dólares de prejuízo e manchas na reputação difíceis de serem removidas. Hoje, suportar essa enorme carga de tensão quase faz parte do perfil do executivo ideal. O problema é que o corpo, uma máquina limitada e falível, nem sempre responde da forma esperada. Foi o que aconteceu com Costa.

Em setembro do ano passado, ele esteve no comando do processo de reestruturação da dívida da

AES, empresa americana de energia que controla a Eletropaulo. Foi uma negociação que levou meses, envolveu 1,2 bilhão de dólares e acabou por exaurir seu organismo. Num domingo daquele mesmo mês, em seu apartamento no Rio de Janeiro, Costa começou a sentir fortes dores no peito. Pressentindo o pior, tomou um comprimido de Isordil, medicamento indicado para dilatar os vasos coronarianos, e pediu a alguém para chamar uma ambulância. Foi levado para o hospital com um quadro típico de enfarte. A causa era a que se supõe; estresse.

Trata-se de uma espécie de epidemia que tomou o ambiente de negócios e passou a fazer parte das

preocupações cotidianas de executivos e empresários. Uma pesquisa feita pela Med-Rio, uma das maiores clínicas de check-up do país, mostra a dimensão do problema no Brasil. Nos últimos cinco anos, a Med-Rio examinou 25.000 executivos de todo o país, com idade entre 30 e 75 anos. Os resultados são alarmantes. Cerca de 70% deles sofrem de altos níveis de stress, um quadro agravado por problemas comportamentais. A pesquisa mostra que 80% dos profissionais avaliados têm alimentação desequilibrada, 65% são sedentários, 60% estão acima do peso ideal, 50% consomem bebidas alcoólicas regularmente e 40% fumam. É gente que vive no limite e pode cruzar a linha que separa a saúde da doença a qualquer momento.

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SAÚDE ABALADA

Os resultados da análise de 25.000 exames de executivos realizados no Brasil

15% sofrem de fadiga;

16% têm gastrite ou úlcera;

19% sofrem de hipertensão arterial;

25% têm altos níveis de colesterol;

26% apresentam algum tipo de doença dermatológica;

40% são fumantes;

50% consomem álcool regularmente;

60% têm excesso de peso;

65% são sedentários;

70% apresentam níveis altos de stress;

80% têm alimentação desequilibrada.

Fonte: clínica de check-up Med-Rio.

O stress está para o executivo assim como a dor está para o atleta profissional. Dentro de certos

parâmetros, a convivência com ele é quase obrigatória. O sinal vermelho se acende de forma normalmente dramática quando esses limites são ultrapassados. Os resultados se manifestam em níveis de gravidade variados. Podem ir de um patamar mais baixo, como obesidade e lesões de pele, a graus mais altos, como depressão, perda do desejo sexual, derrame e enfarte. Uma pesquisa recente feita pelo hospital Albert Einstein, de São Paulo, com 2.064 executivos revelou que 22% deles tinham risco vascular médio ou alto. Em outras palavras: se nada for feito, é enorme a probabilidade de esses profissionais sofrerem um derrame ou um enfarte nos próximos dez anos. Os casos críticos são mais comuns do que se imagina. A manifestação disso são as seis histórias aqui relatadas. Cada um com seu drama particular, esses executivos são exemplos dos danos por vezes irrecuperáveis que o stress nas alturas pode causar na vida profissional e pessoal.

A elevação dos níveis de stress é diretamente proporcional ao grau de superação exigido pelo

mundo dos negócios. Na luta pela sobrevivência, por resultados melhores, por mais participação no mercado, as empresas esperam contar com espécies de super-heróis. Não basta ser competente. É preciso ser o melhor. Não basta ser eficiente. É preciso ser criativo, antecipar mudanças, sugerir inovações, garantir que elas dêem certo, bater um número maior de metas com recursos cada vez mais escassos. As viagens de negócios se multiplicam. As férias rareiam. A estabilidade no trabalho, no mercado, no círculo do sucesso, transformou-se numa quimera.

O desenvolvimento tecnológico, celulares, Internet, e-mail, fazem com que fiquemos o tempo

todo “no ar” e nos sintamos angustiados quando estamos, por algum motivo, desconectados do mundo lá fora. É necessário fazer várias coisas. Tudo ao mesmo tempo. Uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que um executivo é interrompido em suas tarefas, em média, a cada 7 minutos. Nesse ritmo, ao final do expediente, ele terá desviado sua atenção do centro de suas atividades mais de 50 vezes. As 24 horas de um dia passam a ser insuficientes para dar conta do recado. O cenário é angustiante. De um lado, há um mundo que muda numa velocidade sem precedentes. De outro, uma estrutura física que se mantém desde o tempo das cavernas. É como se instalássemos softwares cada vez mais poderosos numa máquina obsoleta.

