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O Jornalinho deseja a todos os seus leitores uma época festiva muito alegre. Responsáveis António Colaço Maria Cecília Braga O JORNALINHO CASAS DA RIBEIRA — MAÇÃO http://www.areopago.com.pt Nº 24 DEZEMBRO 2016 Versão integral em PDF no site PASSATEMPOS SUGESTÕES CULTURAIS Vila Branca, Rua Principal, 245, Casas da Ribeira — 6120-724 Mação ANEDOTA Na escola, pergunta o professor: - De onde vem a electricidade? - Do Jardim Zoológico! – responde prontamente o aluno. Espantado, questiona o professor: - Do Jardim Zoológico? Explica o aluno: - Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: “Aqueles camelos”… ADIVINHAS Alto foi o meu nascimento, fui criado num convento, e quando me ia a rir, tamanho trambolhão dei e à minha casinha não voltei! —— Sempre quietas, sempre agitadas, dormindo de dia, à noite acordadas. —— Nos altos montes habito, do céu trago o meu candor, sem estrondos cubro a terra, toda a deixo duma cor. Soluções na página 11 Pintura - Museu Coleção Berardo, no Centro Cultural de Belém. Obras da moderna pintura, escultura e instalações mundiais. Coleção de arte excecional que vale a pena conhecer. Entrada grátis. Horário: 2.ª a dom., das 10 às 19 h. Música – Crónicas da Cidade Grande, Miguel Araújo, Parlaphone, 2014. Música calma feita com muita sensibilidade, cujas letras contam histórias simples do quotidiano. Muito a propósito para escutar num fim da tarde, frente a uma bela lareira. Literatura José de Almada Negreiros, A Cena do Ódio. Poesia de intervenção social de início do séc. XX que não perdeu atualidade. Veja um excerto deste poema na página 8. NOTÍCIAS Página 2 BIOGRAFIA ESPIRIRUAL SANTA TERESA DO MENINO JESUS Página 7 CULINÁRIA INDIANA HALAVA OU DOCE DE SEMOLINA Página 8 PERCURSO NAS MARGENS DA RIBEIRA DE EIRAS Página 10 DICAS ÚTEIS PASSATEMPOS EDIÇÃO DE NATAL E ANO NOVO ENTREVISTA AO SR. MANUEL DE MATOS MARQUES Presidente da Associação Cultural e Recreativa de Casas da Ribeira SUGESTÕES CULTURAIS ANIVERSARIANTES EDITORIAL Página 2 LITERATURA EXCERTO DO POEMA «A CENA DO ÓDIO» DE ALMADA NEGREIROS Página 8 TERAPIAS NATURAIS A CIMÁTICA E A SAÚDE Página 9 CURIOSIDADES ATIVIDADES AGRÍCOLAS SEGREDOS DO NOME

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O Jornalinho deseja a todos os seus leitores uma época festiva muito alegre.

Responsáveis

António Colaço Maria Cecília Braga

O JORNALINHO CASAS DA RIBEIRA — MAÇÃO

http://www.areopago.com.pt

Nº 24

DEZEMBRO 2016

Versão integral em PDF no site

PASSATEMPOS SUGESTÕES CULTURAIS Vila Branca, Rua Principal, 245, Casas da Ribeira — 6120-724 Mação

ANEDOTA

Na escola, pergunta o professor: - De onde vem a electricidade? - Do Jardim Zoológico! – responde prontamente o aluno. Espantado, questiona o professor: - Do Jardim Zoológico? Explica o aluno: - Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: “Aqueles camelos”…

ADIVINHAS

Alto foi o meu nascimento, fui criado num convento, e quando me ia a rir, tamanho trambolhão dei e à minha casinha não voltei! —— Sempre quietas, sempre agitadas, dormindo de dia, à noite acordadas. —— Nos altos montes habito, do céu trago o meu candor, sem estrondos cubro a terra, toda a deixo duma cor. Soluções na página 11

Pintura - Museu Coleção Berardo, no Centro Cultural de Belém. Obras da moderna pintura, escultura e instalações mundiais. Coleção de arte excecional que vale a pena conhecer. Entrada grátis. Horário: 2.ª a dom., das 10 às 19 h.

