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Disciplina: DPU0257 - TÓPICOS DE DIREITO PENAL Semana Aula: 1 DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS OBJETIVO ? Conhecer o plano de aula. ? Analisar as Políticas Criminais de Controle Social e sua interpretação constitucional dos tipos penais denominados ? hediondos?. ? Identificar as alterações legislativas e os conflitos de Direito Intertemporal. TEMA CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS ESTRUTURA DO CONTEÚDO 1. 1. Movimento da Lei e da Ordem e Crimes Hediondos ? confronto com o sistema Penal Garantista consubstanciado na Constituição da República de 1988. 2. Crimes Hediondos ? Assento Constitucional. 3. Lei n. 8072/1990. 3.1.Controle de constitucionalidade e alterações legislativas. 3.2. Direito Intertemporal e a Lei n.11.464/2007 - as denominadas normas ?híbridas?. - Verbete de Súmula n.471, do Superior Tribunal de Justiça. - Súmula Vinculante n.26. 3.3. Critérios de tipificação 4. Consectários Penais e Processuais. 4.1. Vedação à indulgência soberana. 4.2. Crimes Hediondos e Liberdade Provisória. 4.3. Individualização das penas, progressão de regimes e a possibilidade de conversão das penas em penas restritivas de direitos. 4.4. Bando ou quadrilha para a prática de delitos hediondos. 4.5 Delação eficaz. 4.6. Causas de aumento de pena e a vedação ao bis in idem. PROCEDIMENTO DE ENSINO Relatório - Plano de Aula 07/02/2013 17:40 Página: 1/56

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 1

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS

    OBJETIVO

    ? Conhecer o plano de aula.

    ? Analisar as Polticas Criminais de Controle Social e sua interpretao constitucional dos tipos penais denominados ?hediondos?.

    ? Identificar as alteraes legislativas e os conflitos de Direito Intertemporal.

    TEMA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    1. 1. Movimento da Lei e da Ordem e Crimes Hediondos ? confronto com o sistema Penal Garantista consubstanciado na Constituio da Repblica de 1988.

    2. Crimes Hediondos ? Assento Constitucional.

    3. Lei n. 8072/1990.

    3.1.Controle de constitucionalidade e alteraes legislativas.

    3.2. Direito Intertemporal e a Lei n.11.464/2007 - as denominadas normas ?hbridas?.

    - Verbete de Smula n.471, do Superior Tribunal de Justia.

    - Smula Vinculante n.26.

    3.3. Critrios de tipificao

    4. Consectrios Penais e Processuais.

    4.1. Vedao indulgncia soberana.

    4.2. Crimes Hediondos e Liberdade Provisria.

    4.3. Individualizao das penas, progresso de regimes e a possibilidade de converso das penas em penas restritivas de direitos.

    4.4. Bando ou quadrilha para a prtica de delitos hediondos.

    4.5 Delao eficaz.

    4.6. Causas de aumento de pena e a vedao ao bis in idem.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    CASO CONCRETO:

    Claudinei foi condenado pena privativa de liberdade de 3 anos de recluso e 50 (cinqenta) dias-multa pela conduta descrita no art.12 da Lei n. 6368/1976, a ser cumprida em regime integralmente fechado e sano de trs anos de recluso e 10 (dez) dias multa em regime aberto, pela infrao do art. 16, pargrafo nico, inciso IV da Lei n 10826/2003. Aps cumprir um sexto da pena, requereu, imediatamente a progresso para o regime semi-aberto. O processo, devidamente instrudo, foi encaminhado ao Ministrio Pblico, conforme determina o art. 112, 1 da lei 7210/84 (LEP) que ofertou parecer no sentido de que tal pedido somente poderia ser deferido aps o apenado cumprir mais de 2/5 da pena no regime fechado conforme estabelecido pela lei 11464/07. Como magistrado da VEP responsvel pela referida deciso de que forma voc solucionaria o conflito de leis penais no tempo? Responda de forma objetiva e fundamentada em consonncia com os entendimentos doutrinrios e jurisprudenciais dominantes acerca do tema

    QUESTO OBJETIVA:

    Antnio, ru primrio, sofreu condenao j transitada em julgado pela prtica do crime previsto no art. 273 do CP, consistente na falsificao de produto destinado a fins teraputicos, praticado em janeiro de 2009. Em face dessa situao hipottica e com base na legislao e na jurisprudncia aplicveis ao caso, assinale a opo correta: (Exame OAB/ Cespe-UnB ? 2009.2.)

    a) Antnio cometeu crime hediondo e, portanto, no poder progredir de regime.

    b) Antnio no cometeu crime hediondo e poder progredir de regime de pena privativa de liberdade aps o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerrio comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional, mediante deciso fundamentada precedida de manifestao do MP e do defensor.

    c) Antnio cometeu crime hediondo, mas poder progredir de regime de pena privativa de liberdade aps o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento carcerrio comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional.

    d) Antnio cometeu crime hediondo, de forma que s poder progredir de regime de pena privativa de liberdade aps o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais requisitos legais.

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  • CONSIDERAO ADICIONAL

    ANEXOS.

    CRIMES HEDIONDOS. PROGRESSO. REGIME. LAPSOS TEMPORAIS. LEI N. 11.464/2007.

    Trata-se de habeas corpus substitutivo impetrado contra ato do Tribunal a quo por ocasio do julgamento do anterior writ em favor do paciente que afastou o bice progresso de regime imposto na sentena condenatria de 4 anos e 8 meses de recluso por trfico de entorpecentes, mas impondo a observncia do lapso temporal previsto na Lei n. 11.464/2007. Explica a Min. Relatora que essa lei baniu expressamente a vedao progresso de regime prisional em casos de condenados por crimes hediondos, contudo estabeleceu lapsos temporais mais gravosos para os condenados desses crimes, constituindo-se nesse ponto verdadeira novatio legis in pejus, cuja aplicao retroativa vedada pelo art. 5, XL, da CF/1988 e art. 2, do CP. Assim a novel legislao deve incidir apenas nos crimes hediondos e assemelhados praticados aps 29 de maro de 2007. Ressalta que este Superior Tribunal adotou o mesmo posicionamento quando do advento da Lei n. 8.072/1990, ficando sua aplicao restrita aos crimes cometidos aps sua vigncia por tambm se tratar de norma mais prejudicial ao condenado. Com esse entendimento, a Turma concedeu a ordem para afastar a incidncia dos lapsos temporais previstos na Lei n. 11.464/2007, para que o juzo das execues criminais analise os requisitos objetivos e subjetivos do paciente para a obteno da progresso de regime de acordo com o regramento do art. 112 da Lei de Execues Penais. (STJ, HC 83.799-MS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julg ado em 25/9/2007. Sexta Turma)

    CRIMES HEDIONDOS E SUBSTITUIO DE PENA PRIVATIVA LIBERDADE.

    Ementa: APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA OS COSTUMES. ESTUPRO DE VULNERVEL. CONDENAO MANTIDA. PENA REDIMENSIONADA. PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA ALTERADO PARA O ABERTO. CONCEDIDA SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. Autoria e materialidade demonstradas pelo conjunto probatrio. Tese defensiva sem respaldo na prova. A palavra da vtima assume especial relevo nos crimes contra os costumes, mormente quando corroborada por outros elementos de prova. Manuteno da sentena condenatria. Pena redimensionada para dois anos e quatro meses de recluso. Princpio da proporcionalidade e da isonomia. Regime de cumprimento de pena alterado para o aberto, pelo quantum da pena, assim como substituda a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos. APELAO PARCIALMENTE PROVIDA. UNNIME. (Apelao Crime N 70044052942, Sexta Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Cludio Baldino Maciel, Julgado em 01/12/2011)

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 2

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS (CONT)

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula

    ? reconhecer os delitos de estupro e estupro de vulnervel, ainda que na forma simples, como delitos hediondos.

    ? compreender os conflitos de Direito Intertemporal, decorrente da Reforma do Cdigo Penal, pela Lei n.12015/2009, e seus reflexos na Lei de Crimes Hediondos.

    TEMA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS (CONT)

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    1. O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula

    ? reconhecer os delitos de estupro e estupro de vulnervel, ainda que na forma simples, como delitos hediondos.

    ? compreender os conflitos de Direito Intertemporal, decorrente da Reforma do Cdigo Penal, pela Lei n.12015/2009, e seus reflexos na Lei de Crimes Hediondos.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

    1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

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  • Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    CASO CONCRETO

    Alex Sandro, companheiro de Belzia, foi preso em flagrante delito, tendo sido sua priso convertida em preventiva, por ter sido surpreendido por Belzia, mediante denncia de uma vizinha - Cludia, em sua cama, despido, ao lado de Bianca, filha de Belzia de 13 anos. Em sede de investigao preliminar, foram colhidos relevantes indcios da materialidade e autoria em desfavor do paciente pela prtica de delitos contra a dignidade sexual, bem como, consoante depoimento prestado pela ofendida perante a autoridade policial restou demonstrado que Alex Sandro a submetia a prticas sexuais desde seus seis anos de idade, sendo que, a partir dos nove anos, era compelida conjuno carnal, sempre no horrio em que sua genitora estava trabalhando. Salientou que sofria constantes ameaas, caso as prticas chegassem ao conhecimento de terceiros. Disse que, certo dia, sua me voltou do trabalho mais cedo e o surpreendeu. O referido relato restou confirmado pelos dizeres de sua genitora e por Cludia.

