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6 Educação Moral e Cívica 6.ª classe Actualização curricular Distribuição gratuita Guia Metodológico do Professor República de Angola Ministério da Educação PLA-EMC6GM_20191574_CAPA_1P.indd 1 29/05/2019 15:44

6.ª classeEu ajudo a construir a democracia no meu país ..... 14 Hábitos e valores democráticos ..... 16 Quando sou tolerante, posso ser um bom O que eu sou agora? A puberdade

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6Educação Moral e Cívica6.ª classeActualização curricular

Distribuição gratuita

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República de AngolaMinistério da Educação

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TítuloGuia Metodológico do Professor de Educação Moral e Cívica da 6.ª classe

Coordenação GeralManuel Afonso José Amândio F. Gomes João Adão Manuel

Coordenação TécnicaMaria Milagre L. Freitas Cecília Maria da Silva Vicente Tomás

Consultoria e Assessoria TécnicaPlural Editores

Ano/Edição2019/1.ª Edição

Tiragem3000

Revisto e aprovado pelo Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE) – Ministério da Educação

© Ministério da Educação da República de Angola

Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografias, etc.) sem o consentimento escrito do INIDE, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial de acordo com o estipulado no Código dos Direitos de Autores.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

GUIA METODOLÓGICOEDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA6.ª CLASSE

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GUIA METODOLÓGICO

Índice

Introdução ............................................................................................................. 4

Objectivos da Educação Moral e Cívica para a 6.a classe ........................................ 5

Temas, objectivos e sua operacionalização ............................................................. 6

TEMA I – Auto e mútuo conhecimento .................................................................... 6

• Quem somos nós? .......................................................................................... 6

TEMA II – Relações interpessoais .......................................................................... 7

• As origens da nossa cultura ............................................................................ 7

• De onde viemos? Famílias iguais e diferentes ................................................... 9

TEMA III – A pessoa humana: uma realidade livre, responsável, com direitos e deveres ............................................................................................................. 10

• Sou um ser humano com direitos e deveres ..................................................... 10

• As emoções ................................................................................................... 11

• Liberdade e responsabilidade humana ............................................................. 12

• Nós próprios elaboramos o regulamento de turma ............................................ 13

• Eu ajudo a construir a democracia no meu país ................................................ 14

• Hábitos e valores democráticos ....................................................................... 16

• Quando sou tolerante, posso ser um bom democrata ........................................ 17

TEMA IV – Corpo em crescimento ........................................................................... 18

• O que eu sou agora? A puberdade ................................................................... 18

TEMA V – Relações interpessoais .......................................................................... 20

• Sou um ser social ........................................................................................... 20

• Descobrindo actos de justiça / injustiça ........................................................... 21

TEMA VI – Crescer com saúde ............................................................................... 23

• A minha saúde ............................................................................................... 23

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

TEMA VII – EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................... 24

• O ambiente em que vivemos ............................................................................ 24

Como fazer um trabalho de projecto? ....................................................................... 26

Planificação de um tema .......................................................................................... 28

Avaliação ................................................................................................................ 29

Bibliografia .............................................................................................................. 34

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Introdução

Na disciplina de EMC pretende-se desenvolver atitudes como a compreensão do outro, a confiança, a solidariedade e a justiça, tendo em vista a aquisição de aptidões e comportamentos de respeito mútuo, responsabilidade perante si mesmo, a sociedade e a Natureza.

Neste sentido, é desejável que, na sala de aulas, o professor actue como moderador, como orientador das actividades lectivas e da interacção entre os alunos e entre estes e a comunidade, estimulando--os nas suas tentativas, encorajando-os nas suas construções, não se antecipando com o seu saber às soluções apreendidas pelos alunos, de tal modo que eles tenham a oportunidade de se colocar no lugar do outro colega e, em conjunto, desenvolver as suas capacidades cognitivas e afetivas.

Caro professor, o guia que lhe apresentamos é apenas um instrumento para o auxiliar na sua prática pedagógica, didáctica e metodológica. Não pode prescindir de outros meios tão ou mais importantes do que este guia, como o programa de ensino, o manual do aluno e outra literatura, inclusive a virtual.

Na sua estrutura sugerimos textos de apoio, gravuras, métodos e recursos de ensino e breves suges-tões metodológicas para o tratamento dos diversos conteúdos programáticos da disciplina na 6.a classe.

Esperamos que lhe seja útil e, desde já, desejamos-lhe um óptimo trabalho no presente ano lectivo.

Os autores

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Objectivos da Educação Moral e Cívica para a 6.a classe

■ Conhecer o auto-respeito e a dignidade humana.

■ Analisar a integração da criança na vida social.

■ Reconhecer que a Natureza ajuda o ser humano.

■ Sintetizar os saberes sobre o convívio social.

■ Compreender as relações com o poder maternal e paternal.

■ Conhecer a natureza de alguns princípios democráticos.

■ Compreender o Homem como activista da paz, alegria, amor e fraternidade.

■ Conhecer o valor e o significado de qualidade de vida.

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GUIA METODOLÓGICO

Temas, objectivos e sua operacionalização

TEMA I – Auto e mútuo conhecimento

■ Quem somos nós?

Ontem foste criança, hoje és pré-adolescente e manhã serás adulto. Esta ligação entre o teu pas-sado, o teu presente e o futuro são importantes para a tua identidade, para que sejas tu mesmo e para que cresças sempre de forma harmoniosa, nos momentos diferentes da tua vida.

A construção da tua identidade começou quando eras criança, quando te atribuíram um nome, através do teu relacionamento com ele, pelo conhecimento de ti próprio ao espelho ou numa foto-grafia. Com a linguagem, as regras e as normas ensinadas pela tua família, vais-te construindo como pessoa.

Objectivos: ■ Reconhecer que as pessoas são mais do que o significado do nome próprio.

■ Desenvolver formas de falar de si próprio e interpretar com atenção o que os outros dizem.

Conteúdos: ■ Eu e os outros: vamos conhecer-nos!

■ Porque é que eu sou?

■ Auto e mútuo conhecimento

Sugestões metodológicas

Esta temática da identidade é muito adequada à oralidade, já que pressupõe que o professor e o aluno falem do auto e mútuo conhecimento, das suas características, das suas vivências, das suas preferências.

O professor orientará os alunos na auto-apresentação, onde cada um citará o seu nome próprio e ape-lido, a sua idade e a sua data de nascimento. Em seguida, fará perguntas, por exemplo: “Quem és tu?”

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura em grupo e interpretação do texto

■ Trabalho de grupo

■ Questionários

■ Trabalho individual

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Gravuras

Para desenvolver os conteúdos, o professor transmitirá aos alunos o seguinte:

■ Conhecer uma pessoa não significa apenas conhecer o seu nome; significa também conhecer as suas características e o seu comportamento.

■ Muitas vezes, as pessoas apontam o dedo aos outros, criticando o seu comportamento, e esque-cem-se aquilo que elas são.

■ Devemos conhecer primeiro o nosso comportamento e só depois o dos outros.

