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561_ICMS - SUBSTITUÍDO TRIBUTÁRIO - APLICAÇÃO, APURAÇÃO, EMISSÃO E ESCRITURAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS - ROTEIRO

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ICMS: SUBSTITUÍDO TRIBUTÁRIO - APLICAÇÃO, APURAÇÃO, EMISSÃO E ESCRITURAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS - ROTEIRO

Sumário Introdução I - Contribuintes II - Aplicação da substituição tributária II.1 - Operações internas II.2 - Operações interestaduais II.3 - Hipóteses de não aplicação da substituição tributária III - Apuração, emissão e escrituração de documentos fiscais - Contribuinte substituído III.1 - Operações internas III.1.1 - Base de cálculo, alíquota e valor do imposto III.1.2 - Emissão e escrituração do documento fiscal III.2 - Operações de aquisição interestadual - Recolhimento na entrada - Antecipação III.2.1 - Base de cálculo III.2.2 - Alíquota e cálculo do imposto III.2.3 - Emissão e escrituração de documentos fiscais III.2.4 - Apuração e recolhimento do ICMS-ST III.3 - Devolução de mercadoria sujeita à substituição tributária IV - Levantamento de estoque IV.1 - Considerações gerais IV.2 - Recolhimento do imposto - GARE IV.3 - Escrituração dos valores correspondentes ao imposto efetivamente recolhido IV.4 - Emissão e escrituração na saída subsequente IV.5 - Elaboração de arquivo digital Introdução O instituto da substituição tributária é amplamente utilizado pelos Estados e pelo Distrito Federal, e caracteriza-se pelo fato de a legislação atribuir a uma terceira pessoa, vinculada ao fato gerador do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto que seria devido pelo contribuinte que realizou o fato que enseja a cobrança do ICMS (fato gerador). Com efeito, nos termos do artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 87/1996 (LC 87/96), lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto. Já o contribuinte que teve seu imposto recolhido pelo substituto é denominado substituído tributário. Importante ressaltar que, o contribuinte substituído, eventualmente pode ficar responsável pelo recolhimento do imposto, como ocorre, por exemplo, em determinadas operações de aquisição interestadual de mercadorias sujeitas internamente à substituição, que não tiveram o imposto recolhido antecipadamente para o Estado de São Paulo pelo remetente. O Estado de São Paulo vem promovendo inúmeras alterações na legislação interna no que se refere à aplicação desse regime. Assim, no presente Roteiro são tratados os procedimentos a serem observados pelos contribuintes substituídos tributários, no que tange à aplicação, apuração, emissão e escrituração dos documentos fiscais, no âmbito do Estado de São Paulo, com base na Lei nº 6.374/1989 (Lei do ICMS paulista) e no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000 (RICMS/SP), atualizados em decorrência de alterações, dentre outras, relativas à regulamentação de produtos constantes na lista da substituição tributária e à prorrogação do prazo de recolhimento do ICMS-ST devido nas operações com produtos inseridos na substituição tributária em 2008 e 2009. Além disso, foram publicadas recentemente duas Decisões Normativas CAT, trazendo o posicionamento da Secretaria da Fazenda acerca:

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a) da não aplicação da substituição tributária nas saídas internas para consumidor final; b) da devolução de mercadoria sujeita à substituição tributária. I - Contribuintes O ICMS é um imposto que incide em todas as fases da cadeia comercial. Assim, em uma cadeia comercial simples, o fabricante quando vende a mercadoria para o atacadista fica sujeito ao imposto, o atacadista quando vende para o varejista fica sujeito ao imposto e, por fim, o varejista quando vende ao consumidor final também tributa a sua operação. Na operação sujeita ao regime de substituição tributária para frente, o recolhimento do imposto incidente sobre todas as fases de comercialização do produto é realizado pelo contribuinte que está no início da cadeia, surgindo, então, as figuras de dois tipos de contribuintes: a) o substituto: aquele que a legislação determina como responsável pelo recolhimento do imposto, logo, é responsável pelo recolhimento do ICMS de sua própria operação de saída (ICMS da operação própria) e do ICMS devido pelas operações subsequentes (ICMS-ST); b) o substituído: aquele que dá causa ao fato gerador, mas a legislação o dispensa de recolhimento, pois atribui esta obrigação ao substituto. O contribuinte substituído, portanto, fica dispensando do recolhimento do imposto devido por sua operação de venda da mercadoria na cadeia de comercialização, porque o imposto já foi recolhido no início dessa cadeia pelo contribuinte substituto. II - Aplicação da substituição tributária II.1 - Operações internas Cabe ao legislador de cada Estado estabelecer o regime da substituição tributária, atribuindo a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título, a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. No âmbito do Estado de São Paulo, o artigo 8º da Lei nº 6.374/1989 (Lei do ICMS paulista) traz o rol de contribuintes sujeitos à substituição tributária; deixando para o Poder Executivo a determinação das mercadorias sujeitas a esse regime, bem como da base de cálculo do imposto, que assim o fez, nos artigos 289 a 313-Z20 do Regulamento do ICMS. Para saber se determinado contribuinte é substituído tributário, importa saber quais são os contribuintes que ficarão responsáveis pelo recolhimento do imposto, no início da cadeia de comercialização. Em outras palavras, identificando-se quem será o responsável pelo imposto e em qual momento ele ficará responsável, bem como até que momento da cadeia ele será responsável, identificar-se-ão os contribuintes substituídos tributários na respectiva cadeia de circulação de determinada mercadoria. Nesse sentido, especificamente no que se refere ao imposto devido pelas operações com mercadorias, são substitutos tributários (responsáveis pelo recolhimento do ICMS-ST): a) o remetente da mercadoria - comerciante, industrial, produtor, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, pessoa de direito público ou privado - relativamente ao imposto devido nas subsequentes operações realizadas por representante, mandatário, comissário, gestor de negócio ou adquirente da respectiva mercadoria, quando estes, a critério do fisco, estejam dispensados de inscrição na repartição fiscal;