    Inconformado com a manuteno da priso preventiva, bem como pelo indiciamento como incurso nas condutas de estupro, atentado violento ao pudor e estupro de vulnervel contra a filha de sua companheira, inpetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justia.

    Ante o exposto, face s recentes alteraes legislativas do Sistema Penal, analise as condutas de Alex Sandro, bem como a incidncia dos institutos repressores da Lei n. 8072/1990.

    QUESTO OBJETIVA

    1) Sobre os crimes contra a dignidade sexual, aponte a assertiva INCORRETA: (MPDFT/2011)

    a) A alterao legislativa havida com a edio da Lei n 12.015/2009 acarretou a excluso da conjuno carnal e dos atos libidinosos havidos com violncia presumida do rol dos delitos hediondos, vez que o tipo penal de estupro de vulnervel no se encontra expressamente referido na Lei n 8.072/90, cuja relao tida pela doutrina como numerus clausus.

    b) O juzo criminal competente para julgar o crime de estupro contra vulnervel, praticado no mbito das relaes domsticas contra a mulher, o da Vara ou Juizado Especial de Violncia Domstica da Circunscrio Judiciria que abrange o local do fato.

    c)A integrao, no artigo 213 do Cdigo Penal, sob a rubrica de estupro, da conjuno carnal e dos atos libidinosos distintos desta, no impede o reconhecimento da tentativa nessa modalidade de crime.

    d) No h bice a que seja prolatada deciso condenatria em hiptese de estupro, na modalidade de conjuno carnal, na qual os fatos foram praticados clandestinamente e em que o laudo de exame de corpo de delito no registrou vestgios de atos sexuais, se a vtima se mostrou firme, coerente e esclarecedora em todas as oportunidades em que foi inquirida.

    e) Nos crimes de estupro de vulnervel havidos aps o incio de vigncia da Lei n 12.015/2009, no se aplica a causa de aumento de metade da pena constante no artigo 9 da Lei dos Crimes Hediondos, relativa aos delitos praticados na hiptese de presuno de violncia.

    CONSIDERAO ADICIONAL

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  • ANEXOS

    O Superior Tribunal de Justia firmou a orientao de que a majorante inserta no art. 9 da Lei n. 8.072/1990, nos casos de presuno de violncia, consistiria em afronta ao princpio ne bis in idem. Entretanto, tratando-se de hiptese de violncia real ou grave ameaa perpetrada contra criana, seria aplicvel a referida causa de aumento. Com a supervenincia da Lei n. 12.015/2009, foi revogada a majorante prevista no art. 9 da Lei dos Crimes Hediondos, no sendo mais admissvel sua aplicao para fatos posteriores sua edio. No obstante, remanesce a maior reprovabilidade da conduta, pois a matria passou a ser regulada no art. 217-A do CP, que trata do estupro de vulnervel, no qual a reprimenda prevista revela-se mais rigorosa do que a do crime de estupro (art. 213 do CP). Tratando-se de fato anterior, cometido contra menor de 14 anos e com emprego de violncia ou grave ameaa, deve retroagir o novo comando normativo (art. 217-A) por se mostrar mais benfico ao acusado, ex vi do art. 2, pargrafo nico, do CP. (STJ, REsp 1.102.005-SC, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 29/9/2009).

    No que concerne tipificao do estupro de vulnervel s condutas praticadas com menores de 14 anos anteriormente vigncia da lei n. 12015/2009, vide deciso proferida pelo Superior Tribunal de Justia, em sede de Agravo Regimental em Recurso Especial, in verbis:

    No aplicvel o artigo 217-A do Cdigo Penal, o qual prev o crime de estupro de vulnervel, na hiptese em que a conjuno carnal com menor de catorze anos ocorreu em data anterior ao advento da Lei 12.015/2009, que incluiu o aludido artigo na legislao penal, pois a nova legislao representa, nos termos do artigo 5, XL, da CF, novatio legis in pejus. (STJ, AgRg no REsp 1214407 / SC, Rel.Min Sebastio Reis Jnior, Sexta Turma, julgado em 13/09/2011)

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 3

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS (CONT)

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula

    ? reconhecer os delitos de homicdio qualificado e praticado em atividade tpica de grupo de extermnio como delitos hediondos.

    ? identificar as situaes concretas nas quais ser tipificado o delito complexo de latrocnio e seus consectrios.

    ? analisar a incidncia dos institutos repressores da Lei n.8072/1990 nos delitos de extorso.

    ? compreender os conflitos de Direito Intertemporal para fins de tipificao dos delitos hediondos e seus consectrios penais e processuais penais.

    TEMA

    CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS (CONT)

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    ? Crimes em espcie

    1. Homicdio.

    1.1. O delito de homicdio e sua tipificao como delito hediondo - Lei n.8930/1994.

    1.2. A (in)aplicabilidade da Lei n.8072/1990 ao delito de homicdio qualificado-privilegiado.

    2. Latrocnio

    2.1. O roubo qualificado pelo resultado morte e sua tipificao como delito hediondo - Lei n.8930/1994.

    2.2 A admissibilidade da tentativa no delito de latrocnio ? controvrsias.

    2.3. A competncia para processo e julgamento do delito de latrocnio.

    3. O delito de Extorso

    3.1. Figuras tpicas consideradas hediondas.

    3.2 A Lei n. 11923/2009 e a extorso qualificada do 3, do art. 158, do Cdigo Penal e sua (in)aplicabilidade Lei n.8072/1990 ? controvrsias.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

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  • CASO CONCRETO:

    Policial baleado em tentativa de assalto no subrbio do Rio.Fonte: Notcias terra, disponvel em http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias, acesso em 06 janeiro 2009.

    Um policial foi baleado em uma tentativa de assalto em Iraj, no subrbio do Rio de Janeiro, na noite de tera-feira. Segundo a assessoria da Polcia Militar, o sargento foi abordado por homens armados e reagiu. Ele foi atingido por um dos bandidos, que fugiram sem levar nada. O PM foi levado a uma clnica particular do bairro e deve ser transferido ainda nesta quarta-feira para o Hospital Central da Polcia Militar, no Estcio.

    a) Tipifique a conduta dos agentes.

    b) A tipificao seria a mesma caso a vtima tivesse falecido?

    c) Qual o juzo competente para o processo e julgamento do delito?

    QUESTO OBJETIVA:

    De acordo com a Lei 8.072/90, assinale a alternativa que no apresenta um crime considerado hediondo. (Secretaria de Estado de Administrao Concurso Pblico para Delegado de Polcia ? 2010/FGV)

    a) latrocnio (art. 157, 3o, in fine); extorso qualificada pela morte (art. 158, 2o) e envenenamento de gua potvel ou de substncia alimentcia ou medicinal (art. 270).

    b) epidemia com resultado morte (art. 267, 1o); homicdio qualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V) e extorso qualificada pela morte (art. 158, 2o).

    c) latrocnio (art. 157, 3o, in fine); epidemia com resultado morte (art. 267, 1o); e homicdio qualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V).

    d) latrocnio (art. 157, 3o, in fine); falsificao, corrupo, adulterao ou alterao de produto destinado a fins teraputicos ou medicinais (art. 273, caput e 1o, 1o-A e 1o-B; e homicdio qualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V).

    e) latrocnio (art. 157, 3o, in fine); epidemia com resultado morte (art. 267, 1o); falsificao, corrupo, adulterao ou alterao de produto destinado a fins teraputicos ou medicinais (art. 273, caput e 1o, 1o-A e 1o-B e homicdio qualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V)

    CONSIDERAO ADICIONAL

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 4

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    LEI DE DROGAS

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula.

    ? reconhecer os diferenciados modelos de poltica criminal adotados para as condutas tpicas de uso indevido e trfico ilcito de drogas.

    ? solucionar, mediante a anlise dos casos concretos apresentados, os conflitos de Direito Intertemporal.

    ? identificar as condutas tpicas de uso indevido de drogas e seus consectrios penais e processuais penais.

    TEMA

    LEI DE DROGAS

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • 1. Lei n. 11.343/2006. Poltica Criminal de Drogas.

