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Comuni • 5 • 2012 20 PRÁTICAS EXTENSIONISTAS: O TRATAMENTO MUSEAL DE UM ACERVO MILITAR (BRIGADA MILITAR/SM) 1 Franciele Roveda Maffi e Tamiris Carvalho Roselâine Casanova Corrêa RESUMO O processo de documentação museológica consistiu em várias tarefas ao longo do seu desenvolvimento, dentre elas a marcação, a higienização e o acondicionamento dos objetos no Livro Tombo do Centro Histórico Coronel Pillar (CHCP). Assim, foram tratados 666 objetos, descritos na sua Ficha de Identificação, sendo desses, 560 higienizados, marcados e acondicionados segundo a metodologia adequada, servindo como subsídio tanto para a pesquisa quanto para a visitação de variado público. PALAVRAS CHAVE Acervo; Higienização; Acondicionamento. ABSTRACT The process of museological documentation consisted in many tasks along of its development, among them the act of marking, making hygienic and packing of the objects at the Tombo Book from the Historical Center Coronel Pillar (CHCP). This way, 666 objects were treated, described in its Identification Tag, being of them, 560 made hygienic, marked and packed according to the appropriated methodology, serving as subsidy as to the research as to the visiting of varied public. KEY WORDS Heap; Making hygienic; Packing. 1 INTRODUÇÃO O Projeto de Extensão, intitulado Sistematização e Organização do Acervo Museológico do Centro Histórico Coronel Pillar da Brigada Militar de Santa Maria (RS), tem por objetivo preservar e difundir a trajetória dessa 1 Resultado parcial do Projeto de Extensão intitulado Sistematização e Organização do Acervo Museológico do Centro Histórico Coronel Pillar da Brigada Militar de Santa Maria (RS) , com os resultados dos trabalhos desenvolvidos no ano de 2007, no Centro Histórico Coronel Pillar (CHCP).

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    PRTICAS EXTENSIONISTAS: O TRATAMENTO MUSEAL DE UM

    ACERVO MILITAR (BRIGADA MILITAR/SM) 1

    Franciele Roveda Maffi e Tamiris Carvalho

    Roseline Casanova Corra

    RESUMO

    O processo de documentao museolgica consistiu em vrias tarefas ao longo do seu desenvolvimento, dentre elas a marcao, a higienizao e o acondicionamento dos objetos no Livro Tombo do Centro Histrico Coronel Pillar (CHCP). Assim, foram tratados 666 objetos, descritos na sua Ficha de Identificao, sendo desses, 560 higienizados, marcados e acondicionados segundo a metodologia adequada, servindo como subsdio tanto para a pesquisa quanto para a visitao de variado pblico.

    PALAVRAS CHAVE

    Acervo; Higienizao; Acondicionamento.

    ABSTRACT

    The process of museological documentation consisted in many tasks along of its development, among them the act of marking, making hygienic and packing of the objects at the Tombo Book from the Historical Center Coronel Pillar (CHCP). This way, 666 objects were treated, described in its Identification Tag, being of them, 560 made hygienic, marked and packed according to the appropriated methodology, serving as subsidy as to the research as to the visiting of varied public.

    KEY WORDS

    Heap; Making hygienic; Packing.

    1 INTRODUO

    O Projeto de Extenso, intitulado Sistematizao e Organizao do

    Acervo Museolgico do Centro Histrico Coronel Pillar da Brigada Militar de

    Santa Maria (RS), tem por objetivo preservar e difundir a trajetria dessa

    1 Resultado parcial do Projeto de Extenso intitulado Sistematizao e Organizao do Acervo

    Museolgico do Centro Histrico Coronel Pillar da Brigada Militar de Santa Maria (RS), com os

    resultados dos trabalhos desenvolvidos no ano de 2007, no Centro Histrico Coronel Pillar (CHCP).

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    instituio, atravs de uma exposio mais atrativa e acolhedora, na qual o

    pblico visitante - em especial os militares sinta-se parte integrante desta

    histria, representada por meio de seu acervo. Contudo, para que uma

    exposio se torne atrativa dentro de um museu, faz-se necessria

    organizao de seus bastidores. No caso do CHCP, essa organizao consistiu

    na aplicao de uma metodologia, com os procedimentos tcnicos

    contemporneos museolgicos, que visam catalogao e ao registro do

    acervo tridimensional; descrio do objeto em uma ficha de identificao;

    higienizao; marcao e ao acondicionamento dos objetos. Este Projeto de

    Extenso segue um cronograma de aes mensais, previstas desde o ano de

    2006. No ano de 2007, obtiveram-se resultados como a catalogao deste

    acervo, a descrio dos objetos na ficha de identificao e no Livro de Registro,

    bem como a higienizao de algumas peas que compem o acervo.

    Primeiramente, objetivou-se conceituar a palavra museu, segundo a obra

    Os Museus do Mundo (1979). Esta palavra j era utilizada na Antiguidade

    Clssica, originada da palavra grega museion, que servia para designar um

    templo de Atenas dedicado s musas. No sculo III a.C., a mesma palavra foi

    utilizada para designar um conjunto de edifcios construdos por Ptolomeu

    Filadelfo, em seu palcio de Alexandria. (1979, p. 24). Assim, o costume de

    colecionar teve seu incio na Antiguidade Clssica, passando pela Idade Mdia,

    obtendo, no entanto, seu apogeu no Renascimento, quando a paixo pela

    coleo de obras de arte aumentou. (1979, p. 26).