 Tal hipótese aplica-se também na saída promovida por contribuinte de outro Estado com destino a contribuinte paulista regularmente inscrito, que deva entregar a mercadoria a pessoa indicada. Ademais, poderá ser efetivada mediante Termo de Acordo, facultada a exigência de prestação de fiança ou de outra forma da garantia.

b) quanto a combustível ou lubrificante, derivado ou não de petróleo, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes: b.1) o fabricante, o importador ou o distribuidor de combustíveis, este como definido na legislação federal;

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b.2) o fabricante ou o importador de lubrificante ou o arrematante desse produto importado do exterior e apreendido; b.3) o revendedor de lubrificante situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento do Estado de São Paulo, quando devidamente credenciado pelo Fisco paulista; c) quanto a álcool carburante: o distribuidor, o importador ou o estabelecimento fabricante de combustível derivado de petróleo, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes; d) quanto a aditivos, agentes de limpeza, anticorrosivos, desengraxantes, desinfetantes, fluídos, graxas, removedores, aguarrás mineral e óleos de têmpera, protetivos e para transformadores, ainda que não derivados de petróleo, para uso em aparelhos, equipamentos, máquinas, motores e veículos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até sua entrega ao consumidor: d.1) fabricante, o distribuidor, o importador ou o arrematante de produto importado do exterior e apreendido; d.1) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a contribuinte do Estado de São Paulo, quando devidamente credenciado pelo Fisco paulista; e) quanto à energia elétrica: a empresa geradora, a distribuidora ou qualquer outra que comercializar energia elétrica, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes; f) quanto a fumo ou seus sucedâneos manufaturados, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: f.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; f.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a contribuinte paulista; g) quanto a cimento, de qualquer tipo, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: g.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; g.2) o distribuidor, depósito ou atacadista situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; h) quanto a refrigerante, cerveja, inclusive chope, água ou gelo, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: h.1) o fabricante, inclusive o engarrafador de água, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; h.2) o distribuidor, depósito ou atacadista situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista;

 Equiparam-se a refrigerantes, as bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas, classificadas nas posições 2106.90 e 2202.90 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH.

i) quanto a sorvete, de qualquer espécie, preparados para fabricação de sorvete em máquina para venda direta a consumidor, bem como acessórios, como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha saídos do estabelecimento fabricante ou importador quando acompanharem, integrarem ou acondicionarem o sorvete, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: i.1) o fabricante ou importador; i.2) o distribuidor, depósito ou atacadista situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista;

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j) quanto à amêndoa, avelã, castanha, noz, pêra ou maçã, estrangeira, que não tiver sofrido qualquer processo de industrialização, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: j.1) o importador; j.2) o atacadista, a cooperativa ou o arrematante da mercadoria importada do exterior e apreendida; k) quanto a veículos automotores, incluindo os acessórios colocados no veículo pelo contribuinte substituto, relativamente ao imposto devido nas saídas subsequentes: k.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; k.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a contribuinte paulista;

 Mencionada substituição não se aplica às remessas em que as mercadorias devam retornar ao estabelecimento remetente e aos acessórios colocados pelo revendedor do veículo.

l) quanto a pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: l.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; l.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a contribuinte paulista; l.3) o fabricante de veículo automotor situado em São Paulo ou em outro Estado ou no Distrito Federal que, tendo recebido a mercadoria, não aplicá-la em processo produtivo;

 Esta hipótese de substituição não se aplica às remessas em que as mercadorias devam retornar ao estabelecimento remetente e aos acessórios colocados pelo revendedor do veículo.

m) quanto a produtos farmacêuticos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: m.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; m.2) o distribuidor, depósito ou atacadista situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; n) quanto a produtos da indústria química, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: n.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; n.2) o distribuidor, depósito ou atacadista situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; o) quanto a bebidas alcoólicas, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: o.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; o.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; p) quanto a produtos da indústria alimentícia, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: p.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; p.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; q) quanto à ração animal, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: q.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido;

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q.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; r) quanto a produtos de perfumaria, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: r.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; r.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; s) quanto a produtos de higiene pessoal, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: s.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; s.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; t) quanto a produtos de limpeza, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: t.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; t.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; u) quanto a produtos fonográficos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: u.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; u.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; v) quanto a materiais de construção e congêneres, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: v.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; v.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; w) quanto a autopeças, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: w.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; w.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; w.3) o fabricante de veículo automotor, situado em São Paulo ou em outro Estado ou no Distrito Federal que, tendo recebido a mercadoria, não aplicá-la em processo produtivo; x) quanto a pilhas e baterias, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: x.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; x.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; y) quanto a lâmpadas elétricas, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: y.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; y.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; z) quanto a papel, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: z.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; z.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista.