TEMA II – Relações interpessoais

■ As origens da nossa cultura

As trocas entre culturas constituem a riqueza cultural de Angola, que se manifesta em diferentes áreas, nomeadamente no artesanato, no qual se utiliza uma grande variedade de materiais. Atra-vés da madeira, matéria prima de instrumentos musicais, máscaras para danças, rituais, objectos de uso comum ricamente ornamentados, pinturas a óleo e areias, é comprovada a qualidade artís-tica angolana, encontrando-se muitos desses objectos em museus de arte e feiras associadas a festas tradicionais, que, apesar de promovidas em etnias locais, têm um grande valor cultural.

É na tradição cultural que se encontra o sentido de identidade e dignidade de um povo, associada aos valores e interesses da comunidade, na qual encontram compreensão e solidariedade. Aliás, a manutenção desses usos e costumes bem como das crenças tradicionais é para muitos a base da sua sobrevivência.

Objectivos: ■ Reconhecer objectos que representem a identidade cultural de cada um.

■ Reconhecer as origens dos objectos que representam a identidade cultural de cada um.

■ Explicar os pontos comuns entre objectos que representam a identidade cultural de cada um.

■ Demonstrar ideias incorrectas sobre as culturas diferentes.

■ Aprofundar a diversidade cultural com base no respeito entre as pessoas.

Conteúdos: ■ A diversidade cultural

■ A minha identidade cultural

■ Objectos/Gravuras da minha cultura

■ As nossas culturas têm diferenças

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GUIA METODOLÓGICO

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura em grupo e interpretação do texto

■ Questionários

■ Trabalho individual

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Gravuras

O professor poderá começar por dialogar com os alunos sobre a origem de cada um e fazer algumas perguntas, como, por exemplo: O que é a identidade cultural? Em seguida, explicará o tema com base no livro do aluno.

Mostrará aos alunos a ilustração de um objecto que seja significativo, muito importante e de grande valor para a cultura em que vive. Depois de observada e comentada a ilustração pelos alunos, o pro-fessor orientará os alunos a formarem pequenos grupos para responderem a perguntas directas sobre o objecto.

Para além de distinguir os tipos de objectos culturais existentes na sociedade angolana, é importante que o professor explique aos seus alunos os pontos comuns entre os objectos que representam a identidade cultural de cada um.

Colocará perguntas para consolidar os conhecimentos e desenvolver as capacidades intelectuais dos alunos.

Assim, o professor deverá mencionar a importância das trocas de experiências entre culturas, dizendo que é nelas que reside a riqueza da história da Humanidade. Sem essas trocas não seria possível a construção das diversas culturas ou civilizações. Porque existem várias culturas em Angola, pode dar alguns exemplos.

■ De onde viemos? Famílias iguais e diferentes

A família é considerada o primeiro e o principal meio através do qual o indivíduo se insere nos outros meios. É através dela que o indivíduo vai conhecendo os seus papéis, iniciando, assim, o processo de socialização, em consequência da transmissão de valores, costumes e hábitos entre as gerações. A família é, então, a unidade básica da sociedade, formada por indivíduos com an-cestrais comuns ou ligados por laços afectivos. As famílias são diferentes, porque vivem em meios diferentes e têm histórias de vida diferentes.

Todos nós somos iguais aparentemente, porque temos várias características em comum, como, por exemplo, a boca, o nariz, as orelhas, os olhos, os braços, as pernas e muitos outros detalhes que nos tornam da mesma espécie. As diferenças estão nos hábitos, costumes, valores e cren-ças, na forma de expressão das nossas ideias e emoções. As pessoas têm sonhos, inspirações diferentes.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Conteúdos: ■ Costumes, valores e crenças dos nossos antepassados

■ Festas tradicionais da nossa terra

■ Os valores nas festas da minha família

■ O que devemos comemorar?

Objectivos: ■ Reconhecer os valores das celebrações familiares.

■ Interpretar as formas de celebração nas festas da família.

■ Reconhecer os valores das famílias do meu país.

■ Descobrir por que razão opto por certas práticas nas festas familiares.

■ Descrever mensagens que ajudam a fortificar a cidadania nacional.

■ Ampliar a criatividade nas festas novas.

■ Aprofundar a comemoração de acontecimentos exclusivamente familiares.

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GUIA METODOLÓGICO

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura do texto e interpretação

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Investigação

■ Reflexão

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

O professor deverá fazer perguntas aos alunos sobre as suas origens ou cultura, os seus costumes, tradições e valores, a província, o município e a comuna onde nasceram.

No desenvolvimento dos conteúdos, o professor convidará os alunos a apresentarem os seus comen-tários sobre a leitura feita.

Terminados os comentários, o professor fará perguntas.

■ Cita os acontecimentos iguais que encontraste no texto.

■ Cita os acontecimentos diferentes que encontraste no texto.

■ As pessoas com valores diferentes podem ter uma convivência saudável? Justifica a tua resposta.

TEMA III – A pessoa humana: uma realidade livre, responsável, com direitos e deveres

■ Sou um ser humano com direitos e deveres

Os seres humanos (crianças, jovens, mulheres e homens) precisam de condições para viver e se desenvolver dignamente. Isto é possível se todos trabalharem e se esforçarem, acabando com o egoísmo individual.

Só assim poderá reinar a justiça. Embora existam muitas pessoas privadas de bens essenciais, há também iniciativas, quer particulares quer do Estado, que permitem às pessoas resolver alguns dos seus problemas ou necessidades, por exemplo, as campanhas de vacinação, as campanhas de solidariedade, os subsídios de férias, as bolsas de estudo.

Todo cidadão tem direito à segurança garantida pelo Estado, para preservar a sua vida e a sua liber-dade.

Todo o cidadão adulto tem deveres a cumprir, regras, normas, leis, etc.

Objectivos: ■ Reconhecer os direitos das crianças.

■ Transmitir sentimentos sobre os direitos das crianças.

■ Comparar a satisfação dos direitos e do bem-estar das crianças.

■ Explicar o significado dos direitos das crianças.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

■ Demonstrar os direitos das crianças.

■ Reconhecer que a par dos direitos temos deveres.

■ Demonstrar as situações em que se praticam actos responsáveis ou irresponsáveis.

■ Desenvolver acções com respeito e prudência (assertividade).

■ Reconhecer diferentes maneiras de partilhar sentimentos.

Conteúdos: ■ Definindo a palavra Direito

■ Os meus actos como ser social

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Trabalho individual

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Cartaz

■ Entrevistas

■ Questionário

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

O professor orientará os alunos a construir a definição de direito e de dever, para que reconheçam a importância da cidadania no país onde estão inseridos.

No desenvolvimento dos conteúdos, o professor deverá explicar, utilizando o livro do aluno (página 62), alguns artigos da Convenção dos Direitos da Criança.

■ Consideras a Convenção dos Direitos da Criança importante? Porquê?

■ É necessário existir uma convenção que fale destes direitos para que possam ser respeitados?

■ Quais são as diferenças entre os direitos da criança e de um adulto?

O professor deverá explicar aos alunos que todo um ser humano necessita de condições para viver e se desenvolver dignamente.