    Os primeiros museus que surgiram nem sempre foram instalados em

    edifcios adequados para esse fim. Somente no sculo XVI, planejou-se um local

    adequado para a instalao de museus. Os arquitetos do sculo XX, porm,

    que romperam com a forma arquitetnica tradicional dos museus,

    transformando-os em edificaes especficas para esse fim. Essas consideraes

    esto presentes no subttulo deste artigo, Museus: concepes e uso ao longo

    dos tempos.

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    Na sequncia, o subttulo, O museu como edificao construda, aponta

    para a necessidade de o museu estar localizado em ambiente calmo, tranquilo e

    acolhedor, que permita ao visitante guardar, em sua memria, algo que

    realmente o surpreenda, pois muitas vezes, as pessoas entram no museu

    apenas para fugir da chuva ou por falta de algo mais empolgante para fazer. A

    seguir, a unidade Exposio dos objetos: a difcil arte de combinar esttica e

    visitao produtiva, indicam que os responsveis pela museologia e

    museografia das instituies museolgicas devem organizar exposies

    atrativas, que envolvam e faam com que as pessoas valorizem o local, o qual,

    de uma maneira ou de outra, est difundindo a histria da humanidade, a

    histria de uma etnia, as diversas formas de cultura ou at mesmo a histria do

    prprio visitante. Quando falamos em exposio, precisamos ter um cuidado

    especial com os objetos que sero expostos. A maneira mais adequada seria o

    objeto na sua forma original, mas nem sempre isso possvel. Cada objeto,

    dentro de um museu, exige um tipo de restaurao e conservao especficas,

    pois cada um nico.

    A parte prtica executada neste Projeto de Extenso, intitulada

    Higienizao, conservao e acondicionamento: um exerccio necessrio, refere-

    se aos resultados efetivos alcanados. Assim, a meta estabelecida no

    cronograma de aes deteve-se na organizao e sistematizao de parte do

    acervo existente, que contou com o trabalho de duas bolsistas do Curso de

    Histria do Centro Universitrio Franciscano (UNIFRA), no ano de 2007.

    2 MUSEUS: CONCEPES E USO AO LONGO DOS TEMPOS

    Os museus, os arquivos e as bibliotecas preservam objetos que so

    testemunhos da histria da humanidade. Alm disso, os museus desempenham

    um papel mais amplo que as bibliotecas e arquivos para o conhecimento das

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    atividades humanas. Sabemos que a civilizao de objetos e sinais mais antiga

    que a palavra escrita.

    Hoje se sabe que a cultura humana no comeou com a escrita e nem se

    reduz a ela, esse um dos motivos pelo qual devemos valorizar os museus, pois

    seus objetos revelam histrias de suma importncia para os pesquisadores.

    Portanto, quando usamos a palavra museu, ela nos parece moderna, mas

    segundo Varine-Bohan, na obra Os museus no mundo (1979), podemos

    perceber que essa uma palavra j utilizada desde a Antiguidade pelos gregos:

    Museu uma derivao do grego MUSEION, nome dum

    templo de Atenas dedicado s musas. No sculo III a.C. a

    mesma palavra foi utilizada para designar um conjunto de

    edifcios construdos por Ptolomeu Filadelfo em seu

    palcio de Alexandria. Tratava-se dum complexo que

    compreendia a famosa biblioteca, um anfiteatro, um

    observatrio, salas de trabalho e de estudo, um jardim

    botnico e uma coleo zoolgica. (MUSEUS, 1979, p. 24).

    Como podemos perceber, o costume de colecionar surgiu na

    Antiguidade Clssica, ainda que os egpcios tambm tenham contribudo para a

    construo de complexos que abrangiam diversos espaos para suas colees e

    estudos. Segundo Varine-Bohan, os romanos, desenvolveram o costume de

    colecionar obras de arte, especialmente a partir dos saques de Siracusa (212

    a.C.) e Corinto (146 a.C.) e com o produto desses, encheram os templos de

    Roma de objetos de arte gregos. (apud MUSEUS, 1979 p. 24). Assim, o costume

    de colecionar se estendeu ao longo da Idade Mdia, onde alguns templos

    acumularam objetos valiosos como o templo de So Marcos, em Veneza.

    Conforme Varine-Bohan, a paixo pela coleo de obras de arte

    aumentou com o Renascimento (apud MUSEUS, 1979, p. 26), que trouxe

    consigo o aumento e diversidade dessas colees. A mais famosa coleo em

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    Florena foi realizada pela famlia Mdici, bem como pelas famlias Strozzi,

    Quaratesi e Rucellai, que tambm tinham verdadeiros museus particulares.

    possvel perceber que o costume de colecionar se estendeu desde a

    Antiguidade at os dias atuais. Entretanto, fora da Europa, e, sobretudo nos

    Estados Unidos da Amrica, os primeiros museus foram construdos na segunda

    metade do sculo XIX, como o Museu da Universidade de Yale. Contudo, os

    museus norte-americanos se destacam pelas doaes efetuadas pelos

    magnatas da indstria. (MUSEUS, 1979).