Esse quadro gera insegurança, o maior motor do stress. O resultado é que executivos e

empresários têm freqüentado cada vez mais clínicas especializadas. Segundo a psicóloga Marilda Lipp,

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presidente da Sociedade Brasileira de Stress e dona do Centro Psicológico do Controle do Stress, em Campinas, no interior de São Paulo, nos últimos 18 meses houve crescimento de 30% no número de executivos em busca de tratamento em sua clínica. “Com a redução dos quadros, os executivos passam a responder por áreas com as quais não estão familiarizados”, diz Marilda. “O grande fator de angústia é que muitos não se sentem à altura dos novos desafios”. Individualmente, profissionais de todas as áreas estão sujeitos ao stress, tudo depende da forma como o organismo de cada um reage às pressões. Mas há algumas indicações relacionando certas atividades ao esgotamento físico. Uma pesquisa da filial brasileira do International Stress Management Association (Isma), uma organização não-governamental, revela que, juntamente com médicos, enfermeiros e bancários, os executivos estão em terceiro lugar no ranking das profissões mais estressantes. Só perdem para policiais, seguranças e controladores de vôo trabalhadores que lidam com risco de vida, deles próprios ou de terceiros. Ou seja, os executivos são, sim, especialmente atingidos pelo estresse.

O que ocorre no Brasil apenas replica o que se constata no resto do mundo. Nos Estados Unidos,

uma pesquisa recém-concluída pela Isma com 1000 executivos revelou que 72% deles sofrem de altos níveis de stress. Uma parte desse total, 20% enquadra-se no patamar devastador do mal, aquele em que o indivíduo somente consegue se recuperar com ajuda médica. Segundo a psicóloga gaúcha Ana Maria Rossi, presidente da Isma no Brasil, casos desse tipo entre executivos aumentaram 39% na última década no país. Não se trata apenas de uma alteração na quantidade de pessoas que enfrentam o problema. Mas também do perfil do estressado. Ele está cada vez mais jovem. Há apenas uma década, de acordo com a Soma, empresa paulista que presta serviços de recursos humanos para companhias como Petrobrás, HSBC, Schincariol e Adidas, os executivos começavam a dar os primeiros sinais de stress elevado por volta dos 50 anos. Hoje, esse processo começa muito mais cedo, aos 30.

O fenômeno é conseqüência, principalmente, de dois fatores. O primeiro é a ascensão de jovens

talentos a posições de liderança, o que traz consigo uma enorme carga de responsabilidade. O segundo são os sucessivos enxugamentos de pessoal e a rigidez cada vez maior nas avaliações de desempenho. “O resultado é o aumento do volume de trabalho dos profissionais que continuam empregados”, diz o consultor Luiz Affonso Romano, da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro.

Uma pesquisa da Isma com executivos e gerentes de vários países mostra que a média semanal de

horas trabalhadas no Brasil é superior a 49, uma das mais altas do mundo. De acordo com as análises da organização, o executivo brasileiro trabalha cerca de 15% mais que o americano e 20% mais que o europeu, só perdendo para o asiático. No atual cenário dos negócios, trabalhar muito é necessário, mas não suficiente. É preciso dar resultados e a cada ano que passa eles precisam ser melhores. "Uma das maneiras de aumentar o stress é multiplicar as avaliações de desempenho", diz o médico Gilberto Ururahy, da Med-Rio. “Isso coloca os profissionais em evidência e faz a pressão subir”. São dois os tipos de pressão que se elevam: a arterial e a do ambiente de trabalho. Um levantamento da OIT indica que, nos Estados Unidos, o problema acarreta perda anual para as companhias de 300 bilhões de dólares contabilizados sob a forma de faltas freqüentes, queda na produtividade, custos médicos e legais e pagamento de seguros.

Talvez a face mais cruel desse problema é que o stress normalmente tem um caráter contagioso e

epidêmico. Executivos estressados tendem a criar um ambiente corporativo tenso. No livro “Como Tornar-se um Bom Estressado” (Editora Salamandra), o psiquiatra e consultor de empresas francês Eric Albert diz que a tarefa de procurar sinais de stress numa empresa começa pela observação atenta de seus funcionários. “Se o comportamento deles é marcado pela pressa, pela agressividade e/ou pela queda da produtividade, a empresa está estressada”, diz ele. Albert considera que o primeiro fator de stress no mundo profissional está ligado às relações interpessoais. Estressado, o indivíduo sofre redução da capacidade de comunicação com os profissionais com os quais se relaciona. Essa alteração pode assumir formas diversas. Uma delas é o isolamento. No caso específico de empresas, é comum ouvir casos de líderes que se fecham em seu mundo, deixam de compartilhar problemas, delegam pouco e puxam para si toda a responsabilidade pelos resultados. Outra característica comum (e bem conhecida) do estressado é a

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agressividade. Ela ocorre naturalmente quando o indivíduo está submetido a grandes constrangimentos. Uma das qualidades do bom administrador é exatamente ser capaz de absorver o stress. Ele deve ser uma espécie de esponja. Mas para isso, diz Albert, o executivo precisa ter o próprio stress sob controle.

O paulista Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do banco de investimentos Fator, já foi

assumidamente um chefe propagador do stress coletivo. Em 1973, aos 27 anos, ele foi indicado para presidir a Ficap, uma fabricante de cabos do Rio de Janeiro. “Queria tanto obter resultados rápidos que quase destruí a equipe”, diz ele. “Houve uma queda tão grande na produtividade que foi necessária a contratação de um consultor para melhorar as relações na companhia”. É inútil esperar que, de uma hora para outra, as pressões desapareçam e o ambiente de trabalho se transforme numa espécie de disneylândia profissional. O mundo dos homens e mulheres de negócios é difícil e deve continuar a sê-lo por um bom período. Até porque, segundo os especialistas, esse público forma um meio de cultura privilegiado para a disseminação do stress. Líderes empresariais são, por definição, pessoas competitivas e exigentes consigo mesmas. “O excesso de trabalho é encarado, erroneamente, como uma espécie de sinal exterior de produtividade”, diz o consultor Romano. “Parte do desgaste poderia ser evitada se os profissionais definissem melhor suas prioridades”.