    1.1. Movimento da Tolerncia Zero e Poltica da Reduo de Danos ? distino.

    1.2. A Lei n.11.343/2006 e o Princpio da Alteridade.

    1.3. A Lei n.11.343/2006 e o Direito Intertemporal.

    2. Distino entre as condutas de uso indevido de drogas e trfico ilcito de drogas - critrios.

    3. Do uso indevido de drogas: atividades de preveno.

    3.1. Posse de Droga para consumo pessoal. Art. 28, da Lei n. 11.343/2006 ? natureza jurdica: Crime ou infrao administrativa.

    3.2. A figura tpica do plantio para uso prprio.

    3.3. Consumo pessoal ou trfico ilcito de drogas - critrios de diferenciao.

    4. Questes controvertidas. Art.33 e condutas que no so equiparadas a delitos hediondos

    4.1 Cesso gratuita a pessoa de seu relacionamento ? controvrsias.

    4.2. A causa de diminuio de pena prevista no 4, do art.33 e o Direito intertemporal: confronto com as figuras tpicas da Lei n. 6368/76 ? no caracterizao como delito equiparado a hediondo. Controvrsias.

    Indicao Bibliogrfica.

    ? Leia os art. 1 a 5; 27 a 30; 48 e 66, da Lei n.11343/2006.

    ? Leia a Resoluo n.5, de 2012, do Senado Federal.

    ? Leia as seguintes decises proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais acerca do tema:

    ? Supremo Tribunal Federal, RE/430105 (disponveis em HTTP:www.stf.jus.br).

    ? Supremo Tribunal Federal, Informativo n. 597

    ? Superior Tribunal de Justia, HC 129842/DF; HC 95904/SP; HC 113976/SP (disponveis em HTTP:www.stj.jus.br).

    ? Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, Apelao Crime n.70027659382, Segunda Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Mario Rocha Lopes Filho, Julgado em 05/05/2010; Apelao Crime n. 70021620133, Primeira Cmara Criminal, Tribunal de Justia do RS, Relator: Manuel Jos Martinez Lucas, Julgado em 09/04/2008; Recurso Crime n. 71002725786, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Volcir Antnio Casal, Julgado em 13/09/2010; Habeas

    Corpus N 70050483676, Segunda Cmara Criminal, Relator: Marco Aurlio de Oliveira Canosa, Julgado em 30/08/2012; Apelao Crime N 70050127414, Primeira Cmara Criminal, Relator: Manuel Jos Martinez Lucas, Julgado em 03/10/2012 (disponveis em HTTP:www.tjrs.jus.br).

    ? Tribunal de Justia do Rio de Janeiro. TJRJ, 2187508-07.2011.8.19.0021- APELACAO, DES. VALMIR RIBEIRO - Julgamento: 04/07/2012 - OITAVA CAMARA CRIMINAL (disponveis em HTTP:www.tjrj.jus.br).

    ? Tribunal de Justia de Minas Gerais, Apelao criminal n.0821727-82.2007.8.13.0362, Rel. Des. Fortuna Grion, julgado em 26/01/2010 (disponveis em HTTP:www.tjmg.jus.br).

    ? CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal.v.4. 5 ed. So Paulo: Saraiva, 2010 ? FRANCO, Alberto Silva. Crimes Hediondos. 7 ed. So Paulo: RT, 2011.

    ? NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 3. ed. So Paulo: RT, 2008.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    CASO CONCRETO:

    Norberto Alves foi condenado pela prtica do delito descrito no art. 33, caput, da Lei n. 11343/06 e lhe foi aplicada a pena de um ano e oito meses de recluso, reduzida em razo do 4 do citado artigo. Na deciso, reconhecida sua primariedade e determinada a pena-base no mnimo legal em razo das favorveis circunstncias judiciais. Ante o exposto, indaga-se: possvel a fixao do regime aberto para o cumprimento da pena e sua substituio por duas restritivas de direitos a serem definidas pelo juzo da execuo, face expressa vedao do art. 33 4, da referida lei? Responda de forma objetiva e fundamentada de acordo com os entendimentos doutrinrios e jurisprudenciais dominantes.

    QUESTO OBJETIVA:

    2) Considere que Jlio, usurio de droga, tenha oferecido pela primeira vez, durante uma festa, a seu amigo Roberto, sem intuito de lucro, pequena quantidade de maconha para consumirem juntos. Nessa situao hipottica, Jlio (EXAME OAB/CESPE-UNB 2009.3.)

    a)praticou trfico ilcito de entorpecentes e, de acordo com a legislao em vigor, a pena abstratamente cominada ser a mesma do traficante regular de drogas.

    b) dever ser submetido pena privativa de liberdade, diversa e mais branda que a prevista abstratamente para o traficante de drogas.

    c) praticou conduta atpica, dada a descriminalizao do uso de substncia entorpecente.

    d) praticou conduta tpica, entretanto, como a lei em vigor despenalizou a conduta, ele deve ser apenas submetido a admoestao verbal

    CONSIDERAO ADICIONAL

    A constitucionalidade das vedaes previstas s figuras equiparadas a delitos hediondos.

    Sobre o tema, vide notcia do Superior Tribunal de Justia de 08/04/2010 - 08h47, disponvel em,: http:www.stj.jus.br

    DECISO

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  • Pena de priso por trfico de drogas substituda por restrio de direitos

    At recentemente, a Justia brasileira dispensava tratamento processual igual para condutas diferentes quando o crime era o trfico de entorpecentes. Tanto o condenado por vender um grama de droga quanto aquele que guardava cem quilos do txico no recebiam o benefcio da pena alternativa, capaz de evitar o encarceramento.

    Com a deciso, o homem condenado a um ano e oito meses prestar servios comunidade e ter limitao de fim de semana, ficando a cargo do juiz de execuo estabelecer o que for necessrio para implementao das penas.

    Mas, recentemente, o Superior Tribunal de Justia (STJ) alargou a interpretao do princpio da individualizao das penas. A concluso foi que vedar a substituio das penas indiscriminadamente para crimes de trfico agride este preceito inscrito na Constituio Federal. A partir disso, a Sexta Turma do Tribunal converteu em duas penas restritivas de direito a pena de priso de um condenado por trfico de drogas (artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, nova Lei Antidrogas). ?Para duas condutas diferentes, a melhor recomendao que haja solues diferentes?, justificou o ministro Nilson Naves, relator do habeas

    ? No obstante a citada notcia, caber ao Estado-Juiz, mediante a anlise do caso concreto, determinar a possibilidade da substituio da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.

    No sentido da impossibilidade face ao juzo de reprovabilidade no caso concreto, vide trecho de deciso proferida pelo Tribunal de Justia do Rio de Janeiro:

    TRFICO DE DROGAS.- RECURSO DEFENSIVO.ABSOLVIO POR PRECARIEDADE DE PROVAS.- PROVA BASEADA SOMENTE NOS RELATOS DOS POLICIAIS, QUE DEVEM SER VALORADOS COM CUIDADO E RESERVA.ESTABELECIMENTO DO REGIME SEMIABERTO PARA O CUMPRIMENTO DA PENA.- SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS

    Ao contrrio do que sustenta a defesa, a prova segura, firme e convincente no sentido de demonstrar a acusao, pois que os depoimentos dos policiais, a apreenso da droga e bem assim, as circunstncias da priso, no deixam a menor dvida de que o material entorpecente apreendido, destinava-se ao trfico ilcito, que tanto malefcios causam a nossa sociedade.- Os depoimentos de militares tm o mesmo valor que outros, quando coerentes e harmnicos e no contrariados por outras provas.- No teria sentido o Estado credenciar e treinar seus agentes para o combate a criminalidade e, aps, negar validade as suas falas quando narrassem suas ocorrncias.- O fato da testemunha Emerson no ter reconhecido o ru Raimundo como a pessoa que no dia narrado na denncia lhe fornecera a droga que trazia, no enfraqueceu em nenhum

    momento a prova produzida pela acusao.- A mesma testemunha na Delegacia de Polcia, reconheceu o ru Raimundo como a pessoa que lhe vendera a substncia entorpecente, tendo inclusive declinado para os policiais que efetivaram a priso.- Em juzo, depondo sem a presena do acusado, no o reconheceu, certamente, por temer pela sua vida, pois, sendo usurio de drogas e frequentando a comunidade onde prolifera o trfico, tem cincia de que deve negar qualquer acusao pessoas que fazem parte deste nefando comrcio.- No merece prosperar o pleito de estabelecimento de regime semiaberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade.- O ru foi condenado por crime de trfico de entorpecentes.- Trata-se de crime grave, capaz de causar enormes prejuzos sociedade, que por fora de comando constitucional equiparado

    ao hediondo.- entendimento assente nesta Cmara, que o regime estabelecido deve ser o fechado.Atende-se, ainda, para a regra inserta no 1, do artigo 2, da Lei n. 8072/90.-. O pleito de substituio da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos no merece ser acolhido, diante da vedao contida no 4, do artigo 33, da Lei n. 11.343/06 e do artigo 44, do mesmo diploma legal, alm do que, a substituio se mostra insuficiente e inadequada qualitativamente preveno do delito, reprovao da conduta ou a ressocializao do agente, diante da finalidade do legislador em punir mais severamente crimes dessa natureza - hediondo.- Desprovimento do recurso defensivo.(TJRJ, 2187508-07.2011.8.19.0021- APELACAO, DES. VALMIR RIBEIRO - Julgamento: 04/07/2012 - OITAVA CAMARA CRIMINAL)