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aa) quanto a produtos de papelaria, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: aa.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; aa.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ab) quanto a produtos de colchoaria, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ab.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ab.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ac) quanto a ferramentas, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ac.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ac.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ad) quanto a produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ad.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ad.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ae) quanto a máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ae.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ae.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; af) quanto a materiais elétricos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: af.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; af.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ag) quanto a artefatos de uso doméstico, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ag.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ag.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; ah) quanto a bicicletas, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: ah.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ah.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista. ai) quanto a brinquedos, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final:

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ai.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; ai.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista; aj) quanto a instrumentos musicais, relativamente ao imposto devido nas operações subsequentes até o consumo final: aj.1) o fabricante, o importador ou o arrematante do produto importado do exterior e apreendido; aj.2) qualquer estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, que promova saída da mercadoria a estabelecimento paulista.

 O importador ficará responsável pelo recolhimento do ICMS da substituição tributária na saída interna da mercadoria importada, salvo em relação a combustíveis.

Observe-se que tratando-se de mercadoria ou serviço proveniente de outro Estado ou do Distrito Federal: a) sendo inaplicável a substituição tributária, a responsabilidade pela retenção e pelo pagamento do imposto relativo à substituição é do destinatário estabelecido em território paulista, exceto o estabelecimento varejista; b) em relação a combustível líquido ou gasoso ou lubrificante, derivados de petróleo, e à energia elétrica, destinados a adquirente paulista para consumo, o imposto será devido a este Estado, devendo ser recolhido e pago pelo remetente.

 A Lei nº 6.374/1989 dispõe sobre a quem cabe a responsabilidade pelo recolhimento do imposto e o Regulamento do ICMS regulamenta essas hipóteses, listando também os produtos sujeitos ao regime da substituição tributária.

Fundamentação: art. 6º da Lei Complementar nº 87/1996; art. 8º da Lei nº 6.374/1989. II.2 - Operações interestaduais Considerando o princípio da territorialidade, pelo qual, em síntese, o ente político tributante só possui competência tributária (para instituir e cobrar tributos) nos limites de seu território, para que o regime da substituição tributária tenha aplicação em operações interestaduais é necessário que seja celebrado um acordo entre as Unidades da Federação envolvidas (Convênio ou Protocolo). Nesse sentido é o § 13 do art. 8º da Lei do ICMS paulista: "Salvo as hipóteses expressas e previamente ajustadas em acordos, não se admitirá a imposição por outro Estado ou pelo Distrito Federal de regime de substituição ou de seus efeitos a operações ou prestações que venham a ocorrer no território paulista com mercadoria ou serviço provenientes de outro Estado ou do Distrito Federal." A legislação interna dos Estados e do Distrito Federal, portanto, não pode obrigar um contribuinte estabelecido em outro Estado a efetuar o recolhimento do ICMS por substituição tributária quando realizar operações com esses produtos destinados a contribuinte estabelecido na unidade Federada de destino. Observe-se, no entanto, que nos casos em que há previsão do recolhimento do imposto por substituição tributária nas operações internas, em regra, os Estados exigem que o seu próprio contribuinte, na aquisição interestadual, efetue o recolhimento do ICMS-ST. Em 2008, o regulamento do ICMS paulista foi alterado, para incluir o art. 426-A, que trata do recolhimento antecipado do imposto, por contribuinte paulista, quando adquirir de outra unidade da Federação, mercadorias sujeitas à substituição tributária nas operações internas. Ou seja, na entrada no território do Estado de São Paulo, de mercadoria procedente de outra unidade da Federação, o contribuinte paulista que conste como destinatário no documento fiscal relativo à operação deverá efetuar antecipadamente o recolhimento: a) do imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria;

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b) em sendo o caso, do imposto devido pelas operações subsequentes, na condição de sujeito passivo por substituição. Reforça-se que em havendo Convênio ou Protocolo firmado entre o Estado de São Paulo e a unidade Federada do remetente, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido para São Paulo será atribuída a esse remetente localizado na outra unidade da Federação. Essa antecipação não se aplica a todos os produtos, mas apenas àqueles indicados nos arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS/SP (medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria, produtos de higiene pessoal, ração tipo "pet" para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção e congêneres, produtos de colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, peças e acessórios, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, materiais elétricos e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos). Fundamentação: art. 9º da Lei Complementar nº 87/1996; art. 8º, §13, da Lei nº 6.374/1989 (Lei do ICMS); art. 426-A do RICMS/SP; Decreto nº 55.000/2009. II.3 - Hipóteses de não aplicação da substituição tributária Quando um produto ou uma operação se sujeita à substituição tributária cabe à lei determinar quem é o contribuinte que ficará responsável pelo recolhimento do imposto. Há também, todavia, disposições gerais que determinam situações em que essa substituição tributária não será aplicada. Observe-se, entretanto, que essas hipóteses gerais somente se aplicam quando não houver norma específica em contrário. Além disso, ocorrendo qualquer saída ou evento que descaracterize as situações relacionadas a seguir, o imposto relativo à substituição tributária será exigido do remetente, podendo o fisco exigi-lo do destinatário. Dessa forma, salvo disposição em contrário, não se aplica a regra da substituição tributária, subordinando-se às normas comuns da legislação, a saída, promovida pelo estabelecimento responsável pela retenção do imposto (substituto), de mercadoria destinada a: a) integração ou consumo em processo de industrialização; b) estabelecimento paulista, quando a operação subsequente estiver amparada por isenção ou não incidência; c) outro estabelecimento do mesmo titular (transferência), desde que não varejista;