No livro O Homem que Confundiu Sua Vida com o Trabalho (do original em inglês, The Man

Who Mistook his Job for a Life), lançado recentemente no Brasil, o executivo americano Jonathon Lazear, um workaholic em “processo de recuperação”, como ele próprio se qualifica, afirma que muitos profissionais simplesmente não conseguem se desligar da empresa por estarem viciados em trabalho. “Homens que se sacrificam dessa forma são sempre louvados como super-empreendedores. Quase sempre a verdade é que, apesar de parecer produtivos, muitos deles se sentem absolutamente infelizes”, diz ele. Lazear, dono de uma editora nos Estados Unidos, conta que ficara tão absorvido pelo trabalho que não via mais a mulher nem os filhos. Percebeu que havia chegado ao limite quando, um dia, ao sair de casa, perdeu a noção de para onde estava indo. O choque de ter a vida por um fio normalmente funciona como o maior estímulo às mudanças de comportamento. Para o carioca Guilherme Bettencourt, presidente da subsidiária brasileira da Xerox, o alerta surgiu na forma de um enfarte ocorrido em 1998. Desde então, Bettencourt passou a fazer esteira cinco dias por semana. Parou de levar trabalho para casa, passou a ficar mais tempo com a família e a se ocupar com outras atividades, como ir a óperas, concertos e livrarias.

As empresas já perceberam a importância de ajudar seus funcionários a combater o stress.

Companhias como Embratel, Philips e Natura criaram programas para tentar melhorar a qualidade de vida dos empregados. Na Embratel, foram instaladas uma academia de ginástica e três salas para sessões de shiatsu. Com a medida, o percentual de sedentários caiu de 58% para 39% do quadro entre 1999 e 2003. A quantidade de funcionários que requisitaram auxílio-doença diminuiu 24% no mesmo período. Acontece que a prevenção e o combate ao stress excessivo estão muito mais nas mãos dos profissionais do que sob o controle das empresas. Não adianta culpá-las por isso. Perde tempo também quem tenta responsabilizar a chamada "vida moderna". A crítica deixa no ar a hipótese absurda de que o homem talvez vivesse em melhor situação antes. Apenas para desencorajar os mais animados com a tese, vale lembrar que a expectativa de vida na Idade Média era de cerca de 29 anos. Na virada do século XX saltou para 50 anos e hoje beira os 75 anos. Graças aos avanços da medicina e da ciência, ou seja, devido justamente à estressante vida moderna.

4.11.4. Derrame “Ao acordar, não senti meu braço”. Esse foi o comentário de Marilene Pereira Lopes, Ex-diretora

de comunicação corporativa da Coca-Cola, de 51 anos, falando sobre derrame (Acidente Vascular cerebral – AVC) a EXAME em 16.06.2004.

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“Na noite de 17 de maio de 2001 dormi pensando na agenda pesada que teria de enfrentar no dia seguinte. Quando acordei não estava sentindo meu braço. Só fiquei apavorada quando percebi que ele parecia um galho seco. Tomei um banho quente. Voltei a sentir o braço e saí para trabalhar. Quando cheguei à empresa, ao tentar falar com um colega, não consegui pronunciar nem sequer uma palavra inteligível. Durante a madrugada tinha sofrido um acidente vascular no lado esquerdo do cérebro. Medicada e já em casa com minha família, fui para o computador e, com muita dificuldade, escrevi: 'Hoje eu sucumbi’”.

É engraçado como não nos damos conta de que um dia podemos simplesmente pifar como uma

máquina. Em meio a uma rotina enlouquecida, só temos tempo para pensar na carreira e nos desafios profissionais. A saúde fica esquecida. As pessoas acreditam que, se as coisas vão bem no trabalho, se a vida profissional está em ascensão, todo o resto ficará bem. Foi preciso passar por um drama para perceber que isso não é verdade. Aos poucos voltei a falar, ainda que com dificuldade. Resolvi pedir demissão e fazer uma revisão da minha vida. Matriculei-me na faculdade de psicologia e, com ajuda dos amigos e dos professores, vou enfrentando os desafios impostos pela doença.

4.11.5. Enfarte “Por duas vezes, meu coração parou”. Na reportagem a Exame de 16.06.2004, essas foram as

palavras de Guilherme Bettencourt, Presidente do conselho de administração da Xerox do Brasil, de 56 anos. “A rotina é tão intensa que nem percebemos quando estamos perdendo qualidade de vida. A carreira e a empresa eram meus principais objetivos, não sobrava tempo para mim. Via um mar de oportunidades à minha frente e queria buscá-las a qualquer custo. Acabei me descuidando. Aos 36 anos, quando ainda era controller da Xerox, tive um enfarte. Minha primeira providência foi parar de fumar. Também comecei a fazer check-ups anuais. Aos poucos, eles foram rareando. Uma década depois do primeiro enfarte, já tinha parado de fazer os exames. Além disso, não reduzi o ritmo de trabalho. Pelo contrário, a cada passo que dava na carreira, trabalhava mais. Aos 50 anos, já como presidente da empresa, sofri o segundo enfarte. Só então tive maturidade para ver que precisava mudar de verdade. Minhas prioridades se inverteram. Hoje, saúde e família estão em primeiro lugar. A carreira vem depois. Minha jornada termina às 17h30 e não levo trabalho para casa. Comecei a tirar um mês de férias por ano e aprendi a buscar outros prazeres na vida. Para cuidar da forma física, faço meia hora de esteira, cinco vezes por semana”.