■ As emoções

A imagem que cada pessoa vai construindo de si ao longo da vida também é feita com base na imagem que os outros têm de si.

A construção da pessoa está associada aos estados afectivos, que podem ser positivos ou nega-tivos. Assim, todas as pessoas se emocionam, sentem emoções. Sentir-se alegre, zangado, de-sesperado, triste, etc., são estados afectivos negativos ou positivos e designam-se por emoções

A emoção é uma experiência subjetiva que envolve a pessoa toda, a mente e o corpo. É uma reac-ção complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento e envolve reações e sensações pessoais.

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GUIA METODOLÓGICO

Objectivos: ■ Desenvolver o gosto pela descoberta das minhas emoções.

■ Expressar atitudes de respeito pelos sentimentos e emoções de cada um.

■ Descobrir sentimentos que ocorrem em várias situações da vida.

Conteúdos: ■ Os meus estados afectivos

■ Os meus sentimentos

■ O respeito devido às emoções/sentimentos dos outros

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Trabalho individual

■ Trabalho de grupo

■ Cartaz

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Gravuras

Para os alunos compreenderem as emoções, poderá fazer uma leitura individual e observar as ima-gens da página 50 do livro do aluno.

Depois da observação das imagens, o professor dará a cada aluno a oportunidade de apresentar a sua opinião. Em seguida, explicará o tema com base o livro do aluno.

■ Liberdade e responsabilidade humana

A liberdade é uma palavra que pode ser definida em variados sentidos: liberdade física; liberdade moral; liberdade de escolha. É um conceito de carácter racional, pois os homens devem pensar nas causas e consequências dos seus actos.

A liberdade e a responsabilidade estão ligadas na medida em que só somos realmente livres se formos responsáveis. Uma pessoa livre deve ser também uma pessoa responsável. Responsável perante a lei, as normas e perante a consciência.

A responsabilidade social consiste na liberdade de fazer tudo aquilo que não é proibido pelas leis e pelo regulamento. A responsabilidade moral consiste na liberdade de fazer tudo aquilo que não é proibido pela consciência.

A consciência é a capacidade que o ser humano tem de julgar as acções, decidindo se são boas ou más.

Essa capacidade é uma característica própria do ser humano. Contudo, nem sempre podemos tomar decisões sem autorização. Isso acontece com os jovens, mas, sobretudo, com as crianças.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Objectivos: ■ Reconhecer que a liberdade aumenta consoante a nossa responsabilidade.

■ Respeitar as várias opiniões sobre a liberdade.

■ Distinguir liberdade da libertinagem.

■ Relacionar a liberdade e as tomadas de decisão.

■ Debater os vários significados da palavra liberdade.

■ Descobrir que as regras, as leis e os regulamentos não são contrários à liberdade.

Conteúdos: ■ Opiniões sobre a liberdade

■ Eu e o significado da palavra liberdade

■ Liberdade, escolhas e decisões

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Gravuras

Com base no livro do aluno, o professor poderá explicar por palavras suas o que é a liberdade.

Para desenvolver o conteúdo, o professor poderá ler as palavras que se encontram no quadro de no-ções essenciais do livro do aluno, na página 53.

Os alunos formam grupos e observam a gravura.

■ Interpretar o que a Dendo diz à Rita.

■ Com ajuda do professor, promover um debate.

■ Tentar integrar as palavras liberdade e responsabilidade nos actos que se pratica na situação descrita.

■ Estabelecer um diálogo com toda a turma sobre o fim que cada grupo inventou para a história

■ Nós próprios elaboramos o regulamento de turma

É do conhecimento de todos que a escola é uma instituição que tem um regulamento de carácter obrigatório. Esse regulamento é orientado pela direcção da escola.

O regulamento de turma é um conjunto de regras que devem ser cumpridas ao longo do ano lec-tivo. Elas são os nossos direitos e deveres.

O aluno deve ser assíduo, pontual e levar todo material necessário organizado. Outros aspectos que fazem parte do regulamento da turma são: não mastigar pastilha elásticas na aula; levantar o braço e esperar pela sua vez para intervir; fazer os trabalhos pedidos pelo professor nas aulas e em casa. Deverá deixar a sala limpa e arrumada, respeitar os professores, colegas e auxiliares de limpeza da escola.

Resumido do Regulamento das escolas do Ensino Geral

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GUIA METODOLÓGICO

Objectivos: ■ Reconhecer que a escola é uma instituição que garante os direitos e deveres dos seus elementos.

■ Elaborar o regulamento da turma com espírito participativo.

■ Assumir responsabilidades individuais e colectivas.

■ Debater regras de convivência para o êxito do entendimento mútuo.

Conteúdos: ■ Regulamento interno

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Trabalho de grupo

■ Elaboração de painel

■ Debate

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

■ Gravuras

Com base na imagem do livro do aluno, o professor orientará a formação de grupos de 4 a 5 elemen-tos para elaborarem um regulamento da turma.

Para desenvolver os conteúdos, o professor ajudará os alunos a elaborarem os princípios gerais do regulamento interno da turma. Para isso, deve ter em conta os diferentes aspectos que farão parte dos vários capítulos que constarão no regulamento, tais como:

■ Convivência na turma e na escola

■ Uso dos espaços e equipamento da sala

■ Apresentação pessoal dos colegas da turma

■ Não existência de violência (verbal e física) na sala de aula e na escola

O professor promoverá debates sobre os trabalhos de grupo, aproveitando para melhorar o que for necessário, mas respeitando sempre as ideias dos grupos.

■ Eu ajudo a construir a democracia no meu país

Dialogar não é ter uma simples conversa. Dialogar é mais do que uma conversa. Também não é uma discussão ou debate. Dialogar é mais do que tudo isto. Um diálogo saudável deve ser uma comunicação de qualidade!

Com o diálogo, a pessoa faz-se compreender, não apenas convence ou é convencida por nin-guém, mas, tem a oportunidade de compreender o ponto de vista dos outros, que pode ser dife-rente ou mesmo oposto. No diálogo não se convence o outro; expomos os nossos pontos de vista esperando ser compreendidos.

Por isso, esperamos que o outro também se coloque no «nosso lugar». E o outro espera o mesmo de nós: que nos coloquemos no «seu lugar» e tentemos considerar e entender a sua opinião.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Com o diálogo pode-se construir coisas boas, reunir esforços, cooperar, ter paz interior e social. Na actualidade, é muito comum ouvirmos falar de diálogo democrático. Isto acontece nas socieda-des, como é o caso de Angola, onde a democracia é um valor a ser construído. Assim, a democra-cia requer que cada um de nós aprecie o diálogo democrático como meio para construir consen-sos. Por isso, o diálogo democrático espera que cada um de nós respeite as diferentes formas de pensar e as opiniões alheias, que pela natureza cultural (de pensamento) são, ou podem ser, mesmo diferentes umas das outras.

Um camponês, por exemplo, pode não pensar como um pastor; um professor pensa de modo di-ferente de um médico; uma mulher africana pode não pensar como uma mulher europeia. A natureza cultural (pessoal e social) de cada uma dessas pessoas faz com que tenham ideias diferentes.