Música – Crónicas da Cidade Grande, Miguel Araújo, Parlaphone, 2014. Música calma feita com muita sensibilidade, cujas letras contam histórias simples do quotidiano. Muito a propósito para escutar num fim da tarde, frente a uma bela lareira.

Literatura – José de Almada Negreiros, A Cena do Ódio. Poesia de intervenção social de início do séc. XX que não perdeu atualidade. Veja um excerto deste poema na página 8.

NOTÍCIAS

Página 2

BIOGRAFIA ESPIRIRUAL

SANTA TERESA DO

MENINO JESUS

Página 7

CULINÁRIA

INDIANA

HALAVA OU DOCE

DE SEMOLINA

Página 8

PERCURSO NAS

MARGENS DA

RIBEIRA DE EIRAS

Página 10

DICAS ÚTEIS

PASSATEMPOS

EDIÇÃO DE NATAL

E ANO NOVO

ENTREVISTA AO SR. MANUEL

DE MATOS MARQUES Presidente da Associação

Cultural e Recreativa de Casas da Ribeira

SUGESTÕES CULTURAIS

ANIVERSARIANTES

EDITORIAL

Página 2

LITERATURA

EXCERTO DO

POEMA «A CENA

DO ÓDIO» DE

ALMADA

NEGREIROS

Página 8

TERAPIAS NATURAIS

A CIMÁTICA E A

SAÚDE

Página 9

CURIOSIDADES

ATIVIDADES AGRÍCOLAS

SEGREDOS DO NOME

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2 O JORNALINHO DEZEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 O JORNALINHO 11

EDITORIAL NOTÍCIAS

SEGREDOS DO NOME ANIVERSARIANTES

FAZER, DESFAZER E TORNAR A FAZER…

Muito se tem falado da questão da abertura de buracos para reparar canos de água e instalar postes novos de eletricidade, imediatamente a seguir ao alcatroamento das ruas. É coisa que tem espantado toda a gente pela irracionalidade dos atos e esbanjamento de verbas. Os buracos foram abertos e assim permane-ceram, meses a fio. Acontece que com as chuvas, se formava lama que escorria pelas ruas abaixo, sujando o negro tapete de alcatrão, em boa hora colocado no verão passado.

Juntamo-nos à opinião corrente de todos os moradores. Teria sido mais racional e eficaz que os trabalhos de reparação de canalização e os de instalação elétrica tivessem aconte-cido antes da repavimentação das ruas da aldeia. Não sabemos o que se passou ou a quem assacar responsa-bilidades. O certo é que as ruas esventradas e remendadas têm causado incómodo e desfeado a aldeia. O lindo e intacto tapete de alcatrão torna-se novamente uma suja manta de retalhos.

Quem vier a Casas da Ribeira e for informado de que as ruas foram alcatroadas há uns meros cinco meses vai certamente ficar de boca aberta.

O SR. FRANCISCO COLUNA

RECUPERA EM FÁTIMA

Depois de algumas semanas de internamento no Hospital de Abrantes, para tratamento e recu-peração do problema de saúde que o atormentou nos finais do mês de outubro, O Sr. Francisco Coluna (mais conhecido por Francisco Parente) regressou à aldeia, mas por dificuldades de adaptação, teve de continuar o tratamento num lar em Fátima, onde se encontra presente-mente. Desejamos as melhoras e a sua rápida recuperação.

NOVO MOTIVO DE INTERESSE PARA

VISITAR CASAS DA RIBEIRA Foi com bastante interesse que o

habitantes desta aldeia, familiares e amigos viram nascer este ano um novo percurso pedonal junto à Ribeira de Eiras.