 Nesta hipótese, a responsabilidade pela retenção do imposto será do estabelecimento destinatário (não varejista), quando, em regra, promover a saída da mercadoria recebida, devendo tal circunstância ser indicada no campo "Informações Complementares" do respectivo documento fiscal. Além disso, tal circunstância não autoriza o estabelecimento destinatário atacadista a receber, sem a retenção antecipada do imposto, mercadoria de outro contribuinte responsável por tal retenção.

d) outro estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto por substituição (substituto), em relação à mesma mercadoria ou a outra mercadoria enquadrada na mesma modalidade de substituição;

 Aqui também, a responsabilidade pela retenção do imposto será do estabelecimento destinatário, devendo tal circunstância ser indicada no campo "Informações Complementares" do respectivo documento fiscal. Ademais, tal situação não autoriza o estabelecimento destinatário atacadista a receber, sem a retenção antecipada do imposto, mercadoria de outro contribuinte responsável por tal retenção. Apesar dessa previsão em regulamento para não aplicação da substituição tributária, se a responsabilidade for atribuída ao estabelecimento destinatário da mercadoria apenas pelo fato de receber mercadoria de outro Estado, o imposto deverá ser recolhido sob o regime da substituição tributária.

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e) estabelecimento situado em outro Estado, salvo se houver previsão em Convênio ou Protocolo. Adicionalmente informamos que, muito embora não esteja expresso na legislação, entende-se que a substituição tributária em relação às operações posteriores (substituição tributária para frente) também não será aplicada nos casos em que, na operação interna, o destinatário da mercadoria seja consumidor final desta mercadoria (contribuinte ou não de ICMS). Isto ocorre, por conta do objetivo central do instituto da substituição tributária: recolher o imposto antecipadamente pelas operações subsequentes. Assim, quando a remessa é feita diretamente ao consumidor final da mercadoria não há que se falar em "saídas subsequentes até o consumidor final", pois a mercadoria já chegou ao consumidor final. Nesse sentido temos a Decisão Normativa CAT nº 15/2009, que ao tratar de determinada questão específica deixa claro que a substituição tributária não é aplicada nas saídas internas para consumidor final, por ocorrer a última etapa de circulação da mercadoria, isto é: não há saída subsequente. Por fim, ocorrendo operação interestadual, poderá ser atribuída a responsabilidade pelo recolhimento, por substituição tributária, do imposto devido a título de diferencial de alíquotas quando o destinatário for contribuinte do imposto e estiver adquirindo o produto para incorporação ao seu ativo imobilizado ou para uso ou consumo. Fundamentação: art. 264 do RICMS/SP; Decisão Normativa CAT nº 15/2009. III - Apuração, emissão e escrituração de documentos Fiscais - Contribuinte substituído III.1 - Operações internas Por ocasião da saída interna, os estabelecimentos que receberem mercadorias cujo imposto tenha sido recolhido pelos contribuintes mencionados no subtópico III.1 deste Roteiro, ficam dispensados do recolhimento do imposto relativo às suas operações, que são subsequentes às realizadas pelo contribuinte substituto. Ou seja, os contribuintes substituídos que realizarem operações subsequentes internas com os produtos sujeitos à substituição deverão receber tais produtos com a retenção antecipada do imposto, realizada pelo contribuinte substituto. Ressalta-se que nos casos de mercadorias sujeitas à substituição tributária, em que o imposto, por qualquer motivo, não tenha sido recolhido pelo contribuinte substituto, o contribuinte que realizar a operação (que seria, em regra, substituído tributário) fica sujeito ao recolhimento do imposto nas mesmas condições do contribuinte substituto. Fundamentação: art. 8º da Lei nº 6.374/1989. III.1.1 - Base de cálculo, alíquota, valor do imposto e apuração Na operação interna de venda realizada pelo contribuinte substituído tributário, tendo em conta que o imposto devido por sua operação já foi recolhido pelo substituto tributário, não será feito novo cálculo do ICMS por esta operação, logo, não há que se falar em base de cálculo, alíquota e valor de imposto a recolher. Considerando ainda que o ICMS não será devido na operação do substituído, também não há que se falar em apuração, tampouco em recolhimento do imposto. Não obstante, o contribuinte substituído deverá complementar o imposto retido antecipadamente quando: a) o valor da operação ou prestação final com a mercadoria ou serviço for maior que a base de cálculo da retenção; b) da superveniente majoração da carga tributária incidente sobre a operação ou prestação final com a mercadoria ou serviço. Além disso, na impossibilidade de inclusão dos valores referentes a frete, seguro ou outro encargo na base de cálculo da substituição, por serem esses valores desconhecidos do substituto tributário, o pagamento do imposto sobre as referidas parcelas deverá ser efetuado

