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Ninhada de roedores jovens

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Características Biológicas dos Roedores

• 1 gestação: leva em média de 22 a 25 dias;• Número de ninhadas ano: até 06;• Número de filhotes: de 7 a 12;• Idade de desmame: 28 dias;• Maturação sexual: 60 a 90 dias;• Vida média: 18 a 24 meses;• Tipo de agrupamento: colônia – casal.

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HANTAVIROSE

A hantavirose é uma zoonose emergente fruto de alterações no ecossistema.

Histórico:

• 1913------União Soviética, Coréia e China;• 1934------Escandinávia e Leste Europeu;• 1993------Estados Unidos e no Brasil;• 1995------Argentina e Chile;• 1997------Paraguai.

• Até novembro de1998 foram diagnosticados 150 casos na Argentina, 46 no Chile, 35 no Paraguai, 5 no Uruguai, e 13 no Canadá.

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Aspectos Epidemiológicos Santa Catarina

• Em 2012 foram confirmados 48casos, 24 da área urbana, 22 da área rural, 1 periurbano, 1 ignorado. Chapecó, 2 casos, 1 da área urbana e 1 da área rural.

• Desses 48 casos, 21 evoluíram para o óbito e 23 tiveram cura, 4 casos ficaram como ignorado a evolução

• http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/tabnet?sinannet/hantaviroses/bases/hantabrnet.def

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Fatores/causas da Hantavirose• Perfil Agrícola: na maioria dos casos no RS, SC e Argentina,

envolvendo lavouras de milho / matas próximas.

• Construção de paióis ou outros anexos que permitem a entrada dos roedores e acesso direto a ração estocada ou grãos;

• Manejo da lavoura de milho, tanto de uso de “plantio direto”, como na manutenção de parte da colheita (espigas ou sacos de milho debulhados) durante a noite no local de plantio, o que permite o acesso dos roedores silvestres que depositam suas excretas no milho;

• Desequilíbrios ecológicos importantes, onde o desmatamento associado a quase extinção dos predadores naturais (cobras gaviões, corujas e lagartos , etc....) associados ao aumento da população de roedores e invasão de residências e anexos na zona rural quando esgota-se o alimento oferecido, seja na mata ou nas lavouras.

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Fatores/causas da Hantavirose• Ocorrência do fenômeno conhecido como “ratada” , que

seria o aumento da população de roedores devido a maior oferta de alimentos naturais. Devido a floração e frutificação cíclica de determinadas taquaras da Mata Atlântida (caso ocorrido em SP)

• Área de reflorestamento com pínus ou eucaliptos, onde a população de roedores se adapta ao novo habitat e quando da extração da madeira ocorre o contato do vírus com o homem (casos ocorridos no Paraná)

• Urbanização de áreas rurais, fazendo com que os bairros estejam localizados próximos as matas ou áreas rurais (casos de Minas Gerais).

• Invasão de residências rurais por ratos fugitivos de regiões inundadas (Paraguai).

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Hantavirose

Hantaviroses são enfermidades agudas que podem se apresentar sobre as formas de:– Febre Hemorrágica com Síndrome Renal

(HFRS).– Síndrome Cardio Pulmonar por Hantavirus

(SCPH) sendo a pulmonar a única encontrada nas Américas.

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Agente Etiológico:

• É um arbovírus da família Bunyaviridae e gênero Hantavírus.

• A distribuição é mundial . • São sensíveis aos solventes de lipídeos como o éter e o

clorofórmio, a solução de hipoclorito de sódio e álcool etílico a 70%.

• É inativado a 56 oC e podem ser mantidos vivos por vários dias no meio ambiente (sobrevida no meio ambiente ainda é desconhecida).

• Há aproximadamente 32 tipos de Hantavírus distribuídos pelo mundo.

• No Brasil foram identificados 3 tipos

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Tipos encontrados no Brasil

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Reservatório :

Roedores silvestres, no roedor a infecção pelo hantavírus aparentemente não é letal e pode levá-lo ao estado de reservatório de vírus por toda vida.

Nesses animais os vírus são isolados principalmente nos rins e pulmões, sendo eliminados pela saliva e fezes por até 1 mês e pela urina até 12 meses.

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Transmissão 1- No homem ocorre através da inalação de pequenas

partículas de aerossóis contaminados pelo vírus ao entrar em locais fechados. Esses aerossóis também podem ser gerados durante a atividade humana ao lavrar a terra, limpeza de paióis, casa e porões contaminados desde que haja uma infestação de roedores;

2-Ingestão de água ou alimentos contaminados;

3-Percutânea, por meio de escoriações cutâneas e mordedura do roedor.

