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5. “Conheça-te a ti mesmo”: na entrada do templo de Apolo era esta a mensagem que estava escrita. Era esta a mensagem também que Sócrates aconselhava às pessoas: ele gostaria que elas saíssem da caverna, da escuridão que havia em seus espíritos. Para alcançarem a luz, seria necessário, segundo ele, buscá-la. Porém, aonde buscá-la? A resposta era imediata: dentro de nós mesmos – “conheça-te a ti mesmo”. Para que as pessoas conhecessem a si mesmas, Sócrates fazia perguntas: era um perguntador incansável, e até irritante. Dialogava com todos sobre os mais variados assuntos e faziam-nos perceber que o que elas sabiam sobre esses assuntos não passavam de sombras, aparências do que elas, de fato, eram. Com a continuidade do diálogo, Sócrates ajudava as pessoas a lembrar do que já sabiam, já que ele pensava que a sabedoria estava dentro de nós , não fora; por isso, aconselhava: “conheça-te a ti mesmo”. 4. A Psicologia empírica ou experimental é uma disciplina fundada na experiência e circunscrita aos dados da experiência; é uma ciência de fatos, a ciência dos fatos psí quicos. Contrariamente, a Psicologia racional ou Psicologia metafísica tem por objeto o princípio espiritual a que se recorre para explicar esses fatos; é a ciência da alma. 6. A Psicologia expe rimental, assim compreendida, é, portanto, uma Psicologia sem alma, no sentido de considerar como estranho a seu domínio o problema da existência e da natureza de um princípio de ensamento irredutível à matéria a que chamamos de alma ou espírito.

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5. “Conheça-te a ti mesmo”: na entrada do templo de Apolo era esta a mensagem que estava escrita. Era esta a mensagem também que Sócrates aconselhava às pessoas: ele gostaria que elas saíssem da caverna, da escuridão que havia em seus espíritos. Para alcançarem a luz, seria necessário, segundo ele, buscá-la. Porém, aonde buscá-la? A resposta era imediata: dentro de nós mesmos – “conheça-te a ti mesmo”. Para que as pessoas conhecessem a si mesmas, Sócrates fazia perguntas: era um perguntador incansável, e até irritante. Dialogava com todos sobre os mais variados assuntos e faziam-nos perceber que o que elas sabiam sobre esses assuntos não passavam de sombras, aparências do que elas, de fato, eram. Com a continuidade do diálogo, Sócrates ajudava as pessoas a lembrar do que já sabiam, já que ele pensava que a sabedoria estava dentro de nós , não fora; por isso, aconselhava: “conheça-te a ti mesmo”. 

4. A Psicologia empírica ou experimental é uma disciplina fundada na experiência e circunscrita aos dados da experiência; é uma ciência de fatos, a ciência dos fatos psí quicos. Contrariamente, a Psicologia racional ou Psicologia metafísica tem por objeto o princípio espiritual a que se recorre para explicar esses fatos; é a ciência da alma.

6. A Psicologia expe rimental, assim compreendida, é, portanto, uma Psicologia sem alma, no sentido de considerar como estranho a seu domínio o problema da existência e da natureza de um princípio de ensamento irredutível à matéria a que chamamos de alma ou espírito.