    Como podemos constatar, o ato de colecionar vem desde a Antiguidade

    Clssica, passando pelo Renascimento. Com isso, ao longo dos anos, os museus

    foram ganhando seu devido respeito e valorizao. Na atualidade, os museus

    tm desenvolvido aes e apresentado exposies que chamam a ateno do

    pblico para a visitao, fazendo com que os objetos em seu interior revelem

    histrias que, muitas vezes, tomamos conhecimento somente nos livros ou por

    meio da mdia. Assim, o museu passa a cumprir funes didticas e de insero

    do indivduo na apreciao de suas colees.

    3 O MUSEU COMO EDIFICAO CONSTRUDA

    Muitas vezes os museus foram instalados em edifcios que no eram

    prprios para esse fim e no raro, esses locais haviam servido de residncia

    particular e acabaram adaptandose a sua nova funo de museu. Segundo

    Varine-Bohan, um exemplo o Museu do Louvre, em Paris, antigo palcio dos

    reis da Frana. (apud MUSEUS, 1979, p.31). Esse local foi aberto como museu

    em 1793, pelos revolucionrios da Revoluo Francesa e tinha um carter

    ideolgico de mostrar ao povo o luxo do absolutismo francs. Foi adaptado

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    para acolher uma instalao moderna na dcada de 1980, durante o governo

    presidencial de Franois Mitterrand (1981-1996) 2.

    A construo de edifcios com as especificidades de museu inicia-se no

    sculo XVI, com a construo do Museu Uffizi, em Florena, por Vasari.

    Conforme a obra os Museus do Mundo (1979, p. 33), o projeto consistia numa

    ampla instalao: no trreo os gabinetes da administrao da cidade e no

    primeiro andar as colees de arte dos Mdici3.

    No sculo XX, os arquitetos romperam com a concepo tradicional de

    Museu, com as plantas retangulares e as janelas de ambos os lados e passaram

    a mudar seu conceito e a se preocuparem com um novo problema que surgia: a

    localizao do museu. Segundo Varrine-Bohan, nos dias atuais, procurase um

    local na periferia da cidade, longe da contaminao atmosfrica e dos rudos

    sonoros para se estabelecer um museu. (apud MUSEUS, 1979 p.33). Com

    jardins e esttuas, os arquitetos ento transformaram estes locais em centros

    culturais para atender tanto ao pblico de instruo pedaggica, como tambm

    seus visitantes.

    Para Varrine-Bohan, a planta dos museus de suma importncia, pois

    esta define a movimentao em seu interior. (apud MUSEUS, 1979 p.38). O

    modelo mais antigo o de circulao linear, derivado da galeria concebida

    como edifcio retangular alongado. Esse modelo de planta perdurou por todo o

    sculo XIX e foi seguido por muitos museus alemes.

    Outra planta tpica dos museus a que deriva do trio antigo, em que

    quatro galerias rodeiam um quadriltero central, que pode ser coberto. Esse

    2 Mitterrand detm o rcorde de longevidade (14 anos) na presidncia da Repblica Francesa. Foi

    precedido no cargo por Valry Giscard dEstaing e sucedido por Jacques Chirac. (www.wikipdia.org).

    3 Os Mdicis formaram uma poderosa famlia de Florena durante a Renascena, com riqueza oriunda do

    comrcio txtil e da propriedade de bancos. Foram polticos, clrigos, mas, sobretudo, mecenas da

    Renascena. (www.wikipdia.org).

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    tipo de planta permite um percurso e uma ordem ao visitante. Dessa maneira,

    os objetos podem ser expostos de acordo com uma sequncia histrica.

    Segundo a obra Os Museus do Mundo,

    [...] existem estudos realizados, os quais revelam que os visitantes

    seguem tendncias intuitivas na hora de circular por um museu. As

    experincias revelam trs tendncias diferentes: os ocidentais tendem

    a seguir pela direita, volta de uma sala; os britnicos, para a

    esquerda e os orientais para o centro, esquecendo as paredes (1979,

    p. 38-39).

    Podemos perceber que, com o rompimento desse modelo tradicional de

    museu, surgem alguns problemas que estavam mascarados atrs das grandes

    edificaes, pois hoje sabemos que existem locais imprprios para a construo

    de museus. Esse novo conceito trouxe modificaes at mesmo para a forma de

    expor os objetos, transformando esses locais em centros de cultura.

    4 EXPOSIO DOS OBJETOS: A DIFCIL ARTE DE COMBINAR ESTTICA E

    VISITAO PRODUTIVA

    Embora paream de conceituao semelhante, museologia e

    museografia possuem concepes diversas, contudo complementares:

    Chama-se museografia teoria e prtica da construo de

    museus, incluindo os aspectos arquitetnicos, de

    circulao e as instalaes tcnicas. Mas tudo isso, e ainda

    os problemas das aquisies, mtodos de apresentao,

    armazenamento do acervo, medidas de segurana e de

    conservao, restaurao e atividades culturais projetadas

    a partir dos museus, constitui uma nova disciplina, mais

    ampla, chamada museologia. (Os museus no mundo, 1979,

    p. 41-42).