    ? Supremo Tribunal Federal, Informativo n. 597

    ARTIGO. Asseverou que, no ordenamento ptrio, a substituio da pena no caberia em qualquer crime, sendo esta vedada em vrias situaes (CP, art. 44). Salientou que o Cdigo Penal, ao versar sobre a substituio da pena, fixara as diretrizes a serem observadas pelo juiz no momento de sua aplicao. Consignou, ademais, que o instituto em apreo no derivaria diretamente da garantia constitucional da individualizao da pena, haja vista que o ordenamento no outorgaria ao juiz a liberdade ampla da analisar se a substituio seria possvel em toda e qualquer situao concreta. Reputou que a garantia da individualizao da pena somente seria violada se o legislador estivesse impedido por completo de realizar a individualizao judicial nos crimes hediondos em pelo menos um de seus dois momentos: o da aplicao da pena prevista na lei pelo juiz sentenciante e o da execuo e cumprimento da reprimenda pelo condenado. Assinalou, nesse sentido, que a proibio legal da substituio da pena no delito de trfico, referir-se-ia apenas a uma diminuio da esfera de atuao judicial na cominao da reprimenda e que no se extinguiria

    a possibilidade de individualizao judicial na fase de sua aplicao. Aduziu que o legislador teria legitimidade para estabelecer limites mnimos e mximos atuao judicial, na imposio da pena em concreto, e que, por tal motivo, a lei penal poderia impor tanto as penas previstas no art. 5, XLVI, da CF ? tais como, penas privativas de liberdade e restritivas de direitos ? quanto outras ali no abarcadas, exceo das penas constitucionalmente proscritas (art. 5, XLVII). Concluiu que a garantia da individualizao da pena no constituiria impedimento a outras vedaes legais e que, se abstrada em demasia, culminaria em situao na qual o legislador no poderia instituir pena alguma, competindo ao juiz individualizar a sano penal de acordo com o seu julgamento no caso concreto dentre aquelas estabelecidas exclusivamente na Constituio. HC 97256/RS, rel. Min. Ayres Britto, 26.8.2010. (HC-97256).

    ? Resoluo n.5, de 2012, do Senado Federal.

    O Senado Federal resolve:

    Art. 1 suspensa a execuo da expresso "vedada a converso em penas restritivas de direitos" do 4 do art. 33 da Lei n 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus n 97.256/RS.

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

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  • Senado Federal, em 15 de fevereiro de 2012.

    Senador JOS SARNEYPresidente do Senado Federal

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 5

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    LEI DE DROGAS (CONT)

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? Confrontar as medidas de Poltica Criminal adotadas pela Lei n. 11343/2006 e consequente interpretao constitucional dos tipos penais.

    ? identificar as condutas tpicas de trfico ilcito de drogas, a incidncia dos institutos repressores previstos na Lei n.8072/1990 e seus consectrios penais.

    ? solucionar, mediante a anlise dos casos concretos apresentados, os conflitos de Direito Intertemporal face ao denominado ?trfico privilegiado?.

    ? diferenciar a conduta de associao para o trfico das demais figuras tpicas de associao para a prtica de crimes previstas no art.288, do Cdigo Penal e no art. 8 da Lei n. 8072/90.

    TEMA

    LEI DE DROGAS (CONT)

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    1. 1. Lei n. 11.343/2006. Trfico de Drogas.

    2. Figuras Tpicas e equiparadas

    Direito Intertemporal e o Enunciado 711 da Smula do Supremo Tribunal Federal.

    O trfico ilcito de drogas e a Lei n. 8072/1990 ? incidncia e questes controvertidas.

    3. Associao para o trfico e a Lei n. 8072/1990: confronto com o art. 8 da Lei n. 8072/90.

    4. A figura do informante, art.37: confronto com os dispositivos do Cdigo Penal.

    6. As causas de aumento de pena ? anlise de sua incidncia.

    Indicao Bibliogrfica

    ? Verbetes de Smula n.522 e 711, do Supremo Tribunal Federal, disponveis em http://www.stf.jus.br.

    ? Informativos de Jurisprudncia n. 433, 491, 512, 508, 533, 593, 594 e 597, do Supremo Tribunal Federal, disponveis em http://www.stf.jus.br.

    ? Informativos de Jurisprudncia n. 358, 360, do Superior Tribunal de Justia, disponveis em http://www.stj.jus.br.

    ? Supremo Tribunal Federal, HC 97390/SP; HC 97256/RS; HC 96923/SP; HC 94802/RS, HC 92.719/ES; HC 93.254/SP; HC 94.248/SP; HC 95685/SP; HC 94442; HC 90445, disponveis em http://www.stf.jus.br.

    ? Superior Tribunal de Justia HC 169454/ SP; HC 159084 / RS; HC 154599 / PR; HC n. 90.380/ES, Rel. Min. Nilson Naves, julgado em 17/6/2008, HC n.8354/RS Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 3/6/2008, (disponveis em http://www.stj.jus.br).

    ? Tribunal de Justia de Minas Gerais, Apelao n. 1410250-23.2008.8.13.0024, Apelao n. 0905452-47.2006.8.13.0024, disponveis em http://www.tjmg.jus.br

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

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  • CASO CONCRETO:

    Adalto e Leonardo foram condenados, isoladamente, pena de 08 (oito) anos e 10 (dez) meses de recluso, em regime inicialmente fechado, pela prtica do delito de trfico e associao para fins de trfico ilcito de drogas, previstos nos art. 33, c/c 40, VI, e art. 35, todos da Lei 11.343/06, pois, consoante sentena penal condenatria, ambos foram presos em flagrante delito por trazerem consigo 50 papelotes de cocana e 2 buchas de maconha. Inconformados, apelam os rus, apresentando razes recursais em separado, com vistas absolvio por ausncia de provas em relao associao para fins de trfico, prevista no art. 35 da referida Lei e, a reduo da pena para o mnimo legal com base na aplicao da benesse prevista no 4, do art. 33, bem como a substituio da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos. As contra-razes e a douta Procuradoria de Justia abraam as concluses da sentena e, especificamente, no que concerne substituio de pena, por fora do disposto no art. 44 da Lei n. 11343/2006. Diante dos fatos narrados, solucione o caso concreto no que concerne possibilidade da substituio da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos para os crimes de trfico ilcito de drogas ? equiparados a hediondos com base nos princpios constitucionais aplicveis Teoria da Pena .

    QUESTO OBJETIVA:

    A respeito da Lei 11.343/2006, assinale a afirmativa incorreta: (Tribunal de Justia do Par Concurso Pblico 200 - Juiz de Direito Substituto de Carreira/FGV)

    a) Prev a reduo de pena de um sexto a um tero para os crimes definidos no caput e no pargrafo primeiro do art. 33, quando o agente for primrio, de bons antecedentes e no se dedique s atividades criminosas nem integre organizao criminosa.

    b) Tipifica em separado, no art. 37, a conduta de quem colabora, como informante, com grupo criminoso destinado ao trfico de drogas (art. 33).

    c) Prev o aumento de pena de um sexto a dois teros para o crime de trfico (art. 33) quando o agente financiar a prtica do crime.

    d) Criminaliza a conduta de quem conduz aeronave aps o consumo de drogas, expondo a dano potencial aincolumidade alheia no art. 39.

    e) Permite que o condenado por trfico de drogas (art. 33) obtenha livramento condicional aps o cumprimento de dois teros da pena, se no for reincidente especfico.

    CONSIDERAO ADICIONAL

    Bibliografia Complementar:

    CARVALHO, Salo de. A Poltica Criminal de Drogas no Brasil. Estudo Criminolgico e Dogmtico. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

    GRECO FILHO, Vicente e RASSI, Joo Daniel. Lei de Drogas Anotada. Lei n.11343/2006. So Paulo: Saraiva, 2007.

    KARAM, Maria Lcia. Proibies, Riscos, Danos e Enganos: As Drogas tornadas Ilcitas. Rio de Janeiro: Lmen Jris, 2009.

    RANGEL, Paulo. BACILA, Carlos Roberto. Comentrios Penais e Processuais Penais Lei de Drogas. Rio de Janeiro: Lmen Jris, 2007.

    SILVA, Jos Geraldo da. LAVORENTI, Wilson. GENOFRE, Fabiano. Leis Penais Especiais Anotadas. Editora Millennium. Campinas So Paulo.

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 6

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    LEI DE TORTURA

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? reconhecer as figuras tpicas de tortura e sua necessria interpretao constitucional.