“Sou muito exigido. Tenho de dar o exemplo para quem está abaixo e mostrar performance para

quem está acima. O sistema é baseado na cobrança. Quem não consegue administrar isso acaba sendo engolido. Tenho de me policiar continuamente para não voltar ao ritmo anterior. Essa mudança influenciou até a relação com meus filhos. Hoje sou mais tolerante com eles, pois aprendi que o stress e a pressão não são as melhores maneiras de levar a vida”.

4.11.6. Exaustão “Minha mulher me encontrou deitado sobre uma poça de sangue”. Essas foram as palavras de

Pedro Marques Azevedo, Gerente de tecnologia da Telemar em Belo Horizonte, de 44 anos, falando sobre exaustão a Exame na mesma reportagem.

“Sempre senti necessidade de provar que sou bom no que faço. Trabalhava 12 horas por dia.

Achava que para mostrar que eu dava conta do recado tinha de marcar presença na empresa. As viagens a trabalho eram freqüentes. Passava boa parte do tempo fora de casa. Há três anos, após uma semana exaustiva de viagens, tomei o maior susto da minha vida. Em cinco dias, tive de implantar um sistema na área financeira da Telemar em Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Voltei para casa, em Belo

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Horizonte, na sexta-feira. No dia seguinte, acordei cedo, fui ao banheiro e apaguei. Eu literalmente quebrei a cara. Minha mulher me encontrou no chão, deitado sobre uma poça de sangue. Fui levado de ambulância ao hospital, onde fiquei internado por dois dias. Fiz vários exames e nada foi encontrado. O diagnóstico: exaustão, estresse. Eu já tinha desmaiado, seis meses antes, mas não tomei nenhuma providência. Após o segundo desmaio, fiquei com muito medo de morrer. Não sabia o que havia acontecido, nunca tinha visto tanto sangue”.

“Muitas coisas mudaram depois desse episódio. Por recomendação médica, passei a caminhar

quatro vezes por semana e a cuidar da alimentação. Tenho horário para chegar ao escritório e nunca saio do trabalho após as 19h30. Procuro seguir isso religiosamente, mesmo que o mundo caia. Comecei a levar e a buscar meus filhos na escola e a almoçar em casa. Passei a lidar mais tranqüilamente com o trabalho. Antes fazia tudo correndo para tirar os problemas da frente. Aos poucos, apurei meu senso de urgência. Agora sempre questiono: ‘Vai morrer alguém se eu não fizer isso agora? Vamos perder dinheiro? Precisam mesmo de mim no fim de semana?’ É claro que não é fácil mudar. São três anos de aprendizado desde que desmaiei no banheiro. Ainda trabalho cerca de dez horas por dia, viajo de um a dois dias por semana e meu celular fica sempre ligado. Gosto do que faço. Mas gosto ainda mais da minha família e de mim mesmo."

4.11.7. Obesidade

Também na reportagem de 16.06.2004, Sidney Simonaggio, presidente da Rio Grande Energia (RGE), de 46 anos, faz o seguinte comentário sobre obesidade: “Cheguei a pesar 160 quilos”.

"Sempre trabalhei muito e tive pouco tempo para cuidar da saúde. Como toda a minha família, tenho tendência para engordar. Aos 42 anos, estava pesando 160 quilos e havia desenvolvido doenças da obesidade. Eu sofria de hipertensão arterial, tinha pré-diabetes e colesterol alto. Em 2000, fui convidado para presidir a RGE, uma distribuidora de energia do Rio Grande do Sul que havia sido privatizada. As pressões profissionais aumentaram. Para piorar, comecei a fazer um curso noturno de direito. No mesmo ano, resolvi me submeter a uma cirurgia de redução do estômago. Com isso, resolvi meus problemas. Hoje peso oitenta quilos e minha saúde está estabilizada. Meu ritmo de trabalho continua alucinante. E não pretendo mudá-lo. Trabalho cerca de doze horas por dia, vou à faculdade à noite e, antes de dormir, ainda respondo aos e-mails profissionais. Levo tarefas para casa e muitas vezes trabalho nos fins de semana. Minha família compreende minha rotina e não reclama. Isso reduz a tensão. É horrível ter que trabalhar sendo cobrado pela família. Não me considero estressado, não pretendo mudar minha vida e não há médico que vai me convencer de que estou fazendo tudo errado."

4.11.8. Custos com a Saúde nas Empresas e Setor Público Os custos com a saúde nas empresas estão se tornando insustentáveis. Esse foi o tema da

reportagem de EXAME em agosto de 2005, por Cynthia Rosenburg. Os gastos com a assistência médica dos funcionários não param de crescer e ameaçam comprometer o resultado das empresas. As constatações e números abaixo são realmente expressivos; não podem deixar de ser considerados.

Um dos itens mais corriqueiros dos pacotes de benefícios oferecidos pelas companhias, a

assistência médica subsidiada para funcionários e dependentes, está colocando o mundo empresarial numa encruzilhada. Garantir o plano de saúde é uma das práticas de recursos humanos mais difundidas e um item decisivo de atração e retenção de talentos. O benefício é valorizadíssimo pelos funcionários, o mínimo que eles esperam de uma empresa com uma política decente de recursos humanos. No Brasil, país onde a classe média gasta 10% do orçamento familiar com saúde e no qual o sistema de atendimento

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público é absolutamente precário, vincular-se a um plano empresarial sempre foi uma alternativa bem mais atraente do que pagar um plano privado do próprio bolso.