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    Para Varrine-Bohan, o primeiro problema apresentado pela museologia

    com relao instalao dos objetos (apud MUSEUS, 1979 p.42). Os museus

    no se preocupavam em organizar as peas de maneira adequada, no havia

    uma coerncia nos objetos e, muitas vezes, os quadros cobriam totalmente as

    paredes, misturados com outros objetos. Isso o que Suano chama de

    compilao exaustiva de objetos. (1986, p. 85).

    Em 1902, os museus europeus comearam a criar salas com subdivises,

    para respeitar a ordem cronolgica ou at mesmo para expor apenas as obras

    de um nico artista. Alguns museus se especializaram, dedicando sua ateno

    para determinadas tcnicas ou perodos, ou at mesmo para um nico artista

    ou personagem histrico.

    A apresentao dos objetos pode revelar vrios problemas, como a altura

    dos quadros expostos. Conforme a obra Os Museus do Mundo (1979 p.44),

    esses devem ser dispostos em locais bastante baixos, pois normalmente so

    colocados muito ao alto, ocasionando o que chamamos de enxaqueca dos

    museus. A distncia entre as obras no deve ter um percurso muito longo, para

    que permita ao visitante fazer comparaes durante a exposio. O centro deve

    ser reservado para a obra mais importante, que dever ser posta sobre painel

    ou iluminao especial para realar sua importncia.

    possvel perceber que a organizao de um museu e, mais

    especificamente de uma exposio, envolve um conjunto de fatores para que

    todos os objetos expostos estejam em harmonia. Essa uma preocupao

    permanente aos profissionais desta rea. Muitas vezes percebemos, em algumas

    exposies, um aglomerado de objetos que no possuem nenhuma relao

    entre si, tornando o local poludo (poluio visual).

    Para Varrine-Bohan, a iluminao um ponto de maior discusso, pois a

    maioria dos museus utiliza a iluminao natural em combinao com energia

    eltrica (menor tempo possvel), sendo que a iluminao lateral a mais

    antiga. (apud MUSEUS, 1979 p.45). Mais tarde, surgiu a iluminao zenital, em

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    que a luz projetada para o solo e no para as paredes aumentando assim o

    reflexo das vitrinas.

    A proteo e segurana dos museus contra roubo um problema no

    resolvido completamente at a atualidade4, pois os museus dificilmente

    possuem pessoal de segurana qualificado e disposio. Para suprir essa falha,

    utiliza-se o sistema de alarmes com circuitos de televiso, pelo qual possvel

    observar o que ocorre nas salas, a partir de um posto central de controle.

    Quanto necessidade de laboratrios em museus, Varrine-Bohan afirma

    que a primeira finalidade do laboratrio em um museu a datao e

    identificao das obras nele conservadas (apud MUSEUS, 1979 p.50). Esse

    trabalho minucioso possui fragilidades, no entanto, relacionadas identificao

    dos objetos expostos. Muitas vezes os objetos so muito antigos e fica difcil

    conceitu-los ou histori-los, uma vez que sua identificao pode ser muito

    extensa ou sucinta demais.

    Para Varrine-Bohan, o ideal seria que os objetos fossem dispostos na

    sua forma original. Contudo, nem sempre isso possvel, pois com o passar do

    tempo o objeto se degrada. Cada objeto nico e exige um tipo de restaurao

    especfica, assim como para sua proteo contra agentes atmosfricos. (apud

    MUSEUS, 1979 p.58-59). Sabemos que cada objeto apresenta sua especificidade

    e exige o uso de materiais adequados para sua higienizao e conservao. No

    caso da madeira, necessrio o uso de fungicidas para evitar o aparecimento

    de carunchos, que acabariam destruindo o objeto. Em objetos em que faltam

    peas, o conveniente tratar as peas existentes, para evitar a degradao e

    deixar vazio o espao.

    5 HIGIENIZAO, CONSERVAO E ACONDICIONAMENTO: UM EXERCCIO

    NECESSRIO

    4 Esse problema perdura at a atualidade, sobretudo no Brasil, visto que, em 2007, houve o roubo de

    obras valiosas dos artistas Cndido Portinari e Pablo Picasso, no Museu de Arte de So Paulo (MASP).

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    Ao reiniciar o Projeto de Extenso supracitado e retomar as atividades,

    no ano de 2007, a primeira ao realizada foi passar a limpo definitivamente o

    Livro de Registro, com o devido cuidado, evitando rasuras e com caneta de cor

    preta de ponta grossa. O Livro de Registro um documento para o museu,

    pois serve para informar quantas peas fazem parte do acervo, bem como

    uma forma de manter a segurana e o controle administrativo do museu. Ao

    encerrar as atividades do ano de 2007, haviam sido registradas 666 peas.