    ? reconhecer as figuras tpicas de tortura e diferenci-las das condutas de maus tratos, leso corporal e homicdio qualificado, previstas no Cdigo Penal.

    ? analisar a incidncia dos institutos repressores previstos na Lei n.8072/1990 aos delitos de tortura.

    TEMA

    LEI DE TORTURA

    ESTRUTURA DO CONTEDO

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  • 1. A Lei n. 9455/97.

    1.1.Bem jurdico-penal tutelado - art. 5, III e XLIX, XLIII da Constituio da Repblica de 1988.

    1.2. A Lei n. 9455/1997 e o art. 4, da Conveno das Naes Unidas contra a Tortura.

    1.3. Conceito de Tortura ? alcance da expresso ?sofrimento fsico e mental?.

    1.4. A incidncia dos institutos repressores previstos na Lei n. 8072/1990.

    1.5. Figuras tpicas: controle de constitucionalidade

    1.5.1. Figura Equiparada ? art. 1, 1.

    1.5.2. A responsabilidade do omitente prevista no art. 1, 2 - confronto com os art.13, 2 e 29, ambos do Cdigo Penal.

    1.5.1. Confronto com as figuras tpicas da Lei n. 4898/1965 - Lei de Abuso de Autoridade.

    1.5.2. Confronto entre a figura tpica prevista no art. 1, II, da Lei n. 9455/1997 e o art. 136, do Cdigo Penal.

    1.5.3. A figura qualificada e o confronto com a figura prevista no art. 121, 2, III, do Cdigo Penal.

    1.6. Consectrios Penais e Processuais.

    1.6.1. Alteraes legislativas e o Direito Intertemporal.

    1.6.2. Causas de aumento de pena.

    Indicao Bibliogrfica

    Leia os art. 1 a 4, da Lei n.9455/1997.

    ?Leia seu material didtico

    ? Leia as seguintes decises proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais acerca do tema:

    ? Informativos de Jurisprudncia n. 544, 546, 547, do Supremo Tribunal Federal, disponveis em http://www.stf.jus.br.

    ? Informativos de Jurisprudncia n 316, 337 do Superior Tribunal de Justia, disponveis em http://www.stj.jus.br.

    ? Superior Tribunal de Justia, Conflito de Competncia n. 94767 / MS, 2008/0061273-5, Terceira Seo, Rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho, julgado em 25/06/2008, disponvel em http://www.stj.jus.br

    ? Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro, Apelao Criminal n. 2006.050.03592, Oitava Cmara Criminal, Rel. Des. Gilmar Augusto Teixeira, Julgada em 24/08/2006, disponvel em: http://www.tjrj.jus.br.

    ? Tribunal de Justia do Estado do Rio de Grande do Sul, Apelao Crime N 70030923130, disponvel em: http://www.tjrs.jus.br.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • CASO CONCRETO:

    Feliciano, foi denunciado e condenado como incurso nas sanes do artigo 1, caput, II e 4, da Lei 9.455/97 pena de 3 anos 1 ms de recluso, a ser cumprida em regime fechado. Inconformado com a deciso proferida pelo Juzo de 1 Instncia, interps recurso de apelao (fls. XX/XX), com vistas desclassificao da conduta para o delito de maus tratos previsto no art. 136, do Cdigo Penal.

    A materialidade do delito restou comprovada pelo auto de exame de corpo de delito (fl. XX) e pela prova oral colhida. Para fins de esclarecimento da questo formulada, seguem, abaixo, trechos da pea acusatria (fl. XX):

    (...)?Por diversas vezes, deste data no apurada at o dia --- de ------- de 2----, na Rua ---------, Bairro --------, na Cidade de -----------, o denunciado, com emprego de violncia, submeteu Lucas Pimenta, de dois anos de idade, que estava sob o seu poder ou autoridade a intenso sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal.

    (...)?O denunciado torturava a criana, mediante espancamento, bem como a submetia a mergulhar as mos em gua quente para castig-la, pois ficava incomodado com o choro do beb, o qual estava sob o seu poder ou autoridade, j que filho de sua companheira.

    Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, diferencie as condutas previstas nos art. 136, do Cdigo Penal e artigo 1, caput, II da Lei 9.455/97 de modo a decidir acerca do referido pleito desclassificatrio.

    QUESTO OBJETIVA:

    Em relao ao crime de tortura possvel afirmar: (Defensor Pblico DPE/SP -2009)

    a) Passou a ser previsto como crime autnomo a partir da entrada em vigor da Constituio Federal de 1988 que, no art. 5o, inciso III afirma que ningum ser submetido a tortura, nem a tratamento desumano e degradante e que a prtica de tortura ser considerada crime inafianvel e insuscetvel de graa ou anistia.

    b) praticado por qualquer pessoa que causa constrangimento fsico ou mental pessoa presa ou em medida de segurana, pelo uso de instrumentos cortantes, perfurantes, queimantes ou que produzam stress, angstia, como priso em cela escura, solitria, submisso a regime de fome etc.

    c) cometido por quem constrange outrem, por meio de violncia fsica, com o fim de obter informao ou confisso da vtima ou de terceira pessoa, desde que do emprego da violncia resulte leso corporal.

    d) Os bens jurdicos protegidos pela ?tortura discriminatria? so a dignidade da pessoa humana, a igualdade, a liberdade poltica e de crena.

    e) praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrncia ou continuidade da ao ou de apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submisso levadas a efeito mediante violncia ou grave ameaa.

    CONSIDERAO ADICIONAL

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  • Confronto entre os delitos de tortura e maus tratos

    EMENTA.CRIME DE TORTURA. ALEGAO DE INSUFICINCIA PROBATRIA E REQUESTO DE DESCLASSIFICAO PARA A INFRAO DE MAUS TRATOS. Provada a autoria e materialidade das ofensas integridade fsica da criana praticada pelo apelante e terceira pessoa. No crime de maus tratos h o indispensvel animus corrigendi vel disciplinandi, enquanto no delito de tortura a inteno apenas a de fazer com que a vtima sofra, passando por suplcio, causando padecimento, ainda que a ttulo de aplicao de castigo pessoal. No delito previsto na Lei Especial o fim a tortura, com a utilizao das agresses fsicas e mentais como meio para tal. J no delito de maus tratos a finalidade a correo, podendo ter como meio o uso exagerado e inexplicvel da violncia. Ademais, o ru se defende do fato imputado, sendo que a denuncia informa que o mvel que impulsionou as agresses fsicas infligidas no menor foi a efetiva demora do menor em se alimentar e a no utilizao do banheiro para a realizao de suas necessidades. Provimento do recurso defensivo para desclassificar a imputao, com reposicionamento das penas, na forma do voto do relator. (TJRJ- Apelao Criminal n. 2006.050.03592, Oitava Cmara Criminal, Rel. Des. Gilmar Augusto Teixeira, Julgada em 24/08/2006).

    No que concerne competncia para processo e julgamento, j decidiu o Superior Tribunal de Justia:

    EMENTA. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. INQURITO POLICIAL. MAUS TRATOS CONTRA MENOR. JUIZADO ESPECIAL E VARA DA INFNCIA E DA JUVENTUDE. RESOLUO 534 DO TJMS. ART. 145 E 148 DO ECA. CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. COMPETNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. CONFLITO CONHECIDO PARA DECLARAR A COMPETNCIA DO JUZO SUSCITANTE.

    1. No rol da competncia da Vara da Infncia e da Juventude estabelecido no art. 148 do ECA no est inserido o julgamento dos crimes contra o menor previstos no Cdigo Penal, como ocorre na hiptese em discusso, em que o crime a ser apurado o de maus tratos (art. 136, 3o. do CPB).

    2. Ainda que o Tribunal possa criar Vara da Infncia e da Juventude, como prev o art. 145 do ECA, no pode lhe atribuir competncia fora das hipteses definidas na referida legislao.

    3. Cuidando-se de crime de menor potencial ofensivo, pois a pena mxima cominada de 1 ano de deteno, a competncia do Juizado Especial Criminal (art. 61 da Lei 9.099/95).

    4.Conflito conhecido para declarar competente o Juzo de Direito da 4a. Vara do Juizado Especial Cvel e Criminal de Campo Grande/MS. (STJ, Conflito de Competncia n. 94767 / MS, 2008/0061273-5, Terceira Seo, Rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho, julgado em 25/06/2008).

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 7

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula.

    ? identificar as figuras tpicas de abuso de autoridade e diferenci-las das condutas civil ou administrativamente ilcitas.

    ? diferenciar os crimes de abuso de autoridade das condutas tpicas de tortura.

    ? diferenciar os crimes de abuso de autoridade dos crimes praticados contra a Administrao Pblica, previstos no Cdigo Penal.

    ? identificar, nos casos em que a conduta de abuso de autoridade seja praticada por militar, o juzo competente para processo e julgamento do crime de abuso de autoridade e dos possveis delitos praticados no mesmo contexto ftico.

    TEMA

    CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    1. 1. Lei n. 4898/65.