O problema que assombra as empresas aqui e lá fora é que a assistência médica está se tornando

um benefício financeiramente insustentável. Estima-se que os gastos anuais das companhias americanas com esse item alcancem 389 bilhões de dólares. Se a economia dos Estados Unidos mantiver o ritmo atual de crescimento, em 2008 uma grande corporação americana típica gastará com o plano de saúde o equivalente a todo o seu lucro, segundo estimativas da consultoria McKinsey. No Brasil, dos 40,7 milhões de beneficiários de planos de saúde, quase 30 milhões, mais de 70% do total, são vinculados a planos contratados por empresas.

O PESO DO PLANO DE SAÚDE

18 bilhões de reais por ano é o valor estimado dos gastos das empresas brasileiras com a assistência médica dos funcionários.

Esse valor corresponde a 25% da soma dos lucros das 500 maiores empresas do país em 2004.

E corresponde também a 45% do orçamento do Ministério da Saúde para 2005.

Fontes: Mercer, Melhores e Maiores, Ministério da Saúde

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o sistema privado de saúde

movimentou 31,4 bilhões de reais em 2004. A conta paga pelos planos coletivos atingiu 23 bilhões de reais. Considerando que as companhias subsidiam, em média, 80% desses custos, o valor que saiu do caixa das empresas para financiamento da assistência médica de seus funcionários no ano passado foi de cerca de 18 bilhões de reais. Isso equivale a 25% da soma dos lucros das 500 maiores empresas do país e a 45% do orçamento do Ministério da Saúde para 2005. A assistência médica é o segundo maior gasto do departamento de recursos humanos das companhias, depois dos salários. Num levantamento realizado no Brasil pela consultoria de recursos humanos Mercer no final de 2004, um terço das 324 empresas consultadas afirmaram que as despesas com o plano de saúde corresponderam a mais de 9% da folha de pagamento nos 12 meses anteriores. Houve casos em que o valor beirava os 20%.

Essa seria uma notícia ruim se não houvesse outra pior: esse custo só tende a aumentar, graças

principalmente à combinação explosiva de dois fatores, a evolução da medicina e o envelhecimento da população. As novas especialidades e tecnologias resultam em diagnósticos precoces, aumentam as possibilidades de tratamento e cura e contribuem para ampliar a expectativa de vida. Isso é maravilhoso. O lado perverso da história é que esses avanços se traduzem num aumento exponencial dos custos relacionados à saúde. As novas tecnologias, mais caras, exigem altos investimentos e não substituem as antigas. E a população, mais velha, demanda mais consultas, exames, medicamentos e internações.

O resultado é que a inflação médica tende a se manter acima da inflação média, o que torna o

financiamento da saúde um dos grandes desafios deste século. Segundo a ANS, a média de aumento nos preços dos planos coletivos atingiu 11,69% entre maio de 2004 e abril de 2005. Num universo de 234 empresas consultadas numa pesquisa da consultoria de recursos humanos Towers Perrin, o percentual médio de aumento do custo da assistência médica foi de 12,78% em 2004, para uma inflação correspondente de 7,6%, de acordo com o IPCA. Para as empresas que oferecem o benefício, isso significa que o valor desembolsado para pagamento do plano de saúde tende a crescer mais do que o preço dos produtos ou serviços vendidos por elas no mercado – e provavelmente mais do que muitas de suas despesas operacionais.

As companhias americanas hoje pagam 63% mais pela assistência médica do que há quatro anos e

87% mais do que há oito anos. Alguns economistas já apontam o custo proibitivo da saúde nas empresas como um fator inibidor de contratações e reajustes nos salários.

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A situação é ainda mais dramática do ponto de vista da assistência aos aposentados. A questão está no centro da grave crise enfrentada pela General Motors. No passado, o gordo pacote de benefícios oferecido aos trabalhadores sindicalizados rendeu à maior montadora do mundo o apelido de "Generous Motors".

Em abril deste ano, Richard Wagoner, o principal executivo da GM, anunciou um prejuízo

trimestral de 1,3 bilhão de dólares. “Os gastos com planos de saúde estão comprometendo a nossa competitividade”, afirmou Wagoner na ocasião. Segundo ele, 1 500 dólares de cada automóvel vendido pela empresa são usados para financiar a assistência médica dos trabalhadores.

A GM, que chegou a ter 600.000 funcionários nos Estados Unidos no final dos anos 70, passou

por décadas de enxugamento e hoje possui 2,5 aposentados para cada funcionário ativo. São 450.000 pessoas, entre aposentados e seus familiares, que permanecem vinculados ao plano de saúde graças ao acordo firmado entre a companhia e o sindicato United Auto Workers.

A GM calcula que precisará gastar 5,6 bilhões de dólares com o benefício-saúde só neste ano.

Recentemente, durante as negociações com o sindicato sobre mudanças no benefício, a empresa anunciou o fechamento de quatro fábricas nos Estados Unidos e a demissão de 25.000 empregados.