4-Contato do vírus com a mucosa. exemplo, conjuntival;

5-Acidentalmente em laboratórios

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Período de incubação: O período de incubação varia de 12 a 16 dias,

com uma variação de 04 a 55 dias.

Período de Transmissibilidade: Até o momento é desconhecido.

Susceptibilidade: Todos são uniformente susceptíveis.

Imunidade o paciente que entrar em contato com o hantavírus,

fazendo doença ou não, adquirirá imunidade para todos os tipos de vírus conhecidos.

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Diagnóstico

Exame de sangue: 1- o decréscimo na contagem de plaquetas (abaixo de

150.000mm3 ) 2-nível do hematócrito pode estar elevado (acima de 50%). 3- a contagem de leucócitos está frequentemente elevada

apresentando neutrofilia com desvio à esquerda (percentual de bastonetes elevados em relação aos segmentados) podendo apresentar mielócitos e metamielócitos

4- a contagem de linfócitos é normal ou poderá estar diminuida. Poderá apresentar linfócitos atípicos.

5- o aumento de creatinina e uréia sanguínea reflete a magnitude do choque e da hipovolemia.

6- poderá apresentar o tempo de tromboplastina parcialmente ativada (TTPA) aumentado.

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Diagnóstico • Raio X de Tórax: Pode estar normal ou pode apresentar infiltrado intersticial que em poucas

horas poderá progredir para um infiltrado difuso alveolar, envolvendo todo o lobulo pulmonar.

• Hemocultura: Importante para efetuar diagnóstico de infecções bacterianas graves.

• Pesquisa de anticorpos igM: O diagnóstico da hantavirose é realizada através da pesquisa no soro do

pacientes de títulos de igM.

• Isolamento e identificação da Cepa viral: É muito importante a identificação da cepa que está ocorrendo em uma

região. E deve ser feito a partir do sangue total.

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Danos em esgoto domiciliar

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Armazenagem inadequada de grãos com roedores em paiol

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PATOGENIA• Ocorre infecção da plaquetas e sua destruição, sendo esta uma das primeiras

alterações observadas no exame de sangue, normalmente 2 a 3 dias antes do início do edema pulmonar. Com esta infecção das plaquetas se promove a distribuição viral pelo organismo e inibe a agregação plaquetária.

• O edema pulmonar pode se apresentar de 4 a 24 horas após o início dos sintomas respiratórios e está relacionada com a alteração da permeabilidade vascular e vasodilatação. A saída do plasma se limita praticamente aos pulmões e o edema apresenta um início rápido intersticial e mais tarde alveolar envolvendo todo lóbulo pulmonar.

• Poderá ser encontrado edema generalizado.

• A hipovolemia resultante da perda do plasma para o pulmão contribui para a hipotensão arterial.

• A insuficiência do miocárdio também é componente importante.

• As hemorragias são raras na SPH, provavelmente são subclínicas.

• Quase todos os pacientes apresentam alterações de coágulopatia podendo apresentar o tempo de tromboplastina parcial ativada e aumentada.

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Patogenia

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Manifestações clínicas

1a fase - Prodrômica: Tem duração de 3 a 5 dias e é

idêntica a fase septicêmica de outras enfermidades. O paciente apresenta febre, mialgias, calafrios,náuseas ou vômitos, cefaléia, dor abdominal, diarréia e em alguns casos tosse.

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2 a fase – Cárdio Pulmolnar O paciente apresenta dispnéia e pode apresentar tosse. A hipotensão e o edema pulmonar ocorrem de forma rápida (4

a 24 horas). A freqüência respiratória de 24 respirações por minuto é um

indicador sensível do edema. O infiltrado intersticial presente no edema pulmonar é rico em

proteínas. O choque pode manifestar-se na forma de hipotensão e acompanhar-se de oligúria e poderá haver lesões graves no miocárdio.

O edema cerebral e de membros já ocorre em alguns casos e os pacientes apresentam confusão mental, agitação e problemas oculares. Em alguns casos pode ocorrer fenômenos hemorrágicos

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3a fase – Diurese: Esta fase se carcacteriza pela

eliminação rápida do líquido pulmonar, e da resolução da febre e do choque.

4a fase – Convalescência: Pode durar 2 semanas ou 2 meses

nos casos mais graves.

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Diagnóstico Diferencial Septicemias, Leptospirose, Viroses

respiratórias, pneumonias, Histoplasmose pulmonar e Pneumocistose.