Mas não é por isso que não podem dialogar sobre um mesmo assunto e compreenderem-se mutuamente. É preciso, sim, no diálogo, saber ouvir o outro para poder compreendê-lo e construir--se uma comunicação de qualidade.

Objectivos: ■ Reconhecer que o diálogo facilita a comunicação.

■ Valorizar o diálogo como meio de resolução dos desentendimentos.

Conteúdos: ■ O diálogo, seu significado e valor

■ Comunicação de qualidade

■ Significado do diálogo

Sugestões metodológicas

Com base nas orientações do manual do aluno, o professor poderá utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual e interpretação do texto

■ Trabalho de grupo

■ Questionários

■ Debate

■ Chuva de ideias

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Gravuras

Para desenvolver o conteúdo, o professor pode colocar as seguintes questões:

■ Como podemos melhorar a comunicação entre os membros dos grupos de trabalho?

■ O que entendes por diálogo democrático?

■ Pessoas com diferentes preferências podem conviver em paz?

■ As pessoas são tolerantes umas com as outras?

■ Como devemos lidar com uma pessoa intolerante?

Para concluir a abordagem, organize um debate sobre democracia na sala ou na escola.

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GUIA METODOLÓGICO

■ Hábitos e valores democráticos

O que é a democracia?

A democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.A palavra democracia tem origem no grego demokratía e é composta por demos (que significa

povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.

É um regime de governo em que todas as decisões políticas importantes estão nas mãos do povo, que elege os seus representantes por meio do voto. É um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, onde existe o presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as prin-cipais decisões políticas.

A democracia é um regime de governo que pode existir, também, no sistema republicano ou no sistema monárquico, em que se elege um primeiro ministro, que é quem realmente governa. A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias.

Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos, como as liber-dades de expressão, de religião, a proteção legal e as oportunidades de participação na vida polí-tica, económica e cultural da sociedade. Os cidadãos têm direitos expressos e o dever de partici-par no sistema político que vai proteger os seus direitos e a sua liberdade.

O conceito de democracia foi evoluindo com o passar do tempo, e a partir de 1688, em Ingla-terra, a democracia era baseada na liberdade de discussão dentro do parlamento. De acordo com alguns filósofos e pensadores do século XVIII, a democracia era o direito de o povo escolher e controlar o governo de uma nação.

Em alguns países, a evolução da democracia ocorreu de forma muito rápida, como no caso de Portugal e Espanha. Apesar disso, essa rápida evolução criou uma insegurança política. Em países como Inglaterra e França, uma evolução lenta da democracia teve como consequência o desenvol-vimento de estruturas políticas estáveis.

https://www.significados.com.br/democracia

Objectivos: ■ Reconhecer o Homem como activista da paz, alegria, amor e fraternidade.

■ Expressar valores democráticos como a paz, a alegria, o amor e a fraternidade.

Conteúdos: ■ Valores democráticos

■ A liberdade de expressão

■ Paz, alegria, amor e fraternidade

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Sugestões metodológicas

O professor poderá utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual e interpretação do texto

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Estudo de caso

■ Oficina criativa

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Enquadramento de palavras

A sequência de estratégias do manual do aluno aconselha o uso do Estudo de Caso da aula de Ciên-cias da Natureza. O mesmo pode servir para orientar o debate e os trabalhos de grupo, com o qual se vão identificar as diferentes formas de dialogar, para que se consiga uma comunicação de qualidade.

Depois de realizada a auto-avaliação, é importante concluir que, sem uma comunicação/diálogo de qualidade, dificilmente se convive de uma maneira saudável e pacífica.

■ Quando sou tolerante, posso ser um bom democrata

A violência

A violência manifesta-se por actos agressivos ou cruéis para com as pessoas, os animais e para consigo próprio.

A violência domina as pessoas, intimida, causa desconfiança e medo. Pode provocar a morte e a destruição das pessoas, das relações humanas, da própria Natureza. Existem várias formas de violência que se exerce sobre as pessoas:

■ a violência física (murros, pontapés, empurrões, etc.);

■ a violência verbal (expressões grosseiras, utilizando palavrões e asneiras);

■ a violência gestual (certos gestos com as mãos ou até com o rosto).

Outra forma de violência acontece nas escolas. Por exemplo, há alunos que destroem o mobi-liário que pertence a todos.

Será que temos o direito de destruir o que é de todos e que a todos pertence? Não será uma falta de respeito pelos outros e por nós próprios?

Quando respeitas os outros na sua forma de pensar, valorizas o diálogo, a convivência com pes-soas diferentes de ti, o debate. Quando valorizas a liberdade dos outros ao deixares que expressem as suas opiniões, aprecias o diálogo, a convivência e a liberdade, por isso dizes não à violência.

Objectivos: ■ Conhecer os hábitos democráticos para a intercomunicação.

■ Adquirir hábitos de linguagem na convivência social.

Conteúdos: ■ Conceito de tolerância/Intolerância

■ Significado de violência

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GUIA METODOLÓGICO

Sugestões metodológicas

Com base nas orientações do manual do aluno, o professor poderá recorrer aos seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Estudo de caso

■ Trabalho de projecto

■ Manual do aluno

■ Caderno do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

É importante que as noções essenciais sobre a tolerância e a diversidade cultural sejam bem debati-das. Para tal, o trabalho de grupo sobre tais noções deve ser desenvolvido com base no texto “A vio-lência”. O debate sobre os conteúdos pode ser desenvolvido numa fase posterior à realização do questionário sobre o mesmo texto.

O trabalho de projecto é uma investigação independente sobre um determinado tema. Deve ser feito durante um período alargado. Os projectos têm diferentes fases: (1) Escolha do tema; (2) Planifica-ção das acções; (3) Desenvolvimento das acções; (4) Apresentação do resultado do projecto; e (5) Avaliação do trabalho de projecto.

Ao longo dessas fases, os par ticipantes devem ser responsabilizados pelo seu próprio trabalho.

TEMA IV – Corpo em crescimento

■ O que eu sou agora? A puberdade

Puberdade: as transformações dessa fase

A partir da concepção de um novo ser, o desenvolvimento é demarcado por fases, e há aquela etapa em que o indivíduo deixa de ser criança, apesar de ainda não carregar a responsabilidade da vida adulta. A puberdade é uma fase de transição, um prenúncio da adolescência, em que ocorrem as mudanças físicas e biológicas.

Enquanto a adolescência compreende um período grande, de mais ou menos dez anos, de transformação (lenta e gradual) biológica, psicológica, social e cerebral, a puberdade ocorre num período bem mais curto (entre dois e quatro anos) e chega sem pedir licença.

A mudança é bem perceptível. As hormonas sexuais começam a ser produzidas e o indivíduo deixa o seu corpo franzino de criança e torna-se adulto. Teoricamente, está preparado para se re-produzir. Fica mais alto, forte e com contornos diferentes. E isso tudo acontece muito rapida-mente.