O número de empresas americanas que oferecem planos de saúde a aposentados caiu de 40% em

1993 para 21% em 2003. No Brasil, somente 19% das empresas consultadas pela Mercer afirmaram oferecer o benefício a esse público. A lei brasileira que regulamenta o setor de saúde suplementar determina que o funcionário que participou do custeio da assistência médica durante mais de dez anos tem direito a permanecer no plano da empresa com cobertura vitalícia. Nesse caso, ele assume integralmente o gasto -- mas sua permanência na mesma carteira dos empregados ativos joga para cima o custo médio do plano.

O ponto que mais preocupa os especialistas é a contabilização dos compromissos assumidos pelas companhias em relação a seus futuros aposentados. As normas de contabilização nacionais e internacionais determinam que as empresas devem reconhecer nos seus balanços o passivo atuarial referente aos benefícios pós-emprego, como aposentadoria e seguro-saúde. "Esse passivo é uma questão preocupante, especialmente para as companhias públicas", diz o consultor Francisco Bruno, da Mercer.

Depois de rever os cálculos da expectativa de vida de sua população, a Petrobrás divulgou em

fevereiro deste ano um rombo de 13,3 bilhões de reais em suas contas, 8,29 bilhões referentes ao fundo de pensão e 5,01 bilhões relativos ao plano de saúde. A companhia prevê que irá desembolsar 1,7 bilhões de reais em 2005 com a assistência médica dos empregados ativos, aposentados e familiares.

A EVOLUÇÃO DO CUSTO SAÚDE

O gasto das empresas com assistência médica cresce acima da inflação brasileira

Ano Média de reajuste dos planos empresariais(1) IPCA

2000 9,89% 5,97%

2001 12,42% 7,67%

2002 13,80% 12,53%

2003 11,79% 9,30%

2004 12,78% 7,60%

(1) Pesquisas de benefícios da Towers Perrin com mais de 200 empresas média anual de reajuste nos contratos, segundo as empresas

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Tudo isso significa que as empresas poderão deixar de subsidiar a assistência médica dos funcionários num futuro próximo? Os especialistas são unânimes na resposta: não. Mas tudo indica que a saúde vai se transformar num dos mais desafiadores itens de controle de custos para as empresas. "As companhias precisarão administrar os custos relacionados à saúde da mesma maneira que aprenderam a controlar seus custos operacionais: no detalhe", diz o médico Reynaldo Brant, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). "O complicado é que as competências aí são precárias. "Na tentativa de desacelerar o ritmo de aumento dos gastos, um número crescente de empresas está revendo o desenho de seus planos. O Itaú, por exemplo, decidiu em junho passado romper o contrato com a Sul América e implementar um sistema de autogestão para os cerca de 50 000 beneficiários do plano do banco na Grande São Paulo. Motivo: a conta da saúde de funcionários e familiares passou de 103 milhões de reais em 2002 para 189 milhões em 2004 -- e deve chegar aos 240 milhões em 2005.

“É um aumento que, no longo prazo, não temos como manter”, afirma Fernando Tadeu Perez,

diretor de recursos humanos do Itaú. A partir de agora, é o banco que vai distribuir carteirinhas, efetuar reembolsos e negociar os contratos diretamente com hospitais, laboratórios e médicos. Essa rotina ficará a cargo de uma equipe de cerca de 30 pessoas, responsáveis também por desenvolver programas de qualidade de vida. O Itaú reduziu o número de operadoras contratadas no mercado para cuidar da assistência médica dos funcionários do interior de São Paulo e de outros estados. “Dois anos atrás, o plano era uma colcha de retalhos e chegamos a ter 70 prestadores de serviços em todo o país”, diz Perez. “Agora são apenas cinco”.

UM RETRATO DO BENEFÍCIO

Uma pesquisa(1) da Mercer com 324 empresas um universo de 700 000 funcionários mostrou que:

Para um terço das empresas, o custo da assistência médica corresponde a mais de 9% da folha de pagamento

85 reais é o gasto médio mensal por funcionário

71% das empresas oferecem planos de assistência odontológica

58% estabelecem contribuição fixa mensal do empregado

48% mantêm algum modelo de co-participação dos funcionários nos custos

19% oferecem plano de saúde a aposentados

18% oferecem cobertura a agregados

(1) Pesquisa realizada entre agosto e setembro de 2004

Com o aumento dos gastos com saúde, a tendência é que uma parcela maior da conta vá parar no

contracheque dos funcionários. A co-participação, na qual o usuário paga um percentual das despesas com consultas e exames, é a alternativa número 1 das empresas na hora de rever seus planos. Na pesquisa da Mercer, 48% das companhias afirmaram adotar algum modelo de co-participação. Numa pesquisa da consultoria Watson Wyatt com 31 empresas dos setores de energia, telecomunicações e gás, o índice foi de 94%.

A subsidiária brasileira da PepsiCo optou pela co-participação depois de observar que a média de

consultas e exames feitas pelos funcionários era 50% superior à recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Agora seus executivos pagam 30% dos gastos sempre que procuram o médico ou o laboratório. “O sistema tem um caráter educativo importante”, diz Júlio Cesar Pegorini, gerente de recursos humanos da PepsiCo. “É também mais justo porque, no nosso caso, quem não usa não paga nada”. Funcionários e familiares receberam cartas e orientações sobre a mudança. No início deste ano, foi enviado um extrato que compara os gastos com o plano antes e depois da co-participação. “Como a assistência médica mexe com a saúde e com o bolso das pessoas, qualquer alteração precisa ser comunicada com transparência para não afetar a satisfação”, diz Laiz Perazo, consultora da Towers Perrin. Segundo Pegorini, a

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mudança na PepsiCo reduziu o índice de utilização do seguro-saúde, dado usado pelas seguradoras na hora de renegociar seus contratos, em cerca de 20%.