Complicações: Insuficiência Respiratória Aguda e Choque

Circulatório.

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Tratamento: Desde o início do quadro respiratório, estão

indicadas medidas gerais de suporte clínico, inclusive com assistência em unidade de terapia intensiva nos casos mais graves.

Isolamento do paciente: O Ministério de saúde recomenda o isolamento

do paciente. Recomenda-se o uso de barreiras como avental,

luvas e máscara para proteção contra partículas e fluídos.

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.

Vigilância Epidemiológica da síndrome hantavirose pulmonar:

1- manter um sistema sentinela que permite atuar no sistema de saúde, com informação sistematizada, ágil e nos locais adequados;

2- conhecer os indicadores epidemiológicos e fatores de risco associados à doença, a fim de direcionar ações adequadas de controle;

3- estimular e direcionar ações de investigação epidemiológica visando um melhor conhecimento epidemiológico da doença e introduzir medidas de prevenção.

• Notificação: definição de caso – caso suspeito – caso confirmado.

• Busca de Casos: Ativa – Passiva.• Investigação Epidemiológica.• Condutas frente ao caso.

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Ambiente propício à instalação de roedores, com água, abrigo e alimentos disponíveis

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LEPTOSPIROSE • É uma doença provocada por uma

bactéria(espiroqueta), causando diferentes síndromes, sobretudo reprodutivas, urinárias e circulatórias, sendo transmitida principalmente através da urina de roedores infectados.

• Egito, A doença foi descrita em 1880, • Brasil, em 1917

Atualmente a doença é de distribuição mundial, tendo maior prevalência em países tropicais e sub-tropicais.

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Aspectos epidemiológicos SC

• Em 2012, foram confirmados 412 casos de leptospirose. Chapecó com 8 casos confirmados;

• Do total de 412 casos confirmados, 9 casos evoluíram a óbito, 397 para a cura e 6 casos ficaram com a evolução ignorada.

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Aspectos Epidemiológicos• A leptospirose é uma doença infecciosa aguda, de

caráter sistêmico, que acomete o homem e os animais, causada por microorganismos pertencentes ao gênero Leptospira.

• É uma zoonose de alta importância devido aos prejuízos que acarreta, não só em nível de saúde pública, face à alta incidência de casos humanos, como também, econômicos, em virtude do alto custo hospitalar dos pacientes, da perda de dias de trabalho e das alterações na esfera reprodutiva dos animais.

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• Agente Etiológico:

Leptospira interrogans ( patogênica) Leptospira biflexa (não patogênica)

A sorotipagem estabeleceu mais de 200 variantes, denominadas sorovares.

O período de sobrevida das leptospiras na água, varia de acordo com a temperatura, Ph, salinidade e grau de poluição. Sobrevive

ao frio e ao congelamento. Morre em 10 segundos à 100 0C .

• Período de incubação: Em média 10 dias, podendo variar de 02 a 20 dias.

• Reservatório e fonte de infecção:Os roedores desempenham o papel de principais reservatórios da

doença, pois albergam a leptospira nos rins, eliminando as vivas no meio ambiente e, contaminando água, solo e alimentos.

O rato é considerado portador sadio e universal.

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• Modo de transmissão: Exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. As principais fontes:

• o esgoto, • a água, • alimento, • lixo e a lama contaminada com leptospiras provenientes da urina ou tecidos de

animais infectados .

As ratazana de esgoto, são portadores sadios e são considerados os principais reservatórios e transmissores da leptospirose ao homem e animais.

Entre os animais domésticos podem ser fontes de infecção: • o cão, • bovinos, • suínos equinos, • ovinos e caprinos.

Entre os animais silvestres temos : • os carnívoros, • marsupiais, • ofídios • aves migratórias.

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.

A leptospira necessita de um meio líquido para sobreviver. Em áreas onde a leptospirose é endêmica um elo hídrico se

intercala entre o animal e o homem. A transmissão pode se dar :

– diretamente:• pelo contato com sangue,• órgãos ou urina de animais infectados, • através da pele lesada ou mucosas(orofaríngea, ocular ou genital)

– Indiretamente • através do contato com água ou solo úmido contaminado. • Pode ocorrer também pela pele integra que tenha ficado submersa em água

contaminada por longos períodos.

A infecção transplacentária é comum entre os animais.

Transmissibilidade: não é necessário isolamento dos casos.

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Área de risco de infecção por leptospirose pós enchente

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Bacon pendurado de forma e em local inadequado servindo de atrativo a roedores.