    Dentre as muitas tipologias que compem o acervo do CHCP, os

    uniformes receberam um tratamento especial, pois segundo Crespo, os tecidos

    nos museus podem ficar sujos, empoeirados e amarelados devido idade, ao

    cuidado imprprio ou s condies de guarda. (2005, p.55).

    Ento, partimos para a parte prtica e iniciamos a higienizao,

    marcao e acondicionamento dos uniformes. Primeiramente, confeccionamos

    etiquetas de algodo cru, compondo a seguinte tcnica: cortar delicadamente o

    algodo, medindo cinco centmetros de largura, e essas partes eram recortadas

    e passadas a ferro delicadamente, possibilitando um formato pequeno e

    adequado, para posteriormente, serem costuradas aos objetos de tecidos.

    As etiquetas foram costuradas aos colarinhos das tnicas, casacos e

    jaquetas dos uniformes, e o nmero de registro foi escrito nessa etiqueta, com

    caneta para marcao em tecidos. Com a preocupao de priorizar os mnimos

    detalhes, conforme a marcao e o acondicionamento dessa tipologia de

    acervo militar, seguiu-se uma metodologia assim executada: a) na pea,

    utilizou-se etiqueta em tecido costurada, escrito com caneta para tecido ou

    retro projetor seu respectivo nmero de registro da pea (para identificao no

    Livro de Registro); b) na embalagem, utilizou-se caneta para tecido ou retro

    projetor com nmero de registro, nome da pea, coleo e localizao.

    (MANUAL, 2006, p. 79). O procedimento mencionado anteriormente serviu

    como um instrumento de apoio terico e prtico na execuo da tcnica de

    conservao no que tange tipologia do acervo: uniformes e indumentrias

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    militares. Cabe destacar que o manual citado serviu como um suporte para as

    aes que esto sendo realizadas, tendo sempre cautela, acerca desse acervo,

    por tratar-se de um museu militar, com suas especificidades, adequando os

    procedimentos conforme sua realidade e condies financeiras.

    Depois de costuradas as etiquetas com linha de seda, o prximo passo

    foi a escovao dos uniformes, com uma escova macia para tecido e realizado

    seu acondicionamento. Confeccionaram-se capas de tnt brancas, sob medida

    para cada uniforme. Esse era posto dentro dessas capas com o auxlio de uma

    chapa de polionda5, e costurava-se uma etiqueta de papel no lado de fora da

    capa, com o nmero de registro da pea e a descrio desse acervo. Finalizando

    o processo, os uniformes foram acondicionados em uma prateleira de ao,

    tendo em vista que o local ainda no dispe de uma reserva tcnica apropriada

    e de uma infra-estrutura que possibilite colocar esses uniformes em cabides ou

    dependurados em araras de ferros.

    As calas, que compem os uniformes, foram escovadas, dobrando-as ao

    meio e colocando um canudo de papel de pH neutro6, para evitar marcas de

    dobras. Em seguida, construiu-se um envelope de tnt branco, em que as calas

    foram colocadas como as tnicas, costuradas em etiqueta de papel com o

    nmero de registro e a descrio do objeto.

    Outra tipologia do acervo que passou pelo processo de higienizao,

    marcao e acondicionamento, foram os quepes, as boinas e os bons. A

    marcao no objeto feita com etiqueta em tecido, costurada pea,

    contendo o nmero de registro, escrito com caneta para retro projetor ou

    5 Chapa de Polionda: Tem como nome cientfico: copolmero de polipropileno, tambm conhecida por

    ser um plstico corrugado, possui densidades variadas e cores diversas; resiste ao frio, calor, graxas,

    leos, produtos qumicos e solventes. esterilizvel, impermevel, anti-raios ultravioleta, anti-chama e

    anti-esttico. (Manual de Higienizao e Acondicionamento do Acervo Museolgico do SDM, 2006, p. 34).

    6 Papel de pH Neutro: No tem resduo cido, resistente ao ataque de fungos e proliferao de

    bactrias, alm de possuir alta durabilidade. (Manual de Higienizao e Acondicionamento do Acervo Museolgico do SDM, 2006, p. 34).

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    caneta para tecido. (2006, p. 47). J em relao ao acondicionamento, colocar

    na parte interna uma estrutura circular, em etaphoam e acrilon, recoberta por

    malha cirrgica, acondicionada em caixa plstica circular. (2006, p. 47).

    Realizou-se a higienizao dos bons, das boinas e dos gorros,

    escovando-os com trincha para tirar toda a sujidade. Aps, costuraram-se as

    etiquetas de tecidos em alguns quepes. Quando se fazia necessrio este tipo de

    material, a marcao do nmero era realizada com caneta de tecido ou retro

    projetor. Posteriormente, cortaram-se as chapas de polionda em estruturas

    retangulares; elas foram forradas com acrilon7 e foram realizados dois

    pequenos furos para emendar esta estrutura, possibilitando um crculo que,

    colocado junto ao quepe, mantm a estrutura original do objeto, inserindo-o

    em uma caixa plstica circular, sobre uma estrutura de tnt e manta acrlica, que

    no possibilita o atrito do objeto embalagem. Destaca-se que esse tipo de

    material utilizado foi adaptado ao museu, porm nada impede o uso descrito

    anteriormente.