O anúncio nas meninas

Os primeiros sinais de que a menina entrou na puberdade são o aparecimento dos pêlos púbicos e das axilas e o crescimento dos seios. As meninas entram na puberdade entre os 9 e os 13 anos.

A menarca, ou primeira menstruação, é um dos últimos fenómenos pubertários.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

O anúncio nos meninos

Nos meninos, a puberdade inicia-se com o crescimento dos testículos, que passam a produzir hormonas sexuais masculinas, ao que se segue o crescimento do pénis. O desenvolvimento do menino ocorre de maneira mais lenta, comparado com o da menina.

A partir do primeiro sinal da puberdade, tanto os meninos como as meninas passam por alguns marcos de desenvolvimento:

■ Estirão da puberdade Durante a infância, crescemos por ano entre 4 e 6 cm. Na puberdade, o indivíduo pode cres-cer de 8 até 12 cm por ano.

■ Dimorfismo sexual As diferenças entre rapazes e raparigas acentuam-se na puberdade. Nos meninos verifica-se o crescimento dos ombros e nas meninas um arredondamento das ancas.

■ Maturidade Para além das transformações físicas também ocorrem mudanças emocionais.

http://www.ebc.com.br (adaptado)

Objectivos: ■ Identificar as mudanças que ocorrem quando o corpo está em crescimento.

■ Reconhecer a adolescência como uma fase do meu crescimento.

Conteúdos: ■ Noções essenciais sobre o meu crescimento

■ A pré-adolescência

■ Sentimentos na puberdade

■ Problemas na adolescência

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor deve recorrer aos seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Questionário

■ Manual do aluno

■ Lista de sentimentos

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

A leitura em grupo pode ser antecedida de uma leitura individual, para que fiquem bem vincadas as aprendizagens essenciais dos textos. As respectivas interpretações deverão ser enriquecidas através de uma chuva de ideias, para que os alunos exponham as suas ideias.

O professor deve apresentar o tema com precisão, de modo simples e claro, para que as crianças expressem suas ideias, confrontem opiniões e compreendam o conteúdo.

É importante concluir o trabalho de grupo com a identificação das aprendizagens essenciais sobre a puberdade e a adolescência.

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GUIA METODOLÓGICO

TEMA V – Relações interpessoais

■ Sou um ser social

Convivência humana: respeitar e ser respeitado

A convivência social é uma realidade que existe como consequência da decisão das pessoas se relacionarem umas com as outras.

As pessoas possuem muitas habilidades e sentimentos sociais, mas também têm algumas li-mitações no seu desempenho. Habilidades, sentimentos, talentos, limitações são características que os seres humanos possuem e que fazem parte da sua própria natureza humana. São caracte-rísticas que não importam para vivermos uns com os outros. O que importa, mesmo, é descobrir-mos que não pode haver uma verdadeira convivência humana se não existir: respeito, confiança, reciprocidade, solidariedade e valorização entre as pessoas. Isto é, acreditar que todas as pes-soas têm o seu próprio valor, que não são meros objectos para satisfazerem os desejos ou neces-sidades dos outros.

Todas as pessoas precisam de se sentir respeitadas e de sentir que delas se exige respeito.Na vida em sociedade, convivemos com pessoas diferentes. Por exemplo, na escola convive-

mos com os professores, colegas, funcionários. Por isso, a escola é uma pequena sociedade di-versificada.

Uns são negros, outros são brancos, outros mistos. Há meninos e meninas. Há ainda meninos e meninas com limitações; meninos e meninas talentosos ou com renda familiar desigual, como a Rita e a Joana da situação texto que estudaste.

Todos são alunos, estão na mesma sala de aula, e o mais importante é que estejam a usufruir do mesmo direito – o direito à educação e à instrução na escola. Por isso se diz: direitos iguais para pessoas diferentes. Todas as pessoas devem ser respeitadas, independentemente das suas características particulares.

Por isso, é melhor pensarmos naquilo que partilhamos com todos, porque é isso que nos faz membros de uma comunidade humana, e não olhar para o outro como um meio para a satisfação dos nossos desejos.

Objectivos: ■ Reconhecer a importância dos meus comportamentos na relação com os outros.

■ Demostrar interesse e respeito pelos valores próprios e pelos valores dos outros.

Conteúdos: ■ Os meus comportamentos

■ Os meus valores e os valores dos outros

■ O respeito pelos outros.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Sugestões metodológicas

Com base nas orientações do manual do aluno, o professor poderá utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de grupo

■ Debate

■ Questionário

■ Jogo de papéis

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

■ Gravuras

O “jogo de papéis” é uma pequena peça representada pelos participantes. É essencialmente improvisa da, embora os alunos se baseiem nas suas experiências de vida para representarem a situa-ção. Este jogo contribui para melhorar a compreensão de uma situação.

Relativamente a este tema, o manual do aluno sugere três situações para serem improvisadas pelos alunos. O objectivo é instigar a predisposição para o debate sobre atitudes e comportamentos desejáveis.

O questionário pode ser realizado individualmente, num primeiro momento, e em grupo, para concluir o exercício.

No final, as aprendizagens essenciais sobre o respeito que devemos às pessoas e tudo o resto podem ser redigidas no quadro, utilizando a técnica de chuva de ideias.

Lembre-se de que esta actividade ficará concluída quando os grupos de trabalho fizerem a apresenta-ção dos cartazes com palavras ou mensagens sobre o dever de respeito e justiça, em data previa-mente acordada.

■ Descobrindo actos de justiça / injustiça

Frases sobre a justiçaVoltaire

É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente.

Albert Camus

Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo.

Hughes Lamennais

Justiça é não fazer a outrem o que não queríamos que nos fizessem.

Epicuro

O justo é tranquilíssimo, o injusto é sempre muito solícito.

Nicolae Iorga 

A justiça pode caminhar sozinha; a injustiça precisa sempre de muletas, de argumentos.

Blaise Pascal 

Não sendo possível fazer-se com que aquilo que é justo seja forte, faz-se com que o que é forte seja justo.

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GUIA METODOLÓGICO

Aristóteles

A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.

Ulpiano

Tais são os preceitos do direito: viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence.

Thomas Eliot 

Infelizmente há momentos em que a violência é a única maneira de assegurar a justiça social.

Sócrates

Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir impar-cialmente.

Objectivos: ■ Desenvolver a noção de justiça e injustiça a partir da realidade.

■ Reconhecer as consequências da justiça e da injustiça.

Conteúdos: ■ Definição de justiça/injustiça

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de grupo

■ Jogo de papéis

■ Debate

■ Questionário

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

■ Gravuras

O debate sobre os casos ou acontecimentos em que os alunos tenham vivenciado uma situação de justiça ou de injustiça pode ser orientado pelo seguinte roteiro:

■ Descrição do caso.

■ Apresentação e anotação das causas prováveis.

■ Identificação dos comportamentos mais justos.

■ Apresentação de prováveis soluções para cada caso.