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Lixo para ser coletado pelo lixeiro, sujeito ao ataque de roedores

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Criança mordida no braço por roedores

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Fezes de roedores denotando uma infestação em local de armazenamento

de alimentos

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Os animais infectados por Leptospira, freqüentemente, eliminam a bactéria na água. Quando o gado susceptível

bebe esta água contaminada, a leptospirose pode ser disseminada

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.

Letalidade: É variável, podendo atingir 30%

dependendo da gravidade do quadro clínico e da qualidade da assistência médica.

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Susceptibilidade Antigamente foi observado como:

– doença profissional de agricultores, – tratadores de animais, – plantadores de arroz, – cortadores de cana de açúcar,– limpadores de esgotos e canais, – magarefes, – médicos veterinários– e militares.

No Brasil, as investigações epidemiológicas tem constatado a nítida predominância

desta zoonose em indivíduos com profissão de baixa remuneração e/ou residentes em áreas sujeitas à inundações e/ou com precárias condições de sanitárias ( lixo, esgoto) e /ou a invasão de murinos, apresentando-se de forma endêmica com surtos epidêmicos.

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Incidência:– nas faixa etária de 20 a 40 anos – no sexo masculino, o que se deve a fatores relacionados à

maior exposição deste grupo e não a sua susceptibilidade.

Em SC nos anos de 1995 e 1996, 88.6% e 88.1% dos casos ocorreram no sexo masculino e 48.3% e 50.2% nas faixas etárias entre 15 e 45 anos.

A susceptibilidade no homem é geral e ocorre imunidade homóloga.

A leptospirose pode incidir mais de uma vez no

mesmo indivíduo, porém por sorovares diferentes

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Aspectos clínicos A infecção humana varia muito em gravidade, desde formas subclínicas

até as formas graves ou fatais. Qualquer sorovar pode causar a forma grave ou branda. – A doença, na maioria dos casos, se inicia abruptamente com :

• febre,• mal-estar geral • e cefaléia,

descrevendo-se duas formas clínicas, anictérica e ictérica.

Forma Anictérica:

Pode apresentar-se de forma discreta com febre, cefaléia, dores musculares, anorexia, náuseas e vômitos, podendo ser confundida com síndrome gripal ou outras viroses.

Alguns pacientes podem iniciar a doença com manifestações clínicas severas , e apresentar-se como uma doença febril bifásica.

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Primeira fase: os achados clínicos variam, mas uma descrição geral inclui febre e cefaléia, mialgias, (panturrilhas, coxas, abdomem, e regiões paravertebrais), hemorragia conjuntival, náuseas e vômitos, anorexia, obstipação ou diarréia. Pode ainda ocorrer fotofobia, dor ocular, hepatoesplenomegalia, manifestaçõs neurológicas (delírios, alucinações e irritação das meninges) esta fase dura de 04 a 07 dias.

Segunda fase ou fase imune: assim denominada devido a sua correlação com o aparecimento de anticorpos contra leptospiras no sangue e início da leptospirúria. Recrudescimento da febre, após 2 dias de termino da 1a fase, e instalação de um quadro de meningite, caracterizado por cefaléia intensa, vômito e sinais de irritação meníngea.

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Forma Ictérica

Após a fase septicêmica, o quadro evolui para uma doença grave com o aparecimento entre o terceiro e o sétimo dia da doença de icterícia de tonalidade alaranjada (rubínica).

Ocorrem ainda fenômenos hemorrágicos internos ( petéquias, equimose, enterorragia, hematêmese) alterações hemodinâmicas, cardíacas, pulmonares e de consciência.

Nesta forma o ciclo bifásico é raro e os sintomas são mais intensos e de maior duração do que na forma anictérica.

A insuficiência renal aguda oligúria é menos frequente, mas é

sinal de prognóstico grave que associado a desidratação intensa e hipotensão, podem levar a necrose tubular aguda de grande intensidade.

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• Muitas vezes, a leptospirose é confundida com doenças como gripe e, principalmente, hepatite.

Os sintomas são muito parecidos. • A bactéria pode atingir: • rins (1);

fígado (2); musculatura (3).

Dor na panturrilhaCefaléia Icterícia

Sinais e sintomas

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Diagnóstico Diferencial: A forma anictérica pode ser confundida com uma

série de doenças febris aguda:• gripe, • febre tifóide,• dengue, • bronquites, • hantaan vírus, • malária entre outras.

As formas ictéricas com:• hepatites virais, • riquetsioses,• síndrome hepatorenal,• brucelose com icterícia, • malária e outras.