Este percurso de extrema beleza estende-se pelas margens da ribeira, atravessando-a diversas vezes por pontes artesanais, desde a Ponte Velha até ao estradão da Fadagosa. As suas belas paisagens propor-cionam uma relaxante caminhada, por entre a verdura dos campos e a frescura das águas. Saiba mais na página 10 deste jornal e no site www.areopago.com.pt

JOAQUINA

Este nome próprio tem o seu étimo no hebraico «jehoiakim», que significa engrandecida por Deus. Joaquina é difícil de compreender: por um lado é fantasiosa e faladora, por outro é tímida e desconfiada. É independente e gosta de novidades. Analisa e tira conclusões; possui profundo espírito crítico. Gosta de relações sentimentais sólidas e duradouras. Número da sorte – 7 Planeta – Saturno Dia festivo - 16 de Agosto

DICAS ÚTEIS

AFASTE AS FORMIGAS

Se pretende um repelente orgânico eficaz, espalhe pó de talco em redor do local que pretende livre de formigas. O borato de sódio, o enxofre em pó e o óleo de cravinho também são eficazes. Plantar hortelã-

-pimenta em redor das árvores É eficaz contra as formigas.

Desejamos aos aniversariantes um dia muito feliz e bons anos futuros. Parabéns! Manuel de Jesus Canas – 01.12 Maria Luísa Pereira – 04.12 Beatriz Matos Canas – 13.12 Francisco Esteves Coluna - 28.12

ATIVIDADES AGRÍCOLAS DO MÊS DE DEZEMBRO

Nos campos – Semeiam-se o trigo e o centeio. Lavram-se os campos. Estrumam-se as terras para as plantações da primavera. Nas hortas – Deita-se cal nas terras muito ácidas, 200 a 300 gr. de cal por cada metro quadrado. Protegem-se as culturas das geadas com esteiras ou abrigos de plástico. Nos jardins – Preparam-se canteiros para as flores da época como, por ex., pelargónios, calêndulas, ciclames, margaridas, prímulas, jasmim de inverno, amores-perfeitos. Podam-se as roseiras, os arbustos e as árvores que não estejam em flor. Instalam-se viveiros de estaca de roseiras, arbustos e árvores de folha caduca. Soluções das Adivinhas O ouriço e a castanha; As estrelas; A neve

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10 O JORNALINHO DEZEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 O JORNALINHO 3

PERCURSOS

ENTREVISTA

UM PERCURSO ENCANTADOR NAS

MARGENS DA RIBEIRA DE EIRAS

Foi já há alguns meses que um grupo de praticantes de BTT e Motocross, em boa hora, desceu às margens da Ribeira de Eiras, no troço que passa em Casas da Ribeira, entre a Ponte Velha e a Fadagosa, com o objetivo de abrir um trilho ao longo das margens da ribeira para praticar as suas atividades desportivas. Munidos de motosserras, cortaram balsas, mato, árvores parasitas e construíram pequenos passadiços de madeira, pondo a descoberto um lugar fantástico, repleto de pequenas lagoas, quedas de água, cúpulas vegetais, velhos muros, ruínas de moinhos. Deste modo, já todos dispõem de mais um percurso natural para fazer as suas caminhadas e usufruir da magia do lugar.

Concluindo, a aldeia de Casas da

Ribeira está cada vez mais «in» e bonita! Deixamos aqui o nosso agradecimento a todos os que levaram a cabo esta extraordinária iniciativa.

Convidamos, pois, todos os interessados a aproveitarem este novo e agradável percurso para as suas atividades de lazer.

UM CASO EXEMPLAR DE CIDADANIA

Fizemos esta entrevista informal no dia um de setembro de 2016, nas instalações da Associação Cultural e Recreativa de Casas da Ribeira, num quentíssimo dia de verão de 40 graus, entre o ruído de fundo da televisão, o fragor das conversas, o estrilho de copos e chávenas, o arrastar de cadeiras de quem saía ou chegava. Aqui retratamos o Sr. Manuel Matos Marques, de 82 anos, nascido em Casas da Ribeira, casado com a Sra. D. Silvina da Conceição Matos e pai de dois filhos. Um homem muito esforçado e trabalhador, que prima por uma valiosa participaçao cívica.