Implementar a co-participação pode ter impacto nos custos num primeiro momento, mas está

longe de resolver definitivamente o problema. “As medidas de efeito duradouro são muito mais complexas”, afirma Marcio Zanetti, consultor da Watson Wyatt. “Elas exigem que as empresas conheçam detalhes da utilização dos serviços e acompanhem mais de perto a saúde dos funcionários”. Na operadora de celular Vivo, a área responsável por essas questões tem status de diretoria. O departamento analisa diariamente relatórios sobre o número de exames e consultas feitos pelos funcionários, as especialidades médicas mais procuradas e os gastos com laboratórios e hospitais. A empresa possui dez ambulatórios espalhados pelo país e uma equipe de 14 médicos. “Acompanhamos cada detalhe na ponta do lápis”, diz o médico Michel Daud, diretor de qualidade de vida da Vivo. “"Na minha opinião, a medicina não é cara, é mal gerida”.

A Vivo sabe, por exemplo, que o principal item de custos no seu plano de saúde são as

internações, responsáveis por 80% dos gastos. Por isso, seus médicos acompanham pessoalmente os pacientes de maior risco e os casos especiais. Alguém precisou ser internado? Um médico da Vivo vai para o hospital. Lá ele confere não apenas se o tratamento está adequado. Pode checar também, por exemplo, se a lista de materiais solicitada para uma cirurgia não possui itens desnecessários. “Assim, garantimos um atendimento de qualidade ao paciente e administramos também os custos”, diz Daud. Segundo ele, o programa de gestão de saúde da Vivo fez com que o gasto de assistência médica por funcionário caísse, em média, de 89 reais em 2003 para 69 reais no ano passado.

O QUE FAZER PARA ECONOMIZAR

As medidas que as empresas estão tomando para tentar controlar os gastos com plano de saúde.

Co-participação. Na maioria dos casos, o funcionário paga um percentual dos custos de consultas e exames.

Segmentação do risco. As empresas identificam o perfil de saúde dos funcionários e criam ações para contornar os maiores problemas e riscos.

Acompanhamento de pacientes crônicos. Pacientes que sofrem de doenças crônicas como problemas cardíacos e câncer recebem tratamento especial.

Programas de prevenção e educação. Incluem campanhas contra tabagismo, programas de condicionamento físico, controle da pressão arterial etc.

Na subsidiária brasileira da Convergys, multinacional da área de tecnologia, o que mais pesa na

conta do plano de saúde não são as internações, mas as consultas e os exames. Recentemente, a empresa fez um levantamento sobre a utilização do plano de saúde. Descobriu que, em um ano, foram feitos mais de 200 atendimentos em prontos-socorros. Houve casos em que o funcionário fez mais de 20 visitas ao PS. “É um atendimento que chega a ser 60% mais caro do que uma consulta ambulatorial”, diz José Carlos Nascimento, gerente de recursos humanos na Convergys.

Administrar a utilização é uma das questões mais complicadas para as empresas. O funcionário

mal orientado pode achar que a carteirinha do convênio é como um cartão de crédito sem limites. “Como o funcionário paga e tem direito ao serviço, ele usa, mesmo que esteja sadio”, diz o médico Marcos Bosi Ferraz, vice-presidente do conselho de administração do laboratório Fleury e professor da Universidade Federal de São Paulo. “O limite entre o uso racional e o absurdo nem sempre é claro”. No ano passado, três funcionários da Convergys decidiram fazer cirurgias de redução do estômago. Detalhe: o procedimento chega a custar 60.000 reais. “Tivemos de programar as cirurgias de forma que elas não interferissem demais na média dos gastos”, diz Nascimento. “E já convencemos uma pessoa de que a cirurgia não era o mais adequado para ela”.

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Para conseguir administrar melhor as despesas com assistência médica, as empresas vão precisar de funcionários cada vez mais conscientes da importância dos cuidados com a saúde. “Não há outro jeito: além de uma parte dos custos, as companhias vão transferir também a responsabilidade para as pessoas”, diz Laiz, da Towers Perrin. Na Convergys, os funcionários são informados sobre os gastos da empresa com o plano e recebem orientação sobre nutrição e atividades físicas. No Itaú, há uma programação trimestral de palestras sobre cuidados com a saúde. No início de junho, o médico Dráuzio Varella falou para centenas de funcionários do banco. “Sem cuidados adequados, um terço dessa platéia vai morrer do coração ou de doenças cerebrais”, afirmou o doutor Dráuzio. “Não é praga, é estatística. A saída? Adotar um estilo de vida saudável”.

Nos Estados Unidos, há empresas que pagam bônus para funcionários que se mantêm saudáveis e

gastam menos com assistência médica. “A prevenção é importante, mas seu retorno é difícil de medir e não acontece no curto prazo”, diz o consultor Bruno, da Mercer. “As empresas deveriam investir primeiro em gerenciamento da saúde e usar as economias para investir em prevenção”.

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5. METODOLOGIA

O programa poderá ser desenvolvido ao longo de cinco (05) meses, começando a partir do momento que a Empresa julgar mais apropriado. A quantidade de terapeutas dependerá da disponibilidade de ambientes individuais de que a Empresa puder dispor. Caso a Empresa tenha interesse em inserir o presente projeto numa unidade que trabalhe em três turnos, terapeutas serão providenciados para atender essa necessidade.