O jogo de papéis e os trabalhos de grupo devem ser conduzidos de tal modo que sejam sublinhadas as aprendizagens essenciais sobre a justiça. Assim, para a análise dos dilemas de Dassala e de Te-resa pode ser utilizado o seguinte questionário:

■ Como se sentiriam no lugar de Dassala? E no lugar de Teresa?

■ O que diriam aos vossos amigos?

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

■ E se acontecesse convosco, o que fariam?

■ Apresentem as qualidades que apreciam num amigo.

■ Apresentem os comportamentos que não apreciam num amigo.

Para consolidar os conhecimentos, oriente os exercícios correspondentes no livro de actividades do aluno. Com eles organize a criação da associação de alunos, que pode ser um instrumento valiosís-simo para a consolidação da educação cívica e para a cidadania de cada criança.

TEMA VI – Crescer com saúde

■ A minha saúde

Dicas para abordar doenças sexualmente transmissíveis

Entre as informações para abordar as doenças sexualmente transmissíveis, podemos citar a importância de ensinar os sintomas, métodos de prevenção e como ocorre a contaminação. 

A adolescência é uma fase muito difícil do desenvolvimento, pois desencadeia mudanças no corpo e alterações no comportamento com as quais nem sempre é fácil de lidar. Normalmente, é nessa fase que se iniciam os desejos sexuais e as curiosidades típicas em relação ao sexo. Diante desse quadro de descobertas, é fundamental que o professor esteja preparado para abor-dar a educação sexual de maneira responsável e sem tabus.

Vários temas deverão ser abordados quando o assunto é educação sexual, sendo um deles as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Apesar da grande quantidade de informação dispo-nível, muitos alunos não conhecem as formas de transmissão e acabam, infelizmente, por se expor a situações de risco.

Abordar doenças sexualmente transmissíveis nem sempre é fácil, mas algumas dicas podem ajudar a obter melhores resultados. Um dos pontos principais ao abordar o tema das DST é ser enfático ao citar cada modo de transmissão. É importante destacar pontos como:

■ DST não são transmitidas unicamente por relação sexual desprotegida.

■ O sexo desprotegido, seja ele oral, vaginal ou anal, pode transmitir DST.

■ Uma DST, na sua forma assintomática, pode ser transmitida em relações desprotegidas.

■ O grande número de parceiros sexuais aumenta a probabilidade de adquirir uma DST.

■ Pílulas anticoncepcionais não protegem contra DST.

https://educador.brasilescola.uol.com.br

Objectivos: ■ Compreender o crescimento como atitude de proteção à saúde.

■ Analisar os procedimentos quanto à prevenção das doenças.

■ Demonstrar que o nosso corpo precisa de cuidados.

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GUIA METODOLÓGICO

Conteúdos: ■ Cuidados com o corpo

■ Diálogo sobre a saúde

■ Doenças contagiosas

Sugestões metodológicas

O professor poderá utilizar as seguintes estratégias e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de grupo

■ Chuva de ideias

■ Questionário

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

■ Gravuras

■ Abecedário da SIDA

O professor pode explorar ao máximo as imagens que o manual apresenta, de tal modo que, utilizando a técnica de chuva de ideias, os alunos analisem as formas muito simples de prevenir as doenças, como, por exemplo, a higiene corporal.

É importante que os grupos de trabalho identifiquem e discutam sobre as aprendizagens essenciais a serem retiradas do texto “Higiene e Puberdade”. Com a informação essencial do mesmo texto, podem ser elaborados cartazes ou panfletos para serem colocados no mural da sala de aulas.

Para analisar as questões relacionadas com as DST/SIDA pode ser convidado um visitante externo, alguém especialista no assunto. No entanto, para que seja proveitoso, é necessária uma preparação anterior à visita. Isto é, as perguntas e questões que a turma deseja colocar devem ser preparadas antecipadamente. Esta técnica pode versar sobre qualquer conteúdo previamente trabalhado na turma. Os especialistas irão aprofundar ou complementar os conhecimentos relativamente aos aspec-tos abordados.

As sugestões de trabalho apresentadas no manual do aluno (pesquisa, entrevista, cartaz, painel ou

teatro) devem ser realizadas a longo prazo, na escola e na comunidade onde as crianças residem.

TEMA VII – Educação ambiental

■ O ambiente em que vivemos

O domínio humano

O ser humano distingue-se dos restantes animais pelo uso da consciência reflexiva. Utilizando essa consciência, o ser humano criou os mais diversos equipamentos, com os quais dominou e modificou a Natureza, segundo os seus interesses.

Nos dias de hoje, o domínio que o ser humano exerce sobre a Natureza é motivado pelo orgu-lho, mas é também fonte de profundas preocupações. Isto porque o ser humano é o único animal da Terra que, por dominar a Natureza, possui também o poder de a destruir. Mas é preciso lembrar que destruir a Natureza significa destruir o próprio ser humano e extinguir o planeta.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Foi assim que, em meados do século XX, vimos o nosso planeta, pela primeira vez, a partir do Espaço: uma bola pequena e frágil, envolvida não pela actividade e construções humanas, mas por um tecido de nuvens, oceanos, zonas verdes e solos. A falta de capacidade do Homem para adaptar as suas acções àquele tecido está a causar alterações fundamentais nos sistemas planetários.

Muitas destas alterações são acompanhadas de riscos que ameaçam a vida. Esta nova reali-dade, à qual não se pode fugir, tem de ser reconhecida e gerida. Existem tendências ambientais que ameaçam alterar o planeta de forma radical e as vidas de muitas espécies, incluindo a humana.

Todos os anos, cerca de 6 milhões de hectares de terras produtivas transformam-se em de-serto sem qualquer valor. Em três décadas, isto significaria uma área aproximadamente igual à da Arábia Saudita. Todos os anos são destruídos mais de 11 milhões de hectares de floresta, o que, em décadas, significaria uma área igual à da Índia.

Grande parte desta área de floresta é transformada em terra de cultivo de baixa qualidade, in-capaz de sustentar os agricultores que aí se instalam.

Em África, as cheias inundam os bairros e matam os animais, as pessoas ficam desprotegidas e os bens das populações danificados. Por outro lado, as secas (falta de chuvas) provocam tam-bém algumas consequências: morrem os animais, dá-se a ruptura das produções agrícolas, etc.

Na Europa, as chuvas ácidas matam as florestas e, os lagos e danificam o património artístico e arquitectónico das nações (…).

A utilização dos combustíveis fósseis lança para a atmosfera dióxido de carbono, que vai cau-sar um aquecimento gradual a nível mundial. Este «efeito de estufa», neste século, pode causar um aumento das temperaturas médias mundiais suficiente para alterar as áreas de produção agrícola, elevar o nível das águas do mar, inundando as cidades costeiras, como já tem acontecido, em Moçambique, por exemplo, e provocar a ruptura das economias nacionais. Outros gases de origem industrial ameaçam destruir a camada do ozono que protege o planeta, provocando o au-mento do número de cancros no Homem e nos animais.