J – Sr. Manuel, agradecemos a sua concordância em conceder esta entrevista a’O Jornalinho. J – Onde fez a instrução primária, aqui na aldeia?

M – Não, senhora, não fiz na altura porque aos cinco anos fui servir; andei sempre a servir: no Mação, no Vale da Mua, no Carvoeiro, aqui... J – Mas o Sr. Manuel sabe ler e escrever, como é que aprendeu? M – Porque eu tirei a 4.ª classe em adulto. Nós éramos nove irmãos, sete raparigas e dois rapazes, e tínhamos de ajudar os pais; não tivemos possibilidades de ir à escola. J – Pois, era uma família grande... Então onde tirou a 4.ª classe? M – Tirei no Bairro Janeiro, na Amadora, numa escola para adultos. Tinha pr’aí mais ou menos 20 anos. J – Sim, senhor. E onde fez a tropa? M – Fiz tropa em Abrantes, na Infantaria dois. J – E o que fez antes do serviço militar? M - Andei por aí, trabalhei, e depois fui pró Mação. Eu servia em casa de um ricaço que tinha muitos porcos e eu andava a guardar os porcos, mas eu não dava conta de tanto trabalho e ele mandou-me embora. A seguir fui para o Vale de Grou guardar um rebanho de cabras com uma moça mais velha. Mas eu não queria lá estar e fugi para as Casas da Ribeira. Foi um senhor, o Vicente, que andava com um grande rebanho de cabras que me encontrou e me indicou o caminho; em menos de meia hora pus-me aqui. No Vale da

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4 O JORNALINHO DEZEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 O JORNALINHO 9

ENTREVISTA TERAPIAS NATURAIS

Mua foi a mesma coisa; levaram-me de noite, que eu não queria ir. Um gajo veio aí em cima de uma mula e levou-me com ele. Não sei quanto tempo estive lá, acabei por fugir pelo Castelo Velho do Caratão. Quando cheguei a casa, os meus pais não me bateram, nunca me bateram por fugir. A última vez foi no Carvoeiro, um homem veio buscar-me aqui. J – Em que trabalhava no Carvoeiro? Que idade tinha? M – Continuei a guardar gado, mas já andava com cento e tal cabeças de gado, cabras. Nessa altura eu tinha ido de vontade e tinha pr’aí uns nove ou dez anos. Aí estive um ano e três meses e depois voltei para aqui. Depois ainda estive a servir em casa do Sr. Adelino, que tinha três filhas, e morava ali onde hoje é a casa do António Pereira. Andava com as ovelhas. Foi uma vida de exploração. J – Sem dúvida. A propósito, o Sr. Manuel quer explicar melhor porque se tornou comunista? M – Claro que quero! Bem, eu acho que foi por causa de uma história que lhe vou contar. Acho que teve influência. Nós éramos nove irmãos e vivíamos com dificuldades. Aí uns tempos antes da Páscoa, era costume os da Igreja virem aí com um burro a cada casa e cada um dava o que podia: uns davam azeite, outros davam milho, outros farinha, tudo