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pelo contribuinte substituído que receber a mercadoria diretamente do substituto, devendo tal condição ser indicada no documento fiscal por este emitido. Com efeito, o contribuinte substituído lançará o imposto a pagar no livro Registro de Apuração do ICMS, no quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", com a expressão "Subst. Tributária sobre parcelas do frete, seguro ou outro encargo", no período em que a mercadoria entrar no seu estabelecimento, sendo vedado o crédito desse imposto.

 O imposto a pagar será o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para a operação interna com a mercadoria sobre o valor obtido da soma das parcelas referentes a frete, seguro ou outro encargo, acrescido do valor resultante da aplicação do percentual de margem de valor agregado, estabelecido pela legislação em cada caso.

Fundamentação: arts. 42, 265 e 280, do RICMS/SP; Decreto nº 54.239/2009. III.1.2 - Emissão e escrituração do documento fiscal Na saída da mercadoria sujeita à substituição do estabelecimento substituído, ou seja, do estabelecimento que recebeu a mercadoria com ICMS retido, a nota fiscal será emitida sem destaque do imposto com a seguinte expressão no campo "Informações Complementares": "Imposto Recolhido por Substituição - Artigo .... do RICMS/SP". Ressalte-se ainda que o contribuinte substituído que realizar operações destinadas ao território paulista, com a finalidade de comercialização subsequente, deverá, no campo "Informações Complementares" do documento fiscal: a) indicar a base de cálculo sobre a qual o imposto foi retido e o valor da parcela do imposto retido cobrável do destinatário; b) relativamente a cada mercadoria, discriminar as indicações previstas na letra "a" anterior. Esta nota fiscal deverá ser escriturada no livro Registro de Saídas por meio do preenchimento das colunas "Operações ou Prestações sem Débito do Imposto" e "Outras". Observe-se que o valor do imposto retido ou de parcela do imposto retido, indicado no documento fiscal: a) não deverá ser incluído na escrituração da coluna "Outras"; b) deverá ser indicado na coluna "Observações". Fundamentação: arts. 274 e 278, do RICMS/SP III.2 - Operações de aquisição interestadual - Recolhimento na entrada - Antecipação Inicialmente, cabe relembrar que, nos casos em que há acordo entre os Estados e o Distrito Federal, as remessas interestaduais com destino ao Estado de São Paulo serão feitas com o ICMS recolhido por substituição em favor deste Estado. Já nos casos em que o imposto não possa ou não tenha sido recolhido por substituição a legislação atribui a responsabilidade pelo recolhimento do imposto incidente sobre as operações próprias e subsequentes, ou somente as próprias, ao estabelecimento destinatário da mercadoria, localizado no Estado de São Paulo. Com efeito, o destinatário poderá ser um contribuinte que originalmente seria substituto (por exemplo, o fabricante), ou um contribuinte substituído (por exemplo, o varejista). Por outro lado, essa antecipação não se aplica a todos os produtos, mas apenas àqueles indicados nos arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS/SP (medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria, produtos de higiene pessoal, ração tipo "pet" para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção e congêneres, produtos de colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, peças e acessórios, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, materiais elétricos e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos)