Testemunho da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento in Desenvolvimento Pessoal e Social 6.° Ano (adaptado)

Sugestões metodológicas

Ao longo da abordagem do tema, o professor pode utilizar os seguintes métodos e recursos de ensino:

Métodos de ensino Recursos de ensino

■ Leitura individual e interpretação do texto em grupo

■ Trabalho de projecto

■ Dramatização

■ Questionário

■ Manual do aluno

■ Livro de actividades

■ Textos de apoio

■ Gravuras

Os alunos poderão desenvolver um trabalho de projecto sobre o tema “As medidas úteis para melho-rar o ambiente”.

O trabalho de projecto é uma investigação independente sobre o ambiente, durante um período alar-gado, terminando com um produto final, que pode ser um relatório, uma exposição, uma palestra, um quadro, um poema ou acções concretas a serem implementadas.

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GUIA METODOLÓGICO

Como fazer um trabalho de projecto?

Os projectos têm diferentes fases, que devem ser elaboradas pelos alunos de modo responsável.

1.° Escolha do Tema, que neste caso é:

As Medidas Úteis Para Melhorar o Ambiente

2.° Planificação das actividades

O professor e o grupo de estudantes terão de decidir sobre: ■ quando iniciar o projecto; ■ quando terminar o projecto; ■ que recursos/instrumentos deverão ser utilizados; ■ onde poderão encontrar os recursos/instrumentos; ■ a formação e o número de elementos dos grupos de trabalho.

3.° Investigação

O trabalho de projecto ajuda a aperfeiçoar várias capacidades muito rapidamente. Por exemplo: um projecto de investigação sobre o sistema de saúde local envolve visitas, entrevistas, leitura, fotogra-fias, recolha de estatísticas e análise de dados. Os melhores projectos combinam capacidades académicas, sociais e artísticas, de modo a envolverem todas as habilidades dos participantes. O professor, nesta fase, pode ajudar respondendo a questões ou dando conselhos, embora os alunos sejam os responsáveis pela elaboração do trabalho.

4.° Apresentação do produto final do trabalho de projecto

O produto final poderá ser um relatório, uma exposição, uma palestra, um quadro, um poema… É importante que o produto final registe não apenas o resultado mas também as diferentes fases do projecto e os senti mentos dos participantes em relação ao tema em estudo.O produto pode ser apresentado ao grupo ou a um público mais numeroso. Por exemplo: um traba-lho sobre o ambiente na zona onde habitam pode interessar ao jornal local ou às autoridades muni-cipais, que poderão estar interessados nos resultados do projecto.

5.° Avaliação de todas actividades desenvolvidas e do produto final

Porque os trabalhos são muitas vezes multidisciplinares, é possível que vários professores façam a sua apreciação do trabalho final. A nota dada deverá reflectir as diversas capacidades usadas du-rante a elaboração do trabalho, como a apresentação e a criatividade, não se centrando apenas nos valores quantitativos, mas também nos valores qualitativos das competências desenvolvidas.

Ecologia

A relação entre indivíduos de espécies diferentes faz parte do universo de estudo da Ecologia. A Ecologia é a parte da Biologia responsável pelo estudo das relações entre indivíduos de uma mesma espécie, de espécies distintas e entre eles e o meio abiótico.

É por esse motivo que as actividades humanas reponsáveis por causar impactos negativos no meio ambiente são estudadas por esta área.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Para estudar Ecologia, é fundamental conhecer alguns conceitos:

Biosfera: região do ambiente terrestre onde se encontram os seres vivos.

Habitat: local onde determinada espécie é encontrada.

Nicho ecológico: relações que determinada espécie desempenha com outras e com o ambiente físico; modo de vida da espécie.

Cadeia alimentar: relação alimentar entre indivíduos de um ecossistema.

Produtores: organismos autotróficos de uma cadeia alimentar.

Consumidores primários: animais herbívoros de uma cadeia alimentar.

Consumidores secundários: animais que se alimentam de animais herbívoros.

Consumidores terciários, quaternários, e assim por diante: animais que se alimentam de ani-mais carnívoros. 

Decompositores: organismos que se alimentam de excreções e restos mortais dos seres vivos.

Nível trófico: cada etapa da cadeia alimentar - produtores, consumidores (…) decompositores. 

Ciclos biogeoquímicos: processo contínuo de retirada e devolução de elementos químicos à Natureza.

População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie.

Relações intraespecíficas: relações entre indivíduos da mesma espécie. 

Relações interespecíficas: relações entre indivíduos de espécies diferentes. 

Relações harmónicas:  relações entre indivíduos em que pelo menos um é beneficiado, sem causar prejuízo ao outro.

Relações desarmónicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é prejudicado. 

Bioma: conjunto de ecossistemas com vegetação característica e fisionomia típica onde predo-mina um certo tipo de clima.

Poluição: modificação indesejável do ambiente causada pela espécie humana.

Texto de Mariana Araguaia de Castro Sá Lima, Mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Estadual de Goiás, Brasil (UEG) Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia

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GUIA METODOLÓGICO

Planificação de um tema

Corpo em crescimento

Objectivo geral: ■ Compreender as transformações que ocorrem no corpo do adolescente, durante a puberdade.

Subtema: O que eu sou agora? A puberdade

Objectivos específicos ■ Identificar as mudanças que ocorrem quando o corpo está em crescimento.

■ Reconhecer a adolescência como uma fase do meu crescimento.

Semana Conteúdos Objectivos Pré-requisitosTipo

de aula

1 Ia

Noções essenciais sobre o meu crescimento

■ Inferir as fases de crescimento da pessoa.

■ Explicar as características da adolescência.

■ Noção de auto e mútuo conhecimento

■ Noção de tolerância

■ Noção de intolerância

■ Noção de respeito mútuo

■ Estratégias de comunicação saudável (diálogo)

Aula novaTeórico/Prática

2 Ia

A pré-adolescência ■ Identificar as transformações do meu próprio corpo.

■ Construir gradualmente uma imagem da pessoa que sou.

Aula novaTeórico/Prática

3 IIa

Sentimentos na puberdade

■ Criar gosto pela própria imagem.

■ Respeitar a imagem do corpo dos outros.

Aula novaTeórico/Prática

4 IIa

Problemas na adolescência

■ Identificar soluções para as “crises” da adolescência.

■ Discutir estudo de casos relacionados com problemas na adolescência.

Aula novaTeórico/Prática

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Avaliação

1. Tipos de perguntas para a elaboração dos testes de educação moral e cívica

Ao elaborarmos um teste temos que decidir quais as perguntas a fazer em função do conteúdo, a sua sequência, até que ponto nos interessam os pormenores, a duração da prova e quais as palavras para formular as questões. Todos esses factores influenciam a qualidade das respostas.

A elaboração de uma prova de Educação Moral e Cívica deve conter perguntas diversificadas do tipo qualitativo, tendo em consideração os conteúdos leccionados na disciplina. Seja qual for o ano de escolaridade, consideram-se basicamente seis tipos de perguntas:

A. Perguntas de vivência e de comportamento

As perguntas de vivência e de comportamento procuram provocar descrições de experiências, compor-tamentos, acções e atitudes.

Exemplo: ■ Se ouvisses um colega teu dizer ao outro “tu és um ‘burro”, qual seria a tua reacção?