    Bem jurdico-penal tutelado.

    Conceito de autoridade.

    Direito de representao: natureza jurdica.

    As condutas de Abuso de Autoridade.

    Confronto entre as condutas ilcitas sujeitas s sanes de natureza administrativa ou civil.

    Confronto com os delitos previstos no Cdigo Penal e na Lei n. 9455/97.

    Consectrios penais e processuais.

    1.5.1. Incidncia das medidas despenalizadoras da Lei n.9099/1995 aos crimes de abuso de autoridade.

    1.5.2. Competncia para processo e julgamento de Crime de Abuso de Autoridade praticado por militar.

    Indicao Bibliogrfica.

    ? Leia os art. 1 a 7, da Lei n.4898/1965.

    ? Leia as seguintes decises proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais acerca do tema:

    ? Verbetes de Smula n.90 e 172 do Superior Tribunal de Justia, disponveis em http://ww. http://www.stj.jus.br

    ? Informativos de jurisprudncia n.324, 370, do Superior Tribunal de Justia

    ? Superior Tribunal de Justia, HC 71.407-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 2/10/2008, ExVerd 42-ES, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgada em 20/6/2007, disponvel em http://ww. http://www.stj.jus.br

    ? Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, HC n. 70028826857, Terceira Cmara Criminal, Relator: Elba Aparecida Nicolli Bastos, Julgado em 02/04/2009; Recurso Crime n 71001958487, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Maria Jos Schmitt Sant Anna, Julgado em 09/03/2009 disponveis em http://ww. http://www.tjrs.jus.br.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

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  • CASO CONCRETO:

    Alessandro Antunes, policial militar, a partir de informaes fornecidas por seu superior, dirige-se at a casa de ngela Cruz, com vistas ao cumprimento de mandado de priso contra Jlio Cruz, irmo de ngela. Ao chegar casa de ngela, depara-se com um homem cujas caractersticas fsicas se adequavam s de Jlio Cruz e, mediante o uso de ameaa o obriga a se identificar. Nervoso com o comportamento do policial, o rapaz afirma ser Paulo Roberto, irmo de Jlio e ngela. O policial, ainda, por meio de sua fora fsica, algema Paulo Roberto e ordena que apresente documentao comprobatria da sua identificao. O rapaz, extremamente nervoso, consegue mostrar sua carteira de identidade a Alessandro que, inconformado por ter tido frustrado o cumprimento de seu mandado de priso, desferiu um soco no rosto de Paulo Roberto. Ato contnuo, foi embora da casa de ngela e Paulo Roberto Cruz.

    Jonas Arruda, policial militar que acompanhara Alessandro Antunes na viatura e a tudo assistira, narrou os fatos ao Comandante da Unidade a fim de que fossem tomadas as providncias cabveis para que a conduta de Alessandro Antunes no se repetisse. Cabe salientar que, a vtima no realizou exame de corpo de delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda s questes formuladas:

    a) Qual a conduta tpica praticada por Alessandro Antunes?

    b) Qual o Juzo competente para o processo e julgamento do feito?

    QUESTO OBJETIVA:

    Determinado juiz foi denunciado perante o tribunal de justia por prtica do crime de abuso de autoridade. De acordo com a denncia, o juiz invadiu a sala de aula do colgio de seu filho e ofendeu a professora por ter retirado a criana da sala de aula. No momento da invaso, afirmou que a professora no poderia retirar o filho de um juiz e, portanto, de uma autoridade da sala de aula. A professora, ento, tentou explicar os procedimentos da escola, mas o juiz, proferindo palavras de baixo calo, mandou-a calar a boca, sob pena de priso em flagrante delito. A denncia contra o juiz foi oferecida um ano e trs meses aps o cometimento do delito, e a pena mxima a que ele pode ficar submetido, de acordo com a lei, de 6 meses de deteno. Considerando a situao hipottica acima e a legislao e doutrina sobre o crime de abuso de autoridade, assinale a opo correta. . (CESPE/ TSE 2007. Analista Judicirio).

    a) O delito cometido tem duplo sujeito passivo: o sujeito passivo imediato ? a professora ? e o sujeito passivo mediato ? o Estado, titular da administrao pblica.

    b) O delito de abuso de autoridade cometido crime ao qual se aplicam os institutos despenalizadores como a transao penal, razo pela qual tal benefcio deve ser oferecido ao juiz antes do recebimento da denncia.

    c) Como a lei que prev os crimes de abuso de autoridade fez expressa referncia ao prazo prescricional de um ano, no se aplica ao caso o prazo do Cdigo Penal, estando, portanto, prescrita a pretenso punitiva do Estado.

    d) possvel punir o juiz pela prtica do crime culposo de abuso de autoridade.

    CONSIDERAO ADICIONAL

    Relatrio - Plano de Aula 07/02/2013 17:40

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 8

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    REVISO TEORIA DO CRIME E TEORIA DA PENA

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    Familiarizar-se com a metodologia e objetivos da elaborao de questes de natureza objetiva.

    Desenvolver e aprimorar suas habilidades para a resoluo de questes de natureza objetiva.

    Fomentar a construo de uma rede de sentidos e raciocnio do aluno.

    TEMA

    REVISO TEORIA DO CRIME E TEORIA DA PENA

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    I. A Cincia Penal. Princpios Norteadores, Garantidores e Limitadores Do Direito Penal . Teoria da Norma Jurdico-Penal .Validade e Eficcia da Lei Penal no Tempo e No Espao. Teoria do Delito. Do Fato Tpico e seus Elementos. Ilicitude. Culpabilidade. Teoria do Erro. Concurso de Pessoas.

    I.Teorias da Sano Penal: Teorias da Pena. Evoluo Histrica. Finalidade e Fundamento das Penas. O sistema Penal Brasileiro. Concurso de crimes. Ao Penal. Causas Extintivas de Punibilidade Concreta e Abstrata. A Prescrio Penal.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

    1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    1) Imagine que, com inteno de evitar a proliferao da gripe A (H1N1), o Congresso Nacional, por suas duas casas, tivesse aprovado projeto de lei, posteriormente sancionado pelo Presidente da Repblica, que tornasse crime a conduta de falar em pblico sem

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  • utilizao de mscara de proteo para conteno da saliva. Figure, ainda, que referida lei, quando da sua publicao, em abril de 2009, desde logo estabelecesse que tal criminalizao teria vigncia, apenas, nos meses de junho, julho e agosto de 2009. Por fim, imagine que nesse cenrio, o professor Marcelo houvesse lecionado sem mscara para seus alunos no ms de julho de 2009, realizando, portanto, a conduta criminalizada pelo tipo penal. Com relao a esse caso hipottico, correto afirmar que: VUNESP - 2009 - CETESB - Advogado

    a) se trata de lei excepcional, que tem vigncia vinculada a uma determinada circunstncia social como calamidades ou guerras, sendo que, mesmo aps cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.

    b) Marcelo ser favorecido pela nova ordem legal que se instalar aps o trmino da vigncia da lei e, sendo assim, ainda que estivesse respondendo a ao penal, teria decretada em seu favor a extino da punibilidade.

    c) o professor ser beneficiado pela abolitio criminis, j que o trmino do perodo de vigncia da lei indica que o bem jurdico em questo no mais ameaado, no sendo coerente sustentar qualquer responsabilizao criminal.

    d) se trata de lei penal temporria, sendo que os fatos tpicos praticados por Marcelo, mesmo aps o trmino da vigncia da lei, sero punidos por ter tal espcie de norma efeito ultrativo.

    e) aplicao da pena s ser possvel se o fato tpico for descoberto durante a vigncia da lei que o criminaliza, sendo que necessrio, ao menos, que durante o perodo de vigncia da lei seja oferecida denncia em desfavor do professor.

    2) correto afirmar, no tocante aos princpios constitucionais penais: (MPDFT/2011)

    a) O princpio da legalidade dos crimes e das penas, sob a perspectiva do nullum crimen sine lege scricta, repudia o emprego da interpretao extensiva in malam partem.

    b) O uso de leis penais em branco, em sentido estrito, foi banido pelo Supremo Tribunal Federal, por caracterizar ofensa ao princpio da taxatividade.

    c) O princpio da reserva legal mitigado no mbito do direito da infncia e da juventude, dada a inimputabilidade absoluta do menor de 18 anos de idade.

    d) O princpio da lesividade ou da ofensividade, entre outros aspectos, repele a punio do cidado cuja conduta sequer se inicia.

    e) Como decorrncia imediata do princpio da culpabilidade, no possvel a criminalizao de simples estados existenciais.