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Observe-se ainda que, quando da saída da mercadoria do estabelecimento que ficou responsável pelo recolhimento do ICMS na entrada interestadual, será considerado o mesmo tratamento dado ao contribuinte substituído (não haverá débito nessa saída). Ademais, caso não ocorra o fato gerador posterior, o contribuinte poderá se creditar do valor que recolheu de forma antecipada, sendo o valor relativo à operação própria, direto no Livro Registro de Apuração, com base no artigo 63, VI do RICMS/SP; e o valor relativo às operações subsequentes mediante procedimento de ressarcimento contido no artigo 269 do RICMS/SP e Portaria CAT nº 17/1999. Fundamentação: arts. 277 e 426-A, ambos do RICMS/SP. III.2.1 - Base de Cálculo Assim como para as operações internas, a base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária por ocasião das aquisições interestaduais também deverá corresponder ao Preço Final ao Consumidor (pauta fiscal), ou ao valor da operação, acrescido da Margem de Valor Agregado. Nas hipóteses de aquisição interestadual, nos casos expressos na legislação, caso a alíquota interna seja superior a 12%, o contribuinte paulista destinatário deverá, antes do cálculo do imposto devido por antecipação, encontrar o valor do IVA-ST Ajustado, mediante a seguinte fórmula: IVA - ST ajustado = [(1+IVA-ST original) x (1-ALQ inter) / (1-ALQ intra)] - 1, onde: a) IVA-ST original é o Índice de Valor Adicionado Setorial aplicável na operação interna; b) ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente localizado em outra unidade da Federação; c) ALQ intra é a alíquota aplicável à mercadoria neste Estado. Além disso, caso haja previsão para aplicação de redução de base de cálculo na operação interna, referida redução também poderá, conforme o caso, ser considerada no cálculo do ICMS a ser recolhido a título de substituição tributária. III.2.2 - Alíquota e cálculo do imposto As alíquotas a serem aplicadas para cálculo do imposto devido por antecipação são as mesmas praticadas nas operações internas, ou seja, podem corresponder a 7%, 12%, 18% e 25%. Especificamente, com relação às mercadorias elencadas nos artigos 313-A a 313-Z20 do RICMS/SP, o cálculo do ICMS, quando não houver preço fixado em pauta fiscal, deverá se dar por meio da aplicação da seguinte fórmula: IA = VA x (1 + IVA-ST) x ALQ - IC, onde: a) IA é o imposto a ser recolhido por antecipação; b) VA é o valor constante no documento fiscal relativo à entrada, acrescido dos valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos suportados pelo contribuinte; c) IVA-ST é o Índice de Valor Adicionado; d) ALQ é a alíquota interna aplicável; e) IC é o imposto cobrado na operação anterior; Fundamentação: arts. 52 a 55 e 426-A, § 2º, do RICMS/SP. III.2.3 - Emissão e escrituração de documentos fiscais Nas operações interestaduais com destino a São Paulo em que o contribuinte paulista seja responsável, por ocasião da entrada, pelo pagamento do imposto incidente na sua própria operação de saída e nas subsequentes, deverá escriturar o livro Registro de Entradas, conforme segue: a) nas respectivas colunas, os dados relativos à operação de aquisição, conforme as regras gerais de escrituração; b) na coluna "Observações", na mesma linha do registro da operação ou prestação própria, com utilização de colunas distintas sob o título comum "Substituição Tributária":

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b.1) o valor pago antecipadamente a título de imposto incidente sobre sua própria operação e a base de cálculo; b.2) o valor do imposto retido incidente sobre as operações subsequentes e o da sua base de cálculo. Além do lançamento na coluna "Observações" do livro Registro de Entradas, os valores do ICMS pago antecipadamente e do ICMS retido deverão ser totalizados no último dia do período de apuração para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, conforme segue: a) tratando-se de estabelecimento atacadista, inclusive distribuidor: a.1) no quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", com a indicação "Pagamento Antecipado - Art. 277 do RICMS", juntamente com a escrituração de suas operações próprias, o valor pago antecipadamente a título de imposto incidente sobre sua própria operação, assim entendido o valor resultante da multiplicação da diferença entre a alíquota interna e a interestadual, pela base de cálculo da operação de entrada da mercadoria; a.2) em Registro separado relativo às operações sujeitas a substituição, no campo "Por Saídas com Débito do Imposto" do Livro Registro de Apuração do ICMS, o valor do imposto retido incidente sobre as operações subsequentes, assim entendido o total recolhido, deduzido do valor calculado nos termos da letra 'a' anterior. b) em se tratando de aquisição por estabelecimento varejista, no quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", com a expressão "Pagamento Antecipado - Art. 277 do RICMS", mediante lançamento do valor do imposto recolhido por antecipação, assim entendido o valor devido pela própria operação de saída da mercadoria. Em relação às mercadorias elencadas nos artigos 313-A a 313-Z20 do RICMS/SP (medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria, produtos de higiene pessoal, ração tipo "pet" para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção e congêneres, produtos de colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, peças e acessórios, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, materiais elétricos e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos) e sujeitas ao recolhimento na entrada da mercadoria no território do Estado de São Paulo, o adquirente paulista deverá escriturar ainda: a) o valor do imposto recolhido antecipadamente, sem prejuízo dos demais lançamentos mencionados anteriormente, no livro Registro de Entradas, na coluna "Observações", na mesma linha do registro relativo à respectiva entrada, com utilização de colunas distintas sob o título "Recolhimento Antecipado - Art. 426-A", indicando: a.1) a data do recolhimento; a.2) o código de receita utilizado; a.3) o valor recolhido. b) o valor do imposto recolhido antecipadamente no livro Registro de Apuração do ICMS - RAICMS, conforme segue: b.1) o valor relativo à operação própria, no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Recolhimento Antecipado - Art. 426-A do RICMS"; b.2) o valor relativo às operações subsequentes, no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Recolhimento Antecipado - Art. 426-A do RICMS"". Ressaltamos que, tratando-se de contribuinte sujeito às normas do Simples Nacional, caso não seja aplicável o recolhimento antecipado (no momento do ingresso da mercadoria no Estado): a) o imposto devido, na condição de sujeito passivo por substituição tributária, relativamente à sua própria operação de saída e, se for o caso, às subsequentes, deverá ser calculado, mediante a fórmula mencionada no subtópico III.2.2 (IA = VA x (1 + IVA-ST) x ALQ - IC), devendo deduzir a título de imposto cobrado na operação anterior, o valor resultante da

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aplicação da alíquota interestadual sobre o valor da operação ou prestação própria do remetente. b) esses valores deverão ser totalizados no último dia do período de apuração e recolhidos por meio de GARE-ICMS (Código de recolhimento 063-2) até o último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao da ocorrência das entradas, não se aplicando as regras de escrituração no livro Registro de Apuração do Imposto.