    Os capacetes passaram pelo processo inicial de higienizao, que

    consistiu em lav-los em gua corrente e aplicar detergente neutro. Em seguida,

    foram secos com uma flanela macia e, posteriormente, foram feitos os registros

    com caneta de retro projetor na parte interna, prxima sua base, finalizando

    com o acondicionamento. Para o acondicionamento, foram construdas capas

    de tnt brancas em forma de sacos e armazenados em prateleiras de ao,

    prximo s demais coberturas8. Outra tipologia de acervo que recebeu o

    tratamento museolgico adequado foram os objetos em material de papel,

    destacando-se os contracheques e os guardanapos alusivos comemorao

    dos 100 anos de 1. RPMon, bem como algumas carteiras de identidade que

    7 Acrilon: Tambm conhecida por manta acrlica, estvel, no amarela e seus componentes tm base

    em gua. A manta forma uma proteo respirvel, podendo ser utilizada por cima de outras coberturas.

    excelente para amortecimento de caixas e outros suportes. (Manual de Higienizao e Acondicionamento do Acervo Museolgico do SDM, 2006, p. 34).

    8 Coberturas so compostas por um tpico especfico de acervo, que engloba bons, boinas, gorros e

    quepes. (Manual de Higienizao e Acondicionamento do Acervo Museolgico do SDM, 2006, p. 47).

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    pertenceram a pessoas que fizeram parte da histria da Brigada de Santa Maria.

    Para este tipo de acervo, a higienizao constituiu em passar a trincha para

    retirar o excesso de poeira, depois se escreveu o nmero de registro com lpis

    6B9, e o acondicionamento realizado atravs da confeco de folder (envelopes)

    de papel pH neutro, apropriado para este tipo de acervo, pois esse papel evita a

    oxidao e prolonga a vida do objeto. Seu armazenamento foi realizado junto

    primeira gaveta do arquivo de ao.

    Os talabartes10, que so acessrios dos uniformes, foram higienizados

    atravs da tcnica de passar um pano mido torcido, para retirar a poeira. Em

    seguida, registraram-se os objetos passando uma base de verniz, esperou-se

    secar para passar uma base de tmpera, escreveu-se o nmero de registro com

    caneta nanquim preta e finalizou-se este processo com mais uma base de

    verniz para ajudar a fixar o nmero de registro e dar-lhe sustentabilidade. Para

    o acondicionamento desses objetos, cortaram-se chapas de polionda do

    tamanho dos talabartes, que foram forradas com tnt branco e, posteriormente,

    fizeram-se furos para fixar as peas, amarradas com cadaros de algodo e

    colocadas em sacos para evitar o contato direto com o ambiente. Esses foram

    armazenados em gavetas do arquivo de ao por cores: talabartes brancos em

    uma gaveta e talabartes pretos em outra, como uma forma de facilitar a sua

    identificao.

    Conforme o Manual do Servio de Documentao da Marinha (2006), as

    divisas, insgnias e gales tambm recebem um tratamento especial, no que

    9 Lpis 6B um tipo de lpis (ou grafite) com ponta macia adequado para desenho.

    (www.wikipdia.org).

    10 Talabarte uma correia, tradicionalmente feita de couro, mas atualmente, encontrada

    em nylon ou outros tecidos sintticos e resistentes. Possui um ou dois ganchos, serve

    para pendurar instrumentos de percusso, como surdo, repenique ou caixa de guerra. (www.wikipedia.org).

  • Comuni 5 2012 33

    tange ao processo de documentao. Assim, o processo de higienizao

    consiste em utilizar uma soluo pastosa com carbonato de clcio; gua e

    amnia. Passar com swab ou algodo. Lavar com detergente neutro tipo

    detertec (1/10) e deixar secar bem (2006, p.63), quando os objetos forem

    prateados. J para os objetos de especificidade dourada, aplicar com algodo

    ou swab soluo de gua (uma medida), amnia (uma medida) e cido olico

    (duas medidas). Lavar e secar bem. Esse processo de higienizao permitiu

    uma valorizao do acervo, pois alm de retirar toda a sujidade dos objetos,

    que correspondia a um aspecto totalmente escurecido, tambm possibilitar ao

    visitante apreciar um acervo bem tratado.

    No tratamento desse tipo de acervo (divisas, insgnias e gales), foi

    necessrio, para o seu acondicionamento, recortar um tamanho de manta

    acrlica, conforme a embalagem e forr-la com tnt branco, colocando as divisas

    nesta estrutura em forma de uma cama protetora, que mantm a segurana e

    integridade do objeto, sendo as divisas colocadas em pares e presas a um

    cadaro de algodo branco.

    No entanto, para as insgnias militares de metal amarelo, a soluo

    corresponde ao tipo de material j descrito. Contudo, importante destacar

    que, ao realizar essas solues, faz-se necessria a presena de um profissional

    da rea, uma vez que no sendo manuseados de forma correta, podem causar

    danos sade, como queimaduras, alergias, ou ainda intoxicao.