para entregar ao padre, era para a Igreja. Olhe, uma vez, quando era o domingo de Páscoa, tinha eu pr’aí quatro anos, estávamos uma remessa de miúdos à porta da minha casa e eles vinham com o burro do padre com umas coisinhas para dar: uns confeitos, umas amêndoas. O padre vinha, passava pela porta e dava o santo a beijar e só depois é que dava os confeitos às crianças, mas só dava a quem tinha dado antes para a Igreja. Ora o meu pai não tinha podido dar nada e foi-me logo avisando: «Olha, filho, não esperes nada que eles não vão dar nada à gente, o pai não pôde dar...» O padre parou na casa de cima da rua e deu, depois parou à porta da nossa casa e não nos deu nada, só nos deu o santo a beijar; confeitos, está quieto, e nós, crianças, à espera, a olhar! A partir desse dia fui sempre contra a Igreja... J – Entende-se a causa da sua revolta. M – De todos os meus irmãos só eu é que nunca me confessei; fui batizado, mas nunca me confessei! A partir daí cresci e nunca mais quis nada com a Igreja. J - Compreende-se. M – Então aos treze anos fui p’ra Lisboa. Fui trabalhar na Pedreira Pardal Monteiro como aguadeiro, a dar água aos homens. Alombava com 25 litros de água às costas. Depois

A CIMÁTICA E A SAÚDE

A designação Cimática vem da palavra grega «kyma» que significa grande onda. A Cimática é uma forma de terapia que trata as enfermidades por meio de um campo eletromagnético transmitido por aplicadores manuais com elétrodos, que se encontram inseridos numa pequena máquina. A terapia baseia- -se no princípio de que cada célula de um ser vivo (pessoa, animal, planta) é controlada por um campo eletromagnético que ressoa de acordo com uma frequência sonora particular.

Esta terapia foi desenvolvida na década de 60 pelo médico osteopata britânico Peter Manners, cuja prática e investigação provou que o tratamento é positivo, indolor e fácil de aplicar. A cimática está muito desenvolvida no Reino Unido, na

Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão, na Austrália, no Brasil e no México. Em Portugal ainda não é muito praticada.

Quando estamos bem, a frequência é firme e constante, mas sempre que sofremos de alguma disfunção, a zona afetada gera um aumento de ressonância. Neste caso, o médico ou terapeuta gera uma frequência idêntica à das células saudáveis do paciente, para ajudar o organismo a curar-se. O terapeuta escolhe a frequência mais indicada – que pode ir até às 850 frequências – para tratar uma zona do corpo em particular. A Cimática tem sido usada para tratar qualquer tipo de dor, contraturas musculares, asma, doenças virais, reumatismo, paraplegias, inflamação, convales-cência pós-operatória, lesões despor-tivas, fraturas, tensão emocional.

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8 O JORNALINHO DEZEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 O JORNALINHO 5

CULINÁRIA INDIANA LITERATURA

ENTREVISTA

HALAVA OU DOCE DE SEMOLINA Ingredientes – 250 gr. de semolina fina, 250 gr. de açúcar mascavado, 250 gr. de manteiga vegetal, 100 gr. de morangos ou outra fruta da época, 50 gr. de avelã picada, ¾ de litro de água ou leite magro.

Preparação – Ferva a água ou o leite com o açúcar e mantenha em lume baixo. Numa panela de fundo grosso derreta a manteiga em lume brando, juntando a semolina e as avelãs moídas. Doure a semolina por 15 minutos, mexendo constantemente, pois a semolina tende a queimar-se com muita facilidade. Junte as frutas à água ou ao leite e despeje sobre a semolina, mexendo tudo vigorosamente para que não se formem caroços. Retire do lume quando apresentar consistência pastosa. A «halava» é mais saborosa servida quente.

Tu, que te dizes Homem! Tu, que te alfaiatas em modas e fazes cartazes dos fatos que vestes p’ra que se não vejam as nódoas de

baixo! Tu, qu’inventaste as Ciências e as

Filosofias, as Políticas, as Artes e as Leis, e outros quebra-cabeças de sala e outros dramas de grande espetáculo... Tu, que aperfeiçoas a arte de matar... Tu, que descobriste o cabo da Boa-

Esperança e o Caminho Marítimo da Índia e as duas Grandes Américas, e que levaste a chatice a estas terras, e que trouxeste de lá mais Chatos pràqui e qu’inda por cima cantaste estes