 O prazo de recolhimento do imposto para os produtos inseridos na substituição tributária em 2008 e 2009 foi prorrogado, relativamente aos fatos geradores ocorridos até 31.12.2010, para o último dia do segundo mês subsequente ao do mês de referência da apuração, e essa prorrogação se aplica ao contribuinte optante pelo Simples Nacional.

Fundamentação: arts. 277 e 281, do RICMS/SP; Decreto nº 55.307/2009. III.2.4 - Apuração e recolhimento do ICMS-ST O recolhimento do imposto em decorrência da aquisição interestadual pode ocorrer de duas formas, de acordo com as quais o contribuinte paulista deve calcular o imposto antecipado (operação subsequente própria e subsequentes) e escriturá-lo na coluna de observações do Livro Registro de Entradas, devendo totalizá-lo no final do período de apuração para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS; todavia, tratando-se: 1) produtos inseridos no regime da substituição tributária em 2008 e 2009 (medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria, produtos de higiene pessoal, ração tipo "pet" para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção e congêneres, produtos de colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, peças e acessórios, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, materiais elétricos e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos), o recolhimento do ICMS antecipado deverá ocorrer no momento em que a mercadoria ingressar em território paulista, por meio de GARE-ICMS, com código de receita 063-2 (outros recolhimentos especiais) e, com a indicação, no campo "Informações Complementares", do número da Nota Fiscal a que se refere o recolhimento e do CNPJ do estabelecimento remetente;

 O prazo de recolhimento do imposto para os produtos inseridos na substituição tributária em 2008 e 2009 foi prorrogado, relativamente aos fatos geradores ocorridos até 31.12.2010, para o último dia do segundo mês subsequente ao do mês de referência da apuração, e essa prorrogação se aplica ao contribuinte optante pelo Simples Nacional.

2) produtos sujeitos à substituição tributária já de longa data, como por exemplo, cigarros, refrigerantes, cervejas, tintas, pneus etc., o recolhimento desse imposto ocorre nos prazos estabelecidos para cada produto de acordo com o CPR estabelecido, juntamente com os valores devidos pela operação própria e a título de substituição tributária incidente nas operações realizadas internamente no Estado de São Paulo; ou seja, não há exigência do recolhimento do imposto no momento em que a mercadoria ingressa no território do Estado. Fundamentação: Portaria CAT nº 16/2008 e arts. 2º, e 3º, § 1º, do Anexo IV, do RICMS/SP; Decreto nº 55.307/2009. III.3 - Devolução de mercadoria sujeita à substituição tributária A devolução de mercadoria é a operação que tem por objeto anular todos os efeitos de uma operação anterior. Recentemente foi publicada a Decisão Normativa CAT nº 04/2010 (DOE de 26.02.2010) esclarecendo pontualmente os procedimentos a serem adotados pelos contribuintes substitutos

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e substituídos quando da realização de operações de devolução de mercadoria em virtude de garantia. Em síntese, quando da devolução da mercadoria sujeita à substituição tributária em virtude de garantia devem ser adotados os seguintes procedimentos pelos mencionados contribuintes: 1 - a mercadoria a ser devolvida deve ser acompanhada de Nota Fiscal, com destaque do ICMS, calculado pelo mesmo valor da base de cálculo e pela mesma alíquota da operação original de venda, com expressa remissão ao documento correspondente, inclusive quando tratar-se de operação interestadual; 2 - a Nota Fiscal emitida pelos contribuintes substituídos deverá conter nos campos "Base de cálculo do ICMS" e "Valor do ICMS" do quadro "Cálculo do imposto", respectivamente, a base de cálculo e o valor do imposto da operação própria do fornecedor e, no campo "Informações complementares" do quadro "Dados adicionais", deve ser indicada a base de cálculo e o valor do imposto retido por substituição tributária, em virtude do disposto no § 5º do artigo 127 do RICMS/2000; 3 - o contribuinte substituto tributário registrará o documento emitido pelo substituído no Livro Registro de Entradas, em conformidade com o disposto no artigo 276 do RICMS/2000, observando, ainda, o disposto no inciso II do artigo 281 do mesmo regulamento; e creditando-se do imposto debitado por ocasião da saída original da mercadoria.

 Na saída de mercadoria nova para substituir a que foi devolvida, assim como na saída do mesmo produto, o contribuinte substituto tributário deverá proceder normalmente com relação às obrigações fiscais, inclusive em relação à substituição tributária, destacando e recolhendo os impostos relativos à operação própria e à substituição tributária, uma vez que tal saída configurará uma nova operação mercantil.