    Ento, tanto as insgnias como as divisas, foram acondicionadas nas

    embalagens de plstico, e em cada embalagem foram escritos o nmero de

    registro, a descrio do objeto, sua localizao e, finalizando o processo,

    armazenou-se este acervo em duas gavetas do arquivo de ao.

    As armas brancas, que correspondem s espadas, passaram pela

    higienizao, marcao e acondicionamento. A higienizao consistiu em lav-

    las em gua corrente com soluo para metal branco, em seguida, realizou-se o

    registro da mesma forma que os talabartes. Ou seja, as armas foram marcadas

  • Comuni 5 2012 34

    com trs bases: uma de verniz, a outra de tmpera, a seguir a marcao com

    caneta nanquim e, finalizando, com o verniz novamente. Ento, elas foram

    acondicionadas por partes. Primeiramente, confeccionou-se um saco conforme

    a bainha da espada, em seguida, outro saco conforme a lmina da espada e

    amarraram-se os dois sacos com um cadaro de algodo, sendo que, na ponta

    da espada, se colocou uma estrutura de isopor para no permitir furos na

    embalagem da espada.

    A escultura em gesso que corresponde ao busto do Jlio de Castilhos,

    tambm passou pelo processo de higienizao, marcao e acondicionamento.

    Inicialmente, higienizou-se o busto conforme a tcnica do Manual da SDM

    (2006), que recomenda para escultura em gesso a aplicao de swab com gua

    e detergente neutro, detertec, em soluo (1/10), retirar com algodo

    embebido em gua, deixar secar bem. (2006, p.53). Aps higienizado, o busto

    de Jlio de Castilhos passou pela marcao, quando foi aplicado, em seu canto

    inferior direito, a tcnica das trs bases, conforme o procedimento j citado.

    Nas demais tipologias do acervo, o acondicionamento no foi concludo, visto

    que estas esto presentes na exposio de longa durao inaugurada em 15 de

    Maio de 2008. A exposio, denominada Brigada Militar: Fardamentos e

    Imagens, conta a trajetria dos uniformes da Brigada Militar de Santa Maria,

    desde o ano de 1892 at 1990, destacando o envolvimento desse tipo de acervo

    nas mais diversas histrias de batalhas e conflitos na cidade e regio, mais a

    insero feminina no 1. RPMon, em 10 de novembro de 1992.

    6 CONSIDERAES FINAIS

    O museu um espao de propagao do conhecimento, construo

    de ideias, um ambiente de presena humana. E esta presena humana se d por

    meio de uma exposio bem organizada, acolhedora, na qual o pblico

    visitante se sinta atrado e envolvido pelo acervo que v exposto nas vitrinas e

    galerias. O acervo o pulsar de um museu, porque chama a ateno, atrai e

  • Comuni 5 2012 35

    desperta curiosidade. Baseado nesses pressupostos e no entendimento do

    museu, enquanto instrumento de informao e saber, o CHCP (Centro Histrico

    Coronel Pillar), vem desenvolvendo, desde o ano 2006, os procedimentos

    pertinentes Documentao Museolgica. Isso demonstra que por trs do

    acervo existe uma vida que pulsa, dinmica e sistemtica. Ou seja, nos

    bastidores do museu h uma relao de envolvimento entre sujeito (aquele que

    cuida do acervo ou o que pesquisa nele) e o objeto em si (quer em tratamento,

    na reserva tcnica ou em exposio).

    Portanto, ao chegarmos atual fase do Projeto de Extenso

    Sistematizao e Organizao do Acervo Museolgico do Centro Histrico

    Coronel Pillar da Brigada Militar de Santa Maria (RS), conclui-se que os

    objetivos iniciais, contidos no cronograma de ao no ltimo ano (2007) foram

    alcanados, tendo em vista que 666 objetos foram registrados no Livro de

    Inventrio, descritos na sua Ficha de Identificao, sendo desses, 560

    higienizados, marcados e acondicionados, conforme descrito no

    desenvolvimento desse texto. No entanto, as aes, na parte da Documentao

    Museolgica, no foram totalmente concludas.

    O Centro Universitrio Franciscano (UNIFRA), ao estabelecer o

    convnio com o CHCP, disponibiliza oportunidades de estgios remunerados

    aos acadmicos do Curso de Histria, para que esses possam pr em prtica os

    conhecimentos adquiridos na rea, por meio da disciplina de Museologia e

    Ensino. Alm disso, tais acadmicos passam ento a conviver com profissionais

    qualificados no interior do museu, o que implica no aprimoramento das

    prticas museais. Esse know-how poder garantir-lhes, por um lado, a insero

    profissional na rea museolgica e, por outro lado, qualificar-lhes o currculo

    para eventuais selees de ps-graduao em Museologia (UFRGS, UNIRIO,

    UFBa). Desses profissionais qualificados, pode-se citar a Especialista em

    Museologia, Prof. Giane Vargas Escobar e a Bacharel em Arquivologia, Maria

    Cndida da Silveira Skrebsky (CHCP), alm do convvio com bolsistas de outras

    instituies (UFSM), o que lhes garante a socializao dos trabalhos no acervo

  • Comuni 5 2012 36

    referido. Ainda quanto aos resultados efetivos de um Projeto de Extenso com

    esse perfil, pode-se mencionar a efetivao de demandas como a conservao e

    classificao do acervo, a possibilidade de pesquisa em objetos j catalogados e

    acondicionados, bem como a comunicao com o pblico, por meio de

    exposies do acervo tratado.