    3) Examine as afirmaes que se seguem, referentes aplicao da lei penal, e assinale a alternativa correta: (MPDFT/2011)

    a) Ostentam imunidade diplomtica os diplomatas de carreira, os membros do quadro administrativo e tcnico da sede diplomtica, com os respectivos familiares, alm dos adidos consulares.

    b) O fenmeno da Lex intermedia importa na aplicao da lei penal mais benfica ao acusado, ainda que no tenha sido a lei de regncia ao tempo do fato, nem mais subsista, dada sua revogao, ao tempo da deciso condenatria.

    c) Segundo entendimento doutrinrio e jurisprudencial predominante, operou-se a abolitio criminis em relao ao crime de porte de entorpecentes para uso prprio, nos termos da Lei n 11.343/2006.

    d) A aplicao da lei penal estrangeira ao crime ocorrido no territrio brasileiro vedada pelo princpio da soberania.

    e) Por se tratar de crime formal, extorso mediante seqestro, iniciada na gide da lei penal mais branda, no se aplica a lei penal mais grave, ainda que a restrio da liberdade da vtima perdure aps a alterao legislativa que agrave a pena do referido crime.

    4) Julgue as assertivas sobre a omisso penalmente relevante e os crimes culposos, marcando a alternativa correta: (MPDFT/2011)

    a) O ordenamento jurdico brasileiro admite a punibilidade dos crimes omissivos prprios e imprprios praticados com dolo ou culpa.

    b) Na omisso imprpria, a ingerncia corresponde obrigao legal de cuidado, proteo ou vigilncia, caracterizando a figura do garante.

    c) A culpa inconsciente diferencia-se do dolo eventual na medida em que o agente, embora represente a possvel produo do resultado tpico lesivo, acredita na sua no ocorrncia.

    d) So elementos objetivos necessrios dos tipos penais omissivos prprios e imprprios: situao de perigo para o bem jurdico, produo do resultado naturalstico tpico, poder concreto de ao, omisso da ao mandada e posio de garante.

    e) Na omisso possvel caracterizar-se a participao em qualquer de suas formas, a saber, a determinao, a instigao e o auxlio.

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  • 5) Aprecie as seguintes assertivas relativas teoria do crime, marcando a alternativa correta: (MPDFT/2011)

    a) O ponto de identidade entre dolo eventual e a culpa inconsciente reside na representao da possibilidade de produo do resultado, consentida, no primeiro caso, e repelida, no ltimo.

    b) A imprudncia relacionada com a atitude positiva do agente, percebendo-se no seu atuar o desleixo, a desateno ou a displicncia.

    c) A teoria objetivo-formal justifica a punibilidade da tentativa tendo por base a exteriorizao da vontade do autor, contrria ao direito.

    d) A definio do consentimento do ofendido como hiptese de atipicidade ou de justificao da conduta dependente do tipo penal de que se trata no caso concreto.

    e) So causas supralegais de excluso de ilicitude: insignificncia penal, consentimento do ofendido, adequao social da conduta.

    6) Destaque, luz do entendimento doutrinrio predominante sobre a culpabilidade, a alternativa correta: (MPDFT/2011)

    a) O conceito psicolgico-normativo da culpabilidade caracterizado pela aposio do dolo e da culpa no tipo penal, remanescendo na anlise da culpabilidade a capacidade de imputabilidade (como elemento de natureza psicolgica), o conhecimento da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa (como elementos de natureza normativa).

    b) Ao portador de doena mental aplicada medida de segurana quando, no caso concreto, atua sem qualquer conscincia de realizao dos elementos do tipo penal.

    c) A embriaguez voluntria completa isenta o agente de pena quando este, ao tempo da ao, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se conforme esse entendimento.

    d) A teoria da co-culpabilidade funda-se no entendimento de que o comportamento docidado ofendido pela conduta criminosa provocou ou, de qualquer modo, concorreu para a ao ou omisso do acusado.

    e) Para a afirmao da culpabilidade no caso concreto insuficiente a constatao da conscincia atualizvel do injusto, sendo, porm aceitvel o conhecimento sob a forma da conscincia.

    7) Em relao s penas restritivas de direitos, correto afirmar que: (JUIZ SUBSTITUTO. TJGO/2012)

    a) o juiz da execuo penal, sobrevindo condenao a pena privativa de liberdade, por outro crime ou contraveno, decidir sobre a converso, podendo deixar de aplic-la se for possvel ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.

    b) a prestao de servios comunidade ter a mesma durao da pena privativa de liberdade substituda e, se esta for superior a 1 (um) ano, poder o condenado cumpri-la em menor tempo, nunca inferior a 1/3 (um tero) da sano corporal fixada.

    c) a prestao pecuniria consiste no pagamento em dinheiro vtima, a seus dependentes ou a entidade pblica ou privada com destinao social, de importncia fixada pelo juiz, no inferior a 10 (dez) dias multa nem superior a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. O valor pago ser deduzido do montante de eventual condenao em ao de reparao civil, se coincidentes os beneficirios.

    d) incabvel a pena substitutiva de interdio temporria de direitos, na modalidade de suspenso da habilitao para dirigir veculo, no caso de homicdio culposo na direo de veculo automotor.

    e) conversvel em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrio imposta, sem deduo do tempo cumprido de pena substitutiva

    8) As circunstncias agravantes: (JUIZ SUBSTITUTO. TJGO/2012)

    a) podem elevar a pena acima do mximo previsto em lei para o crime, do mesmo modo que as causas de aumento.

    b) no incidem nos crimes culposos, salvo a reincidncia.

    c) sero consideradas na fixao da pena-base.

    d) sempre preponderam sobre as circunstncias atenuantes, no caso de concurso entre umas e outras.

    e) no incidem quando tambm qualificarem o crime, mas podem ser aplicadas se elementares da infrao.

    9) No tocante prescrio, correto afirmar que: (JUIZ SUBSTITUTO. TJGO/2012)

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  • a) o dia do comeo no se inclui no cmputo do prazo.

    b) o prazo sempre de dois anos no caso de penas restritivas de direitos.

    c) no constitui matria prejudicial da anlise do mrito da ao penal.

    d) incidir sobre o total da pena, se reconhecido o concurso material de infraes, e sobre a pena de cada um, isoladamente, se identificado o formal.

    e) se regula, em abstrato, pelo mximo da pena cominada, menos um tero, no caso de imputao de crime tentado.

    10) No que diz respeito a concursos de crimes, assinale a opo correta. (UnB/CESPE ? TJCE/2012)

    a) A jurisprudncia dos tribunais superiores pacificou-se no sentido de que aos crimes de roubo e de extorso aplica-se o instituto da continuidade delitiva, pois, a despeito de no serem delitos da mesma espcie, esto intimamente ligados por nexo funcional.

    b) A jurisprudncia reiterada do STJ orienta-se no sentido de que, para caracterizar a continuidade delitiva, basta o preenchimento dos requisitos de ordem objetiva.

    c) A utilizao da regra segundo a qual, no concurso de crimes, as penas de multa so aplicadas distinta e integralmente restringe-se aos casos de concursos material e formal, no se inserindo no mbito de abrangncia da continuidade delitiva.

    d) Se, no delito de roubo, houver, com uma s ao, leso ao patrimnio de vrias vtimas, estar configurado concurso formal, raciocnio que no se aplica ao crime de crcere privado nas hipteses em que, por meio de uma s conduta, haja a restrio da liberdade de mais de uma pessoa, caso que configura um nico delito.

    e) Segundo a jurisprudncia do STJ, o lapso temporal superior a trinta dias entre os crimes de roubo praticados pelo mesmo agente no d azo aplicao do concurso material, devendo incidir, nesse caso, a regra da continuidade delitiva.

    CONSIDERAO ADICIONAL

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 9

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? Identificar a objetividade jurdica da Lei n.9503/1997: imediata e mediata.

    ? Compreender os princpios norteadores do Cdigo de Trnsito

    ? Compreender a insero de polticas criminais voltadas proteo da prpria coletividade, de modo a prever tipos penais de perigo e no s de dano na conduo de veculo automotor.

    ? Reconhecer a existncia de condutas ilcitas de natureza administrativa e penal, bem como das respectivas sanes.

    ? Analisar a incidncia das medidas despenalizadoras previstas na Lei n. 9099/1995 s condutas tpicas previstas na Lei n.9503/1997.

    ? Analisar os pressupostos para a aplicao de medidas cautelares face sistemtica da Lei n.9503/1997

    TEMA

    CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO

    ESTRUTURA DO CONTEDO

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  • 1. 1. A Lei n. 9503/1997 ? Cdigo de Trnsito Brasileiro.

    1.1 Bem jurdico tutelado: objetividade jurdica - imediata e mediata.

    1.2 Sociedade de Risco e o incremento de um risco no permitido. A Teoria do Risco e a Lei n. 9503/1997.

    1.2.1 Os crimes de perigo e de dano.

    1.2.2 Os crimes de perigo abstrato e sua recepo pela Constituio de 1988.

    1.3. Princpios norteadores do Cdigo de Trnsito e Segurana Viria.

    2. Dogmtica jurdico-penal.

    2.1. Interpretao constitucional.

    2.2. Direito Intertemporal ? as Leis n.11275/2006 e 11705/2008.

    3. Consectrios Penais e processuais.

    3.1. Lei n. 9099/1995 ? critrios de incidncia.

    3.2. Multa reparatria- aplicabilidade e natureza jurdica.

    3.3. A suspenso da permisso ou da habilitao, ou proibio de sua obteno, para dirigir veculo automotor ? natureza jurdica e hipteses de aplicao.