Feitos... Tu, qu’inventaste a chatice e o balão, e que farto de te chateares no chão te foste chatear no ar, e qu’inda foste inventar submarinos p’ra te chateares também por debaixo

d’água... Tu, que tens a mania das Invenções e

das Descobertas e que nunca descobriste que eras bruto, e que nunca inventaste a maneira de o

não seres... Tu consegues ser cada vez mais besta e a este progresso chamas Civilização! Fragmento do poema «A Cena do

Ódio», de José de Almada Negreiros

carregava pedra à forquilha e à pá para dentro das vagonetas. Aí estive 16 anos. Depois de vir da tropa, voltei para a pedreira, onde estive até aos 31 anos. Nesse tempo ganhava 12 escudos por semana e dava 25 tostões para o partido todas as semanas, para ajudar os que estavam presos. J – Durante a sua vida profissional o Sr. Manuel chegou a ser sindicalista? M – Nunca quis ser, mas estive sempre na luta; fazia as greves todas. Dava uma quantia para aqueles que tinham processos disciplinares na empresa e não ganhavam o ordenado. Trabalhava sempre, 12 horas por dia, para as máquinas não pararem e não perdermos o posto de trabalho. Como era forneiro não podia parar porque o ferro líquido podia arrefecer e então ficava tudo encravado ou rebentado. Uns iam às reuniões, mas o forneiro não podia. Só depois do 25 de Abril é que as condições de trabalho melhoraram. J – Sr. Manuel, e com que idade se reformou? M – Reformei-me com 55 anos. Mas foi pela Cometna. Aos 31 anos fui para a Cometna como operário, fui para servente e depois passei a forneiro, fazia aço e ferro. Tive direito à reforma porque aos 15 anos comecei a descontar para a Caixa do Comércio, depois é que passei a

descontar para a Caixa Nacional de Pensões. Depois de vir da tropa ganhava 38 ou 39 escudos por dia na pedreira e quando passei para a Cometna fui ganhar 55 por dia, por 12 horas de trabalho. J – Sim, senhor... Quando se reformou veio para aqui? M – Vim para aqui, que esta sempre foi a minha terra e a minha paixão. Quem me tira a terra tira-me tudo. J – E o que veio fazer para as Casas da Ribeira? M – Dediquei-me então a fazer a minha casa. Também tinha as terras, herdei o «porto», que era dos meus pais. Fiz a minha casa com as próprias mãos e mais a ajuda de alguns amigos. Foi tudo feito por mim menos o reboco, que para isso não tinha grande jeito. O reboco da casa ficou a cargo do Zé do Pereiro. Tive a ajuda do António Frade, do Manuel Frade, do Perdiz («Que Deus os tenha a todos em descanso!») para meter as placas. J – E que semeava lá no «porto»? M – Semeava tudo: milho (pr’ós animais), batatas, cebolas, feijão; tinha vinha e azeite. Naquela altura semeava a terra toda agora só semeio umas duas valazinhas... Também cheguei a ter cinco cabras e hoje só tenho uma. J – Pois, já não pode... E por que motivo ainda tem uma cabra?

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6 O JORNALINHO DEZEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 O JORNALINHO 7

ENTREVISTA

BIOGRAFIA ESPIRITUAL CURIOSIDADE

M – É por causa do leite e dos queijinhos. Gosto muito do queijo. Ainda fazemos queijo, mas em pouca quantidade, é só para nós. Também continuo a fazer algum vinho. Este ano foi a primeira vez que não fiz vinho. As videiras não deram uvas, não criaram uvas. J – O Sr. Manuel faz aquele vinho a que chamam morangueiro? M - Eu faço desse e outro, quer dizer, faço a mistura de vários tipos de uvas. No ano passado ainda fiz 200 litros de vinho e 100 litros de abafado. Tenho feito todos os anos entre cento e tal a 300 litros. Também faço azeite, só p’ra nós. J – Muito bem, vamos agora falar de outra coisa. O Sr. Manuel é atualmente o presidente da Associação, mas parece que já é a segunda vez que tem funções na Associação. Quer falar um pouco sobre este assunto? M – Isto dantes era a Casa do Povo e o presidente era o meu falecido cunhado, o «Lizardo» (o Sr. Elizardo Pita). Eu ajudei na construção da Associação, dantes isto era uns quantos palheiros. Eu ajudava no que podia. Ia comprar o que era preciso e depois apresentava a fatura à Junta de Freguesia. Eu e outros, p. ex., o Chico das Neves, ajudámos a pôr as placas, os mosaicos, os azulejos, o balcão.