    Por fim, cabe destacar que, atualmente, no cenrio de polticas

    culturais, aes educacionais e organizao do seu acervo, o CHCP tem-se

    destacado como instituio museolgica na regio central do Estado do Rio

    Grande do Sul. Os demais museus da regio tm buscado o referido acervo

    como modelo de prticas modernas de documentao, higienizao e

    acondicionamento, o qual se utiliza, no raro, de materiais simples para a

    guarda de seus objetos.

    Essas prticas, na essncia e na operacionalizao, resultam em

    exposies mais dinmicas e atrativas, o que desperta o interesse no pblico

    visitante, quer de estudantes, civis ou militares e mesmo de pesquisadores. O

    visitante torna-se protagonista da exposio, associando sua prpria trajetria e

    ancestralidade aos objetos e imagens que ento presencia.

    REFERNCIAS:

    CHAGAS, Mrio de Souza. H uma gota de sangue em cada museu: a tica

    museolgica de Mrio de Andrade. Chapec: Argos, 2006. 135 p.

    CRESPO FILHO, Jayme Moreira. Preservao e Difuso do Patrimnio Cultural do

    Exrcito. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exrcito, 2005. 224 p.

    FERREZ DODD, Helena; BIANCHINI, Helena Maria. Thesaurus para Acervos

    Museolgicos. 2 Volume ordem alfabtica, Ministrio da Cultura, Rio de

    Janeiro: Fundao Nacional Pr-Memria, 1987. 481 p.

  • Comuni 5 2012 37

    GIRAUDY, Daniele; BOUILHET, Henri. O Museu e a vida. Trad. France Filiatre

    Ferreira da Silva. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1990. 99 p.

    Manual de Higienizao e Acondicionamento do Acervo Museolgico do SDM.

    Rio de Janeiro: Servio de Documentao da Marinha, 2006. 87 p.

    Museologia - Roteiros Prticos. Educao em Museus. Trad. Maria Luiza Pacheco

    Fernandes. Volume 3. So Paulo: EDUSP, Fundao Vitae, 2001. 26 p.

    ______. Acessibilidade. Trad. Maurcio O. Santos, Patrcia Souza. Volume 8. So

    Paulo: EDUSP, Fundao Vitae, 2005. 32 p.

    ______. Conservao de Colees. Trad. Maurcio O. Santos, Patrcia Souza.

    Volume 9. So Paulo: EDUSP, Fundao Vitae, 2005. 57 p.

    ______. Parmetros para a Conservao de Acervos. Trad. Maurcio O. Santos,

    Patrcia Souza. Volume 4. So Paulo: EDUSP, Fundao Vitae, 2004. 57 p.

    Os Museus do Mundo. Biblioteca Salvat de Grandes Temas. Livros GT. Lisboa:

    Fernando Chinaglia Distribuidor S. A. 1979. 142 p.

    RAMOS, Francisco Rgis Lopes. A Danao do Objeto: o museu no ensino de

    Histria. Chapec (SC): Editora Pallotti, 2004. 178 p.

    SANTOS, Fausto Henrique dos. Metodologia Aplicada em Museus. So Paulo:

    Editora Mackenzie, 2000. 225 p.

    SUANO, Marlene. O que museu. So Paulo: Brasiliense, 1986. 99 p.

    FONTES ELETRNICAS:

    Franois Mitterrand. Acesso em: 25/01/08. Disponvel em: www.wikipdia.org.

    Coberturas. Acessado em: 27/01/2008. Disponvel em: www.wikipdia.org.

  • Comuni 5 2012 38

    Talabarte. Acessado em: 19/01/2008. Disponvel em: www.wikipedia.org.

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    Franciele Roveda Maffi, possui Graduao em Histria Licenciatura Plena pelo Centro Universitrio Franciscano/UNIFRA (2008). Especialista em Patrimnio Cultural e Identidades pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA/CANOAS (2011). Atualmente mestranda no Programa de Ps-Graduao em Histria pela Universidade Federal de Pelotas/UFpel (2012) E-mail: [email protected]

    Tamiris Carvalho, mestranda em Histria na Universidade Federal de Santa Maria - UFSM na linha de pesquisa: Integrao, Poltica e Fronteira. Bolsista CAPES desde maro de 2013. E-mail: [email protected]

    Roseline Casanova Corra, coordenadora do curso de Histria Centro Universitrio Franciscano (UNIFRA); Especialista em Histria do Brasil (UFSM-1999); Especialista em Museologia (UNIFRA-2002); Mestre em Histria (PUC/RS-2003). E-mail: [email protected]

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    MAFFI, Franciele Roveda; CARVALHO, Tamiris; CORRA, Roseline Casanova. Prticas Extensionistas: o tratamento museal de um acervo militar (Brigada Militar/SM). ComUni Revista Interdisciplinar de Extenso Universitria. Porto Alegre, n. 5, 2012.