■ Se observasses um menino a desrespeitar uma pessoa mais velha, o que dirias ao menino? Jus-tifica a tua posição.

B. Questões de opinião ou valores

Estas servem para sabermos aquilo que os alunos pensam. Informam-nos sobre intenções, desejos e valores, assim como contempla a racionalidade e o poder de decisão dos mesmos.

Exemplo: ■ O que achas…?

■ O que pensas de…?

■ O que é que gostarias que acontecesse…?

■ Qual é a tua opinião sobre…?

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GUIA METODOLÓGICO

C. Questões sobre sentimentos

Estas utilizam-se para compreender as reacções emocionais e afectivas (ansioso; contente; receoso; confiante; intimidado; paz interior; livre; responsável; solidário…) dos alunos.

Exemplo:

Ao ires para à escola, viste vários meninos e meninas como tu a lavarem carros:

■ Como te sentes ao ver estas situações?

■ Estas situações podem ser evitadas? Como?

■ Que reacção provocou em ti?

D. Questões de conhecimento

Estas servem para obter dos alunos informações factuais sobre acontecimentos, leis, normas, hábi-tos e percepções.

Exemplo: ■ Para que servem os conhecimentos que adquiriste no tema sobre a solidariedade?

■ Como estão divididos os poderes do Estado angolano?

■ Menciona as qualidades que mais admiras nos teus colegas.

■ Há alguma que vais tentar pôr em prática? Qual? Podes justificar a tua escolha? Se não, porquê?

■ Quais os valores democráticos que aprendeste? E quais os que mais admiras? É possível pô-los em prática?

■ Por que razão a liberdade individual tem os seus limites?

E. Questões de autoconhecimento e de conhecimento sociocultural

Estas servem para ajudar o aluno a identificar-se consigo próprio, ajudando-o a localizar-se em relação aos outros colegas.

Exemplo: ■ Em que se diferem os costumes da tua família dos costumes das famílias dos teus colegas?

■ Descreve, os teus hábitos ou costumes quando há um hóspede ou uma visita em tua casa.

■ que é que achas que é preciso fazer para que cada um de nós possa respeitar a identidade de cada pessoa?

Todos estes tipos de questões permitem que a avaliação sobre o desempenho do aluno seja diversifi-cada, tentando alcançar o desejável para uma avaliação em Educação Moral e Cívica.

Note bem: As questões são apenas exemplos. Cabe ao professor elaborar as provas cotando-as numa escala de 0-10 ou de 0-20 valores.

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Como classificar algumas questões?

As respostas de vivência ou de comportamento, assim como as de opiniões ou valores, merecem uma atenção especial por parte do professor durante a classificação. Elas não são mais importantes, mas precisam de um maior raciocínio moral por parte dos alunos. Estes raciocínios terão mais peso no momento de fazer uma apreciação global. Importante é o processo de raciocínio-acção utilizado pelos alunos até chegarem à mensagem adequada, que, neste caso, são os valores constitucionais, os va-lores ligados à convivência social e humana, o comprometimento com os Direitos Humanos e as ac-ções consequentes. Estes raciocínios terão mais peso no momento de fazer uma apreciação global.

Caso o raciocínio não seja tão adequado, o professor deve prever estas particularidades para as aulas que se seguem, ajudando a clarificar as mesmas em conjunto. Deste modo, o professor sentirá como pode mudar as estratégias, as actividades, enfim… melhorar as formas de trabalho. Evite dar uma pontuação negativa. Valorize sempre o que o aluno consegue fazer, exprimir, afirmar.

Um processo que visa uma aprendizagem operante e integrada não deverá resumir-se em uma única técnica de avaliação, a exemplo das provas. Elas limitam a informação acerca dos saberes adquiridos por parte dos alunos. Também não permite que o professor tenha uma visão da eventual mudança de atitudes por parte dos seus alunos.

Assim sendo, as formas e os instrumentos de avaliação nesta área de Educação Moral e Cívica podem ser muito diversificadas, mas é decisivo que a heteroavaliação e a auto-avaliação andem de mãos dadas.

2. Instrumentos práticos de avaliação em educação moral e cívica

O professor tem ainda outros instrumentos práticos que pode aplicar para avaliar os alunos:

A. Questionário para avaliação contínua/formativa (alunos)

O questionário pode conter as seguintes perguntas:

■ O que me lembro de ter feito?

■ O que aprendi?

■ O que senti?

■ Para que me pode servir?

■ Como posso pôr em prática o que aprendi?

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GUIA METODOLÓGICO

B. Proposta de ficha de auto-avaliação para o aluno

Esta ficha deve ser aplicada no fim de cada domínio ou trimestre. Com ela, o professor não só conhe-cerá os progressos dos alunos como obterá informações sobre a aplicação das estratégias que irá utilizar para a realização do processo de ensino-aprendizagem.

O meu nome é

Tenho anos e frequento a classe, na turma

Responde ao questionário que se segue, de acordo com aquilo que verdadeiramente sentes e pensas. Tem em atenção que as tuas opiniões podem ajudar muito a melhorar as aulas que fre-quentas.

Assinala com X as opções que melhor correspondem à tua opinião.

Com as actividades que desenvolvemos:

Aprendi a conhecer-me:

Muito melhor Melhor Pouco melhor Muito pouco

Porque

Expresso e defendo, agora, as minhas ideias:

Muito melhor Melhor Pouco melhor Nada melhor

Porque

Tenho proposto soluções para a resolução de problemas:

Muitas vezes Poucas vezes Quase nunca

Consigo, agora, decidir-me perante uma situação com diferentes alternativas:

Mais facilmente Ainda com dificuldade

Participei na discussão dos temas tratados com:

Muito entusiasmo Algum entusiasmo Pouco entusiasmo

Aprendi a respeitar os meus companheiros e a confiar neles:

Muito Pouco Nada

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EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

Passei a trabalhar com os meus colegas:

Muito melhor Melhor Pouco melhor Pior

Consegui alterar alguns aspectos do meu comportamento de que gostava menos:

Muito Pouco Nada

Sobre as actividades que foram desenvolvidas, gostava ainda de acrescentar que:

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Bibliografia

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2. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, Lei n.° 17/16, de 7 de

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3. Madeira, Carla M. R. Q. (2012). Manual de Educação Moral e Cívica da 6.a Classe, Plural Editores, Luanda.

4. INIDE (2018). Programa de Educação Moral e Cívica, 6.ª Classe, Ministério da Educação, Luanda.

5. Miguel, Maria Helena e Alves, Maria Antónia (2011). Manual Universitário de Português, Jorge Fer-nandes, Lda., 3.a Edição, Angola.

6. Alcântara, José António (1993). Como Educar as Atitudes, Editora Plátano, Lisboa.

7. Andrade Vaz, Júlio (1992). Os Valores na Formação Pessoal e Social, Texto Editora, Lisboa.

8. Barbosa, Lisete (1995). Trabalho e Dinâmica dos Pequenos Grupos: Ideias para Professores e Forma-

dores, Edições Afrontamento, Portugal.