J – E quando foram feitas essas obras, nos anos 80, 90? M – Acho que foi p’raí nos anos 80. As obras principais foram feitas no tempo do Lizardo. O problema era que ninguém queria mexer em dinheiros, a Associação não tinha um tesoureiro. Depois o Lizardo deixou, eu deixei e a seguir veio aquela senhora dali de baixo, que também deixou. Ninguém queria vir tomar conta disto. Então eu e os outros membros da atual direção aceitámos vir e aqui estamos a trabalhar para o bem de todos e da aldeia. J – Como se tem sentido à frente da Associação? Gosta de fazer este trabalho? M – Agora sinto-me mais à-vontade. Nunca quis que a Associação fosse à falência, o problema é que agora temos cada vez menos pessoas. Mas os que aqui vêm são os daqui: residentes, familiares, amigos, não é gente estranha. Estou a fazer o meu melhor. Gosto muito do que faço. J – E sem dúvida que está a fazer muito bem! Sr. Manuel, mais uma vez lhe agradecemos a sua disponibilidade e desejamos-lhe forças e entusiasmo para continuar a desenvolver as suas atividades diárias. Que continue, pois, a tirar o saboroso cafezinho e a participar na amistosa cavaqueira com que sempre o acompanha!

BREVE HISTÓRIA DE

SANTA TERESINHA

Santa Teresa do Menino Jesus, nasceu em Lisieux, França, em 1873. A sua vida e a sua fé foram muito

influenciadas pelas circunstâncias infelizes da sua vida: morte da mãe e dos irmãos na infância, enfermidade prolongada do pai.

Entrou para o convento do Carmelo quando tinha 15 anos, onde já se encontravam as irmãs. O seu temperamento religioso caracteriza-se por grande sensibilidade e fortaleza, precoce maturidade, retidão e piedade. O génio espiritual leva-a a definir um novo caminho religioso, o «caminho pequeno» assente na pobreza, na retidão, na compreensão e no amor. Devido à infelicidade que sofreu, chegou a experimentar «a noite da fé» que a levou a duvidar da existência de Deus. Foi canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI, que a declarou padroeira das missões e a estrela do seu pontificado. É retratada coroada de pequenas rosas pálidas e muito perfumadas, conhecidas por rosas de Santa Teresinha. Morreu tuberculosa em 1897.

ONDE ESTÁ A MANTEIGA?

Todas as mulheres do mundo já tiveram uma conversa semelhante com um homem, em frente a um frigorífico aberto. David – Onde está a manteiga? Jane – Está no frigorífico. David – Estou a olhar aqui para dentro e não vejo manteiga nenhuma! Jane – Está aí de certeza, fui aí pô-la há dez minutos! David – Não, deves tê-la posto noutro sítio qualquer. Definitiva-mente não há manteiga neste frigorífico.

Nessa altura, Jane entra na cozinha, enfia o braço dentro do frigorífico e, como que por milagre, traz na mão um pacote de manteiga.

Homens inexperientes sentem às vezes que isto é uma partida das mulheres e acusam-nas de estarem sempre a esconder as coisas para eles não as encontrarem. Está tudo lá, eles é que não conseguem ver. E porquê? Porque as mulheres têm uma visão periférica e podem ver tudo o que está num determinado espaço sem mexer a cabeça. Os homens movimentam a cabeça para cima e para baixo e para os lados, enquanto procuram as coisas, limitando assim o seu campo de visão.