    3.4. Priso em flagrante delito no caso de acidentes com vtimas.

    Indicao Bibliogrfica.

    ? Leia os art. 1; 291 a 301, da Lei n.9503/1997.

    ? Leia as seguintes decises proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais acerca do tema:

    ? Verbete de Smula n.720, do Supremo Tribunal Federal, disponvel em: http://www.stf.jus.br.

    ? Supremo Tribunal Federal, ADI 3897 / DF, HC 93916 / PA disponveis em: http://www.stf.jus.br.

    ? Superior Tribunal de Justia, REsp608078, RHC20190/MS, RHC 13.485-SP, HC 45636 / RJ, CC 93900 / MG, REsp 970994 / PR, disponveis em: http://www.stj.jus.br.

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

    CASO CONCRETO :

    Anderson, em 20 de maio de 2006, por volta das 17h, ao trafegar na BR 040 ? Avenida Washington Lus, sentido Rio de Janeiro, na conduo do veculo fiesta, placa LPD XXXX, ao efetuar uma manobra para desviar de veculo que se encontrava parado no acostamento, perdeu o controle da direo de seu veculo, ingressou na pista contrria e colidiu frontalmente com a motocicleta Honda XLR, placa KLM-XXXX, conduzida por Roberto e que trafegava pela referida via, em sentido oposto. Nervoso com a situao, Anderson, prestou imediato socorro a Roberto, todavia este faleceu a caminho do hospital. Segundo laudo pericial, Anderson trafegava em velocidade excessiva para as condies da pista e para a neblina, comum neste horrio. Ante o exposto, analise sob o aspecto jurdico-penal a conduta de Anderson, bem como a tese defensiva apresentada para fins de excluso da responsabilidade penal, haja vista o fato de Roberto, no momento da coliso, pilotar a moto na contra-mo de direo.

    QUESTO OBJETIVA:

    Com relao legislao especial, INCORRETO afirmar que: PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polcia

    a) nos crimes contra a ordem tributria, o pagamento do tributo, antes do recebimento da denncia, caracteriza causa extintiva de punibilidade.

    b) motorista de txi que se distrai conversando com passageiro e atropela pedestre, causando-lhe leses corporais e induzido pelo acompanhante a deixar de prestar socorro vtima, responde pelo crime de leso corporal culposa, funcionando a omisso de socorro e a circunstncia de estar no exerccio da profsso como causas especiais de aumento de pena, conforme a Lei n 9.503/97, respondendo o passageiro pelo crime de omisso de socorro, previsto no art. 135 do Cdigo Penal.

    c) a Lei de Tortura prev exceo, ao princpio da territorialidade, determinando a aplicao da lei brasileira a crimes ocorridos fora do territrio brasileiro, sempre que a vtima for brasileira.

    d) para o crime de trfco ilcito de entorpecentes, a associao eventual constitui causa de aumento de pena, sendo a associao para o trfco, prevista no art. 35 da Lei n 11.343/2006, delito autnomo que demanda comprovao da estabilidade e permanncia da societas sceleris.

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  • CONSIDERAO ADICIONAL

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  • Disciplina: DPU0257 - TPICOS DE DIREITO PENAL

    Semana Aula: 10

    DESCRIO DO PLANO DE AULA

    CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO (CONT)

    OBJETIVO

    O aluno dever ser capaz de:

    ? conhecer o plano de aula.

    ? identificar, nos casos concretos propostos, o conflito aparente de normas entre os delitos previstos na Lei n.9503/1997 e as figuras tpicas previstas no Cdigo Penal.

    ? compreender a relevncia da distino entre Dolo Eventual e Culpa Consciente para os Crimes de Trnsito.

    ? analisar os crimes em espcie previstos na Lei n.9503/1997, seus elementos distintivos e a incidncia de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre eles.

    ? analisar os conflitos decorrentes dos conflitos de leis penais no tempo, mormente, em relao ao delito de embriaguez ao volante.

    ? reconhecer a aplicabilidade do instituto do perdo judicial aos crimes de trnsito e seus consectrios penais e extrapenais.

    TEMA

    CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO (CONT)

    ESTRUTURA DO CONTEDO

    1. 1. Crimes de trnsito.

    1.1. Crimes de Perigo e de Dano: distino.

    1.2. Teoria da Imputao Objetiva do resultado e Risco Permitido.

    1.3. A relevncia da distino entre Dolo Eventual e Culpa Consciente para os Crimes de Trnsito.

    2. Crimes em Espcie.

    2.1.Homicdio Culposo na direo de veculo automotor.

    2.1.1 Elementos

    2.1.2. Causas de aumento.

    2.1.3. Confronto com o delito de embriaguez ao volante.

    2.1.4. Confronto com o delito de homicdio culposo, previsto no Cdigo Penal.

    2.2.Leso Corporal Culposa na direo de veculo automotor.

    2.2.1 Elementos

    2.2.2. Causas de aumento.

    2.2.3. Confronto com o delito de embriaguez ao volante.

    2.2.4. Confronto com o delito de homicdio culposo, previsto no Cdigo Penal.

    2.3.Participao em competio no autorizada

    2.3.1 Elementos. Classificao, consumao e tentativa.

    2.3.2. Confronto com os delitos de Homicdio Culposo e Leso Corporal Culposa na direo de veculo automotor.

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  • 2.4 Embriaguez ao Volante:

    2.4.1 A Lei n. 11705/2008 critrios de tipificao: confronto com as infraes administrativas e o princpio da vedao a autoincriminao compulsria.

    2.4.2 Elementos. Classificao, consumao e tentativa.

    2.4.3. A Lei n. 11705/2008 e o Direito Intertemporal ? questes controvertidas.

    2.4.4. Confronto com os delitos de Homicdio Culposo e Leso Corporal Culposa na direo de veculo automotor.

    3.Consectrios Penais

    3.1.Incidncia da Lei n. 9099/1995 e seus institutos despenalizadores.

    3.2. Individualizao das penas e o princpio da proporcionalidade das penas.

    3.3. Os delitos de trnsito e a substituio de penas privativas de liberdade por restritivas de direitos.

    3.4. Concurso de crimes e conflito aparente de normas entre os delitos de trnsito.

    3.5.O instituto do Perdo Judicial e os delitos de trnsito.

    3.5.1. Natureza jurdica do instituto.

    3.5.2. Obrigatoriedade ou facultatividade de aplicao.

    3.5.3.Natureza jurdica da sentena concessiva do perdo judicial. Controvrsia: entendimento dos Tribunais Superiores. Verbete de Smula n. 18 STJ.

    Indicao Bibliogrfica.

    ? Leia os art. 302 a 312, da Lei n.9503/1997.

    ? Leia as seguintes decises proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais acerca do tema:

    ? Superior Tribunal de Justia - HC 21442 / SP; Quinta Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em 07/11/2002

    PROCEDIMENTO DE ENSINO

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  • 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

    2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula.

    3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos.

    4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas.

    4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico.

    5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove).

    6- A AV3 valer at 10 pontos e ser composta de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes dos Planos de Aula, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

    RECURSO FSICO

    Artigos Jurdicos, Jurisprudncia dos Tribunais Superiores e do Tribunal do Tribunal de Justia Estadual. Notcias veiculadas na imprensa e internet sobre temas objeto da disciplina.

    APLICAO PRTICA/ TERICA

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  • CASO CONCRETO:

    Leia o caso concreto abaixo, veiculado pela mdia e, consoante os estudos realizados sobre os delitos hediondos, responda, justificadamente, consoante os entendimentos doutrinrios e jurisprudenciais dominantes, s questes propostas:

    Motorista embriagado causa a morte de uma jovem em Gois

    Um ano e seis meses aps a aprovao da lei seca, ainda tem muita gente que bebe antes de pegar no volante. Neste feriado em Gois, o nmero de embriagados flagrados dirigindo triplicou.

    Fonte: Jornal o Globo on-line; disponvel em: http://g1.globo.com; acesso em: 29/12/09

    Um jovem bbado na direo acabou com as festas de fim de ano de uma famlia inteira. ?No fcil, uma pessoa jovem, com um futuro promissor, a vida toda pela frente?, diz Alonso Cndido de Resende, tio de Natalie. Natalie Roitman, de 18 anos, voltava de um bar com amigos em Goinia em um carro lotado. De acordo com testemunhas, o carro subiu o canteiro central em alta velocidade e capotou vrias vezes. Natalie foi arremessada pelo vidro traseiro e morreu na hora. Wilmar Nunes Junior, d