As formas meníngeas podem ser confundidas com meningites virais.

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. Diagnóstico Laboratorial:

1-Cultivo ou pesquisa direta da leptospirose é feita à partir do sangue, urina ou líquor dependendo da fase da doença.

Na primeira semana da doença, a leptospira está presente no sangue ou líquor – é a fase da leptospiremia.

Na segunda semana os leptospiras desaparecem na corrente sanguínea e são eliminados pela urina – é a fase da leptospirúria.

2-as provas sorológicas são exames de eleição para o diagnóstico.

3-Exames complementares: hemograma, coagulograma, dosagem de transaminases, (TGO e TGP), bilirrubinas, uréia, creatinina e eletrólitos, gasometria, RX de tórax e eletrocardiograma.

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Tratamento:

O tratamento baseia-se na terapia de suporte com:• hidratação,• reposição hidroeletrolítica, • controle de diurese,• reposição sanguínea, • oxigenioterapia...

Devem ser iniciadas o mais precocemente na tentativa de ativar eventuais complicações da doença, principalmente as renais.

Quando necessário realizar a diálise peritonial.

A droga de escolha é a penecilina G cristalina e a tetraciclina ou doxicilina.

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Medidas de controle

As medidas de prevenção e controle devem ser baseadas em manejo ambiental;– práticas de higiene – medidas corretivas no meio ambiente,– saneamento– melhorias de condições de vida e moradia, tornando

as habitações e os campos de trabalho impróprios à instalação e proliferação de roedores (antirratização) associados a desratizações focais, quando necessário

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PREVENÇÃO 1.  Controlar a infestação de ratos, principalmente em

áreas rurais e periurbanas. 2.  Evitar o contato físico com roedores ou com suas

excretas. 3.  Ao entrar em um local ou mesmo antes de usar

maquinários que ficaram muito tempo parados, deve-se arejar o ambiente.

4.  Evitar levantar poeira em locais fechados que possam estar infestado de roedores, como exemplo um paiol ou celeiro. O ideal é molhar o chão para que não levante poeira.

5. Para limpeza destes locais, use bota de borracha e luvas molhando o chão com solução contendo 3 colheres de água sanitária para cada 3,5 litros de água.

6.  Uso de proteção respiratória (máscara com filtro) em atividades rurais que provoquem a inalação de poeira.

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PREVENÇÃO

• Evitar a exposição de alimentos que possam atrair

roedores, armazenando insumos e produtos agrícolas longe das residências, em galpões elevados (30 a 35 cm do solo).

• Manter os produtos armazenados em residências, em recipientes fechados, sem fendas que permitam o acesso dos ratos ao interior da residência.

• Garantir a coleta e o destino adequados do lixo. • Não se recomendam ações de extermínio/caça aos

roedores, pois isso pode causar um desequilíbrio desta população, levando a movimentações e mudanças de hábitos que aumentam o risco de exposição humana aos excrementos

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Volume de água

1.000 litros

200 litros

20 litros

1 litro

Hipoclorito de Sódio

1 colher de sopa

1 colher de chá

2 gotas

Tempo de contato

30 minutos

DESINFECÇÃO

copinhos de café (descartável 2)

30 minutos

Descontaminar: 1 litro água sanitária para 9 litros de água.

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Disposição de lixo fora da lixeira, facilitando o alcance pelo roedor

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Limpeza de áreas externas para evitar a instalação de roedores no local

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Armadilhas Gaiolas

O gato e o ratoRaticidas

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Aplicação de defensas nas estruturas de sustentaçãoe nas fiações aéreas que chegam à edificação. Essas defensas são discos de lata com forma de “chapéu chinês” que, ajustados em torno das colunas e vigas, impedem a ultrapassagem dos roedores, quando colocados a no mínimo 1,50 m do solo. intransponíveis para os roedores em geral.- Aplicação de defensas nas estruturas de sustentação

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- Aplicação de defensas nas estruturas de sustentação

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O Manejo Integrado é realizado por meio de medidas preventivas, de medidas corretivas do meio ambiente e da eliminação do roedor já instalado na área.

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Técnicas de controle

Ratoeira quebra costas

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EPI’s necessários para se atuar em área de hantavírus

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Tocas de roedores em área externa

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Desratizacão.• Em todo o mundo, o grupo

químico mais utilizado como raticida são os anticoagulantes por serem muito eficazes a baixo custo, além de possuírem razoáveis margens de segurança no uso e, acima de tudo, a existência de antídoto confiável.

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Educação da população