A aplicação da terapêutica poderá acontecer num dia inteiro específico ou em períodos durante a

semana conforme a disponibilidade dos ambientes individuais. Cada profissional beneficiário do projeto receberá uma sessão de REFLEXOTERAPIA uma vez por semana até perfazerem o total de vinte (20) ou menos, caso os resultados desejados já tiverem sido alcançados. 5.1. Perguntas de Estudo

É possível que uma empresa consiga diminuir a rotatividade da empresa por problemas de saúde em até vinte por cento (20%) pela técnica da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa consiga diminuir o absenteísmo da empresa por problemas de saúde em até dez por cento (10%) pela aplicação da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa consiga aumentar a produtividade dos seus profissionais em até dez por cento (10%) pela aplicação da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa venha a diminuir os gastos com medicamentos com seus profissionais em até trinta por cento (30%) pela aplicação da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa consiga diminuir os problemas de saúde existentes entre seus profissionais em até quinze por cento (15%) pela aplicação da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa consiga evitar que novos problemas de saúde se instalem entre seus profissionais pela aplicação da Reflexoterapia?

É possível que uma empresa seja auxiliada quanto ao aumento da qualidade dos relacionamentos entre seus profissionais e também entre os familiares destes pela aplicação da Reflexoterapia?

5.2. Delimitação do Tema

Profissionais reflexoterapeutas aplicarão a técnica terapêutica denominada REFLEXOTERAPIA nos colaboradores de uma empresa em salas individuais, uma vez por semana para cada beneficiário. 5.3. Delimitação do Estudo

O projeto que ora propomos também tem como objetivo criar parâmetros confiáveis e mensuráveis no que tange à implantação sistemática de um programa envolvendo a Reflexoterapia numa empresa para que possa se tornar base para novos projetos em outras instituições, bem como para futuros trabalhos científicos.

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5.4. Técnica de Coleta de Dados

Os dados serão coletados a partir das informações que a empresa já possui sobre os atuais problemas com saúde entre os seus profissionais para que possa fazer um comparativo fidedigno ao término da aplicação do projeto piloto que ora propomos. 5.5. Caracterização do Estudo

A caracterização do estudo será feita por método comparativo entre o pré e a pós- introdução desse projeto piloto.

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6. CRONOGRAMA/ORÇAMENTO 6.1. Cronograma

Profissionais reflexoterapeutas aplicando a técnica da REFLEXOTERAPIA em colaboradores de empresas, uma vez por semana, em torno de quarenta e cinco minutos cada sessão, durante cinco meses a partir do momento que a data for definida pelos gestores do presente projeto. 6.2. Orçamento

Para o projeto piloto, os itens necessários para a aplicação da técnica são:

Uma sala para os terapeutas próxima a toaletes;

Uma cadeira para cada paciente e outra para o cada terapeuta Julgamos não haver custos neste caso por pressupormos que tais itens já existam na empresa. O valor de R$ 100,00 (cem reais) para cada terapeuta para que este se desloque até a empresa uma

vez por semana. Depois que o programa for estendido aos demais profissionais, será necessário uma cadeira

projetada para a atividade da Reflexoterapia (em torno de R$ 1.000,00 cada) para o paciente e uma cadeira giratória (em torno de R$ 80,00) para o terapeuta.

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7. CONCLUSÃO

Poderíamos acrescentar dezenas de outros dados científicos para embasar o presente projeto, mas julgamos já serem suficientes os que aqui estão. O mais importante e o que queremos dizer com tudo isso é que a saúde dos profissionais nas empresas está em risco e somente esforços conscientes e práticos poderão reverter uma situação dessa envergadura ou abrandá-la a níveis toleráveis ou mínimos possíveis.

Julgamos que tudo o que foi exposto seja suficiente para sensibilizar os gestores da empresa alvo

do presente projeto a considerá-lo viável. Com certeza os dividendos a colher serão grandes para todos os envolvidos.

Existem milhares de maneiras inteligentes de gerar recursos para melhorar o nosso mundo e

aliviar a dor do ser humano e a REFLEXOTERAPIA é uma delas. É uma poderosa técnica a disposição de todos se usada com racionalidade, sabedoria e sentimento. Canalizando nossos esforços para um mesmo objetivo, poderemos fazer muito por tantas pessoas necessitadas. Tantos outros conseguem; porque não haveríamos de conseguir também? Se os EUA foram capazes de gastar mais de 80 bilhões de dólares nas décadas de 50 e 60 e mais de 10 anos no projeto de mandar o homem à Lua por pura vaidade, será que não conseguiríamos fazer da REFLEXOTERAPIA uma sólida profissão no Brasil? Parece muito mais fácil, barato e altruísta. Mas para que isto aconteça é necessário passar por cima de vaidades e estrelismos. “Afundar a cara” nos livros e nas pesquisas. Estar atento para perceber os padrões que existem em todo campo do saber. Juntar forças com o saber de outras áreas e lançar mão daquelas descobertas para alavancar estas pesquisas. “Mas, isto vai levar muito tempo”, diriam alguns. E daí? O mundo não vai acabar amanhã e nem nunca... estão com pressa do quê? 2080 chegará com ou sem pesquisa na área; com ou sem projeto também. Então, porque não começar ontem?

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