Fundamentação: arts. 4º, inc. IV, 57, do RICMS/SP; Decisão Normativa CAT nº 04/2010. IV - Levantamento de estoque IV.1 - Considerações gerais A legislação paulista vem sofrendo inúmeras alterações no que se refere ao regime de tributação de diversas mercadorias. Produtos que antes não tinham tratamento fiscal específico passaram ou passarão a ter, fazendo com que o imposto devido na operação seja recolhido no início da cadeia de comercialização, pelo contribuinte substituto (por exemplo, o fabricante). Ocorre que, quando da entrada em vigor da substituição tributária, determinados produtos já estavam nos estabelecimentos dos contribuintes determinados pela legislação como substituídos (por exemplo, varejistas). Por isso, foi determinado que esses estabelecimentos devem realizar levantamento do estoque para recolhimento do ICMS devido por toda a cadeia de circulação, o que, por conseguinte, desobriga-os do recolhimento do imposto quando da efetiva saída da mercadoria. Conforme o Fisco paulista vai elencando o rol de produtos que passam a se sujeitar às regras da substituição tributária, publica, ato contínuo, norma trazendo o procedimento para que o contribuinte que tenha tais produtos em estoque efetue levantamento e recolhimento do imposto relativo a esse estoque existente no final do dia imediatamente anterior ao do início da vigência do referido regime tributário. Não obstante, alguns procedimentos são comuns a todos os produtos, quais sejam, os previstos na Portaria CAT nº 44/2008, e alterações. IV.2 - Recolhimento do imposto - GARE O imposto relativo ao estoque (parcelado ou integral conforme dispuser a respectiva legislação) será recolhido por meio de Guia de Arrecadação Estadual - GARE-ICMS, indicando o código de receita 063-2 (outros recolhimentos especiais) e observando os prazos e condições previstos na legislação aplicável ao produto. Fundamentação: art. 1º, inc. II, da Portaria CAT 44/2008. IV.3 - Escrituração dos valores correspondentes ao imposto efetivamente recolhido

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O contribuinte que efetuou o referido levantamento do estoque deverá escriturar o valor da parcela (se for previsto na legislação que o recolhimento seja feito de forma parcelada), no período em que ocorrer o efetivo recolhimento, no livro Registro de Apuração do ICMS - RAICMS, na folha destinada à apuração das operações e prestações próprias, com a correspondente transcrição na GIA, conforme segue: a) no campo "Outros Débitos" do quadro "Débito do Imposto", com a expressão "Imposto devido e recolhido por substituição tributária relativo ao estoque existente em __/__/__ - Decreto ___- nº parcela."; b) no campo "Outros Créditos" do quadro "Crédito do Imposto", com a expressão "Imposto recolhido por substituição tributária relativo ao estoque existente em __/__/__ - Decreto ___- nº da parcela". Já na hipótese de haver previsão na legislação para utilização de saldo credor do imposto para deduzir, no todo ou em parte, o valor do imposto a ser recolhido, deverá ser observado, também, o seguinte: a) o valor do saldo credor utilizado deverá ser informado no Registro tipo 3 do Anexo I da Portaria CAT nº 44/2008; b) o montante do saldo credor utilizado para pagamento do imposto devido deverá ser lançado no livro Registro de Apuração do ICMS - RAICMS, na folha destinada à apuração das operações e prestações próprias do período em que ocorrer o aludido levantamento de estoque, no campo "Estorno de Créditos" do quadro "Débito do Imposto", com a indicação da expressão "Liquidação (parcial ou total) do imposto devido por substituição tributária relativo ao estoque existente em __/__/__ - Decreto ___". Fundamentação: art. 1º, §§ 3º, 4º e 5º da Portaria CAT nº 44/2008. IV.4 - Emissão e escrituração na saída subsequente O contribuinte quando der saída das mercadorias, cujo imposto tenha sido recolhido por meio do levantamento do estoque, deverá emitir nota fiscal de acordo com as regras aplicáveis ao contribuinte substituído, ou seja, conforme mencionado no subtópico III.1.2 deste Roteiro. Fundamentação: art. 1º, inc. IV da Portaria CAT nº 44/2008. IV.5 - Elaboração de arquivo digital O contribuinte do ICMS que, em razão da implementação do regime de retenção antecipada por substituição tributária nas operações com mercadorias que comercializa, esteja obrigado a recolher o imposto devido pela operação própria de saída e pelas operações subsequentes relativamente às mercadorias existentes em estoque no final do dia imediatamente anterior ao do início da vigência do referido regime tributário deverá elaborar arquivo digital contendo a relação das mercadorias em estoque. Mencionado arquivo digital deverá: a) ser elaborado no formato texto com a extensão ".txt" e campos delimitados pelo caractere delimitador "|" ("pipe" ou barra vertical: caractere 124 da Tabela ASCII); b) ser validado e ter a mídia para entrega gerada pelo programa "Validador do Arquivo dos Estoques", a ser disponibilizado para "download" no endereço eletrônico http://www.pfe.fazenda.sp.gov.br; c) após sua validação, ser transmitido à Secretaria da Fazenda, mediante a utilização do "Programa de Transmissão - TED", versão 3.11.0 ou superior, disponível para "download" no endereço eletrônico http://www.pfe.fazenda.sp.gov.br ou http://www.fazenda.sp.gov.br, na opção Sintegra > Download do Sintegra. Por fim, tem-se que o número do protocolo de transmissão e a data do envio do arquivo digital deverão ser registrados no Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência - modelo 6. Fundamentação: art. 1º, inc. I e §§ 1º e 2º da Portaria CAT nº 44/2008.

FONTE: Fiscosoft - 01/04/2010.

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